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Uma forma de expressão

A MARIMBA mostrou ser um desafio muito interessante para Pedro Carneiro. É um instrumento de percussão mas ao mesmo tempo de teclado, polifónico como o piano ou o cravo. Obriga a um trabalho específico, diz. Nela encontrou uma forma de expressão. “A percussão é um mundo tão caótico que por vezes é necessário uma especialização”, reforça.

Instrumento de raízes africanas milenares, a marimba foi adaptada há cerca de 100 anos, e acaba por ser um dos instrumentos mais recentes no mundo da música erudita. No México a marimba não é vista como instrumento original, é sim, o instrumento nacional. Tem história um pouco por todo o mundo, mas no ocidente ainda é pouco utilizado.

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O instrumentista brinca dizendo que se Bach tivesse conhecido marimbas tinha escrito para estes instrumentos. Porque emitem um som quente que se assemelha, de uma certa forma, à doçura de alguns dos instrumentos do período barroco. De uma construção simples, com lamelas de madeira, amplificadas por tubos de ressonância. É muito rudimentar sob o ponto de vista da sua construção. É um instrumento simples, pragmático sem grande complicação. Só não é simples para transportar, diz.

PEDRO CARNEIRO é cocriador e diretor da única Orquestra privada em Portugal, a Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP). O projeto surgiu de um grupo de pessoas, entre elas, José Augusto Carneiro, seu pai, Teresa Simas e Alexandre Dias. Tudo pessoas oriundas da música, da dança, da filosofia e de outras disciplinas instrumentais.

“Ao invés de celebrar o que é mau, arregaçámos as mangas e tentámos criar qualquer coisa”, afirma o diretor da OCP, que acredita que esta nasceu de um projeto de “cidadania proativa”.

Com um modelo de gestão privado, Pedro Carneiro acredita no objetivo ambi -

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