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Cooperação Parar para Pensar

mação passar ser considerada uma licenciatura, possibilitando a posterior criação de complementos de licenciatura na UniCV.

Outro projeto, que Paulino Fortes quer implementar na universidade de Cabo Verde, é a implementação de um sistema de reconhecimento de competências. Este sistema vai permitir encarar os cursos de estudos superiores, mais virados para a profissão, como um primeiro ciclo de uma licenciatura profissionalizante, sendo complementado com um mestrado e um doutoramento com as mesmas características. Estes cursos, destinam-se a formar profissionais, altamente qualificados, nas áreas mais carenciadas da sociedade Cabo Verdiana.

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A Universidade de Cabo Verde é o único estabelecimento de ensino superior público que existe no país, tendo por isso, que ter uma alta qualidade para justificar as verbas gastas na sua existência. E uma das bases da qualidade passa pela internacionalização, quer através da existência de uma percentagem de 15% de professores estrangeiros a lecionar na universidade, quer através da integração em redes de cooperação com universidades estrangeiras. Não só para receber o know-how dessas instituições, mas também, para divulgar produção científica, ainda que escassa.

O reitor da UniCV vê com preocupação os cortes que têm sido feitos no ensino superior português. Sendo este um dos setores mais produtivos dos países, onde os investimentos têm sempre retorno assegurado na qualificação dos cidadãos, não se compreende que retirem verbas numa área tão importante para o futuro dos países. Uma das alavancas para o desenvolvimento de um país é a alta qualificação cultural e profissional da sua população ativa.

Uma angolana a estudar em Lisboa

Magdalena Teta, aluna de publicidade e marketing da Escola Superior de Comunicação Social, veio estudar para Portugal através de uma bolsa de estudo. Quando percebeu que não tinha vocação para a economia e gestão, pesquisou outras opções tendo escolhido a ESCS pela vocação prática dos seus cursos. Aí, encontrou um ensino que lhe proporcionou o contato com meios tecnológicos evoluídos, algo que não acontecia em Angola, preparando-a para um mercado de trabalho global e altamente competitivo.

A missão da AULP

PAULINO Fortes tem ideias muito concretas sobre o papel que, a Associação das Universidades de Língua Portuguesa, deve desempenhar no desenvolvimento da cooperação entre as instituições de ensino lusófonas.

O uso da língua portuguesa é uma forma de estruturar redes nas universidades lusófonas, onde o primeiro nível de comunicação científica é o uso de uma língua comum, até porque, a maioria dos estudantes cabo verdianos, não é fluente em inglês.

A AULP pode ser o ponto de partida para a criação de uma rede de universidades, que utilizem a língua portuguesa, onde exista uma circulação de pessoas e de conhecimentos, potenciando o desenvolvimento das instituições mais desfavorecidas.

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