1 minute read

Crise Media e Comunicação em debate na ESCS

O auditório Vítor Macieira, na Escola Superior de Comunicação Social, completamente preenchido, foi palco de um amplo debate sobre os efeitos da crise nos Media e na área da Comunicação.

Advertisement

Num ambiente em que se respira comunicação, a conferência “A Crise, os Media e a Comunicação” abriu com a presença de Miguel Relvas, Ministro-adjunto e dos Assuntos Parlamentares, Luis Vicente Ferreira, Presidente do Instituto Politécnico de Lisboa, e Jorge Veríssimo, Presidente da escola anfitriã.

O ministro, no discurso de abertura, focou “a importância de olhar a nova realidade da comunicação social com uma abordagem que considere o mercado e os cidadãos”.

A conferência seguiu com a realização de dois painéis de debate. O primeiro, moderado por Carlos Andrade, jornalista e professor na ESCS, contou com a participação de António Barreto, sociólogo, e Pedro Norton, do grupo Impresa.

Assumindo-se um aficionado das estatísticas, António Barreto afirmou “nunca ter vivido um período tão grave de crise social, como agora”. Chamou atenção daquilo a que apelidou de “rumor urbano”, um mal do Portugal de hoje, em que a falta de verbas para a investigação nas empresas faz com que se passe ao lado da realidade.

Pedro Norton incidiu as suas intervenções na imprevisibilidade”, algo que avalia como um factor a ter em conta na gestão das empresas de media. Como representante de um grupo de media não deixou a abordar a questão da privatização da RTP, apresentado números referentes ao impacto que terá na indústria dos media, prevendo, também, os efeitos desta privatização nos operadores de televisão.

O segundo painel, moderado por José Alberto Carvalho, jornalista e professor na ESCS, contou com António José Teixeira, da Sic Notícias, António Câmara, da Ydreams, Luís Paixão Martins, da LPM e Pedro Pina, da McCann World Group. Com algumas provocações à mistura, foi debatida a perceptiva da crise nas várias áreas da comunicação, que vão do jornalismo à publicidade, passando pelo multimédia e relações públicas, Da troca de ideias conclui-se que os media ainda são um negócio. E que nos tempos de hoje consumimos mais informação do que nunca, mas sabemos menos sobre o mundo que nos rodeia. Provado ficou o poder que o Storytelling (a arte de contar histórias) assume agora no mundo empresarial.

No final do debate algumas questões foram deixadas no ar por José Alberto Carvalho: Quem nos vai ajudar a pensar? De que histórias precisam as pessoas? E a expressão de uma vontade – “Alguém que dê ordem ao Caos”.

This article is from: