La Più Bella

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M O T O G P : S A N M A R I N O | E M Í L I A R O M A N A | M U N D I A L S B K | M XG P : FA E N Z A

#14

S E T E M B R O | M E N S A L | T H E G R E AT E S T M OTO R C YC L E S P O R T S M A G A Z I N E

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ÍNDICE 4

Notícias Fique a par das últimas novidades do motociclismo de competição

8

GP de San Marino As incidências do GP de San Marino, com os pormenores da ronda em todas as classes – MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE.

22

Miguel Oliveira em Misano Artigo de fundo sobre a participação de Miguel Oliveira no Grande Prémio de San Marino.

26

GP da Emília Romana Misano recebeu também o GP da Emília Romana, de novo com as quatro categorias em plena ação naquele traçado italiano.

36

Miguel Oliveira em Misano II Artigo de fundo sobre a participação de Miguel Oliveira no Grande Prémio da Emília Romana.

40

Mundiais Superbike O resumo das rondas dos Mundiais Superbike já disputadas até ao momento, quando o fim de temporada se aproxima a passos largos.

46

52

MXGP em Faenza

EDITORIAL

E

stão a correr em pleno vapor os campeonatos das várias modalidades de motociclismo pelo mundo. Desde o

MotoGP – com Miguel Oliveira em destaque – ao MXGP, passando pelo Mundial de Superbike, o mês de setembro foi recheado de competição. É neste contexto que chega às bancas a segunda edição em suporte físico da revista Motorcycle Sports, nesta nova aposta do seu órgão de referência sobre o motociclismo. A dupla passagem do MotoGP por Misano merece o natural destaque, assim como a participação de Miguel Oliveira em ambas as rondas. A passagem por Aragão dos Mundiais Superbike, em que Jonathan Rea se começou a distanciar no topo, também não faltará nesta edição, assim como a ronda tripla dos Mun-

Os Mundiais de motocross estiveram em Faenza para uma ronda tripla no mês de setembro, sobre a qual poderá ficar a par dos detalhes.

diais de motocross em Faenza – que culmina-

Comércio e indústria

Ao mesmo tempo, damos um amplo desta-

As mais recentes novidades da indústria do motociclismo em resumo, assim como artigos de fundo sobre a Yamaha Tracer 700, Kawasaki Ninja 1000 SX e Ducati Scrambler 1100. Trazemos-lhe ainda um comparativo.

ram com Cairoli como novo líder do MXGP. que às motas que pode encontrar nos concessionários, com comparativos e artigos de pormenor – bem como todas as novidades do comércio e indústria. Em suma, trazemos-lhe o melhor das novi-

FICHA TÉCNICA Proprietário - Full Fixtures Unipessoal Lda Sede - Rua do Rebolar n3 3dt 2770-148 Paço de Arcos Director - Diogo de Soure Director Adjunto - Rodrigo Fialho Jornalista - Simon Patterson Colaboradores - Bernardo Matias, Gonçalo Viegas, Fábio Fialho, Pedro Rocha dos Santos Fotografia - Pedro Messias (Ensaios) Director de Arte - Rodrigues da Silva Impressão - GRAFISOL - EDIÇÕES E PAPELARIAS, LDA. Distribuição - VASP, DISTRIBUIDORA DE PUBLICAÇÕES Tiragem - 10.000 ex. Periodicidade - Mensal Estatuto editorial em MotorcycleSports.net Preço - (IVA inc.): 4,50€ (Portugal Continental) ERC: N.º 127278 Depósito Legal: 455729/19

dades de dois mundos com a chancela de qualidade Motorcycle Sports. É mais uma edição para o entreter nesta fase em que a atualidade continua também marcada pela pandemia, pelo que propomos um desconfinamento responsável com a revista Motorcycle Sports. Bernardo Miguel Matias

| MOTORCYCLE SPORTS | -3-


NOTÍCIAS

Bernardo Matias

Kjer-Olsen ascende ao MXGP com a Husqvarna Bühler vitorioso no regresso do CNTT

Agora com 23 anos de idade, Thomas Kjer-Olsen

colega de Arminas Jasikonis, num passo que o

atingiu a idade limite para competir no Mundial

diretor de equipa Anttti Pyrhönen considera

de MX2, pelo que forçosamente teria de mudar

natural depois dos resultados de Kjer-Olsen nas

de campeonato em 2021. E conseguiu-o dando

últimas épocas. Concentrado no MX2, o piloto

o derradeiro passo na escada rumo ao MXGP,

nórdico não escondeu o entusiasmo com a nova

mantendo-se com a Rockstar Energy Husqvarna.

etapa da sua carreira, que passa pela categoria

A Baja TT do Pinhal marcou

O dinamarquês vai suceder a Pauls Jonass como

rainha do motocross global.

o regresso do Campeonato Nacional de Todo-o-Terreno (CNTT) a 19 e 20 de setembro. Sebastian Bühler, com as cores da Hero Motosports, levou de vencida na prova disputada em Sertã, Proença-a-Nova e Vila Velha do Ródão. Com um ritmo mais forte desde o início, o luso-alemão

Kjer-Olsen dará o passo rumo ao MXGP em 2021.

já levava 1m06s de avanço no fim do primeiro setor seletivo. No segundo, ainda cedeu perante Maciek Giemza (Orlen/ Husqvarna), mas rubricou uma exibição praticamente imaculada até ao fim e triunfou com uma margem clara: 3m02s de avanço face a Adam Tomiczek (Husqvarna). Em terceiro absoluto, António © 2020 Federação Motociclismo Portugal

Maio (Yamaha) foi segundo do CNTT e da classe TT2 mantendo assim a liderança do campeonato, seguindose Mário Patrão (KTM). O piloto de Seia continua a ser o principal perseguidor de Maio nas contas do CNTT.

Vierge mantém-se na Petronas Sprinta Racing Está consumada a continuidade de Xavi Vierge na Petronas Sprinta

uma época estranha, fizemos progresso em cada corrida, aproximando-nos

Racing. O experiente espanhol, atual sétimo classificado do Mundial de

dos nossos objetivos, e se continuarmos assim no ano que vem será incrível.

Moto2, mantém-se no segundo patamar dos campeonatos do mundo de

[...]. Por agora, o nosso objetivo mantém-se o mesmo: estar no top cinco em

velocidade, tendo assim a sempre importante continuidade para singrar.

todas as corridas, lutar por pódios e vitórias, e depois veremos como podemos

Num comunicado, o espanhol apontou à discussão do título como

terminar este campeonato. É claro que no próximo ano será o mesmo, mas

ambição para 2021: ‘O Moto2 é uma classe difícil e penso que ficar com a

queremos lutar pelas posições de topo em todas as corridas para lutar pelo

mesma equipa, moto e conjunto será crucial para nós. Este ano, apesar de ser

campeonato’.

-4- | MOTORCYCLE SPORTS |



© 2020 Federação Motociclismo Portugal

NOTÍCIAS

Ivo Lopes perto de selar o título do CNV em Superbike.

Ivo Lopes deu passo de gigante para o título do CNV A terceira passagem do Cam-

Morais (Wojcik Racing Team/

0,038s. Morais foi terceiro na

grande adversário cortando a

peonato Nacional de Velocidade

Yamaha) bateu o colega Parkes

frente de Pedro Nuno (Team Tar-

meta com 1,349s de avanço.

(CNV) pelo Estoril teve um plan-

para conquistar as pole position,

get Yamaha), o segundo dos re-

Parkes foi desta vez o terceiro a

tel de luxo na categoria principal:

sendo Ivo Lopes (BMW Motor-

gulares do CNV. Tiago Magalhães

7,258s, com Nuno e Magalhães

além dos habituais protagonistas

rad Portugal ENI) terceiro. Na

(ENI Aprilia Portugal) fechou o

a repetirem os quarto e quinto

dos nacionais, Broc Parkes, Mar-

primeira corrida, o trio confirmou

top cinco.

lugares, respetivamente. Com 43

celi Bezulski e Sheridan Morais

a supremacia face ao resto do

Na segunda corrida, foi Lopes

pontos de avanço sobre Nuno e

competiram em preparação da

pelotão, sendo Parkes a levar de

a impor-se. O piloto da BMW

50 em disputa, Lopes está com

ronda do Mundial de Endurance

vencida numa prova intensa em

conseguiu rubricar uma boa

o título do CNV em Superbike

prevista para o Estoril.

que Lopes foi segundo a apenas

recuperação e teve Morais como

praticamente garantido.

Nacional de Motocross voltou na Lustosa Depois de vários meses de au-

teiro na primeira manga, mas

do do campeonato, ocupado

terminar nas duas primeiras

sência, o Campeonato Nacional

o piloto da Honda/Jomotos

por Silva.

posições, mas desta feita Peixe

de Motocross regressou a 20

reagiu na segunda corrida para

Quanto ao MXGP, boa presta-

levou de vencida para ganhar

de setembro no Crossódromo

triunfar na frente do adversá-

ção de Alex Gamboa na primei-

também a ronda. O experiente

Quinta da Azenha, na Lustosa.

rio. No somatório, Outeiro e

ra manga, com o piloto a levar

piloto cimentou a liderança do

Luís Outeiro e Sandro Peixe fo-

Silva terminaram com os mes-

a sua Husqvarna ao triunfo na

campeonato, seguindo com

ram os grandes protagonistas.

mos 47 pontos, mas a vitória

frente de Sandro Peixe (Suzuki/

15 pontos de avanço face a

Em MX2, Renato Silva

foi atribuída a Outeiro. Este

Moteo/SP 373). Na segunda

João Vivas – terceiro nas duas

(Yamaha/Guga MX) bateu Ou-

segue a seis pontos do coman-

corrida, os dois voltaram a

provas da Lustosa.

-6- | MOTORCYCLE SPORTS |



MOTOGP

SAN MARINO

Morbidelli, o quarto a estrear-se nas vitórias em 2020

Continua a ser uma temporada atípica no Mundial de MotoGP. No GP de San Marino – sexto do ano para a classe rainha – houve o quarto vencedor diferente e o quarto estreante nas vitórias, desta feita Franco Morbidelli. gresso da MotoE World Cup. Do-

sexto a 21 pontos.

mente significativa.

vas, os pilotos dos Mundiais Mo-

minique Aegerter (Dynavolt Intact

As contas do Moto3 estavam mais

O pelotão do Moto2 esteve des-

toGP tiveram uma merecida pausa

GP) chegava como líder, mas a sua

desniveladas à chegada a Misano,

falcado no GP de San Marino, sem

de duas semanas antes de enfren-

vantagem não era substancial. Es-

com Albert Arenas (Pull&Bear As-

um dos seus principais pilotos.

tarem nova sequência exigente –

tava apenas 11 pontos na frente

par/KTM) a somar mais 25 pon-

Jorge Martín testou positivo à Co-

duas jornadas em Misano seguidas

de Jordi Torres (Pons Racing 40),

tos do que Ai Ogura (Honda Team

vid-19 e teve de permanecer em

de uma em Barcelona ao longo do

com Eric Granado (Avintia Espon-

Asia). O terceiro classificado, John

isolamento, sendo o primeiro caso

mês de setembro em semanas se-

sorama) em terceiro a 13 pontos.

McPhee (Petronas Sprinta Racing/

entre os pilotos no paddock. Tam-

guidas.

O campeão em título, Matteo Fer-

Yamaha) ocupava o terceiro posto

bém foi anunciado que um mecâ-

O GP de San Marino marcou o re-

rari (Trentino Gresini) seguia em

a 39 pontos, distância aparente-

nico – de uma equipa e categoria

PSP/Lukasz Swiderek

Depois de três rondas consecuti-

Morbidelli vitorioso pela primeira vez na carreira.

-8- | MOTORCYCLE SPORTS |


Simon Patterson

não identificadas – tinha contraído

melhor momento depois do histó-

quinto já a mais de meio segundo.

E-Racing) em quinto. Aegerter não

a doença. No que toca ao campeo-

rico triunfo em Spielberg.

Também no FP2 de MotoE houve

foi além de décimo na sessão em

um homem que liderou mais de

que grande parte dos pilotos fizeram os seus melhores registos.

nato de Moto2, Luca Marini (Sky MOTOE, TREINOS LIVRES:

metade da sessão para acabar no

dou o GP de San Marino em casa

MATTEO FERRARI MAIS

topo – desta feita, Granado, que se

com mais oito pontos do que Enea

RÁPIDO

impôs perante Ferrari por 0,032s

MOTOE, EPOLE: POLE

Bastianini (Italtrans Racing Team/

A MotoE World Cup voltou às pis-

para ficar na dianteira do treino e

POSITION DE CASADEI COM

Kalex).

tas na sexta-feira, 11 de setembro,

do dia de sexta-feira. De Angelis

CONTORNOS DRAMÁTICOS

A época de MotoGP estava ao

com o primeiro treino livre do GP

assinou a terceira marca, Casadei

Contornos dramáticos na EPole, a

rubro, com os nove primeiros se-

de San Marino. Depois do ascen-

foi quarto e Aegerter repetiu a

qualificação de MotoE. Como ha-

parados por apenas 27 pontos

dente de Mike di Meglio (EG 0,0

quinta posição. No sábado de ma-

bitualmente, os pilotos têm ape-

antes do GP de San Marino. Fabio

Marc VDS) na fase inicial, Alex de

nhã no FP3, depois de várias trocas

nas uma tentativa para fazerem os

Quartararo (Petronas Yamaha SRT)

Angelis (Octo Pramac MotoE) co-

de líder nos primeiros 12 minutos,

seus tempos. Granado rubricou o

vinha de três provas complicadas,

mandou mais de metade da sessão

Ferrari assumiu definitivamente as

melhor crono e parecia com a pole

mas mantinha-se no topo – agora

inaugural da sua ronda caseira ter-

rédeas com 13 minutos volvidos.

position encaminhada. Porém, viu-

com apenas mais três pontos do

minando mesmo no topo 0,251s

O campeão em título viria ainda a

-lhe ser removido o seu tempo por

que Andrea Dovizioso (Ducati). O

na frente de Mattia Casadei (On-

melhorar e acabou 0,150s na fren-

ter excedido os limites de pista –

leque de nove primeiros era fecha-

getta SIC58 Squadra Corse). Ferra-

te de Granado, com Xavier Siméon

ainda que por uma margem muito

do por Miguel Oliveira (Red Bull

ri foi terceiro a 0,264s e Granado

(LCR E-Team) em terceiro, Torres

escassa.

KTM Tech3), que estava no seu

quarto a 0,422s, sendo Aegerter

em quarto e Lukas Tulovic (Tech3

Desilusão de uns, celebração de

Polarity Photo

Racing Team VR46/Kalex) abor-

Covid-19 afastou Jorge Martín de Misano.

| MOTORCYCLE SPORTS | -9-


MOTOGP

SAN MARINO

Primeira vitória do ano para Matteo Ferrari. meta 0,213s na frente de Siméon. Com Casadei a quebrar depois de perder a liderança, o belga aproveitou para o superar, assim como Aegerter que ainda levou a melhor sobre Torres. Casadei foi quinto. Num dos seus piores resultados do ano, Granado só conseguiu recuperar até décimo. No comentário à sua vitória em comunicado, Ferrari afirmou que foi um triunfo essencial: ‘Estou mesmo feliz pela vitória, embora no início te-

Soldano/Martino/Farinelli

nha tido dificuldades para ficar com o Casadei e o Simeón. Saí largo em Quercia, mas fui capaz de recuperar e permanecer com os líderes. Fizemos um trabalho fantástico e mesmo se os pneus se desgastaram um pouco na fase final, conseguimos obter uma vitória muito importante e deixar para trás o desapontamento de Jerez e a penalização na grelha, que numa corrida tão curta podia ter sido crucial’. A primeira de duas rondas em Mi-

outros. Ferrari obteve em pista a

A situação esteve assim durante

pódio. A três voltas do fim, Ferrari

sano provocou alterações subs-

pole position do GP de San Mari-

as três primeiras voltas. Na quarta,

completou a manobra decisiva na

tanciais na tabela da MotoE World

no de MotoE, com uma volta em

Ferrari lançou um ataque a Siméon

curva 11 de Misano, ultrapassando

Cup. Aegerter manteve-se como

1m43,580s que lhe permitiu su-

e passou para o segundo lugar. Um

Casadei para assumir a dianteira.

líder e até alargou a sua margem

perar Casadei por 0,272s. Porém,

pouco mais atrás, Torres e Aegerter

Uma vez na frente, Ferrari não dei-

de 11 para 12 pontos. Porém, a

acabou penalizado e caiu para

mantinham-se junto às posições de

xou a vitória escapar cortando a

perseguição estava agora a cargo

quarto. Siméon e Tulovic completaram a primeira linha da grelha. Ferrari dividiria a segunda fila com Aegerter e Niccolò Canepa (LCR E-Team) na segunda fila. Sendo o

de Ferrari, com Torres em terceiro,

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOE Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

1.º

Matteo Ferrari

Trentino Gresini MotoE

Energica

12m14,331s

2.º

Xavier Siméon

LCR E-Team

Energica

+ 0,213s

Dynavolt Intact GP

Energica

+ 0,372s

Casadei em quarto e Siméon em quinto, superando também Granado que caiu para sexto e ficou a 23 pontos do comando.

3.º

Dominique Aegerter

único a ficar sem tempo, Granado

4.º

Jordi Torres

Pons Racing 40

Energica

+ 0,474s

foi relegado ao 18.º e último posto

5.º

Mattia Casadei

Ongetta SIC58 Squadra Corse

Energica

+ 0,606s

MOTO3, TREINOS LIVRES:

da grelha de partida.

6.º

Mike di Meglio

EG 0,0 Marc VDS

Energica

+ 0,780s

7.º

Alessandro Zaccone

Trentino Gresini MotoE

Energica

+ 4,393s

MCPHEE DITOU RITMO

8.º

Alex de Angelis

Octo Pramac MotoE

Energica

+ 4,476s

9.º

Tommaso Marcon

Tech 3 E-Racing

Energica

+ 4,915s

10.º

Eric Granado

Avintia Esponsorama Racing

Energica

+ 5,056s

11.º

Niccolò Canepa

LCR E-Team

Energica

+ 5,439s

12.º

Lukas Tulovic

Tech 3 E-Racing

Energica

+ 5,705s

13.º

Alejandro Medina

Openbank Aspar Team

Energica

+ 8,448s

MOTOE, CORRIDA: MATTEO FERRARI SUPERIOR A ação de corridas em Misano começou com a prova de MotoE – em formato sprint, com apenas sete voltas. Arrancando da pole

O Mundial de Moto3 deu início aos trabalhos em pista do GP de San Marino. No FP1, na sexta-feira de manhã (11 de setembro), os minutos iniciais foram frenéticos como é habitual, mas a partir dos nove

14.º

Xavier Cardelús

Avintia Esponsorama Racing

Energica

+ 8,582s

minutos um homem destacou-se

position, Casadei conservou a li-

15.º

María Herrera

Openbank Aspar Team

Energica

+ 8,813s

– Raúl Fernández (Red Bull KTM

derança no início, com Siméon no

16.º

Jakub Kornfeil

WithU Motorsport

Energica

+ 11,795s

Ajo), que assumiu definitivamente

seu encalço e Ferrari a ascender a

17.º

Niki Tuuli

Avant Ajo MotoE

Energica

+ 12,892s

18.º

Josh Hook

Octo Pramac MotoE

Energica

+ 36,401s

a liderança. Melhorou o seu tem-

terceiro. -10- | MOTORCYCLE SPORTS |

po por diversas vezes até chegar a



SAN MARINO

Ogura estreou-se nas pole positions.

PSP/Lukasz Swiderek

MOTOGP

1m42,501s, marca com que supe-

Na manhã de sábado aconteceu o

MOTO3, QUALIFICAÇÃO:

Ogura comandava no fim de todas

rou Gabriel Rodrigo (Kömmerling

FP3, decisivo para o apuramento

PRIMEIRA POLE POSITION

as primeiras voltas lançadas, sendo

Gresini/Honda) por 0,234s. Ayumu

direto à Q2. A incerteza dominou

PARA OGURA EM

depois batido por Andrea Migno

Sasaki (Red Bull KTM Tech3) ficou

nos primeiros 25 minutos, com

QUALIFICAÇÃO INTENSA

(Sky Racing Team VR46/KTM).

em terceiro, ao passo que o líder

diversos homens a passarem pela

Na primeira fase da qualificação, as

Este foi depois ultrapassado por

do campeonato, Arenas, quedou-se

liderança – entre eles Raúl Fer-

Husqvarna da Sterilgarda Max Ra-

Suzuki que, por seu turno, se viu

pelo oitavo lugar a 0,817s do topo.

nández. Mas no fim acabou por

cing Team, e em particular Romano

superado por Rodrigo. Mas no fim

No FP2, Raúl Fernández voltou a

se impor McPhee, que no último

Fenati, lideraram durante grande

quem se impôs foi Ogura, que na

ser protagonista. Desta feita assu-

quarto de hora ficou inabalá-

parte do tempo. Porém, já nos úl-

derradeira volta foi 16 milésimas

miu o comando logo na sua segun-

vel na liderança. Celestino Vietti

timos instantes, Tony Arbolino (Ri-

mais rápido do que Rodrigo para

da volta lançada e liderou durante

(Sky Racing Team VR46/KTM) foi

vacold Snipers Team/Honda) esta-

obter a sua primeira pole position

mais de meia hora. Porém, nos últi-

quem mais perto ficou do britâni-

beleceu o melhor registo batendo

da carreira. Suzuki foi terceiro, na

mos cinco minutos, Tatsuki Suzuki

co, a apenas duas milésimas, se-

Fenati por 0,072s. Alonso López,

frente de Migno e Fenati. Arenas,

(SIC58

guindo-se Arenas a 0,022s.

que também liderou tal como o co-

líder do campeonato, complicou

acabou por ditar o ritmo da sessão

Squadra

Corse/Honda)

Fernández foi quarto a 0,057s.

lega Fenati, acabou em terceiro e

a sua tarefa para a corrida com o

batendo Arenas por 0,050s. Raúl

Os 14 primeiros seguiram diretos

segurou uma vaga na Q2. A última

13.º lugar.

Fernández foi terceiro a 0,071s.

para a Q2 graças aos seus regis-

ficou na posse de Riccardo Ros-

Ainda assim, o espanhol terminou

tos no FP3. Uma zona da clas-

si (BOE Skull Rider Facile Energy/

MOTO3, CORRIDA: TERCEIRA

como o mais rápido do dia inau-

sificação combinada a que não

KTM), que com a sua última volta

VITÓRIA DA CARREIRA DE

gural – tal como Rodrigo não me-

chegou Sasaki – o nipónico não

relegou Darryn Binder (CIP Green

MCPHEE EM PROVA PARA

lhorou no FP2, mas as suas marcas

melhorou desde o FP1 e ficou em

Power/KTM) ao quinto posto da

ESQUECER DE ARENAS

matinais chegaram para ficarem no

15.º a apenas 0,029s do 14.º, Fi-

Q1 por 0,104s.

Na manhã de domingo, 13 de se-

topo da tabela, com Suzuki em ter-

lip Salac (Rivacold Snipers Team/

Depois de alguns minutos de in-

tembro, Raúl Fernández liderou

ceiro a 0,282s.

Honda).

tervalo, chegou o momento da Q2.

o warm-up de Moto3 superando

-12- | MOTORCYCLE SPORTS |



MOTOGP

John McPhee relançou-se na luta pelo título após primeiro triunfo do ano.

Dennis Foggia (Leopard Racing/ Honda) por 0,451s. Horas depois, foi o momento da corrida. Ogura partiu bem da pole position, mas foi ultrapassado pelo compatriota Suzuki. Sergio García (Estrella Galicia 0,0/Honda) e Raúl Fernández envolveram-se num incidente para o qual também foi arrastado Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/ KTM), o que os deixou a todos fora de prova. A luta pela liderança prosseguia, com Rodrigo a ocupá-la por instan-

PSP/Lukasz Swiderek

tes antes de ser batido por Suzuki. Formou-se um grupo alargado na luta pela liderança, no qual chegou a estar Darryn Binder antes de cair na curva seis algumas voltas depois. Nas últimas oito voltas, o top cinco estava separado por menos de meio segundo. Além de Rodrigo e Suzuki, também lá estava Jaume Masiá

(Leopard

Racing/Honda),

Ogura e McPhee. Arenas colou-se aos adversários, mas a duas voltas

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO3 Pos.

Piloto

1.º

John McPhee

2.º

Ai Ogura

3.º

sido melhor para mim: correu per-

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Petronas Sprinta Racing

Honda

39m48,952s

Honda Team Asia

Honda

+ 0,037s

Tatsuki Suzuki

SIC58 Squadra Corse

Honda

+ 0,232s

4.º

Jeremy Alcobá

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+ 0,393s

5.º

Gabriel Rodrigo

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+ 0,490s

6.º

Tony Arbolino

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 0,543s

até à frente. Vi-me de volta a 14.º,

feitamente conforme o planeado e sento-me muito forte. Sabia que seria difícil recuperar, mas na primeira volta já estava em 11.º, pelo que só tentei manter a calma e recuperar

do fim caiu e sofreu o seu segundo

7.º

Jaume Masiá

Leopard Racing

Honda

+ 0,833s

pelo que só tentei montar um ataque

abandono do ano.

8.º

Romano Fenati

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

+ 0,928s

para ver o que acontecia. Na última

A luta pelo triunfo foi empolgan-

9.º

Dennis Foggia

Leopard Racing

Honda

+ 0,976s

10.º

Andrea Migno

Sky Racing Team VR46

KTM

+ 1,121s

volta senti-me mesmo forte, pelo

11.º

Niccolò Antonelli

SIC58 Squadra Corse

Honda

+ 1,554s

12.º

Ryusei Yamanaka

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 1,691s

13.º

Riccardo Rossi

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+ 1,921s

14.º

Stefano Nepa

Pull&Bear Aspar Team Moto3

KTM

+ 1,961s

15.º

Carlos Tatay

Reale Avintia Moto3

KTM

+ 2,239s

16.º

Deniz Öncü

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 3,927s

sano, com Arenas a manter-se no

17.º

Kaito Toba

Red Bull KTM Ajo

KTM

+ 8,517s

topo. Porém, com o abandono, viu

O terceiro triunfo da carreira re-

18.º

Davide Pizzoli

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+ 11,399s

Ogura colocar-se a apenas cinco

lançou McPhee na luta pelo título,

19.º

Jason Dupasquier

CarXpert PruestelGP

KTM

+ 11,679s

20.º

Filip Salac

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 11,835s

pontos, ao passo que McPhee era

21.º

Khairul Idham Pawi

Petronas Sprinta Racing

Honda

+ 18,331s

22.º

Maximilian Kofler

CIP Green Power

KTM

+ 18,598s

te e incerta até ao fi. McPhee foi o mais forte, batendo Ogura por escassas 37 milésimas de segundo. Suzuki selou um duplo pódio para o Japão ao ser terceiro, sendo Jeremy Alcobá (Kömmerling Gresini/ Honda) quarto e Rodrigo quinto.

pelo que era natural o agrado do britânico no comunicado de rescaldo: ‘Estou em êxtase! É um sonho tornado realidade estar no primeiro lugar aqui depois da última corrida e de todos os problemas. Tentei estabelecer todos os meus tempos por

23.º

Yuki Kunii

Honda Team Asia

Honda

+ 18,891s

24.º

Barry Baltus

CarXpert PruestelGP

KTM

+ 41,938s

25.º

Sergio García

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 1m01,077s

NC

Albert Arenas

Pull&Bear Aspar Team Moto3

KTM

21 voltas

que soube que podia ultrapassar um ou dois pilotos nas últimas curvas se precisasse’. Campeonato de Moto3 relançado depois da primeira jornada de Mi-

o terceiro a apenas 14 pontos depois do triunfo. MOTO2, TREINOS LIVRES: BEZZECCHI ESTABELECEU REGISTO DE REFERÊNCIA

NC

Darryn Binder

CIP Green Power

KTM

14 voltas

O programa do GP de San Marino

mim na sexta-feira e depois desa-

NC

Ayumu Sasaki

Red Bull KTM Tech 3

KTM

6 voltas

de Moto2 começou com um ani-

pontei a equipa completamente na

NC

Alonso López

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

6 voltas

mado primeiro treino livre, em que

qualificação tendo uma queda logo

NC

Raúl Fernández

Red Bull KTM Ajo

KTM

0 voltas

NC

Celestino Vietti

Sky Racing Team VR46

KTM

0 voltas

existiram mexidas constantes na

no início. Esta corrida não podia ter -14- | MOTORCYCLE SPORTS |

tabela de tempos. Marini liderou


durante uma parte considerável da

do a boa forma da formação de

tianini acabou em oitavo depois de

ma que efetuou, mas as restantes

sessão, mas nos últimos cerca de

Marc van der Straten. Nicolò Bule-

ser o mais rápido de sexta-feira. O

posições de apuramento ficaram

12 minutos imperou Sam Lowes

ga (Federal Oil Gresini/Kalex) aca-

14.º lugar, último de apuramento

logo definidas nos minutos iniciais

(EG 0,0 Marc VDS/Kalex), que com

bou em quarto na frente de Marini.

direto para a Q2, ficou nas mãos

– Héctor Garzó (Flexbox HP 40/

três voltas rápidas nessa fase selou

A tabela foi fechada por Jesko Raf-

de Hafizh Syahrin (Oceanica Aspar

Kalex), Roberts e Marcos Ramírez

a liderança. Superou Marini por

fin (NTS RW Racing GP), único que

Team/Speed Up), com Joe Rober-

(Tennor American Racing/Kalex) fi-

0,230s, sendo Marco Bezzecchi

não progrediu do FP1 para o FP2.

ts (Tennor American Racing/Kalex)

caram entre segundo e quarto com

(Sky Racing Team VR46/Kalex) ter-

As contas do apuramento direto

em 15.º a falhar o objetivo por 70

as suas segundas voltas lançadas.

ceiro a 0,348s.

para a Q2 ficaram fechadas no FP3

milésimas.

Em quinto ficou Bulega, falhando o

Os melhores tempos do dia viriam

no sábado de manhã. Foi a sessão

a surgir, contudo, no FP2. Lowes

mais rápida para todos os pilotos,

MOTO2, QUALIFICAÇÃO:

A primeira metade da Q2 foi inten-

esteve no topo durante mais de

mas Bezzecchi decidiu a liderança

GARDNER NA POLE

sa. Bezzecchi liderava depois das

meia hora depois dos 14 minutos,

muito cedo – fez a melhor marca

POSITION… APESAR DE LOWES

segundas voltas lançadas, seguin-

mas já nos últimos instantes viria

com cerca de 11 minutos e meio

SER O MAIS RÁPIDO

do-se no comando Marcel Schrö-

a ser superado por Bastianini. Um

decorridos.

colocou-se

Na primeira fase da qualificação do

tter (Liqui Moly Intact GP/Kalex)

tempo de 1m36,933s foi o melhor

a 0,083s, sendo Remy Gardner

GP de San Marino de Moto2, Fa-

e Bastianini. Porém, com pouco

de sexta-feira para o italiano, que

(Onexox TKKR SAG Team/Kalex)

bio di Giannantonio (+EGO Speed

menos de seis minutos cumpridos,

superou Lowes por 59 milésimas.

terceiro a 0,216s. Lowes ficou em

Up) liderou durante grande parte

Lowes assumiu o comando sem

Augusto Fernández (EG 0,0 Marc

quarto e Tetsuta Nagashima (Red

da sessão e terminou mesmo no

nunca mais o largar – isto graças

VDS/Kalex) foi terceiro, confirman-

Bull KTM Ajo/Kalex) quinto. Bas-

topo. A sua melhor volta foi a últi-

a uma melhoria posterior de qua-

Bezzecchi estabeleceu registo de referência"

PSP/Lukasz Swiderek

Marini

apuramento por 0,028s.


MOTOGP

SAN MARINO

se meio segundo. O britânico superou Gardner por 0,254s, com Marini a ser terceiro. Porém, uma boxes ditada anteriormente afastou Lowes da pole position, que acabou nas mãos de Gardner. Marini partiria de segundo e Bezzec-

PSP/Lukasz Swiderek

penalização de partida da via das

chi de terceiro. MOTO2, CORRIDA: DOBRADINHA DA SKY RACING TEAM VR46 COM MARINI VITORIOSO O warm-up de Moto2 assistiu a Arón Canet (Oceanica Aspar/Speed Up) no topo sendo 0,113s mais veloz do que Gardner. Foi a última chance de preparação da corrida

Saboroso triunfo caseiro de Marini em dobradinha Sky Racing Team VR46.

que viria a acontecer horas mais tarde. Na partida, Marini assumiu a liderança, com Bastianini e Bezzecchi no encalço.

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO2 Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Foi uma prova dominada pela Sky

Bezzecchi, mas depois meti uma mu-

Racing Team VR46, com Marini e

dança em neutro creio que na curva

1.º

Luca Marini

Sky Racing Team VR46

Kalex

40m41,774s

Bezzecchi a assentarem-se desde

14 e perdi um segundo. Depois o Be-

2.º

Marco Bezzecchi

Sky Racing Team VR46

Kalex

+ 0,799s

cedo nas duas primeiras posições

zzecchi ultrapassou-me, começámos

3.º

Enea Bastianini

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 0,897s

4.º

Xavi Vierge

Petronas Sprinta Racing

Kalex

+ 2,177s

distanciando-se de Bastianini. Um

a batalhar e eu era um pouco mais

5.º

Augusto Fernández

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 8,307s

erro de Marini a sete voltas do fim

veloz por isso pude ultrapassá-lo

6.º

Tom Lüthi

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 9,046s

proporcionou a aproximação de

noutro sítio. Depois tinha algo mais

7.º

Fabio di Giannantonio

+EGO Speed Up

Speed Up

+ 9,971s

Bezzecchi e uma luta renhida pelo

nas últimas três voltas. Foi um traba-

8.º

Sam Lowes

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 16,485s

triunfo nas últimas voltas aproveita-

lho fantástico por parte da equipa, a

9.º

Arón Canet

Oceanica Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 17,036s

da por Bastianini para se aproximar.

moto esteve perfeita desde o início,

10.º

Joe Roberts

Tennor American Racing

Kalex

+ 17,209s

Porém, Marini nunca cedeu e aca-

mas agora desfrutamos desta vitória

11.º

Lorenzo Baldassarri

Flexbox HP 40

Kalex

+ 17,741s

12.º

Marcos Ramírez

Tennor American Racing

Kalex

+ 19,152s

bou por cortar a meta com 0,799s

e vamos festejar mais logo, talvez eu,

13.º

Lorenzo Dalla Porta

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 21,946s

de avanço para Bezzecchi. Bas-

a minha namorada e alguns amigos,

14.º

Simone Corse

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

+ 22,005s

tianini foi terceiro a 0,897s, com o

mas com poucas pessoas’.

15.º

Nicolò Bulega

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

+ 24,404s

top cinco fechado por Xavi Vierge

Depois de nova vitória, Marini di-

16.º

Jake Dixon

Petronas Sprinta Racing

Kalex

+ 24,663s

(Petronas Sprinta Racing/Kalex) e

latou a sua margem no topo do

17.º

Stefano Manzi

MV Agusta Forward Racing

MV Agusta

+ 27,442s

Augusto Fernández. Lowes conse-

campeonato para 17 pontos, ten-

Kalex

+ 32,671s

guiu recuperar até oitavo.

do Bastianini como perseguidor.

18.º

Somkiat Chantra

Idemitsu Honda Team Asia NTS RW Racing GP

NTS

+ 35,844s

Na entrevista à emissão oficial logo

Bezzecchi ascendeu a terceiro fi-

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

+ 46,463s

Red Bull KTM Ajo

Kalex

24 voltas

após a corrida, Marini disse consi-

cando a 27 pontos da liderança, ao

Oceanica Aspar Team Moto2

Speed Up

21 voltas

derar ter sido a sua melhor prova,

passo que o ausente Martín des-

Marcel Schrötter

Liqui Moly Intact GP

Kalex

18 voltas

apesar de não ter tido a velocidade

ceu a quarto ficando a 33 pontos

NC

Andi Farid Izdihar

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

16 voltas

esperada: ‘Esta foi das boas, acho

de Marini.

NC

Jesko Raffin

NTS RW Racing GP

NTS

15 voltas

que foi a minha melhor corrida. Não

NC

Edgar Pons

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

12 voltas

fui tão veloz como esperava, não

MOTOGP: NOVO CAPÍTULO

NC

Jorge Navarro

+EGO Speed Up

Speed Up

10 voltas

NC

Héctor Garzó

Flexbox HP 40

Kalex

6 voltas

consegui pilotar como nas outras ses-

EM ÉPOCA DE INCERTEZA

sões. Tentei gerir a vantagem sobre o

O Mundial de MotoGP abriu-se

19.º

Bo Bendsneyder

20.º

Kasma Daniel

NC

Tetsuta Nagashima

NC

Hafizh Syahrin

NC

-16- | MOTORCYCLE SPORTS |


ao público em Misano para o GP

funciona com o novo asfalto e se as

os únicos a passarem pelo comando

do, com diversas trocas de líder ao

de San Marino, primeira de duas

condições terão mudado muito desde

fora os pilotos das YZR-M1.

longo dos 45 minutos. Chegaram a

rondas consecutivas naquele tra-

o ano passado. […]. Lutámos pela vi-

Quartararo esteve no topo duran-

estar na frente homens como Aleix

çado. Sem Marc Márquez em ação

tória até à última volta pela primeira

te grande parte da sessão, mas nos

Espargaró, Álex Rins (Team Suzuki

por estar lesionado, o campeonato

vez no ano passado, pelo que tenta-

últimos minutos surgiu Maverick

Ecstar), o seu colega Joan Mir,

não deixava de desiludir – mesmo

remos repetir isto […]. Precisamos de

Viñales (Monster Energy Yamaha)

Brad Binder (Red Bull KTM) ou Iker

sem a referência dos últimos anos,

voltar ao pódio nestas corridas e al-

com duas voltas rápidas que o dei-

Lecuona (Red Bull KTM Tech3).

imperava a incerteza e o equilíbrio,

cançar um grande número de pontos

xou no topo. Bateu Quartararo por

Porém, no fim, voltaram a ser as

com os primeiros classificados se-

num circuito que se adequa melhor à

0,550s, com Aleix Espargaró a ser

Yamaha a imporem-se.

parados por poucos pontos. Para os

nossa moto. O objetivo é recuperar a

um surpreendente terceiro classi-

Na sua derradeira volta, Quar-

portugueses, o interesse acrescido

sensação na moto que tivemos nas

ficado a 0,751s. Oliveira ficou em

tararo rubricou o melhor tempo

passava pelo excelente momento

primeiras duas corridas em Jerez.

22.º e último a mais de dois segun-

da sessão e do dia de sexta-feira

dos da frente, num começo difícil.

– 1m32,189s. Foi superior ao co-

O FP2 foi um pouco mais anima-

lega de equipa, Franco Morbidelli.

À entrada do GP de San Marino,

MOTOGP, TREINOS LIVRES

Quartararo seguia com três pontos

DE SEXTA-FEIRA: YAMAHA

de vantagem e enfrentava um dos

MOSTROU SUPERIORIDADE

seus circuitos favoritos – assumin-

O programa do GP de San Marino

do na antevisão que o objetivo era

de MotoGP teve um início que foi

colocar um ponto final a uma se-

uma espécie de indicador do que se

quência de três jornadas árduas:

iria passar ao longo do fim de sema-

– Misano é um dos meus circuitos

na – domínio Yamaha. Aleix Espar-

favoritos porque tem um pouco de

garó (Aprilia Racing Team Gresini) e

tudo […]. Estou curioso para ver como

Pol Espargaró (Red Bull KTM) foram

Yamaha e Rossi no topo dos treinos livres de MotoGP.

BAGNAIA E MORBIDELLI DESTACAM ROSSI O GP de San Marino foi particularmente especial para a VR46 Riders Academy. A estrutura criada por Valentino Rossi para formar as promessas do motociclismo italiano levandoas até ao MotoGP viu os seus pupilos Morbidelli e Bagnaia a acabarem nas duas primeiras posições. E nenhum deles se esqueceu da VR46 Riders Academy. Em conferência de imprensa, Morbidelli apontou o aspeto essencial para o êxito de jovens italianos: ‘Creio que a chave é o facto de o melhor piloto de sempre ter decidido criar um ambiente que potencia o crescimento de jovens talentos. É por esse motivo que temos visto a aparecer tantos bons pilotos italianos nos últimos anos. Quase todos vêm da academia do Valentino Rossi. É claro que há outros, mas neste momento parece que os melhores – e não o quero dizer demasiado alto – estão a sair da academia dele’. Uma visão corroborada por Bagnaia: ‘O Valentino dá-nos o que precisamos. Ele tem resposta a tudo o que lhe pedimos, o que é incrível. Devo dizer que ele apostou muito em mim quando eu lutava pelo título [de Moto2] em 2018. Acho que o Vale criou algo incrível, temos todos um respeito enorme por ele. Mas também acho que nos usa para ser tão forte em pista como foi nesta corrida, por exemplo. Estamos a ajudar-nos uns aos outros e procuramo-lo constantemente para saber como podemos ser mais velozes’. © 2020 Yamaha Motor Racing Srl

de forma de Oliveira.

| MOTORCYCLE SPORTS | -17-


SAN MARINO

PSP/Lukasz Sw0iderek

MOTOGP

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOGP Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Pol Espargaró alcançou a terceira

na frente.

posição final, sendo o top cinco

O líder foi Rossi, que fez um tempo

1.º

Franco Morbidelli

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

42m02,272s

completado por Lecuona e Valenti-

de 1m31,861s na sua derradeira

2.º

Francesco Bagnaia

Pramac Racing

Ducati

+ 2,217s

no Rossi (Monster Energy Yamaha).

volta para superar Viñales por es-

3.º

Joan Mir

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 2,290s

4.º

Valentino Rossi

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

+ 2,643s

Oliveira deu sinais de progresso

cassos 0,075s. Quartararo foi ter-

5.º

Álex Rins

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 4,044s

com o nono posto.

ceiro a 0,100, com Miller e Rins a

6.º

Maverick Viñales

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

+ 5,383s

7.º

Andrea Dovizioso

Ducati Team

Ducati

+ 10,358s

8.º

Jack Miller

Pramac Racing

Ducati

+ 11,155s

9.º

Takaaki Nakagami

LCR Honda Idemitsu

Honda

completarem o top cinco. Diretos MOTOGP, TREINOS LIVRES DE

para a Q2 foram ainda Mir, Bag-

SÁBADO: ROSSI MOSTROU

naia, Johann Zarco (Esponsorama

+ 10,839s

VELOCIDADE; OLIVEIRA

Racing/Ducati), Morbidelli e Dovi-

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 12,030s

FALHOU Q2 DIRETA

zioso – que bateu Aleix Espargaró

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 12,376s

No FP3, os pilotos foram em busca

por 0,149s. Oliveira acabou em

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

+ 12,405s

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 15,142s

dos lugares de apuramento direto

16.º e ficou relegado à Q1.

Iker Lecuona

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 19,914s

para a Q2 e os tempos desceram

Ao início da tarde de sábado, houve

15.º

Johann Zarco

Esponsorama Racing

Ducati

+ 20,152s

para a generalidade dos pilotos.

o FP4 – um dos últimos momentos

16.º

Danilo Petrucci

Ducati Team

Ducati

+ 22,094s

Rins foi o primeiro líder e no topo

para preparar a corrida. Nos pri-

17.º

Álex Márquez

Repsol Honda Team

Honda

+ 22,473s

ainda chegaram a estar um piloto

meiros dez minutos, Bagnaia assu-

18.º

Stefan Bradl

Repsol Honda Team

Honda

+ 37,856s

KTM – Pol Espargaró – e outro da

miu as rédeas ficando no comando

10.º

Pol Espargaró

11.º

Miguel Oliveira

12.º

Brad Binder

13.º

Aleix Espargaró

14.º

19.º

Bradley Smith

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 1m18,831s

Ducati – Jack Miller (Pramac Ra-

durante cerca de 14 minutos. Po-

NC

Tito Rabat

Esponsorama Racing

Ducati

22 voltas

NC

Fabio Quartararo

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

18 voltas

cing). Não obstante, durante gran-

rém, viria a ser superado Quarta-

de parte do tempo foi uma Yamaha

raro – o gaulês liderou mesmo o

-18- | MOTORCYCLE SPORTS |


Morbidelli celebrou a primeira vitória no MotoGP.

O segundo lugar foi mais disputa-

nificativamente.

do. Aleix Espargaró ocupou-o até

No

qualificação,

O arranque teve Morbidelli a assu-

que, já nos últimos minutos, Oli-

Viñales confessou que o tempo

mir a liderança, passando Rossi a

veira foi mais rápido por 0,083s.

foi o que mais o deixou agradado:

segundo. Viñales caiu para quarto,

O luso acabou na vice-liderança a

‘Estou mesmo feliz, porque essa volta

ultrapassado também por Miller.

0,148s de Pol Espargaró e selou a

foi incrível! Não só porque me deu a

Mais atrás, Oliveira cedeu algumas

passagem à fase decisiva da quali-

pole position, mas mais por causa do

posições.

ficação. Entre os ausentes, desta-

tempo em si. Quando vi 1m31,4s

Volvidas cinco voltas e na frente

que para Danilo Petrucci (Ducati)

pensei que era um bom tempo por

mantinha-se Morbidelli, pressiona-

– quinto – e Brad Binder – sexto,

volta! Sabíamos do nosso potencial

do por Rossi – que, por seu turno,

que partiriam de 15.º e 16.º.

e usámos tudo o que tínhamos, e

seguia com Miller por perto. Já

Viñales entrou forte a mostrar os

fizemos uma volta mesmo boa. Ho-

Viñales era perseguido por Quar-

seus argumentos na Q2, mas foi

nestamente estou muito feliz e im-

tararo, outro dos homens que per-

logo batido por Bagnaia, Rossi e

pressionado por no fim do dia termos

deu terreno no início.

Quartararo antes de regressar ao

sido tão rápidos. Quebrar a volta

Com 20 voltas em falta, Quarta-

topo. Nos últimos instantes, a luta

recorde foi mesmo árduo para mim’.

raro tornou-se no novo quarto

rescaldo

Marino. E que forma de terminar. da

pela pole position foi a dois entre

treino ao ser 0,127s mais rápido do que Viñales. O espanhol também ultrapassou Bagnaia. Quanto a Oliveira, mostrou um ritmo sólido que o deixou em décimo. MOTOGP, QUALIFICAÇÃO: VIÑALES AVASSALADOR DE VOLTA ÀS POLE POSITIONS; OLIVEIRA 12.º Um total de 11 pilotos entrou em pista na Q1 em busca das últimas duas vagas na Q2 do GP de San Marino de MotoGP. A sessão foi praticamente sempre liderada por Pol Espargaró, que só não esteve na frente durante cerca de dois minutos após a sua primeira volta lançada. O espanhol assegurou o apuramento sem grandes dificul-

classificado… mas foi sol de pouca

Morbidelli e Quartararo. O italiano

MOTOGP, CORRIDA: ESTREIA

dura: ávido de ir atrás de Miller, o

colocou-se no topo e Viñales rea-

DE MORBIDELLI NAS

jovem gaulês exagerou e caiu, fi-

giu com uma volta avassaladora

VITÓRIAS; OLIVEIRA FORA DO

cando fora da luta pelas primeiras

que o deixou na pole position por

TOP DEZ

posições. Ainda conseguiu voltar à

0,312s. Quartararo e Rossi segui-

Houve uma pequena surpresa no

pista, mas acabou por abandonar

ram-se evidenciando novamente a

warm-up matinal de domingo no

posteriormente com uma segunda

superior forma das YZR-M1. Miller

GP de San Marino – Nakagami ter-

queda.

foi quinto. Oliveira não foi além do

minou no topo ao ser 0,071s mais

Com Morbidelli destacado no

12.º e último posto, indo dividir a

veloz do que Morbidelli. Oliveira

topo, a luta pelo segundo lugar foi

quarta fila com Zarco e Pol Espar-

assinou a décima marca.

emotiva nas voltas seguintes, com

garó – ele que caiu no início da Q1,

A corrida de MotoGP deu por con-

diversos pilotos a juntarem-se –

ficando impedido de melhorar sig-

cluído o programa do GP de San

Rins, Bagnaia, Mir e Miller estive-

CRUTCHLOW AUSENTE, BAGNAIA DE REGRESSO O GP de San Marino de MotoGP contou com novidades no pelotão. Por um lado, assistiu-se ao regresso de Francesco Bagnaia (Pramac Racing/Ducati), que tinha falhado a jornada tripla em Brno e Spielberg devido a lesão. Por outro lado, Cal Crutchlow (LCR Honda) foi forçado a ficar de fora ao estar lesionado. No caso de Crutchlow, o piloto foi autorizado a alinhar nos treinos de sexta-feira para aferir a sua condição física. No fim tinha admitido que o braço ao qual tinha sido operado estava em má situação, com fluídos que teimavam em não sair provocando inchaço. No sábado de manhã, chegou a confirmação que estava inapto. Numa sessão com a imprensa em que o Motorcycle Sports marcou presença, Crutchlow afirmou: ‘Tenho de continuar a fazer terapia física […]. Precisamos de deixar aberto e deixar curar por si, e esse é o grande problema. Porque no outro dia cosi e piorou. O braço simplesmente rebentou como um balão. Vou continuar a estar na câmara hiperbárica e não posso fazer fisioterapia porque é difícil tocar no braço’. Quanto a Bagnaia, em conferência de imprensa de antevisão o #63 confessou que não voltava ainda em pleno: ‘Durante três semanas andei nervoso e chateado, a ver os outros a competir e eu em casa, foi muito complicado. Mas tive tempo para ir ao ginásio e preparar-me para poder estar de regresso aqui em Misano. Não estou a 100 por cento, mas estou bastante bem’.

dades. | MOTORCYCLE SPORTS | -19-


MOTOGP

SAN MARINO Viñales selou pole position. Estreante nos pódios, Bagnaia confessou citado pelo site Motorsport. com que não esperava este resul© 2020 Yamaha Motor Racing Srl

tado quando abordou o GP de San Marino: ‘Percebi que podia ganhar quando fiz o quarto tempo no warm-up com dores na perna. Isso deu-me confiança. Não esperava chegar aqui e ser tão competitivo. É a segunda vez que regresso este ano, depois da pandemia e da lesão, e só fiz duas corridas. Não me imaginava tão veloz. A Ducati estava a ter problemas e é um resultado importante para a marca. No início da corrida tive problemas para aquecer os pneus, mas assim que isso aconteceu consegui ultrapassar todos. As últimas quatro ram nesse lote. Bagnaia, terceiro

2,217s de avanço para Bagnaia,

foi uma semana mágica para mim.

voltas foram muito difíceis, sempre

classificado, viria mesmo a supe-

com Mir em terceiro a completar

Tudo correu bem, portanto antes da

que mudava de direção e punha o

rar Rossi para chegar ao segundo

um pódio com a nova geração em

corrida pensava que algo bom seria

joelho no chão doía-me muito’.

lugar. Mesmo sem estar na forma

destaque.

possível. Acontece que foi algo óti-

Mir conseguiu o seu segundo top

física ideal, o italiano ia mostrando

Com o abandono de Quartararo,

mo! Nunca tinha ganho uma corrida

três da carreira com o terceiro

os seus argumentos.

o sétimo lugar foi suficiente para

de Mundial em casa antes, portanto

posto, que o deixou naturalmente

Uma vez em terceiro, Rossi ficou

Dovizioso se tornar no novo líder

fazê-lo no MotoGP é a maior con-

agradado: ‘Estou mesmo feliz. Não

também à mercê de Rins e Mir.

do campeonato. Quanto a Olivei-

quista da minha vida. Estou mesmo

fui tão forte como na Áustria, mas

Os homens da Suzuki dificultavam

ra, acabou por recuperar até 11.º

orgulhoso por poder dizer isso. […].

de qualquer maneira estou no pódio,

a vida a Il Dottore. Na derradeira

numa prova árdua para a KTM. O

Esta vitória é o resultado do trabalho

e isso são boas notícias. Desfrutei

volta, um piloto destacou-se. Mir

luso ficou entre os pilotos da equi-

de equipa. Neste momento estou or-

mesmo no fim da corrida, e foi em-

ultrapassou primeiro Rins para, de-

pa de fábrica, Pol Espargaró e Brad

gulhoso do que alcançámos no geral.

polgante fazer a última ultrapassa-

pois, estar exímio na ultrapassagem

Binder.

Há sete anos estava a competir com

gem. Sabia que podia fazê-lo naque-

a Rossi e assim acabar em terceiro.

Em comunicado, Morbidelli co-

uma Superstock 600 e agora estou a

la curva, portanto estava confiante.

Inabalável, Morbidelli ganhou com

mentou a sua vitória: ‘Sinto que esta

ganhar uma corrida de MotoGP’.

Estava ciente de que iria ter algumas dificuldades nas primeiras voltas com o pneu novo, mas o meu ritmo com

DOVIZIOSO NA LIDERANÇA… MAS CAUTELOSO

-20- | MOTORCYCLE SPORTS |

pneus usados foi muito mais rápido, e senti-me ótimo com a moto, pelo que consegui aproveitar isso’. Volvidas seis provas, Dovizioso era o novo líder do Mundial de MotoGP com mais seis pontos do que Quartararo, seguindo Miller em terceiro a 12 pontos. Tudo tinha Gold & Goose/Red Bull Content Pool

Consistente desde o começo da época, Dovizioso tornou-se líder do Mundial de MotoGP ao cabo de seis provas. Embora tenha apenas uma vitória e outro pódio, só falhou o top seis por uma vez e pontuou sempre até ao GP de San Marino. É uma constância importante num ano em que ninguém se tem conseguido impor claramente, mas na reunião com a imprensa depois da corrida de Misano Dovizioso admitiu que é preciso mais da Ducati para levar a luta até ao fim da época: – Esta é a minha abordagem e funciona para o campeonato, é uma coisa positiva para mim. Mas isto não será suficiente, porque com esta velocidade não somos capazes de lutar até ao fim do campeonato. É algo bom de ter, mas não é suficiente.

ficado um pouco menos nivelado depois da ronda inaugural de Misano, mas também permanecia tudo em aberto com nove pilotos a caberem em 26 pontos. Oliveira baixou a décimo, passando a estar a 31 pontos da dianteira.



MOTOGP

SAN MARINO

Miguel Oliveira

com mais dificuldades após a vitória

Depois da prestação notável em Brno e na Áustria, o português Miguel Oliveira e a KTM no geral mostraram-se menos competitivas no GP de San Marino. O homem da Red Bull KTM Tech3 viria a terminar a corrida em 11.º lugar.

Motivado pelo triunfo no GP da Es-

so e estamos seguramente motivados

mantivesse um ritmo constante no

tíria, Oliveira chegava a Misano com

para começar a trabalhar novamente.

1m34s alto/1m35s baixo. Fez um

natural ambição de dar continuidade

Ao começar numa pista em que estive-

total de 19 voltas separadas em três

ao momento positivo. Porém, en-

mos a testar anteriormente em junho,

stints, a melhor delas valendo o 22.º

frentava um circuito em que tinha

e de onde temos informação, creio que

e último lugar a mais de dois se-

poucas boas memórias – fora dois

podemos sair-nos muito bem nas cor-

gundos do líder – Maverick Viñales

segundos lugares (um no Moto3,

ridas. Simplesmente espero manter o

(Monster Energy Yamaha). Nas três

outro no Moto2), ao longo dos anos

nosso nível, que mostrámos em Spiel-

saídas à pista, a KTM RC16 esteve

evidenciou constantemente algu-

berg, e continuar a lutar pelas posições

dotada de pneus médios à frente e

mas dificuldades.

de topo’.

atrás.

Em todo o caso, Oliveira sublinhou

Horas depois, no segundo treino

na antevisão que tinha confiança de

TREINOS LIVRES: INÍCIO DIFÍCIL

livre em Misano, Oliveira mostrou

continuar na senda positivo: ‘Estou

SEGUIDO DE PROGRESSOS; Q2

progressos consideráveis. Apostan-

obviamente empolgado e inspirado

DIRETA ‘FUGIU’

do em dois stints iniciais com pneus

para ir para a ronda de setembro. Pen-

O começo do GP de San Marino

duros, o piloto de Almada estabele-

so que vai ser duro fisicamente gerir

não foi fácil para Oliveira. No primei-

ceu um ritmo entre o 1m34s baixo

novamente três fins de semana conse-

ro treino livre, o piloto viu diversas

e o 1m33s alto, antes de um stint

cutivos, mas tivemos um bom descan-

voltas canceladas no FP1, embora

final rápido com pneu duro à frente e macio atrás. Foi nessa altura que rubricou a sua melhor marca – 1m32,935s – para chegar ao nono lugar final colocando-se provisoriamente em zona de apuramento direto para a Q2. No briefing com a imprensa, Oliveira assumiu que pode ter sido cauteloso demais no FP1: ‘Não foi a nossa melhor manhã de sexta-feira, mas conseguimos regressar no segundo treino live. Talvez tivéssemos sido um bocado conservadores no FP1, ficámos um bocado presos às afinações de Spielberg, mas durante a tarde trabalhámos com base numas afinações que usámos no teste aqui. As sensações foram logo melhores, experimentámos vários pneus diferentes, o que foi bom. No ge-

-22- | MOTORCYCLE SPORTS |


Polarity Photo

PATROCINADO POR:

ral foi um dia positivo, dentro do top

dez, sendo a diferença entre o 11.º

registo de 1m32,555s insuficiente

ção que perspetivava maior compe-

dez. Sem dúvida que há ainda margem

e o 16.º lugar final.

para o colocar em posição de apura-

titividade em corrida: ‘O nosso anda-

para melhorar, temos potencial para

No sábado ao início da tarde, Olivei-

mento. Foi já na penúltima volta que

mento é melhor certamente do que a

isso’.

ra preparou a corrida no FP4 do GP

assinou a marca de 1m32,212s que

nossa qualificação, o que é bom. Con-

No sábado de manhã, o português

de San Marino. O piloto ficou no dé-

o deixou em segundo, seguindo em

seguimos usar muito bem o pneu duro

enfrentou o FP3 com o intuito de

cimo lugar depois de dois stints em

frente para a fase decisiva com Pol

da frente, o que durante as voltas na

acabar no top dez combinado e,

que trabalho com pneu duro à frente

Espargaró (Red Bull KTM).

corrida poderá ser uma vantagem para

assim, progredir para a Q2 direta-

e médio atrás. No segundo, foi con-

Na Q2, Oliveira fez apenas uma sé-

nós, mas como a posição poderá afetar

mente. Num primeiro stint, rodou

sistente no 1m33s, sendo a sua me-

rie de quatro voltas lançadas nos úl-

a corrida não estou certo’.

consecutivamente no 1m33s, insu-

lhor marca 1m33,067s – a 0,663s

timos cinco minutos. Rodou por três

Por outro lado, o #88 explicou que

ficiente para melhorar face ao dia

do líder Fabio Quartararo (Petronas

vezes seguidas no 1m32s baixo e fez

a falta de capacidade para usar a

anterior – o que seria necessário. O

Yamaha SRT).

o seu melhor registo na derradeira

tração estava a ser um problema:

luso viria mesmo a descer o seu cro-

tentativa, mas isso não foi suficien-

‘Temos muita tração, mas de momen-

no, mas apenas numa série final de

QUALIFICAÇÃO:

te para sair de 12.º. Foi 0,912s mais

to não estamos a ser capazes de usar

três voltas lançadas. O seu melhor

OLIVEIRA NA Q2 PARA SER 12.º

lento do que o autor da pole posi-

essa tração tanto quanto possível. É

tempo foi de 1m32,552s, removido

Miguel Oliveira passou pela Q1 do

tion, Viñales, e ficou com a tarefa

certo que se colocarmos todos os me-

por ter sido feito sob bandeiras ama-

GP de San Marino fazendo duas sé-

mais complicada para a corrida.

lhores setores de cada piloto [da KTM]

relas. De qualquer modo, não teria

ries de voltas com pneu duro à fren-

Em resposta ao Motorcycle Sports,

somos competitivos, mas de momento

sido suficiente para chegar ao top

te e macio atrás. Começou com um

Oliveira assumiu depois da qualifica-

não consigo fazer tudo, não estou mui| MOTORCYCLE SPORTS | -23-


Polarity Photo

PATROCINADO POR:

Oliveira acabou entre as KTM de Pol Espargaró e Brad Binder.

to perto no setor três e no resto sou

Oliveira começou o adiantamento e

os irmãos Espargaró, enquanto na

de Pol Espargaró.

bastante rápido, não é fácil de enten-

foi depois em busca de Pol Espar-

23.ª volta Oliveira reentrou no top

No rescaldo da corrida, Oliveira

der. Para mim é estranho’.

garó (Red Bull KTM) que ultrapas-

dez ao deixar Binder para trás.

assumiu que era melhor jogar pelo

sou antes de ir em busca de Johann

Na penúltima volta, Pol Espargaró

seguro em vez de dar o tudo por

CORRIDA: RECUPERAÇÃO

Zarco (Esponsorama Racing/Duca-

estava rápido e acabou mesmo por

tudo pelo décimo lugar: ‘Liderei a

ATÉ AO 11.º LUGAR FINAL

ti).

bater Oliveira, relegando-o a 11.º.

corrida da KTM até quase à volta

Na manhã de domingo, Oliveira foi

Porém, na disputa pelo fim do top

Até ao fim, o piloto do Pragal man-

final, mas a uma volta do fim falhei

o décimo classificado do warm-up

dez havia muita intensidade e pi-

teve a sua 11.ª posição, resistindo a

um par de pontos de travagem, o Pol

do GP de San Marino a 0,328s do

lotos juntos. Binder ficou atrás de

Binder por uma margem mínima –

aproximou-se e depois conseguiu ul-

topo, ocupado por Takaaki Nakaga-

Oliveira e na volta 21 voltou a ultra-

cortou a meta 0,029s na frente do

trapassar-me e depois o Brad fez um

mi (LCR Honda). Na corrida, o top

passá-lo. Zarco cedeu terreno para

futuro colega de equipa e a 0,346s

movimento por dentro e perdi bastante tempo, perdi o contacto com o

Arranque complicado para Oliveira,

Pol e no final é difícil ultrapassar. Seja

que a alinhar de 12.º perdeu alguns

como for, era por um ponto e, para

lugares para passar a fechar o top

ser sincero, já era uma corrida onde

15. Passou as primeiras voltas em

tínhamos um bom andamento, mas

perseguição de Danilo Petrucci

estávamos já tão para trás que não

(Ducati), subindo uma posição com

valia a pena arriscar perder quatro ou

a queda de Fabio Quartararo (Pe-

cinco pontos’.

tronas Yamaha SRT) – antes de ser

Por outro lado, Oliveira confessou

ultrapassado por Brad Binder (Red

que, com uma qualificação melhor,

Bull KTM) mantendo-se em 15.º.

poderia ter tido outro resultado:

Mas, de seguida, o #88 lançou-se

‘Sabíamos que para ter uma boa cor-

ao ataque e superou de uma só

rida precisávamos de começar nas

vez Petrucci e Binder para chegar

primeiras duas filas. Não o conse-

a 13.º. Seguia-se Aleix Espargaró (Aprilia Racing Team Gresini) na lista de ultrapassagens. Na volta 13, -24- | MOTORCYCLE SPORTS |

Polarity Photo

dez acabou por não ser possível.

guimos por dois ou três décimos de segundo, o que não é muito mas faz muita diferença para nós aqui’.



MOTOGP

GP DA EMÍLIA ROMANA

ao rubro com a primeira Campeonato

vitória de Viñales

Apenas uma semana depois do GP de San Marino, Misano tornou-se no terceiro circuito a acolher duas rondas do MotoGP em 2020, sendo palco do GP da Emília Romana. Uma nova designação, a mesma pista, e no fim ganhou Maverick Viñales pela primeira vez este ano. Foi uma prova que deixou as contas do campeonato ainda mais renhidas para concluir a primeira parte da época. Os Mundiais MotoGP tiveram a se-

McPhee (Petronas Sprinta Racing/

gunda ronda de Misano de 18 a 20

Honda) a ser terceiro a 14 pontos.

de setembro. O programa esteve

Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Cor-

recheado com tudo o que poderia

se/Honda) estava a 31 pontos em

estar: MotoGP, Moto2, Moto3 e

quarto.

MotoE World Cup – neste caso com

Novidades no pelotão de Moto2

uma ronda de duas corridas, que po-

para o GP da Emília Romana. De

deria ser importante para o desfecho

novo ausente por testar positivo à

da temporada.

Covid-19, Jorge Martín foi espo-

Na MotoE, Dominique Aegerter

radicamente substituído na Red

(Dynavolt Intact GP) era o grande

Bull KTM Ajo pelo veterano Mattia

protagonista da temporada até ao

Pasini, que assim teve a chance de

momento: só tinha terminado no

voltar à ação. Também de fora viria

pódio nas primeiras três corridas e

a ficar Jesko Raffin (NTS RW Racing

liderava com mais 12 pontos do que

GP) por motivos de saúde, com Piotr

Matteo Ferrari (Trentino Gresini). O

Biesiekirski a ser chamado para o lu-

italiano procurava dar sequência à

gar. Remy Gardner, recém-confirma-

vitória da jornada anterior e conti-

do na Red Bull KTM Ajo, tinha sido

nuar em jogo na defesa do seu título.

operado dias antes à lesão sofrida

Jordi Torres (Pons Racing 40) seguia

no GP de San Marino e também

em terceiro a 14 pontos, sendo que

foi obrigado a falhar a prova, mas

o top seis estava a menos de uma

ninguém foi chamado para o lugar

vitória do líder.

na Onexox TKKR SAG Team. Nas

Quanto ao Moto3, estava relançado:

contas do campeonato, Luca Ma-

o abandono de Albert Arenas (As-

rini (Sky Racing Team VR46/Kalex)

par Team/KTM) na primeira prova

era o líder com mais 17 pontos do

de Misano tinha deixado Ai Ogura

que Enea Bastianini (Italtrans Racing

(Honda Team Asia) a apenas cin-

Team/Kalex) depois do regresso aos

co pontos de distância, com John

triunfos. Em terceiro estava Marco

-26- | MOTORCYCLE SPORTS |


Yamaha Motor Racing Srl

Simon Patterson

Bezzecchi (Sky Racing Team VR46/

nou no topo dos treinos com esse

Kalex) a 27 pontos.

registo (1m42,910s) sendo 0,207s

Nas contas do MotoGP, o campeo-

mais veloz do que de Angelis. Ferrari

nato vinha de uma mudança de líder,

acabou em terceiro no combinado,

com Andrea Dovizioso (Ducati) a as-

Torres em quarto e Siméon em quin-

sumir o comando ficando seis pon-

to, este com um tempo estabelecido

tos à frente de Fabio Quartararo (Pe-

no FP1.

tronas Yamaha SRT). Renhido como vinha a acontecer desde o começo

MOTOE, EPOLE: ESTREIA

da temporada, o Mundial tinha um

DE TORRES NA POLE POSITION

leque alargado de pilotos com pos-

A primeira das sessões de qualifica-

sibilidades reais de ambicionarem ao

ção do GP da Emília Romana foi a

título. Nessa situação encontrava-

EPole da MotoE World Cup. Como

-se Miguel Oliveira (Red Bull KTM

habitualmente, cada piloto entrou

Tech3), terceiro a 28 pontos do

sozinho em pista tendo uma só ten-

topo. Stefan Bradl desfalcou a Rep-

tativa. O primeiro em pista foi Jakub

sol Honda devido a uma lesão no

Kornfeil (WithU Motorsports), mas

braço direito, sendo Cal Crutchlow

só minutos depois é que alguém

(LCR Honda) outra ausência de peso.

se conseguiu manter mais tempo

Nenhum deles foi substituído.

no comando: Lukas Tulovic (Tech3 E-Racing).

MOTOE, TREINOS LIVRES:

Depois, Aegerter também chegou a

RITMO ESTABELECIDO P

liderar, mas acabou batido por Tor-

OR GRANADO

res, que assim conquistaria a sua pri-

Foi pouco movimentado o primeiro

meira pole position. Ainda entraram

treino livre da MotoE World Cup

em pista mais alguns pilotos, todos

no GP da Emília Romana. Apenas

candidatos às posições cimeiras.

três pilotos passaram pela frente,

Ferrari ameaçou destronar Torres,

sendo que dois deles nem melho-

mas acabou a 11 milésimas tendo de

raram depois das suas primeiras vol-

se contentar com o segundo posto.

tas. Aegerter foi o primeiro a fazer

Em terceiro ficou Aegerter, na frente

uma volta lançada e esteve no topo

de Granado que foi o penúltimo a

quase dois terços da sessão, sendo

entrar em pista.

superado por Xavier Siméon (LCR

Viñales estreou-se a vencer esta época de forma autoritária

E-Team). Este, por seu turno, viria a

MOTOE, CORRIDAS: AEGERTER

ceder perante Eric Granado (Avintia

E FERRARI VITORIOSOS

Esponsorama), que a cerca de seis

A primeira corrida do programa do

minutos do fim fez a melhor mar-

GP da Emília Romana foi ainda no

ca. Deixou o belga a 0,027s, sendo

sábado à tarde, a primeira de MotoE.

Aegerter terceiro. Ferrari rubricou o

Foram sete voltas intensas, em que

quarto registo.

os três primeiros rodaram sempre

O FP2 foi a última sessão de trei-

juntos. Ferrari seguiu no topo duran-

nos do programa. Ferrari abriu na

te grande parte do tempo, seguido

liderança, antes de ser ultrapassado

por Torres que desceu a segundo

por Alex de Angelis. O piloto de San

depois de partir da pole position.

Marino, ao serviço da Octo Pramac,

Aegerter seguia em terceiro. Na der-

liderou durante mais de 23 minutos,

radeira volta, o helvético mostrou-se

mas perto do fim Granado estabele-

superior com uma dupla ultrapas-

ceu a marca que lhe deu, mais uma

sagem a Ferrari e a Torres, levando

vez, a liderança. O brasileiro termi-

de vencida com 0,103s de avanço | MOTORCYCLE SPORTS | -27-


MOTOGP sobre Torres. Ferrari cortou a meta

foi forte no arranque e assumiu o

em segundo, mas na derradeira volta

comando, com Ferrari a persegui-

excedeu os limites de pista e acabou

-lo assumindo mesmo o comando

penalizado numa posição sendo ter-

na volta inicial. Um incidente entre

ceiro. Casadei e Tommaso Marcon

Marcon e Aegerter quando lutavam

(Tech3 E-Racing) fecharam o top

pelas primeiras posições afastou

cinco. Granado abandonou ao cabo

o italiano e relegou o helvético ao

de duas voltas e ficava mais distante

fim do pelotão. Aproveitou Casadei

da luta pelo título.

para ascender a segundo. Este viria a

No domingo de manhã, a MotoE

ser o principal adversário de Ferrari,

World Cup abriu a ação em pista

que fez uma exibição controladora

no que toca às corridas. Aegerter

e ganhou com 0,996s de avanço.

Milagro

GP DA EMÍLIA ROMANA

CORRIDA 1 - GP DAEMÍLIA ROMANA - MOTOE Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

1.º

Dominique Aegerter

Dynavolt Intact GP

Energica

12m11,346s

2.º

Jordi Torres

Pons Racing 40

Energica

+ 0,103s

3.º

Matteo Ferrari

Trentino Gresini MotoE

Energica

+ 0,075s

4.º

Mattia Casasei

Ongetta SIC58 Squadracorse

Energica

+ 2,531s

5.º

Tommaso Marcon

Tech 3 E-Racing

Energica

+ 6,578s

6.º

Niccolò Canepa

LCR E-Team

Energica

+ 7,695s

Openbank Aspar Team

Energica

+ 8,277s

Octo Pramac MotoE

Energica

+ 8,336s

Avintia Esponsorama Racing

Energica

+ 8,553s

Trentino Gresini MotoE

Energica

+ 8,640s

7.º

Alejandro Medina

8.º

Josh Hook

9.º

Xavi Cardelús

10.º

Alessandro Zaccone

11.º

María Herrera

Openbank Aspar Team

Energica

+ 11,566s

12.º

Jakub Kornfeil

WithU Motorsport

Energica

+ 16,973s

13.º

Niki Tuuli

Avant Ajo MotoE

Energica

+ 17,538s

NC

Alex de Angelis

Octo Pramac MotoE

Energica

Ferrari passou para o topo da MotoE a uma ronda do fim.

Torres fechou o pódio a apenas oito

pontos da dianteira. Um pouco mais

milésimas de Casadei, num final ao

atrás, em quarto, estava Casadei a

photo-finish.

15 pontos do topo.

Depois da jornada de Misano, e faltando duas corridas para o término

MOTO3, TREINOS LIVRES:

3 voltas

da temporada, a MotoE World Cup

VIETTI ESMAGOU RECORDE

Xavier Siméon

LCR E-Team

Energica

2 voltas

estava ao rubro: Ferrari assumiu a

DE MISANO

Eric Granado

Avintia Esponsorama Racing

Energica

2 voltas

liderança com apenas quatro pon-

O GP da Emília Romana de Moto3

NC

Lukas Tulovic

Tech 3 E-Racing

Energica

0 voltas

NC

Mike di Meglio

EG 0,0 Marc VDS

Energica

0 voltas

tos de avanço face a Aegerter, sen-

começou com um primeiro treino li-

do Torres terceiro a escassos sete

vre rápido, em que os oito primeiros

CORRIDA 2 - GP DAEMÍLIA ROMANA - MOTOE Pos.

Equipa

Moto

Temp./Difer.

1.º

Matteo Ferrari

Piloto

Trentino Gresini MotoE

Energica

12m11,053s

2.º

Mattia Casasei

Ongetta SIC58 Squadracorse

Energica

+ 0,996s

3.º

Jordi Torres

Pons Racing 40

Energica

+ 1,098s

4.º

Niccolò Canepa

5.º

Alessandro Zaccone

6.º

Mike di Meglio

7.º

Eric Granado

8.º

Alex de Angelis

9.º

Alejandro Medina

LCR E-Team

Energica

+ 3,907s

Trentino Gresini MotoE

Energica

+ 4,619s

EG 0,0 Marc VDS

Energica

+ 6,046s

Avintia Esponsorama Racing

Energica

+ 6,097s

Octo Pramac MotoE

Energica

+ 6,775s

Openbank Aspar Team

Energica

+ 6,672s

10.º

Xavi Cardelús

11.º

María Herrera

Avintia Esponsorama Racing

Energica

+ 7,042s

Openbank Aspar Team

Energica

+ 7,868s

12.º

Niki Tuuli

13.º

Jakub Kornfeil

Avant Ajo MotoE

Energica

+ 11,514s

WithU Motorsport

Energica

14.º

Xavier Siméon

LCR E-Team

Energica

+ 12,652s + 15,533s

15.º

Lukas Tulovic

Tech 3 E-Racing

Energica

+ 27,210s

16.º

Dominique Aegerter

Dynavolt Intact GP

Energica

+ 38,363s

NC

Josh Hook

Octo Pramac MotoE

Energica

5 voltas

NC

Tommaso Marcon

Tech 3 E-Racing

Energica

1 volta

-28- | MOTORCYCLE SPORTS |

PSP/Lukasz Swiderek

NC NC

Granado liderou treinos da MotoE em Misano.


Polarity Photo

foram mais rápidos do que o autor da pole position da semana anterior no mesmo traçado. Jaume Masiá (Leopard Racing/Honda) assumiu a dianteira da tabela com pouco mais de oito minutos decorridos e por lá se manteve praticamente até aos cinco minutos finais, quando diversos pilotos o bateram. No topo terminou Raúl Fernández (Red Bull KTM Ajo), que ao ser o único no 1m41s superou Jeremy Alcoba (Kömmerling Gresini/Honda) por 0,164s. Dennis

Terceira pole position de Raúl Fernández em oito rondas.

Foggia (Leopard Racing/Honda) foi terceiro. Os acontecimentos do FP1 já deixavam antever um forte nível na segunda sessão em Misano, na qual habitualmente os tempos evoluem. Depois de Foggia liderar nos primeiros minutos, também passaram pelo

Team/Husqvarna) conseguiu então

vaga direta na Q2 ao ser 14.º com

mas pouco depois a tabela sofreu

topo homens como Romano Fena-

estar no topo durante uma dezena

0,019s de avanço face a McPhee,

uma revolução e Rodrigo chegou

ti (Sterilgarda Max Racing Team/

de minutos, antes de Vietti obliterar

que assim teria de ir à Q1.

ao comando. Deniz Öncü (Red Bull

Husqvarna), Tony Arbolino (Riva-

a volta recorde de Misano ao rodar

cold Snipers Team/Honda) ou Raúl

em 1m41,155s. Ogura colocou-se a

MOTO3, QUALIFICAÇÃO:

ção e, mais tarde, viria mesmo a es-

Fernández. As trocas de comando

0,398s para ser segundo, com Fena-

RAÚL FERNÁNDEZ DE VOLTA AO

tabelecer a marca que lhe permitiu

foram constantes e ninguém esteve

ti em terceiro e Raúl Fernández em

TOPO PARA A POLE POSITION

liderar a Q1. Nos frenéticos últimos

na liderança durante muito mais do

quarto na frente de Arenas. No com-

A Q1 teve praticamente metade da

instantes, Arbolino ascendeu para

que dez minutos. No fim, impôs-se

binado, prevaleceu em larga medida

sua extensão sem tempos estabele-

segundo, Kaito Toba (Red Bull KTM

Masiá com um novo recorde do

a tabela do FP3. Stefano Nepa (Ga-

cidos. O primeiro líder foi Filip Sa-

Tech3) a terceiro e Salac a quarto, o

Moto3 em Misano: 1m41,663s. Foi

viota Aspar/KTM) ficou com a última

lac (Rivacold Snipers Team/Honda),

que deixou Rodrigo eliminado. Tam-

KTM Tech3) ficou na segunda posi-

bém McPhee falhou o apuramento,

Vietti (Sky Racing Team VR46/KTM),

ficando relegado ao 19.º posto da

ao passo que Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) acabou em terceiro. No cômputo geral de sexta-feira, Masiá foi o líder, sendo 0,299s mais rápido do que foi Raúl Fernández no FP1. O melhor viria mesmo no FP3 no sábado de manhã, em que a genera-

© Husqvarna Motorcycles/Polarity Photo

0,320s mais veloz do que Celestino

grelha com o sexto tempo da Q1.

Husqvarna estreou-se a vencer com Fenati.

Fenati liderou quando os registos começaram a surgir na Q2, estando apenas oito milésimas à frente de Raúl Fernández. Vietti viria, depois, a bater Fenati por 0,088s tornando-se no novo líder, mas com vários pilotos rápidos ainda estava longe

lidade dos pilotos progrediu. Gabriel

de garantir a pole position. Viria a

Rodrigo (Kömmerling Gresini/Hon-

ser batido por Arbolino, que tam-

da) foi o primeiro a estabelecer-se

bém não conseguiu segurar o pri-

no comando de forma mais dura-

meiro posto: Raúl Fernández bateu-

doura quando estavam decorridos

-o por 88 milésimas no fim e selou

praticamente nove minutos. Cerca

a pole position. Andrea Migno (Sky

de 12 minutos depois foi batido,

Racing Team VR46/KTM) chegou

com uma série de quatro mudanças

ao terceiro lugar na grelha e Arenas

de líder no espaço de instantes. Ro-

arrancaria de quarto na frente de

mano Fenati (Sterilgarda Max Racing

Vietti. | MOTORCYCLE SPORTS | -29-


MOTOGP

GP DA EMÍLIA ROMANA

MOTO3, CORRIDA: FENATI

empolgante depois do GP da Emí-

Vitória importante para Bastianini nas contas do título.

OFERECEU A PRIMEIRA VITÓRIA À HUSQVARNA Nas primeiras horas de domingo,

lia Romana. Arenas manteve-se no topo, mas passou a ter Ogura a apenas dois pontos. McPhee minimizou

Raúl Fernández assinou a melhor

os danos com o décimo posto na

marca do warm-up sendo 0,239s

corrida, mas mesmo assim passava

mais rápido do que Vietti. Na corri-

a estar a 21 pontos da dianteira do

da, Arbolino fez o holeshot, levando

campeonato e com Vietti apenas 12

Raúl Fernández e Arenas no seu en-

pontos atrás de si.

calço. Apesar de Arbolino estar forte, MOTO2, TREINOS LIVRES:

do Raúl Fernández também para

BASTIANINI ESTABELECEU

trás. Também Masiá despontava,

MELHOR VOLTA DE SEMPRE

travando uma luta com Fenati pelo

EM MISANO

sexto lugar, enquanto mais à frente

O primeiro treino livre do GP da

Vietti ascendia a segundo, antes de

Emília Romana começou com Ma-

ultrapassar Arenas a 17 voltas do

rini e Bezzecchio na discussão do

PSP/Lukasz Swiderek

Arenas assumiu a liderança, deixan-

fim. Era extenso o grupo de pilotos que lutava pelo comando, sendo um deles Darryn Binder que viria a sofrer um high side que forçou o abandono. Enquanto na última volta Vietti e

CLASSIFICAÇÃO GP DA EMÍLIA ROMANA - MOTO3

Masiá disputavam o primeiro posto,

Pos.

Fenati surpreendeu ambos e assumiu a liderança que não viria a largar, cortando a meta como vencedor com 0,036s de avanço para Vietti. Era a primeira vitória da Husqvarna

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Husqvarna 39m30,124s

topo, com os dois homens da Sky Racing Team VR46 a mostrarem de novo argumentos para rodarem na frente em Misano. Depois da habitual 'dança das cadeiras' da fase inicial, Marini estabeleceu-se na frente durante cerca de 11 minu-

1.º

Romano Fenati

Sterilgarda Max Racing Team

2.º

Celestino Vietti

Sky Racing Team VR46

KTM

+ 0,036s

3.º

Ai Ogura

Honda Team Asia

Honda

+ 0,121s

4.º

Albert Arenas

Gaviota Aspar Team Moto3

KTM

+ 0,199s

5.º

Jaume Masiá

Leopard Racing

Honda

+ 0,280s

Red Bull KTM Ajo

KTM

+ 0,439s

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 0,678s

rado por Tom Lüthi (Liqui Moly

Sky Racing Team VR46

KTM

+ 0,791s

Intact GP/Kalex), que por sua vez

Red Bull KTM Ajo

KTM

+ 0,939s

viu Bastianini a superá-lo. Até ao

tos, antes de ser batido por Sam Lowes. O britânico, a bordo de uma Kalex da EG 0,0 Marc VDS, viria a ocupar a liderança até aos últimos três minutos. Aí foi supe-

desde o regresso. Ogura chegou

6.º

Raúl Fernández

7.º

Deniz Öncü

a terceiro e Arenas foi quarto, en-

8.º

Andrea Migno

quanto Masiá baixou para o quinto

9.º

Kaito Toba

posto final.

10.º

John McPhee

Petronas Sprinta Racing

Honda

+ 1,125s

fim, o homem da Italtrans Racing

Sem vitórias desde o GP da Áustria

11.º

Tony Arbolino

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 1,452s

12.º

Gabriel Rodrigo

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+ 1,687s

Team ainda melhorou e segurou

13.º

Jeremy Alcoba

Kömmerling Gresini Moto3

Honda

+ 4,331s

14.º

Ayumu Sasaki

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 5,925s

15.º

Stefano Nepa

Gaviota Aspar Team Moto3

KTM

+ 6,165s

16.º

Filip Salac

Rivacold Snipers Team

Honda

+ 6,249s

17.º

Sergio García

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 7,167s

18.º

Niccolò Antonelli

SIC58 Squadra Corse

Honda

+ 12,714s

Na parte da tarde realizou-se o

Reale Avintia Moto3

KTM

+ 18,045s

FP2. Marini era o líder quando a

Estrella Galicia 0,0

Honda

+ 20,184s

generalidade dos pilotos tinha es-

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+ 20,498s

tabelecido os seus primeiros regis-

do ano passado, Fenati não escondeu que ficou particularmente emocionado com o resultado: ‘Ganhar aqui em Itália é uma emoção especial para mim. Até agora tivemos dificuldades para entrar no grupo de líderes no início, mas agora que tenho mais con-

19.º

Carlos Tatay

fiança com o travão dianteiro consigo

20.º

Ryusei Yamanaka

ultrapassar mais facilmente. É sempre

21.º

Riccardo Rossi

22.º

Barry Baltus

CarXpert PrüstelGP

KTM

+ 20,291s

23.º

Jason Dupasquier

CarXpert PrüstelGP

KTM

+ 20,555s

24.º

Khairul Idham Pawi

Petronas Sprinta Racing

Honda

+ 24,967s

25.º

Yuki Kunii

Honda Team Asia

Honda

+ 25,264s

26.º

Davide Pizzoli

BOE Skull Rider Facile Energy

KTM

+ 27,159s

27.º

Maximilian Kofler

CIP Green Power

KTM

+ 27,848s

difícil, porque há vários pilotos rápidos, demasiados! Mas a moto esteve perfeita, tal como a minha sensação com a frente. [...]. Estou feliz, porque num par de corridas fui de 20.º até primei-

o comando com 0,171s de avanço face a Lüthi. Lowes foi terceiro e Héctor Garzó (Flexbox HP 40/ Kalex) um surpreendente terceiro classificado.

tos, mas logo foi batido. Bezzecchi estabeleceu-se no topo durante cerca de cinco minutos, antes de Marcel Schrötter (Liqui Moly Intact GP/Kalex) lá chegar. Perto de sete

NC

Darryn Binder

CIP Green Power

KTM

18 voltas

minutos volvidos e Marini voltou

na frente’.

NC

Dennis Foggia

Leopard Racing

Honda

10 voltas

ao comando, onde se manteve já

O campeonato ficou ainda mais

NC

Alonso López

Sterilgarda Max Racing Team

Husqvarna

8 voltas

até à fase final. Ainda houve tem-

ro. Agora temos de tentar manter-nos

-30- | MOTORCYCLE SPORTS |


po para ser ultrapassado por Arón

da com a melhor volta da sessão.

domingo, mas a corrida viria a ter

foi quarto e Schrötter o quinto.

Canet (Inde Aspar/Speed Up), mas

Até ao fim, Fabio Di Giannantonio

contornos muito diferentes. A pas-

Com novo triunfo no bolso, Bas-

o italiano respondeu com a única

(Beta Tools Speed Up) chegou a

sagem de chuva pelo circuito obri-

tianini comentou: ‘Que corrida! Ga-

volta do dia em 1m35s e ficou

segundo ficando a 0,079s. Pasini

gou a uma paragem depois de seis

nhar em casa diante da minha famí-

0,090s na frente do rival. Schröt-

salvou o terceiro lugar, seguindo

voltas quando Bastianini liderava.

lia e dos meus adeptos tem um sabor

ter foi terceiro.

em frente tal como Héctor Garzó.

A prova foi reatada para mais dez

especial. Na primeira parte da corri-

O FP3 deu por concluídos os trei-

O homem da Flexbox HP 40 bateu

voltas, e no arranque Marini fez o

da tive um bom ritmo, mas também

nos livres de Moto2 no sábado de

o colega Lorenzo Baldassarri por

holeshot.

na segunda corrida estive a atacar:

manhã. Ao cabo de apenas seis

0,050s.

No entanto, ainda na primeira vol-

escolhi um pneu mais macio, mas

minutos, Lowes rubricou uma mar-

A luta pela pole position na Q2

ta, Bastianini atacou a liderança

depois de algumas voltas começou a

ca que o deixaria no topo durante

ficou resolvida ainda nos primei-

com sucesso. Vierge assumiu o se-

quebrar. Ataquei outra vez e no fim

praticamente meia hora. Porém,

ros cinco minutos. Logo na sua

gundo lugar e Schrötter colocou-se

ganhei. Obrigado a toda a equipa e à

nos últimos dez minutos Bastiani-

segunda volta lançada, Marini es-

em terceiro. Na frente, Bastianini

Italtrans pelo ótimo trabalho!’

ni esteve bastante forte e bateu

tabeleceu um novo tempo recorde

construiu uma margem curta, mas

Depois da segunda ronda de Misa-

o recorde do circuito por duas

em 1m35,271s que mais ninguém

sólida, face a Vierge. Mais atrás,

no, Marini continuava a ser o líder

vezes, terminando na frente com

conseguiu bater. Quem ficou mais

Marini e Lowes lutavam ferozmen-

do campeonato. Porém, Bastianini

um registo de 1m35,649s. Assim,

perto foi Bezzecchi, a 0,036s, sen-

te pela quinta posição.

ficava a apenas cinco pontos de

bateu Lowes por 0,151s, sendo

do Xavi Vierge (Petronas Sprinta

Um toque com Schrötter afastou

distância, enquanto Bezzecchi ci-

Bezzecchi terceiro, Marini quarto

Racing/Kalex) terceiro a 0,348s.

Vierge da prova. Aproveitou Be-

mentou o terceiro posto e ficou a

zzecchi, que chegou ao segundo

20 pontos da dianteira.

e Schrötter quinto, este a 0,319s de Bastianini. De notar que só

MOTO2, CORRIDA:

lugar e ainda foi em busca de Bas-

dois pilotos não melhoraram face

BASTIANINI BRILHOU

tianini. Porém, não teve argumen-

MOTOGP: INVERSÃO

ao primeiro dia. Um deles foi Joe

E DOMINOU EM MISANO

tos para o líder, que venceu a cor-

DE POSIÇÕES – DOVIZIOSO

Roberts (Tennor American Racing/

Tetsuta Nagashima (Red Bull KTM

rida com 0,720s de avanço. Lowes

À DEFESA, QUARTARARO

Kalex), que assegurou o 14.º posto

Ajo/Kalex) foi 0,035s mais veloz

acabou por se distanciar de Marini

AO ATAQUE

e a última vaga direta na Q2, o que

do que Arón Canet (Inde Aspar/

e acabou no terceiro lugar subindo

O Mundial de MotoGP abordou o

Lorenzo Baldassarri (Flexbox HP

Speed Up) no warm-up matinal de

ao pódio. O líder do campeonato

GP da Emília Romana em circuns-

tro milésimas. MOTO2, QUALIFICAÇÃO: MARINI COM VOLTA RECORDE NO DOMÍNIO DA SKY RACING TEAM VR46 Foram 15 os pilotos que entraram

Dovizioso chegou ao GP da Emília Romana a defender a liderança do Mundial.

Gold & Goose/Red Bull Content Pool

40/Kalex) falhou por apenas qua-

em pista na Q1 de Moto2 do GP da Emília Romana, em disputa das quatro últimas vagas na Q2. Simone Corsi (MV Agusta Forward) foi o primeiro a estabelecer um tempo, mas logo foi batido por Edgar Pons (Federal Oil Gresini/Kalex), que por sua vez não demorou muito até se ver ultrapassado por Stefano Manzi. O homem da MV Agusta Forward esteve no topo por breves segundos, até lá chegar Lorenzo Dalla Porta. O italiano da Italtrans foi então superado por Mattia Pasini (Red Bull KTM Ajo/ Kalex), mas reagiu logo de segui| MOTORCYCLE SPORTS | -31-


MOTOGP

GP DA EMÍLIA ROMANA

Bagnaia com volta recorde nos treinos livres.

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO2 Pos.

Piloto

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Italtrans Racing Team

Kalex

16m11,977s

tâncias diferentes das jornadas an-

passo para sermos capazes de lutar’.

teriores. Depois de liderar desde o

Sem top três na qualificação há

1.º

Enea Bastianini

2.º

Marco Bezzecchi

Sky Racing Team VR46

Kalex

+ 0,720s

começo da época, Fabio Quartara-

mais de um ano, Dovizioso des-

3.º

Sam Lowes

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 1,124s

ro tinha perdido o comando para

tacou que o seu grande problema

4.º

Luca Marini

Sky Racing Team VR46

Kalex

+ 2,310s

5.º

Marcel Schrötter

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 4,132s

Andrea Dovizioso (Ducati), que

estava a ser o de não ter ritmo su-

6.º

Jake Dixon

Petronas Sprinta Racing

Kalex

+ 7,201s

estava seis pontos na frente do

ficiente em corrida: ‘Um bom tem-

7.º

Jorge Navarro

Beta Tools Speed Up

Speed Up

+ 7,558s

gaulês da Petronas Yamaha SRT.

po de qualificação é muito impor-

8.º

Fabio Di Giannantonio

Beta Tools Speed Up

Speed Up

+ 7,704s

Apesar das alterações no topo,

tante no MotoGP, mas não é o maior

Liqui Moly Intact GP

Kalex

+ 7,762s

tudo se mantinha muito renhi-

problema neste problema, porque

Flexbox HP 40

Kalex

+ 8,249s

do: os dez primeiros (com Miguel

na maior parte da corrida [do GP de

Kalex

+ 8,141s

Oliveira a fechar este lote enver-

San Marino] não fui suficientemente

+ 8,663s

gando as cores da Red Bull KTM

rápido. É muito importante ser um

Tech3) cabiam em 28 pontos. E a

pouco mais forte do que até agora.

pontuação máxima de um Grande

Porque, por exemplo, no início da

Prémio é de 25 pontos.

corrida estive com Pecco [Bagnaia], pelo que tive uma hipótese de fazer

9.º

Tom Lüthi

10.º

Héctor Garzó

11.º

Nicolò Bulega

Federal Oil Gresini Moto2

12.º

Simone Corsi

MV Agusta Forward Racing MV Agusta

13.º

Arón Canet

14.º

Lorenzo Dalla Porta

15.º

Stefano Manzi

16.º

Mattia Pasini

17.º

Marcos Ramírez

18.º

Augusto Fernández

19.º

Hafizh Syahrin

20.º

Edgar Pons

21.º

Somkiat Chantra

22.º

Bo Bendsneyder

23.º

Inde Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 9,189s

Italtrans Racing Team

Kalex

+ 12,538s

MV Agusta Forward Racing MV Agusta

+ 12,744s

Red Bull KTM Ajo

Kalex

+ 12,935s

Tennor American Racing

Kalex

+ 13,227s

Na conferência de imprensa de

EG 0,0 Marc VDS

Kalex

+ 13,779s

lançamento da segunda jornada

um pódio, mas não tive a velocida-

Inde Aspar Team Moto2

Speed Up

+ 14,525s

de Misano, Dovizioso assumiu que

de’.

Federal Oil Gresini Moto2

Kalex

+ 15,028s

era necessário fazer progressos

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

+ 15,511s

NTS RW Racing GP

NTS

+ 18,160s

para se manter na disputa, não

MOTOGP, TREINOS LIVRES

Tetsuta Nagashima

Red Bull KTM Ajo

Kalex

+ 18,079s

descansando com a posição de co-

DE SEXTA-FEIRA: DUAS

24.º

Andi Farid Izdihar

Idemitsu Honda Team Asia

Kalex

+ 21,265s

mando: ‘Este campeonato é louco.

MILÉSIMAS VALEM LIDERANÇA

25.º

Lorenzo Baldassarri

Flexbox HP 40

Kalex

+ 25,587s

Há muitos altos e baixos de todos, e

A BRAD BINDER; OLIVEIRA

NC

Piotr Biesiekirski

NTS RW Racing GP

NTS

8 voltas

é por isso que estamos muito próxi-

OITAVO

NC

Xavi Vierge

Petronas Sprinta Racing

Kalex

5 voltas

mos. Estou feliz por estar nesta posi-

Após um GP completo e um dia de

NC

Joe Roberts

Tennor American Racing

Kalex

Não arrancou

NC

Kasma Daniel

Onexox TKKR SAG Team

Kalex

Não arrancou

ção neste momento do campeonato,

testes, a informação dos pilotos e

mas temos seguramente de dar um

equipas sobre Misano abundava,

-32- | MOTORCYCLE SPORTS |


FP1, foi oitavo no combinado.

vam por ser mais uma chance de aprimorar e limar arestas. No FP1,

MOTOGP, TREINOS LIVRES

Aleix Espargaró (Aprilia Racing

DE SÁBADO: VOLTA RECORDE

Team Gresini) estava no topo de-

DE BAGNAIA; OLIVEIRA

pois das primeiras voltas lançadas,

RELEGADO À Q1

mas depois de várias mudanças de

A manhã de sábado assistiu ao

líder Franco Morbidelli (Petronas

terceiro e penúltimo treino livre

Yamaha SRT) assumiu o controlo

para dar início à ação do MotoGP

com cerca de 11 minutos decor-

naquele segundo dia. Depois das

ridos. Viria a ser batido por Pol

diversas trocas de líder habituais

Espargaró (Red Bull KTM) antes

no início, Pol Espargaró conse-

de voltar ao topo. Nos últimos dez

guiu consolidar-se como líder.

minutos, diversos pilotos passa-

Entretanto, Oliveira sofrera a sua

ram pelo comando, antes de Quar-

primeira queda da sessão, sem

tararo estabelecer a marca de refe-

consequências de maior. No últi-

rência: 1m31,721s, já mais rápido

mo quarto de hora, Andrea Dovi-

do que na qualificação da semana

zioso (Ducati) e Nakagami lidera-

anterior. Morbidelli foi segundo a

ram, mas pouco depois viria a ser

0,090s, com Pol Espargaró em ter-

Bagnaia a passar para a frente em

ceiro a 0,120s. Oliveira foi quinto

definitivo com uma nova volta re-

e o líder do campeonato, Dovi-

corde. Maverick Viñales (Monster

zioso, assinou a sétima marca a

Energy Yamaha) ainda se colocou

0,431s do líder.

a 0,058s, enquanto Quartararo foi

A liderança do FP2 era de Quar-

terceiro, Morbidelli quarto e Joan

tararo depois das primeiras voltas

Mir (Team Suzuki Ecstar) quinto.

lançadas. Os primeiros minutos

No combinado, Danilo Petrucci

foram repletos de melhorias cons-

(Ducati) foi décimo e conseguiu a

tantes e diversos homens passa-

última vaga direta na Q2 deixando

ram pelo topo, incluindo Oliveira

Miller de fora por 0,059s. Entre

que foi presença regular entre os

os que teriam de ir à Q2 encon-

seis primeiros. Com dez minutos

travam-se também, entre outros,

cumpridos, Quartararo fez a marca

Dovizioso, Rins e Oliveira, que

que o deixou no comando durante

quando procurava melhorar nos

mais de 17 minutos, antes de ser

últimos minutos sofreu uma se-

superado por Francesco Bagnaia

gunda queda.

(Pramac Racing/Ducati). Cerca de

O FP4 foi usado pelos pilotos para

dez minutos depois, Pol Esparga-

prepararem a corrida, como é há-

ró assumiu a liderança, mas viria

bito. Numa fase inicial houve uma

a ser superado: Takaaki Nakagami

troca de argumentos entre Viñales

(LCR Honda) ascendeu a primei-

e Quartararo, antes de Bagnaia

ro, antes de ser destronado por

assumir o comando com uma vol-

Brad Binder. O homem da Red Bull

ta que não viria a ser batida. O

KTM fez o melhor tempo do dia

italiano deu por encerrada a sua

0,002s na frente do nipónico, com

sessão pouco depois, enquanto

Quartararo a chegar a terceiro.

Viñales continuou a rodar rápido e

Maverick Viñales (Monster Energy

consistente no 1m32s baixo. O es-

Yamaha) foi quarto da sessão e Pol

panhol viria a ser terceiro atrás de

Espargaró quinto.

Mir, que esteve sólido no 1m32s e

Quanto a Oliveira fez a sétima

acabou a 0,098s do líder. Pol Es-

marca e, sem melhorar desde o

pargaró e Quartararo completaram

LEI DE MURPHY IMPLACÁVEL COM A HONDA: BRADL AUSENTE POR LESÃO Diz a Lei de Murphy que o que puder correr mal, vai correr mal. Um adágio que se parece aplicar mesmo à Repsol Honda na época de 2020 do Mundial de MotoGP. Num ano em que a equipa e o construtor atravessa uma crise de resultados como não há memória recente, no GP da Emília Romana sofreu nova contrariedade com a ausência forçada de Stefan Bradl. Gold & Goose/Red Bull Content Pool

pelo que os treinos livres acaba-

O alemão, que desde o GP da República Checa ocupa o lugar do lesionado Marc Márquez, sofreu problemas no braço direito que o impediam de pilotar de maneira segura. Assim, em conjunto com os médicos, a Repsol Honda viu-se privada de Bradl, ficando reduzida a Álex Márquez. Na satélite LCR Honda apenas esteve Takaaki Nakagami, com Cal Crutchlow lesionado. Em conferência de imprensa, Bradl assumiu que não estava capaz de rodar em Misano e apontou o momento do regresso: ‘A situação não é, obviamente, fantástica com o nervo e com o problema que tenho nos dois dedos mais pequenos da mão direita. Depois das corridas na Áustria começou o problema e acordei sempre com uma sensação dormente nos dois dedos mas nunca pensei que fosse tão grave. As coisas continuaram assim até que me senti bastante mal desde logo no arranque da corrida aqui, na semana passada. Durante a corrida tive esta dormência nos dedos e cheguei mesmo a perder a sensibilidade na mão. Entre as duas corridas decidi ir ao médico, na última segunda-feira e fiz uma pequena operação na terça-feira. [...]. A operação correu bem, as sensações estão um pouco melhores mas é muito pouco tempo para recuperar e não estou em condições de pilotar a moto a 100 por cento. Preciso de uns dias para recuperar e espero poder trabalhar em breve e regressar a tempo de competir em Barcelona’.

| MOTORCYCLE SPORTS | -33-


GP DA EMÍLIA ROMANA

Yamaha Motor Racing Srl

MOTOGP Viñales imperial somou pole position e vitória.

o top cinco, enquanto Oliveira foi

quinto (15.º na grelha).

Vamos tentar dar o máximo. Es-

décimo com um ritmo constante

Na Q2, o primeiro a liderar foi

tou muito feliz e confortável com a

na casa do 1m32s alto.

Viñales, mas Bagnaia mostrou-se

moto. Estive muito tranquilo no FP4

forte e assumiu a dianteira, com

em condições que são semelhantes

MOTOGP, QUALIFICAÇÃO:

Quartararo também a discutir as

às da corrida, então veremos. Fo-

NOVA POLE POSITION DE

primeiras posições. A cerca de

quei-me principalmente em pilotar

VIÑALES; OLIVEIRA EM 15.º

cinco minutos do fim, Viñales re-

com um depósito de combustível

A Q1 abriu as hostilidades da qua-

gressou à liderança que não viria

cheio e na configuração de corrida.

lificação e teve um começo posi-

a perder. Na fase final, o #12 me-

[...]. Temos um bom potencial e acho

tivo para Oliveira, que chegou a

lhorou e viu Bagnaia a perder um

que ainda podemos fazer melhor’.

ocupar a primeira posição, antes

tempo de 1m30s que lhe daria o

de ser batido pelo colega Iker

primeiro lugar: o italiano excedeu

MOTOGP, CORRIDA: VIÑALES

Lecuona e por Dovizioso. Na sua

os limites de pista. Miller chegou

CONVERTEU POLE EM VITÓRIA

segunda tentativa, Miller rubricou

a segundo, com Quartararo a co-

NUMA PROVA DRAMÁTICA;

a melhor marca da Q1 e garantiu

locar-se no terceiro posto à frente

OLIVEIRA NO TOP CINCO

a vaga na Q2. Atrás de si houve

de Pol Espargaró.

A poucas horas da corrida, o war-

alguma movimentação. Dovizioso

No comentário a esta sua segunda

m-up contou com Álex Márquez

bateu por 0,103s o até então vice-

pole position consecutiva, Viñales

(Repsol Honda) dez milésimas na

-líder Lecuona e consumou o apu-

destacou o árduo trabalho realiza-

frente de Viñales, naquela que foi

ramento. Oliveira acabou por não

do: ‘Trabalhámos mesmo no duro e

a última sessão preparatória da

melhorar o suficiente e acabou em

fizemos o que tínhamos a fazer. [...].

corrida. Esta teve Miller a ser mais

-34- | MOTORCYCLE SPORTS |

O pódio do GP da Emília Romana.


deja a liderança – e a vitória – a

voltas. Depois comecei a atacar no

aos pódios, ficou Pol Espargaró,

pois Viñales conseguiu reaver a li-

Viñales. Até à bandeira de xadrez,

final e pensei que estava a apanhar

que sublinhou que o risco com-

derança. Rossi caiu cedo, tal como

o espanhol não teve oposição,

o Pecco. Mas depois de ele cometer

pensou ao escolher o pneu ma-

sucedeu pouco depois a Brad Bin-

cortando a meta 2,425s na frente

um erro, só me foquei em manter a

cio para a traseira: ‘Sabíamos que

der. Ambos retomaram a marcha,

de Mir.

moto com ambas as rodas no chão,

estávamos a arriscar com o pneu

mas viriam a abandonar.

O espanhol da Suzuki teve um an-

tentar não cair e obter a máxima

traseiro, mas quis mesmo desfrutar

Depois de construir alguma mar-

damento forte nas últimas voltas,

quantia de pontos. É fantástico!

da corrida. Também sabia que tería-

gem face à perseguição, Viñales

desfazendo-se de Pol Espargaró

Estou muito feliz, porque a minha

mos de lidar com alguma quebra de

começou a ver Bagnaia cada vez

e Quartararo em pista. Quartara-

mentalidade é exatamente a mes-

rendimento, mas isso surgiu muito

mais perto, e o italiano consumou

ro, por seu turno, foi penalizado

ma do fim de semana anterior e das

mais cedo do que esperávamos. Fui

a ultrapassagem para o comando

com uma long lap por exceder os

últimas corridas, mas simplesmente

muito rápido no início e continuei a

na volta sete. Mais atrás, Oliveira

limites de pista. Ao não cumpri-la

encontrámos uma configuração que

atacar e a manter o Maverick pró-

colocava pressão em Márquez,

viu três segundos acrescentados

é um pouco melhor para quando

ximo durante algum tempo. No fim

depois de já ter recuperado até

ao seu tempo final, perdendo o

temos 20 litros de combustível no

quis manter os outros atrás de mim

nono. A ultrapassagem aconteceu

terceiro posto para Pol Esparga-

início da corrida’.

e defender a minha posição: esse

a 19 voltas do término da prova.

ró. Oliveira recuperou até quinto.

Depois de novo pódio que o dei-

grande esforço recompensou. Com a

Na mesma altura, problemas me-

Mais atrás, Dovizioso terminou

xava na disputa do título, Mir só

penalização do Fabio fomos capazes

cânicos – derivados a uma visei-

em oitavo e assim mantinha a li-

lamentou a sua qualificação: ‘É tão

de fazer isto... é por isso que nunca

ra sugada pela moto – ditaram o

derança do campeonato por um

agradável estar aqui no pódio outra

desisto’.

abandono de Miller.

ponto.

vez! Sei que preciso de melhorar os

Terminado o GP da Emília Romana,

Bagnaia conseguiu consolidar o

Conseguido o primeiro triunfo do

meus resultados de qualificação, e

o campeonato estava ainda mais

comando, enquanto Pol Espargaró

ano, Viñales destacou a prepara-

isso é algo em que temos tentado

ao rubro. Dovizioso continua-

conseguiu chegar aos lugares de

ção cuidada para a prova: ‘Fizemos

trabalhar, mas estou muito feliz por

va no comando, mas um ponto à

pódio. Porém, começou a ser pres-

um trabalho incrível este fim de se-

ter conseguido lutar pelo pódio ape-

frente de Quartararo e de Viñales,

sionado por Quartararo enquanto

mana e preparámo-nos verdadei-

sar de partir de 11.º. Simplesmente

com Mir em quarto a quatro pon-

começou a sentir dificuldades com

ramente bem para esta corrida. O

continuei a tentar encurtar a dis-

tos. O top dez cabia em 27 pon-

os pneus. Faltavam sete voltas

Pecco foi muito rápido e eu estive a

tância e mantive-me focado, e isso

tos. Oliveira tinha ascendido a

para o fim quando Bagnaia sofreu

atacar muito tentando poupar um

resultou. Estou muito feliz’.

oitavo, colocando-se a 25 pontos

uma queda, que entregou de ban-

pouco do pneu para as últimas dez

Em terceiro, devolvendo a KTM

do topo.

PSP/Lukasz Swiderek

forte no arranque, mas pouco de-

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOGP Pos.

Piloto

1.º

Maverick Viñales

2.º

Joan Mir

Equipa

Moto

Temp./Difer.

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

41m55,846s

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 2,425s + 4,528s

3.º

Pol Espargaró

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

4.º

Fabio Quartararo

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

+ 6,419s

5.º

Miguel Oliveira

Red Bull KTM Tech 3

KTM

+ 7,368s

6.º

Takaaki Nakagami

LCR Honda Idemitsu

Honda

+ 11,139s

7.º

Álex Márquez

Repsol Honda Team

Honda

+ 11,929s

8.º

Andrea Dovizioso

Ducati Team

Ducati

+ 13,113s

9.º

Franco Morbidelli

Petronas Yamaha SRT

Yamaha

+ 15,880s

10.º

Danilo Petrucci

Ducati Team

Ducati

+ 17,682s

11.º

Johann Zarco

Esponsorama Racing

Ducati

+ 23,144s

12.º

Álex Rins

Team Suzuki Ecstar

Suzuki

+ 24,962s

13.º

Bradley Smith

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

+ 30,008s

NC

Iker Lecuona

Red Bull KTM Tech 3

KTM

24 voltas

NC

Francesco Bagnaia

Pramac Racing

Ducati

20 voltas

NC

Valentino Rossi

Monster Energy Yamaha MotoGP

Yamaha

15 voltas

NC

Tito Rabat

Esponsorama Racing

Ducati

12 voltas

NC

Jack Miller

Pramac Racing

Ducati

7 voltas

NC

Brad Binder

Red Bull KTM Factory Racing

KTM

3 voltas

NC

Aleix Espargaró

Aprilia Racing Team Gresini

Aprilia

0 voltas

| MOTORCYCLE SPORTS | -35-


MOTOGP

GP DA EMÍLIA ROMANA

Oliveira quinto classificado Depois da tempestade, a bonança:

Miguel Oliveira não tinha conseguido dar seguimento à vitória na Áustria, com o seu pior resultado entre as corridas que terminou no ano de 2020: foi 11.º no GP de San Marino, depois de no geral a KTM se mostrar menos competitiva em Misano. A chance de retificar foi imediata e, apesar de uma qualificação árdua, Oliveira voltou aos lugares cimeiros com o quinto lugar na corrida. Oliveira, em representação da Red

O objetivo claro do luso era, de fac-

tamente distintas, mas sim, acho que

Bull KTM Tech3, esperava poder

to, melhorar de rendimento tal como

temos tudo para melhorar e não para

reagir no imediato à prova menos

sucedera nas anteriores rondas du-

piorar’, disse em resposta ao Motor-

conseguida no GP de San Marino de

plas no mesmo circuito de 2020: ‘O

cycle Sports na sessão de imprensa

MotoGP. Com uma ronda completa

objetivo é esse, é progredir, já que a

de lançamento.

e rodagem num teste a meio da se-

linha tem sido essa – na segunda corri-

A outra resposta que surgiu, Oliveira

mana, tinha tudo para progredir em

da melhoramos sempre qualquer coisa.

frisou: ‘Sinto esta motivação de querer

conjunto com a KTM na segunda

E é aproveitar. Cada corrida também

inverter o resultado. Não começamos

jornada de Misano e voltar a estar

foi diferente, estivemos em situações

do zero, temos uma base muito boa

mais perto da frente.

diferentes, em circunstâncias comple-

sobre a qual começar, e ao mesmo

tempo tirar as aprendizagens do fim de semana passado para aplicar neste’. TREINOS LIVRES: QUEDA AFASTOU OLIVEIRA DA DISCUSSÃO DA Q2

Polarity Photo

Começo positivo para Oliveira em Misano neste segundo fim de semana. O português começou com uma série de voltas em que estabilizou o ritmo no 1m33s baixo, an-36- | MOTORCYCLE SPORTS |


PATROCINADO POR:

Polarity Photo

TEXTO: Simon Patterson

tes de progredir para o 1m32s na

trou entre os mais rápidos do FP2

para o FP3 à defesa de um lugar de

Não vale de nada ter um bom ritmo

sua segunda saída. Sempre perto

vespertino, chegando mesmo a

apuramento direto para a Q2.

de corrida e não começar na frente,

das posições cimeiras em termos

liderar para depois perder posi-

Não obstante, no fim do dia de sex-

especialmente aqui em Misano, como

de tempo por volta, Oliveira viria

ções gradualmente. Depois de dois

ta-feira Oliveira mostrou-se ciente

vimos no último fim de semana. Ob-

a fazer os seus melhores registos

stints, era o quinto classificado,

que precisava de ser mais rápido:

viamente teremos isso em conta no

no terceiro stint, em que chegou

mostrando um ritmo consistente na

‘Estamos um pouco mais velozes que

FP3, onde creio que teremos de ser

mesmo ao 1m31,965s que lhe viria

casa do 1m32s. Na reta final ainda

na semana passada. O meu ritmo de

pelo menos dois décimos de segundo

a dar o quinto lugar final a 0,244s

melhorou para ser sétimo na ses-

corrida é muito bom mas infelizmen-

mais velozes para conseguirmos estar

do líder, Fabio Quartararo (Petronas

são. Porém, não desceu o tempo

te não penso que seja suficiente para

no top dez’.

Yamaha SRT).

que estabelecera no FP1 e assim foi

fazer uma boa corrida. Precisamos

O terceiro treino livre esteve longe

Desde cedo que Oliveira se mos-

oitavo na tabela combinada – indo

de ser mais velozes na qualificação.

de correr de feição. Apesar de num | MOTORCYCLE SPORTS | -37-


MOTOGP

GP DA EMÍLIA ROMANA

primeiro momento estar entre os

Oliveira fez duas séries de voltas,

acabou por cair para fora da zona

o relegava a um difícil 15.º posto à

dez mais rápidos, Oliveira prota-

ambas com pneu duro à frente e

de apuramento aquando da sua pa-

partida.

gonizou duas quedas. Uma delas

médio atrás. Foi consistente na casa

ragem nas boxes, vendo o colega

Terminada a qualificação, Oliveira

foi já nos últimos minutos, quando

do 1m32s alto e a sua melhor vol-

Iker Lecuona e Andrea Dovizioso

assumiu que as KTM da equipa de

estava obrigado a melhorar para

ta deixou-o na décima posição da

(Ducati) a ultrapassarem-no. Porém,

fábrica tinham algo extra e seria

entrar diretamente na Q2, e assim

sessão a 0,540s do líder, Francesco

ainda havia tempo e esperança de

necessário progredir para a corri-

o piloto da Red Bull KTM Tech3

Bagnaia (Pramac Racing/Ducati).

voltar ao top dois.

da: ‘De momento parece que as duas

ficou impossibilitado de melhorar.

Sem embargo, as últimas voltas de

KTM de fábrica têm algo mais do que

Contas finais, foi 17.º do FP3 e 15.º

QUALIFICAÇÃO: OLIVEIRA

Oliveira na Q1 não trouxeram me-

nós. Temos de entender o que estão

da tabela combinada com o registo

FALHOU Q2, RELEGADO A 15.º

lhorias suficientes. Com Jack Miller

a fazer de melhor para tentarmos re-

do dia anterior, estando obrigado a

NA GRELHA DE PARTIDA

(Pramac Racing/Ducati) a chegar a

cuperar um pouco de tempo. A corri-

ir à Q1.

Começo de Q1 positivo para Olivei-

primeiro e Johann Zarco (Esponso-

da é dura, a corrida vai ser dura, isso

Chegou, por fim, o FP4. Nesta ses-

ra, com o luso a colocar-se no co-

rama Racing/Ducati), o luso ficou

nós sabemos. Temos de dar o nosso

são de preparação para a corrida,

mando por alguns instantes. Porém,

apenas com o quinto tempo, o que

melhor e temos de ser positivos. Não

-38- | MOTORCYCLE SPORTS |


Polarity Photo

PATROCINADO POR:

é algo desencorajador que estejam

voltas. Lançou-se, então, em per-

quando o líder Francesco Bagnaia

tes, continuava no quinto posto.

à frente, [...], mas não corro sozinho

seguição de Álex Márquez (Repsol

(Pramac/Ducati) caiu e abando-

Após a prova, Oliveira disse que

com outras duas KTM, temos o resto

Honda), que entretanto ultrapas-

nou. Sem argumentos para rivalizar

era um desfecho satisfatório: ‘An-

da grelha’.

sou Danilo Petrucci (Ducati).

com os quatro primeiros apesar de

tes de mais estou satisfeito com o

Na volta cinco, Oliveira também

recuperar terreno, o luso quedou-

resultado. Sabíamos de antemão

CORRIDA: RECUPERAÇÃO

superou o italiano e foi em bus-

-se na quinta posição a 0,949s do

que tínhamos andamento para lutar

SÓLIDA ATÉ AO TOP CINCO

ca do oitavo posto de Márquez,

quarto, Fabio Quartararo (Petronas

pelos lugares de topo, mas a nossa

Depois do warm-up em que foi

que alcançou sem dificuldades de

Yamaha SRT).

posição na grelha não era nada boa.

11.º, Oliveira tinha pela frente uma

maior. O abandono de Jack Miller

Concluído o GP da Emília Romana,

Mas conseguimos ter um bom anda-

tarefa difícil para a corrida partin-

(Pramac/Ducati) valeu mais uma

Oliveira tinha ascendido a oitavo

mento e ser inteligentes, era muito

do de 15.º. Sem virar a cara à luta

posição. Até ao fim, Oliveira ainda

no Mundial de MotoGP, colocan-

fácil cair. Consegui manter-me na

como é seu hábito, o #88 apres-

viria a ultrapassar o colega de equi-

do-se a 25 pontos do líder Andrea

moto e correr apenas os riscos ne-

sou-se a galgar posições, entran-

pa Iker Lecuona na 13.ª volta, che-

Dovizioso (Ducati) e a cinco pontos

cessários e conseguir um bom resul-

do no top dez logo nas primeiras

gando depois ao quinto posto final

do top cinco. Entre os independen-

tado este fim de semana’. | MOTORCYCLE SPORTS | -39-


WSBK

Jonathan Rea lidera

campeonato com poderosos rivais; WSSP mais próximo de estar decidido Assim como o restante mundo desportivo, o Mundial de Superbike não passou despercebido à pandemia por COVID-19. Com o estado de saúde pública mundial, os desportos motorizados também pararam e só retornaram meses depois. O WSBK arrancou na Austrália

Team WorldSBK) a ser o candidato

Team) que estipulou a melhor volta

Kawasaki ZX-10RR. Na dianteira, a

em fevereiro e a segunda ronda só

mais forte para este arranque de

até então (1m29,230s) com Redding

luta resumiu-se a seis pilotos no qual

aconteceu no final de julho. Des-

temporada. No entanto, Scott Re-

atrás de si por uma diferença de

estavam incluídos Scott Redding,

ta forma, Jerez acolheu a segunda

dding (ARUBA.IT Racing - Ducati)

0,339s. Jonathan Rea foi novamen-

Michael van der Mark, Toprak Raz-

prova da temporada antes de o pa-

começou por marcar território ao

te terceiro com 0,029s de diferença

gatlioğlu (PATA YAMAHA WorldSBK

ddock regressar a Portimão e, de se-

estabelecer a volta mais rápida de

para o piloto da Ducati e campeão

Official Team), Alex Lowes (Kawasa-

guida, Aragão protagonizou dois fins

todos os treinos com um tempo de

do BSB de 2019.

ki Racing Team WorldSBK) e Álvaro

de semana intensos de corrida.

1m29,896s, ficando à frente de Mi-

A primeira corrida foi alvo de bastan-

Bautista (Team HRC). No final, Raz-

chael van der Mark (PATA YAMAHA

te emoção nos instantes iniciais. Rea

gatlioğlu venceu a corrida com uma

WSBK, RONDA 1: PHILLIP

WorldSBK Official Team) e do pró-

fez o holeshot e viu-se envolvido

margem quase inexistente para Lo-

ISLAND RECEBEU INÍCIO DE

prio campeão do ano passado.

num toque com Tom Sykes. Deste

wes. Redding foi terceiro e van der

TEMPORADA ENTUSIASMANTE

Na sessão de qualificação, a história

incidente, Rea foi parar à gravilha,

Mark fechou o grupo com menos

E INCERTA ATÉ AO ÚLTIMO

foi um pouco diferente, dado que

mas regressando logo de seguida.

de uma décima de diferença para o

SEGUNDO

a pole position foi conquistada por

Van der Mark e Redding perseguiram

vencedor.

O primeiro fim de semana do cam-

um outro piloto. O autor responsá-

o piloto da BMW e mais tarde Rea

A Superpole Race abriu o domingo

peonato aconteceu na Austrália

vel pela melhor volta foi mesmo Tom

registou uma queda na curva oito

com uma corrida de dez voltas. Rea

com Jonathan Rea (Kawasaki Racing

Sykes (BMW Motorrad WorldSBK

após ter perdido a traseira da sua

voltou a fazer o holeshot numa cor-

-40- | MOTORCYCLE SPORTS |


TEXTO: Simon Patterson FOTOS: Equipas

aps gnidloH rotoM tiacuD 7102 © thgirypoC / 0202)c( otohP xelA / inidavaC oettaM :sotidérC

a corrida à frente de Jonathan Rea.

adversários mais diretos também

Respeitante à primeira prova do fim

A diferença entre os dois pilotos da

nesta última sessão de treinos com

de semana, Rea voltou a ser o ho-

Kawasaki foi de 0,037s com Scott

atraso de duas décimas para o piloto

mem dos holeshots ao conseguir

Redding a terminar novamente em

da Yamaha. Loris Baz (Ten Kate Ra-

fazer a primeira curva da corrida

terceiro.

cing Yamaha) levou a sua moto ao

na liderança da mesma. Toprak Ra-

lugar mais baixo do top três, fican-

zgatlioğlu colou-se ao piloto da Ka-

WSBK, RONDA 2: REDDING

do a 0,001s de Rea sendo, de igual

wasaki sendo perseguido por um

VENCEU AS DUAS CORRIDAS

forma, o melhor piloto independente

Scott Redding que queria garantir

COM JONATHAN REA A

destes treinos livres.

posição no grupo líder, caso o pelo-

MOSTRAR-SE PRESENTE

A sessão de qualificação foi bem

tão se separasse. Com o passar das

Após a primeira jornada, os pilotos

disputada com as duas primeiras li-

voltas seguintes, o trio de pilotos

só voltaram a competir em finais de

nhas a ficarem definidas com vários

manteve-se na frente com Loris Baz

julho e princípios de agosto. Desta

pilotos dentro de meio segundo de

de perto; o ex-piloto de MotoGP era

vez, o palco para mais um fim de

diferença. Scott Redding foi o mais

o melhor independente nesta altura.

semana de ação foi o Circuito de

rápido (1m38,770s) e por isso garan-

A 12 voltas do fim, van der Mark ter-

Jerez - Ángel Nieto, sendo esta a

tiu lugar na pole position. Jonathan

minou prematuramente encostan-

primeira ronda europeia. Michael

Rea continuou com o trabalho até

do a sua moto fruto de problemas

van der Mark fechou o FP3 com o

então efetuado e terminou a 0.034s

mecânicos. Com dez voltas para o

melhor tempo combinado, apresen-

do seu adversário mais direto, sen-

fim, Alex Lowes – líder do campeo-

tando uma volta em 1m39,639s.

do Tom Sykes aquele que fechou os

nato, lutava pelo décimo lugar sem

Jonathan Rea colocou-se entre os

acessos à primeira linha de partida.

apresentar um ritmo semelhante ao do seu companheiro de equipa. Rea continuou na liderança e a nove

na última volta. Do princípio ao fim,

voltas do fim Redding atacou o pi-

nenhum piloto se conseguiu isolar,

loto oficial da Yamaha. Três voltas

mas Rea aparentou controlar a cor-

depois, a dupla dianteira tinha uma

rida. No entanto, Razgatlioğlu apro-

ligeira margem para Razgatlioğlu,

ximou-se do campeão de tal forma

Baz e Chaz Davies (ARUBA.IT Ra-

que os dois homens discutiram o

cing - Ducati) que acompanhava

triunfo na última curva da corrida.

a luta pelo terceiro lugar com uma

No final, Rea vingou o resultado da

distância pequena. Na mesma volta,

primeira corrida com uma vitória. O

Redding ultrapassou o líder da corri-

turco da Yamaha ficou a 0,067s do

da e começou a construir uma ligeira

topo e Redding fechou o pódio com

diferença que acabou por garantir a

0,005s para o segundo classificado.

vitória. Rea acabou por não ter rit-

Rea voltou a registar o terceiro hole-

mo para o vencedor e contentou-se

shot do fim de semana no arranque

com o segundo lugar, partilhando

para a Corrida 2. A dupla da Yamaha começou logo a partir da primeira curva a fazer pressão sobre o campeão, com van der Mark a saltar logo para a liderança na segunda curva. O britânico atacou logo de imediato e na mesma volta Leon Haslam (Team HRC) e Michael Rinaldi (Team GOELEVEN) registaram uma queda. As trocas de posições foram sucessivas e a vitória esteve sempre em discussão. No final, Alex Lowes venceu a corrida após ter terminado

Graeme Brown / GeeBee Images / © 2013 Kawasaki Motors Europe N.V.

rida onde a vitória só foi entregue

o pódio também com Razgatlioğlu. Davies e Baz fecharam o top cinco. Arrancando da segunda posição, Rea foi novamente o autor de um holeshot em mais uma Superpole Race. Daqui em diante, o piloto manteve-se na dianteira ao mesmo tempo que o seu companheiro de equipa, Alex Lowes, trocava argumentos com Bautista na luta pelo décimo lugar. Rea foi construindo uma diferença para os restantes até terminar a corrida na primeira posi-


ção. Redding fez de tudo para apanhar o #1, mas acabou por cruzar a meta com uma diferença de pouco mais de meio segundo. Van der Mark foi o terceiro classificado beneficiando de um problema mecânico existente na moto do seu companheiro de equipa quando este estava a lutar pelo segundo lugar. A Corrida 2 foi um pouco mais entusiasmante com Jonathan Rea a fazer novamente um arranque perfeito.

Matteo Cavadini / Alex Photo (c)2020 / Copyright © 2017 Ducati Motor Holding spa

WSBK

No entanto, a liderança acabou por mudar de mãos a partir do momento que Scott Redding efetivou uma ultrapassagem sobre Rea na volta seguinte. Entretanto, e com o líder um pouco afastado, Chaz Davies

(1m41,658s) de todos os treinos, fi-

lugar com van der Mark a fechar o

sua moto na última curva do traça-

chegou ao segundo lugar sendo

cando este à frente de Michael van

pódio.

do de Portimão. A 14 voltas do fim,

este perseguido pelos dois homens

der Mark por 0,186s de diferença.

No arranque da Superpole Race, o

o #54 perdeu a frente da sua moto

da Kawasaki e pelo turco da Yamaha.

Jonathan Rea voltou a estar entre

#54 atacou Jonathan Rea logo na

na curva cinco e na volta seguinte

Entretanto, Michael Ruben Rinaldi

os melhores ao realizar a terceira

primeira curva e Loris Baz não per-

foi a vez de Alex Lowes que, por sua

juntou-se a este trio de homens que

melhor volta com o campeão do ano

deu tempo também para desferir

vez, caiu no mesmo local. Já na últi-

batalhava pelo lugar mais baixo do

passado a deter um diferencial de

uma ultrapassagem sobre Alex Lo-

ma volta, Rea estava isolado e assim

pódio. No final, a Ducati fez a sua

0,212s para o topo.

wes na curva três. Na volta seguinte,

permaneceu até cruzar a bandeira

primeira dobradinha desde 2012

No que à Superpole diz respeito,

a vitória passou a ser discutida entre

de xadrez. Por outro lado, Redding e

com Redding e Davies nas primeiras

o campeão do ano passado foi rei

os dois homens da frente enquanto

van der Mark discutiram até ao fim o

posições. Razgatlioğlu fechou o pó-

e senhor ao realizar a melhor volta

o francês da Ten Kate Racing Yamaha

segundo lugar com o piloto da Du-

dio deixando para trás Rinaldi, Lowes

com um registo de 1m40,676s. Raz-

assistia de perto a esta batalha. Chaz

cati a sair por cima da situação.

e Rea que fechou os acessos ao top

gatlioğlu foi o melhor aos comandos

Davies e Eugene Laverty (BMW Mo-

Em termos de campeonato, a lide-

seis.

de uma Yamaha ficando a quase

torrad WorldSBK Team) caíram na

rança do mesmo voltou a mudar…

Com o finalizar desta segunda ron-

três décimas de diferença da pole

curva cinco já na terceira volta da

Jonathan Rea despediu-se do Au-

da, Scott Redding passou a ser o

position. Por sua vez, Alex Lowes

corrida. Nas voltas seguintes, Rea e

tódromo Internacional do Algarve

novo líder do campeonato com 98

terminou em terceiro a, aproximada-

Razgatlioğlu continuaram envolvidos

sendo o novo líder das contas ge-

pontos assegurados. Jonathan Rea

mente, quatro décimas do seu com-

na disputa, mas o piloto da Kawasaki

rais detendo 136 pontos. Do lado

subiu um par de posições detendo

panheiro de equipa.

acabou por se conseguir afastar do

oposto, Redding perdeu as rédeas

menos 24 pontos que o líder. Alex

Com o apagar das luzes, Jonathan

seu adversário da Yamaha. Até ao

do campeonato descendo uma po-

Lowes perdeu a liderança e termi-

Rea voltou a assinar mais um hole-

final, não se verificou mudanças e

sição. Ainda assim, o piloto da Du-

nou esta ronda de Jerez no terceiro

shot antes de ter conseguido fugir

Rea foi o vencedor de mais uma cor-

cati fechou este fim de semana com

lugar com menos 26 pontos que o

aos restantes pilotos. Com o passar

rida. O turco conquistou a segunda

apenas quatro pontos de atraso para

piloto da Ducati.

das voltas, a diferença entre Rea e

posição e Baz foi terceiro sendo, de

o #1 enquanto Toprak Razgatlioğlu

o segundo classificado foi aumen-

igual forma, o melhor independente

ascendeu um lugar, sendo agora o

WSBK, RONDA 3: JONATHAN

tando e diversos foram aqueles que

em pista.

terceiro classificado da geral.

REA NÃO PERDOOU E FEZ UM

lutaram pelo lugar intermédio do

A última corrida do fim de semana

‘HAT-TRICK’ EM PORTIMÃO

pódio. Dando seguimento ao ritmo

viu Rea a conquistar mais um ho-

WSBK, RONDA 4: REDDING E

Finalizada mais uma jornada, o pa-

mostrado nos treinos, Razgatlioğlu

leshot com Razgatlioğlu a colar-se

REA PARTILHARAM VITÓRIAS

ddock viajou para Portimão para

conseguiu distanciar-se dos seus

novamente ao líder. Laverty voltou

EM ARAGÃO

a realização de mais um fim de se-

concorrentes sem nunca ter conse-

a cair, desta vez sozinho, na mesma

Ao longo das três sessões de treinos

mana animado de corridas. Toprak

guido alcançar a primeira posição.

curva cinco antes de Baz ter tam-

existentes, os pilotos tiveram diver-

Razgatlioğlu abriu as hostilidades

Assim, a Yamaha colocou os seus

bém adicionado o seu nome à lista

sas oportunidades para encontrar as

ao concretizar o melhor registo

pilotos oficiais no segundo e terceiro

de quedas perdendo o controlo da

afinações base para mais um fim de

-42- | MOTORCYCLE SPORTS |


Matteo Cavadini / Alex Photo (c)2020 / Copyright © 2017 Ducati Motor Holding spa

vontade. Ainda assim, terminou na terceira posição partilhando o pódio com Rea, o vencedor da corrida, e Davies que conquistou o terceiro top três da temporada. Finalizado mais um fim de semana, as contas do campeonato não sofreram alterações. Rea manteve-se na frente com 189 pontos, mas a diferença para Redding aumentou de quatro para dez pontos. Toprak Razgatlioğlu permaneceu, também, na mesma posição, mas o turco acabou por perder terreno essencial na disputa pelo título. O piloto da Yamaha chegou a Aragão com 33 pontos para o líder e despediu-se desta

semana de ação. Foi no FP3 que a

de xadrez, Alex Lowes atacou o pi-

Ainda nesta primeira volta houve

ronda com 65 pontos de atraso para

maioria estabeleceu o seu melhor

loto da Tem Kate e Rea não perdeu

drama entre Tom Sykes (que sofreu

Rea.

registo, sendo o melhor exemplo

tempo para fazer o mesmo que o

um toque de Davies na entrada da

conseguido por Jonathan Rea. O

seu companheiro de equipa. Antes

curva oito) e Leandro Mercado (Mo-

WSBK, RONDA 5: MICHAEL

campeão do ano passado estabele-

do final da primeira volta, Rea voltou

tocorsa Racing) que foi o único a não

RINALDI ESTREIA-SE NAS

ceu uma volta rápida em 1m50,287s

para a liderança e tentou de tudo

conseguir completar a primeira volta.

VITÓRIAS; REA E REDDING

ficando à frente de Loris Baz por

para fugir. Sem se consegui isolar,

Rea começou a ganhar distância dos

TAMBÉM FORAM PRESENÇA

0,189s de diferença. Michael van

Lowes perseguiu o seu companheiro

demais onde Baz e Redding eram as

ASSÍDUA NO PÓDIO

der Mark foi terceiro a duas déci-

de equipa e Redding aproximou-se

ameaças mais próximas. Até ao fim a

Neste arranque do segundo fim de

mas e meio do topo. Chaz Davies e

da dupla da Kawasaki. O piloto da

liderança permaneceu nas mãos do

semana em Aragão, Rinaldi meio que

Michael Ruben Rinaldi fecharam os

Ducati atacou Lowes na tentativa

britânico que conquistou mais uma

surpreendeu tudo e todos ao esta-

acessos ao top cinco após terem re-

de, mais tarde, repetir a proeza so-

vitória para a Kawasaki. Redding foi

belecer o melhor tempo de todos

gistado os tempos de 1m50,543s e

bre o campeão de 2019. Entretanto,

segundo e van der Mark terceiro

os treinos combinados. O italiano

1m50,601s, respetivamente, na pri-

o #22 perdeu os controlos da mota

numa corrida onde Baz foi perdendo

já tinha mostrado um bom desem-

meira sessão de treinos livres.

na quarta volta da corrida. Daqui em

posições até ao final da corrida.

penho na ronda anterior, no mesmo

A luta pelo melhor tempo continuou

diante, a luta pela vitória ficou entre

A Corrida 2 começou de forma ideal

traçado espanhol, e começou esta

a acontecer na sessão de qualifica-

os dois sobreviventes da dianteira.

para o vencedor da Superpole Race

quinta jornada de forma perfeita. O

ção. No entanto, Rea voltou a ser o

Com Redding na frente, Rea alargou

no qual Redding assumia a respon-

piloto da Team GOELEVEN estabe-

melhor sendo o único a conseguir

trajetória na abordagem à curva 12

sabilidade de não largar o #1. Com

leceu o melhor registo com uma vol-

rodar no segundo 48. Com uma vol-

e o líder acabou por ficar sozinho.

o líder a quase dois segundos de

ta em 1m49,574s no FP3 batendo o

ta em 1m48,860, o piloto da Kawa-

Davies aproximou-se então de Rea

diferença, a vitória parecia estar par-

tempo de 1m49,841s que Jonathan

saki ficou a 0,171s de Loris Baz que

e nas voltas finais ainda alcançou o

cialmente entregue… até Jonathan

Rea tinha estabelecido na primeira

voltou a ser o piloto independente

seu companheiro de equipa sem o

Rea ter cometido um pequeno erro

sessão. Scott Redding foi terceiro ao

de referência nesta Superpole. A

conseguir derrotar até ao fim. Desta

na curva 16. Alargando trajetória e

marcar uma volta em 1m49,963s,

terceira posição foi parar às mãos de

forma, a Ducati voltou a fazer uma

perdendo tempo essencial, o piloto

ficando quase a quatro décimas do

Scott Redding que terminou a três

dobradinha com Rea a ocupar o lu-

foi apanhado por um Chaz Davies

seu colega de marca.

décimas do líder do campeonato.

gar mais baixo do pódio.

ansioso por voltar às vitórias. Os

A sessão de qualificação já sofreu

Ao contrário do que tem vindo a ser

Loris Baz voltou a ser o autor de

dois homens começaram, então, a

uma ‘pequena’ alteração no topo

hábito, Jonathan Rea fez um arran-

mais um holeshot em plena Super-

batalhar quando restavam dois pares

da classificação. Com vontade de

que negativo cruzando a primeira

pole Race. No entanto, Rea, que

de voltas para a bandeira de xadrez.

estar novamente no topo, Jona-

curva na quarta posição. Por outro

se colocou praticamente ao lado

Com trocas de posições consecuti-

than Rea fez a melhor volta sendo

lado, Baz foi o autor do holeshot

do francês, saiu melhor da primeira

vas, Álvaro Bautista ainda sonhou

o único a rodar, novamente, no se-

desta primeira manga. Ainda na pri-

curva e saltou para a dianteira na se-

em lutar pela vitória acabando por

gundo 48, apresentando um tempo

meira volta, com 18 para a bandeira

gunda curva do traçado de Aragão.

não conseguir concretizar a sua

de 1m48,767s. Rinaldi, sem possi| MOTORCYCLE SPORTS | -43-


WSBK bilidades de apresentar uma volta

no pódio.

igualmente boa, ficou a duas déci-

O arranque da Corrida 2 foi uma

mas e meia do piloto da Kawasaki,

cópia a papel químico da Superpo-

enquanto Scott Redding terminou a

le Race com Rea a conseguir mais

uns míseros 0,005s do italiano. Sy-

um holeshot. Redding voltou a não

kes, Bautista e Haslam fecharam o

perder tempo para perseguições ao

top seis com este último a terminar

ultrapassar o adversário ainda nas

a 0,565s de Rea.

lides iniciais desta corrida. Na volta

Com a pole assegurada, Rea co-

seis, com 13 para o fim, Rinaldi ultra-

mandou desde o primeiro segundo

passou Rea na saída da curva nove

a liderança da primeira corrida com

para suplantar Redding na curva 12,

Redding e Rinaldi junto ao #1. Logo

momentos depois. Rea, que estava

no final da primeira volta, Rinaldi

em terceiro, ultrapassou o piloto ofi-

ultrapassou o líder estando na lide-

cial da Ducati para se colar a Rinaldi

rança pela primeira vez na sua car-

que aparentava uma velocidade bas-

reira de WSBK. Focado em fugir do

tante forte. Com três voltas para o

campeão mundial, Rinaldi assegurou

fim, o piloto da Kawasaki desferiu

uma vantagem de dois segundos

um ataque final sobre Rinaldi que

para Rea ao mesmo tempo que Re-

acabou por lhe garantir a vitória. O

dding, na terceira posição, era inco-

italiano, que se manteve na liderança

modado por um Álvaro Bautista an-

durante boa parte da corrida, cruzou

sioso por ultrapassar. A 11 voltas do

a linha de meta em segundo à frente

fim, Redding cometeu o seu primeiro

de Redding que fechou o pódio.

erro da temporada ao perder a fren-

Findada mais uma jornada, as con-

te da sua Panigale na entrada para

tas do mundial mantiveram-se iguais

a curva cinco. Até ao fim, Rinaldi

entre o top cinco. Rea aumentou a

permaneceu sozinho e conquistou

diferença de 10 para 36 pontos para

a sua primeira vitória no Mundial de

Redding, liderando o campeonato

Superbike, enquanto Jonathan Rea

com 243 pontos totais. Toprak Raz-

se contentou com o segundo posto.

gatlioğlu passou dos 65 pontos para

A terceira posição acabou por ir pa-

os 96 pontos de atraso para o líder

Moto3 – esteve em Moto2 também,

ção após a desclassificação de Ra-

rar às mãos de Chaz Davies depois

e Chaz Davies foi o primeiro a es-

mas sem nenhum top três em seu

ffaele de Rosa (MV Agusta Reparto

de Bautista ter perdido os controlos

tar a mais de 100 pontos do #1 da

nome – está este ano a dominar por

Corse). De Rosa foi desclassificado,

da sua moto quando perseguia o #7

Kawasaki. Michael van der Mark era

completo a concorrência, sendo ele

assim como Randy Krummenacher

no quarto lugar.

quinto com 110 pontos para o topo

o candidato mais forte a ganhar o

e Federico Fuligni, devido ao facto

Tal como na primeira corrida, Rea

da classificação e Ruben Rinaldi era

título.

de a equipa ter retirado o selo dos

voltou a fazer mais um holeshot

a primeira alteração da tabela ao su-

Este controlo absoluto começou em

motores usados para uma verifica-

com Redding e Rinaldi atrás de si. Na

bir ao sexto lugar da geral com 112

Phillip Island com Locatelli no topo

ção visual. Retirando esses selos, a

curva que antecede a reta anterior,

pontos para Rea.

das sessões de treinos e também na

equipa viu os seus três pilotos des-

qualificação. Na corrida, Lucas Mah-

classificados segundo indicam os re-

Redding atacou o líder sem lhe dar oportunidade de fugir nesta corrida

WSSP: LOCATELLI SEM

ias (Kawasaki Puccetti Racing) fez o

gulamentos. Graças a essa decisão,

de dez voltas. Os dois pilotos troca-

MISERICÓRDIA ATACA EM

arranque perfeito relegando o italia-

Corentin Perolari (GMT94 Yamaha)

ram argumentos na volta seguinte,

TODAS AS FRENTES NO

no para o segundo lugar. No entan-

subiu a terceiro.

mas o piloto oficial da Ducati man-

MUNDIAL DE SUPERSPORT

to, Locatelli regressou à liderança e

Após o domínio apresentado, Lucas

teve-se na liderança. A meio da cor-

Ao contrário do que foi acontecen-

começou a construir uma diferença

Mahias tentou impedir Locatelli de ir

rida, o top três estava inalterado e

do no WSBK, com alguns pilotos a

que lhe viria a dar a vitória mais tar-

mais além nos treinos livres em Jerez

assim permaneceu até à bandeira de

lutar pela vitória, o WSSP de 2020

de. Sem ninguém para o parar, Loca-

de la Frontera. Em termos combina-

xadrez. Redding venceu e Rea termi-

está a ser marcado apenas por um

telli terminou a sua corrida com uma

dos, o francês da Kawasaki acabou

nou a menos de um segundo do seu

nome: Andrea Locatelli (BARDAHL

vantagem de quase sete segundos

por realizar o melhor tempo combi-

compatriota. Rinaldi foi o melhor in-

Evan Bros. WorldSSP Team). O italia-

para Jules Cluzel (GMT94 Yamaha)

nado de 1m43,011s, terminando à

dependente ao terminar novamente

no que fez apenas dois pódios em

que, por sua vez, subiu uma posi-

frente de Perolari por uma diferen-

-44- | MOTORCYCLE SPORTS |


Cluzel voltou a ter o protagonis-

acessos à primeira linha de partida.

diferente. Locatelli partiu na frente

mo no arranque da quarta jornada

Atrás deste trio ficaram Jules Cluzel,

e por aí permaneceu até ao fim. O

da temporada, em Aragão, mas em

Lucas Mahias e Philipp Öttl.

italiano triunfou com quase dois se-

qualificação as atenções foram todas

Logo a partir do primeiro momento,

gundos para o segundo classificado,

novamente para Locatelli. O piloto

Locatelli assumiu a liderança e quis

sendo Locatelli o primeiro italiano da

fez uma volta em 1m53,205s fican-

encontrar uma diferença que lhe vi-

história da categoria a vencer três

do a três décimas de Öttl e a outras

ria a ser benéfica mais tarde. Nesta

corridas consecutivas. Cluzel voltou

seis décimas de Mahias. Mesmo

primeira volta, Öttl caiu antes da reta

a ser segundo e Mahias terminou na

com a pole position garantida, Loca-

interior com Viñales e Cluzel a fechar

terceira posição.

telli perdeu o holeshot para Mahias.

o pódio provisório antes de o espa-

Portimão era a terceira ronda da

Envolvido numa luta com Mahias,

nhol ter registado, também ele, uma

temporada e o local onde Locatelli

Cluzel e Öttl, Locatelli estava entre

queda. Ninguém conseguiu parar

viria a dominar novamente. Apesar

os candidatos à vitória. Ainda assim,

Locatelli em conquistar um triunfo

de Cluzel ter sido o mais rápido nos

e com estes três nomes em luta, o

mais, com o piloto a apresentar um

treinos e do italiano ter estabeleci-

italiano saiu por cima com uma van-

diferencial de seis segundos para De

do o quarto tempo mais competiti-

tagem de três segundos para Cluzel.

Rosa que foi segundo. Jules Cluzel

vo, Locatelli fez a pole position com

Öttl fechou os acessos ao pódio com

terminou em terceiro após não ter

0,266s para o segundo classificado.

outros cinco segundos para o topo.

ritmo para o piloto da MV Agusta.

A restante primeira linha de partida

A segunda corrida desta primeira

Com o arranque da segunda corrida,

ficou, então, entregue à dupla da

passagem por Aragão começou com

Cluzel e Viñales trocaram argumen-

GMT94 Yamaha com Cluzel a sair

outro holeshot de Mahias. Locatelli

tos na liderança da corrida. Locatelli

por cima do seu companheiro de

assegurou a segunda posição nos

era, nesta altura, terceiro classifica-

equipa.

instantes iniciais, mas sempre com a

do. A 12 voltas do fim, a liderança

Nesta primeira corrida, a dupla da

intenção de atacar o seu adversário.

estava a ser discutida entre Cluzel e

Yamaha saltou para a dianteira re-

Essa espera não durou praticamente

De Rosa até os dois pilotos caírem

legando Locatelli para terceiro. No

tempo nenhum, dado que Locatelli

na travagem para a primeira curva.

entanto, foi uma questão de tempo

ultrapassou o líder na curva quatro.

Perante o sucedido, o francês fra-

até Locatelli se isolar e terminar a

Daqui em diante, nada demoveu o

turou a tíbia e o perónio o que lhe

corrida na primeira posição. Cluzel,

italiano de vencer novamente e foi

prejudicou a restante temporada. De

que vinha a lutar pelo pódio com

isso mesmo que acabou por acon-

seguida, Locatelli assumiu as rédeas

ça de 0,074s. Andrea Locatelli foi o

o seu companheiro de equipa, ter-

tecer. Cluzel voltou a ser segundo

da corrida e controlou-a até à ban-

terceiro mais rápido. Na qualificação,

minou em sexto depois de ter re-

a pouco mais de dois segundos de

deira de xadrez, enquanto a segunda

a história foi um pouco diferente já

gistado uma queda na curva cinco,

atraso, com De Rosa a fechar o pó-

posição ficou ao encargo de Lucas

que o piloto da BARDAHL envergo-

possibilitando a Mahias e De Rosa

dio.

Mahias. A terceira posição foi dis-

nhou a concorrência ao fazer uma

a conquista dos restantes lugares

Ao contrário das jornadas mais re-

cutida até à última volta com Isaac

volta de 1m42,214s, ficando a mais

do pódio. A segunda corrida come-

centes, Locatelli terminou os treinos

Viñales a triunfar sobre Öttl; triunfo

de meio segundo de Jules Cluzel e a

çou marcada pela queda de Mahias

no segundo fim de semana de Ara-

esse que ficou decidido num belo

oito décimas de Philipp Öttl (Kawa-

no primeiro setor da pista, numa

gão com o melhor registo, falhando

photo finish.

saki Puccetti Racing).

fase em que Perolari fez o holeshot.

o segundo 52 por 0.031s. Sendo o

Com esta vitória, Locatelli tornou-

Ao contrário da primeira ronda do

Mesmo com Cluzel na liderança, o

mais rápido a rodar no segundo 53

-se, oficialmente, o piloto com mais

campeonato, as provas decorridas

piloto natural de Alzano Lombardo

(1m53,030), o piloto de 23 anos

vitórias (9!) na história do campeo-

na Europa tinham duas corridas as-

controlava a diferença para o seu

ficou a 0.725s de Philipp Öttl e a

nato, suplantando Eugene Laverty

seguradas. Na Corrida 1, Locatelli

adversário antes de o ter ultrapassa-

outros 0.803s de Raffaele de Rosa.

(8 vitórias - 2010) e Kenan Sofuoğlu

imprimiu um ritmo único tal como o

do. Com a liderança em sua posse,

Na Qualificação, a pole position foi

(8 vitórias - 2007). Em termos de

fez na qualificação, cruzando a ban-

Locatelli aplicou a mesma receita de

parar novamente ao italiano que se

contas gerais, o top três permane-

deira de xadrez no topo da classifi-

sempre ao se isolar da concorrência

mostrou imbatível apresentando um

ceu igual. Locatelli era líder inques-

cação. Cluzel foi segundo a mais de

terminando a corrida com quase três

registo bem similar ao dos treinos

tionável com 225 pontos enquanto

três segundos e Öttl terceiro já com

segundos de diferença para o pilo-

(1m53,003s). Por outro lado, Isaac

Cluzel era segundo com menos 79

um diferencial de quase oito segun-

to da GMT94 Yamaha. Isaac Viñales

Viñales estabeleceu o segundo me-

pontos. Mahias fechava o pódio com

dos para o vencedor. Assim como na

(Kallio Racing) foi terceiro com 5.5s

lhor tempo (1m53,213s) e De Rosa

106 pontos a menos que o líder e

primeira corrida, a segunda manga

de atraso para o vencedor.

foi terceiro novamente, fechando os

principal candidato ao título.

Yamaha Motor Europe N.V.

deste fim de semana não foi muito

| MOTORCYCLE SPORTS | -45-


MXGP

ITÁLIA

saltou Tony Cairoli

para o topo em Faenza

Depois de três rondas em Riga (Letónia), os Mundiais de motocross prosseguiram em Faenza, Itália, com mais três jornadas consecutivas na mesma pista. Desta feita, foi Tony Cairoli em destaque assumindo o comando do campeonato. O mês de setembro teve mais uma

Yamaha) sendo Jeremy Seewer

terceiro lugar foi rodando Seewer,

jornada tripla dos Mundiais de mo-

(Monster Energy Yamaha) terceiro a

com Paulin em quarto. Cairoli co-

tocross. Desta feita, os pilotos de

0,904s. Herlings assumiu as rédeas

meçou nas posições mais baixas do

MXGP e de MX2 rumaram a Faen-

do treino cronometrado, batendo

top dez, mas ao longo da corrida foi

za e ao Crossódromo Monte Coralli

Seewer por 0,180s, com Gajser em

fazendo uma recuperação gradual.

para uma emotiva sequência de três

terceiro a 0,676s.

Só nos derradeiros minutos é que

corridas que poderia ser decisiva nas

Horas depois, teve lugar a primei-

Prado perdeu a liderança. O espa-

contas dos campeonatos.

ra corrida. Jorge Prado (Red Bull

nhol evidenciava cansaço na fase

No MXGP, Jeffrey Herlings (Red

KTM) esteve forte no arranque para

final da corrida tal como aconteceu

Bull KTM) chegou a Faenza como

assumir a liderança, mas logo foi

na prova matinal e cedeu – primei-

líder com mais 46 pontos do que o

superado por Ivo Monticelli (Stan-

ro, perante Herlings, depois também

campeão em título Tim Gajser (Team

ding Construct GasGas). Herlings

foi ultrapassado por Seewer, Cairo-

HRC),

sendo Arminas Jasikonis

colocou-se em terceiro. Um erro

li, Febvre e Gajser terminando em

(Rockstar Energy Husqvarna) tercei-

de Monticelli permitiu a Prado vol-

sexto. Herlings saiu vitorioso com

ro com os mesmos pontos de Tony

tar ao topo, mas também Herlings,

1,973s de avanço face a Seewer,

Cairoli (Red Bull KTM) a 50 pontos.

Clément Desalle (Kawasaki) e Cairoli

com Cairoli em terceiro depois de

Quanto ao MX2, também era um

tiraram partido.

uma interessante recuperação. Feb-

homem da KTM no comando –

O top três estabeleceu-se com Pra-

vre e Gajser completaram o lote dos

Tom Vialle, com um avanço de ape-

do na frente de Herlings e Cairoli. A

cinco primeiros. No cômputo geral

nas oito pontos face a Jago Geerts

vantagem do espanhol no comando

do MXGP de Itália, Herlings venceu

(Monster Energy Yamaha). Mais

chegou a rondar 4,5s, mas Herlings

com a pontuação máxima de 50

longe estava o terceiro classificado

acabou por reagir aproximando-se

pontos – mais seis do que Seewer e

Roan van de Moosdijk (F&H Kawa-

gradualmente. A luta foi intensa, mas

dez do que Cairoli. O Holandês Voa-

saki), já a 64 pontos da dianteira.

já nos minutos finais Herlings consu-

dor reforçava, assim, o comando do

mou a ultrapassagem que lhe deu a

campeonato.

MXGP DE ITÁLIA – MXGP:

vitória com 4,449s de margem. See-

JEFFREY ‘A BALA’ HERLINGS

wer e Cairoli também se adiantaram

MXGP DE ITÁLIA – MX2:

SUPERIOR

a Prado, que terminou em quarto.

RENAUX VITORIOSO NA

O programa do MXGP em Faenza

Gauthier Paulin (Monster Energy

PRIMEIRA RONDA ITALIANA

começou com o MXGP de Itália a ter

Yamaha) fechou o top cinco. Gajser

No treino livre de MX2 no MXGP de

o treino livre. Nesta sessão, Nicholas

foi oitavo.

Itália, Mathys Boisrame (F&H Kawa-

Lapucci (KTM Beddini) surpreen-

A segunda corrida teve um desenro-

saki) foi 14 milésimas mais veloz do

deu ao fazer o melhor tempo ao ser

lar similar à primeira. Prado assumiu

que Conrad Mewse (Hitach KTM) e

0,406s mais rápido do que Alessan-

a primeira posição no início, ficando

Maxime Renaux (Yamaha SM Action

dro Lupino (Gebben Van Venrooy

com Herlings na perseguição. Em

MC) terceiro – isto antes de liderar o

-46- | MOTORCYCLE SPORTS |

Cairoli assumiu a liderança do MXGP em casa.


TEXTO: Bernardo Matias

| MOTORCYCLE SPORTS | -47-


Herlings mais forte no MXGP de Itália.

treino cronometrado 0,601s à frente

ser pressionado por Boisrame. Ao

afastando o holandês também da

para concluir em segundo. Febvre

de Boisrame, com van de Moosdijk

longo de parte da corrida, Renaux

terceira jornada de Faenza.

resistiu a Cairoli para ser terceiro,

em terceiro a 0,118s.

teve uma liderança confortável, mas

Em pista, Seewer foi 0,332s mais

com Gajser em quinto.

Início de corrida inaugural com Vial-

a duas voltas do fim Vialle encurtou

rápido do que Glenn Coldenhoff

Mais uma vez, Prado rubricou o ho-

le mais forte a fazer o holeshot as-

suficiente a margem para tentar lan-

(Standing Construct GasGas) no

leshot na segunda corrida. Cairoli

sumindo o primeiro posto. Daí em

çar um ataque.

treino livre sendo Jasikonis terceiro.

foi inicialmente segundo à frente

diante começou logo a escapar de

Porém, Boisrame susteve o compa-

Gajser acabou na frente do treino

de Evans, antes de Gajser superar

Geerts, com Renaux a estabelecer-

triota atrás de si e acabou por cor-

cronometrado 0,135s acima de Ja-

os dois pilotos. Um erro de Prado

-se em terceiro. A tendência de Vial-

tar a meta com 3,359s de avanço.

sikonis, com Seewer em terceiro,

com cerca de 12 minutos cumpridos

le controlar inverteu-se com um erro

Geerts cortou a meta em terceiro a

Coldenhoff em quarto e Prado no

permitiu a Gajser assumir a primeira

do líder do campeonato na oitava

8,329s, enquanto Boisrame foi quar-

quinto lugar.

posição, mas Prado tentou manter-

volta que o despromoveu a terceiro.

to já a 27,441s do topo. A vitória no

A primeira volta da corrida inaugural

-se junto. Enquanto isso, Cairoli pro-

Geerts ficou, então, na frente, com

GP foi de Renaux, que com um se-

teve Prado a assumir o comando –

tegia-se de Evans, mas com cerca de

Renaux em segundo e Vialle a per-

gundo lugar e uma vitória somou 47

uma cópia a papel químico do que

dez minutos por cumprir não evitou

der também a terceira posição para

pontos – mais dois do que Geerts e

acontecera dias antes no MXGP de

uma investida incisiva do rival.

Boisrame. Geerts conseguiu cons-

sétimo do que Vialle.

Itália. Evans passou para segundo e

Na fase final, Gajser ganhou uma

Febvre a terceiro, antes de ser supe-

margem sólida face a Prado e ga-

truir uma extensa margem – que chegou a rondar os 11 segundos

MXGP CIDADE DE FAENZA –

rado por Seewer. O helvético viria

nhou com 4,289s de avanço. O es-

– para vencer 7,292s na frente de

MXGP: PRADO ESTREOU-SE A

também a ultrapassar Evans, com

panhol ainda se viu sob ameaça de

Renaux. Boisrame impediu Vialle

GANHAR EM RONDA DE AZAR

o neozelandês a andar para trás na

Cairoli – que acabou por ultrapassar

de conquistar o terceiro posto por

PARA HERLINGS

classificação gradualmente.

Evans nos minutos finais. Colde-

cerca de quatro décimas. Mewse foi

Logo nos treinos, o MXGP Cidade de

Apesar de Prado construir uma mar-

nhoff foi o quinto classificado.

quinto.

Fanza ficou privado de um dos habi-

gem face a Seewer, este não baixou

A segunda prova começou com Re-

tuais protagonistas – Herlings caiu e

os braços e a 13 minutos do fim

MXGP CIDADE DE FAENZA

naux a liderar com Vialle em segun-

lesionou-se, tendo de ser transpor-

passou para o topo. Até ao fim, o

– MX2: DOBRADINHA

do e Geerts em terceiro. O gaulês

tado a um hospital por helicóptero.

#91 esteve inabalável e acabou com

DOMINADORA DE VIALLE

construiu uma margem face a Vial-

Uma fratura no pescoço, sem gra-

15,681s de vantagem para Prado,

Boisrame liderou uma dobradinha

le, ao passo que Geerts começou a

vidade de maior, foi o diagnóstico,

que não teve grandes opositores

francesa no treino livre do MX2 do

-48- | MOTORCYCLE SPORTS |


Cairoli venceu última jornada de Faenza e passou a liderar o MXGP.

Prado venceu pela primeira vez um GP de MXGP.

MXGP Cidade de Faenza com um

e Guadagnini acabou apenas em

avanço de 0,572s. Por outro lado,

sexto, quebrando na segunda meta-

o treino cronometrado viu van de

de da prova.

Moosdijk no topo apenas 89 milé-

À semelhança da prova matinal, Vial-

simas na frente de Renaux. Entre-

le liderou no arranque – mas desta

tanto, o líder do campeonato, Vialle,

feita para manter a posição e des-

tinha um discreto 11.º registo.

tacar-se face a Geerts. Jed Beaton

Na corrida 1, Vialle apressou-se

(Rockstar Energy Husqvarna) ainda

a assumir a liderança, mas Mattia

chegou a ser terceiro, mas na tercei-

Guadagnini (Husqvarna Junior Ra-

ra volta foi batido por Boisrame. Na

cing) ultrapassou-o. O jovem italia-

nona volta, Geerts caiu e ficou fora

no manteve-se na dianteira durante

da disputa.

alguns minutos, mas a cerca de 16

Vialle, que tinha começado a ficar

minutos do término Vialle ultrapas-

com Geerts e Boisrame mais pró-

sou-o em definitivo escapando de-

ximos, voltou a escapar-se e nos

pois rumo à vitória. Guadagnini ficou

últimos dez minutos a vantagem já

a disputar a segunda posição.

rondava cinco segundos. Impotente

Renaux e Geerts eram os seus prin-

perante um Vialle superior, Bois-

cipais adversários e conseguiram

rame caiu perto do fim e perdeu

mesmo as ultrapassagens sem gran-

vários lugares. Beaton aproveitou

des dificuldades. Nas últimas voltas,

para ser segundo a 6,470s de Vialle.

Renaux ainda se aproximou de Vial-

Olsen recuperou de novo de forma

le, mas este assinou uma exibição

gradual sendo terceiro a 9,420s do

irrepreensível e ganhou com 2,327s

vencedor, com Renaux em quarto e

de margem. Geerts foi terceiro e

Stephen Rubini (Honda Racing Aas-

Thomas Kjer Olsen (Rockstar Energy

somotor) em quinto. Com duas vitó-

Husqvarna) rubricou uma recupera-

rias, Vialle ganhou o GP somando 50

ção até quarto. Boisrame foi quinto

pontos – mais dez do que Renaux. | MOTORCYCLE SPORTS | -49-


MXGP DA EMÍLIA ROMANA – MXGP: VITÓRIA E LIDERANÇA DO CAMPEONATO PARA

Geerts dividiu os louros com Vialle no MXGP da Emília Romana de MX2.

CAIROLI Jasikonis liderou o treino livre do MXGP da Emília Romana sendo 0,536s mais veloz do que Febvre no Crossódromo Monte Corali. O lituano também se impôs no treino cronometrado, com Seewer em segundo a 0,270s e Evans em terceiro a 0,813s. A corrida inaugural desta última ronda de Faenza começou com duas KTM na frente – Cairoli a liderar e Prado em segundo, com Seewer em terceiro. Prado não demorou muito a alcançar o comando, enquanto Jasikonis estava no 20.º lugar. Gajser sofreu uma queda quando estava entre os dez primeiros. Prado ficou com Seewer na sua perseguição, depois de o suíço superar Cairoli. O top três não sofreria grandes alterações até uma fase adiantada da corrida. Seewer atacou Prado a cerca de dez minutos do fim, numa fase em que os três primeiros cabiam em menos de um segundo. Pouco depois, Seewer sofreu uma pequena queda que o fez descer a terceiro.

chegou a terceiro, Seewer a quarto e

face a Beaton.

viria a ser ultrapassado por Beaton.

No comando, Prado aguentou-se

Coldenhoff a quinto, enquanto Pra-

Na corrida 1, a prova começou com

O francês líder do campeonato dis-

até ao fim da corrida e cortou a meta

do acabou por baixar até ao sexto

Vialle e Geerts a colocarem-se na

tanciou-se no topo da corrida e ca-

1,756s antes de Cairoli para vencer

posto final.

frente e Olsen em terceiro. Geerts

vou vários segundos de avanço.

pela primeira vez uma corrida de

Cairoli foi o vencedor do MXGP da

chegou à liderança na primeira volta,

Enquanto isso, Beaton viria a ser

MXGP. Seewer foi terceiro, Evans

Emília Romana com 44 pontos –

só para voltar a perdê-la para Vialle

pressionado – e ultrapassado – por

quarto e Gajser quinto, com Jasiko-

mais três do que Gajser e mais qua-

pouco depois. Os dois revezaram-se

Geerts. Até ao fim, o top três não vi-

nis a recuperar até quinto.

tro do que Prado. O italiano é, agora,

no topo ao longo das primeiras vol-

ria a sofrer alterações. Vialle ganhou

A segunda corrida teve uma fase ini-

líder do Mundial com mais sete pon-

tas. Geerts acabou por se consolidar

de forma clara com 7,101s de mar-

cial similar – Prado a liderar. Porém,

tos do que Gajser. Ausente de duas

na frente de Vialle.

gem face a Geerts, sendo Beaton

Evans foi o seu principal perseguidor

rondas por lesão, Herlings baixou a

Durante grande parte da prova, o

terceiro a 11,101s. Van de Moosdijk

no princípio, com Paulin em tercei-

terceiro, mas segue a 22 pontos do

belga foi o líder com uma curta mar-

foi quarto e Ben Watson (Monster

ro e Gajser em quarto. O esloveno,

topo.

gem que o manteve a salvo de ata-

Energy Yamaha) concluiu em quinto

ques. Vialle ainda tentou recuperar

na frente de Olsen.

recuperando gradualmente antes de

MXGP DA EMÍLIA ROMANA

terreno no fim, mas errou e acabou a

A vitória no GP foi atribuída a Vial-

se lançar em perseguição da lideran-

– MX2: VIALLE E GEERTS

2,931s do vencedor. Olsen assumiu

le, mas o francês terminou com os

ça de Prado.

REPARTIRAM ÊXITOS

desde cedo o terceiro lugar em que

mesmos 47 pontos do que Geerts

Na disputa pelo comando, Gajser e

Começo de ação do MX2 no MXGP

terminou, mas ainda teve o colega

– os dois somaram um segundo lu-

Prado quase caíram, mas o campeão

da Emília Romana com van de

Beaton no seu encalço perto do fim.

gar e um triunfo em corrida. O ter-

em título levou mesmo a melhor

Moosdijk a ditar o ritmo do treino

Mewse completou o top cinco.

ceiro, Beaton, ficou a nove pontos.

para conseguir assumir a lideran-

livre 2,282s na frente de Renaux. O

Fim de ação do MX2 em Faenza

No campeonato, Vialle ficou com 21

ça. Gajser não viria mais a ceder e

holandês foi de novo o mais rápido

com a corrida 2 do MXGP da Emí-

pontos a mais do que Geerts. A 95

construiu uma margem que, no fim,

no treino cronometrado, mas então

lia Romana. Vialle abriu a comandar

pontos, Renaux era o terceiro clas-

era de 4,959s face a Cairoli. Febvre

apenas com um avanço de 0,229s

com Geerts em segundo, mas este

sificado a dez rondas duplas do fim.

determinado em voltar às vitórias, foi

-50- | MOTORCYCLE SPORTS |


Se tiveres de ir, vai de moto! O Setor da Moto tem crescido ininterruptamente nos

oficiais da ACAP, é evidente a evolução positiva entre os

últimos anos, e 2020 afigurava-se no final do primeiro bi-

números acumulados no final do 1º e do 2º quadrimestres

mestre como um ano promissor, evidenciando um cresci-

do ano, denotando uma importante recuperação neste

mento acumulado superior a 13%.

segundo período.

O surgimento do novo coronavírus veio provocar uma

Tenho a esperança e a convicção que o último conjunto

enorme convulsão em toda a economia mundial, e numa

de 4 meses do ano, permitirá observar em início de Ja-

primeira fase, o setor da moto não foi exceção! De tal

neiro, um desvio acumulado positivo, mesmo com a não

modo que, não obstante os bons resultados observados

realização este ano do maior certame europeu do setor

em final de Fevereiro, o 1º trimestre viria a concluir-se com

[EICMA] habitualmente realizado em Milão na primeira

um déficit acumulado de 3%.

quinzena de Novembro.

O isolamento decretado em toda a europa como medi-

Portugal possui condições ímpares para a utilização de

da fundamental para poupar vidas, minimizar o contágio

moto. Observando as condições climatéricas registadas

de Covid-19 e evitar o colapso dos sistemas de saúde, ori-

em 2019 nas suas duas principais metrópoles, o Porto

ginou inevitáveis consequências económicas e sociais, que

apresentou 215 dias sem qualquer pingo de chuva, e Lis-

determinaram uma imediata retração do consumo priva-

boa 258. A moto não tem de substituir o automóvel no

do, por força da insegurança e instabilidade profissionais,

portefólio de veículos familiares, principalmente porque

vivenciadas pelos contribuintes com vínculos laborais mais

quem tem família vai muito provavelmente precisar do

frágeis, pelo aumento do desemprego, bem como, dos

mesmo, e alguns dias frios e chuvosos de inverno também

inúmeros casos de redução de rendimentos provocados

o sugerem. Não obstante, é uma excelente complemen-

pelo layoff e outras medidas acionadas pelas empresas.

taridade enquanto solução de mobilidade individual, evi-

Abril, estando o país inteiro em pleno confinamento, foi

denciando diversos benefícios para além do incontornável

um mês catastrófico para o setor, com uma queda superior

distanciamento social do momento: desde a sua agilidade

a 77% comparativamente com o período homólogo. Maio,

no transito, à facilidade de estacionamento, passando pelo

mês que iria acolher a 25º edição da Expomoto, no Porto,

baixo custo de manutenção e de consumos, e ainda ao seu

e naturalmente potenciar as vendas de motos, acessórios

menor impacto ambiental com emissões de CO2. Tudo

e equipamentos, demonstrou alguma recuperação, assi-

conjugado, são ótimos motivos para continuar a olhar

nalando, todavia, uma diminuição superior a 28% face ao

para a Moto como uma verdadeira solução de mobilidade

mesmo intervalo temporal de 2019.

a considerar por todos.

Na segunda metade de maio, a ACAP lançou a campa-

Adicionalmente, de carater menos racional e mais emo-

nha “vai de Moto” com o intuito de dinamizar a utilização

cional, temos o a paixão, a diversão, a sensação de liber-

da Moto como meio de transporte económico e seguro

dade e o prazer inigualável que conduzir uma moto confe-

relativamente ao distanciamento social que se impunha. O

re. Porque as motos de hoje são incrivelmente evoluídas,

setor aproveitou esta tónica e acelerou inteligentemente,

possuem a mais diversa tecnologia de ponta existente na

na divulgação da Moto enquanto solução de Mobilidade,

engenharia eletrónica e mecânica, e há modelos e marcas

adaptada às exigências do “novo normal”, e os portugue-

para todos os gostos e perfis. Soluções para quem aprecia

ses responderam positivamente, observando-se em junho

o design, para quem valoriza o conforto, para quem não

o regresso aos indicadores positivos com +24,5% compa-

abdica do caráter desportivo, e claro com a máxima segu-

rativamente com o período homólogo.

rança para todos.

Genericamente, o mesmo comportamento se observou no mercado europeu. Portugal fechou o primeiro semestre com 13 877 unidades vendidas, representando uma quebra acumulada de 14,5% face ao mesmo período de 2019, um cenário muito semelhante ao observado nos 5 principais mercados (França, Alemanha, Espanha, Itália e UK), que registaram 413 200 unidades comercializadas e um decréscimo de 17%. A evolução nos últimos 3 meses tem sido francamente positiva, com junho, julho e agosto a refletirem um incremento de vendas comparativamente a 2019, e espera-se que o comportamento mantenha esta tendência até ao final do ano. Na figura ao lado que construí com os dados

OPINIÃO

Licínio Santos Diretor de Parcerias da Cofidis Portugal


MOBILIDADE

Pedro Rocha dos Santos

A Mobilidade Elétrica em Duas Rodas No sector da mobilidade em geral temos vindo a assistir a um enorme desenvolvimento tecnológico e a uma aposta crescente e clara em alternativas mais amigas do ambiente e menos poluentes, com soluções tecnológicas que passam por veículos híbridos ou totalmente elétricos. Especificamente no sector das duas

O fenómeno da mobilidade elétrica

clusive as mais tradicionais, impul-

comecem já a aparecer particulares

rodas temos verificado o cresci-

em duas rodas cresceu exponencial-

sionadas para

não perderem ter-

que adoptaram as motos elétricas

mento da importância que todos os

mente na última década, sobretudo

reno nem quota de mercado para

como o seu veículo preferencial de

fabricantes tradicionais têm vindo

nas grandes cidades, naquelas onde

aquelas, mais recentes, que têm

mobilidade .

a dar à alternativa elétrica, se bem

existe um fluxo turístico importante

vindo a aparecer com propostas de

com modelos que são a maioria ain-

e como forma de mobilidade prática

mobilidade elétrica, têm já definidas

SILENCE SO1 E SO2

da protótipos nos segmentos mais

e não poluente em alternativa para

novas estratégias de crescimento

- DUAS SCOOTERS ELÉCTRICAS

altos mas, paralelamente, com o

quem visita um determinado desti-

neste sector, a maioria já com mode-

QUE LIDERAM O MERCADO

aparecimento de novos fabricantes,

no. O aparecimento de uma série de

los a serem comercializados e outros

ESPANHOL

provenientes do sector tecnológico

novos negócios de renting e de bi-

ainda em fase de protótipo mas com

A Silence conseguiu em 6 anos tor-

e sem tradição na produção do veí-

ke-sharing fizeram crescer este mer-

potencial para chegarem rapidamen-

nar-se líder do mercado das scooter

culos motorizados, que viram uma

cado e em paralelo têm contribuído

te ao mercado.

elétricas em Espanha colocando os

oportunidade de mercado tendo em

para uma maior sensibilização dos

Damo-vos aqui alguns exemplos de

seus dois principais modelos, a SO1

conta o crescimento do interesse e

particulares para a alternativa eléc-

sucesso de motos que se encon-

e a SO2, com motorizações equiva-

da sensibilização do cidadão para

trica em duas roda como uma forma

tram disponíveis no mercado e que

lentes a 50cc e 125cc, no topo da

uma postura mais responsável do

viável, prática e acessível de mobili-

têm sobretudo inundado as grandes

tabela de vendas. No ranking geral

ponto de vista ambiental e também

dade diária nas grandes cidades.

cidades associadas a empresas de

que inclui motos de combustão a

social.

Ao dia de hoje todas as marcas, in-

Bike Renting e Bike Sharing embora

versão SO2 foi a scooter mais ven-

-52- | MOTORCYCLE SPORTS |



MOBILIDADE

Silence SO1

Silence SO2

Niu

dida em 2019 e ocupa o 1º lugar no

e atrás, painel LCD e luzes full LED,

que atinge os 200 Km/h. Conhecida

Energica EGO, modelo adoptado

primeiro semestre de 2020 na fren-

as NIU incluem ainda a possibilida-

pela sua gama de motos Dual-Sport

para competir no Campeonato do

te das tradicionais líderes de 125cc,

de de utilização de uma App própria

a ZERO a marca californiana tem

Mundo de Moto E , a Streetfighter

a PCX, NMAX e Kymco Agility City,

para monitorização de uma série de

também uma gama modelos de as-

EVA Ribelle e a naked desportiva

deveras impressionantes. Mais in-

informação e funcionalidades. Mais

falto que rivalizam com as melhores

EVA Esse Esse 9. São motos de

formações em https://www.silence.

informações em www.np-mob.pt

naked com motor de explosão do

ciclística e motorização sofisticada,

eco/en/

mercado. Vale a pena conhecerem

que incluem componentes de topo

ZERO MOTORCYCLES - STREET

a gama ZERO em.zeromotorcycles.

e que no caso da Superdesportiva

SCOOTERS ELÉTRICA NIU

BIKES E DUAL SPORT

com representadas em Portugal pela

Energica EGO+ atinge os 245 Km/h

– AS TESLA DAS MOTOS

A ZERO Motorcycles é uma marca

ZEEV.

com uma potência de 107 Kw,

A NIU já está em Portugal com lojas

norte-americana com sede na Cali-

próprias e Lisboa e Porto. Esta mar-

fórnia e que oferece uma gama com-

ENERGICA – AS ITALIANAS NO

constante de 215 Nm. A sua auto-

ca asiática lidera a nível mundial as

pleta de motos para uma utilização

TOPO DA SOFISTICAÇÃO DAS

nomia pode chegar aos 400 Km em

vendas de scooters eléctricas. Com

mais abrangente e que não restrin-

MOTOS ELÉTRICAS

utilização urbana e cerca de 200 Km

uma gama completíssima de mo-

gem à mobilidade exclusivamente

As Energica são sem dúvida alguma

em utilização combinada urbana/

delos numa palete de cores alegre

urbana, com autonomia e potência

as motos elétricas mais sofisticadas

estrada. Consultar mais informação

as NIU têm vários tipos de motori-

para se baterem com qualquer moto

do mercado e aquelas que parti-

em www.energicamotor.com ou o

zações desde os motores de 1200

de motor de explosão tendo inclusi-

cipam no Campeonato do Mundo

representante em Portugal a ZEV-

W até aos mais potentes de 3.500

vamente lançado há poucas semana

de Moto E. A gama é composta

tech em https://zevtech.thinkopen.

w. Com travões de disco à frente

uma nova desportiva, a ZERO SR/S

por 3 modelos , a Superdesportiva

solutions/.

ZERO SR_S

ENERGICA EGO

-54- | MOTORCYCLE SPORTS |

equivalente a 145 hp e um binário

ZERO SR_F

ENERGICA EVA RIBELLE

ZERO FX_S

ENERGICA EVA ESSE



MACBOR

MONTANA XR5

Apresentada em Barcelona

a nova Adventure de gama média da marca espanhola

Estivemos em Barcelona a convite da Macbor, empresa espanhola fundada e 1999, para testarmos aquela que é a topo de gama da marca, a recentemente anunciada Macbor Montana XR5, uma Adventure de gama média que promete revolucionar o segmento. Estivemos em Barcelona a convi-

consideram opção.

junto nomeadamente o guiador,

te da Macbor, empresa espanhola

A Macbor Montana XR5 é impul-

as mesas de direção, as rodas e

fundada e 1999, para testarmos

sionada por um motor de dois

cubos, o braço oscilante, as pesei-

aquela que é a topo de gama da

cilindros refrigerado a líquido, de

ras, a grelha traseira e a proteção

marca, a recentemente anunciada

injecção electrónica EFI, com 471

de cárter do motor. O quadro é

Macbor Montana XR5, uma Ad-

cc, 8 válvulas, que debita 47 cv às

também produzido num aço espe-

venture de gama média que pro-

8.500 rpm. Inclui ainda dois ma-

cial que reduz seu peso em 40%,

mete revolucionar o segmento.

pas de motor, Safe e Sport, com

aumentando em simultâneo a sua

E os seus argumentos não deixam

diferentes entregas de potência.

resistência em 40%. O peso vazio

créditos por marcas alheias pois a

Na

total é de apenas 178 kg, sendo a

Macbor XR5 propõe um conjunto

gumentos

muito completo e actual que inclui

muitas peças em alumínio que

Outro pormenor que a destaca

muito daquilo que outras marcas

contribuem para leveza do con-

dos restantes modelos do seu

-56- | MOTORCYCLE SPORTS |

ciclística

encontramos

interessantes,

ar-

como

mais leve do seu segmento.


EM DESTAQUE

NA MACBOR MONTANA PR5

Cilindrada 471 cc / Potência 47 cv / 2 cil. Linha / 8 válvulas / jantes raiadas tubeless / de 19” na dianteira / suspensões reguláveis / 2 modos de motor / 3 modos de ABS : full , só roda dianteira e off / descanso central de origem / proteção de cárter alumínio / proteções laterais e de mãos / peso 178 kg / Capacidade do depósito combustível 20 litros


MACBOR

MONTANA XR5

segmento são as suas jantes raia-

Tubeless e a travagem está entre

mm de altura, com opção de se

pode-se instalar um conjunto de

das tubeless, pormenor de quali-

a pinças de travão Nissin de 4 pis-

poder baixar para os 820 mm .

malas laterais de 37 e 33 litros

dade que enfatiza a sua especial

tons, com duplo disco lobulado

A Montana XR5 inclui de origem

e uma top case de36 litros, todas

preparação para aventuras fora

dianteiro de 300 mm, com ABS

barras de proteção, descanso cen-

em alumínio.

de estrada. As suspensões KYB

selecionável em três níveis, ligado,

tral e lateral, luzes Full LED e 2

Em breve a moto estará disponível

ajustáveis em carga e extensão de

desligado na roda traseira e total-

pontos de acesso a corrente, um

no mercado nacional por um pre-

mola são outro dos pormenores

mente off..

do tipo isqueiro de 12V e uma

ço 6.499 euros e é proposta em

de qualidade da Macbor XR5.

O Macbor Montana XR5 vem de

porta USB. Como extras opcio-

4 cores: vermelho, azul cinzento e

Monta Pneus Metzeler Tourance

fábrica com um assento de 840

nal e por um preço promocional,

branco.

-58- | MOTORCYCLE SPORTS |


MACBOR MONTANA XR5 POR MARGARIDA SALGADO Margarida Salgado, apaixonada desde sempre pelas duas rodas, colabora de forma activa com a Motorcycle Sports e é sempre convidada a testar aqueles modelos que se identificam mais com seu perfil pessoal. O facto é que cada vez mais constatamos um aumento de condutores de duas rodas do sexo feminino, pelo que conhecer a sua opinião torna-se cada vez mais relevante. Uma realidade está mais do que clara, o mundo das motas não pertence só aos homens. A convite da marca espanhola Macbor e em nossa representação a Margarida foi a Espanha para assistir à apresentação do novo modelo da marca, a Macbor Montana XR5, uma Adventure de média cilindrada. À chegada a Margarida relatou-nos o resultado da sua experiência: “ Chegámos a Barcelona com grande expectativa, principalmente pelas características do modelo previamente anunciadas pela Marca. Efectivamente, a Macbor surpreendeu. A moto com os seus 178 kg é leve e muito fácil de conduzir. A posição de condução é confortável e, no meu caso, o encaixe ao nível dos joelhos não podia ser melhor. A moto apesar da altura de 84 cm do assento garante uma verticalidade das pernas, o que faz que com que cheguemos facilmente ao chão com os dois pés . As passagens de caixas são extremamente suaves e precisas. O motor apresenta vibrações ligeiras, mas a boa notícia é que não senti qualquer calor vindo do mesmo. Em curva a moto é assertiva, sólida e linear a transmitir uma enorme sensação de segurança. Os pneus mistos que monta de origem são uma decisão acertada para rodar em asfalto, já fora de estrada e em terreno solto é preciso algum cuidado. Na troço que realizámos fora de estrada, as suspensões Kayaba trabalharam de forma admirável. A moto permite alguns erros de pilotagem e é ideal para qualquer iniciante ao offroad. Relativamente à eletrónica, diria que mediana mas suficiente. A XR5 inclui 2 mapas, safe and sport, e sinceramente, não senti qualquer diferença entre eles. Tem a opção de desativar o abs, e isso sim é uma vantagem. Quanto ao controlo de tracção posso a suavidade de entrega de potência do motor e o bom tacto do acelerador fazem dispensar este tipo de ajuda electrónica . Acabaria realçando que as expectativas coincidiram. O saldo final é mais que positivo e todas as expectativas foram excedidas. Parabéns Macbor.”

MACBOR MONTANA XR5 MOTORIZAÇÃO Tipo

Bicilíndrico, 471cc, 4 tempos, 8 válvulas, refrigerado por água DOHC

Cilindrada

471 cc

Diâmetro x curso

67 mm x 66,8 mm

Taxa de compressão

10:07:01

Potência máxima

35Kw (47 cv) / 8.500 rpm

Binário máximo

43 Nm / 7.500 rpm

Velocidade máx.

175 km/h

Ignição

ECU (2 Mapas: SAFE / SPORT)

Arranque

Eléctrico

Alimentação

Injecção Electrónica - BOSCH

TRANSMISSÃO Caixa de velocidades

6 velocidades

Transmissão Secundaria Corrente AFAM de o’rings

QUADRO Tipo de quadro

Diamante

Ângulo do avanço de roda 24.8º Trilho

90mm

SUSPENSÕES Suspensão dianteira

Forquilha invertida KYB 41mm. Multi-regulável

Curso dianteiro

195mm

Suspensão traseira

Mono-amortecedor KYB Multi-regulavel

Curso traseiro

210mm

TRAVÕES Travão dianteiro

Duplo disco flutuante de 300mm. Pinzas Nissin de 2 pistons

Travão traseiro

Disco Wave 240mm. Pinzas Nissin de 1 piston

Sistema ABS 3 modos

Nas duas rodas ON, Nas 2 rodas OFF e só traseira OFF.

RODAS/PNEUS Pneu dianteiro

110/80R19

Pneu traseiro

150/70R17 ambos METZELER TOURANCE

Jantes Aluminio

Raiadas Cruzadas Tubeless - Cubos AKRONT Aluminio

DIMENSÕES Comprimento

2200 mm

Largura

935 mm

Altura

1400 mm

Altura do assento

840mm (820mm com opção Low Seat)

Distância entre eixos

1479 mm

Distância mínima ao solo 210 mm Peso (com óleo e gasolina) 178 kg Capacid. Dep. Comb.

20 L

Consumo

3,8 L/100Km

Painel Digital

LCD / Analógica (rpm) - Consumo inst./Autonomía e Altímetro

Iluminação

Full LED

Acessórios de Série

Protectores de mãos, Peseiras aajustáveis (borracha extraivel), Descanso Central, Proteção de Cárter, Barras de Proteção laterais anti-caída

Acessórios opcionais

Kit Malas de Aluminio, Waterproof. Capacidade: Esq. 37L, Dta. 33L, Top Case 36 L (com capacidade para capacete integral)


YAMAHA

TRACER 700

Estilo mais

apurado

e desempenho melhorado Para a Yamaha a Tracer 700 tem uma importância estratégica pois enquadra-se dentro daquele paradigma de que se tivermos que ter apenas uma moto qual seria aquela que poderia proporcionar-nos uma maior versatilidade de utilização?

A Tracer 700 pretende precisa-

muitos anos atrás com a sua TDM,

abrangência do seu desempenho,

mente, na nossa opinião, resolver

um misto de moto desportiva com

a sua classificação pode ser sub-

essa mesma questão. Ser uma

uma posição de condução seme-

jectiva já que, como de início co-

moto versátil e divertida, que

lhante ao de uma Maxitrail mas

mentámos, a Tracer 700 é mesmo

possa ser uma excelente solução

com jantes e pneus para rodar em

aquela moto que nos permite “ir a

de mobilidade no nosso dia a dia,

estrada. Esta espécie de “híbrido”

todas”.

proporcionar conforto, autonomia

contribuiu para o desenvolvimen-

e proteção aerodinâmica para po-

to do segmento Adventure e para

PRIMEIRA IMPRESSÃO

dermos realizar pequenas viagens,

uma sub-classe denominada como

A nova Tracer 700 evoluiu esteti-

ter algum carácter desportivo para

Sport-Adventure, realidade que

camente e isso é o que de imedia-

tornar a sua condução mais emo-

podemos identificar hoje em dia

to salta mais à vista. A sua frente

cionante e finalmente, sem pre-

em muitos modelos de diferentes

está mais agressiva, com uma ca-

tensões de poder competir fora

marcas que no segmento de mo-

renagem frontal inspirada na des-

de estrada com a sua irmã Ténéré

tos Adventure oferecem do mes-

portiva R1, com dois faróis LED

700, poder fazer uma ou outra in-

mo modelo duas versões distintas,

colocados numa posição quase

cursão por estradões de terra sem

a primeira mais “Adventure” ou

escondida na parte inferior da ca-

termos que pensar duas vezes..

seja mais preparada para o offroad

renagem, precisamente como na

e a segunda mais estradista e mais

R1, completados por dois elemen-

INTRODUÇÃO

preparada para rodar no asfalto. É

tos de luzes de presença diurna

A Yamaha Tracer 700 está espe-

o caso das Ducati Multistrada, das

que seguem as linhas do rebordo

cialmente dirigida a um segmento

Triumph Tiger, das Kawasaki Ver-

frontal da carenagem. Sem dúvi-

jovem, mas sobretudo a aqueles

sys, das Suzuki V-Strom e obvia-

da que uma imagem estética mais

que acham que a sua bem suce-

mente das KTM Adventure.

moderna e agressiva muito bem

dida versão Naked, a Yamaha MT-

Poderemos considerar a Tracer

conseguida, que reforçam o faceta

07, é algo limitada em termos do

700 uma espécie de “Crossover”

desportiva da Tracer 700.

potencial da sua utilização, não

dada a sua versatilidade embora

A posição de condução continua

oferecendo por exemplo o con-

o fabricante a considere mais uma

a ser confortável com um assento

forto necessário para viajar a dois.

Sport Tourer, tal como a sua irmã

com bastante espaço e elevado

A nova versão da Tracer 700 vem

de maior cilindrada, a Tracer 900,

na posição do pendura. As prote-

reforçar a convicção da marca

mas o facto é que a a nova ver-

ções de mãos e a possibilidade de

num estilo de moto que criou há

são da Tracer 700, considerando a

ajuste do novo vidro, mais aero-

-60- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: Pedro Messias e Marcas

| MOTORCYCLE SPORTS | -61-


YAMAHA

-62- | MOTORCYCLE SPORTS |

TRACER 700


TESTE EFETUADO COM

dinâmico, conferem maior prote-

capacidade de subir rapidamente

parecer que vem com algum tipo

ção em viagem. O facto das sus-

de rotação, permitindo realizar ul-

de Quickshift, mas não, é apenas

pensões na nova versão de 2020

trapassagens com apenas o rodar

um bom sincronismo mecânico.

serem agora reguláveis permitem

do punho.

O escape monta agora um novo

um ajuste mais preciso em função

O motor CP2 da Tracer é o primei-

catalizador, mais eficiente para

do tipo de condução ou peso colo-

ro, de todos os modelos que utili-

contribuir para a homologação

cado sobre a moto em determina-

zam este motor na gama Yamaha,

Euro 5. O escape garante um

dos momentos.

a Ténéré 700, a Mt-07 e a XSR

funcionamento silencioso a bai-

Uma evolução que nos parece po-

700, a estar homologado de acor-

xa rotação mas mostra parte do

sitiva quer do ponto de vista esté-

do com o Euro 5. As alterações

temperamento do CP2 a partir

tico quer do ponto de vista da sua

realizadas ao nível da injecção, da

dos médios regimes com uma pre-

ciclística no sentido de reforçar os

caixa de ar, dos mapas de ignição

sença sonora bastante evidente

seus argumentos de liderança do

e até do funcionamento das válvu-

ainda assim dentro das limitações

segmento Sport Touring de média

las, não afectaram a sua potência

impostas pelo Euro 5.

cilindrada.

nem binário que continuam idên-

Na transmissão final a cremal-

ticos, 74cv às 8.750 rpm e 68 Nm

lheira tem agora mais 2 dentes

MOTOR, CAIXA E TRANSMISSÃO

às 6.500 rpm, notando-se apenas

do que na versão anterior, 45 em

O motor é o já comprovado CP2,

uma maior suavidade e linearida-

vez de 43, o que ajuda também na

bicilíndrico paralelo de 689cc, que

de na subida de regimes.

resposta mais evidente da moto

monta cambota do tipo Cross-

A caixa é precisa e bem escalona-

ao rodar do punho, embora não

plane, um motor de enorme elas-

da, acompanhando o binário pro-

notemos diferença em termos de

ticidade e com uma entrega de

porcionado pelo motor CP2 e as 6

velocidade máxima o que leva a

potência poderosa desde os bai-

velocidades entram com precisão

crer que a 6ª velocidade na cai-

xos regimes e com uma enorme

sem qualquer ruído, quase que a

xa possa ser mais longa para não | MOTORCYCLE SPORTS | -63-


TESTE EFETUADO COM

GOSTÁMOS - Agilidade e facilidade de condução - Resposta do motor nos baixos e médios regimes - Conforto e Proteção aerodinâmica

A MELHORAR - Algumas ajudas electrónicas face à concorrência ? - Écran com mais proteção para viajar - Descanso central d e origem

penalizar os valores absolutos do

tensão. O amortecedor traseiro é

A Tracer 700 de 2020 mantém a

e com pinças de 4 pistons, garan-

seu desempenho.

também ajustável em pré-carga e

mesma agilidade da versão an-

tindo uma mordida forte e contro-

hidráulico para poder ser regulado

terior, muito fácil de colocar em

lável, também graças ao melhor

CICLÍSTICA, QUADRO

em função da carga ou do tipo de

curva, muito estável nas suas tra-

funcionamento das suspensões

E SUSPENSÕES

condução pretendida.

jectórias, retomando um ritmo vivo

dianteiras.

A versão 2020 da Yamaha Tracer

O quadro é o mesmo que monta-

ao acelerar à saída das curvas de

Proporcionam um bom tacto e

700 vem agora com suspensões

va a versão anterior, do tipo berço

forma progressiva e estável.

progressividade, controlável em

telescópicas de 41 mm, ajustáveis

duplo em aço e o braço oscilante

e com novos amortecedores do

mantém a mesma configuração de

TRAVÕES E RODAS

a frente e sem mostrar “cansaço”

tipo Cartridge, com molas mais

mais 60mm que a versão MT-07

Os travões são idênticos aos da

numa utilização mais intensa em

progressivas e com possibilidade

no sentido de dar maior estabili-

versão anterior, com discos duplos

percursos de montanha. Na trasei-

de ajuste de hidráulico em ex-

dade ao conjunto em linha recta.

de 282 mm na dianteira, lobulados,

ra conta com disco de 245mm com

-64- | MOTORCYCLE SPORTS |

curva e sem afundar demasiado



YAMAHA

TRACER 700

pinça de apenas 1 piston.

17” e 180/55-17”, na dianteira e

trónicas que hoje em dia vemos

Será que há melhor do que sentir-

Os pneus Michelin Pilot Road 4 são

traseira, respectivamente.

nos modelos de gama média alta

mos pleno controle da nossa mon-

e em quase todos os segmentos.

tada ?

ELECTRÓNICA E AJUDAS

Assim, e de acordo com a Yamaha,

Com um motor de 74 cv, mesmo

dade que o fabricante decidiu do-

À CONDUÇÃO

a sua Tracer 700 não necessita de

sendo um endiabrado “crossplane”,

tar a versão 2020 e que garantem

A Yamaha Tracer 700 adopta uma

modos de motor, nem controle de

o sentir que temos o controle ab-

um comportamento muito mais em

filosofia purista em termos de

tração, nem de ABS em curva, nem

soluto da máquina acaba por ser

linha com o desempenho da Tracer

ajudas à condução optando por

controle de cavalinho… quando um

uma sensação mais crua, realista

700. Ambas jantes são de 17” e os

incluir apenas ABS e deixando de

conjunto funciona na perfeição

e verdadeira, aquela que esta Tra-

pneus têm a dimensão de 120/70-

fora todo o tipo de ajudas elec-

para quê complicar, certo?

cer nos proporciona. Os puristas

um pormenor de qualidade em termos de maior aderência e estabili-

e aqueles que nas máquinas de maior potência e sofisticação deci-

AS CONCORRENTES

dem desligar tudo o que são ajudas electrónicas sabem perfeitamente o que isso significa. Pode ser “oldschool” mas é “the real thing”. EQUIPAMENTO Em termos de equipamento a Tra-

BMW F 750 GS 853 cc / 77 cv / 224 kg / 9.886 €

-66- | MOTORCYCLE SPORTS |

Kawasaki Versys 650 649 cc / 69 cv / 214 Kg / 8.990 €

Suzuki V-Strom 650 A 645 cc / 69 cv / n.d. / 8.990 €

cer 700 monta um painel LCD de multifunções, de imagem negativa,


TESTE EFETUADO COM

YAMAHA TRACER 700 MOTORIZAÇÃO Tipo

Tipo de motor 2 cilindros, 4 tempos. Refrigeração líquida, DOHC, 4 válvulas

Cilindrada

689cc

Diâmetro x curso

80.0 mm x 68.6 mm

Taxa de compressão

11.5 : 1

Potência máxima

54 kW a 8750 rpm

Versão com pot. limitada 35.0kW 7,500 rpm Binário máximo

68.0Nm (6.93kg-m) @ 6,500 rpm

Sistema de lubrificação

Cárter húmido

Tipo de embraiagem

Húmida, Multidisco

Sistema de ignição

TCI

Sistema de arranque

Eléctrico

Consumo de comb.

4.3l/100km

Emissões

CO2 100g/km

Alimentação

Injeção de Combustível

TRANSMISSÃO Sistema de transmissão

Sincronizada, 6 velocidades

Transmissão final

Corrente

QUADRO Tipo de quadro

Diamante

Ângulo do avanço de roda 24.8º Trilho

90mm

SUSPENSÕES Suspensão dianteira

Forquilha telescópica 41 mm regulável

Suspensão traseira

Braço oscilante mono amortecedor regulável

Curso dianteiro

130 mm

Curso traseiro

142 mm

TRAVÕES Travão dianteiro

Disco duplo hidráulico, Ø282 mm c/ Pinça de 4 pistons

Travão traseiro

Monodisco hidráulico, Ø245 mm c/ pinça de 1 piston

RODAS/PNEUS Pneu dianteiro

120/70 R17 M/C 58W (tubeless)

Pneu traseiro

180/55 R17 M/C 73W (tubeless)

DIMENSÕES Comprimento total

2140 mm

Largura total

806 mm

Altura total

1290 mm

Altura do assento

840 mm

Distância entre eixos

1460 mm

Distância mínima ao solo 140 mm Peso (com óleo e gasolina) 196 kg Capacid. Dep. Comb.

17.0L

Capacidade Dep. Óleo

3.0L

PREÇO, GARANTIA E MANUTENÇÕES Preço

8 700 €

Garantia

2 anos

Importador

Yamaha Motor Europe Portugal

| MOTORCYCLE SPORTS | -67-


TESTE EFETUADO COM

que proporciona uma leitura exce-

zar a Tracer 700 desde um escape

com suspensões ajustáveis e uma

litros que garante uma excelente

lente e nítida em qualquer circuns-

Akrapovic completo, a malas late-

estética arrebatadora inspirada nas

autonomia, convertem-na numa

tância. O conta rotações digital

rais e top case, proteções de motor

Superbikes da marca, não deixam

excelente moto para viajar. A sua

situa-se no topo do painel LCD e

e radiador, descanso central ou vi-

margem para dúvidas sobre o po-

simplicidade e honestidade mecâ-

a velocidade no centro em grande

dro mais alto… acessórios que ga-

tencial de que a mesma se reveste

nica constituem uma proposta sé-

dimensão, assim como o indica-

rantem que a Tracer se equipará de-

para agradar a um espectro muito

ria à hora de elegermos uma moto

dor da velocidade engrenada em

vidamente para qualquer desafio.

alargado de clientes. A sua agilida-

“para tudo”. A concorrência terá na

que circulamos. Conta ainda com

de e pouco peso fazem da Tracer

Tracer 700 de 2020 um “osso duro

relógio digital e indicador de nível

CONCLUSÃO

700 uma moto ideal para trajectos

de roer” com um desempenho que

de combustível. Toda a restante

A nova Yamaha Tracer 700 está

urbanos. A potência e elasticidade

estabelece novas referências no

informação pode ser consultada e

mais irresistível que nunca. Se o

do motor associada a uma ciclís-

segmento.

comutada de forma simples e intui-

seu motor “crossplane” de 74cv

tica apurada garantem uma enor-

tiva num botão situado no punho

não tem nada a provar e é a alma

me diversão em condução mais

PREÇO, CORES E OPÇÕES

esquerdo.

e o sucesso dos vários modelos

agressiva e desportiva. O confor-

O seu preço é de 8.700 euros e

A Yamaha proporciona uma longa

Yamaha que montam esta motori-

to da sua posição de condução e

está disponível em 3 cores , Icon

lista de acessórios para personali-

zação, a sua ciclística melhorada,

o depósito de combustível de 17

Grey, Sonic Grey e Phantom Blue.

-68- | MOTORCYCLE SPORTS |



COMPARATIVO MAXITRAIL BICILÍNDRICAS

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS vs SUZUKI V-STROM 1050 XT vs YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

JAPONESAS DO SEGMENTO ADVENTURE TOURER

PARA VIAJAR

SEM LIMITES

O enorme crescimento a que temos vindo a assistir no mercado no segmento das motos Adventure tem vindo a provocar por parte das marcas a necessidade da sua sub-segmentação, no sentido de que os diferentes modelos se possam diferenciar entre si e possam existir motos para todos os gostos e para todo tipo de utilização.

-70- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: MotorcycleSports Assistimos no mercado das duas

que vemos em catálogo, com o de-

tendemos e das nossas circuns-

confortavelmente a qualquer lu-

rodas a um fenómeno de moda

serto em pano de fundo, a mesma

tâncias pessoais, escolher aquela

gar, tirando partido de suspensões

em que, muitas vezes, a decisão

será capaz de nos proporcionar

que mais nos irá garantir horas e

com maior curso e posição mais

de compra é tomada em função

essa mesma aventura, transfor-

dias de prazer e liberdade, poden-

natural de condução, percursos

do que “está a dar” ou do que “os

mar-se-á certamente

numa mi-

do nós, pouco a pouco, ir aumen-

realizados essencialmente em as-

meus amigos têm e então eu tam-

ragem, para no final acabarmos

tando o desafio e os nossos pró-

falto mas, podendo num momento

bém quero” , deixando de lado a

com uma moto que, em vez de nos

prios limites.

determinado, enveredar por cami-

escolha racional e pensada em

alargar horizontes, nos vai limitar

Ora dentro do universo Adventure

nhos de terra ou estradões fora de

função daquilo para o que a moto

na sua utilização.

decidimos comparar três modelos

estrada, que nos levam a lugares

se destina, considerando os limi-

A segmentação da oferta de mo-

que estão especialmente direcio-

menos acessíveis e impossíveis

tes de capacidade de condução

tos Adventure representa por isso

nados para uma maioria dos uti-

com motos menos preparadas

dos próprios utilizadores.

uma mais valia pois permite-nos,

lizadores, aqueles que procuram

para tal.

A ilusão de que se tivermos a moto

em função do objectivo que pre-

uma moto para viajar e chegar

E essa é a real vantagem das mo-

| MOTORCYCLE SPORTS | -71-


COMPARATIVO MAXITRAIL BICILÍNDRICAS

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS vs SUZUKI V-STROM 1050 XT vs YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

tos Adventure, a de podermos

terminado segmento de utilização

V-Strom 1050 XT são modelos

ramente a sua potência e o seu

chegar de forma confortável aos

mista.

inteiramente novos da gama 2020

binário. É um bicilíndrico paralelo

locais onde começa a verdadeira

Os modelos que seleccionámos

, enquanto que a Yamaha Super

com cerca de 100 cv de potência

“aventura”. Dentro desse “espíri-

para este comparativo partilham

Ténéré 1200 Raid Edition foi apre-

às 7.500 rpm. Um motor com uma

to” decidimos comparar 3 motos

características comuns, como o

sentada em 2018 e tem-se man-

entrega de potência linear, desde

de fabricantes japoneses que se

conforto, a autonomia, a proteção

tido idêntica nas suas característi-

os baixos regimes e sem “bater”

enquadram precisamente numa

aerodinâmica, as ajudas electróni-

cas até aos dias de hoje.

respondendo com um simples ro-

utilização maioritariamente as-

cas à condução e a polivalência de

fáltica mas com potencial para

utilização. Assemelham-se ainda

MOTORES DE POTÊNCIA IDEAL

precisão do seu acelerador “Ride

incursões “offroad”, numa base

em potência, rondando os 100 cv,

A Honda Africa Twin 1100 L au-

by Wire”. Particularidade deste

digamos de 80/20, proporção que

e configuração das suas motoriza-

mentou a sua cilindrada em 2020,

motor é também a ausência de

inclusivamente muitos fabricantes

ções, pois todas têm motores de

para os 1.084 cc para poder man-

quaisquer vibrações.

de pneus definem para o perfil de

dois cilindros.

ter características face às novas

O motor da Suzuki V-Strom de 2

determinados modelos que pro-

A Honda Africa Twin 1100 L ver-

limitações em termos de emissões

cilindros em V a 90º caracteriza-se

duzem para as motos de um de-

são Adventure Sports e a Suzuki

do Euro 5, vendo aumentada ligei-

por uma resposta também vibran-

-72- | MOTORCYCLE SPORTS |

dar de punho, graças também à


TESTE EFETUADO COM

te, agora na versão 2020 mantém

nhou 2 cv à sua versão anterior

os seus radiadores numa posição

e encontra-se agora aparafusado

a cilindrada e sofre apenas uma

e tem agora 112 cv às 7.250 rpm

frontal. Vantagem para a Yamaha

e não soldado ao quadro principal,

alteração da sua designação para

sendo o motor mais potente do

no sentido de evitar impactos di-

realidade que facilita a sua substi-

1050 para identificar melhor o

comparativo. Beneficia também

rectos de pedras projectadas por

tuição em caso de caída. O braço

novo modelo. A entrega de po-

de uma evolução anteriormente

motos que circulem na sua frente

oscilante é também novo e mais

tência e binário passaram a ser

realizada ao nível das árvores de

mas desvantagem numa eventual

reforçado inspirado naquele utili-

mais controláveis e progressivas

cames, pistons e segmentos e da

caída lateral onde os radiadores

zado pelo versão de motocross, a

graças a um melhor ajuste do ace-

sua admissão e escape para ser

estarão mais expostos.

CRF 450. As suspensões também

lerador “Ride by Wire” e ao facto

homologado sob o Euro 4 ( aguar-

de a curva de binário atingir o seu

damos evolução da versão 2021

valor máximo às 6.000 rpm e não às 4.000 rpm como no modelo an-

evoluíram e a versão que testáCICLÍSTICA –

mos montava forquilha invertida

para o Euro 5 ). A Super Ténéré

QUADRO E SUSPENSÕES

da Showa modelo EERA – Electro-

monta radiadores colocados numa

O quadro em aço da Africa Twin

nically Equipped Ride Adjustment,

terior.

posição lateral , junto ao depósito

evoluiu num processo de emagre-

realidade que permite um ajuste

Já o motor da Yamaha Super

de combustível, ao contrário da

cimento e de aumento de rigidez .

automático do funcionamento da

Ténéré, embora versão 2018, ga-

Honda e da Suzuki que montam

O seu sub-quadro é em alumínio

suspensão em função do tipo de | MOTORCYCLE SPORTS | -73-


COMPARATIVO MAXITRAIL BICILÍNDRICAS

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS vs SUZUKI V-STROM 1050 XT vs YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

terreno e do estilo da própria con-

suspensões são KYB e propor-

TRAVÕES, JANTES E PNEUS

uma enorme mordida e sensação

dução.

cionam uma boa leitura da es-

A Honda Africa Twin é a única a

de tacto, conta com ABS e ABS

A ciclística da Suzuki V-Strom

trada e pese embora o seu curso

montar roda dianteira de 21” sen-

em curva e compensação das sus-

1050 mantém-se praticamente

seja inferior ao dos outros dois

do as duas restantes de 19” razão

pensões electrónicas que evitam o

inalterada face ao seu modelo an-

modelos, 137mm para 230mm

pela qual demonstra um maior in-

afundamento em travagens dema-

terior com o seu quadro de dupla

da Honda e 190mm da Yamaha,

tenção de dotar o seu modelo de

siado fortes à entrada das curvas.

trave em alumínio. O sub-quadro

mantém uma boa sensação de

maior aptidão offroad , embora

Tudo funciona com enorme sinto-

e bralo oscilante são também

conforto graças ao bom desem-

nas versões 2020 a Honda tenha

nia e perfeição graças a uma ges-

aem alumínio contribuindo as-

penho e afinação das mesmas.

invertido a vocação dos dois mo-

tão excelente de todas as variáveis

sim para a diminuição de peso de

As suspensões são totalmente

delos Africa Twin 1100 L sendo

levada a cabo pelo sofisticado

todo o conjunto. A V-Strom tem

ajustáveis e o amortecedor tra-

agora a versão Adventure Sports

IMU de 6 eixos da Bosch.

um excelente comportamento

seiro conta agora com uma mola

mais orientada para o “Touring” e

A travagem na Suzuki V-Strom

em curva, mantendo firmeza nas

mais forte permitindo ajuste de

a versão normal mais preparada

1050 tem também referência po-

trajectórias e transmitindo segu-

pré-carga com o simples rodar de

para o “OffRoad”. A travagem é

sitiva graças aos dois discos flu-

rança em todas as situações. As

um manípulo externo.

“Honda” e diz tudo, eficaz e com

tuantes de 310mm com pinças

-74- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

Tokico de 4 pistons na dianteira.

excelente em piso seco e à chuva

lidade que sente na sua condução

do ABS um sistema combinado de

A V-Strom conta com um sistema

e uma aderência aceitável em es-

relativamente aos outros modelos,

travagem em que em determina-

de travagem combinada que actua

tradões de terra, privilegiando no

talvez também por ter uma altura

das situações o acionamento do

simultaneamente no travão dian-

entanto o rodar em asfalto.

mais baixa de assento ( 845mm

travão dianteiro é compensado

teiro e traseiro aumentando a sen-

Quanto à Super Ténéré

1200

contra 850mm da Honda e da

com o acionamento automático

sação de segurança em travagem.

Raid Edition, monta suspensões

Yamaha ) realidade que torna as

do travão traseiro, contribuindo

Um disco de 260mm com pinça de

invertidas de 43 mm na diantei-

mudanças de direção mais lentas

assim para um maior equilíbrio do

2 pistons actua na roda traseira. A

ra, semi activas no caso da versão

passando uma maior sensação de

conjunto e o aumento da seguran-

V-Strom 1050 monta igualmente

ensaiada, com 190mm de curso

peso do conjunto. A travagem é

ça em travagem.

jantes raiadas sendo a dianteira

e amortecedor traseiro regulável,

assegurada por discos duplos de

de 19”. Os pneus são Bridgestone

montado no monobraço traseiro,

310 mm na dianteira com pinças

AJUDAS ELECTRÓNICAS

Battlax Adventure A41, pneus de

também com 190mm de curso.

de fixação radial, realidade mais

À CONDUÇÃO

piso misto que foram desenvol-

As suspensões têm um bom de-

habitual nas motos desportivas

Graças à adopção de um IMU de

vidos especificamente para este

sempenho, apesar de ser a moto

de estrada. O disco traseiro é de

6 eixos da Bosch a Honda Africa

modelo, com um comportamento

mais pesada do comparativo, rea-

282 mm e inclui ainda para além

Twin evoluíu em termos de ajudas | MOTORCYCLE SPORTS | -75-


COMPARATIVO MAXITRAIL BICILÍNDRICAS

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS vs SUZUKI V-STROM 1050 XT vs YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

electrónicas e em conjunto com o

a partir de uma série de botões no

modo B pareceu-nos o mais equi-

de carga” que actua no sistema de

acelerador “Ride by Wire” e as sus-

punho esquerdo e também a partir

librado e versátil para todo o tipo

travagem para compensar diferen-

pensões electrónicas a Africa Twin

do écram TFT a cores de 5.5” que

de situações . O modo A talvez

tes distribuições de pesos sobre a

tem agora todo tipo de ajudas e

é táctil, que só é acionável com a

possa ser utilizado em situações

moto. A função de “cruise control

combinações começando por 6

moto parada.

de piso escorregadio ou gravilha

“ está incluída de origem na versão

modos de condução em que os 3

A Suzuki V-Strom 1050 XT evo-

e o modo C para condução mais

XT sendo um elemento extra de

primeiros são Urban, Tour e Gra-

luiu também em termos de ajudas

desportiva em asfalto. A V-Strom

conforto.

ve, um quarto específico para Of-

electrónicas pois conta também

conta ainda com função “Hill Con-

A Yamaha Super Ténéré 1200 pa-

fRoad e ainda mais dois personali-

com o mesmo IMU da Bosch de 6

trol” travando a moto em subidas

rece ser a menos sofisticada em

záveis. O controle de tração pode

eixos que a Honda. Inclui 3 modos

íngremes facilitando o seu arran-

termos de ajudas electrónicas,

ser ajustado em 7 níveis e conta

de condução, designados de for-

que, função também “Easy Star”

talvez já a acusar algum peso dos

ainda com controle anti-cavalinho,

ma simplista por A, B e C, todos

que permite pressionar apenas

anos, uma vez que os outros dois

anti-lift da roda traseira, controle

mantém a mesma potência de mo-

uma vez o botão do motor de ar-

modelos são modelos de 2020,

do travão de motor, ABS em curva

tor mas fazem variar a sua entre-

ranque. Conta também com uma

contando apenas com dois modos

e Cruise Control. Tudo controlável

ga e a resposta do acelerador . O

interessante função de “controle

de controle de tração e um modo

-76- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

Off. Modos de condução são ape-

a Honda Africa Twin 1100 L , a ver-

ture Sports passou a ser a versão

vantagem acrescida de ser a mais

nas dois, modo Touring e modo

são Adventure Sports 2020 evolui

mais Touring, com a mesma altura

leve e ser a única a montar roda

Sport que, como a designação in-

em muitos sentidos, sendo que a

de assento que aversão normal e

dianteira de 21” o que a torna mais

dica, o primeiro tem uma entrega

mais notória fois a decisão da Hon-

situando-se nos 850 mm, com um

apta para uma utilização offroad.

de potência mais suave e o segun-

da de inverter a sua tipologia face

quadro e assento mais estreitos na

A Suzuki V-Strom 1050 XT remete

do mais imediata.

à sua versão standard. A anterior

zona dos joelhos a facilitar o co-

pela sua decoração para as motos

versão Adventure Sports de 2019

locar dos dois pés no chão. Agora

que nos anos 80 tornaram a marca

CONCLUSÃO

era uma moto mais radical e mais

conta com mais proteção aerodi-

famosa na mais importante prova

Os três modelos aqui comparados,

vocacionada para o OffRoad, uma

nâmica e suspensões de ajuste

de todo-o-terreno, o Rally Paris-

embora de tipologia semelhante,

espécie de MaxiEnduro, alta com

electrónico e uma autonomia alar-

-Dakar. As famosas DR-Big 750

têm um desempenho diferenciado

um curso de suspensões maior,

gada face à suas concorrentes pela

e as DRZ serviram de inspiração

o que acaba por os posicionar de

que a tornavam menos acessível a

capacidade de quase 25 litros de

para a criação das novas V-Strom

forma distinta face ao potencial da

condutores de menor estatura ou

combustível, a Honda Africa Twin

1050 de 2020. O bicilíndrico em

sua utilização.

menos experientes. A versão 2020

é toda uma referência em termos

V a 90º de 1037 cc é um motor

Assim e começando pelo primeira,

inverteu essa realidade e a Adven-

de Adventure Tourer, com uma

de fiabilidade comprovada, com | MOTORCYCLE SPORTS | -77-


COMPARATIVO MAXITRAIL BICILÍNDRICAS

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS vs SUZUKI V-STROM 1050 XT vs YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

uma entrega de potência agora

te comparativo a mais confortável

de motor e um écran mais alto

a Suzuki V-Strom 1050 XT, fruto

mais suave que confere uma maior

para viajar e aquela que, apesar do

para maior proteção aerodinâmica.

também da sua evolução mecâ-

progressividade e controle na con-

carregar na sua designação o nome

No final e apesar dos 3 modelos

nica e sobretudo electrónica po-

dução da V-Strom. Um motor que

místico do deserto do Ténéré e

competirem entre si no mesmo

deremos situá-la no meio do pre-

apesar da sua maior suavidade na

todo um ADN da marca relacio-

segmento, fica claro que a Honda

sente comparativo como aquela

entrega de potência mostra toda a

nado com as grandes competições

Africa Twin 1100 L, versão Adven-

que mais se cola à relação 80/20

sua garra a partir das 6.000, onde

no deserto, talvez penalizada pelo

ture Sports, é a mais sofisticada

( 80-estrada e 20-OffRoad ) e por

atinge o binário máximo. Fácil de

seu peso , é a mais complicada de

em termos de ajudas electróni-

último a Yamaha Super Ténéré

conduzir, ágil e estreita na zona

levar por caminhos fora de estrada.

cas e preparação para incursões

1200 “Raid Edition” que pelo seu

dos joelhos, a facilitar a condução

A versão “Raid Edition” é a versão

fora de estrada, não só por incluir

peso e menor sofisticação electró-

em pé, a V-Strom continua a ser

topo de gama e inclui uma série de

modos de motor específicos para

nica e pelo conforto proporciona-

uma proposta séria no segmento

acessórios de origem que a tornam

OffRoad como também por ser

do pela sua ciclística a convertem

das Adventure Touring japonesas,

interessante face por exemplo à

a única das três com roda de 21”

num grande cruzador de estradas

sobretudo pelo seu preço contido

concorrência germânica. A versão

na dianteira. Podemos classifi-

com algumas limitações no todo-

face à concorrência.

Raid Edition inclui as malas laterais

cá-la em termos de potencial da

-o –terreno sendo na classifica-

Finalmente a Yamaha Super Ténéré

de alumínio, os faróis de nevoeiro

sua utilização como uma 70/30 (

ção que estamos a adoptar e face

1200 versão “Raid Edition” é nes-

adicionais na frente, as proteções

70-estrada e 30-offroad ). Depois

às anteriores, uma 90/10, ou seja

-78- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

HONDA AFRICA TWIN 1100L ADV. SPORTS

SUZUKI V-STROM 1050 XT

YAMAHA SUPER TÉNÉRÉ 1200 RAID EDITION

Bicilíndrico paralelo 895 cc 105 cv @ 8.500 rpm 92 Nm @ 6.500 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 86 x 77 Elétrico 13.1 : 1 Electrónica

Bicilíndrico em V 90º 1037 cc 106 cv @ 8.500 rpm 87.5 Nm @ 6.000 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 100 x 66 Eléctrico 11.5 : 1 Electrónica

Bicilíndrico paralelo incl. frontal 1199 cc 112 cv @ 7.250 rpm 117 Nm @ 6.000 rpm 2 cilindros DOHC 4 Válvulas / Cil. Líquida 98 x 79.5 Eléctrico 11:01 Electrónica

6 Velocidades Sincronizada/ opção DCT Opcional Húmida,mlt disco, deslisante Corrente

6 Velocidades Sincronizada Opcional Húmida, mlt.disco, assistida Corrente

6 Velocidades Sincronizada Opcional Húmida, mlt.disco Veio

Berço semi-duplo em aço alumínio 27.5º

Berço duplo / Alumínio alumínio 24º

Estrutura tubular em aço aço 28º

Showa Invertida 45 mm Electr. 230 mm Showa Pro-Link Electrónica 220 mm

Forquilha invertida ajsutável 137 mm Tipo Link ajust 142 mm

Forquilha invertida 43mm ajust. 190 mm monobraço+amortecedor ajust. 190 mm

Duplo disco 310 mm radial 4 pistons Disco de 256 mm fixa de 2 piston sim

duplo disco n.d. mm n.d. disco único de n.d. mm n.d. sim / travagem combinada

duplo disco 310 mm 4 pistons disco de 282 mm 1 piston sim / sist. Travagem combinada

Raiada 21" 90/90-21" Raiada 18" 150/70-18"

Raiada de 19" 110/80-19" Raiada de 17" 150/70-17"

Jante de raiada 19 " tubeless 110/80-19" jante raiada 17" tubeless 150/70-17"

3 modos + 1 offroad + 2 personal. ABS em curva anti wheelie/anti lift/Apple Car Play

3 modos ABS em curva 3 níveis + off Cruise Control/ anti cavalinho

D-MODE 2 modos ABS combinado 3 níveis Susp. eletrónica / cruise control

2332 mm 960 mm 1558 mm 1575 mm 850 mm 250 mm 24.8 Litros 240 Kg n.d. Kg

2265 mm 940 mm 1465 mm 1555 mm 850 mm 160 mm 20 Litros 247 Kg n.d. Kg

2255 mm 980 mm 1410 mm 1540 mm 845 mm 190 mm 23 Litros 265 Kg n.d. Kg

4.9 / 100 Kms * 112 g / Km - Euro 5

4.9 l / 100 kms* 127 g / Km - Euro 5

n.d. l / 100 kms* n.d. g / Km

Tricolor e Darkness Black 17.900 €

White/orange, Yellow, Black 14.999 €

Tech Black, Ceramic Ice 18.295 €

Outras versões

c/ Caixa DCT

V-Strom ( jantes 17" liga )

Packs

Catálogo de Opções Honda

Catálogo de Opções Suzuki

Super Ténéré Z e ZE *Inclui Set Malas, proteções e faróis, vidro mais alto, decoração esp.

MOTORIZAÇÃO Tipo de Motor Cilindrada Potência Binário Nº de Cilindros Distribuição Válvulas p/ cilindro Refrigeração Diâmetro x Curso Sistema de Arranque Taxa de Compressão Ignição/injecção

TRANSMISSÃO

Caixa de Velocidades Tipo de Caixa QuickShift Embraiagem Transmissão Final

QUADRO

Tipo de Quadro Sub-Quadro Ângulo da Direção

SUSPENSÕES

Suspensão Dianteira Curso da Susp. Dianteira Suspensão Traseira Curso da Susp. Traseira

TRAVÕES

Travões dianteiros Pinças de Travão Diant. Travão Traseiro Pinça Travão Tras. ABS

JANTES E PNEUS

Jante Dianteira Medida do Pneu Diant. Jante Traseira Medida do Pneu Tras.

AJUDAS ELECTRÓNICAS

90-estrada e 10-Offroad, sendo por isso aquela que no segmento Adventure estará mais perto do

Modos de Motor ABS em Curva Controle de Tração Outras

DIMENSÕES

ramente nova e apresentada em

Comprimento Largura Altura máx Distância entre Eixos Altura do Assento Distância ao Solo Capacidade do Depósito Peso em Marcha Peso em Seco

2020, com motor de 4 cilindros

CONSUMOS / EMISSÔES

segmento Touring. Nota: Neste comparativo não incluímos a japonesa Kawasaki Versys 1000, uma moto também do estilo Adventure Tourer, intei-

em linha com 120 cv ( razão pela qual não a considerámos no presente comparativo, pois todas

Consumo Médio Emissões CO2

CORES 2020 / PVP

têm 2 cilindros ). Contamos num

Cores PVP Base s/ despesas de mat.

próximo número da nossa revista

OPÇÕES

realizarmos um ensaio específico da mesma.

| MOTORCYCLE SPORTS | -79-


KAWASAKI

NINJA 1000SX

AS SPORT TOURING

ESTÃO DE VOLTA E EM FORÇA

Na última década temos assistido ao crescimento exponencial da popularidade das motos Adventure, um segmento que se diversificou numa série de subsegmentos desde as mais estradistas às mais preparadas para OffRoad e que sucessivamente tem vindo a retirar protagonismo a um sector, outrora florescente, o das motos de Turismo Desportivas. As “Sport Touring”, caracterizadas por

anos e que estava praticamente desa-

motores potentes associados a um con-

parecido.

forto extra da sua ciclística e a uma boa

As Sport Touring estão de volta e a

proteção aerodinâmica, que possam

nova Kawasaki Ninja 1000SX é um ex-

garantir o percorrer de grandes distân-

celente exemplo dessa realidade. Uma

cias de forma rápida e sem cansaço, pa-

moto com um motor potente de 142

recem estar de volta com a nova Kawa-

cv, com uma ciclística que privilegia o

saki Ninja 1000 SX.

conforto mas também um bom desempenho para quem gosta de conduzir

INTRODUÇÃO

rápido, ágil e segura com uma altura

De facto, depois da euforia das Big

baixa do seu assento para aqueles que

Trails, motos pesadas e sobretudo al-

de baixa estatura procuram poder ter

tas, um fenómeno de moda que passou

sempre os pés bem “assentes na terra”

a ser uma espécie de estatuto do que

e com excelente proteção aerodinâmi-

propriamente uma decisão de compra

ca de forma a assegurar muitos e bons

em função de uma utilização real ten-

kilómetros percorridos ao final do dia.

do em conta o potencial para o qual as mesmas estão preparadas, parece

PRIMEIRA IMPRESSÃO

ser que o mercado está a reagir e para

Como todas as Kawasaki a sua estéti-

aqueles que gostam de viajar as opções

ca é sempre impactante, sobretudo na

parecem estar a ser alargadas a um seg-

cor verde da moto que nos foi cedida. A

mento que vinha a definhar nos últimos

Ninja 1000SX pela acutilância das suas

-80- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: MotorcycleSports e Marcas

| MOTORCYCLE SPORTS | -81-


KAWASAKI

NINJA 1000SX

linhas de imediato transporta-nos

tamente com os dois pés ao chão.

tência máxima de 142 cv às 10.000

para os modelos mais desportivos

Outra realidade que nos surpreendeu

rpm e um binário máximo de 111

da marca, tem algo de H2 e também

foi a sensação de leveza do conjunto

Nm às 8.000 rpm, números que de-

algo de ZXR, o AND desportivo está

apesar do impacto inicial provoca-

monstram claramente que a SX é uma

todo lá. No entanto quando nos sen-

do pela imagem da sua robustez e

desportiva e que gosta de rodar em

tamos na SX surpreende-nos a sen-

compacticidade. O escape é agora

regimes altos. No entanto a sua cur-

sação de conforto que de imediato

um 4 em 1 o que nos leva a pensar

va de binário é bastante linear o que

a mesma nos transmite quase como

de imediato nas opções de ponteiras,

faz com que o motor da 1000SX seja

se ergonomicamente a moto tivesse

afinal de contas é uma Sport, certo ?

muito redondo também nos baixos e

sido feita “à nossa medida”. A posição

A primeira impressão foi por todas as

médios regimes, proporcionando uma

dos braços é quase natural e a ligeira

razões e mais algumas muito positiva

condução suave ao sabor do simples

inclinação do corpo para a frente não

e cativante.

rodar do acelerador e sem necessidade de passar caixa e sem a sensação

coloca demasiado peso nos punhos. O assento é muito confortável apesar

MOTOR, CAIXA E TRANSMISSÃO

explosiva que nos transmite o motor

de estreito na zona junto ao depósito

O 4 cilindros em linha da Ninja

das ZXR ou os mais sofisticados e po-

realidade que facilita o chegar perfei-

1000SX de 1043cc debita uma po-

tentes das H2.

-82- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

| MOTORCYCLE SPORTS | -83-


KAWASAKI

NINJA 1000SX

A evolução do motor em matéria de

to. A suspensão permite ainda ajustes

que aumenta substancialmente a sua

vibrações e ruídos mecânicos é tam-

de compressão e extensão de hidráu-

efectividade e segurança.

bém notória, tudo em prol de um

lico assim como pré-carga de mola.

As rodas, com jantes de liga de 17 “,

maior conforto do condutor. A caixa

O seu funcionamento é excelente e

montam pneus Bridgestone Battlax

de 6 velocidades é bastante precisa

a capacidade de “digerir” de forma

Hypersport de 120/70-17 e 190/55-

e o Quickshift bi-direcional funciona

mais suave as imperfeições do asfalto

17 na dianteira e traseira respectiva-

também com precisão. A afinação do

é também notória o que denota que

mente, pneus que se mostraram ade-

motor da 1000SX já vem de acordo

houve um melhoramento consegui-

quados à tipologia da moto com um

com os limites impostos pelo Euro 5,

do nesse sentido pelos técnicos da

nível de aderência excelente em piso

realidade para a qual contribuem a

Kawasaki. Na traseira o amortecedor

seco e uma segurança aumentada

adopção do novo escape, um 4-2-1

Showa permite também ajustes de hi-

pela pelo bom trabalho das suspen-

colocado do lado direito da moto, e

dráulico e ajuste externo de pré-carga

sões e pela travagem assistida pelo

novo elemento catalítico.

de mola para facilitar a sua regulação

ABS em curva.

em função da carga que colocamos na

CICLÍSTICA, QUADRO E SUS-

moto num momento determinado.

PENSÕES

ELECTRÓNICA E AJUDAS À CONDUÇÃO

O quadro mantém a estrutura ha-

TRAVÕES E RODAS

A Ninja 1000SX conta com uma série

bitual de duplo berço em alumínio

Os travões são de tecnologia da Toki-

de ajudas electrónicas dentro daquilo

que assegura a rigidez e flexibilidade

co embora não identificados como tal

que hoje em dia é considerado nor-

necessárias à Ninja 1000SX. Ao ní-

e contam com pinças radias mono-

mal nas motos de maior potência e de

vel das suspensões dianteiras houve

bloco de 4 pistons que actuam sobre

segmentos médios e altos. Contamos

evolução e as Showa invertidas de

discos duplos de 300mm proporcio-

com a possibilidade de selecionarmos

41mm vêm agora com novos pistons

nando uma travagem poderosa, per-

dois mapas de potência distintos: o

internos de amortecimento que pro-

feitamente doseável e de bom tacto.

modo Full que entrega toda a potên-

porcionam uma sensação de maior

Atrás monta disco de 250mm com

cia disponível da moto e o modo Low

suavidade no trabalho da suspensão,

pinça de apenas um pison. A travagem

que limita a potência a 75%. Em cima

novamente em prol do maior confor-

é assistida por ABS e ABS em curva o

dos dois modos anteriores podemos

-84- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

GOSTÁMOS • Estética com ADN desportivo • Conforto e posição de condução • Binário e entrega linear de potência A MELHORAR • Pouca proteção do écran • Sem possibilidade de montagem de descanso central • Marca não aconselha montagem de 3 malas ( ou laterais ou topcase )

| MOTORCYCLE SPORTS | -85-


KAWASAKI

NINJA 1000SX

optar por 3+1 modos de condução que o IMU da Bosch e o acelerador ride-by-wire, Rain, Road e Sport e um modo Rider personalizável. Todos os 3 modos têm pré-definidos parâmetros de aceleração e entrega de potência assim como de intervenção do controle de tração e ABS. Paralelamente contamos ainda com Cruise Control e a função QuickShift bi-direcional, já comentada anteriormente, que funciona na perfeição inclusivamente e de forma surpreendente nas reduções sem embraiagem.

EQUIPAMENTO O painel TFT a cores de 4.3” permite uma leitura clara de toda a informação e adapta-se automaticamente ao nível de luminosidade existente, podendo optar-se por fundo branco o negro. Para além da informação normal de rotações, velocidade e kms parciais percorridos e totais o painel fornece informação do modo de condução selecionado, do nível de combustível e consumo instantâneo, da mudança engrenada e luz avisadora de passagem de caixa e temperatura exterior. Bastante completo, legível e colocado numa posição de fácil observação.

Existe uma versão Tourer da Ninja

Akrapovic e tampa de assento mono-

em pisar pistas do deserto então

A gestão e consulta da informação as-

1000SX que inclui malas laterais e

lugar.

parece-nos mais acertada a opção

sim como a alteração de parâmetros

vidro mais alto, embora sejam duas

são facilmente realizadas no punho

opções disponíveis no catálogo de

CONCLUSÃO

1000SX, com a garantia de que sem-

esquerdo. As manetes de embraia-

acessórios Kawasaki. Existe ainda

Para aqueles que procuram uma moto

pre que quiserem num determinado

gem e travão são ambas ajustáveis.

uma versão SPORT que inclui escape

para viajar e não estão interessados

momento usufruir das suas quali-

de uma Sport Tourer como a Ninja

AS CONCORRENTES Decidimos colocar como opção concorrente da Kawasaki Ninja 1000SX duas motos que estão directamente

BMW R 1250 RS 1.254 cc / 136 cv / 243 Kg / 15.749 €

-86- | MOTORCYCLE SPORTS |

inseridas no mesmo segmento da BMW e da Suzuki mas também uma outra Kawasaki que não é uma Sport Tourer

Kawasaki Versys 1000 1043 cc / 120 cv / 250 kg / 14.295 €

mas uma Adventure Tourer pois a linha que separa os dois modelos sobretudo para viajar é bastante ténue.

Suzuki GSX-S 1000 A 948 cc / 111 cv / 215 eur / 13.395 €


TESTE EFETUADO COM

KAWASAKI NINJA 1000SX MOTORIZAÇÃO Tipo de motor

Refrigeração líquida, 4 cilindros em linha

Cilindrada

1 043 cm3

Diâmetro x curso

77 x 56 mm

Rácio de compressão

11.8:1

Sistema de válvulas

DOHC, 16 válvulas

Sistema de combustível injeção de combustível: Ø 38 mm x 4 válvulas de acelerador ovais Sistema de arranque

Elétrico

Lubrificação

Lubrificação forçada, cárter húmido

Potência máxima

104.5 kW {142 PS} / 10,000 rpm

Binário máximo

111 Nm {11.3 kgf•m} / 8,000 rpm

Consumo de combustível 5.8 l/100 km Kit Limitação 85kW

Disponível

Emissões CO2

135 g/km

TRANSMISSÃO Transmissão

6 velocidades

Transmissão final

Corrente selada

Embraiagem

Húmida multidisco, manual

QUADRO E DIMENSÕES Tipo de quadro

Dupla trave, alumínio

Rasto

98 mm

Curso da roda dianteira

120 mm

Curso da roda traseira

144 mm

Pneu dianteiro

120/70ZR17M/C (58W)

Pneu traseiro

190/50ZR17M/C (73W)

CxLxA

2,100 x 825 x 1,190(1.225 mm com o pára-brisas ajustado no máximo de altura) mm

Base da roda

1 440 mm

Distância ao solo

135 mm

Altura do assento

835 mm

Cap. de combustível

Brembo de 1 êmbolo

Peso

235 kg (em ordem de marcha)

dades desportivas e da vossa expe-

entender que o conceito Sport Touring

riência em pilotagem mais agressiva,

faz todo o sentido coexistir como seg-

podem contar com um desempenho

mento intermédio entre uma desporti-

excepcional de todo o conjunto, com

va pura e dura e uma Adventure alta e

potência e binários suficientes para

pesada. Para quem procure uma moto

sair rapidamente em cada curva e tra-

de características desportivas, con-

Pneu dianteiro

90/90-21

vões precisos e seguros para entrar da

fortável para viajar e fácil de conduzir,

Diâmetro jante traseira

17 “

melhor forma na curva seguinte. Tudo

sem intenção de alguma vez pisar es-

Pneu traseiro

150/70-17

isto com um nível de conforto acima

tradas não asfaltadas então a Kawasaki

de qualquer moto dita desportiva, a

Ninja 1000SX representa uma opção

garantir que chegamos ao nosso des-

muito válida e lógica.

tino preparados para enfrentar a eta-

RODAS/PNEUS Diâmetro jante dianteira 21 “

DIMENSÕES Largura

935 mm

Altura

1452 mm

Distância entre eixos

1551 mm

Altura do assento

850 mm

pa do dia seguinte.

PREÇO, CORES E OPÇÕES

Se considerarmos todos os atribu-

As cores disponíveis da Kawasaki

tos da Ninja 1000SX, em termos de

Ninja 1000 SX de 2020 são 3: Preto

ciclística e motorização, sofisticação

( Edição Especial ), Verde ( a versão

das ajudas electrónicas que agora es-

ensaiada ) e Branco. PVP da Edição

tão incluídas na mesma, associadas a

Especial em Preto: 15.390 €. PVP da

PREÇO E CORES DISPONÍVEIS

uma estética que carrega consigo todo

versão com cores em verde e branco:

Edição Especial Preto

15.390 €

o ADN desportivo da marca, fica fácil

15.190 €.

Em verde e branco

15.190 €

Capacidade do deposito 20 L Peso a seco

201 kg

Emissões de CO2

100 g/km, 2 catalizadores e 2 sondas Lambda

| MOTORCYCLE SPORTS | -87-


SCRAMBLER DUCATI

1100 SPORT PRO

ESTILO NEO-CLÁSSICO COM

DESEMPENHO CONTEMPORÂNEO

O lema adoptado pela Ducati que caracteriza o espírito das suas Scramblers é “The Land of Joy” e define com precisam a filosofia por detrás da concepção do seus modelos, motos que proporcionam prazer máximo na sua condução, transmitem uma enorme sensação de liberdade e carregam consigo um estilo clássico sempre em voga que define a personalidade de quem as conduz.

-88- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

TEXTO: Pedro Rocha dos Santos FOTOS: MotorcycleSports e Marcas

| MOTORCYCLE SPORTS | -89-


SCRAMBLER DUCATI

-90- | MOTORCYCLE SPORTS |

1100 SPORT PRO


TESTE EFETUADO COM

A gama Scrambler da Ducati nasceu

puro, com guiador alto, guarda la-

em 2014, recuperando um icon do

mas traseiro curto, duas ponteiras

passado da marca, a Ducati Scram-

de escape em posição lateral e ele-

bler dos anos 60/70, que era uma

vada e suspensões dianteiras inver-

espécie de dual-sport, uma moto

tidas Marzochi. Já a versão de topo,

polivalente com capacidade para

a Scrambler Ducati 1100 SPORT

offroad e que se fazia notar nos

PRO, tem um setup mais desporti-

primórdios das provas de enduro de

vo, mais ao estilo Café Racer, com

então. Em 2014 a Ducati recuperou

guiador mais baixo e estreito, com

o estilo e a designação criando uma

espelhos colocados no topo do

gama separada em termos de marca

mesmo e acima de tudo conta com

e estratégia comercial da gama tra-

suspensões Ohlins à frente e atrás,

dicional Ducati criando a sua própria

totalmente reguláveis, realidade que

identidade e designação “Scrambler

confere um toque extra de sofisti-

Ducati”. Na altura a gama integrava

cação e proporciona um melhor de-

diferentes versões que montavam o

sempenho em condução mais agres-

mesmo motor de dois cilindros em

siva. Foi precisamente esta versão,

L de 803 cc, a Classic, a Icon, a Flat

a Scrambler 1100 Sport Pro que

Track, a Full Throtle e a Urban Endu-

pudemos ensaiar e vos passamos a

ro além de uma versão com motor

descrever as nossas impressões.

399 cc, a Sixty2 , versões, que ao contrário da sua fonte de inspiração

PRIMEIRA IMPRESSÃO

dos anos 60/70, se destinam a uma

A Scrambler Ducati 1100 Sport Pro

utilização exclusivamente urbana. Já

impacta desde logo pela sua estética

em 2017 a Scrambler Ducati lançou

de "muscle bike", decoração em dois

a versão Desert Sled, mais adap-

tons onde sobressai o “1100” em

tada para condução offroad, com

letras garrafais mas bem enquadra-

suspensões de maior curso e dentro

das. O escapes duplos laterais são

do espirito dual sport que caracte-

também uma referência característi-

rizava o modelo original. Só mais à

ca das Scramblers, conjugados com

frente, já em 2018, apareceram as

um desenho belíssimo dos colecto-

versões Scrambler 1100, com mo-

res que descrevem uma curva quase

tores de 1.079cc com ciclística mais

simétrica para depois seguirem em

evoluída e que ao contrário das ver-

paralelo até às ponteiras. A traseira

sões anteriores já incluíam ajudas

curta com a matrícula colocada num

electrónicas.

suporte sobre a roda reforça o aspecto compacto do conjunto.

INTRODUÇÃO

O farol dianteiro exibe uma cruz no

Para 2020 a gama voltou a evoluir

seu interior a fazer lembrar os re-

e a Ducati substituiu os seus ante-

forços em fita que eram colocados

riores 3 modelos de topo por duas

nas antigas “Scramblers”, que com-

novas Scrambler 1100, Scramblers

petiam em offroad, para evitar o es-

que passaram a utilizar a designação

tilhaçar do vidro do farol devido ao

“Pro”, que define digamos serem o

impacto de uma quaquer pedra.

escalão de topo na gama Scrambler

No negro da sua decoração sobres-

Ducati, pelas suas características,

sai o dourado da suspensão Ohlins

cilindrada, potência a sofisticação.

dianteira e o amarelo da mola do

Os dois modelos Pro diferenciam-se

amortecedor traseiro quebrando a

pela sua designação e pela sua confi-

monotonia monocromática e fazen-

guração e estilo. A Scrambler Ducati

do sobressair a qualidade associada

Pro é uma moto ao estilo Scrambler

à marca dos componentes Ohlins.

| MOTORCYCLE SPORTS | -91-


SCRAMBLER DUCATI

1100 SPORT PRO

A Scrambler 1100 Sport Pro impor-

ximo de 88 Nm obtém-se logo às

curando rodar nos regimes mais

ta sobre a sua concepção original o

4.750 rpm o que faz com que a dis-

altos, esqueçam, compraram certa-

estilo Café Racer dotando-a de um

tribuição de potência seja extrema-

mente a moto errada.

caráter mais desportivo pela adop-

mente linear e progressiva desde os

Esteticamente o motor é belíssi-

ção de uma posição mais sobre a

baixos regimes.

mo e contribui com o aspecto das

frente da moto e pela montagem

A Scrambler 1100 é uma moto que

suas tampas maquinadas e aspecto

de suspensões de melhor desem-

privilegia o prazer e a facilidade de

cuidado para a imagem de exclusi-

penho.

condução dentro do espírito que

vidade percebida quando olhamos

caracteriza o seu posicionamento

a moto.

MOTOR, CAIXA

definido pelo slogan “Land of Joy”.

E TRANSMISSÃO

O motor está por isso especialmen-

CICLÍSTICA, QUADRO

O Motor da Scrambler Ducati 1100

te concebido para proporcionar

E SUSPENSÕES

é um bicilíndrico em L de 1.079cc,

suavidade e binário sempre dispo-

O setup da versão Sport Pro,

de 2 válvulas por cilindro e distri-

nível para permitir uma condução

como referimos antes, coloca-nos

buição desmodrómica, com injec-

fácil com apenas o rodar do punho.

numa posição mais sobre a frente

ção electrónica e refrigerado a ar.

Se procuram na Scrambler 1100 o

da moto, ao contrário da versão

A sua potência máxima de 86cv é

temperamento de uma Panigale ou

Scrambler Pro que tem uma posi-

obtida às 7.500 rpm e o binário má-

mesmo de uma Streetfighter, pro-

ção mais relaxada típica das motos

-92- | MOTORCYCLE SPORTS |


TESTE EFETUADO COM

| MOTORCYCLE SPORTS | -93-


SCRAMBLER DUCATI

GOSTÁMOS • Estilo neo-clássico intemporal • Binário do motor em todos os regimes • Desempenho da sua ciclística A MELHORAR • Painel de informação • Espelhos retrovisores • Preço alto

-94- | MOTORCYCLE SPORTS |

1100 SPORT PRO


TESTE EFETUADO COM

Apesar do guiador

e ao desenho mais fechado que os

mais fechado e baixo a Sport Pro

mesmo apresentam nas suas zonas

proporciona uma sensação de

exteriores proporcionado maior

agilidade imediata, refletindo o

contacto de borracha e por isso

pouco peso do conjunto. As sus-

mais aderência em curva. A jante

pensões Ohlins demonstram aqui

de 18” na dianteira confere um

a sua qualidade na leitura das im-

visual mais de acordo com a apti-

perfeições da estrada. Apesar de

dão on-off da Scrambler mantendo

serem mais firmes do que as Mar-

a dimensão de 17” na traseira. O

zocchi que monta a versão Pro, o

pneu dianteiro é um 120/80-18”

seu comportamento é excelente

, dimensão que contribui para o

e conforto proporcionado pelas

aspecto robusto e compacto da

mesmas é toda uma referência

Scrambler, e na traseira monta um

apesar da firmeza das mesmas.

180/55-17”. As jantes de liga de

O quadro está fabricado na tradi-

10 braços são de belo efeito.

cional estrutura de trelissa em aço

O sistema de travagem está entre-

sendo o sub-quadro em alumínio

gue à Brembo e que inclui como

proporcionando um entrar em

já referimos ABS e ABS em curva,

curva e um desenhar de trajectó-

não desconectáveis. Na frente en-

rias são quase automáticas tal é a

contramos duplo disco de 320mm

sensação de facilidade e seguran-

com pinças radias Brembo Mono-

ça que o conjunto da sua ciclística

bloco M4.32B de 4 pistons e na

nos transmite. O comportamento

traseira um único disco de 245

irrepreensível

"scrambler".

suspensões,

mm com pinça de apenas 1 piston.

mesmo em piso algo degradado

A travagem é firme e de bom tacto,

transmite-nos uma sensação extra

com uma boa mordida, facilmente

de segurança e o binário do mo-

doseável e enérgica quando ne-

tor nos baixos e médios regimes

cessária, característica dos travões

transforma a sua condução, em

Brembo. Desempenho irrepreen-

percursos sinuosos de montanha,

sível onde a intervenção do ABS

numa verdadeira diversão, onde

apenas se percebe e talvez mais

contamos com um desempenho

evidente quando se usa de forma

de excelência dos travões Brem-

agressiva o pedal do travão trasei-

bo à entrada de cada curva, com

ro.

das

intervenção caso necessário do Corner ABS e um binário de motor

ELECTRÓNICA

que permite uma resposta rápida à

E AJUDAS À CONDUÇÃO

saída das mesmas com um simples

Em termos de ajudas à condução

rodar de punho.

já referimos o ABS em curva que garante um nível de segurança

TRAVÕES E RODAS

em qualquer circunstância e em

Os pneus Pirelli MT60 RS apesar

função do nível de inclinação da

de apresentarem um desenho algo

moto. O acelerador "ride by wire"

misto, On e OffRoad, são pneus

permite termos 3 modos de motor

especialmente concebidos para

com mapas diferentes de entrega

as Supermoto de alta cilindrada e

potência e aceleração e têm ago-

que têm um comportamento ex-

ra a designação de City, Journey

celente em asfalta e até mesmo

e Active que, tal como os nomes

à chuva devido à mistura soft de

indicam, o primeiro para uma uti-

borracha de que estão fabricados

lização mais urbana e a permitir

| MOTORCYCLE SPORTS | -95-


SCRAMBLER DUCATI

1100 SPORT PRO

uma condução mais suave e também mais económica, o segundo para rodar em estrada aberta e em viagem e finalmente o Active, supostamente o modo mais desportivo e de resposta de acelerador mais pronta. Entre os dois últimos praticamente não notamos diferença e o primeiro, para rodar em cidade é o único que retira potência à moto ( menos 10 cv segundo a marca ). A função de controle de tração da Ducati ( DTC ) também intervém, mais ou menos, em função do modo de motor selecionado e para além dos 3 níveis possíveis pode também ser desligado.

EQUIPAMENTO A Scrambler Ducati incorpora iluminação LED e um sistema de luz diurna, em torno do seu farol dianteiro redondo, sistema que aumenta a identificação da moto por outros condutores,

contribuindo

assim

para a nossa segurança. Na traseira a iluminação é também LED e incorpora um sistema de difusão de luz único.

O painel digital de

informação é constituído por dois elementos integrados, um redondo, que contém informação sobre Kms totais e parciais, nível de com-

acessórios em catálogo para perso-

com todos o tipo de tecnologias

suspensões Ohlins, travões Brem-

bustível, info sobre o DTC, hora e

nalização das suas Scramblers.

modernas que elevam a sua condu-

bo, Cornering ABS e posição mais

ção para outros patamares de se-

agressiva de condução, sem ser

rotações. O segundo elemento, de forma ovalada, fornece informação

CONCLUSÃO

gurança e desempenho. Uma moto

extrema ou incómoda, levam-nos a

sobre a velocidade a que circulamos

A Scrambler Ducati 1100 Sport Pro

que proporciona um enorme prazer

querer explorar um pouco mais o

e o modo selecionado de motor. A

é uma naked cheia de estilo, ins-

de condução e que nesta versão

potencial do seu desempenho des-

Ducati dispõe ainda de uma série de

pirada no passado da marca mas

Sport Pro, graças às suas magníficas

portivo. Uma moto muito divertida,

Kawasaki Z900 RS Café 948 cc / 111 cv / 215 eur / 13.395 €

Triumph Speed Twin 1200 cc / 97 cv / 196 Kg / 13.300 €

AS CONCORRENTES

BMW R Nine T Racer 1.170 cc / 110 cv / 220 Kg / 15.278 €

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Honda CB 1100 RS 1140 cc / 90 cv / 252 kG / 13.900 €


TESTE EFETUADO COM

SCRAMBLER DUCATI 1100 SPORT PRO MOTORIZAÇÃO Tipo de motor

Bicilíndrico, distribuição desmodrómica, 2 válvulas por cilindro, refrigeração a ar

Cilindrada

1079 cm3

Potência

155 cv às 7500 rpm

Binário

88 nm às 4750 rpm

Distribuição

Desmodrómica

Nº de cilindros

2

Disposição

em L

Alimentação

Injecção electrónica, full ride-by-wire (RbW)

Diametro X Curso

98 x 71

Taxa Compressão

11:1

TRANSMISSÃO Transmissão

Corrente

Embraiagem

Húmida, multidisco

Acionamento

Hidraulico

Caixa

6 velocidades

QUADRO Angulo coluna direcção

24.5 º

SUSPENSÕES Suspensão dianteira

Forquilha invertida Öhlins de 48 mm

Regulações dianteiras

Sim

Suspensão traseira

Mono-amortecedor Öhlins

Regulações traseiras

Sim

TRAVÕES

com um motor cheio e uma caixa

PREÇO, CORES E OPÇÕES

precisa e bem escalonada, confortá-

Em termos de cores disponíveis a

vel para o piloto e pendura, a pri-

Scrambler Ducati 1100 Sport Pro

vilegiar uma utilização diária mais

vem apenas nesta decoração negro

urbana e também pequenas viagens

mate de dois tonse custa 15.895€. A

de fim de semana, apesar da inexis-

versão Pro, com o preço de 13.895€,

tência de proteção aerodinâmica. É

é em tudo semelhante à versão Sport

uma moto cheia de estilo, intempo-

Pro menos nas suas suspensões que

ral, com uma estética belíssima que

são Marzochi na dianteira e Kayaba

não deixa ninguém indiferente. O

na traseira e na sua posição de con-

slogan “The Land of Joy” utilizado

dução, mais ao estilo scrambler, mais

na comunicação da gama Scram-

Travões dianteiros

Duplo disco semi-flutuante

Ø discos dianteiros

320 mm

Pinças dianteiras

4 êmbolos

Travões traseiros

Disco

Ø discos traseiros

245 mm

Pinças traseiras

1 êmbolo

ABS

Sim / Cornering ABS

RODAS/PNEUS Roda Dianteira

Jante em liga leve de 10 raios

Ø da jante dianteira

18 "

Roda Traseira

Jante em liga leve de 10 raios

Ø da jante traseira

17 "

DIMENSÕES Comprimento

2190 mm

Largura

920 mm

Altura

1290 mm

Distância entre eixos

1514 mm

descontraída e com guiador mais alto

Altura do assento

810 mm

bler Ducati está aqui perfeitamente

e aberto, está disponível também

Capacidade do deposito 15 L

representado e a Scrambler 1100

numa única decoração, a “Ocean Dri-

Sport Pro é o exemplo de uma moto

ve” que combina um cinza claro com

que explora ao máximo a sensação

preto e amarelo. As Scrambler Ducati

de liberdade, prazer de condução e

1100 Pro e Sport Pro têm dois anos

estilo apurado.

de garantia.

Trail

111 mm

Peso a seco

189 kg

Peso em marcha

206 kg

PREÇO

15.895€ (Scrambler Ducati 1100 Sport Pro) 13.895€ (Scrambler Ducati 1100 Pro)

Garantia

2 anos

| MOTORCYCLE SPORTS | -97-


NOTÍCIAS

Pedro Rocha dos Santos

Novas cores 2021 da Neo-Clássica Kawasaki Z900 RS De acordo com a revista japonesa Young Machine,

A Z900RS poderá manter a cor inicial pelo terceiro

as novas cores do Z900RS / Z900RS Cafe, que

ano consecutivo em castanho escuro com laranja,

a Kawasaki adicionou recentemente à linha, são

cor que marcou o inicio da sua comercialização.

caracterizadas por tons suaves e calmos. A nova

A versão de fundo esverdeado escuro com lista

cor da Z900RS com uma designação simples de

amarela foi adicionada à gama em 2019.

"preto", tem de facto uma base preta mas com listas prateadas, e a versão Z900RS Café, tem uma nova cor de dois tons em dégradé que parece misturar ao preto um tom precisamente de “café”.

Nova BMW M 1000 RR de 2021 A nova BMW M 1000 RR de 2021 representa uma enorme evolução do modelo em termos do seu desempenho desportivo. O seu motor tetracilílindrico inclui agora abertura de válvulas variável, pistons forjados, novas câmaras de combustão, bielas de titânio, novas árvores de cames e admissão e melhorada que permite alcançar agora os 212 cv de potência. O seu peso é agora de apenas 170 Kg em seco. Outra evolução realizada foi ao nível da sua aerodinâmica, mais fluida e que inclui agora asas de carbono transparentes. O novo escape em titânio, as suspensões melhoradas

Nova HONDA CB125F 2021 O popular modelo da Honda CB125F é uma

800 km por cada depósito de 11 litros.

moto totalmente nova para 2021 e está agora,

Agora o motor de arranque e alternador formam

de forma fantástica, 11 kg mais leve.

apenas uma só unidade.

O seu motor eSP (enhanced Smart Power) de baixo atrito melhorou significativamente os consumos e as suas já conhecidas performances, passando 1,96 l/100 km para 1,54 l/100 km, o que origina uma autonomia potencial superior a

As revisões ao nível da ciclística seguem a inspiração de estilo das suas irmãs CB de maior cilindrada e o novo equipamento inclui um farol de LEDs, descanso central e painel de instrumentos digital com indicador ECO.

-98- | MOTORCYCLE SPORTS |

e os travões da M são referências máximas na ciclística da nova BMW 1000 RR. Também ao nível da electrónica a nova superdesportiva bávara inclui 7 modos de condução, vários níveis de controle de tração e uma série de outras funcionalidades electrónicas de topo. A decoração inclui um esquema exclusivo de cores da BMW M nos característicos brancos , azuis e vermelhos. O seu preço rondará os 36.000 euros




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