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GP da Emília Romana

Campeonato ao rubro

com a primeira vitória de Viñales

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Apenas uma semana depois do GP de San Marino, Misano tornou-se no terceiro circuito a acolher duas rondas do MotoGP em 2020, sendo palco do GP da Emília Romana. Uma nova designação, a mesma pista, e no fim ganhou Maverick Viñales pela primeira vez este ano. Foi uma prova que deixou as contas do campeonato ainda mais renhidas para concluir a primeira parte da época.

Os Mundiais MotoGP tiveram a segunda ronda de Misano de 18 a 20 de setembro. O programa esteve recheado com tudo o que poderia estar: MotoGP, Moto2, Moto3 e MotoE World Cup – neste caso com uma ronda de duas corridas, que poderia ser importante para o desfecho da temporada. Na MotoE, Dominique Aegerter (Dynavolt Intact GP) era o grande protagonista da temporada até ao momento: só tinha terminado no pódio nas primeiras três corridas e liderava com mais 12 pontos do que Matteo Ferrari (Trentino Gresini). O italiano procurava dar sequência à vitória da jornada anterior e continuar em jogo na defesa do seu título. Jordi Torres (Pons Racing 40) seguia em terceiro a 14 pontos, sendo que o top seis estava a menos de uma vitória do líder. Quanto ao Moto3, estava relançado: o abandono de Albert Arenas (Aspar Team/KTM) na primeira prova de Misano tinha deixado Ai Ogura (Honda Team Asia) a apenas cinco pontos de distância, com John McPhee (Petronas Sprinta Racing/ Honda) a ser terceiro a 14 pontos. Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) estava a 31 pontos em quarto. Novidades no pelotão de Moto2 para o GP da Emília Romana. De novo ausente por testar positivo à Covid-19, Jorge Martín foi esporadicamente substituído na Red Bull KTM Ajo pelo veterano Mattia Pasini, que assim teve a chance de voltar à ação. Também de fora viria a ficar Jesko Raffin (NTS RW Racing GP) por motivos de saúde, com Piotr Biesiekirski a ser chamado para o lugar. Remy Gardner, recém-confirmado na Red Bull KTM Ajo, tinha sido operado dias antes à lesão sofrida no GP de San Marino e também foi obrigado a falhar a prova, mas ninguém foi chamado para o lugar na Onexox TKKR SAG Team. Nas contas do campeonato, Luca Marini (Sky Racing Team VR46/Kalex) era o líder com mais 17 pontos do que Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/Kalex) depois do regresso aos triunfos. Em terceiro estava Marco

Viñales estreou-se a vencer esta época de forma autoritária

Yamaha Motor Racing Srl

Simon Patterson

Bezzecchi (Sky Racing Team VR46/ Kalex) a 27 pontos. Nas contas do MotoGP, o campeonato vinha de uma mudança de líder, com Andrea Dovizioso (Ducati) a assumir o comando ficando seis pontos à frente de Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT). Renhido como vinha a acontecer desde o começo da temporada, o Mundial tinha um leque alargado de pilotos com possibilidades reais de ambicionarem ao título. Nessa situação encontrava-se Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech3), terceiro a 28 pontos do topo. Stefan Bradl desfalcou a Repsol Honda devido a uma lesão no braço direito, sendo Cal Crutchlow (LCR Honda) outra ausência de peso. Nenhum deles foi substituído.

MOTOE, TREINOS LIVRES: RITMO ESTABELECIDO P OR GRANADO

Foi pouco movimentado o primeiro treino livre da MotoE World Cup no GP da Emília Romana. Apenas três pilotos passaram pela frente, sendo que dois deles nem melhoraram depois das suas primeiras voltas. Aegerter foi o primeiro a fazer uma volta lançada e esteve no topo quase dois terços da sessão, sendo superado por Xavier Siméon (LCR E-Team). Este, por seu turno, viria a ceder perante Eric Granado (Avintia Esponsorama), que a cerca de seis minutos do fim fez a melhor marca. Deixou o belga a 0,027s, sendo Aegerter terceiro. Ferrari rubricou o quarto registo. O FP2 foi a última sessão de treinos do programa. Ferrari abriu na liderança, antes de ser ultrapassado por Alex de Angelis. O piloto de San Marino, ao serviço da Octo Pramac, liderou durante mais de 23 minutos, mas perto do fim Granado estabeleceu a marca que lhe deu, mais uma vez, a liderança. O brasileiro terminou no topo dos treinos com esse registo (1m42,910s) sendo 0,207s mais veloz do que de Angelis. Ferrari acabou em terceiro no combinado, Torres em quarto e Siméon em quinto, este com um tempo estabelecido no FP1.

MOTOE, EPOLE: ESTREIA DE TORRES NA POLE POSITION

A primeira das sessões de qualificação do GP da Emília Romana foi a EPole da MotoE World Cup. Como habitualmente, cada piloto entrou sozinho em pista tendo uma só tentativa. O primeiro em pista foi Jakub Kornfeil (WithU Motorsports), mas só minutos depois é que alguém se conseguiu manter mais tempo no comando: Lukas Tulovic (Tech3 E-Racing). Depois, Aegerter também chegou a liderar, mas acabou batido por Torres, que assim conquistaria a sua primeira pole position. Ainda entraram em pista mais alguns pilotos, todos candidatos às posições cimeiras. Ferrari ameaçou destronar Torres, mas acabou a 11 milésimas tendo de se contentar com o segundo posto. Em terceiro ficou Aegerter, na frente de Granado que foi o penúltimo a entrar em pista.

MOTOE, CORRIDAS: AEGERTER E FERRARI VITORIOSOS

A primeira corrida do programa do GP da Emília Romana foi ainda no sábado à tarde, a primeira de MotoE. Foram sete voltas intensas, em que os três primeiros rodaram sempre juntos. Ferrari seguiu no topo durante grande parte do tempo, seguido por Torres que desceu a segundo depois de partir da pole position. Aegerter seguia em terceiro. Na derradeira volta, o helvético mostrou-se superior com uma dupla ultrapassagem a Ferrari e a Torres, levando de vencida com 0,103s de avanço

sobre Torres. Ferrari cortou a meta em segundo, mas na derradeira volta excedeu os limites de pista e acabou penalizado numa posição sendo terceiro. Casadei e Tommaso Marcon (Tech3 E-Racing) fecharam o top cinco. Granado abandonou ao cabo de duas voltas e ficava mais distante da luta pelo título. No domingo de manhã, a MotoE World Cup abriu a ação em pista no que toca às corridas. Aegerter foi forte no arranque e assumiu o comando, com Ferrari a persegui-lo assumindo mesmo o comando na volta inicial. Um incidente entre Marcon e Aegerter quando lutavam pelas primeiras posições afastou o italiano e relegou o helvético ao fim do pelotão. Aproveitou Casadei para ascender a segundo. Este viria a ser o principal adversário de Ferrari, que fez uma exibição controladora e ganhou com 0,996s de avanço.

CORRIDA 1 - GP DAEMÍLIA ROMANA - MOTOE

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer. 1.º Dominique Aegerter Dynavolt Intact GP Energica 12m11,346s 2.º Jordi Torres Pons Racing 40 Energica + 0,103s 3.º Matteo Ferrari Trentino Gresini MotoE Energica + 0,075s 4.º Mattia Casasei Ongetta SIC58 Squadracorse Energica + 2,531s 5.º Tommaso Marcon Tech 3 E-Racing Energica + 6,578s 6.º Niccolò Canepa LCR E-Team Energica + 7,695s 7.º Alejandro Medina Openbank Aspar Team Energica + 8,277s 8.º Josh Hook Octo Pramac MotoE Energica + 8,336s 9.º Xavi Cardelús Avintia Esponsorama Racing Energica + 8,553s 10.º Alessandro Zaccone Trentino Gresini MotoE Energica + 8,640s 11.º María Herrera Openbank Aspar Team Energica + 11,566s 12.º Jakub Kornfeil WithU Motorsport Energica + 16,973s 13.º Niki Tuuli Avant Ajo MotoE Energica + 17,538s NC Alex de Angelis Octo Pramac MotoE Energica 3 voltas NC Xavier Siméon LCR E-Team Energica 2 voltas NC Eric Granado Avintia Esponsorama Racing Energica 2 voltas NC Lukas Tulovic Tech 3 E-Racing Energica 0 voltas NC Mike di Meglio EG 0,0 Marc VDS Energica 0 voltas

CORRIDA 2 - GP DAEMÍLIA ROMANA - MOTOE

Pos. Piloto Equipa

Moto Temp./Difer. 1.º Matteo Ferrari Trentino Gresini MotoE Energica 12m11,053s 2.º Mattia Casasei Ongetta SIC58 Squadracorse Energica + 0,996s 3.º Jordi Torres Pons Racing 40 Energica + 1,098s 4.º Niccolò Canepa LCR E-Team Energica + 3,907s 5.º Alessandro Zaccone Trentino Gresini MotoE Energica + 4,619s 6.º Mike di Meglio EG 0,0 Marc VDS Energica + 6,046s 7.º Eric Granado Avintia Esponsorama Racing Energica + 6,097s 8.º Alex de Angelis Octo Pramac MotoE Energica + 6,775s 9.º Alejandro Medina Openbank Aspar Team Energica + 6,672s 10.º Xavi Cardelús Avintia Esponsorama Racing Energica + 7,042s 11.º María Herrera Openbank Aspar Team Energica + 7,868s 12.º Niki Tuuli Avant Ajo MotoE Energica + 11,514s 13.º Jakub Kornfeil WithU Motorsport Energica + 12,652s 14.º Xavier Siméon LCR E-Team Energica + 15,533s 15.º Lukas Tulovic Tech 3 E-Racing Energica + 27,210s 16.º Dominique Aegerter Dynavolt Intact GP Energica + 38,363s NC Josh Hook Octo Pramac MotoE Energica 5 voltas NC Tommaso Marcon Tech 3 E-Racing Energica 1 volta Ferrari passou para o topo da MotoE a uma ronda do fim.

Torres fechou o pódio a apenas oito milésimas de Casadei, num final ao photo-finish. Depois da jornada de Misano, e faltando duas corridas para o término da temporada, a MotoE World Cup estava ao rubro: Ferrari assumiu a liderança com apenas quatro pontos de avanço face a Aegerter, sendo Torres terceiro a escassos sete

PSP/Lukasz Swiderek pontos da dianteira. Um pouco mais atrás, em quarto, estava Casadei a 15 pontos do topo.

MOTO3, TREINOS LIVRES: VIETTI ESMAGOU RECORDE DE MISANO

O GP da Emília Romana de Moto3 começou com um primeiro treino livre rápido, em que os oito primeiros

Granado liderou treinos da MotoE em Misano.

foram mais rápidos do que o autor da pole position da semana anterior no mesmo traçado. Jaume Masiá (Leopard Racing/Honda) assumiu a dianteira da tabela com pouco mais de oito minutos decorridos e por lá se manteve praticamente até aos cinco minutos finais, quando diversos pilotos o bateram. No topo terminou Raúl Fernández (Red Bull KTM Ajo), que ao ser o único no 1m41s superou Jeremy Alcoba (Kömmerling Gresini/Honda) por 0,164s. Dennis Foggia (Leopard Racing/Honda) foi terceiro. Os acontecimentos do FP1 já deixavam antever um forte nível na segunda sessão em Misano, na qual habitualmente os tempos evoluem. Depois de Foggia liderar nos primeiros minutos, também passaram pelo topo homens como Romano Fenati (Sterilgarda Max Racing Team/ Husqvarna), Tony Arbolino (Rivacold Snipers Team/Honda) ou Raúl Fernández. As trocas de comando foram constantes e ninguém esteve na liderança durante muito mais do que dez minutos. No fim, impôs-se Masiá com um novo recorde do Moto3 em Misano: 1m41,663s. Foi 0,320s mais veloz do que Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/KTM), ao passo que Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) acabou em terceiro. No cômputo geral de sexta-feira, Masiá foi o líder, sendo 0,299s mais rápido do que foi Raúl Fernández no FP1. O melhor viria mesmo no FP3 no sábado de manhã, em que a generalidade dos pilotos progrediu. Gabriel Rodrigo (Kömmerling Gresini/Honda) foi o primeiro a estabelecer-se no comando de forma mais duradoura quando estavam decorridos praticamente nove minutos. Cerca de 12 minutos depois foi batido, com uma série de quatro mudanças de líder no espaço de instantes. Romano Fenati (Sterilgarda Max Racing Team/Husqvarna) conseguiu então estar no topo durante uma dezena de minutos, antes de Vietti obliterar a volta recorde de Misano ao rodar em 1m41,155s. Ogura colocou-se a 0,398s para ser segundo, com Fenati em terceiro e Raúl Fernández em quarto na frente de Arenas. No combinado, prevaleceu em larga medida a tabela do FP3. Stefano Nepa (Gaviota Aspar/KTM) ficou com a última vaga direta na Q2 ao ser 14.º com 0,019s de avanço face a McPhee, que assim teria de ir à Q1.

© Husqvarna Motorcycles/Polarity Photo Terceira pole position de Raúl Fernández em oito rondas.

MOTO3, QUALIFICAÇÃO: RAÚL FERNÁNDEZ DE VOLTA AO TOPO PARA A POLE POSITION

A Q1 teve praticamente metade da sua extensão sem tempos estabelecidos. O primeiro líder foi Filip Salac (Rivacold Snipers Team/Honda),

Husqvarna estreou-se a vencer com Fenati.

mas pouco depois a tabela sofreu uma revolução e Rodrigo chegou ao comando. Deniz Öncü (Red Bull KTM Tech3) ficou na segunda posição e, mais tarde, viria mesmo a estabelecer a marca que lhe permitiu liderar a Q1. Nos frenéticos últimos instantes, Arbolino ascendeu para segundo, Kaito Toba (Red Bull KTM Tech3) a terceiro e Salac a quarto, o que deixou Rodrigo eliminado. Também McPhee falhou o apuramento, ficando relegado ao 19.º posto da grelha com o sexto tempo da Q1. Fenati liderou quando os registos começaram a surgir na Q2, estando apenas oito milésimas à frente de Raúl Fernández. Vietti viria, depois, a bater Fenati por 0,088s tornando-se no novo líder, mas com vários pilotos rápidos ainda estava longe de garantir a pole position. Viria a ser batido por Arbolino, que também não conseguiu segurar o primeiro posto: Raúl Fernández bateu-o por 88 milésimas no fim e selou a pole position. Andrea Migno (Sky Racing Team VR46/KTM) chegou ao terceiro lugar na grelha e Arenas arrancaria de quarto na frente de Vietti.

MOTO3, CORRIDA: FENATI OFERECEU A PRIMEIRA VITÓRIA À HUSQVARNA

Nas primeiras horas de domingo, Raúl Fernández assinou a melhor marca do warm-up sendo 0,239s mais rápido do que Vietti. Na corrida, Arbolino fez o holeshot, levando Raúl Fernández e Arenas no seu encalço. Apesar de Arbolino estar forte, Arenas assumiu a liderança, deixando Raúl Fernández também para trás. Também Masiá despontava, travando uma luta com Fenati pelo sexto lugar, enquanto mais à frente Vietti ascendia a segundo, antes de ultrapassar Arenas a 17 voltas do fim. Era extenso o grupo de pilotos que lutava pelo comando, sendo um deles Darryn Binder que viria a sofrer um high side que forçou o abandono. Enquanto na última volta Vietti e Masiá disputavam o primeiro posto, Fenati surpreendeu ambos e assumiu a liderança que não viria a largar, cortando a meta como vencedor com 0,036s de avanço para Vietti. Era a primeira vitória da Husqvarna desde o regresso. Ogura chegou a terceiro e Arenas foi quarto, enquanto Masiá baixou para o quinto posto final. Sem vitórias desde o GP da Áustria do ano passado, Fenati não escondeu que ficou particularmente emocionado com o resultado: ‘Ganhar aqui em Itália é uma emoção especial para mim. Até agora tivemos dificuldades para entrar no grupo de líderes no início, mas agora que tenho mais confiança com o travão dianteiro consigo ultrapassar mais facilmente. É sempre difícil, porque há vários pilotos rápidos, demasiados! Mas a moto esteve perfeita, tal como a minha sensação com a frente. [...]. Estou feliz, porque num par de corridas fui de 20.º até primeiro. Agora temos de tentar manter-nos na frente’. O campeonato ficou ainda mais

Vitória importante para Bastianini nas contas do título.

PSP/Lukasz Swiderek

CLASSIFICAÇÃO GP DA EMÍLIA ROMANA - MOTO3

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer. 1.º Romano Fenati Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 39m30,124s 2.º Celestino Vietti Sky Racing Team VR46 KTM + 0,036s 3.º Ai Ogura Honda Team Asia Honda + 0,121s 4.º Albert Arenas Gaviota Aspar Team Moto3 KTM + 0,199s 5.º Jaume Masiá Leopard Racing Honda + 0,280s 6.º Raúl Fernández Red Bull KTM Ajo KTM + 0,439s 7.º Deniz Öncü Red Bull KTM Tech 3 KTM + 0,678s 8.º Andrea Migno Sky Racing Team VR46 KTM + 0,791s 9.º Kaito Toba Red Bull KTM Ajo KTM + 0,939s 10.º John McPhee Petronas Sprinta Racing Honda + 1,125s 11.º Tony Arbolino Rivacold Snipers Team Honda + 1,452s 12.º Gabriel Rodrigo Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 1,687s 13.º Jeremy Alcoba Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 4,331s 14.º Ayumu Sasaki Red Bull KTM Tech 3 KTM + 5,925s 15.º Stefano Nepa Gaviota Aspar Team Moto3 KTM + 6,165s 16.º Filip Salac Rivacold Snipers Team Honda + 6,249s 17.º Sergio García Estrella Galicia 0,0 Honda + 7,167s 18.º Niccolò Antonelli SIC58 Squadra Corse Honda + 12,714s 19.º Carlos Tatay Reale Avintia Moto3 KTM + 18,045s 20.º Ryusei Yamanaka Estrella Galicia 0,0 Honda + 20,184s 21.º Riccardo Rossi BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 20,498s 22.º Barry Baltus CarXpert PrüstelGP KTM + 20,291s 23.º Jason Dupasquier CarXpert PrüstelGP KTM + 20,555s 24.º Khairul Idham Pawi Petronas Sprinta Racing Honda + 24,967s 25.º Yuki Kunii Honda Team Asia Honda + 25,264s 26.º Davide Pizzoli BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 27,159s 27.º Maximilian Kofler CIP Green Power KTM + 27,848s NC Darryn Binder CIP Green Power KTM 18 voltas NC Dennis Foggia Leopard Racing Honda 10 voltas NC Alonso López Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 8 voltas empolgante depois do GP da Emília Romana. Arenas manteve-se no topo, mas passou a ter Ogura a apenas dois pontos. McPhee minimizou os danos com o décimo posto na corrida, mas mesmo assim passava a estar a 21 pontos da dianteira do campeonato e com Vietti apenas 12 pontos atrás de si.

MOTO2, TREINOS LIVRES: BASTIANINI ESTABELECEU MELHOR VOLTA DE SEMPRE EM MISANO

O primeiro treino livre do GP da Emília Romana começou com Marini e Bezzecchio na discussão do topo, com os dois homens da Sky Racing Team VR46 a mostrarem de novo argumentos para rodarem na frente em Misano. Depois da habitual 'dança das cadeiras' da fase inicial, Marini estabeleceu-se na frente durante cerca de 11 minutos, antes de ser batido por Sam Lowes. O britânico, a bordo de uma Kalex da EG 0,0 Marc VDS, viria a ocupar a liderança até aos últimos três minutos. Aí foi superado por Tom Lüthi (Liqui Moly Intact GP/Kalex), que por sua vez viu Bastianini a superá-lo. Até ao fim, o homem da Italtrans Racing Team ainda melhorou e segurou o comando com 0,171s de avanço face a Lüthi. Lowes foi terceiro e Héctor Garzó (Flexbox HP 40/ Kalex) um surpreendente terceiro classificado. Na parte da tarde realizou-se o FP2. Marini era o líder quando a generalidade dos pilotos tinha estabelecido os seus primeiros registos, mas logo foi batido. Bezzecchi estabeleceu-se no topo durante cerca de cinco minutos, antes de Marcel Schrötter (Liqui Moly Intact GP/Kalex) lá chegar. Perto de sete minutos volvidos e Marini voltou ao comando, onde se manteve já até à fase final. Ainda houve tem-

po para ser ultrapassado por Arón Canet (Inde Aspar/Speed Up), mas o italiano respondeu com a única volta do dia em 1m35s e ficou 0,090s na frente do rival. Schrötter foi terceiro. O FP3 deu por concluídos os treinos livres de Moto2 no sábado de manhã. Ao cabo de apenas seis minutos, Lowes rubricou uma marca que o deixaria no topo durante praticamente meia hora. Porém, nos últimos dez minutos Bastianini esteve bastante forte e bateu o recorde do circuito por duas vezes, terminando na frente com um registo de 1m35,649s. Assim, bateu Lowes por 0,151s, sendo Bezzecchi terceiro, Marini quarto e Schrötter quinto, este a 0,319s de Bastianini. De notar que só dois pilotos não melhoraram face ao primeiro dia. Um deles foi Joe Roberts (Tennor American Racing/ Kalex), que assegurou o 14.º posto e a última vaga direta na Q2, o que Lorenzo Baldassarri (Flexbox HP 40/Kalex) falhou por apenas quatro milésimas.

MOTO2, QUALIFICAÇÃO: MARINI COM VOLTA RECORDE NO DOMÍNIO DA SKY RACING TEAM VR46

Foram 15 os pilotos que entraram em pista na Q1 de Moto2 do GP da Emília Romana, em disputa das quatro últimas vagas na Q2. Simone Corsi (MV Agusta Forward) foi o primeiro a estabelecer um tempo, mas logo foi batido por Edgar Pons (Federal Oil Gresini/Kalex), que por sua vez não demorou muito até se ver ultrapassado por Stefano Manzi. O homem da MV Agusta Forward esteve no topo por breves segundos, até lá chegar Lorenzo Dalla Porta. O italiano da Italtrans foi então superado por Mattia Pasini (Red Bull KTM Ajo/ Kalex), mas reagiu logo de seguida com a melhor volta da sessão. Até ao fim, Fabio Di Giannantonio (Beta Tools Speed Up) chegou a segundo ficando a 0,079s. Pasini salvou o terceiro lugar, seguindo em frente tal como Héctor Garzó. O homem da Flexbox HP 40 bateu o colega Lorenzo Baldassarri por 0,050s. A luta pela pole position na Q2 ficou resolvida ainda nos primeiros cinco minutos. Logo na sua segunda volta lançada, Marini estabeleceu um novo tempo recorde em 1m35,271s que mais ninguém conseguiu bater. Quem ficou mais perto foi Bezzecchi, a 0,036s, sendo Xavi Vierge (Petronas Sprinta Racing/Kalex) terceiro a 0,348s.

MOTO2, CORRIDA: BASTIANINI BRILHOU E DOMINOU EM MISANO

Tetsuta Nagashima (Red Bull KTM Ajo/Kalex) foi 0,035s mais veloz do que Arón Canet (Inde Aspar/ Speed Up) no warm-up matinal de domingo, mas a corrida viria a ter contornos muito diferentes. A passagem de chuva pelo circuito obrigou a uma paragem depois de seis voltas quando Bastianini liderava. A prova foi reatada para mais dez voltas, e no arranque Marini fez o holeshot. No entanto, ainda na primeira volta, Bastianini atacou a liderança com sucesso. Vierge assumiu o segundo lugar e Schrötter colocou-se em terceiro. Na frente, Bastianini construiu uma margem curta, mas sólida, face a Vierge. Mais atrás, Marini e Lowes lutavam ferozmente pela quinta posição. Um toque com Schrötter afastou Vierge da prova. Aproveitou Bezzecchi, que chegou ao segundo lugar e ainda foi em busca de Bastianini. Porém, não teve argumentos para o líder, que venceu a corrida com 0,720s de avanço. Lowes acabou por se distanciar de Marini e acabou no terceiro lugar subindo ao pódio. O líder do campeonato

Dovizioso chegou ao GP da Emília Romana a defender a liderança do Mundial.

foi quarto e Schrötter o quinto. Com novo triunfo no bolso, Bastianini comentou: ‘Que corrida! Ganhar em casa diante da minha família e dos meus adeptos tem um sabor especial. Na primeira parte da corrida tive um bom ritmo, mas também na segunda corrida estive a atacar: escolhi um pneu mais macio, mas depois de algumas voltas começou a quebrar. Ataquei outra vez e no fim ganhei. Obrigado a toda a equipa e à Italtrans pelo ótimo trabalho!’ Depois da segunda ronda de Misano, Marini continuava a ser o líder do campeonato. Porém, Bastianini ficava a apenas cinco pontos de distância, enquanto Bezzecchi cimentou o terceiro posto e ficou a 20 pontos da dianteira.

MOTOGP: INVERSÃO DE POSIÇÕES – DOVIZIOSO À DEFESA, QUARTARARO AO ATAQUE

O Mundial de MotoGP abordou o GP da Emília Romana em circuns-

Bagnaia com volta recorde nos treinos livres.

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO2

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Enea Bastianini 2.º Marco Bezzecchi 3.º Sam Lowes Italtrans Racing Team Kalex 16m11,977s Sky Racing Team VR46 Kalex + 0,720s

EG 0,0 Marc VDS Kalex + 1,124s

4.º Luca Marini 5.º Marcel Schrötter Sky Racing Team VR46 Kalex + 2,310s

Liqui Moly Intact GP Kalex + 4,132s

6.º Jake Dixon

Petronas Sprinta Racing Kalex + 7,201s 7.º Jorge Navarro Beta Tools Speed Up Speed Up + 7,558s 8.º Fabio Di Giannantonio Beta Tools Speed Up Speed Up + 7,704s 9.º Tom Lüthi Liqui Moly Intact GP Kalex + 7,762s 10.º Héctor Garzó Flexbox HP 40 Kalex + 8,249s 11.º Nicolò Bulega Federal Oil Gresini Moto2 Kalex + 8,141s 12.º Simone Corsi MV Agusta Forward Racing MV Agusta + 8,663s 13.º Arón Canet Inde Aspar Team Moto2 Speed Up + 9,189s 14.º Lorenzo Dalla Porta Italtrans Racing Team Kalex + 12,538s 15.º Stefano Manzi MV Agusta Forward Racing MV Agusta + 12,744s 16.º Mattia Pasini Red Bull KTM Ajo Kalex + 12,935s 17.º Marcos Ramírez Tennor American Racing Kalex + 13,227s

18.º Augusto Fernández 19.º Hafizh Syahrin EG 0,0 Marc VDS

Kalex + 13,779s Inde Aspar Team Moto2 Speed Up + 14,525s 20.º Edgar Pons Federal Oil Gresini Moto2 Kalex + 15,028s 21.º Somkiat Chantra Idemitsu Honda Team Asia Kalex + 15,511s 22.º Bo Bendsneyder NTS RW Racing GP NTS + 18,160s 23.º Tetsuta Nagashima Red Bull KTM Ajo Kalex + 18,079s 24.º Andi Farid Izdihar Idemitsu Honda Team Asia Kalex + 21,265s 25.º Lorenzo Baldassarri Flexbox HP 40 Kalex + 25,587s NC Piotr Biesiekirski NTS RW Racing GP NTS 8 voltas NC Xavi Vierge Petronas Sprinta Racing Kalex 5 voltas NC Joe Roberts Tennor American Racing Kalex Não arrancou NC Kasma Daniel Onexox TKKR SAG Team Kalex Não arrancou tâncias diferentes das jornadas anteriores. Depois de liderar desde o começo da época, Fabio Quartararo tinha perdido o comando para Andrea Dovizioso (Ducati), que estava seis pontos na frente do gaulês da Petronas Yamaha SRT. Apesar das alterações no topo, tudo se mantinha muito renhido: os dez primeiros (com Miguel Oliveira a fechar este lote envergando as cores da Red Bull KTM Tech3) cabiam em 28 pontos. E a pontuação máxima de um Grande Prémio é de 25 pontos. Na conferência de imprensa de lançamento da segunda jornada de Misano, Dovizioso assumiu que era necessário fazer progressos para se manter na disputa, não descansando com a posição de comando: ‘Este campeonato é louco. Há muitos altos e baixos de todos, e é por isso que estamos muito próximos. Estou feliz por estar nesta posição neste momento do campeonato, mas temos seguramente de dar um passo para sermos capazes de lutar’. Sem top três na qualificação há mais de um ano, Dovizioso destacou que o seu grande problema estava a ser o de não ter ritmo suficiente em corrida: ‘Um bom tempo de qualificação é muito importante no MotoGP, mas não é o maior problema neste problema, porque na maior parte da corrida [do GP de San Marino] não fui suficientemente rápido. É muito importante ser um pouco mais forte do que até agora. Porque, por exemplo, no início da corrida estive com Pecco [Bagnaia], pelo que tive uma hipótese de fazer um pódio, mas não tive a velocidade’.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SEXTA-FEIRA: DUAS MILÉSIMAS VALEM LIDERANÇA A BRAD BINDER; OLIVEIRA OITAVO

Após um GP completo e um dia de testes, a informação dos pilotos e equipas sobre Misano abundava,

pelo que os treinos livres acabavam por ser mais uma chance de aprimorar e limar arestas. No FP1, Aleix Espargaró (Aprilia Racing Team Gresini) estava no topo depois das primeiras voltas lançadas, mas depois de várias mudanças de líder Franco Morbidelli (Petronas Yamaha SRT) assumiu o controlo com cerca de 11 minutos decorridos. Viria a ser batido por Pol Espargaró (Red Bull KTM) antes de voltar ao topo. Nos últimos dez minutos, diversos pilotos passaram pelo comando, antes de Quartararo estabelecer a marca de referência: 1m31,721s, já mais rápido do que na qualificação da semana anterior. Morbidelli foi segundo a 0,090s, com Pol Espargaró em terceiro a 0,120s. Oliveira foi quinto e o líder do campeonato, Dovizioso, assinou a sétima marca a 0,431s do líder. A liderança do FP2 era de Quartararo depois das primeiras voltas lançadas. Os primeiros minutos foram repletos de melhorias constantes e diversos homens passaram pelo topo, incluindo Oliveira que foi presença regular entre os seis primeiros. Com dez minutos cumpridos, Quartararo fez a marca que o deixou no comando durante mais de 17 minutos, antes de ser superado por Francesco Bagnaia (Pramac Racing/Ducati). Cerca de dez minutos depois, Pol Espargaró assumiu a liderança, mas viria a ser superado: Takaaki Nakagami (LCR Honda) ascendeu a primeiro, antes de ser destronado por Brad Binder. O homem da Red Bull KTM fez o melhor tempo do dia 0,002s na frente do nipónico, com Quartararo a chegar a terceiro. Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha) foi quarto da sessão e Pol Espargaró quinto. Quanto a Oliveira fez a sétima marca e, sem melhorar desde o FP1, foi oitavo no combinado.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SÁBADO: VOLTA RECORDE DE BAGNAIA; OLIVEIRA RELEGADO À Q1

A manhã de sábado assistiu ao terceiro e penúltimo treino livre para dar início à ação do MotoGP naquele segundo dia. Depois das diversas trocas de líder habituais no início, Pol Espargaró conseguiu consolidar-se como líder. Entretanto, Oliveira sofrera a sua primeira queda da sessão, sem consequências de maior. No último quarto de hora, Andrea Dovizioso (Ducati) e Nakagami lideraram, mas pouco depois viria a ser Bagnaia a passar para a frente em definitivo com uma nova volta recorde. Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha) ainda se colocou a 0,058s, enquanto Quartararo foi terceiro, Morbidelli quarto e Joan Mir (Team Suzuki Ecstar) quinto. No combinado, Danilo Petrucci (Ducati) foi décimo e conseguiu a última vaga direta na Q2 deixando Miller de fora por 0,059s. Entre os que teriam de ir à Q2 encontravam-se também, entre outros, Dovizioso, Rins e Oliveira, que quando procurava melhorar nos últimos minutos sofreu uma segunda queda. O FP4 foi usado pelos pilotos para prepararem a corrida, como é hábito. Numa fase inicial houve uma troca de argumentos entre Viñales e Quartararo, antes de Bagnaia assumir o comando com uma volta que não viria a ser batida. O italiano deu por encerrada a sua sessão pouco depois, enquanto Viñales continuou a rodar rápido e consistente no 1m32s baixo. O espanhol viria a ser terceiro atrás de Mir, que esteve sólido no 1m32s e acabou a 0,098s do líder. Pol Espargaró e Quartararo completaram

LEI DE MURPHY IMPLACÁVEL COM A HONDA: BRADL AUSENTE POR LESÃO

Diz a Lei de Murphy que o que puder correr mal, vai correr mal. Um adágio que se parece aplicar mesmo à Repsol Honda na época de 2020 do Mundial de MotoGP. Num ano em que a equipa e o construtor atravessa uma crise de resultados como não há memória recente, no GP da Emília Romana sofreu nova contrariedade com a ausência forçada de Stefan Bradl.

O alemão, que desde o GP da República Checa ocupa o lugar do lesionado Marc Márquez, sofreu problemas no braço direito que o impediam de pilotar de maneira segura. Assim, em conjunto com os médicos, a Repsol Honda viu-se privada de Bradl, ficando reduzida a Álex Márquez. Na satélite LCR Honda apenas esteve Takaaki Nakagami, com Cal Crutchlow lesionado. Em conferência de imprensa, Bradl assumiu que não estava capaz de rodar em Misano e apontou o momento do regresso: ‘A situação não é, obviamente, fantástica com o nervo e com o problema que tenho nos dois dedos mais pequenos da mão direita. Depois das corridas na Áustria começou o problema e acordei sempre com uma sensação dormente nos dois dedos mas nunca pensei que fosse tão grave. As coisas continuaram assim até que me senti bastante mal desde logo no arranque da corrida aqui, na semana passada. Durante a corrida tive esta dormência nos dedos e cheguei mesmo a perder a sensibilidade na mão. Entre as duas corridas decidi ir ao médico, na última segunda-feira e fiz uma pequena operação na terça-feira. [...]. A operação correu bem, as sensações estão um pouco melhores mas é muito pouco tempo para recuperar e não estou em condições de pilotar a moto a 100 por cento. Preciso de uns dias para recuperar e espero poder trabalhar em breve e regressar a tempo de competir em Barcelona’.

Viñales imperial somou pole position e vitória.

o top cinco, enquanto Oliveira foi décimo com um ritmo constante na casa do 1m32s alto.

MOTOGP, QUALIFICAÇÃO: NOVA POLE POSITION DE VIÑALES; OLIVEIRA EM 15.º

A Q1 abriu as hostilidades da qualificação e teve um começo positivo para Oliveira, que chegou a ocupar a primeira posição, antes de ser batido pelo colega Iker Lecuona e por Dovizioso. Na sua segunda tentativa, Miller rubricou a melhor marca da Q1 e garantiu a vaga na Q2. Atrás de si houve alguma movimentação. Dovizioso bateu por 0,103s o até então vice-líder Lecuona e consumou o apuramento. Oliveira acabou por não melhorar o suficiente e acabou em quinto (15.º na grelha). Na Q2, o primeiro a liderar foi Viñales, mas Bagnaia mostrou-se forte e assumiu a dianteira, com Quartararo também a discutir as primeiras posições. A cerca de cinco minutos do fim, Viñales regressou à liderança que não viria a perder. Na fase final, o #12 melhorou e viu Bagnaia a perder um tempo de 1m30s que lhe daria o primeiro lugar: o italiano excedeu os limites de pista. Miller chegou a segundo, com Quartararo a colocar-se no terceiro posto à frente de Pol Espargaró. No comentário a esta sua segunda pole position consecutiva, Viñales destacou o árduo trabalho realizado: ‘Trabalhámos mesmo no duro e fizemos o que tínhamos a fazer. [...]. Vamos tentar dar o máximo. Estou muito feliz e confortável com a moto. Estive muito tranquilo no FP4 em condições que são semelhantes às da corrida, então veremos. Foquei-me principalmente em pilotar com um depósito de combustível cheio e na configuração de corrida. [...]. Temos um bom potencial e acho que ainda podemos fazer melhor’.

MOTOGP, CORRIDA: VIÑALES CONVERTEU POLE EM VITÓRIA NUMA PROVA DRAMÁTICA; OLIVEIRA NO TOP CINCO

A poucas horas da corrida, o warm-up contou com Álex Márquez (Repsol Honda) dez milésimas na frente de Viñales, naquela que foi a última sessão preparatória da corrida. Esta teve Miller a ser mais O pódio do GP da Emília Romana.

forte no arranque, mas pouco depois Viñales conseguiu reaver a liderança. Rossi caiu cedo, tal como sucedeu pouco depois a Brad Binder. Ambos retomaram a marcha, mas viriam a abandonar. Depois de construir alguma margem face à perseguição, Viñales começou a ver Bagnaia cada vez mais perto, e o italiano consumou a ultrapassagem para o comando na volta sete. Mais atrás, Oliveira colocava pressão em Márquez, depois de já ter recuperado até nono. A ultrapassagem aconteceu a 19 voltas do término da prova. Na mesma altura, problemas mecânicos – derivados a uma viseira sugada pela moto – ditaram o abandono de Miller. Bagnaia conseguiu consolidar o comando, enquanto Pol Espargaró conseguiu chegar aos lugares de pódio. Porém, começou a ser pressionado por Quartararo enquanto começou a sentir dificuldades com os pneus. Faltavam sete voltas para o fim quando Bagnaia sofreu uma queda, que entregou de bandeja a liderança – e a vitória – a Viñales. Até à bandeira de xadrez, o espanhol não teve oposição, cortando a meta 2,425s na frente de Mir. O espanhol da Suzuki teve um andamento forte nas últimas voltas, desfazendo-se de Pol Espargaró e Quartararo em pista. Quartararo, por seu turno, foi penalizado com uma long lap por exceder os limites de pista. Ao não cumpri-la viu três segundos acrescentados ao seu tempo final, perdendo o terceiro posto para Pol Espargaró. Oliveira recuperou até quinto. Mais atrás, Dovizioso terminou em oitavo e assim mantinha a liderança do campeonato por um ponto. Conseguido o primeiro triunfo do ano, Viñales destacou a preparação cuidada para a prova: ‘Fizemos um trabalho incrível este fim de semana e preparámo-nos verdadeiramente bem para esta corrida. O Pecco foi muito rápido e eu estive a atacar muito tentando poupar um pouco do pneu para as últimas dez voltas. Depois comecei a atacar no final e pensei que estava a apanhar o Pecco. Mas depois de ele cometer um erro, só me foquei em manter a moto com ambas as rodas no chão, tentar não cair e obter a máxima quantia de pontos. É fantástico! Estou muito feliz, porque a minha mentalidade é exatamente a mesma do fim de semana anterior e das últimas corridas, mas simplesmente encontrámos uma configuração que é um pouco melhor para quando temos 20 litros de combustível no início da corrida’. Depois de novo pódio que o deixava na disputa do título, Mir só lamentou a sua qualificação: ‘É tão agradável estar aqui no pódio outra vez! Sei que preciso de melhorar os meus resultados de qualificação, e isso é algo em que temos tentado trabalhar, mas estou muito feliz por ter conseguido lutar pelo pódio apesar de partir de 11.º. Simplesmente continuei a tentar encurtar a distância e mantive-me focado, e isso resultou. Estou muito feliz’. Em terceiro, devolvendo a KTM aos pódios, ficou Pol Espargaró, que sublinhou que o risco compensou ao escolher o pneu macio para a traseira: ‘Sabíamos que estávamos a arriscar com o pneu traseiro, mas quis mesmo desfrutar da corrida. Também sabia que teríamos de lidar com alguma quebra de rendimento, mas isso surgiu muito mais cedo do que esperávamos. Fui muito rápido no início e continuei a atacar e a manter o Maverick próximo durante algum tempo. No fim quis manter os outros atrás de mim e defender a minha posição: esse grande esforço recompensou. Com a penalização do Fabio fomos capazes de fazer isto... é por isso que nunca desisto’. Terminado o GP da Emília Romana, o campeonato estava ainda mais ao rubro. Dovizioso continuava no comando, mas um ponto à frente de Quartararo e de Viñales, com Mir em quarto a quatro pontos. O top dez cabia em 27 pontos. Oliveira tinha ascendido a oitavo, colocando-se a 25 pontos do topo.

PSP/Lukasz Swiderek CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOGP

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer. 1.º Maverick Viñales Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha 41m55,846s 2.º Joan Mir Team Suzuki Ecstar Suzuki + 2,425s 3.º Pol Espargaró Red Bull KTM Factory Racing KTM + 4,528s 4.º Fabio Quartararo Petronas Yamaha SRT Yamaha + 6,419s 5.º Miguel Oliveira Red Bull KTM Tech 3 KTM + 7,368s 6.º Takaaki Nakagami LCR Honda Idemitsu Honda + 11,139s 7.º Álex Márquez Repsol Honda Team Honda + 11,929s 8.º Andrea Dovizioso Ducati Team Ducati + 13,113s 9.º Franco Morbidelli Petronas Yamaha SRT Yamaha + 15,880s 10.º Danilo Petrucci Ducati Team Ducati + 17,682s 11.º Johann Zarco Esponsorama Racing Ducati + 23,144s 12.º Álex Rins Team Suzuki Ecstar Suzuki + 24,962s 13.º Bradley Smith Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 30,008s NC Iker Lecuona Red Bull KTM Tech 3 KTM 24 voltas NC Francesco Bagnaia Pramac Racing Ducati 20 voltas NC Valentino Rossi Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha 15 voltas NC Tito Rabat Esponsorama Racing Ducati 12 voltas NC Jack Miller Pramac Racing Ducati 7 voltas NC Brad Binder Red Bull KTM Factory Racing KTM 3 voltas NC Aleix Espargaró Aprilia Racing Team Gresini Aprilia 0 voltas

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