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GP de San Marino

Morbidelli, o quarto a estrear-se nas vitórias em 2020

Continua a ser uma temporada atípica no Mundial de MotoGP. No GP de San Marino – sexto do ano para a classe rainha – houve o quarto vencedor diferente e o quarto estreante nas vitórias, desta feita Franco Morbidelli.

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Depois de três rondas consecutivas, os pilotos dos Mundiais MotoGP tiveram uma merecida pausa de duas semanas antes de enfrentarem nova sequência exigente – duas jornadas em Misano seguidas de uma em Barcelona ao longo do mês de setembro em semanas seguidas. O GP de San Marino marcou o regresso da MotoE World Cup. Dominique Aegerter (Dynavolt Intact GP) chegava como líder, mas a sua vantagem não era substancial. Estava apenas 11 pontos na frente de Jordi Torres (Pons Racing 40), com Eric Granado (Avintia Esponsorama) em terceiro a 13 pontos. O campeão em título, Matteo Ferrari (Trentino Gresini) seguia em sexto a 21 pontos. As contas do Moto3 estavam mais desniveladas à chegada a Misano, com Albert Arenas (Pull&Bear Aspar/KTM) a somar mais 25 pontos do que Ai Ogura (Honda Team Asia). O terceiro classificado, John McPhee (Petronas Sprinta Racing/ Yamaha) ocupava o terceiro posto a 39 pontos, distância aparentemente significativa. O pelotão do Moto2 esteve desfalcado no GP de San Marino, sem um dos seus principais pilotos. Jorge Martín testou positivo à Covid-19 e teve de permanecer em isolamento, sendo o primeiro caso entre os pilotos no paddock. Também foi anunciado que um mecânico – de uma equipa e categoria

Morbidelli vitorioso pela primeira vez na carreira.

não identificadas – tinha contraído a doença. No que toca ao campeonato de Moto2, Luca Marini (Sky Racing Team VR46/Kalex) abordou o GP de San Marino em casa com mais oito pontos do que Enea Bastianini (Italtrans Racing Team/ Kalex). A época de MotoGP estava ao rubro, com os nove primeiros separados por apenas 27 pontos antes do GP de San Marino. Fabio Quartararo (Petronas Yamaha SRT) vinha de três provas complicadas, mas mantinha-se no topo – agora com apenas mais três pontos do que Andrea Dovizioso (Ducati). O leque de nove primeiros era fechado por Miguel Oliveira (Red Bull KTM Tech3), que estava no seu melhor momento depois do histórico triunfo em Spielberg.

MOTOE, TREINOS LIVRES: MATTEO FERRARI MAIS RÁPIDO

A MotoE World Cup voltou às pistas na sexta-feira, 11 de setembro, com o primeiro treino livre do GP de San Marino. Depois do ascendente de Mike di Meglio (EG 0,0 Marc VDS) na fase inicial, Alex de Angelis (Octo Pramac MotoE) comandou mais de metade da sessão inaugural da sua ronda caseira terminando mesmo no topo 0,251s na frente de Mattia Casadei (Ongetta SIC58 Squadra Corse). Ferrari foi terceiro a 0,264s e Granado quarto a 0,422s, sendo Aegerter quinto já a mais de meio segundo. Também no FP2 de MotoE houve um homem que liderou mais de metade da sessão para acabar no topo – desta feita, Granado, que se impôs perante Ferrari por 0,032s para ficar na dianteira do treino e do dia de sexta-feira. De Angelis assinou a terceira marca, Casadei foi quarto e Aegerter repetiu a quinta posição. No sábado de manhã no FP3, depois de várias trocas de líder nos primeiros 12 minutos, Ferrari assumiu definitivamente as rédeas com 13 minutos volvidos. O campeão em título viria ainda a melhorar e acabou 0,150s na frente de Granado, com Xavier Siméon (LCR E-Team) em terceiro, Torres em quarto e Lukas Tulovic (Tech3 E-Racing) em quinto. Aegerter não foi além de décimo na sessão em que grande parte dos pilotos fizeram os seus melhores registos.

MOTOE, EPOLE: POLE POSITION DE CASADEI COM CONTORNOS DRAMÁTICOS

Contornos dramáticos na EPole, a qualificação de MotoE. Como habitualmente, os pilotos têm apenas uma tentativa para fazerem os seus tempos. Granado rubricou o melhor crono e parecia com a pole position encaminhada. Porém, viu-lhe ser removido o seu tempo por ter excedido os limites de pista –ainda que por uma margem muito escassa. Desilusão de uns, celebração de

Covid-19 afastou Jorge Martín de Misano.

Primeira vitória do ano para Matteo Ferrari.

outros. Ferrari obteve em pista a pole position do GP de San Marino de MotoE, com uma volta em 1m43,580s que lhe permitiu superar Casadei por 0,272s. Porém, acabou penalizado e caiu para quarto. Siméon e Tulovic completaram a primeira linha da grelha. Ferrari dividiria a segunda fila com Aegerter e Niccolò Canepa (LCR E-Team) na segunda fila. Sendo o único a ficar sem tempo, Granado foi relegado ao 18.º e último posto da grelha de partida.

MOTOE, CORRIDA: MATTEO FERRARI SUPERIOR

A ação de corridas em Misano começou com a prova de MotoE – em formato sprint, com apenas sete voltas. Arrancando da pole position, Casadei conservou a liderança no início, com Siméon no seu encalço e Ferrari a ascender a terceiro. A situação esteve assim durante as três primeiras voltas. Na quarta, Ferrari lançou um ataque a Siméon e passou para o segundo lugar. Um pouco mais atrás, Torres e Aegerter mantinham-se junto às posições de pódio. A três voltas do fim, Ferrari completou a manobra decisiva na curva 11 de Misano, ultrapassando Casadei para assumir a dianteira. Uma vez na frente, Ferrari não deixou a vitória escapar cortando a

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOE

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Matteo Ferrari

Trentino Gresini MotoE Energica 12m14,331s 2.º Xavier Siméon LCR E-Team Energica + 0,213s 3.º Dominique Aegerter Dynavolt Intact GP Energica + 0,372s 4.º Jordi Torres Pons Racing 40 Energica + 0,474s 5.º Mattia Casadei Ongetta SIC58 Squadra Corse Energica + 0,606s 6.º Mike di Meglio EG 0,0 Marc VDS Energica + 0,780s 7.º Alessandro Zaccone Trentino Gresini MotoE Energica + 4,393s 8.º Alex de Angelis Octo Pramac MotoE Energica + 4,476s 9.º Tommaso Marcon Tech 3 E-Racing Energica + 4,915s 10.º Eric Granado Avintia Esponsorama Racing Energica + 5,056s 11.º Niccolò Canepa LCR E-Team Energica + 5,439s 12.º Lukas Tulovic Tech 3 E-Racing Energica + 5,705s 13.º Alejandro Medina Openbank Aspar Team Energica + 8,448s 14.º Xavier Cardelús Avintia Esponsorama Racing Energica + 8,582s 15.º María Herrera Openbank Aspar Team Energica + 8,813s 16.º Jakub Kornfeil WithU Motorsport Energica + 11,795s 17.º Niki Tuuli Avant Ajo MotoE Energica + 12,892s 18.º Josh Hook Octo Pramac MotoE Energica + 36,401s meta 0,213s na frente de Siméon. Com Casadei a quebrar depois de perder a liderança, o belga aproveitou para o superar, assim como Aegerter que ainda levou a melhor sobre Torres. Casadei foi quinto. Num dos seus piores resultados do ano, Granado só conseguiu recuperar até décimo. No comentário à sua vitória em comunicado, Ferrari afirmou que foi um triunfo essencial: ‘Estou mesmo feliz pela vitória, embora no início tenha tido dificuldades para ficar com o Casadei e o Simeón. Saí largo em Quercia, mas fui capaz de recuperar e permanecer com os líderes. Fizemos um trabalho fantástico e mesmo se os pneus se desgastaram um pouco na fase final, conseguimos obter uma vitória muito importante e deixar para trás o desapontamento de Jerez e a penalização na grelha, que numa corrida tão curta podia ter sido crucial’. A primeira de duas rondas em Misano provocou alterações substanciais na tabela da MotoE World Cup. Aegerter manteve-se como líder e até alargou a sua margem de 11 para 12 pontos. Porém, a perseguição estava agora a cargo de Ferrari, com Torres em terceiro, Casadei em quarto e Siméon em quinto, superando também Granado que caiu para sexto e ficou a 23 pontos do comando.

MOTO3, TREINOS LIVRES: MCPHEE DITOU RITMO

O Mundial de Moto3 deu início aos trabalhos em pista do GP de San Marino. No FP1, na sexta-feira de manhã (11 de setembro), os minutos iniciais foram frenéticos como é habitual, mas a partir dos nove minutos um homem destacou-se – Raúl Fernández (Red Bull KTM Ajo), que assumiu definitivamente a liderança. Melhorou o seu tempo por diversas vezes até chegar a

Ogura estreou-se nas pole positions.

1m42,501s, marca com que superou Gabriel Rodrigo (Kömmerling Gresini/Honda) por 0,234s. Ayumu Sasaki (Red Bull KTM Tech3) ficou em terceiro, ao passo que o líder do campeonato, Arenas, quedou-se pelo oitavo lugar a 0,817s do topo. No FP2, Raúl Fernández voltou a ser protagonista. Desta feita assumiu o comando logo na sua segunda volta lançada e liderou durante mais de meia hora. Porém, nos últimos cinco minutos, Tatsuki Suzuki (SIC58 Squadra Corse/Honda) acabou por ditar o ritmo da sessão batendo Arenas por 0,050s. Raúl Fernández foi terceiro a 0,071s. Ainda assim, o espanhol terminou como o mais rápido do dia inaugural – tal como Rodrigo não melhorou no FP2, mas as suas marcas matinais chegaram para ficarem no topo da tabela, com Suzuki em terceiro a 0,282s. Na manhã de sábado aconteceu o FP3, decisivo para o apuramento direto à Q2. A incerteza dominou nos primeiros 25 minutos, com diversos homens a passarem pela liderança – entre eles Raúl Fernández. Mas no fim acabou por se impor McPhee, que no último quarto de hora ficou inabalável na liderança. Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/KTM) foi quem mais perto ficou do britânico, a apenas duas milésimas, seguindo-se Arenas a 0,022s. Fernández foi quarto a 0,057s. Os 14 primeiros seguiram diretos para a Q2 graças aos seus registos no FP3. Uma zona da classificação combinada a que não chegou Sasaki – o nipónico não melhorou desde o FP1 e ficou em 15.º a apenas 0,029s do 14.º, Filip Salac (Rivacold Snipers Team/ Honda).

MOTO3, QUALIFICAÇÃO: PRIMEIRA POLE POSITION PARA OGURA EM QUALIFICAÇÃO INTENSA

Na primeira fase da qualificação, as Husqvarna da Sterilgarda Max Racing Team, e em particular Romano Fenati, lideraram durante grande parte do tempo. Porém, já nos últimos instantes, Tony Arbolino (Rivacold Snipers Team/Honda) estabeleceu o melhor registo batendo Fenati por 0,072s. Alonso López, que também liderou tal como o colega Fenati, acabou em terceiro e segurou uma vaga na Q2. A última ficou na posse de Riccardo Rossi (BOE Skull Rider Facile Energy/ KTM), que com a sua última volta relegou Darryn Binder (CIP Green Power/KTM) ao quinto posto da Q1 por 0,104s. Depois de alguns minutos de intervalo, chegou o momento da Q2. Ogura comandava no fim de todas as primeiras voltas lançadas, sendo depois batido por Andrea Migno (Sky Racing Team VR46/KTM). Este foi depois ultrapassado por Suzuki que, por seu turno, se viu superado por Rodrigo. Mas no fim quem se impôs foi Ogura, que na derradeira volta foi 16 milésimas mais rápido do que Rodrigo para obter a sua primeira pole position da carreira. Suzuki foi terceiro, na frente de Migno e Fenati. Arenas, líder do campeonato, complicou a sua tarefa para a corrida com o 13.º lugar.

MOTO3, CORRIDA: TERCEIRA VITÓRIA DA CARREIRA DE MCPHEE EM PROVA PARA ESQUECER DE ARENAS

Na manhã de domingo, 13 de setembro, Raúl Fernández liderou o warm-up de Moto3 superando

Dennis Foggia (Leopard Racing/ Honda) por 0,451s. Horas depois, foi o momento da corrida. Ogura partiu bem da pole position, mas foi ultrapassado pelo compatriota Suzuki. Sergio García (Estrella Galicia 0,0/Honda) e Raúl Fernández envolveram-se num incidente para o qual também foi arrastado Celestino Vietti (Sky Racing Team VR46/ KTM), o que os deixou a todos fora de prova. A luta pela liderança prosseguia, com Rodrigo a ocupá-la por instantes antes de ser batido por Suzuki. Formou-se um grupo alargado na luta pela liderança, no qual chegou a estar Darryn Binder antes de cair na curva seis algumas voltas depois. Nas últimas oito voltas, o top cinco estava separado por menos de meio segundo. Além de Rodrigo e Suzuki, também lá estava Jaume Masiá (Leopard Racing/Honda), Ogura e McPhee. Arenas colou-se aos adversários, mas a duas voltas do fim caiu e sofreu o seu segundo abandono do ano. A luta pelo triunfo foi empolgante e incerta até ao fi. McPhee foi o mais forte, batendo Ogura por escassas 37 milésimas de segundo. Suzuki selou um duplo pódio para o Japão ao ser terceiro, sendo Jeremy Alcobá (Kömmerling Gresini/ Honda) quarto e Rodrigo quinto. O terceiro triunfo da carreira relançou McPhee na luta pelo título, pelo que era natural o agrado do britânico no comunicado de rescaldo: ‘Estou em êxtase! É um sonho tornado realidade estar no primeiro lugar aqui depois da última corrida e de todos os problemas. Tentei estabelecer todos os meus tempos por mim na sexta-feira e depois desapontei a equipa completamente na qualificação tendo uma queda logo no início. Esta corrida não podia ter CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO3

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º John McPhee Petronas Sprinta Racing Honda 39m48,952s

2.º Ai Ogura 3.º Tatsuki Suzuki

Honda Team Asia Honda + 0,037s SIC58 Squadra Corse Honda + 0,232s 4.º Jeremy Alcobá Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 0,393s 5.º Gabriel Rodrigo Kömmerling Gresini Moto3 Honda + 0,490s 6.º Tony Arbolino Rivacold Snipers Team Honda + 0,543s 7.º Jaume Masiá Leopard Racing Honda + 0,833s 8.º Romano Fenati Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna + 0,928s 9.º Dennis Foggia Leopard Racing Honda + 0,976s 10.º Andrea Migno Sky Racing Team VR46 KTM + 1,121s 11.º Niccolò Antonelli SIC58 Squadra Corse Honda + 1,554s 12.º Ryusei Yamanaka Estrella Galicia 0,0 Honda + 1,691s 13.º Riccardo Rossi BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 1,921s 14.º Stefano Nepa Pull&Bear Aspar Team Moto3 KTM + 1,961s 15.º Carlos Tatay Reale Avintia Moto3 KTM + 2,239s 16.º Deniz Öncü Red Bull KTM Tech 3 KTM + 3,927s 17.º Kaito Toba Red Bull KTM Ajo KTM + 8,517s 18.º Davide Pizzoli BOE Skull Rider Facile Energy KTM + 11,399s 19.º Jason Dupasquier CarXpert PruestelGP KTM + 11,679s 20.º Filip Salac Rivacold Snipers Team Honda + 11,835s 21.º Khairul Idham Pawi Petronas Sprinta Racing Honda + 18,331s 22.º Maximilian Kofler CIP Green Power KTM + 18,598s 23.º Yuki Kunii Honda Team Asia Honda + 18,891s 24.º Barry Baltus CarXpert PruestelGP KTM + 41,938s 25.º Sergio García Estrella Galicia 0,0 Honda + 1m01,077s NC Albert Arenas Pull&Bear Aspar Team Moto3 KTM 21 voltas NC Darryn Binder CIP Green Power KTM 14 voltas NC Ayumu Sasaki Red Bull KTM Tech 3 KTM 6 voltas NC Alonso López Sterilgarda Max Racing Team Husqvarna 6 voltas NC Raúl Fernández Red Bull KTM Ajo KTM 0 voltas NC Celestino Vietti Sky Racing Team VR46 KTM 0 voltas

John McPhee relançou-se na luta pelo título após primeiro triunfo do ano.

sido melhor para mim: correu perfeitamente conforme o planeado e sento-me muito forte. Sabia que seria difícil recuperar, mas na primeira volta já estava em 11.º, pelo que só tentei manter a calma e recuperar até à frente. Vi-me de volta a 14.º, pelo que só tentei montar um ataque para ver o que acontecia. Na última volta senti-me mesmo forte, pelo que soube que podia ultrapassar um ou dois pilotos nas últimas curvas se precisasse’. Campeonato de Moto3 relançado depois da primeira jornada de Misano, com Arenas a manter-se no topo. Porém, com o abandono, viu Ogura colocar-se a apenas cinco pontos, ao passo que McPhee era o terceiro a apenas 14 pontos depois do triunfo.

MOTO2, TREINOS LIVRES: BEZZECCHI ESTABELECEU REGISTO DE REFERÊNCIA

O programa do GP de San Marino de Moto2 começou com um animado primeiro treino livre, em que existiram mexidas constantes na tabela de tempos. Marini liderou

durante uma parte considerável da sessão, mas nos últimos cerca de 12 minutos imperou Sam Lowes (EG 0,0 Marc VDS/Kalex), que com três voltas rápidas nessa fase selou a liderança. Superou Marini por 0,230s, sendo Marco Bezzecchi (Sky Racing Team VR46/Kalex) terceiro a 0,348s. Os melhores tempos do dia viriam a surgir, contudo, no FP2. Lowes esteve no topo durante mais de meia hora depois dos 14 minutos, mas já nos últimos instantes viria a ser superado por Bastianini. Um tempo de 1m36,933s foi o melhor de sexta-feira para o italiano, que superou Lowes por 59 milésimas. Augusto Fernández (EG 0,0 Marc VDS/Kalex) foi terceiro, confirmando a boa forma da formação de Marc van der Straten. Nicolò Bulega (Federal Oil Gresini/Kalex) acabou em quarto na frente de Marini. A tabela foi fechada por Jesko Raffin (NTS RW Racing GP), único que não progrediu do FP1 para o FP2. As contas do apuramento direto para a Q2 ficaram fechadas no FP3 no sábado de manhã. Foi a sessão mais rápida para todos os pilotos, mas Bezzecchi decidiu a liderança muito cedo – fez a melhor marca com cerca de 11 minutos e meio decorridos. Marini colocou-se a 0,083s, sendo Remy Gardner (Onexox TKKR SAG Team/Kalex) terceiro a 0,216s. Lowes ficou em quarto e Tetsuta Nagashima (Red Bull KTM Ajo/Kalex) quinto. Bastianini acabou em oitavo depois de ser o mais rápido de sexta-feira. O 14.º lugar, último de apuramento direto para a Q2, ficou nas mãos de Hafizh Syahrin (Oceanica Aspar Team/Speed Up), com Joe Roberts (Tennor American Racing/Kalex) em 15.º a falhar o objetivo por 70 milésimas.

MOTO2, QUALIFICAÇÃO: GARDNER NA POLE POSITION… APESAR DE LOWES SER O MAIS RÁPIDO

Na primeira fase da qualificação do GP de San Marino de Moto2, Fabio di Giannantonio (+EGO Speed Up) liderou durante grande parte da sessão e terminou mesmo no topo. A sua melhor volta foi a última que efetuou, mas as restantes posições de apuramento ficaram logo definidas nos minutos iniciais – Héctor Garzó (Flexbox HP 40/ Kalex), Roberts e Marcos Ramírez (Tennor American Racing/Kalex) ficaram entre segundo e quarto com as suas segundas voltas lançadas. Em quinto ficou Bulega, falhando o apuramento por 0,028s. A primeira metade da Q2 foi intensa. Bezzecchi liderava depois das segundas voltas lançadas, seguindo-se no comando Marcel Schrötter (Liqui Moly Intact GP/Kalex) e Bastianini. Porém, com pouco menos de seis minutos cumpridos, Lowes assumiu o comando sem nunca mais o largar – isto graças a uma melhoria posterior de qua-

Bezzecchi estabeleceu registo de referência"

se meio segundo. O britânico superou Gardner por 0,254s, com Marini a ser terceiro. Porém, uma penalização de partida da via das boxes ditada anteriormente afastou Lowes da pole position, que acabou nas mãos de Gardner. Marini partiria de segundo e Bezzecchi de terceiro.

MOTO2, CORRIDA: DOBRADINHA DA SKY RACING TEAM VR46 COM MARINI VITORIOSO

O warm-up de Moto2 assistiu a Arón Canet (Oceanica Aspar/Speed Up) no topo sendo 0,113s mais veloz do que Gardner. Foi a última chance de preparação da corrida que viria a acontecer horas mais tarde. Na partida, Marini assumiu a liderança, com Bastianini e Bezzecchi no encalço.

PSP/Lukasz Swiderek

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTO2

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Luca Marini 2.º Marco Bezzecchi 3.º Enea Bastianini 4.º Xavi Vierge 5.º Augusto Fernández 6.º Tom Lüthi 7.º Fabio di Giannantonio Sky Racing Team VR46 Kalex 40m41,774s Sky Racing Team VR46 Kalex + 0,799s

Italtrans Racing Team Kalex + 0,897s Petronas Sprinta Racing Kalex + 2,177s

EG 0,0 Marc VDS Kalex + 8,307s

Liqui Moly Intact GP Kalex + 9,046s +EGO Speed Up Speed Up + 9,971s

8.º Sam Lowes EG 0,0 Marc VDS Kalex + 16,485s

9.º Arón Canet Oceanica Aspar Team Moto2 Speed Up + 17,036s

10.º Joe Roberts

Tennor American Racing Kalex + 17,209s 11.º Lorenzo Baldassarri Flexbox HP 40 Kalex + 17,741s 12.º Marcos Ramírez Tennor American Racing Kalex + 19,152s 13.º Lorenzo Dalla Porta Italtrans Racing Team Kalex + 21,946s 14.º Simone Corse MV Agusta Forward Racing MV Agusta + 22,005s 15.º Nicolò Bulega Federal Oil Gresini Moto2 Kalex + 24,404s 16.º Jake Dixon Petronas Sprinta Racing Kalex + 24,663s 17.º Stefano Manzi MV Agusta Forward Racing MV Agusta + 27,442s

18.º Somkiat Chantra Idemitsu Honda Team Asia Kalex + 32,671s 19.º Bo Bendsneyder NTS RW Racing GP NTS + 35,844s 20.º Kasma Daniel Onexox TKKR SAG Team Kalex + 46,463s NC Tetsuta Nagashima Red Bull KTM Ajo Kalex 24 voltas NC Hafizh Syahrin Oceanica Aspar Team Moto2 Speed Up 21 voltas NC Marcel Schrötter Liqui Moly Intact GP Kalex 18 voltas NC Andi Farid Izdihar Idemitsu Honda Team Asia Kalex 16 voltas NC Jesko Raffin NTS RW Racing GP NTS 15 voltas NC Edgar Pons Federal Oil Gresini Moto2 Kalex 12 voltas NC Jorge Navarro +EGO Speed Up Speed Up 10 voltas NC Héctor Garzó Flexbox HP 40 Kalex 6 voltas Saboroso triunfo caseiro de Marini em dobradinha Sky Racing Team VR46.

Foi uma prova dominada pela Sky Racing Team VR46, com Marini e Bezzecchi a assentarem-se desde cedo nas duas primeiras posições distanciando-se de Bastianini. Um erro de Marini a sete voltas do fim proporcionou a aproximação de Bezzecchi e uma luta renhida pelo triunfo nas últimas voltas aproveitada por Bastianini para se aproximar. Porém, Marini nunca cedeu e acabou por cortar a meta com 0,799s de avanço para Bezzecchi. Bastianini foi terceiro a 0,897s, com o top cinco fechado por Xavi Vierge (Petronas Sprinta Racing/Kalex) e Augusto Fernández. Lowes conseguiu recuperar até oitavo. Na entrevista à emissão oficial logo após a corrida, Marini disse considerar ter sido a sua melhor prova, apesar de não ter tido a velocidade esperada: ‘Esta foi das boas, acho que foi a minha melhor corrida. Não fui tão veloz como esperava, não consegui pilotar como nas outras sessões. Tentei gerir a vantagem sobre o Bezzecchi, mas depois meti uma mudança em neutro creio que na curva 14 e perdi um segundo. Depois o Bezzecchi ultrapassou-me, começámos a batalhar e eu era um pouco mais veloz por isso pude ultrapassá-lo noutro sítio. Depois tinha algo mais nas últimas três voltas. Foi um trabalho fantástico por parte da equipa, a moto esteve perfeita desde o início, mas agora desfrutamos desta vitória e vamos festejar mais logo, talvez eu, a minha namorada e alguns amigos, mas com poucas pessoas’. Depois de nova vitória, Marini dilatou a sua margem no topo do campeonato para 17 pontos, tendo Bastianini como perseguidor. Bezzecchi ascendeu a terceiro ficando a 27 pontos da liderança, ao passo que o ausente Martín desceu a quarto ficando a 33 pontos de Marini.

MOTOGP: NOVO CAPÍTULO EM ÉPOCA DE INCERTEZA

O Mundial de MotoGP abriu-se

ao público em Misano para o GP de San Marino, primeira de duas rondas consecutivas naquele traçado. Sem Marc Márquez em ação por estar lesionado, o campeonato não deixava de desiludir – mesmo sem a referência dos últimos anos, imperava a incerteza e o equilíbrio, com os primeiros classificados separados por poucos pontos. Para os portugueses, o interesse acrescido passava pelo excelente momento de forma de Oliveira. À entrada do GP de San Marino, Quartararo seguia com três pontos de vantagem e enfrentava um dos seus circuitos favoritos – assumindo na antevisão que o objetivo era colocar um ponto final a uma sequência de três jornadas árduas: – Misano é um dos meus circuitos favoritos porque tem um pouco de tudo […]. Estou curioso para ver como funciona com o novo asfalto e se as condições terão mudado muito desde o ano passado. […]. Lutámos pela vitória até à última volta pela primeira vez no ano passado, pelo que tentaremos repetir isto […]. Precisamos de voltar ao pódio nestas corridas e alcançar um grande número de pontos num circuito que se adequa melhor à nossa moto. O objetivo é recuperar a sensação na moto que tivemos nas primeiras duas corridas em Jerez.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SEXTA-FEIRA: YAMAHA MOSTROU SUPERIORIDADE

O programa do GP de San Marino de MotoGP teve um início que foi uma espécie de indicador do que se iria passar ao longo do fim de semana – domínio Yamaha. Aleix Espargaró (Aprilia Racing Team Gresini) e Pol Espargaró (Red Bull KTM) foram os únicos a passarem pelo comando fora os pilotos das YZR-M1. Quartararo esteve no topo durante grande parte da sessão, mas nos últimos minutos surgiu Maverick Viñales (Monster Energy Yamaha) com duas voltas rápidas que o deixou no topo. Bateu Quartararo por 0,550s, com Aleix Espargaró a ser um surpreendente terceiro classificado a 0,751s. Oliveira ficou em 22.º e último a mais de dois segundos da frente, num começo difícil. O FP2 foi um pouco mais animado, com diversas trocas de líder ao longo dos 45 minutos. Chegaram a estar na frente homens como Aleix Espargaró, Álex Rins (Team Suzuki Ecstar), o seu colega Joan Mir, Brad Binder (Red Bull KTM) ou Iker Lecuona (Red Bull KTM Tech3). Porém, no fim, voltaram a ser as Yamaha a imporem-se. Na sua derradeira volta, Quartararo rubricou o melhor tempo da sessão e do dia de sexta-feira – 1m32,189s. Foi superior ao colega de equipa, Franco Morbidelli.

BAGNAIA E MORBIDELLI DESTACAM ROSSI

O GP de San Marino foi particularmente especial para a VR46 Riders Academy. A estrutura criada por Valentino Rossi para formar as promessas do motociclismo italiano levandoas até ao MotoGP viu os seus pupilos Morbidelli e Bagnaia a acabarem nas duas primeiras posições. E nenhum deles se esqueceu da VR46 Riders Academy. Em conferência de imprensa, Morbidelli apontou o aspeto essencial para o êxito de jovens italianos: ‘Creio que a chave é o facto de o melhor piloto de sempre ter decidido criar um ambiente que potencia o crescimento de jovens talentos. É por esse motivo que temos visto a aparecer tantos bons pilotos italianos nos últimos anos. Quase todos vêm da academia do Valentino Rossi. É claro que há outros, mas neste momento parece que os melhores – e não o quero dizer demasiado alto – estão a sair da academia dele’. Uma visão corroborada por Bagnaia: ‘O Valentino dá-nos o que precisamos. Ele tem resposta a tudo o que lhe pedimos, o que é incrível. Devo dizer que ele apostou muito em mim quando eu lutava pelo título [de Moto2] em 2018. Acho que o Vale criou algo incrível, temos todos um respeito enorme por ele. Mas também acho que nos usa para ser tão forte em pista como foi nesta corrida, por exemplo. Estamos a ajudar-nos uns aos outros e procuramo-lo constantemente para saber como podemos ser mais velozes’.

Yamaha e Rossi no topo dos treinos livres de MotoGP.

CLASSIFICAÇÃO GP SAN MARINO - MOTOGP

Pos. Piloto Equipa Moto Temp./Difer.

1.º Franco Morbidelli Petronas Yamaha SRT Yamaha 42m02,272s

2.º Francesco Bagnaia Pramac Racing

Ducati + 2,217s 3.º Joan Mir Team Suzuki Ecstar Suzuki + 2,290s 4.º Valentino Rossi Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha + 2,643s 5.º Álex Rins Team Suzuki Ecstar Suzuki + 4,044s 6.º Maverick Viñales Monster Energy Yamaha MotoGP Yamaha + 5,383s 7.º Andrea Dovizioso Ducati Team Ducati + 10,358s 8.º Jack Miller Pramac Racing Ducati + 11,155s 9.º Takaaki Nakagami LCR Honda Idemitsu Honda + 10,839s 10.º Pol Espargaró Red Bull KTM Factory Racing KTM + 12,030s 11.º Miguel Oliveira Red Bull KTM Tech 3 KTM + 12,376s 12.º Brad Binder Red Bull KTM Factory Racing KTM + 12,405s 13.º Aleix Espargaró Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 15,142s 14.º Iker Lecuona Red Bull KTM Tech 3 KTM + 19,914s 15.º Johann Zarco Esponsorama Racing Ducati + 20,152s 16.º Danilo Petrucci Ducati Team Ducati + 22,094s 17.º Álex Márquez Repsol Honda Team Honda + 22,473s 18.º Stefan Bradl Repsol Honda Team Honda + 37,856s 19.º Bradley Smith Aprilia Racing Team Gresini Aprilia + 1m18,831s NC Tito Rabat Esponsorama Racing Ducati 22 voltas NC Fabio Quartararo Petronas Yamaha SRT Yamaha 18 voltas Pol Espargaró alcançou a terceira posição final, sendo o top cinco completado por Lecuona e Valentino Rossi (Monster Energy Yamaha). Oliveira deu sinais de progresso com o nono posto.

MOTOGP, TREINOS LIVRES DE SÁBADO: ROSSI MOSTROU VELOCIDADE; OLIVEIRA FALHOU Q2 DIRETA

No FP3, os pilotos foram em busca dos lugares de apuramento direto para a Q2 e os tempos desceram para a generalidade dos pilotos. Rins foi o primeiro líder e no topo ainda chegaram a estar um piloto KTM – Pol Espargaró – e outro da Ducati – Jack Miller (Pramac Racing). Não obstante, durante grande parte do tempo foi uma Yamaha na frente. O líder foi Rossi, que fez um tempo de 1m31,861s na sua derradeira volta para superar Viñales por escassos 0,075s. Quartararo foi terceiro a 0,100, com Miller e Rins a completarem o top cinco. Diretos para a Q2 foram ainda Mir, Bagnaia, Johann Zarco (Esponsorama Racing/Ducati), Morbidelli e Dovizioso – que bateu Aleix Espargaró por 0,149s. Oliveira acabou em 16.º e ficou relegado à Q1. Ao início da tarde de sábado, houve o FP4 – um dos últimos momentos para preparar a corrida. Nos primeiros dez minutos, Bagnaia assumiu as rédeas ficando no comando durante cerca de 14 minutos. Porém, viria a ser superado Quartararo – o gaulês liderou mesmo o

Morbidelli celebrou a primeira vitória no MotoGP.

O segundo lugar foi mais disputado. Aleix Espargaró ocupou-o até que, já nos últimos minutos, Oliveira foi mais rápido por 0,083s. O luso acabou na vice-liderança a 0,148s de Pol Espargaró e selou a passagem à fase decisiva da qualificação. Entre os ausentes, destaque para Danilo Petrucci (Ducati) – quinto – e Brad Binder – sexto, que partiriam de 15.º e 16.º. Viñales entrou forte a mostrar os seus argumentos na Q2, mas foi logo batido por Bagnaia, Rossi e Quartararo antes de regressar ao topo. Nos últimos instantes, a luta pela pole position foi a dois entre Morbidelli e Quartararo. O italiano colocou-se no topo e Viñales reagiu com uma volta avassaladora que o deixou na pole position por 0,312s. Quartararo e Rossi seguiram-se evidenciando novamente a superior forma das YZR-M1. Miller foi quinto. Oliveira não foi além do 12.º e último posto, indo dividir a quarta fila com Zarco e Pol Espargaró – ele que caiu no início da Q1, ficando impedido de melhorar significativamente. No rescaldo da qualificação, Viñales confessou que o tempo foi o que mais o deixou agradado: ‘Estou mesmo feliz, porque essa volta foi incrível! Não só porque me deu a pole position, mas mais por causa do tempo em si. Quando vi 1m31,4s pensei que era um bom tempo por volta! Sabíamos do nosso potencial e usámos tudo o que tínhamos, e fizemos uma volta mesmo boa. Honestamente estou muito feliz e impressionado por no fim do dia termos sido tão rápidos. Quebrar a volta recorde foi mesmo árduo para mim’.

MOTOGP, CORRIDA: ESTREIA DE MORBIDELLI NAS VITÓRIAS; OLIVEIRA FORA DO TOP DEZ

Houve uma pequena surpresa no warm-up matinal de domingo no GP de San Marino – Nakagami terminou no topo ao ser 0,071s mais veloz do que Morbidelli. Oliveira assinou a décima marca. A corrida de MotoGP deu por concluído o programa do GP de San Marino. E que forma de terminar. O arranque teve Morbidelli a assumir a liderança, passando Rossi a segundo. Viñales caiu para quarto, ultrapassado também por Miller. Mais atrás, Oliveira cedeu algumas posições. Volvidas cinco voltas e na frente mantinha-se Morbidelli, pressionado por Rossi – que, por seu turno, seguia com Miller por perto. Já Viñales era perseguido por Quartararo, outro dos homens que perdeu terreno no início. Com 20 voltas em falta, Quartararo tornou-se no novo quarto classificado… mas foi sol de pouca dura: ávido de ir atrás de Miller, o jovem gaulês exagerou e caiu, ficando fora da luta pelas primeiras posições. Ainda conseguiu voltar à pista, mas acabou por abandonar posteriormente com uma segunda queda. Com Morbidelli destacado no topo, a luta pelo segundo lugar foi emotiva nas voltas seguintes, com diversos pilotos a juntarem-se – Rins, Bagnaia, Mir e Miller estive-

treino ao ser 0,127s mais rápido do que Viñales. O espanhol também ultrapassou Bagnaia. Quanto a Oliveira, mostrou um ritmo sólido que o deixou em décimo.

MOTOGP, QUALIFICAÇÃO: VIÑALES AVASSALADOR DE VOLTA ÀS POLE POSITIONS; OLIVEIRA 12.º

Um total de 11 pilotos entrou em pista na Q1 em busca das últimas duas vagas na Q2 do GP de San Marino de MotoGP. A sessão foi praticamente sempre liderada por Pol Espargaró, que só não esteve na frente durante cerca de dois minutos após a sua primeira volta lançada. O espanhol assegurou o apuramento sem grandes dificuldades.

CRUTCHLOW AUSENTE, BAGNAIA DE REGRESSO

O GP de San Marino de MotoGP contou com novidades no pelotão. Por um lado, assistiu-se ao regresso de Francesco Bagnaia (Pramac Racing/Ducati), que tinha falhado a jornada tripla em Brno e Spielberg devido a lesão. Por outro lado, Cal Crutchlow (LCR Honda) foi forçado a ficar de fora ao estar lesionado. No caso de Crutchlow, o piloto foi autorizado a alinhar nos treinos de sexta-feira para aferir a sua condição física. No fim tinha admitido que o braço ao qual tinha sido operado estava em má situação, com fluídos que teimavam em não sair provocando inchaço. No sábado de manhã, chegou a confirmação que estava inapto. Numa sessão com a imprensa em que o Motorcycle Sports marcou presença, Crutchlow afirmou: ‘Tenho de continuar a fazer terapia física […]. Precisamos de deixar aberto e deixar curar por si, e esse é o grande problema. Porque no outro dia cosi e piorou. O braço simplesmente rebentou como um balão. Vou continuar a estar na câmara hiperbárica e não posso fazer fisioterapia porque é difícil tocar no braço’. Quanto a Bagnaia, em conferência de imprensa de antevisão o #63 confessou que não voltava ainda em pleno: ‘Durante três semanas andei nervoso e chateado, a ver os outros a competir e eu em casa, foi muito complicado. Mas tive tempo para ir ao ginásio e preparar-me para poder estar de regresso aqui em Misano. Não estou a 100 por cento, mas estou bastante bem’.

Viñales selou pole position.

© 2020 Yamaha Motor Racing Srl

ram nesse lote. Bagnaia, terceiro classificado, viria mesmo a superar Rossi para chegar ao segundo lugar. Mesmo sem estar na forma física ideal, o italiano ia mostrando os seus argumentos. Uma vez em terceiro, Rossi ficou também à mercê de Rins e Mir. Os homens da Suzuki dificultavam a vida a Il Dottore. Na derradeira volta, um piloto destacou-se. Mir ultrapassou primeiro Rins para, depois, estar exímio na ultrapassagem a Rossi e assim acabar em terceiro. Inabalável, Morbidelli ganhou com 2,217s de avanço para Bagnaia, com Mir em terceiro a completar um pódio com a nova geração em destaque. Com o abandono de Quartararo, o sétimo lugar foi suficiente para Dovizioso se tornar no novo líder do campeonato. Quanto a Oliveira, acabou por recuperar até 11.º numa prova árdua para a KTM. O luso ficou entre os pilotos da equipa de fábrica, Pol Espargaró e Brad Binder. Em comunicado, Morbidelli comentou a sua vitória: ‘Sinto que esta foi uma semana mágica para mim. Tudo correu bem, portanto antes da corrida pensava que algo bom seria possível. Acontece que foi algo ótimo! Nunca tinha ganho uma corrida de Mundial em casa antes, portanto fazê-lo no MotoGP é a maior conquista da minha vida. Estou mesmo orgulhoso por poder dizer isso. […]. Esta vitória é o resultado do trabalho de equipa. Neste momento estou orgulhoso do que alcançámos no geral. Há sete anos estava a competir com uma Superstock 600 e agora estou a ganhar uma corrida de MotoGP’.

DOVIZIOSO NA LIDERANÇA… MAS CAUTELOSO

Consistente desde o começo da época, Dovizioso tornou-se líder do Mundial de MotoGP ao cabo de seis provas. Embora tenha apenas uma vitória e outro pódio, só falhou o top seis por uma vez e pontuou sempre até ao GP de San Marino. É uma constância importante num ano em que ninguém se tem conseguido impor claramente, mas na reunião com a imprensa depois da corrida de Misano Dovizioso admitiu que é preciso mais da Ducati para levar a luta até ao fim da época: – Esta é a minha abordagem e funciona para o campeonato, é uma coisa positiva para mim. Mas isto não será suficiente, porque com esta velocidade não somos capazes de lutar até ao fim do campeonato. É algo bom de ter, mas não é suficiente.

Gold & Goose/Red Bull Content Pool Estreante nos pódios, Bagnaia confessou citado pelo site Motorsport. com que não esperava este resultado quando abordou o GP de San Marino: ‘Percebi que podia ganhar quando fiz o quarto tempo no warm-up com dores na perna. Isso deu-me confiança. Não esperava chegar aqui e ser tão competitivo. É a segunda vez que regresso este ano, depois da pandemia e da lesão, e só fiz duas corridas. Não me imaginava tão veloz. A Ducati estava a ter problemas e é um resultado importante para a marca. No início da corrida tive problemas para aquecer os pneus, mas assim que isso aconteceu consegui ultrapassar todos. As últimas quatro voltas foram muito difíceis, sempre que mudava de direção e punha o joelho no chão doía-me muito’. Mir conseguiu o seu segundo top três da carreira com o terceiro posto, que o deixou naturalmente agradado: ‘Estou mesmo feliz. Não fui tão forte como na Áustria, mas de qualquer maneira estou no pódio, e isso são boas notícias. Desfrutei mesmo no fim da corrida, e foi empolgante fazer a última ultrapassagem. Sabia que podia fazê-lo naquela curva, portanto estava confiante. Estava ciente de que iria ter algumas dificuldades nas primeiras voltas com o pneu novo, mas o meu ritmo com pneus usados foi muito mais rápido, e senti-me ótimo com a moto, pelo que consegui aproveitar isso’. Volvidas seis provas, Dovizioso era o novo líder do Mundial de MotoGP com mais seis pontos do que Quartararo, seguindo Miller em terceiro a 12 pontos. Tudo tinha ficado um pouco menos nivelado depois da ronda inaugural de Misano, mas também permanecia tudo em aberto com nove pilotos a caberem em 26 pontos. Oliveira baixou a décimo, passando a estar a 31 pontos da dianteira.

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