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“A população costuma se comunicar conosco e tomar conhecimento do nosso trabalho quando agimos diante de inundações deslizamentos e queimadas. Mas a Defesa Civil não é só chuva e fogo”, lembra o coordenador da Defesa Civil de Americana, João Miletta.
Afinal, mesmo em tempos tranquilos e de condições climáticas estáveis, a Defesa Civil atende uma média de 10 ocorrências diárias, todas elas relacionadas a algum tipo de risco ou ameaça que condições ambientais, urbanas ou rurais, oferecem à população.
“A Defesa Civil atua em tudo o que se refere à proteção da vida da comunidade, mas como as pessoas nem sempre sabem disso, muitas vezes não nos procuram e ficam sem saber com quem buscar ajuda”, relata Miletta.
Em uma ação recente, Miletta junto aos dois agentes que trabalham com ele interditou a residência de uma mulher de 92 anos. A casa já estava até em movimento e sob risco iminente de desabamento.
“Tivemos que interditar, buscar os familiares dela para que a abrigassem. Depois acionamos equipe técnica da prefeitura para ver se havia algum risco de um eventual desabamento ameaçar a vizinhança, e assim por diante”.
Miletta relata que ações nessa área de construções são muito frequentes. “Às vezes recebemos alertas sobre obras que estão apenas iniciando, mas com deslocamento de terra equivocado ameaçam estruturas de residências vizinhas”.
Em um caso também recente, o deslocamento de terra já havia des-
coberto os alicerces da residência vizinha quando a Defesa Civil foi acionada. Em casos como esse, a obra é imediatamente interditada e os responsáveis obrigados a retificar todos os prejuízos eventualmente causados. “Muitas vezes, mesmo percebendo o problema, a pessoa prejudicada não sabe a quem recorrer e demora muito até que o caso chegue a nós e consigamos agir, o que faz com que os prejuízos aumentem, até a suspensão da obra. Por isso, esse nosso esforço de aumentar a comunicação com a população é muito importante”, afirma Miletta.
A Defesa Civil também se prepara agora, com a proximidade do inverno e a drástica redução das chuvas, para colocar em ação a Operação Estiagem. E, além das ações de fiscalização, o diálogo e a comunicação com a comunidade também têm um papel fundamental neste momento.
“Um dos grandes problemas do inverno são as queimadas que agravam ainda mais a qualidade do ar já seco, trazendo sérios prejuízos à saúde da população”, adverte.
E o problema das queimadas vai além dos incêndios deliberadamente criminosos colocados em matas. “A nossa população herdou um hábito muito antigo de juntar o mato no quintal ou nos terrenos baldios e tocar fogo com o intuito de ‘limpar’ a área”.
Na maioria das vezes essas pequenas queimadas são feitas de forma inocente, sem que as pessoas saibam o dano que estão causando. “Só que hoje isso é crime ambiental e a pessoa pode ser multada e até presa. Então, nesses casos, a nossa missão é a de primeiro esclarecer e só depois punir, caso ocorra reincidência. Mas a população precisa ter cada vez mais informação de que isso hoje é crime”.
Ainda na área da informação, a Operação Estiagem atua em par-
ceria com a Secretaria de Saúde buscando alertar a população sobre os riscos à saúde provocados pela inevitável queda da umidade relativa do ar no inverno.
“Agora, em meados de abril, a umidade que estava em torno de 80% e com muitas chuvas, chegou a cair para 38%. E a população precisa estar consciente de que não pode se exercitar, fazer trabalho pesado nos horários de maior sol do dia. E também beber bastante água. Enfim, esses alertas precisam ser lembrados anualmente”, afirma Miletta.
EXPEDIENTE
COMBATE À POLUIÇÃO
Aequipe da Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Americana - Unidade de Educação Ambiental, Planejamento, Programas e Agricultura realizou, neste mês, uma ação educativa com aproximadamente 160 alunos da Emei Sabiá, na Vila Santa Maria. Durante a atividade foi apresentado o conto “Os Amigos do Meio Ambientes Contra a Poluição”.
Também foram abordados temas sobre o combate às queimadas, uso racional da água, reciclagem, arborização urbana, além da maquete sobre a utilização do óleo de cozinha. “Por meio de ações lúdicas, brincadeiras e músicas, os alunos foram envolvidos na ação educativa e de conscientização. Ao final da atividade, todos juraram amar e cuidar do meio ambiente e receberam a visita do mascote Lixildo, personagem que promove a Coleta Seletiva”, explicou a diretora de Educação Ambiental, Kátia Birke.
Os alunos foram convidados a participar do concurso de desenhos “Meio Ambiente equilibrado e água, direito de todos, preservar nosso dever!”. As inscrições do concurso estão abertas também para as categorias música, podcast, frase, redação e mascotes e podem ser realizadas até 20 de maio, com exceção da redação, cujas inscrições se encerram no dia 30 de abril. Os grandes vencedores serão conhecidos durante a realização da FEAMA - Feira Ambiental Municipal de Americana, em junho.
“Agradecemos a todos os parceiros, Secretarias de Educação e de Obras e Serviços Urbanos, todas as escolas e população, que estão desenvolvendo a ação educativa do Programa de Educação Ambiental, fortalecendo e ampliando as informações sobre os temas ambientais e qualidade de vida”, disse o secretário de Meio ambiente, Fabio Renato de Oliveira.
A Secretaria de Meio Ambiente da Prefeitura de Americana, em parceria com a APAE (Associação de Pais e Amigos de Excepcionais de Americana), entidade amiga do Meio Ambiente e Diretoria de Ensino, entregou o troféu itinerante de arrecadação de tampinhas para a Escola Estadual Professor Alcindo Soares do Nascimento, no Jardim Paulistano. É o terceiro mês consecutivo que a escola vence como a unidade que mais arrecadou tampinhas no ensino fundamental da rede estadual de ensino. Participaram da ação, aproximadamente, 270 alunos.
“É muito gratificante compartilhar este momento com os alunos e professores nesta ação que está mobilizando as escolas com o propósito de preservar o meio ambiente e incentivar a conscientização e mudança de hábitos. Parabenizamos a todos que colaboraram com as doações e as parcerias com a APAE e a Diretoria de Ensino”, disse o secretário de Meio Ambiente, Fabio Renato de Oliveira. A atividade faz parte do Campeonato de Tampinhas e Lacres Plásticos realizada pela APAE, com apoio da Secretaria de Meio Ambiente e parceiros do projeto.
Escola recebe troféu de arrecadação de tampinhas pela terceira vez
AVANÇOS
Opresidente da Câmara Municipal de Americana, Thiago Brochi (sem partido), teve aprovado projeto de lei que pretende endurecer a fiscalização contra a divulgação enganosa de informações de preços de combustíveis. A propositura foi apresentada em conjunto com o vereador Silvio Dourado (PL) e aprovada nos dias 4 e 11 de abril.
A proposta altera duas leis municipais que tratam da divulgação de informações referentes a preços de combustíveis em Americana e da cassação de alvará de funcionamento de estabelecimentos e empresas que adulterarem ou fraudarem bombas de combustíveis.
A ideia dos parlamentares é aperfeiçoar a legislação já existente. A proposta estabelece que os anúncios de preços promocionais deverão ser, pelo menos, 25%
menores que aqueles contendo a informação do valor real do produto. A divulgação ostensiva de preços praticados apenas em dias e horários específicos, que confundam o consumidor sobre o preço real praticado, também serão proibidos.
Outra alteração pretendida pelos parlamentares através do projeto é a possibilidade de regulamentação da lei pelo Poder Executivo, podendo ser feito através do órgão de defesa do consumidor (Procon).
Caso o posto de combustível optar por exibir determinada marca comercial e vender combustível de outro fornecedor, sem avisar claramente o consumidor na bomba específica, também poderá ter o alvará cassado.
“As ideias e sugestões na legislação vêm a fortalecer e proteger
a população”, acrescentou Brochi. “Existem postos de ‘bandeira branca’ com qualidade no combustível, mas as coisas devem estar bem claras. O posto que enganar
o consumidor, sustentando uma marca e vendendo outra, terá o alvará cassado. Americana não pode mais suportar esse tipo de situação”, completou.
As prefeituras de Americana e Sumaré criaram este mês protocolos humanizados para garantir a segurança nas escolas. Em ambas as cidades, as administrações intensificaram ações voltadas à saúde mental além das medidas protocolares na área de segurança.
Em Americana, o prefeito Chico Sardelli (PV) convocou quatro psicólogos para atuar nas escolas dentro do programa intitulado Núcleo de Segurança Escolar, criado para reforçar e ampliar a segurança nas unidades escolares municipais.
“Essa contratação já estava no nosso radar e agora será realidade. Isso também foi um dos principais pontos discutidos na reunião que fizemos semana passada com as forças de segurança, judiciário, promotoria, enfim, todos destacaram que é primordial contar com os psicólogos nas escolas, então tenho certeza que será muito importante para as crianças e profissionais da educação”, explicou o prefeito.
Em Sumaré, o prefeito Luiz Dalben (Cidadania) criou um Comitê de Combate à Violência nas Escolas no qual já foram iniciadas palestras para profissionais da saúde e educação. “É um trabalho em conjunto, uma espécie de força-tarefa, que envolve várias secretarias e nossa intenção é trazer mais segurança às crianças e, sem dúvida, mais tranquilidade aos pais”, disse o prefeito.
Este mês, profissionais que atuam na rede municipal de educação participaram do ciclo de palestras para enfrentamento de situações de emergência e violência em ambiente escolar, promovido pela Secretaria de Saúde de Sumaré. De acordo com a coordenadora da Atenção Primária, Maria Luiza Sanches Stancato Rodrigues, os profissionais da Educação foram orientados a como identificar problemas que os estudantes podem apresentar. “Esse encontro foi im-
portante porque pudemos oferecer ferramentas aos profissionais, diretores, professores e coordenadores pedagógicos para que possam lidar com situações de maneira tranquila e efetiva”, comentou.
Em Americana foi criado o projeto de lei que institui a Diária Especial por Jornada Extraordinária da Guarda Municipal de Americana, a Deje-Gama, que busca ampliar a
demanda por ações de segurança, sobretudo nas escolas.
A proposta tem o objetivo de substituir a necessidade de contratação de seguranças particulares, uma das ações propostas pelo Núcleo de Segurança Escolar. Como os membros da Guarda Municipal (vigias e patrulheiros) já possuem larga experiência e contam com a proximidade e confiança da população em geral, a criação da jornada extraordinária foi considerada mais
efetiva na solução dessas questões. Já em Sumaré, o prefeito determinou a instalação de câmeras com reconhecimento facial nas 39 escolas municipais e intensificou o controle de acesso nas unidades. Além disso, a prefeitura vai instalar cercas elétricas e detectores de metais. Outra medida importante foi a priorização da ronda escolar e a incorporação de mais nove viaturas na Guarda Municipal, das quais seis já estão em uso pela corporação.
Em Nova Odessa, o prefeito Cláudio José Schooder, o Leitinho (PSD) determinou que a Guarda Civil Municipal coloque em prática uma força-tarefa de policiamento ostensivo preventivo nas 25 unidades da Rede Municipal de Ensino. Segundo o secretário municipal de Segurança, coronel Carlos Fanti, e o comandante da corporação, Luciel de Oliveira, a operação envolve as duas equipes do Programa “Anjos da Escola” e o efetivo operacional da corporação.
“Após a reunião do prefeito com o comando da Guarda, foi determinado pelo prefeito que providenciássemos uma logística para reforçar essa cobertura nas escolas municipais, que já foi deflagrada. São missões operacionais dessa força-tarefa fazer o controle de todo o perímetro escolar, fazer contato com dirigentes, professores, funcionários e alunos da escola, fazer a ronda interna, verificar e indicar possíveis pontos vulneráveis e assim
O prefeito de Santa Bárbara d’Oeste, Rafael Piovezan (MDB) participou este mês de uma reunião na Secretaria de Educação para reiterar as medidas de segurança realizadas nas escolas, além do treinamento com os dirigentes de todas as escolas municipais para a utilização do botão de emergência, que está em implantação.
O encontro contou também com as presenças da secretária de Educação, Tânia Mara da Silva, do secretário de Segurança, Trânsito e Defesa Civil, Rômulo Gobbi, representantes da Guarda Municipal, gestores das escolas públicas, conveniadas e particulares, além de representantes do Poder Legislativo, CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente), Conselho Tutelar e sindicatos.
O evento também teve como objetivo reafirmar o compromisso do poder público e dos gestores escolares, na união e busca de estratégias para garantir a segurança, além de reforçar as ações já deliberadas pela Administração Municipal. Dentre as medidas já adotadas estão a intensificação diária da Ronda Escolar por meio da Guarda Municipal, vistoria em todas as unidades para o mapeamento de novos medidas de segurança, implantação do serviço de inteligência com
botão emergencial interligado diretamente à central da Guarda Municipal, ampliação do sistema de videomonitoramento em pontos estratégicos identificados pelo serviço de inteligência da Guarda Municipal, contratação de novos vigilantes para as unidades escolares, revisão do Protocolo de Segurança Municipal, além da capacitação e treinamento dos gestores escolares.
Para as escolas, as orientações referem-se à intensificação de ações já existentes como verificação dos acessos da unidade escolar, identificação das pessoas que entram no ambiente escolar, atenção redobrada às atividades em ambientes externos e acolhimento dos profissionais da Guarda Municipal presentes na escola. Também foram reforçadas medidas que as unidades escolares propagarão para as famílias dos alunos como verificar redes sociais, círculo de amizades, mudanças de comportamento e a importância do diálogo e da proximidade com os filhos para o fortalecimento de valores, respeito e empatia com o próximo e a necessária parceria entre escola e família.
A Rede Municipal de Ensino de Santa Bárbara d´Oeste atende mais de 16 mil alunos entre bebês, crianças, jovens e adultos em 56 unidades escolares.
por diante”, explicou Luciel. A cidade foi “dividida” em três setores, de forma que esse efetivo diurno “ampliado” da GCM de Nova Odessa está visitando todas as creches e escolas públicas municipais diariamente fazendo a ronda interna e externa deslocando-se para a próxima unidade escolar a cada 20 minutos aproximadamente. “Essa operação começou às 6h da segunda-feira e não tem data para terminar”, completou o secretário Carlos Fanti.
As equipes já estão conversando e cadastrando os números de telefone de diretores, vice-diretores e coordenadores escolares da Rede Municipal para que eles tenham acesso ao aplicativo do botão de pânico da Guarda Civil. “Basta agora que os gestores baixem o aplicativo em seus celulares. Se acionado, o botão ‘toca’ diretamente na Central Operacional da GCM. O aplicativo não teve custo algum para o Município”, ressaltou Luciel.
as cidades para garantir segurança nas unidades de ensino
Com o intuito de evitar a evasão escolar e assegurar o direito das crianças e adolescentes à Educação, o deputado estadual Dirceu Dalben apresentou na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) o Projeto de Lei 558/2023, que propõe ao Governo do Estado a adoção de diversas medidas para proporcionar mais segurança aos alunos, boa alimentação e, se necessário, auxílio financeiro àqueles que se encontram em situação de vulnerabilidade social.
“Nosso objetivo é que as escolas públicas estejam bem estruturadas, no sentido de que as crianças e suas famílias se sintam acolhidas, seguras e que não haja motivos para a desistência dos estudos. Garantir o acesso das crianças e adolescentes à Educação é um dever de todos nós”, falou o deputado.
Dentre os itens propostos por Dalben para melhorar a segurança nas escolas estão: a implantação de detector de metais em todas as unidades de ensino públicas; aumento do efetivo
de policiais militares em rondas escolares; a possibilidade de contratação de segurança privada; implantação de um canal direto de comunicação entre a escola e a Polícia Militar, Guardas Municipais e autoridades policiais; instalação de consultórios nas escolas para atendimento de alunos que necessitem de acompanhamento psicológico, inclusive com a participação estendida aos pais ou responsáveis.
CESTA MENSAL
O parlamentar também propõe que o Governo do Estado forneça uma cesta básica mensal e o valor equivalente a, pelos menos, meio salário-mínimo vigente aos alunos carentes das escolas públicas. “Esta medida é importante para que as crianças que se encontram em situação de vulnerabilidade social não se vejam obrigadas a deixar os estudos para ajudar a família a ter uma renda e uma vida mais dignas”, ressaltou Dalben.
O Projeto de Lei também destaca a importância das escolas públicas e/ou
Secretaria Estadual da Educação providenciarem aos alunos carentes material didático e uniforme escolar da mesma qualidade daqueles utilizados pelas crianças e adolescentes que possuem melhores condições financeiras, a fim de evitar bullying e conflitos decorrentes da diferença de classe social. A distribuição de merenda escolar gratuita e de qualidade também está
contemplada no projeto de lei.
“Acreditamos que a adoção dessas medidas vai ajudar a humanizar cada vez mais a Educação pública, contribuindo com a redução da violência, da desigualdade social, da evasão escolar e, consequentemente, vai ajudar a garantir mais dignidade e um futuro melhor às famílias paulistas”, concluiu Dalben.
Uma das maiores fabricantes de papelcartão do país, a Papirus acaba de se tornar uma Empresa B, certificação internacional que reconhece as empresas social e ambientalmente responsáveis e avalia aspectos relacionados tanto ao meio ambiente quanto às comunidades, à governança, aos colaboradores e clientes.
Com isso, a Papirus passa a integrar o movimento global por uma economia inclusiva, equitativa e regenerativa. Na Papirus, o extenso processo de verificação realizado pelo Sistema B até a concessão do selo, e que envolveu o atendimento a mais de 200 questões e sua respectiva comprovação, foi realizado em apenas dois anos, prazo curto para uma indústria do seu porte.
Isso se justifica pelo fato de que a fabricante já apresentava processos bastante avançados e consolidados em termos de sustentabilidade. Entre eles, foi a primeira empresa, ainda na década de 50, a utilizar aparas recicladas para a fabricação de papéis do país; avançou no processo de economia circular, estabelecendo todo um ecossistema de captação de aparas pré e pós-consumo; foi pioneira no setor de papel a gerar créditos de reciclagem, em um modelo semelhante ao dos créditos de carbono, além de desenvolver diversas iniciativas sustentáveis na gestão da operação da fábrica, de apoio aos catadores e cooperativas, e de apoio à comunidade na região onde está instalada.
Adicionem-se ainda aí a inovação em seu sistema de governança, liderada por um grupo de três CEOs, orientando a companhia para os mesmos objetivos e valores, e as ações para promover o bem-estar e as oportunidades para os seus colaboradores. “Sermos reconhecidos como Empresa B, e fazermos parte de uma comunidade global de empresas que atendem a altos padrões de impacto social e ambiental, é uma grande conquista, pois atesta nossos esforços e compromissos nas
diferentes frentes auditadas pelo Sistema B, em iniciativas presentes em nosso dia a dia desde a fundação da companhia, e que seguirão marcando o futuro que queremos construir para a Papirus”, afirma Amando Varella, Co-CEO e diretor Comercial e de Marketing.
Atuar como uma impulsionadora da economia circular e da sustentabilidade, trazendo soluções para os desafios que a sociedade enfrenta na gestão de resíduos e na área social e ambiental, tem sido parte da missão da Papirus, sustentada na inovação, no desenvolvimento de produtos mais sustentáveis – e que permitem girar uma cadeia de negócios mais sustentável, atendendo também as novas demandas das marcas e da sociedade.
“O processo até a conquista do certificado de empresa B envolveu a avaliação da cadeia de abastecimento, dos fornecedores da Papirus, da operação de fábrica e de logística, e do impacto das atividades na emissão de CO2, entre outras áreas”, conta Antônio Pupim, Co-CEO e diretor Industrial e de Supply Chain. “O processo de certificação ratificou o fato de que a Papirus já cumpria todas as questões legais, indo inclusive além disso, como companhia que pratica a sustentabilidade”, acrescenta.
Rubens Martins, Co-CEO e diretor Financeiro e de RH, destaca que desde a década de 50, quando iniciou sua jornada de sustentabilidade, a Papirus vem buscando aprimorar sua atuação, cuidando também das pessoas, que são a parte mais importante desse movimento, juntamente com as comunidades, os clientes, os fornecedores e o meio ambiente. “Com esta certificação, fortalecemos a nossa jornada rumo à melhoria contínua, agora integrando uma comunidade global”, ressalta Martins.
Segundo Varella, a necessidade crescente por mais transparência nas práticas sustentáveis das empresas, tem provocado o aumento na
procura por papelcartão reciclado, como o Vitacycle, com 40% de material reciclado, sendo 30% pós-consumo. A partir daí, a Papirus avançou no projeto de créditos de reciclagem, um conceito inovador que promove a economia circular, integrando os
vários elos da cadeia produtiva do papel de forma sustentável.
“São todas iniciativas que traduzem os valores da Papirus, e que estarão presentes no plano de ação traçado para a companhia nos próximos anos”, conclui Varella.
Fundada pela família de imigrantes italianos Ramenzoni, a Papirus nasceu como uma empresa de chapéus, que passou a produzir embalagens de papelcartão em 1952, para acondicionar seus produtos. A fabricação de papel passou a representar a totalidade dos negócios em 1972 e tornou-se a primeira recicladora de papelcartão do país.
Hoje é uma das maiores fabricantes de papelcartão do mercado brasileiro, produzindo 110 mil toneladas/ano para atender o mercado de embalagens, destacadamente de alimentos, medicamentos e cosmé-
ticos. Atende mais 200 clientes no mercado interno, entre gráficas e convertedores, além de 38 países e conta com 400 colaboradores.
A Papirus é hoje a única empresa do setor preparada para atestar a sustentabilidade do produto, e, inclusive, o índice de material reciclado utilizado na fabricação da linha Vita, contando, para isso, com equipamentos, processos de controle, auditoria da reciclagem e certificações que atestam porcentagem de aparas utilizadas em cada produto e a sustentabilidade do processo no manejo florestal.
Odesmonte das medidas legais de proteção dos povos e territórios indígenas, ocorrido no governo de Jair Bolsonaro, além de ter deixado marcas profundas e dificilmente recuperáveis na floresta, fizeram explodir lutas sangrentas pela posse da terra que ainda se mantêm vivas por todo o país. “Na Amazônia, os grandes grileiros quase sempre com apoio do poder público utilizam pequenos proprietários para invadir os territórios indígenas, abrindo o caminho para grandes grilagens”, explicou a e indigenista Neidinha Surui, durante uma roda de conversa realizada no auditório da ADunicamp (Associação de Docentes da Unicamp) após a exibição do filme “O Território”. A roda de conversa com as lideranças indígenas foi mediada pela professora Artionka Capiberibe, do Departamento de Antropologia do IFCH/Unicamp. O documentário “O Território” (Brasil, Dinamarca, EUA/2022), várias vezes premiado em festivais de cinema nacionais e internacionais chegou a ser indicado para o Oscar no ano passado. Ele retrata o conflito entre pequenos agricultores e os 10 povos, cinco deles ainda isolados, que habitam as terras Uru-eu-wau-wau,
em Rondônia. Neidinha, líder da Associação em Defesa Etnoambiental Kanindé integra a etnia Curui e mantém há décadas uma luta sem tréguas em defesa do território. Ela é uma das produtoras e a personagem que conduz a narrativa do documentário.
Luiz Medina Guarani, estudante de Administração Pública na Unicamp, também participou do encontro e fez um relato sobre a violência que ocorre contra os indígenas no Mato Grosso do Sul e que, segundo ele, é apoiada pelo governo estadual que põe as polícias em defesa de grileiros. “Neste momento, temos 10 lideranças indígenas presas no estado porque tentaram barrar a construção em terras indígenas de um muro que vem sendo erguido por uma grande incorporadora que tem grilado terras indígenas.”
NARRATIVAS
Neidinha afirmou que o documentário, assim como encontros e debates com a população não indígena, são essenciais neste momento de acirramento do debate sobre o território e as questões indígenas. “A gente está numa disputa de narrativas e temos que deixar claro para a nossa gente e para quem defende a nossa gente
que nem todo o não indígena não é bom. Às vezes a gente, diante de tanta pressão que sofremos no momento, acaba generalizando.” Para ela, o momento exige uma troca profunda de diálogo e informações para que a população brasileira conheça não só a importância do território indígena na proteção da floresta, mas a amplitude e o conhecimento da cultura indígena.
Os próprios pequenos agricultores invasores de terras indígenas, segundo ela, poderiam ser integrados ao diálogo, em busca de soluções alternativas às invasões, caso houvesse um interesse real dos poderes públicos em buscar essas alternativas. “Mas eles são armados e financiados pelos grandes grileiros e totalmente tomados pelo discurso contra os indígenas e seus territórios.”
O discurso de ódio contra os indígenas é histórico no Brasil, vem desde os tempos do Brasil Colônia, mas exacerbou-se durante o governo Bolsonaro, que desmontou avanços conquistados nas últimas décadas pelas resistências indígenas. Durante a pandemia da Covid-19, relatou Neidinha, foi preciso convocar a Polícia Militar para levar vacinas às aldeias isoladas na floresta, pois invasores
armados haviam cercado os caminhos para impedir a passagem das entidades assistenciais.
O documentário mostra claramente essa realidade. Ele foi filmado durante três anos com duas equipes. Por exigências de Neidinha e de lideranças das aldeias, foram os próprios indígenas que filmaram todo o relato da vida deles e da luta em defesa do território. “Exigimos que fornecessem equipamentos de alta qualidade e ensinassem gente nossa a manusear. Então tudo o que está no documentário sobre nós foi feito por nós, com o olhar do indígena, e relata a nossa vida e a nossa luta real.”
Também por exigência das lideranças, uma segunda equipe integrada por não indígenas fez o mesmo e documentou durante os três anos o cotidiano e a vida dos pequenos agricultores na área das invasões. “Nos cansamos desta coisa de heróis ou vilões quando gente de fora trata de questões indígenas. O que buscamos com esse documentário é mostrar a situação real que acontece aqui e em nossos territórios.”
A atividade fez parte dos eventos que lembraram o Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril.
AMERICANA-SP
Utilizado em alimentos processados e em produtos cosméticos, o óleo de palma, conhecido no brasil como óleo de dendê, é vendido como sustentável e ecologicamente correto, mas será que isso é realmente verdade?
O óleo de palma é um óleo de origem vegetal, extraído do fruto de uma palmeira chamada Elaeis guineensis É um dos principais óleos vegetais produzidos e comercializados em todo o mundo – é consumido pelos seres humanos há pelo menos 5 mil anos. Isso se deve em parte à sua imensa versatilidade: 80% de sua produção é canalizada para a indústria de alimentos, na qual é um ingrediente-chave para gigantes empresas do setor.
Embora a maioria da população nunca tenha visto o óleo em estado bruto, vamos consumi-lo em algum
momento da vida. Vários derivados do óleo de palma são encontrados em chocolates, sorvetes, biscoitos, margarinas e inúmeros outros produtos. É encontrado também em itens de higiene, beleza e limpeza e até mesmo na bomba de gasolina, na forma de biodiesel.
Hoje os maiores produtores do óleo de palma no mundo são a Indonésia e a Malásia. Estas duas nações, sozinhas, são responsáveis pela produção de 85% de todo o volume de óleo de palma do mundo. O Brasil corresponde a 1% da produção mundial.
Como impacta o meio ambiente? Por ser tão popular, as palmeiras que nascem de maneira natural na natureza passaram a não ser mais suficientes, o que levou os produtores a precisarem de mais terreno. Ou seja, eles queimam as florestas tropicais para plantar mais palmeiras – o que ocasiona em milhões de hectares com o mesmo tipo de plantação. Quando há substituição das florestas nativas
por uma monocultura de exploração, os animais e plantas que ali viviam ficam sem alternativas e alimentos para sobreviver.
CONTAMINAÇÃO
A contaminação do solo e dos corpos hídricos pelo uso de agrotóxicos é constantemente denunciada por comunidades que vivem cercadas por plantações de dendê, como a Terra Indígena Turé-Mariquita (PA). “Isso prejudica a subsistência das comunidades” diz Susane Cristini Gomes Ferreira, doutora em Ciências do Desenvolvimento Socioambiental pela UFPA (Universidade Federal do Pará).
Para ela, os impactos na Amazônia são sempre complexos e devem ser analisados continuamente: “É fundamental acompanhar como as plantações de palma se inserem nesse território”.
Comunidades tradicionais e povos indígenas que vivem na Amazônia, afirmam que as plantações de óleo de palma próximas a seus territórios
estão poluindo a água, contaminando o solo e provocando a escassez de peixes e animais de caça.
O Ministério Público Federal (MPF) trava uma batalha judicial contra os principais exportadores de óleo de palma do país há mais de sete anos, acusando-as de contaminar os rios, envenenar o solo e prejudicar a subsistência e a saúde de povos indígenas e comunidades tradicionais, acusações que as empresas negam.
Por ser um produto barato, as empresas usam o óleo de palma como ingredientes dos seus produtos. Por isso, removê-lo da sua vida não é tão fácil assim! Devemos nos atentar aos rótulos dos produtos e buscar pelo selo RSPO, indicando que o óleo de palma utilizado tem “origem sustentável”. O selo foi criado pelo grupo Roundtable on Sustainable Palm Oil (RSPO), uma iniciativa da WWF junto com os demais interessados na produção do óleo, como as indústrias, a população local, ambientalistas e governos.
torna-se fácil compreender e aceitar que estamos em constante movimento, queiramos ou não, e isso ocorre até mesmo quando estamos parados.
Essa dinâmica do movimento não deve ser comparada à evolução, pois movimentar-se não é sinônimo de evoluir. Afinal, podemos nos movimentar no sentido errado e retroceder em várias questões simultaneamente.
Dessa forma, é possível entender a necessidade de algo chamado “direcionamento”, que deve ser precedido de uma “meta”, ou seja, é fundamental saber aonde se quer chegar e qual o caminho
a ser seguido. Quando isso não é feito, somos automaticamente, e muitas vezes de maneira inconsciente, remetidos a uma metáfora da imortal obra de Lewis Carrol, “Alice no país das maravilhas”, que em um dos trechos mais marcantes nos transmite a lição de que “se você não sabe para onde quer ir, qualquer caminho lhe serve”.
E é exatamente dessa forma que nos encontramos quando não há planejamento. Se eu não sei o que quero, não quero. Isso não quer dizer que os resultados serão sempre ruins, mas aumenta probabilidade de insatisfação. Você conhece alguém que nunca
sabe o que quer e que sempre está insatisfeito com os resultados? Pense.
O jeito é escolher o seu destino e utilizar o melhor meio de transporte, de acordo com suas possibilidades, para chegar até ele são, salvo e satisfeito. Apenas certifique-se de que estará sentado em uma poltrona do veículo de transporte e não em uma cadeira de balanço, pois ela está em constante movimento, mas não sai do lugar.