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Leque de ações da Defesa Civil vai muito além de ‘chuva e fogo’
Comunicação com a comunidade ajuda pessoas a saberem a quem podem pedir ajuda
ADefesa Civil de Americana se prepara para uma nova escalada de trabalho com a chegada do inverno e, ao mesmo tempo busca ampliar sua comunicação direta com a população, com o objetivo de mostrar a importância de outros ações que realiza e que são desconhecidas por grande parte da comunidade.
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“A população costuma se comunicar conosco e tomar conhecimento do nosso trabalho quando agimos diante de inundações deslizamentos e queimadas. Mas a Defesa Civil não é só chuva e fogo”, lembra o coordenador da Defesa Civil de Americana, João Miletta.
Afinal, mesmo em tempos tranquilos e de condições climáticas estáveis, a Defesa Civil atende uma média de 10 ocorrências diárias, todas elas relacionadas a algum tipo de risco ou ameaça que condições ambientais, urbanas ou rurais, oferecem à população.
“A Defesa Civil atua em tudo o que se refere à proteção da vida da comunidade, mas como as pessoas nem sempre sabem disso, muitas vezes não nos procuram e ficam sem saber com quem buscar ajuda”, relata Miletta.
Em uma ação recente, Miletta junto aos dois agentes que trabalham com ele interditou a residência de uma mulher de 92 anos. A casa já estava até em movimento e sob risco iminente de desabamento.
“Tivemos que interditar, buscar os familiares dela para que a abrigassem. Depois acionamos equipe técnica da prefeitura para ver se havia algum risco de um eventual desabamento ameaçar a vizinhança, e assim por diante”.
Miletta relata que ações nessa área de construções são muito frequentes. “Às vezes recebemos alertas sobre obras que estão apenas iniciando, mas com deslocamento de terra equivocado ameaçam estruturas de residências vizinhas”.
Em um caso também recente, o deslocamento de terra já havia des- coberto os alicerces da residência vizinha quando a Defesa Civil foi acionada. Em casos como esse, a obra é imediatamente interditada e os responsáveis obrigados a retificar todos os prejuízos eventualmente causados. “Muitas vezes, mesmo percebendo o problema, a pessoa prejudicada não sabe a quem recorrer e demora muito até que o caso chegue a nós e consigamos agir, o que faz com que os prejuízos aumentem, até a suspensão da obra. Por isso, esse nosso esforço de aumentar a comunicação com a população é muito importante”, afirma Miletta.
Inverno
A Defesa Civil também se prepara agora, com a proximidade do inverno e a drástica redução das chuvas, para colocar em ação a Operação Estiagem. E, além das ações de fiscalização, o diálogo e a comunicação com a comunidade também têm um papel fundamental neste momento.
“Um dos grandes problemas do inverno são as queimadas que agravam ainda mais a qualidade do ar já seco, trazendo sérios prejuízos à saúde da população”, adverte.
E o problema das queimadas vai além dos incêndios deliberadamente criminosos colocados em matas. “A nossa população herdou um hábito muito antigo de juntar o mato no quintal ou nos terrenos baldios e tocar fogo com o intuito de ‘limpar’ a área”.
Na maioria das vezes essas pequenas queimadas são feitas de forma inocente, sem que as pessoas saibam o dano que estão causando. “Só que hoje isso é crime ambiental e a pessoa pode ser multada e até presa. Então, nesses casos, a nossa missão é a de primeiro esclarecer e só depois punir, caso ocorra reincidência. Mas a população precisa ter cada vez mais informação de que isso hoje é crime”.
Ainda na área da informação, a Operação Estiagem atua em par- ceria com a Secretaria de Saúde buscando alertar a população sobre os riscos à saúde provocados pela inevitável queda da umidade relativa do ar no inverno.
“Agora, em meados de abril, a umidade que estava em torno de 80% e com muitas chuvas, chegou a cair para 38%. E a população precisa estar consciente de que não pode se exercitar, fazer trabalho pesado nos horários de maior sol do dia. E também beber bastante água. Enfim, esses alertas precisam ser lembrados anualmente”, afirma Miletta.

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