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Os riscos de homens e mulheres se renderem a medicamentos e chás emagrecedores em busca de um “corpo perfeito”
Uso indiscriminado de remédios e chás para emagrecer pode provocar sérias complicações: órgãos mais atacados, segundo especialistas, são fígado e rins
30 |Encontro
IÊVA TATIANA
A eterna busca por um corpo “perfeito” ainda leva muita gente a se aventurar por caminhos perigosos. Na esperança de conseguirem um atalho até o resultado almejado, homens e mulheres se arriscam ao fazerem uso de emagrecedores que prometem milagres, a exemplo da perda de peso sem a adoção de hábitos saudáveis como contrapartida. Segundo especialistas, a armadilha é ainda maior no caso dos produtos naturais, comumente considerados inofensivos. Ledo engano! O hepatologista Osvaldo Couto, do Instituto Alfa de Gastroenterologia do Hospital das Clínicas, dos hospitais Vila da Serra e Biocor e da Rede Mater Dei de Saúde, diz que algumas pesquisas mostram que mais de 60% da população utiliza ou já utilizou chás e ervas com o intuito de se tornar mais saudável. De acordo com o médico, no entanto, essas substâncias são pouco estudadas e, normalmente, aparecem nas prescrições associadas a outros produtos. “Existem fórmulas que misturam plantas, medicamentos, hormônios etc. São compostos que não apresentam nenhum respaldo científico, apenas somam potenciais efeitos tóxicos”, diz Couto. “Frequentemente, eles são passados de pessoa para pessoa ou comprados diretamente em farmácias de manipulação. Muitas vezes, são prescritos por personal trainers, coaches, nutricionistas e até médicos despreparados, colocando a saúde dos pacientes em risco.”