BRADO DE ALERTA GRACILENE PINTO Grace Do Maranhão
São Vicente Férrer, Anos e anos passaram E aqui estou de novo Pisando neste teu solo, Andando entre o teu povo. Um povo que me acolhe Hospitaleiro e gentil Nestas ruas da Frexeira Espreguicenta ao sol de abril. O amor a esta terra, Onde deixei o umbigo, Vive em minha consciência E anda sempre comigo. Ainda vejo na lembrança A querida amiga Odila e minha vovó Maria, Naquele viver tão simples E tão pleno de alegria. Criança ainda na alma Eu quero pisar de novo poeira da minha terra E correr descalça nos campos, Que tanta beleza encerra. Rever os velhos amigos, Parentes, e tudo, enfim, Para evocar a menina Eterna dentro de mim. As tuas casinhas simples, Do tempo colonial, Remetendo o pensamento À parentela ancestral. Passear de cocho à tarde E chupar manga do pé, Ouvir incríveis estórias, Como verdades de fé. Lamber sem pejo ou pudor O mel que nos dedos cola Quando rasparmos o tacho Dos doces de ginja e de carambola.