POLÍTICA
Interpretação do tema do Parlamento dos Jovens educação & democracia A Revolução de Abril de 1974 teve um impacto profundo na educação em Portugal. O novo regime democrático, inspirado nos ideais de liberdade, igualdade e justiça social, promoveu uma série de reformas educacionais que visavam a democratização do ensino e a promoção da igualdade de oportunidades para todos os cidadãos. De facto, o governo democrático tomou medidas na área da educação, como a extensão da escolaridade obrigatória para nove anos, incluindo o secundário; a criação de um sistema de ensino público gratuito e universal, independentemente da condição social dos alunos e, ainda, medidas para a promoção da igualdade de género no acesso ao ensino com, por exemplo, a criação de quotas para mulheres nos cursos superiores. Além disso, a Revolução promoveu um clima de abertura e debate na sociedade portuguesa, em que os professores e os alunos passaram a ter maior liberdade para discutir temas controversos e para participar na vida da escola. A Revolução de Abril é, portanto, um marco importante na história da educação em Portugal, que contribuiu para a redução das desigualdades sociais no acesso ao ensino.
Mas afinal, quais são os caminhos para uma escola participativa e plural nos dias de hoje após o 25 de Abril? São aqueles que promovem a valorização e diversidade de toda a comunidade escolar. São aqueles que fazem das escolas espaços de participação ativa de todos os seus membros e, ainda, aqueles que promovem o respeito pelas diferenças. É óbvio que é um processo que requer esforço e tempo, mas é um processo necessário de forma que as escolas possam ser realmente um espaço com diversidade, mas, ao mesmo tempo, com igualdade e respeito. No entanto, nem tudo é adquirido. Apesar de todo o progresso que este acontecimento trouxe ao nosso país, ainda prevalecem alguns problemas na área de educação. A falta de atractividade da profissão de docente, devido às más condições de trabalho, é visível, afastando possíveis candidatos a professores, e, ainda, adicionado ao envelhecimento da classe docente, provoca a redução da qualidade do ensino. Em último caso, esta situação pode dificultar a boa preparação das gerações futuras, e isto é algo inaceitável e preocupante. Outro aspeto importante a referir. Antigamente, toda a evolução da tecnologia era salutar nas escolas.