

Pequena nota editorial
ESCOLA
Concurso Nacional de Leitura
Participação na final da CANSA Júnior
Ilhéus das Cabras (Cidadania)
DESPEDIDAS
Adeus, Vitorino! Despedidas dos alunos do 12.ª ano
AE despede-se: mensagem do presidente, Gonçalo Matos
BIBLIOTECA ESCOLAR
Aconteceu (abril-junho)
RECOMENDAÇÕES
de Muse (música)
Entre linhas: nota pessoal sobre a (re)leitura
FICHA TÉCNICA E AGRADECIMENTOS
É com esta última publicação que encerramos as atividades do jornal SBNL para o ano letivo de 2022/2023, despedindo-nos não só desta iteração do jornal, mas também de tudo o que deixaremos para trás no próximo mês de setembro. Isto porque tudo muda, intencionalmente ou não, depois de alguns meses de reflexão, relaxamento ou simplesmente de pausa.
Algumas coisas já estão cansadas, e por isso deixamo-las. A rotina do quotidiano das aulas, o horário letivo que se repete todas as semanas durante 10 meses consecutivos. Alguns deixam também o Ensino Básico para dar lugar à primeira escolha no sentido do nosso futuro, mesmo sendo indubitavelmente demasiado cedo - é o que manda a norma e o que a lei certifica. Outros tantos alunos despedem-se não só de um ciclo de ensino, mas também do conorto das suas casas, da sua ilha, rumando para as universidades de Lisboa, do Porto, de Coimbra, do Minho,... Enfim, todos os sítios que são melhores ferramentas do que as recatada cidade e selvagem mata da Terceira. Estes jovens partem como verdadeiros exploradores, encarregues de desbravar a urbe continental.
Embora haja agora uma quantidade muito superior de informação disponível online do que há 20 ou 40 anos atrás, nunca deixa de ser uma aventura, os desafios são outros: rendas impossíveis, cidades cada vez maiores com novas pessoas a chegarem uma multidão de cada vez.
No entanto, quando morre um veio cansado na nossa vida - uma escola, uma ilha, uma rotina - nasce outro. Novas viagens, chamá-lo-emos.
No dia 18 de maio, no âmbito de EECESVN – domínio voluntariado, em parceria com a Praia ambiente, a turma do 12.º C participou numa atividade de limpeza na praia dos Sargentos e na praia da Riviera. Foram removidos cerca de 10 kg de lixo de ambas as praias
Esta iniciativa tem como objetivo sensibilizar para um dos problemas ambientais mais preocupantes da atualidade: a poluição marinha.
No dia 26 de maio, decorreu a 2.a eliminatória e a final da 5.a edição das olimpíadas da geografia nas instalações do Departamento de Geografia da universidade do Minho (Campus Azurém – Guimarães ), tenho como vencedora a nossa aluna Ana Beatriz Moniz de Sousa Pereira, estando acompanhada pelo professor João Santos.
As atividades foram organizadas pelo Associação Portuguesa de Geógrafos e pela Associação de Professores de Geografia em colabortação com a Universidade do Minho - Campus de Azurém.
No dia 3 de junho deu-se a Fase Nacional do Concurso Nacional de Leitura de 2023. A Escola Secundária Vitorino Nemésio foi representada pela aluna Beatriz Aguiar Meneses, do ensino secundário, do 11 F, acompanhada pelo professor Antônio Couto. A cerimónia realizou-se em Torres Vedras.
Imagens: cortesia da Prof.ª Andreia Sales
A equipa 3ªSAT, orientada pelo professor Nuno Cabral e constituída pelos alunos do 3º ciclo, Fabiana Borges (7º Ano), João Cabral (8º ano), Joel Cabral (8º ano), Beatriz Ribeiro (9º Ano) e Inês Lima (9º Ano), representando a escola e o Clube de Robótica e Programação da ESVN, participaram na final do concurso CanSat Júnior (Açores) onde as equipas tiveram de construir um CanSat, um pequeno satélite do tamanho de uma lata de refrigerante, e equipá-lo com um sistema de comunicações e sensores capazes de comunicar com a base quando lançado de uma determinada altitude. Sendo que as “ciências do espaço ” não são propriamente uma área de ação de um clube de robótica o desafio era enorme. Mentalizados que ganhar experiência prática seria o seu principal objetivo, foram o único clube de robótica participante, a única equipa com representantes de todos os anos do 3º ciclo e a única a representar alunos da ilha Terceira
A final realizada na ilha de Santa Maria, entre 13 equipas, representando 7 ilhas dos Açores, foi longa, trabalhosa, mas excitante A 3ªSat apresentou um CanSat tecnicamente evoluído, uma antena com RSSI (qualidade de receção de sinal) extraordinário, o que lhe permitiu concretizar a sua missão de forma completa. Conseguiu todos os parâmetros técnicos de leitura de dados, comunicação e armazenamento Suportada, aquando da fase de preparação (ainda na ilha Terceira), por noções científicas explicadas pelo prof. João Lopes, até na componente científica “especifica” teve uma prestação favorável. Partilhando as suas ferramentas, consumíveis e experiência (em sensores e afins), chegando ao ponto de reprogramar o CanSat de uma das equipas “adversárias”, de forma a poderem concretizar a sua missão, demonstrou civismo, entreajuda e obteve a gratidão de colegas de outras escolas.
Embora, fosse de esperar que o pódio tenha sido dominado por equipas mais experientes neste tipo de eventos e ligadas a clubes de astronomia e física, que têm uma clara vantagem na componente científica, a 3ªSat contendeu a um lugar no pódio até à última apresentação, concretizando uma participação digna de referência.
Só podemos estar orgulhosos da nossa equipa!
Os Ilhéus das Cabras localizam-se a sudoeste de Angra do Heroísmo, na costa sul da Ilha Terceira, em direção à freguesia da Feteira.
Os Ilhéus das Cabras, para além de terem uma beleza extraordinária, têm a função de abrigar animais como os Cagarros (ave predominante dos Açores), o Garajau-comum e o Garajaurosado. É possível, também, observar a Garça-real, o Pilrito-das-praias e o Borrelho-decoleira extinto a partir dos Ilhéus mencionados.
As grutas, que se situam na costa norte do Ilhéu de oeste, são o local de reprodução de populações de Ratões-Águia e, por isso, são denominadas por "Grutas dos Ratões". A Educação Ambiental, que é um recurso que tem como objetivo educar a comunidade sobre os problemas ambientais e que busca a conservação, a preservação dos recursos naturais e a sustentabilidade, é fundamental para a proteção dos Ilhéus das Cabras Assim, distanciandose da intervenção humana, é possível resguardar diversas espécies, tanto nos Ilhéus como no mar que os rodeia, como é o caso das Tartarugas-Boba Outro aspeto preocupante, em relação aos Ilhéus das Cabras, é o Desenvolvimento Sustentável, que consiste na capacidade de trocar as necessidades da geração atual sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações e sem esgotar os recursos futuros Neste segmento, poderse-ia utilizar os Ilhéus das Cabras para produzir energia hídrica que, sendo um recurso de energia renovável, contribuiria para o desenvolvimento sustentável das gerações futuras
No âmbito de Cidadania e Desenvolvimento, tendo, por base, o desenvolvimento do domínio da Educação Ambiental e do Desenvolvimento Sustentável, surgiu o nosso projeto “Ilhéus das Cabras”. Nesse sentido, efetuamos uma pesquisa sobre eles e, em paralelo, sobre os dois domínios acima referidos e, consequentemente, realizamos uma visita de estudo aos Ilhéus das Cabras no dia 17 de maio do ano presente.
Nesse dia, apanhamos o autocarro em direção a Angra do Heroísmo para conhecermos os Ilhéus das Cabras.
Antes de entrarmos no barco, ouvimos todas as instruções, inclusive como colocar os coletes corretamente e de forma segura
O responsável pelo barco relatou a origem dos Ilhéus e, em simultâneo, abordou temas relacionados com a Educação Ambiental salientando a importância da conservação e a preservação dos nossos recursos naturais. Neste prisma, aprendemos como preservar o que ainda temos! O mesmo referiu que devemos pensar no Desenvolvimento Sustentável que é possibilitar, agora e no futuro, um nível satisfatório de desenvolvimento social, de realizações humana, cultural e económica fazendo, ao mesmo tempo, um uso razoável dos recursos que a terra proporciona e preservar as espécies e os habitats naturais. Ninguém estava à espera de que os Ilhéus fossem tão bonitos e ficamos surpreendidos! Além disso, tivemos, também, a oportunidade de saltar do barco e tomar banho, o que ainda tornou esta viagem mais fascinante e inesquecível
Em suma, na nossa opinião, foi uma experiência incrível, única e, de facto, esta viagem correu ainda melhor do que o previsto. Tendo em conta que colaboramos, sem exceção, em prol da visita de estudo, ficamos sensibilizados para a importância da preservação dos Ilhéus das Cabras e como estes poderão ser um recurso para o Desenvolvimento Sustentável na nossa Ilha.
Aconselhamos toda a comunidade escolar a fazer uma visita aos Ilhéus das Cabras, pois será uma experiência magnífica!
No excitante caminho da educação, cada ano é uma etapa crucial para os estudantes No entanto, o 12º ano é especialmente marcante, pois representa a conclusão do ensino secundário e o início de uma nova fase na vida Com o intuito de explorar as experiências e os sentimentos dos finalistas do 12º ano, tivemos o privilégio de conduzir uma série de entrevistas reveladoras com jovens brilhantes que estão prestes a enfrentar um voo em direção ao futuro. Durante as entrevistas, mergulhamos nas vivências desses alunos exemplares, que estão prestes a encerrar um importante capítulo nas suas vidas escolares. Cada um deles carrega consigo histórias únicas de superação, conquistas e amadurecimento pessoal. Todas as suas jornadas educacionais foram repletas de desafios e momentos inesquecíveis. Ao conversar com cada finalista, foi evidente que eles são verdadeiros protagonistas das suas
próprias aventuras Este artigo visa dar voz a estes talentosos estudantes, através de palavras inspiradoras e perspectivas únicas, podemos compreender o significado profundo dessa etapa crucial da vida escolar e apreciar o esforço e a dedicação com que cada um deles se dedicou para alcançar seus objetivos À medida que nos aprofundamos nas entrevistas, ficou claro que estes grandes homens e mulheres preparam se para enfrentar os desafios do futuro com confiança e determinação, desta forma, revelam, também, valiosos concelhos que podem ser seguidos por estudantes de todas as idades, mais especificamente alunos que entram no secundário no próximo ano letivo.
Transferi-me da Tomás [de Borba] para a Vitorino no meu 10°, onde me inscrevi no curso de ciências socioeconómicas um bocado por exclusão de partes [risos]. Com isto, estou nesta escola apenas há três anos, mas sinto-me em casa desde sempre e vai ficar sem dúvida marcada na minha vida.
acaba por ser o mais aproveitado pois sabemos que é o último, então acabamos por viver tudo mais intensamente. Posso dizer que jamais esquecerei a minha passagem na Vitorino, vivi momentos inesquecíveis e conheci pessoas que vou levar para a vida.
Depois de estar na FOC até ao 9.ºano no Ensino Regular, vim para a Escola Secundária Vitorino Nemésio frequentar a área das Ciências e Tecnologias. No 10.º e 11.º ano optei pelas [disciplinas] bienais de Biologia e Geologia e de Físico-química. Já no 12.ºano escolhi como disciplinas opcionais Física e Aplicações Informáticas.
Entrei para a Vitorino no sétimo ano de escolaridade e completo o Ensino Secundário este ano na área de Socioeconómicas O meu terceiro ciclo foi uma autêntica montanha russa porque tinha vindo de outra escola para me juntar a uma turma onde não conhecia ninguém. Para além disso, nesses três anos fomos conhecidos como a pior turma da escola. Ao contrário dos três anos do Básico, quando entrei no Secundário fiz imensos amigos e comecei a conviver imenso com o meu atual grupo. Posso afirmar que o ano mais difícil para mim foi o décimo primeiro porque a carga horária era maior e o grau de exigência em relação ao ano anterior era muito mais notório, mas, sem dúvida alguma, o mais stressante é o décimo segundo. Acho que também
Sou aluno da ESVN desde os meus 12 anos. Vim para esta escola mal pude e não podia estar mais feliz com essa decisão A Vitorino Nemésio foi para mim uma grande mudança, mas uma mudança muito e totalmente positiva. A adaptação e o primeiro ano foram sem dúvida o que me fascinou. Os alunos mais velhos incluem-nos e os funcionários e professores fazem de tudo para nos sentirmos em casa. Se precisasse de descrever estes 6 anos e o meu “historial” na ESVN, diria que aproveitar o máximo de projetos e oportunidades que a escola nos oferece foi o que fiz. Tentei envolver-me ao máximo e fazer parte da “vida” da Vitorino Nemésio. Por último, mas sem dúvida o mais importante para mim, ter a honra e o prazer de estar à frente da maior e melhor Associação de Estudantes da nossa ilha ao longo deste ano.
Técnico de Desporto
12:53 PM
Estou na Vitorino há seis anos, integrei a Vitorino em 2017, no 7°ano, e permaneço aqui até aos dias de hoje.
Após frequentar a FOC do 5.º até ao 9.º ano comecei o meu percurso académico na Vitorino Nemésio onde entrei no curso de Técnico de Desporto e onde continuei até ao 12 º ano
Comecei a frequentar a ESVN no 7° ano. Ao longo destes seis anos participei não só em listas candidatas à Associação de Estudantes, como fiz e faço parte desta É verdade, que sempre fui uma aluna ativa, integrando-me em várias atividades, nomeadamente: ADES, Associação de Estudantes, Parlamento dos Jovens no projeto Euro Escola, Parlamento Europeu, Erasmus+ e foi representante dos delegados do 11° ano no Concelho Pedagógico, também cheguei a representar a AE na Assembleia de Escola.
Sou aluno da ESVN desde os 12 anos, ou seja, comecei a frequentar a escola no sétimo ano. Entrei para esta escola quando surgiu a primeira oportunidade e acho que fiz a escolha certa pois esta escola acolhe muito bem os seus estudantes e tem professores que estão sempre dispostos a ajudar-nos tanto na escola como também fora dela. Por último, foi nesta escola que conheci inúmeros amigos que de certeza vou levá-los para a vida.
Técnico de Desporto 13:33 PM
Entrei para a ESVN à 3 anos, ou seja, no 10.º ano.
Como é sentir que em menos de um mês sais e nunca mais voltas a estudar na nossa escola? 13:55 PM
Rita L.:É assustador, mas faz parte do crescimento Irei começar uma nova etapa e poderei visitar a grande Vitorino sempre que regressar à ilha, isto, claro, se conseguir entrar para a uni. Se não, para o ano cá estamos para mobília
Luís M.: Certamente vou sentir saudades da escola e de alguns momentos aqui vividos, no entanto, a verdade é que sim, a “escola” já se está a acabar, mas os estudos não . Ainda pretendo ingressar no Ensino Superior. Sem dúvida não me vou esquecer dos professores, colegas, amigos e funcionários desta escola, mas também fico feliz por estar a concluir esta grande etapa da minha vida.
Cármen T.: Honestamente, é um bocado frustrante, e nesta reta final é tudo muito stressante pois estamos a um passo de deixar uma das melhores fases da nossa vida. Para ser sincera, até tenho medo de não conseguir alcançar os meus objetivos e não atingir aquele que seria o meu trabalho de sonho, mas acho que esse medo é comum a todos
nós. Às vezes fico a pensar no quão rápido estes seis anos passaram, e estes últimos três ainda mais. Apesar de me sentir maioritariamente triste, também estou feliz por saber que vou avançar na construção da minha carreira profissional.
Gonçalo M.: Com o final do ano, testes e exames, a vontade de chegar às férias é grande, mas ao mesmo tempo percebemos que quando esse momento chegar, digo adeus à escola que fez de mim o que sou hoje Algo que já disse várias vezes e não me canso de repetir, quando somos Vitorino Nemésio, esta vontade e amor está dentro de nós e vai acompanhar-nos sempre A mudança para a universidade é grande, principalmente quando saímos de uma escola que nos viu e fez crescer. Estarmos habituados aos mesmos funcionários e professores que todos os dias nos dão um sorriso pela manhã, ou chegarmos ao bar e termos aquele sentimento de pertença. Espero que no próximo sítio a que chegue, seja que universidade for, tenha o prazer e a sorte de encontrar novamente um sentimento assim.
Léo S.: Sinceramente, nunca fui, assim dizendo, um “grande fã” da escola, por isso acredito que não sentirei falta da escola em si, mas sim falta de estar com os meus colegas e amigos.
Mariana S.: Muita nostalgia e a sensação que o tempo passou depressa demais. É um sentimento difícil de explicar, mas de dever cumprido. A Vitorino e a Praia vão ser sempre a minha casa e ficaram igualmente no meu coração. Eu cresci imenso durante estes anos, que os defino como únicos e especiais, e devo isto, aos meus amigos
e aos professores que não hesitaram a ajudar-me.
Diogo P.: Sinto me um pouco triste pois aqui passei momentos muitos felizes, tanto com amigos como professores e contínuos [auxiliares] e só pensar que estes momentos não se irão repetir deixa-me com vontade de voltar atrás.
Cláudio B : É uma sensação de alívio, mas certamente irá deixar uma pequena saudade de todo o convívio e dos meus colegas e também como é óbvio e uma sensação de gratidão por ter alcançado mais uma etapa da minha vida.
Ana S : É uma sensação mista, pois, já queria sair da escola há muito tempo, mas ao mesmo tempo vou-me afastar dos meus amigos e família, e isso dá-me um nervosinho
Quais são as tuas expectativas para o futuro? E o que planeias fazer depois de te formares? 14:10 PM
Rita L.: O meu grande objetivo é ser feliz, trabalhar no que realmente gosto. Algo que foi muito difícil de perceber, mas, agora sei que quero seguir Psicologia
Luís M.: Neste momento, o meu principal foco é o Exame Nacional de Matemática pois como já disse quero concorrer para o Ensino Superior para o curso de Engenharia Informática, em princípio. Se tudo der certo, gostava, se conseguisse, de continuar a jogar Futebol lá fora, mas claro que em primeiro lugar vai estar a vida académica. Por enquanto, quando acabar o curso, planeio voltar à ilha, começar a trabalhar e nessa altura, certamente, jogar futebol
Cármen T.: Matriculei-me na área de Socioeconómicas com a intenção de seguir Gestão e, apesar de ter andado com dúvidas em relação à minha licenciatura, ponderei as minhas opções e decidi que vou apostar naquela que foi sempre a minha
primeira opção. Pretendo fazer a licenciatura nos Açores, uma vez que tenho uma ligação muito forte com a minha mãe e sinto que o meu psicológico não está preparado para o meio das megacidades. Após terminar os três anos do curso, faço então o meu mestrado no continente Quando começar a exercer, não pretendo prender-me à ilha ou ao país se tiver oportunidades onde me veja melhor tanto financeiramente e/ ou emocionalmente, não penso duas vezes, agarro a chance que me foi dada e tiro o melhor que conseguir dela.
Gonçalo M.: Estou a terminar agora o 12º ano no curso de ciências e tecnologias. Acabo o meu secundário de uma forma um pouco diferente. Gostas de física e química? Não. Gostas de matemática? Não Um aluno que não goste destas disciplinas não pode ser de ciências e tecnologias. Felizmente percebi isso a tempo. Este ano vou fazer os exames de português e filosofia, vou fazer aquilo que realmente gosto e me cativa, que não se torna uma tortura enquanto estudo. Não o vejo como um erro, talvez como uma aprendizagem. Quero acima de tudo dizer que nunca é tarde para mudarmos as nossas ideias e objetivos. Não cometi nenhum erro. Teria sim cometido se tivesse percebido mais cedo que não queria isto para a minha vida, mas mesmo assim continuasse, sem que nada fosse feito.
Léo S.: As minhas expectativas para o futuro são as melhores e anseio ingressar no mercado de trabalho o mais rápido possível, mas dentro da área que pretendo. Depois de formarme, quero tentar ingressar no exército pois é o que pretendo fazer no meu futuro
Mariana S.: Planeio entrar no ensino superior, formar-me, ter uma carreira de sucesso, estar sempre a aprender, viajar e ter muita força para enfrentar os desafios constantes que vou ter pela frente.
Diogo P.: Antes de começar no secundário decidi escolher o curso de Sócioeconómicas.Escolhi este curso pois tenho o desejo de tirar o curso de Contabilidade e para que isso se concretize irei frequentar o ensino superior.
Cláudio B.: Gostaria de fazer um “ year gap “ ficar cá um ano na ilha para preparar-me para concorrer às inscrições da GNR ou para a força aérea, após isso pretendo tentar subir de patentes ao longo dos anos e ao fim de uns anos voltar à ilha.
Ana S.: As minhas expectativas para o futuro neste momento, e espero que consiga, é fazer as provas físicas para entrar na escola prática de polícia, mas também vou fazer o exame de português se não passar, vou tentar ir para criminologia ou música e canto
Que conselho(s) dás aos futuros alunos de 10.º ano em relação à adaptação? 14:10 PM
Rita L.: Estudem, aproveitem a criar uma boa base de média no 10°! A adaptação não é difícil, um dia de cada vez, e não se esqueçam a cima de estudantes, são pessoas! Mantenham a calma, organizem se e não entrem em paranóia com médias, um dia de cada vez e com dedicação tudo se consegue
Luís M : Em relação a esse aspeto, o meu décimo ano, acho, foi complicado por causa da adaptação, visto que viemos de um ano de covid e aulas online, mas nada que não se faça e bem Penso que é só um pequeno choque, que depois temos de nos habituar. O meu conselho é que para quem vem para o décimo ano, se não quiser prosseguir estudos após o secundário, não opte por entrar numa área como as ciências ou outras do Ensino Regular, e opte pelos cursos PROFIJ ou cursos
profissionais, uma vez que também são equivalentes a ter décimo segundo e ainda vos dão uma “especialidade” para o mercado de trabalho Caso queiram ir para a Universidade, tentem perceber o que mais gostam e também as vossas capacidades e optem por uma das áreas do ensino regular porque depois é mais “fácil” em termos de preparação para irem para a Universidade. De resto, têm de organizar bem o vosso tempo, estudar a sério e não desistir logo à primeira dificuldade
Cármen T.: Eu acho que é importante mantermos um equilíbrio no que toca a tudo na nossa vida, e a escola não é exceção Claro que é importante estudarmos, principalmente agora, porque estamos a construir o nosso futuro, mas não nos podemos esquecer que a vida fora dos livros também é muito importante para nós, o que também acaba por enriquecer os 12 anos que passamos na escola. Posso afirmar que na entrada para o Secundário sente-se muita diferença a nível do grau de exigência dos professores e é normal que os resultados desçam, mas não se desmotivem porque as coisas melhoram com esforço e dedicação Também acho que é normal sentirmos pressão devido à escolha do curso que queremos tirar pois há colegas nossos que já o sabem, mas acho que isso não se justifica porque cada um tem o seu ritmo e maneira de se organizar. Eu, por exemplo, demorei o secundário todo para decidir o que queria tirar [no Ensino Superior]. Por isso vivam ao máximo e respeitei os vossos limites, aproveitem para sair, conviver com amigos, participar em atividades, conhecer pessoas novas, nunca
esquecendo os estudos, claro, mas criando memórias e registando-as porque o tempo passa, mas as recordações são eternas.
Gonçalo M.: É uma mudança brusca, não vou dizer que não. Volto a frisar, muitas vezes pensamos que será a maior decisão das nossas vidas, e sim, talvez seja. Mas temos de pensar sempre que mesmo assim nada é definitivo e devemos seguir sempre aquilo que mais gostamos. Só podemos ser bons no que fazemos, e felizes também, se fizermos aquilo que gostamos A partir do 10º ano é preciso um nível diferente de foco, dedicação e estudo. Tentem falar com colegas vossos que já estejam no secundário, percebam quais foram as suas maiores dificuldades e como podem dar a volta a esses problemas. Mas mesmo assim, aproveitem o secundário para sair à noite, divertirem-se, conhecerem muitas pessoas e participarem naquilo que gostam Só assim fará sentido, se houver um equilíbrio ao longo destes três anos. Boa sorte!
Léo S.: O sincero conselho que dou aos futuros alunos do 10°ano é que o secundário não é o filme que os professores e as pessoas dizem que é. Simplesmente, o secundário faz parte do vosso percurso académico e é mais uma etapa da vossa vida e, tal como tudo, têm que estar sempre preparados.
Mariana S.: Começo por dizer que o secundário não é um “bicho de sete cabeças” e não precisam de decidir o vosso futuro para “ontem”. Este ciclo implica muito estudo e organização de tempo, mas garanto-vos que vão ser três anos da vossa vida que nunca esquecerão. Aconselho a participarem nas atividades escolares, porque estas dão-nos experiências e conhecimentos que vão ser precisos tanto para a vida pessoal como profissional
Diogo P.: Começo por avisar que o ensino secundário é totalmente diferente do básico Os conselhos que dou aos futuros estudantes do secundário é que averiguem e pensem bem naquilo que querem ser no futuro e que estudem muito para que tirem sempre as melhores notas
Claúdio B.: Em relação à adaptação, a minha foi fácil pois entrei na área que eu queria e onde muitos amigos meus de infância entraram também, e para quem vai iniciar o seu Secundário, tentem optar pela área que vocês se sentem mais à vontade e que mais gostam e após isso acabam por criar novas amizades e novos grupos de amigos onde vos facilitar a adaptação na escola.
Ana S.: Simplesmente estudem, para conseguirem irem para o que querem e o que gostam, não se preocupem com a adaptação, com o tempo arranjas amigos, mas preocupa-te com as notas.
O ano letivo está a chegar ao fim e é hora de refletir sobre o que foi feito e vivido na Associação de Estudantes da Escola Secundária Vitorino Nemésio Foi um ano repleto de desafios, conquistas e momentos memoráveis, onde cada um de nós desempenhou um papel fundamental na construção de uma comunidade escolar unida e ativa
Desde o início do ano, a AE demonstrou um compromisso total em servir e representar todos os estudantes. Reunimo-nos, discutimos e colocámos em prática uma série de projetos que tinham como objetivo melhorar a experiência escolar e pessoal de cada aluno. A organização de eventos culturais, desportivos e sociais foi apenas uma pequena parte do trabalho árduo que nos uniu como uma família. Muito foi feito em backstage, mesmo que a maioria não notasse, mas foi com o maior gosto e prazer que fizemos tudo isso.
Durante todo o ano cumprimos as promessas que fizemos na semana de campanha, mas também fomos muito além disso Estivemos sempre cientes da importância de estar atentos às necessidades dos estudantes, procurámos ouvir as suas opiniões e defender os seus interesses de forma inabalável Cada promessa feita durante a campanha foi seguida por atividades, e mesmo além do que Tínhamos prometido, trabalhámos incansavelmente para fazer a diferença na vida de cada estudante. O nosso principal pilar foi sempre defender as opiniões dos estudantes. Sabemos que cada um de vocês tem uma voz única e perspetivas fundamentais, esforçamo-nos para garantir que são ouvidos e respeitados.
Juntos ultrapassámos barreiras, superámos obstáculos e provámos que somos capazes de realizar grandes feitos quando nos unimos. Os estudantes da nossa escola têm um denominador
comum, o seu amor à camisola e ao grande nome de Vitorino Nemésio.
Muito sinceramente, ao olhar para trás, é impossível não sentir uma emoção extrema ao recordar todos os momentos vividos ao longo deste ano letivo. Passou rápido, muito rápido. Cada desafio superado, cada meta alcançada e cada sorriso nos rostos dos estudantes mostram que o trabalho da AE foi valioso. Todas as tardes ocupadas, as noites sem dormir, o stress constante... nada foi em vão e tudo valeu a pena
Ao encerrarmos este capítulo deixamos um legado de impacto e mudança. Sabemos que o nosso trabalho teve um propósito maior e assim, mais uma AE reafirmou o compromisso de continuar a construir um futuro brilhante para todos os estudantes. Deixamos a Associação de Estudantes com o coração repleto de gratidão, satisfação e orgulho, sabendo que o nosso trabalho deixou uma marca na vida de cada estudante Estamos prontos para enfrentar novos desafios no futuro, com a certeza de que o trabalho das próximas Associações de Estudantes continuará a fazer a diferença na vida de cada um, contribuindo para a construção de um ambiente escolar ainda mais inclusivo, dinâmico e transparente.
O Presidente da Associação de Estudantes 2022/23
Gonçalo Mosa Matos
Entre 17 e 28 de abril, exposição de aguarelas subordinadas ao tema “Bichos reais e imaginários dos Açores”, com abertura por Bianca Mendes, a autora Também foram expostos poemas retirados da antologia Animal, animal, um bestiário poético, organizada por Jorge de Sousa Braga No dia 27 de abril, a artista Bianca Mendes dinamizou duas oficinas de pintura de aguarela com turmas do terceiro ciclo e do ensino secundário, previamente convocadas; os trabalhos produzidos serão expostos na Biblioteca da Escola no início do próximo ano letivo;
Colaboração com o Conselho Executivo na preparação do espaço do auditório da escola para a Fase Regional do Concurso Nacional de Leitura, que decorreu a 28 de abril O tema-base foi “25 de Abril –Censura e Liberdade”
Celebração do Dia Mundial da Diversidade Cultural para o Diálogo e o Desenvolvimento, através da apresentação de trabalhos de alunos do ensino secundário (11.º E) a turmas do ensino básico (7.º A e 7.º B) sobre o tema “Interculturalidade – tradições dos Açores e do Mundo”, e entre turmas do ensino básico (a turma A do oitavo ano apresentou à turma D do 7.º ano), sobre costumes de vários países do mundo. Todos os trabalhos foram complementados com a realização de atividades formativas lúdicas (sopas de
letras, verdadeiros e falsos, questionário de escolha múltipla, em papel e / ou em kahoot) Entre 26 de maio e 2 de junho, estiveram expostos trabalhos dos alunos do 8 º A sobre características, tradições e costumes de vários países do mundo
No dia 17 de maio, a biblioteca disponibilizou o seu espaço para a exposição anual do Clube de Robótica da Escola, atividade em que participaram turmas convidadas da Escola Secundária Vitorino Nemésio e da EBI da Praia da Vitória
#1 “Good Riddance (Time of Your Life” – Green Day (Nimrod), 1997
#2 “Never Say Goodbye” – Bon Jovi (Slippery When Wet), 1986
#3 “Tonight, Tonight” – The Smashing Pumpkins (Mellon Collie And The Infinite Sadness), 1995
#4 “Forever Young” – Alphaville (Forever Young), 1984
#5 “Times Like These” – Foo Fighters (One By One), 2002
#6 “School´s Out” – Alice Cooper (School´s Out), 1972
#7 “Tongue Tied” – GROUPLOVE (Never Trust a Happy Song), 2011
#8 “Don’t You (Forget About Me)”- Simple Minds (Don’t You (Forget About Me)),1985
Dizer adeus é sempre difícil Especialmente à escola onde passamos grande parte de quase todos os dias, durante três ou até seis anos No meu caso, ainda faltam dois anos para me despedir da nossa escola e, por isso, só posso imaginar como os alunos do décimo segundo se devem sentir. Deve ser difícil andar pelas salas e corredores que passamos por todos os dias sabendo que é a última vez; conversar com os nossos professores e auxiliares favoritos e despedirmo-nos de amigos que sabemos que poderemos não voltar a ver. É difícil escolher o nosso futuro e é muito difícil deixar isto tudo para trás. Mas é simplesmente mais um passo na vida. Mesmo que não queiramos, temos que crescer e temos que aceitar isso. Estas músicas falam sobre como é deixar a escola e os amigos, mas isso não significa que não continuemos com as memórias desse tempo, porque nunca as esqueceremos. Com isto tudo, desejo muita sorte a todos os finalistas e espero que esta vossa próxima fase de vida seja fantástica, como também espero que tenham sido estes anos na escola.
Consigo lembrar-me do que estava a fazer quando li um livro, onde o lia e o que pensava enquanto o fazia Ao reler uma obra, mesmo alguns anos depois da primeira leitura, são-me trazidas memórias diversas de sentimentos, do que escrevi no meu diário, das decisões que me preparava para tomar.
22:22 PM
O que naquela altura tinha e acabei por perder ou deixar ir revive-se; o que não tinha e criava espaço para existir, explode. Os passos que me levavam lentamente a algum tipo de crise ou revelação entrelaçam-se numa história O triste torna-se trágico, o feliz é nostalgia, os erros transformam-se em aprendizagens. É raro despedir-me destas memórias.
Não sou boa esquecedora A minha cabeça remói-se constantemente, para o bem ou para o mal. Permito-me este ato dúbio. A revivência e releitura da minha memória são o mais conhecido e amado caminho do meu pensamento. Quando o sofrimento, o desespero e a frustração se escondem, rapidamente os tento trazer ao de cima, porque eu não sou nada se não uma luta A releitura concede-me o desejo de guerra.
Eis os pedaços de leitura que continuam on repeat na minha cabeça e tornam-se melhores com cada releitura.
O humor de José Eduardo Agualusa (A Educação Sentimental dos Pássaros). Sempre irónico e inteligente. É a pimenta dos seus contos.
“Este elevador é agora o meu mundo. Ao menos continuo em movimento. Não paro nunca. Sou um multívago vertical Corrigi o [meu] nome para Ascêncio, o qual, atendendo à função, me parece mais adequado do que Incrível Aladino. Por vezes, quando estou mais pessimista, ocorre-me mudar para Descêncio [ ] ” (78)
Ana Ana B. Pereira“O anjo olhou para Ele incrédulo
Protestou:
- E eu lá sou doido, ó Deus?! [...] Deus, o qual, como se sabe, é brasileiro, não estranhou nem que o anjo falasse português, nem sequer o forte sotaque carioca.” (83-84)
As imagens de José Saramago (Ensaio sobre a Cegueira), assombrações belíssimas num cenário distópico: Brutalidade nunca censurada, violência nunca leviana O ser humano é cruel e patético
“Evidentemente, muitos destes cegos estão a ser pisados, empurrados, esmurrados, é o efeito do pânico, um efeito natural, pode-se dizer, a natureza animal é mesmo assim, também a vegetal se comportaria de igual maneira se não tivesse todas aquelas raízes a prendê-la ao chão, e que bonito seria poder ver as árvores do bosque a fugir ao incêndio.” (229)
A memória de Annie Ernaux (Os Anos)
Aquela que se elimina num momento, mais breve que uma milésima de um segundo. O passado e a lembrança entrelaçam-se e ganham qualidades (meta)físicas únicas.
“Tudo se apagará num segundo. O dicionário acumulado desdo o berço até ao leito de morte irá desaparecer Depois, o silêncio e nenhuma palavra para o dizer.” (16)
Olhando para uma fotografia: “Todas, à exceção de quatro, olham para a objetiva com um ligeiro sorriso Aquilo que estão a ver - quem
fotografa? Uma parede? Outros alunos? - perdeu-se para sempre ” (60)
Raskólnikov, exasperado com a sua irmã, torturadopeloamordasuafamília:
“Estás a mentir! - pensava ele roendo as unhas com raiva - Orgulhosa! Não queres confessar que [te vais casar] por caridade! Oh, que caracteres tão baixos! Amam como quem odeia…Oh, como… os odeio a todos!” (225)
Por fim, não podia faltar a frase que iniciou o meu amor pelos livros, o primeiro passo que tomei, sem saber, em direção a todo um novo mundo, com apenas 12 anos. Desde então, li e voltei a ler as mesmas palavras milhares de vezes. Ouço-as quando vou dormir:
Referências
Agualusa, José Eduardo. A Educação Sentimental dos Pássaros - Onze contos sobre anjos, demónios e outras pessoas quase normais. 1 ed., Quetzal, 2011.
Dostoiévski, Fiódor Crime e Castigo 17 ed., Editorial Presença, 2021.
Ernaux, Annie. Os Anos. 1 ed., Livros do Brasil, 2022
Kafka, Franz. A Metamorfose. 5 ed., BIS, 2019
Saramago, José Ensaio sobre a Cegueira 1 ed., Porto Editora, 2018.
“Certa manhã, ao acordar após sonhos agitados, Gregor Samsa viu-se na sua cama, metamorfoseado num monstruosoinsecto.”
(Kafka,obviamente)
AnaB Pereira
Escritores:
Ana B. Pereira, 10.º D
Jamila Meneses, 10.º C
Leonor Carvalho, 10 º F
Madalena Oliveira, 8.º A
Clube de Programação e Robótica
Gonçalo Matos (AE)
Turma 10.ºG
Ana B. Pereira, 10.ºD
Ana B. Pereira, 10.º D
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Gonçalo Matos
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