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Um novo alento
O Duster ganha novo fôlego com a adoção da caixa automática
EDC de seis velocidades acoplada ao motor 1.3 TCe de 150 CV. Um sinal de modernização e uma mais-valia em termos de utilização cada vez mais encarada pelos condutores portugueses.
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Renovado no final do ano passado, o Duster continua a ser um dos pilares da Dacia na Europa (e não só). Esta nova geração melhorou muito em aspetos como a robustez, qualidade de construção e tecnologia, sem esquecer a estética, até porque continua a ser muito apelativo aos olhos e... à carteira.



Juntamente com a atualização, o SUV romeno ganhou uma versão que combina o propulsor 1.3 turbo a gasolina de 150 CV com uma caixa automática de dupla embraiagem EDC de seis velocidades, que permite tornar a tarefa de conduzir mais fluída e simples. Aliás, esta motorização só pode ser adquirida precisamente com esta transmissão.
Modus Operandi
Na essência, este “nosso” Duster partilha as principais evoluções efetuadas pela marca em toda a gama. Falamos, por exemplo, do referido aumento da sensação de qualidade ou do incremento dos dispositivos de segurança. A grande diferença está... no punho da alavanca da caixa automática. Forrado a couro e com as indicações N, P, R e D, bem como um “mais” e um “menos” a elucidar-nos que existe um modo manual-sequencial acionável no comando da caixa, já que não existem patilhas no volante.
Motor a trabalhar, caixa em posição D e arrancamos. Os primeiros metros são cumpridos com suavidade. A transmissão faz passagens rápidas e precisas proporcionando condução serena. Aqui, vale a pena recordar que a tecnolo-
Acabamento gia da caixa de velocidades EDC inclui duas embraiagens: uma ligada às relações ímpares (1/3/5) e outra às pares (2/4/6 e marcha-atrás).
Extreme com vários elementos específicos e bem recheado de equipamento, incluido várias ajudas à condução.
As mudanças de relação são comandadas por acionadores elétricos, controlados por um calculador que seleciona a melhor relação de caixa, consoante as solicitações do condutor. Aquando da mudança de relação, a embraiagem ativa abre-se e, simultaneamente, a embraiagem ligada à relação seguinte fecha-se. Desta forma, a mudança de relação é mais rápida e a transmissão de binário é contínua, sem perda de energia.
Não existe um modo Sport. Essa ausência é compensada pelo modo manual-sequencial de passagens de caixa que, diga-se, necessitava de ser calibrado. Ao toque de “mais” e “menos”, as passagens acontecem de forma menos progressiva e com menor suavidade. As reduções serão o ponto menos positivo, denotando maior lenti- dão que o desejado. Ainda assim, consegue preencher a aparente falta de força a baixos regimes da versão com transmissão manual. O próprio comando da caixa aparenta um ar frágil para este tipo de condução. Quando se exige aceleração máxima e se pressiona a fundo para o “kick down”, o Duster revela uma certa “preguiça”, deixando o condutor a fazer contas à vida em algumas situações, como no caso de uma ultrapassagem mais apertada, por exemplo.
A Virtude Do Pre O
A Dacia anuncia para este 1.3 TCe valores de prestações interessantes como provam os 9,7 segundos de aceleração dos 0 aos 100 km/h.
Ficha T Cnica
DACIA DUSTER EXTREME


1.3 TCE 150 CV EDC 4X2
TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, turbo
CILINDRADA 1.333 cm3
POTÊNCIA 150 CV entre as 5.250 e as 6.000 rpm
BINÁRIO MÁXIMO 250 Nm entre as 1.750 e as 3.000 rpm
TRANSMISSÃO Dianteira, caixa auto. 6 vel. (EDC, dupla embraiagem)
V. MÁXIMA 199 km/h
ACELERAÇÃO 9,7 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP) 6,3 l/100 km (misto)
EMISSÕES CO2 (WLTP) 142 g/km (misto)
DIMENSÕES (C/L/A) 4.341 / 1.804 / 1.693 mm

PNEUS 215/60 R17
PESO 1.388 kg
BAGAGEIRA 445 l
PREÇO 23.700€
GAMA DESDE 16.000€
I.CIRCULAÇÃO (IUC) 173,41€
LANÇAMENTO Abril de 2022
Já os consumos anunciados de 6,3 l/100 km é que nos pareceram algo otimistas, na medida em que durante o nosso ensaio nunca conseguimos baixar dos 7,4 l/100 km.
Em tudo o resto, o Duster permanece igual a si próprio. Os defeitos e as virtudes dinâmicas não sofrem alterações. A direção tem pouco feelinge o comportamento desta versão 4x2 prefere potenciar o conforto a bordo do que propriamente aventurar-se por estradas sinuosas, onde a estabilidade do conjunto obriga, em determinadas situações, o controlo de estabilidade a trabalho extra.
O preço desta versão Extreme
(que com a nova imagem e símbolo da Dacia passa a denominar-se Journey) começa nos 23.700 €. Montante muito simpático, mais ainda tendo em atenção um equipamento de série que inclui, entre outros, bancos em pele e tecido, ar condicionado automático, multimédia com ecrã tátil de 8’’ e navegação, reconhecimento de sinais de trânsito, cartão mãos-livres, sensores de estacionamento e câmara à retaguarda, além de jantes em liga leve de 17’’ e alguns pormenores para adornar o “look” exterior.

RICARDO CARVALHO PAULO CALISTO
Só há um modo de condução, o ECO. Uma espécie de Sport pode ser conseguido a partir da função manual-sequencial da caixa.
CUPRA FORMENTOR 1.5 TSI DSG
