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Oprimeiro híbrido

O primeiro Juke Hybrid apresenta-se como o início de uma nova era elétrica na Nissan, que se complementará posteriormente com o Qashqai e -Power, o Ar yia e o Townstar. Uma aposta que permitirá ao crossover nipónico uma abordagem mais eficiente a um segmento, curiosamente, criado por si.

Percursor do segmento dos crossover compactos, o Juke, cuja primeira geração foi lançada em 2010 e a segunda em 2019, estreia agora a sua primeira versão híbrida. Uma solução mais ecológica que traz consigo alguns elementos específicos face à restante família apenas a combustão. Falamos de uma nova grelha, que acrescenta uma barra negra na parte superior e que se vai assumir como o elemento distintivo de toda a gama eletrificada da marca, do novo logótipo da Nissan ao centro, bem como da designação Hybrid nas laterais e no portão traseiro. As jantes também são novas e assumem uma faceta mais aerodinâmica com a inclusão de pequenas abas em plástico; de 17 a 19 polegadas, de acordo com a versão escolhida.

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Lá dentro, e apesar de não lhe faltar equipamento, fica-se com a impressão de que é um pouco antiquado. Referimo-nos, por exemplo, ao facto de não possuir, ainda, um painel de instrumentos digital (substitui o conta-rotações por um potenciómetro), dispositivo cada vez mais comum no segmento, enquanto o ecrã central de 8”, com um grafismo que podia ser mais moderno, inclui compatibilidade com Android Auto

• Potência combinada de 143 CV

• Função e-Pedal

• Bagageira de 354 litros (menos 68)

• Três acabamentos:

N-Connecta, N-Design e Tekna

• Preços a partir de 32.700 € e Apple Car Play, assim como com os assistentes de voz da Google e Amazon Alexa. O sistema de som com 10 colunas tem assinatura Bose e o arranque é feito sem chave.

O habitáculo mantém-se sem alterações em termos de espaço quando comparado com o Juke normal, no entanto, a bagageira perde 68 litros (total de 354 litros), devido ao posicionamento da bateria debaixo do piso da zona de carga.

MECÂNICA COMPLEXA?

Debaixo do capô encontramos um novo motor na Nissan, de origem Renault, mas calibrado pela marca japonesa. Trata-se do mesmo bloco utilizado no Captur E-Tech, ou seja, um 1.6 litros atmosférico de quatro cilindros com 94 CV associado a uma unidade elétrica de 49 CV (36 kW), que se alimenta da energia ar-

Ficha T Cnica

NISSAN JUKE HYBRID

TIPO DE MOTOR Gasolina, 4 cilindros em linha, inj. indireta

CILINDRADA 1.598 cm3

POTÊNCIA 94 CV às 5.600 rpm

BINÁRIO MÁXIMO 148 Nm às 3.200 rpm

TRANSMISSÃO Dianteira, caixa auto. multimodo de 15 modos

SISTEMA ELÉTRICO

TIPO DE MOTOR Dois motores elétricos, síncronos permanentes

POTÊNCIA (e-MOTOR) 49 CV (36 kW)

BINÁRIO MÁXIMO 205 Nm

POTÊNCIA (HSG) 20 CV (15 kW)

BINÁRIO MÁXIMO 50 Nm

BATERIA Iões de lítio, 1,2 kWh

AUTONOMIA (WLTP) N.D.

SISTEMA HÍBRIDO

TIPO DE MOTOR Elétrico-gasolina

POTÊNCIA (TOTAL) 143 CV

BINÁRIO (TOTAL) N.D.

V. MÁXIMA 166 km/h

ACELERAÇÃO 10,1 s (0 a 100 km/h)

CONSUMO (WLTP) 5,2 l/100 km (misto)

EMISSÕES CO2 (WLTP) 118 g/km (misto)

DIMENSÕES (C/L/A) 4.210 / 1.800 / 1.595 mm

PNEUS 225/45 R19

PESO 1.362 kg

BAGAGEIRA 354 l

PREÇO 32.700 €

LANÇAMENTO Julho de 2022 mazenada numa bateria de 1,2 kWh de capacidade. A potência total é de 143 CV, o que pressupõe mais 25% de potência e menos 20% de consumo face a um Juke térmico. Acrescenta ainda um motor de arranque gerador de alta voltagem (HSG) de 15 kW. Um detalhe curioso é que o motor de combustão surge acoplado a uma caixa de quatro velocidades e o elétrico conta com uma segunda caixa com duas relações, solução pouco comum num automóvel desta natureza. De uma forma resumida, a caixa multimodal permite maior facilidade de utilização da propulsão elétrica e, consequentemente, maior eficiência. Graças ao HSG, o Juke Hybrid arranca em modo elétrico até aos 10 km/h e pode manter-se assim, se pisarmos o acelerador de forma suave, até aos 55 km/h. O sistema, consoante as situações do quotidiano, pode funcionar como um híbrido paralelo (os dois motores “empurram” ao mesmo tempo para que não exista perda de potência numa aceleração a fundo) ou como híbrido em série, em que o propulsor térmico não move as rodas, servindo apenas para alimentar a bateria.

Sensa Es H Bridas

Ao volante, este conjunto mecânico híbrido não transmite grande sensação de potência, apesar dos 143 CV, e fica claro que prefere focar-se mais na eficiência do que nas prestações.

Com uma excelente posição de condução, uma direção bem calibrada e um baixo centro de gravidade devido às baterias, o Juke Hybrid é sinónimo de uma dinâmica confortável e devidamente aprumada. Pesa apenas mais 90 kg do que a versão 1.0 a gasolina, o que não é muito tendo em conta o “lastro” que lhe acrescentaram com a hibridação. Para reduzir o consumo (média homologada de 5,2 l/100 km), conta com um botão EV, que força o sistema a funcionar em modo puramente elétrico (desde que exista energia na bateria), e com a função e-Pedal, que permite conduzir só com o pedal do acelerador. A estes juntam-se ainda três modos de condução: Eco, Standard e Sport.

As primeiras unidades entram ao serviço este mês de julho, sendo de referir a existência de uma série limitada a 135 unidades, sob a designação Premiére Edition, com detalhes distintivos e um preço de 34 mil euros.

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