MASERATI GRECALE Italiano vero

AUDI Q4 E-TRON FRENTE A RIVAIS Revolução elétrica

A cadência não é das mais rápidas, mas a marca italiana tem vindo a renovar e a fortalecer a sua gama de modelos com lançamentos tão importantes como este, um SUV de aspeto desportivo que tem como objetivo enfrentar o Porsche Macan.

Asua designação tem origem num vento mediterrânico, tradição que tem dado nome a muitos outros modelos do construtor italiano; Levante, Mistral, Bora… Porém, mais importante do que isso, este novo lançamento é uma lufada de ar fresco para a Maserati, que pouco a pouco vai completando a sua gama com novos modelos como o o recém

Em destaque

• Rival direto do Porsche Macan (4,84 m de comprimento)

• Motores de 300, 330 e 530 CV

• Tração integral e caixa automática de serie

• Dinâmica desportiva

• Interior digital

• À venda no segundo semestre de 2022

• Versão elétrica em 2023 superdesportivo MC20 e o seu próximo GT, que previsivelmente chega este mesmo ano. Mas o Grecale é outra coisa: é a porta que a Maserati devia abrir para entrar e competir num dos segmentos mais destacados, o dos SUV médios de gama alta, onde militam propostas como o Porsche Macan e as versões mais “espigadas” de BMW X3, Jaguar F-Pace ou Mercedes-Benz GLC.

Maduro

Ainda que se posicione logo abaixo do Levante, os 4,85 metros de comprimento do Grecale colocam-no como um dos maiores do seu género. Existem três versões, da menos à mais potente: GT, Modena e Trofeo. As duas primeiras montam o mesmo motor a gasolina, um 2 de quatro cilindros turbo, com 300 e 330 CV, respetivamente. Valores de potências acima dos propostos pe- las versões base do Porsche Macan, modelo ao qual o Grecale aponta diretamente. Ao contrário do Macan, estas duas opções do Maserati contam com microhibridação.

O Trofeo é, de momento, a versão mais radical do modelo. O motor é o mesmo V6 biturbo apelidado de Nettuno e utilizado pelo MC20, mas despojado do sistema de lubrificação por cárter seco e com melhorias na eficiência (desconexão de cilindros) e refinamento. Produz 530 CV e, como os restantes, surge acoplado a uma caixa automática por conversor de binário de oito velocidades. Envia a potência para as quatro rodas e, neste caso em particular, acelera dos 0 aos 100 km/h em apenas 3,8 segundos.

Face ao resto da gama, o Grecale Trofeo adota melhorias a nível dinâmico, como a suspensão pneumática de serie (opção nos outros) e um sistema de travões de maior potência. A largura de vias é igualmente superior, tratando de favorecer as passagens em curva em condições quase de circuito. Para a ocasião, dispõe de cinco modos de condução (quatro nos GT e Modena), entre os quais uma seleção Corsa dedicada a uma utilização mais radical. Por sua vez, e não sendo um verdadeiro todo-o-terreno, conta com uma posição offroad que, entre outras coisas, eleva a carroçaria (só com suspensão pneumática) 30 mm em relação à posição natural.

GRECALE FOLGORE: 100% elétrico Rame Folgore (na imagen)

Folgore significa relâmpago em italiano, e não restam dúvidas de que esta será uma das versões mais interessantes do Grecale. 100% elétrico, este Folgore chega na segunda metade de 2023, e apesar de ainda não terem sido desvendados muito detalhes, sabe-se que anuncia um binário máximo de 800 Nm (deve assegurar prestações de arromba) e uma bateria de 105 kWh de capacidade, o que deverá permitir uma autonomia de, pelo menos, 500 km. Vai diferenciar-se da restante gama por pormenores estéticos como a grelha, semi-carenada, as jantes de estilo tradicional Maserati e, no seu leque de cores, a tonalidade

A Maserati não podia lançar no mercado um produto de nicho tão competitivo sem dar prioridade à tecnologia embarcada. Assim, e para além de um painel de instrumentos digital e conﬁgurável, recorre a um sistema multimédia dividido em dois ecrãs: um superior de 12,3” e outro inferior, mais horizontal, de 8,8”, ambos táteis. Este último congrega diferentes botões de controlo, como os da climatização, ainda que também se possa ace- der aos menu das luzes ou às diferentes funcionalidades de conforto.