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NISSAN EV36ZERO Nissan mostra ocaminho
A Nissan prova, se dúvidas houvesse, de que está na vanguarda da tecnologia, desta feita com a criação do EV36Zero, um hub de 1,15 mil milhões de euros para a produção de automóveis elétricos com o objetivo de acelerar a neutralidade carbónica.
Há quem ainda continue a afirmar — cada vez menos, felizmente — que a aposta em veículos elétricos é uma moda. Não é. É uma necessidade, uma urgência, a bem da sustentabilidade energética e ambiental, e se há marca que tem consciência disso é a Nissan, afinal foi a primeira a produzir um automóvel elétrico de comercialização em massa — o Leaf, lançado em 2010.
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A verdade é que, chegados a esta fase, já não basta lançar novos modelos. É necessário pensar o futuro, apresentar soluções inovadoras, globais, dar o exemplo. É precisamente isso que a marca faz com a criação deste EV36Zero, um hub de vanguarda que será o primeiro ecossistema de fabrico de automóveis elétricos a nível mundial e que se propõe alcançar aquilo que muita gente pensava ser impensável num construtor desta dimensão e com estas características: a eletrificação total e a neutralidade de carbono da empresa até 2050.
Um investimento de 1,15 mil milhões de euros totalmente direcionado para a fábrica de Sunderland, localizada no Reino Unido, e que tem sido um polo crucial no desenvolvimento da marca. Em 1986, aquando da inauguração, a então primeira-ministra Margaret Thatcher, congratulou-se com
Quinta Solar
Os grandes projetos nem sempre são de fácil concretização e, muitas vezes, demoram a avançar. Não é o caso. A Nissan já recebeu luz verde das autoridades para uma exploração solar adicional de 20 MW na fábrica de Sunderland. A nova instalação de 20 MW duplicará a quantidade de eletricidade renovável gerada no local para 20% das necessidades totais da fábrica, o suficiente para construir cada LEAF 100% elétrico vendido na Europa. Os trabalhos de desenvolvimento serão iniciados imediatamente e a instalação, ao lado das atuais explorações eólicas e solares da fábrica, deverá estar concluída até maio de 2022. É a primeira de dez explorações solares adicionais planeadas no âmbito do plano Nissan EV36Zero.
a abertura, esperando que esta trouxesse mais postos de trabalho e ajudasse à prosperidade e autoestima locais. Na altura empregava menos de 500 pessoas. Com o passar dos anos transformou-se na maior fábrica da história da indústria automóvel do Reino Unido, empregando 46.000 pessoas. Este investimento ajudará a criar mais 6.200 novos postos de trabalho, espalhados pelas diferentes estruturas e várias empresas que constituem o megaprojeto. O atual primeiro-ministro, Boris Johnson, também não escondeu o contentamento. “O anúncio da Nissan de construir um automóvel totalmente elétrico de nova geração em Sunderland, em paralelo com uma nova gigafábrica da Envision AESC, representa um grande voto de confiança no Reino Unido e nos nossos trabalhadores altamente qualificados naquela região”, afirmou.


Crossover El Trico De Nova Gera O
Seria expectável que, com tanto investimento, pudesse sair daqui um novo modelo. E sairá. Um crossover elétrico com “estilo, eficiência e tecnologia de bateria de última geração” com base na experiência de crossover da Nissan e no sucesso global do Nissan LEAF. Será construído sobre a plataforma CMF-EV da Aliança, com uma capacidade de produção esperada de até 100.000 unidades por ano. Cerca de 486 milhões de euros dos 1,15 mil milhões agora investidos serão dedicados a este veículo. As primeiras e únicas imagens até agora divulgadas — com o sugestivo nome de código Chill-Out Concept — deixam antecipar um modelo vanguardista, tão orgânico quanto agressivo e desportivo.


GIGAFÁBRICA E ECOSSISTEMA “ZERO EMISSÕES”
Não é, naturalmente, por acaso que Boris Johnson fez referência à fábrica da Envision AESC. O Nissan EV36Zero é composto por três iniciativas interligadas que combinam automóveis elétricos, energia renovável e produção de baterias, sendo a construção da nova fábrica da Envision AESC (líder mundial de produção de baterias e parceira de longa data da Nissan) fundamental em todo este processo. A Envision AESC já tinha uma fábrica em Sunderland desde 2012, de onde saíam as baterias do Nissan LEAF, mas agora vai crescer de forma exponencial. Uma gigafábrica cuja capacidade de produção inicial será de 9 GWh (poderá chegar aos 25 GWh já em 2030) e que prome- te ser pioneira no desenvolvimento das baterias da próxima geração, tornando-as mais acessíveis e eficientes, facilitando assim o acesso generalizado aos veículos elétricos.

Tudo isto seria mais do que suficiente para um projeto ímpar, mas há mais. Quer a fábrica da Nissan quer a da Envision AESC serão alimentadas por uma rede de energia 100% renovável. Uma parceria celebrada com o município da cidade que levará à poupança de 55.000 toneladas de carbono anuais. Com um investimento inicial de 92 milhões de euros, este projeto prevê ainda a criação de um sistema de armazenamento de energia usando baterias usadas, oferecendo-lhes assim uma “segunda vida” e auxiliando no equilíbrio da procura na rede elétrica.