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Operação nacional e venezuelanos põem Ribeirão Preto na rota de imigrantes

Ribeirão Preto entrou na rota de imigrantes que buscam melhores condições de vida fora de seus países de origem, após a chegada de indígenas venezuelanos e da adesão a um programa federal. A Operação Acolhida é coordenada pelo Exército, em parceria com a Associação Comercial e a USP.

Um grupo de 70 venezuelanos da etnia indígena Warao desembarcou na cidade em 2021, com a reabertura das fronteiras na pandemia da Covid-19. Mas a adaptação com a nova realidade tem sido complexa. Entre as dificuldades estão a barreira da língua, já que o grupo tem dialeto prórpio, e a falta de emprego.

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A faculdade de Direito da USP passou a realizar periodicamente mutirões para regularização de documentos de estrangeiros.

Bandidos furtam mais celulares na zona norte durante a madrugada em RP

Levantamento feito no portal da transparência da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo revela que os furtos de celular em Ribei-

Meio Ambiente

rão Preto ocorrem com mais frequência durante a madrugada. A zona norte também é a região onde os ladrões mais atuam.

Ribeirão Preto fica no topo de cidades mais poluídas de SP, durante mês de estiagem

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Donas

do próprio negócio: cresce empreendedorismo entre mulheres

A necessidade de gerar renda e a busca por independência financeira ligam as histórias de três mulheres de Ribeirão Preto.

Patrim Nio

Após 30 anos sem manutenção, restauro do Palácio Rio Branco deve sair em 2023

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Sem qualquer experiência em adminsitração, elas se tornaram microempreendedoras individuais. E buscam expandir seus negócios.

Cotidiano

Violência marca retorno de torcidas aos estádios de Ribeirão, no clássico regional Come-Fogo

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O Jornal da Barão é uma publicação produzida pelo curso de Jornalismo do Centro Universitário Barão de Mauá.

REITORA

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VICE-REITOR

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PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO

Antonio Augusto Abbari Dinamarco

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Produ O

REPORTAGEM, DIAGRAMAÇÃO E FOTOJORNALISMO

Alunos do curso de Jornalismo

Artigo

Em Tempos De Dio

Guilherme Campos

Agressões graves contra jornalistas aumentaram 69,2% no Brasil em 2022, de acordo com último relatório da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo).

De janeiro a setembro, o programa de monitoramento da violência da entidade registrou 66 casos, sendo que em 2021 foram 39 ataques, envolvendo violência física, destruição de equipamentos, ameaças e assassinatos.

No cenário geral, as ocorrências de discursos de ódio, processos na justiça, restrições de acesso à informação, além de abuso do poder estatal contra jornalistas também aumentaram. O número saltou de 253 nos primeiros sete meses do ano passado, para 291 no mesmo período deste ano, um aumento de 15%.

Apesar de vivermos momentos sombrios com a ascensão de grupos extremistas de direita, ataques à imprensa e à liberdade de expressão são históricos.

Durante o reinado de Dom João VI só era permitida no país a circulação da imprensa oficial. Dom Hipólito da Costa, fundador do Correio Braziliense, era obrigado a rodar as edições no exterior.

Informação (LAI), que obriga a gestão pública a ter transparência de contas e fornecer dados ao cidadão, só foi criada em 2011.

Quando a imprensa livre retomou o fôlego, as transformações tecnológicas deram voz e protagonismo à população. Hoje qualquer pessoa pode publicar conteúdo com apenas um celular. Mas isso abriu espaço para a desinformação e manipulação dos fatos.

A ferramenta que veio para democratizar os meios de comunicação se tornou veículo para ação de milícias digitais, que têm objetivo de confundir a sociedade e enfraquecer as instituições. Atacar o trabalho dos jornalistas é uma das estratégias. Usar a liberdade de expressão como desculpa para atentar contra a democracia também.

A imprensa livre é um dos pilares da democracia. Sem ela não há denúncia, investigação, transparência, independência e debate público dos mais variados problemas que o mundo enfrenta, como o racismo estrutural, a homofobia e a desigualdade social.

Unidade de Comunicação, Negócios e Tecnologia

R. José Curvelo da Silveira Jr., 110, Jd. Califórnia, Ribeirão Preto (SP) Tel.: (16) 3602-8200

Jornal da Barão na internet: jornalismo.baraodemaua.br www.youtube.com/@cursodejornalismodabaraode8508

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Getúlio Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP) durante o Estado Novo em 1939, para controlar e perseguir jornais clandestinos de oposição ao regime e propagar a ideologia política do governo.

O golpe militar de 1964 montou um aparato de censura aos jornais e institucionalizou o uso da violência como forma de controle. Muitos jornalistas, como Vladimir Herzog, foram perseguidos, presos, torturados, calados e dados como desaparecidos.

A liberdade de imprensa só foi garantida pela constituição em 1988, com a reabertura democrática. A Lei de Acesso à

Mas em tempos da cultura do ódio e do ressurgimento de movimentos neonazistas e fascistas, a imprensa livre resiste. É notória a evolução das técnicas de checagem de notícias, do uso de tecnologia para o levantamento de dados e o surgimento de um jornalismo independente, voltado para combater a desinformação.

Portanto, aos futuros colegas que estão hoje nas cadeiras da faculdade de jornalismo, nós professores dizemos: resistam. Municiem-se de espírito crítico e questionador, para fazer frente aos que tentam descredibilizar nosso trabalho. Pesquisem, leiam mais e debatam mais.

Fato é que novos ataques virão. E para isso temos que estar preparados para fazer um bom trabalho e contribuir com a transformação dessa realidade.

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