Edição 81 março 2020

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CERTIFICAÇÃO

São Paulo conquista segunda certificação em leite orgânico de búfalas Trabalho de orientação técnica da Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio de extensionistas que atuam na Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Itapetininga, foi primordial para que os produtores obtivessem a certificação Produtores da região de Itapetininga, no interior de São Paulo, conquistaram certificação para produzir o leite de búfala orgânico, o que poderá aumentar em até 50% o preço pago pelo litro de leite, além de ampliar a oferta de produtos ao consumidor paulista. O trabalho de orientação para converter a produção do leite convencional para orgânica é realizado desde março de 2018 por técnicos da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS) Regional Itapetininga. “Esta certificação é a segunda do Estado de São Paulo e a terceira do Brasil as outras propriedades certificadas ficam em Joanópolis (SP) e Valença (RJ)”, informa a zootecnista Ana Paula Roque, que atua na CDRS Regional Itapetininga e foi a responsável pelo acompanhamento técnico das propriedades e do processo. As duas propriedades certificadas estão localizadas no município de Sarapuí. São elas: o Sítio São José, do produtor Adriano José Nunes de Almeida, e Sítio Nossa Senhora Aparecida, de Antônio Bento da Silva. “Cada uma possui cerca de 60 hectares e em torno de 90 búfalas em lactação. Durante a conversão, o laticínio já se propôs a pagar 30% a mais pelo leite. Com a certificação, esse bônus

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Fonte: Assessoria de Comunicação Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo

passa para 50%”, explica Ana Paula, ressaltando que, as propriedades certificadas passaram por um rigoroso processo de acompanhamento técnico, documental e de inspeção. Diretor da CDRS Regional Itapetininga, Luiz Carlos de Carvalho Leitão, frisa que as propriedades certificadas são vinculadas à Cooperativa dos Produtores de Leite e Demais Produtos da Agricultura Familiar de Sarapuí e Região (Colaf), entidade que foi apoiada pelo Projeto de Desenvolvimento Rural Sustentável Microbacias II Acesso ao Mercado, executado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento, por meio da CDRS, com recursos de mais de R$ 980 mil, com contrapartida de 30% pelos produtores. “Estes recursos, sobre os quais os produtores afirmam que sozinhos não teriam condições de investir, foram utilizados na implantação de um entreposto de leite de búfala em terreno cedido pela prefeitura municipal, no qual estão sendo feitas as adequações finais propostas pelo Ministério da Agricultura para obtenção do selo do SIF - Sistema de Inspeção Federal. Outro apoio importante para os produtores foi a orientação técnica para melhoria da qualidade do leite de búfala, um dos quesitos fundamentais para obtenção da certificação. “O atendimento técnico

aos cooperados é realizado pela Casa da Agricultura municipalizada, juntamente com o corpo técnico da Regional de Itapetininga. Uma das ações é a análise mensal da qualidade do leite, em um projeto realizado em parceria com o Instituto de Zootecnia. Essas análises contribuíram para a melhoria da qualidade do leite produzido de forma convencional e também do leite orgânico, sendo balizadoras das orientações nas atividades de ordenha e higienização das instalações”, salienta Luiz Carlos. O trabalho de extensão rural Ana Paula conta que tudo começou em outubro de 2017, quando um laticínio de Valença (RJ) propôs a produtores da região pagar a mais pelo leite orgânico e apoiar o processo de conversão. Em abril de 2018, foi realizada uma capacitação aos produtores, para produção de leite orgânico, em uma parceria entre as Regionais da CDRS de Avaré e Itapetininga e a Diretoria de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Sarapuí, tendo como instrutor o eng. agr. de Avaré, Sérgio Augusto Martins Faria. Segundo ela, 15 produtores participaram de uma primeira reunião, após a citada capacitação. Desses, cinco se inte-


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