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Bruria, a erudita
BRURIA, A ERUDITA Excerto do livro Mujeres del Talmud, publicado em 2019
Rabino Uriel Romano
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“As portas da sabedoria nunca estão fechadas” Benjamin Franklin B ruria é uma das poucas mulheres na literatura rabínica clássica que tem nome próprio e independência. Mesmo sendo em muitas ocasiões chamada “filha de” ou “esposa de”, em várias fontes Bruria aparece apenas com seu nome, mostrando assim a sua fortaleza individual e singularidade em um mundo cuja liderança é predominantemente masculina. Ela foi uma erudita em uma sociedade na qual o estudo e o ensino era um terreno exclusivo dos homens. Quem foi Bruria? Vamos descobri-la juntos.
Há aproximadamente quarenta anos, Bruria era tomada como uma única personagem, filha do Rabi Hanania ben Teradion (um dos dez mártires assassinados pelos romanos) e esposa do grande sábio Rabi Meir. No entanto, através da análise crítico-literária e de uma revisão das fontes rabínicas sobre Bruria, o acadêmico David Goodblatt sugeriu que, historicamente, existiram em realidade três mulheres (a filha do Rabi Hanania ben Teradion, a esposa do Rabi Meir e Bruria), as quais foram então unificadas em uma única personagem mítica conhecida apenas como Bruria (Goodblatt, 1975, p. 68-85). Deixando de lado os debates acadêmicos a respeito, o mais importante é que os autores e redatores dessas histórias queriam transmitir uma mensagem (ou mensagens) a seu círculo e público através da figura de Bruria.
Se houvesse rabinas há aproximadamente dois mil anos, Bruria certamente teria sido a maior do colegiado de mulheres eruditas e mestres da lei. Até mesmo o seu nome (ou quem sabe seu apelido) faz alusão à sua sabedoria: Ba
Se houvesse rabinas há aproximadamente dois mil anos, Bruria certamente teria sido a maior do colegiado de mulheres eruditas e mestres da lei. No imaginário rabínico, ela representa o fascínio e o perigo de uma mulher erudita.
rur-Iah, “Clareza divina”. Bruria não apenas era capaz de compreender a lei de forma clara e transparente, como também de transmiti-la em forma límpida e simples. Bruria é lembrada como uma erudita que não tinha problemas em fazer escutar a sua voz e sua opinião em um mundo dominado pelas vozes graves dos homens. O Rabi Iochanan a menciona como uma mulher de uma memória prodigiosa e de aguda inteligência, capaz de aprender e reter trezentas halachot de trezentos sábios diferentes em apenas um dia (Pessachim 62b). De acordo com o programa de estudos rabínicos, cada estudante deveria aprender diariamente algumas poucas halachot para, então, repeti-las no Shabat.
Bruria não era apenas uma erudita, mas uma mulher que se fazia escutar. Quando os sábios discutiram acerca de uma questão envolvendo pureza ou impureza de um objeto, Bruria expressou sua opinião, que foi logo estabelecida como lei; inclusive o Rabi Ioshua disse: “Bruria falou corretamente” (Tosefta Keilim Metzia 1:3). Em outra ocasião, os sábios discutiram sobre quando exatamente um forno estava suscetível a receber impureza ritual. Durante a discussão, é citada a opinião do filho do Rabi Hanania ben Teradion, mas logo em seguida dão também a opinião de sua filha que, de acordo com a leitura tradicional não crítica, era Bruria. E é então que o Rabi Iehuda ben Brava diz: “A fala da sua filha é melhor do que a do seu filho” (Tosefta Keilim Kama 4:9). Neste caso, Bruria não apenas não teve medo de expressar sua opinião, como também não se absteve de criticar a posição legislativa do seu irmão. Com essas informações em mente, passemos agora a apreciar as histórias mais famosas da mulher mais notória e recordada do Talmud. Irônica, zomba da inferioridade da mulher
Rabi Iossi Hagalili ia pelo caminho e se encontrou com Bruria. Ele perguntou a ela: Qual é o caminho que devemos tomar para chegar a Lod? Ela respondeu-lhe: Galileu tolo! Acaso os sábios não disseram: “Não prolongues o diálogo com uma mulher”? Deverias apenas ter dito “Aonde Lod?” (Eruvin 53b/54a)
O grande Rabi Iossi Hagalili (Taná, terceira geração, início do século II EC.) não era um sábio qualquer. Era um dos eruditos mais importantes do centro rabínico em Israel da sua época. Ele queria ir à cidade de Lod. Ao se encontrar com Bruria, ele utiliza quatro palavras para perguntar a ela que caminho deveria tomar. Bruria, sem papas na língua, cita a ele um conhecido provérbio misógino do Pirkei Avot atribuído a Iosse ben Iochanan: “Não prolongues o diálogo com uma mulher” (1:5). De acordo com o pensamento rabínico clássico, os homens não devem falar muito com as mulheres, senão o estritamente necessário, para não se distrair dos seus estudos e para que a conversa não leve a outra coisa… Bruria, com seu temperamento, diz ao Rabi Iossi Hagalili que ele deveria ter usado apenas duas palavras (em hebraico) para perguntar a ela o caminho.
Bruria é apresentada nessa história com a mesma dualidade com a qual será apresentada em diferentes ocasiões na literatura rabínica. No imaginário rabínico, ela representa o fascínio e o perigo de uma mulher erudita. Por um lado, os sábios admiram e enfatizam a sua erudição. Por outro, querem controlá-la e mostrar o quão perigoso isso pode ser. Nessa história, o relator nos mostra uma Bruria extremamente temperamental, erudita e violenta ao mesmo tempo. Ela tem a capacidade e a sagacidade para responder ao Rabi Iossi Hagalili instantaneamente, com uma citação do corpus da tradição oral rabínica. Em um mundo de homens, Bruria não apenas não deveria comportar-se daquela maneira tosca – uma característica tão imprópria para uma mulher judia cujo lugar estava dominado pelo silêncio e a modéstia –, mas também deveria adotar para si os preconceitos de gênero e a misoginia rabínica para poder usá-la contra os sábios.
Ela pediu a ele que falasse menos, sendo que é ela quem extende a conversa e o insulta, chamando-o “Galileu tolo”. E o pior de tudo: jamais lhe responde aonde está Lod! Bruria gosta de jogar com os limites, de mostrar seus conhecimentos e revelar-se superior ao establishment rabínico. Aparentemente, este não é um caso isolado, como veremos. Bem próprio da composição literária e organizacional do Talmud Babilônico, agora o editor insere outra história de características similares que têm novamente a Bruria e seu temperamento como protagonistas. Bruria não queria viver no mundo destinado às mulheres, no lar e na cozinha, criando os seus filhos e cuidando do marido. Ela quis viver dentro das paredes das academias rabínicas, naquele mundo dominado por homens.

Atrevida, empodera-se dos espaços masculinos
Certa vez, Bruria se encontrou com um estudante que estudava sussurrando. Ela o agrediu e disse-lhe: Acaso não está escrito: “Bem ordenado em tudo e bem seguro” (II Samuel 23:5), o que significa que se a Torá estiver ordenada em seus 248 membros, ela estará segura; caso contrário, não estará. (Eruvin 53b:25)
Nesse segundo relato, Bruria irrompe o santuário masculino rabínico da academia de estudos. Ao que parece, ela transita por ali como se fosse sua própria casa, repreendendo a um estudante por estar estudando aos sussurros, quando a tradição rabínica ordena que os estudos sejam repassados em voz alta, para que os conhecimentos sejam incorporados. Bruria não queria viver no mundo destinado às mulheres, no lar e na cozinha, criando os seus filhos e cuidando do marido. Ela quis viver dentro das paredes das academias rabínicas, naquele mundo dominado por homens, e talvez por isso, ela tenha sentido a necessidade de se assemelhar a eles com o uso da violência verbal (como na história anterior) e física (no presente relato). No relato seguinte será o seu marido quem receberá dela uma admoestação e uma aula.
Erudita, ensina com empatia
Na vizinhança do Rabi Meir havia alguns malfeitores que constantemente o incomodavam. Em uma ocasião, Rabi Meir pediu misericórdia ao Céu para que Deus os exterminasse. Então Bruria, sua esposa, diz ao Rabi Meir: O que você está pensando [ao rezar pedindo que esses malvados morram]? E o Rabi Meir responde: Porquanto está escrito (Salmos 104:35) “Sejam exterminados os pecadores da terra”; no entanto [diz Bruria] ali não diz chotim (pecadores), mas chataim (pecados) [uma leitura possível no hebraico sem a pontuação das vogais]. E mais, ao final do versículo diz: “E não haverá mais malvados”; por esta razão, deve-se rezar para pedir que eles se arrependam. Finalmente, Rabi Meir pediu misericórdia por aqueles malfeitores e eles se arrependeram dos seus atos. (Berachot 10a)

| Revista da Associação Religiosa Israelita-ARI Agsandrew/iStockphoto
Cansado de sofrer bullying dos malvados do seu bairro, Rabi Meir rezou e pediu a Deus que aqueles malfeitores morressem, que fossem exterminados de uma vez por todas. Atenta, Bruria escutou e, como sempre, exibiu seus conhecimentos bíblicos e, de passagem, admoestou a seu marido. Primeiro, e em um tom mais elegante e cordial do que nas histórias anteriores, nossa Bruria demonstra não apenas conhecimentos bíblicos, mas também das nuances da gramática hebraica, oferecendo outra leitura possível àquele versículo. Bruria chama a atenção para o fato de não ter vogais na Bíblia, e, por isso, onde o Rabi Meir lê “pecadores” (chotim), deveria ser lido “pecados” (chataim); e se isto é assim, não se deve pedir pela morte dos malvados, mas para que suas maldades tenham fim, e dessa forma se cumprirá a segunda metade do versículo que diz: “E não haverá mais malvados”.
A moral da história é profunda e poderosa. A forma masculina de eliminar os problemas é eliminando quem os provoca. A forma feminina, muito mais efetiva, elimina a fonte do problema. Nessa história vemos uma Bruria muito mais feminina, elegante e calma que volta a demonstrar seu brilhantismo, convencendo e reeducando a seu marido com destreza e sagacidade.
Às sextas-feiras a noite, na primeira refeição de Shabat, antes de começar o jantar, os maridos cantam às suas mulheres Eshet Chail – o último capítulo do livro bíblico de Provérbios, que diz: “Uma mulher virtuosa, quem encontrará?” (31:1). Originalmente, esses versículos eram uma referência simbólica à Shechiná, a parte feminina de Deus. Mas, de acordo com um Midrash tardio do livro de Provérbios, quando se perguntam a quem a mulher virtuosa faz referência, entre as múltiplas respostas, dizem: a “Bruria”.
Ela é apresentada como uma mistura de doçura, tato, sabedoria e, especialmente, integridade. Uma mulher virtuosa como Bruria, quem poderá encontrar? Uma mulher sábia, independente, astuta, com pedigree e com uma integridade invejável, quem encontrará? Bruria despertava verdadeira fascinação nos círculos rabínicos. Todos aqueles que escutavam suas histórias ou suas determinações legais se surpreendiam com a capacidade de uma mulher em citar a Bíblia ou as tradições orais rabínicas com tanta facilidade, de repreender aos mestres, como Rabi Iossi Hagalili, ao seu próprio irmão ou mesmo, seu marido. No entanto, outorgar tanto poder a uma mulher também era potencialmente perigoso em um mundo dominado exclusivamente por homens. Talvez tenha sido esse perigo que tenha levado a um certo sábio medieval a criar um final trágico a Bruria. Temida e atacada em sua reputação
“Porquanto certa vez ela zombou de um provérbio rabínico “As mulheres têm a mente frágil” (b. Kidush 80b), seu esposo lhe advertiu que seu próprio final poderia testificar sobre a verdade daquelas palavras. Para pôr sua virtude à prova, ele encarregou a um de seus discípulos que a seduzisse. Depois de várias tentativas, ela cedeu; e, de vergonha, ela se suicidou. Rabi Meir, torturado pelo remorso, fugiu de casa”. (Rashi a b. Avodá Zará 18b)
Um final terrível para uma das heroínas do judaísmo rabínico. Agora, em que se baseia este relato/mito? Em um comentário de Rashi (s. XI d.EC) de uma passagem do tratado Avodá Zará, que diz: “Ele [Rabi Meir] se levantou e fugiu à Babilônia. Alguns dizem que foi devido àquele incidente pelo qual teve que fugir à Babilônia, enquanto outros dizem que teve a ver com o incidente relacionado com Bruria”. Ele migra à Babilônia, o centro da comunidade judaica rabínica mais importante fora da terra de Israel, devido aos tempos agitados vividos em Israel sob o domínio romano e toda a intrincada situação pessoal que ele mesmo vivera. Aquele relato não menciona exatamente o que o motivou a ir embora, e em nenhum outro lugar do Talmud encontramos referência a isto. Esse detalhe, somado ao fato de que o Rabi Meir vai sozinho à Babilônia sem a sua afamada esposa, aliado a algumas outras questões socioculturais, terá despertado a imaginação de alguns sábios, os quais criaram a história que Rashi compartilha. Ou talvez tenha sido o próprio Rashi 1 quem, em alguma noite de primavera, ao ler a passagem de Avodá Zará entre uma taça de vinho e outra, imagina essa história descabida. Seja como for, este é o final de Bruria ensinado em todas as Ye1 Embora se deva dizer que Rashi, que não teve filhos homens, é lembrado (também) por ter ensinado Torá a suas filhas. A forma masculina de eliminar os problemas é eliminando quem os provoca. A forma feminina, muito mais efetiva, elimina a fonte do problema.
shivot (escolas rabínicas) e escolas judaicas tradicionalistas. Repassemos então a história em detalhe.
Qual foi o “incidente com Bruria”? Rashi sugere que começou quando Bruria zombou do adágio rabínico que afirma que “as mulheres têm a mente frágil”, no sentido de que as mulheres caem mais facilmente que os homens. O machismo daqueles sábios os levavam a pensar que os homens não podiam ser enganados, cativados ou seduzidos tão facilmente como as mulheres. Pensavam que, ao serem pressionadas, estas cediam com facilidade. Bruria, como já a conhecemos, não ficaria calada frente a tamanho preconceito masculino e por isso ironizou o ditado. Rabi Meir, guardião da tradição rabínica, não poderia deixar passar que sua esposa zombasse dessa forma das afirmações dos seus colegas e mestres, e por isso adverte que “seu próprio final poderia testificar que aquelas palavras eram verdade”.
Ao buscar proteger a integridade e a verdade dos ensinamentos rabínicos, Rabi Meir se descuida de sua mulher e da sua relação conjugal, encarregando a um discípulo a tarefa de seduzi-la. Ao começo, Bruria rejeita o assédio, mas finalmente cede. Rabi Meir tinha razão! As mulheres têm a mente frágil! A história mostrou que tinha razão, embora isto tivesse custado a vida da sua própria mulher, o que lhe produziu um remorso tal que o teria levado a fugir do seu lar para a Babilônia.
Este é o trágico final de Bruria na mente e na pena de Rashi. Outros sábios que o antecederam (Rabenu Nissim Ben Yakov de Kairouan) comentaram simplesmente a passagem talmúdica alusiva ao caso, dizendo: “Rabi Meir e Bruria tiveram que fugir à Babilônia depois que os romanos executaram o seu pai…” O que levou Rashi a deixar para sempre nas margens do Talmud esse trágico relato? A resposta pode estar na ambivalência sentida pelos rabinos em relação a Bruria. Sua sabedoria e independência eram fonte de admiração e temor. O que aconteceria se mais mulheres se atrevessem a ser como Bruria? E se mais mulheres abandonassem a cozinha para estudar Torá? E se mais mulheres levantassem suas vozes e opiniões, contrariando seus maridos, irmãos e outros sábios? Rashi não podia imaginar um mundo assim e é por isto que ele cria/transmite essa história, para que fique como sinal para todas as mulheres que queiram imitar a Bruria: não é uma boa ideia! 2 Diante desse cenário, as leitoras judias feministas dos séculos XX e XXI escolheram a Bruria como um modelo a ser imitado, uma mulher a ser resgatada do mar do Talmud para ser trazida novamente à vida judaica contemporânea: mulheres eruditas, sábias, sagazes, dispostas a fazer escutar suas vozes e dispostas a discutir de igual para igual com os homens. Uma mulher virtuosa, quem encontrará? Vivemos em um mundo no qual encontramos as brurias em toda parte e no qual as brurias se multiplicam dia após dia, reivindicando para si os espaços que, ao longo de gerações, foi reservado unicamente aos homens. Bibliografia Adler, R. “The Virgin in the Brothel and Other Anomalies: Character and Context in the Legend of Beruryah”. Tikkun 3/6 (1988) 28- 32, 102-105. Boyarin, D. “Reading Androcentrism against the Grain: Women, Sex, and Torah-Study”. Poetics 12 (199), 29-53. Boyarin, D. Carnal Israel, University of California Press, 1993. Goodblatt, D. “The Beruryah Traditions”. JJS 26 (1975) 68-85. Ilan, T. Jewish Women in Greco-Roman Palestine. Peabody: Hendrickson, 1995. (Beruryah, 197-200) Ilan, T. “The Quest for the Historical Beruryah, Rachel, and Imma Shalom”. AJSReview 22 (1997) 1-17. Wegner, J.R. “The Image and Status of Women in Classical Rabbinic Judaism”. In Jewish Women in Historical Perspective, ed. by J. Baskin, 68-93. Detroit: Wayne State UP, 1991. Zion, Noam. Bruria and Rabbi Meir, the Odd Couple (Zion Holiday Publications, Inc. 2018). O Rabino Uriel Romano é argentino. Cursou seus estudos rabínicos no Seminário Rabínico Latinoamericano. É licenciado em Ciências Políticas pela UBA e também alcançou um Mestrado em Estudos Judaicos no Instituto Shechter. Hoje serve como rabino à comunidade Judaica Norte, em Nordelta, Argentina. Excerto e tradução do espanhol por Kelita Cohen. 2 Interessante notar que num dos lugares do Talmud onde se encontra o discurso sobre a fragilidade das mulheres, ele está na mesma unidade temática em que o rabino Meir é o seduzido por Satan, disfarçado de mulher. No relato de Rashí, os papéis são invertidos e é o rabino Meir que tenta perverter sua esposa usando um estudante como isca. O que aconteceria se mais mulheres se atrevessem a ser como Bruria? E se mais mulheres abandonassem a cozinha para estudar Torá? E se mais mulheres levantassem suas vozes e opiniões, contrariando seus maridos, irmãos e outros sábios?
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