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e Identidade
O CURDISTÃO IRAQUIANO: UM DEBATE SOBRE ESTADO E IDENTIDADE
Em 25 de setembro passado, o governo semiautônomo do Curdistão Iraquiano realizou um plebiscito pela independência (secessão) da região do Iraque, que apresentou como resultado mais de 80% de comparecimento e mais de 90% de aprovação.
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Como o voto não era obrigatório, estes números são imensamente expressivos e evidenciam, sem qualquer sombra de dúvida ou ambiguidade, o desejo curdo pela autonomia nacional.
Contudo, o único país a apoiar o desejo dos curdos é Israel. Nem os Estados Unidos nem as demais grandes democracias liberais do mundo apoiaram a eloquente manifestação da vontade dos curdos.
É compreensível (o que não significa ser justificável) a oposição do Iraque ao pleito dos curdos, pois ele perderia uma parte do país. Ao mesmo tempo, Turquia, Irã e Síria têm motivos para se sentirem desconfortáveis, visto possuírem territórios adjacentes ao Curdistão Iraquiano com forte população curda.
Curioso, contudo, notar as declarações do vice-presidente do Iraque, Nouri Al-Maliki – repercutida por vários políticos do Oriente Médio –, de que o Curdistão independente viria a ser um fator de ainda mais desestabilização no Oriente Médio pelo fato do (ainda) improvável novo país poder vir a se constituir num “segundo e indesejado Israel”.
Ao se pautar por estes comentários, ficamos sabendo que a liberdade democrática, a igualdade entre os gêneros e o desenvolvimento econômico são prejudiciais à região. Seus políticos se empenham para construir a estabilidade através da pobreza, da desigualdade e da tirania. E, mais surpreendente ainda, não têm o menor problema em declarar isto publicamente.
Apresentamos a seguir dois textos contraditórios de relevantes pensadores políticos da atualidade a respeito deste assunto.
Artigos publicados originalmente pelo Gatestone Institute e reproduzidos sob permissão.
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