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Gabriel Mordoch

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Edward Hoffman

Edward Hoffman

ortodoxia pluralista e pluralismo ortodoxo

entrevista do Rabino Michael Melchior a Gabriel Mordoch

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Aconvergência entre ortodoxia e pluralismo, por vezes improvável ao senso comum, é não somente natural, mas sobretudo fundamental para Michael Melchior. Rabino, líder do partido político Meimad, ativista social e ambiental, o sui generis Melchior é um cidadão do mundo, de origem dinamarquesa, radicado em Israel há mais de duas décadas. Na entrevista a seguir, concedida com exclusividade a Devarim e realizada em Jerusalém, estão traçados um pouco do perfil e da opinião de uma das personalidades mais destacadas da sociedade israelense contemporânea.

Devarim: Conte-nos sobre seu caminho, desde a Noruega até Israel.

Melchior: Desde a infância, sempre tive vontade de imigrar para Israel e viver e promover dentro da sociedade israelense os valores nos quais acredito. Fiz meus estudos rabínicos em yeshivot em Israel e fui para a Noruega como rabino, embora já sabendo que não permaneceria lá definitivamente. Permaneci seis anos na Noruega e então me mudei para Jerusalém, sem, no entanto, deixar de manter contato com a comunidade judaica norueguesa. Tornei-me o rabino da Noruega aos 26 anos, em 1980, e desde então, até minha entrada no Parlamento israelense em 1999, dividi meu tempo entre Jerusalém e Oslo. Isso me permitiu não somente colaborar com a comunidade judaica norueguesa – uma comunidade tão pequena quanto ativa – mas também trabalhar com outros temas, seja em Israel ou ao redor do mundo. Colaborei para o desenvolvimento do partido político israelense Meimad, fui o diretor internacional da Fundação Elie Wiesel, trabalhei muito com temas ligados a conflitos mundiais, direitos humanos, sionismo, judaísmo mundial. Trabalhei com as comunidades judai-

Rabino Michael Melchior, líder do Meimad.

7 “O Meimad é partido integrador, no qual o fundamento judaico é sumamente central, e inclui judeus ortodoxos, seculares e reformistas também. Os valores judaicos sionistas são um componente central da nossa visão de mundo.”

cas da União Soviética e Etiópia e apoiei a tentativa de resolução de conflitos na Caxemira, Guatemala e Irlanda do Norte. O assassinato de Itzhak Rabin gerou em mim uma profunda transformação. Quando a casa está em chamas não podemos estar circulando pelo mundo. Decidi então me dedicar mais intensamente ao Meimad, pois conclui que era preciso desenvolver uma opção judaica alternativa àquela então (e ainda) apresentada pelo judaísmo ortodoxo. A partir daí também passei a ser rabino de uma comunidade aqui em Jerusalém, onde centrei meus esforços a fim de desenvolver o conceito exposto pelo Meimad: uma alternativa judaica religiosa diferente da conhecida então pelo público israelense.

Devarim: Você é um rabino que passou para a política. O que o levou a dar esse passo?

Melchior: Não entrei para a política na condição de rabino. Sou rabino, assim como há pessoas que são professores, ou advogados, etc. “Entrei para a política enquanto rabino a fim de tirar os rabinos da política”, comentei uma vez. Eu não fui eleito enquanto rabino, mas como pessoa pública, com minhas ideias e crenças. Não estou na política para decretar halachot. Tenho uma visão de mundo cristalizada, a qual promovi através da política, mas isso não necessariamente está ligado ao fato de eu ser rabino.

Devarim: O que diferencia o Meimad dos outros partidos políticos religiosos israelenses?

Melchior: No princípio nos definimos enquanto partido religioso, e nos diferenciamos sobretudo em três aspectos. Primeiro, não acreditamos que, em nível político, a paz e a Torá se contradigam. Segundo, colocamos os temas sociais no centro de nossa percepção judaico-religiosa. Terceiro, nos opusemos à constituição de uma legislação religiosa em Israel, o que a nosso ver tem maior potencial de afastar do que de aproximar as pessoas do judaísmo. Achamos que a imposição de legislação religiosa em Israel é inadmissível e equivocada tanto moralmente quanto sob a perspectiva da própria Torá. Com o passar do tempo viemos a modificar a concepção do partido. O Meimad já não mais se vê como um partido religioso ortodoxo, mas como um partido integrador, no qual o fundamento judaico é sumamente central, e inclui judeus ortodoxos, seculares e reformistas também. Os valores judaicos sionistas são

Eu acredito que a Torá é grande, é ampla, e destinada a todos os judeus; se a Torá não é para todos então ela não é para ninguém.

um componente central da nossa visão de mundo. Nós trabalhamos na intersecção entre os diversos segmentos da sociedade israelense, integrando-os.

Devarim: O seu background escandinavo influencia a sua maneira de entender o judaísmo?

Melchior: Não há dúvida que todos os aspectos da vida influenciam a pessoa. Minha infância transcorreu na Escandinávia da década de 1960, caracterizada então por sua sociedade muito liberal, altamente social-democrática e detentora dos menores índices mundiais de desigualdade entre ricos e pobres, vindo a constituir posteriormente um Estado de bem-estar social moderno e possuidor de uma consciência ideológica muito forte. Cresci imerso nestas ideologias e, ao mesmo tempo, imerso num ambiente judaico religioso. Fui líder do movimento Bnei-Akiva e, naqueles anos, cantávamos o hino do movimento com a melodia da Internacional Socialista. Venho de uma família que já está há 350 anos na Dinamarca, e que esteve muito conectada à história judaica escandinava, o que também incluiu contatos entre judeus e não judeus. Tudo isso influenciou a casa onde cresci, meu pai foi rabino oficial da comunidade judaica dinamarquesa, um rabino ortodoxo relativamente liberal e muito atento a temas sociais e direitos humanos. Ou seja, um equilíbrio muito interessante entre o particularismo judaico e o universalismo.

Devarim: Quem é o público eleitor do Meimad?

Melchior: Somos um partido exclusivo, nosso público eleitor é muito especial, e portanto pequeno. Nossos eleitores são aqueles que almejam construir uma sociedade na qual seu componente judaico, em sentido amplo, é um fator importante. Importante não na finalidade de impor um modo de vida à população em geral, mas enquanto origem, inspiração, conexão e identidade para o desenvolvimento de toda a comunidade israelense. O Meimad foi fundado pelo rabino Yehuda Amital, então diretor da maior yeshivat ha-esder1 de Israel, no Gush Etzion. Logo após a fundação do partido, um entrevistador, guiado pelas ideias estereotipadas associadas à figura de um rabino idoso de longas barbas brancas, perguntou a Amital se sua vontade, caso obtivesse sucesso nas eleições, seria ocupar o cargo de ministro das Religiões. “Não”, ele respondeu. “Eu gostaria de ser ministro da Saúde, cargo muito mais significativo do ponto de vista judaico.” Acho que esta é a característica dos eleitores do Meimad, quer dizer, são pessoas que enxergam o judaísmo como importante para compreender a saúde, a economia, o ambiente, a relação com o próximo, etc. Os eleitores do Meimad pertencem aos setores religiosonacionalista, não ortodoxo e secular.

Devarim: Quais são os principais desafios que o povo judeu enfrenta atualmente? Melchior: Quanto ao Estado judeu, estivemos ocupados com a existência física, ou seja, com questões de segurança e sobrevivência, guerra e paz, e por isto nos descuidamos um pouco dos conteúdos. Talvez isso se justifique do ponto de vista histórico, pois há 120 anos o povo judeu esteve sob ameaça de aniquilação, e aí teve de canalizar os esforços para o estabelecimento do Estado. Mas agora o país já tem 60 anos, e não podemos mais nos ocupar tão somente da segurança física. Mandamos nossos filhos para o front de batalha e, contudo, que sociedade eles estão defendendo? Descuidamos um pouco do conteúdo e estamos pagando um preço muito alto. As consequências são, por exemplo, o péssimo relacionamento entre os diferentes segmentos da população, a decadência em termos de educação, ambiente e sociedade e os mais altos índices de desigualdade do mundo ocidental. Temos, portanto, muito trabalho pela frente. Esse é o grande desafio, tanto do judaísmo israelense quanto do mundial. O judaísmo mundial não poderá conectar-se a um país ou a uma sociedade cujos valores não representam e expressam algo relevante para a juventude judaica do mundo. Se quisermos manter contato com o judaísmo mundial, se há responsabilidade mútua, devemos enfatizar e desenvolver estes temas, criando assim um tipo de novo judaísmo, que res-

Se quisermos manter contato com o judaísmo mundial, se há responsabilidade mútua, devemos enfatizar e desenvolver estes temas, criando assim um tipo de novo judaísmo, que respeite as diferenças em termos ritualísticos, religiosos, de halachá, ou seja, um judaísmo significativo e capaz de integrar pessoas de todas as correntes, de modo que os judeus que vivem fora de Israel também possam se sentir identificados.

peite as diferenças em termos ritualísticos, religiosos, de halachá, ou seja, um judaísmo significativo e capaz de integrar pessoas de todas as correntes, de modo que os judeus que vivem fora de Israel também possam se sentir identificados.

Devarim: Você criticou severamente a divisão entre ensino secular e religioso em Israel, dizendo que em consequência disto os seculares se sentem mais israelenses que judeus e que, por outro lado, determinadas correntes religiosas encolheram a Torá até a reduzirem a um culto. Alguma coisa mudou nos últimos anos?

Melchior: A situação só vem piorando. Criou-se em Israel um bicho de duas cabeças. Por um lado, o sistema de ensino secular faz com que os alunos se alienem de sua conexão com a cultura judaica, com a abordagem e a continuidade histórica judaicas, com o ideal e o destino judaicos. O ensino secular deve se ligar mais às fontes judaicas e à revitalização destas fontes. Por outro lado, os ultraortodoxos, que monopolizam a educação judaica em Israel, excluem de sua percepção temas universais como democracia, alteridade, racismo – temas naturalmente ligados à abordagem da Torá. Ao mesmo tempo, eles também obtiveram sucesso tanto em termos demográficos quanto na obtenção de subsídio econômico. Na minha opinião, eles reduziram a Torá, a diminuíram. Eu acredito que a Torá é grande, é ampla, e destinada a todos os judeus. Se a Torá não é para todos então ela não é para ninguém. Acredito que, propositalmente, cada indivíduo presente no Monte Sinai escutou algo um pouco diferente, não exatamente igual ao que os outros escutaram. É tão somente dentro desta sinfonia que podemos encontrar o verdadeiro e autêntico judaísmo. Costuma-se pensar que quanto mais se é ultraortodoxo mais se é autêntico. Isso é um equívoco, pois trata-se de algo sectário, algo pequeno que não representa o conjunto. Essa nunca foi a intenção da Torá, e muitos dos princípios das correntes sectárias contradizem o que o judaísmo historicamente representa. Acredito, portanto, que judeus que cumprem mitzvot estritamente e judeus totalmente seculares devem estudar juntos – respeitando-se mutuamente e não estereotipando um ao outro – de modo a construir juntos um judaísmo relevante a toda a população judaica, tanto israelense quanto mundial.

Devarim: Quais podem ser as consequências dessa divisão a longo prazo?

Melchior: Sem uma meta em comum pode ser que deixemos de existir. Hoje em dia não há nada em comum entre uma escola em Immanuel2 e uma escola em Tel Aviv, nenhuma determinação ou valores em comum. Para onde estamos indo? Qual será nosso destino? Portanto, o sucesso da tarefa integratória está ligado ao futuro de Israel e também do povo judeu.

Devarim: Como foi atuar na função de ministro das Relações com a Diáspora?

Melchior: Fui um dos criadores desse cargo, porque a meu ver é fundamental que haja no governo de Israel alguém encarregado do relacionamento com o judaísmo diaspórico e da elaboração de projetos mútuos com o mundo judaico e a promoção do seu contato com os diferentes segmentos da sociedade israelense. Criamos o programa Taglit, do qual fui o primeiro diretor. Criamos, entre outros projetos, o fórum internacional de combate ao antissemitismo, criamos programas com universidades e programas dentro da própria sociedade israelense, por exemplo o Beyachad, além de projetos sobre as festas judaicas.

Devarim: Como você define a relação entre os judeus israelenses e os judeus da Diáspora hoje em dia. Há proximidade? Há respeito mútuo?

Melchior: Há duas gerações não havia tanta diferença entre um judeu israelense e um judeu diaspórico. Há 120 anos a maioria dos judeus do mundo vivia na região da Polônia. Parte imigrou a outros países da Europa, aos Estados Unidos, à América Latina e uma pequena parte veio para Israel. Posteriormente houve o Holocausto, evento trágico extremamente significativo para o povo judeu que influenciou e seguirá influenciando toda a comunidade judaica. Em seguida o Estado foi fundado e lutou

Costuma-se pensar que quanto mais se é ultraortodoxo mais se é autêntico. Isso é um equívoco, pois trata-se de algo sectário, algo pequeno que não representa o conjunto. Essa nunca foi a intenção da Torá, e muitos dos princípios das correntes sectárias contradizem o que o judaísmo historicamente representa.

Os eleitores do Meimad são pessoas que enxergam o judaísmo como importante para compreender a saúde, a economia, o ambiente e a relação com o próximo pertencem aos setores religioso-nacionalista, não ortodoxo e secular.

iStockphoto.com / Dmitry Pistrov Revista da Associação Religiosa Israelita-ARI | devarim | 39

O judaísmo mundial não poderá conectar-se a um país ou a uma sociedade cujos valores não representam e expressam algo relevante para a juventude judaica do mundo.

por sua sobrevivência. Hoje em dia quase todos os judeus do mundo vivem em regimes democráticos. O antissemitismo não é um problema particularmente judaico, mas universal. Duas gerações após o Holocausto e a fundação do Estado de Israel, penso que devemos redefinir a relação entre Israel e a Diáspora. O relacionamento deve ser mútuo, e não que tão somente Israel busque o judaísmo mundial a fim de obter apoio e auxílio, mas que também reflita sobre o que pode fazer pelo judaísmo mundial. Devemos criar em Israel uma forma de judaísmo que diga respeito a judeus brasileiros, escandinavos e de todas as partes do mundo, do contrário não haverá conexão, os jovens não irão defender Israel em manifestações e tampouco seguirão sendo judeus. Fui o primeiro entre os ministros de Israel cuja função conferiu centralidade política ao mundo judaico diaspórico. Acho que israelenses e judeus diaspóricos são dois lados de uma mesma moeda, é assim que devemos conduzir esta relação. A pergunta não deve ser se há respeito mútuo, mas se há uma narrativa em comum, uma determinação e um destino em comum. É claro que há diferença, porque em Israel há a possibilidade de construir uma sociedade judaica de maioria, enquanto no exterior as populações judaicas são uma minoria dentro da sociedade maior. Não podemos esperar que o Brasil, por exemplo, seja um país judaico, influenciado judaicamente. Você pode vivenciar os valores da sociedade minoritária, mas ao

mesmo tempo você é parte da sociedade brasileira em geral. Nesse caso não se é somente judeu, mas também cidadão brasileiro, com seus valores, tradição e identidade particulares, você ao mesmo tempo comporta uma identidade coletiva brasileira. É verdade que, como membro de um grupo étnico minoritário, também é possível contribuir para a sociedade majoritária, mas Israel, por sua vez, proporciona uma diferença estrutural básica. Há, no entanto, aqueles que acreditam que o judaísmo melhor floresce quando é minoria dentro da sociedade maior, principalmente num contexto de tolerância. Quando se é maioria por outro lado, há a vantagem (e o desafio) da autodeterminação e da autorresponsabilidade.

Devarim: Como você vê a relação entre as diferentes correntes do judaísmo? A tendência é a aproximação ou o afastamento?

Melchior: A tendência é de afastamento. Trabalho com todas as correntes judaicas, apesar de eu ser totalmente ortodoxo e acreditar no cumprimento estrito da halachá, de uma halachá que se desenvolve. Acho que há muito mais em comum do que de diferente entre as diversas correntes. Entretanto, sou uma exceção. A tendência geral é de radicalização, separação, ódio, etc. Não sou muito otimista neste sentido.

Devarim: Qual é, na sua opinião, o motivo da falta de colaboração e da atitude negativa da corrente ultraortodoxa ante a corrente reformista?

Melchior: Isso não ocorre somente no que diz respeito à corrente reformista. Do ponto de vista ultraortodoxo só há uma maneira de interpretar a Torá e todo aquele que é diferente é deslegitimizado, inclusive a ortodoxia sionista ou outras correntes ortodoxas são deslegitimizadas pela ultraortodoxia. Isso transforma o judaísmo em seita, e isso é um equívoco, já que os judeus são um povo e não uma seita. Contudo, sob o prisma do pluralismo, também é preciso criar um espaço para os ultraortodoxos desenvolverem sua visão de mundo, mesmo discordando-se de muitos de seus princípios.

Devarim: Você conhece o Brasil e sua comunidade judaica?

Melchior: Não conheço o Brasil, mas conheço judeus brasileiros e escutei bastante sobre a comunidade judaica brasileira. Eu gostaria muito de conhecer a comunidade judaica brasileira, uma comunidade dedicada, interessante e muito conectada a Israel. Simplesmente ainda não houve uma oportunidade.

Devarim: De que maneira atividade ambiental e judaísmo se conectam? Melchior: Deus nos deu o planeta, conforme a Torá, para trabalhá-lo e conservá-lo. Do ponto de vista judaico, há um limite para o quanto podemos explorar o planeta, a cerca da halachá também abarca o meio ambiente. O Midrash do Cântico dos Cantos conta que Deus dá o planeta a Adão para que ele o mantenha, o desenvolva e não o destrua. Infelizmente nosso planeta, cujos recursos são esgotáveis, está sendo destruído. Há um motivo pelo qual Deus destinou Eretz Israel – região pobre em recursos naturais – ao povo judeu, e não nos deu lugares muito mais ricos, como a região dos rios Tigre e Eufrates ou do Egito, símbolos de abundância e fertilidade. Nós estamos à beira do deserto e precisamos saber conservar nosso país. Isso não significa expandir ao máximo suas fronteiras, mas saber cuidar das águas, dos rios, do ar, das áreas verdes, da relação entre os habitantes dessa terra. O reencontro do povo de Israel com sua terra ancestral nos dá uma perspectiva especial que conecta a identidade judaica geográfica à responsabilidade ecológica.

Acho que israelenses e judeus diaspóricos são dois lados de uma mesma moeda, é assim que devemos conduzir esta relação.

A pergunta não deve ser se há respeito mútuo, mas se há uma narrativa em comum, uma determinação e um destino em comum. É claro que há diferença, porque em Israel há a possibilidade de construir uma sociedade judaica de maioria, enquanto no exterior as populações judaicas são uma minoria dentro da sociedade maior.

Notas

1. Instituição de ensino israelense que combina estudos talmúdicos com serviço militar. 2. Pequena cidade ultraortodoxa localizada no Norte da Cisjordânia. Gabriel Mordoch é mestrando em Línguas e Literaturas Judaicas na Universidade Hebraica de Jerusalém.

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