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CIN E
Por EDI LBERTO XAVI ER
Edilberto Xavier é Auditor da Fazenda, Secretário executivo de Planejamento, Orçamento e Captação da Seplag / PE
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Título Original Moneyball 2011, Estados Unidos Bennett Miller
Nesta quarta coluna, dan do continuidade à aná lise de filmes sobre es portes e seu interesse para o mundo corporativo, examinamos o filme O Homem que Mudo u o Jogo. Drama que romanceia para o cinema um livro de economia e estatística, chamado Moneyball: The Art of Winning an Unfair Game de Michael Lewis. O foco é na história real de Billy Beane, gerente ge ral do time de beisebol do Oakland Athletics nos Estados Unidos e suas tentativas de criar um time compe titivo para a temporada de 2002 com baixíssimo orçamento, usando uma sofisticada análise estatística dos
jogadores, que passou a ser empre gada por quase todos os times de Beisebol a partir de então.
O filme começa na pós-tem porada de 2001, com a derrota do Oakland Athletics para o New York Yankees. Durante uma frustra da tentativa de negociar trocas de atletas com o time Cleveland In dians, Beane conhece Peter Brand, um jovem recém-formado em eco nomia na faculdade de Yale que possui ideias radicais de como ava liar cada jogador.
Desafiando o senso comum, treinadores e técnicos do seu time, Billy Beane descarta o método tra dicional e monta, com a ajuda das análises estatísticas de Brand, um time de desajustados, subestima dos pelos especialistas, mas com alto potencial e baixíssimo custo.
A mudança de tática a princí pio não surte efeito, mas no meio da temporada a técnica começa a produzir resultados. O time ven ce 20 jogos em sequência, embora sem vencer o campeonato, baten do todos os recordes do Beisebol americano. A premissa do livro que inspira o filme mostra que uma ins tituição de pequeno porte pode, com ferramentas analíticas, superar a performance de competidores com orçamentos muito mais robustos.
É possível traçar paralelos entre o que se vê no filme e alguns movi mentos gerenciais do mundo corporativo, em particular o conjunto de metodologias e tecnologias que se convencionou chamar de Business Intelligence (BI). Com o objetivo de transformar grandes quantidades de dados brutos em informação ge rencial relevante e útil para a tomada de decisão, modelagens de BI são capazes de diagnosticar problemas operacionais desconhecidos pela percepção intuitiva e enviesada de gestores, revelar soluções e opor tunidades inusitadas, permitindo simular cenários e testar hipóteses que lhes ofereçam melhores resul tados a um baixo custo. Esta lição é muito relevante, sobretudo nos dias de hoje em que parte do setor público se adapta com dificuldade à crise econômica.