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Divulgação/PMA

duzia para o descredenciamento junto ao Sistema Único de Saúde (SUS). Clautério Franke, que trabalhava na unidade desde 2000 como auxiliar de escritório, acompanhou de perto os seis meses do processo de intervenção. Após esse período, a gestão foi devolvida à Associação Hospital Agudo. Em 2013, o administrador foi eleito para dirigir a Associação, respaldado pelo apoio de 380 associados. Ele conta que a intervenção regularizou a situação junto ao SUS e fez aumentar a oferta de serviços. Limitado a internações clínicas e a poucas cirurgias de pediatria e obstetrícia até 2010, o Hospital registrou um salto de qualidade em 2011, quando passou a ser referência regional em otorrinolaringologia, com a oferta de 600 consultas e 50 cirurgias a cada mês, levando acesso a quase 500 mil habitantes de 43 municípios da Região Central do Estado. Em 2013, também passaram a ser oferecidas cirurgias de proctologia. “De lá para cá aconteceu uma evolução muito grande. Não atendíamos mais pelo SUS, que agora

Aconteceu uma evolução muito grande. Não atendíamos mais pelo SUS, que agora responde por 60% da ocupação. Partimos de procedimentos de pequeno porte para Alta Complexidade, como tomografia. Clautério Franke

responde por 60% da ocupação. Partimos de procedimentos de pequeno porte para Alta Complexidade, como tomografia. Atualmente, o Hospital é considerado viável financeiramente”, explica o administrador. Secretário da Saúde desde janeiro de 2013, Douglas Berger faz coro às afirmações de Clautério Franke. “O Hospital deu um giro de 180 graus com a intervenção. Com recursos próprios, compramos um aparelho de tomografia. Também fizemos a troca

do equipamento de raios-X e estamos aguardando a chegada de um aparelho de densitometria óssea”, aponta o titular. De acordo com o Hospital, o aparelho que faz o diagnóstico e o tratamento da osteoporose atualmente é acessado em Santa Maria, distante 70 quilômetros. Com 58 leitos, a média de ocupação passou de 60% para 80% após a intervenção e o contrato com o Estado aumentou de R$ 1,5 milhão para R$ 3 milhões ao mês.

Jaguarão confrontou com dívida de R$ 15 milhões

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guarense e, principalmente, os funcionários da Santa Casa foram os maiores beneficiados com a decisão do governo municipal de assumir a gestão”, sentencia, ao lembrar que o pagamento dos 105 servidores e dez médicos encontra-se em dia. O novo momento é marcado pela

A população jaguarense e, principalmente, os funcionários da Santa Casa foram os maiores beneficiados com a decisão do governo municipal de assumir a gestão. Celso Caetano

perspectiva de aumentar a capacidade de atendimento da Santa Casa de 60 para cem leitos, já que uma nova ala foi solicitada ao Estado para tornar o município da Fronteira referência regional em serviços como mamografia, cirurgias eletivas de videolaparoscopia e, futuramente, partos de baixo

Fernanda Cassel/PMJ

Na fronteira com o Uruguai, no Sul do Estado, a população cobrava do município uma solução para os problemas enfrentados na Santa Casa de Caridade de Jaguarão. Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, funcionários e fornecedores estavam com pagamento atrasado, situação que se tornou crítica nos primeiros meses de 2013 e, em junho, o município decidiu assumir a gestão da unidade. A comissão gestora, que foi formada em parceria com a Cruz Vermelha, se deparou com uma dívida de aproximadamente R$ 15 milhões, amenizada após um repasse emergencial de R$ 1,4 milhão feito pelo Estado. Pouco mais de quatro meses depois da intervenção, a realidade mudou. “Nesse período, foram retomados as cirurgias eletivas e os serviços de obstetrícia e Pronto Atendimento”, aponta o secretário da Saúde, Celso Caetano. “A população ja-


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