“A alma da soul music em português” "The soul of soul music in portuguese"
Preservação costeira em acção
Coastal preservation in action
DINO BAMBINO
Brincar e aprender
Playing and learning CCCMM
SHOWROOM GALLERY BY TOYOTA
Um marco na indústria automóvel moçambicana
A milestone in mozambique's automotive industry
Reconhecidos pela World Economic Magazine
Uma jornada de inovação e excelência
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Os HMB são uma banda de soul e funk em actividade desde 2007, cantando em português. Foram nomeados na categoria Best Portuguese Act em três edições dos MTV Europe Music Awards e conquistaram prémios em diversos outros certames musicais. É deles a conhecida música “O amor é assim”.
OS HMB, “A ALMA DA SOUL MUSIC EM PORTUGUÊS”
Uma entrevista
exclusiva
e reveladora (Respostas de Héber Marques)
"Neste Deserto Nascem Flores" é um título bastante evocativo. Poderiam partilhar mais sobre o momento ou a situação específica que inspirou este nome e conceito do álbum? Além disso, quais são as vossas expectativas quanto à recepção pelo público e pela crítica?
O nome do disco surgiu depois das canções já estarem escolhidas, depois de já se ter arranjado um colectivo, um bocado à semelhança de quem escreve. Quando agarramos num instrumento ou em algo que nos inspirou, não sabemos ao certo o que aquilo vai ser, nem que consequências ou que impacto aquilo vai ter. O nome do disco surgiu depois de estarmos a olhar para a obra com outros olhos e percebermos que o nome "Neste Deserto Nascem Flores" era muito forte e também acabava por resumir muito o espírito do disco. Então pareceu-nos ser um nome até demasiado óbvio para nós não nos termos apercebido até então. Do ponto de vista da aceitação do mercado, é sempre imprevisível. Por isso, eu prefiro não ter grandes expectativas. Naturalmente, sendo um ser humano que gasta tempo e se envolve de forma emocional com as coisas que cria, tenho sempre a expectativa de que as pessoas consigam retirar para si algo positivo e que, de alguma maneira, sejam tocadas pela obra. Mas, do ponto de vista comercial, tento não criar grandes expectativas.
Este álbum marca uma nova fase na vossa carreira. Em que aspectos sentem que a vossa música evoluiu ou amadureceu neste último trabalho? Eu tenho um bocado de medo da palavra "evolução", porque evolução nem sempre significa algo mudar para melhor, mas eu quero acreditar que, à
medida que fomos fazendo discos, eles foram sempre mudando para melhor. É assim, nós já estamos, na verdade, há 16 anos; no final deste ano vamos fazer 17 anos juntos. É muito tempo a partilhar a estrada, muito tempo a partilhar música. Esta é a nossa 5ª aventura discográfica. Eu quero acreditar que sim, que à medida que fomos fazendo, fomos melhorando. Em termos de sonoridade, HMB é sempre muito difícil de retratar. Eu creio, inclusive, que HMB acontece ao vivo e que os discos de estúdio têm muita dificuldade em retratar o espírito da banda. Mas é isso. Mas acho que sim, que evoluímos e amadurecemos. As canções têm temáticas naturalmente mais maduras, carregadas de experiência, e é isso que nós queremos passar. Começamos a entrar num ciclo que é o ciclo de começar a partilhar experiências.
Os singles "Sol e Lua" e "Já Não Sou Bom a Mentir" apresentam contrastes emocionais e musicais. Podem falar sobre a escolha destes temas como singles e o que representam no contexto do álbum? Como é que as experiências pessoais de cada membro se entrelaçam nas letras e melodias deste álbum? Os singles de facto são antagónicos em vários aspectos. Por exemplo, o primeiro single, "Sol e Lua", foi de facto escolhido porque era a música mais "easy listening" e que tinha os "gimmicks" mais fáceis de se digerir, perceber e apreciar. Estamos a falar de um amor platónico, que acaba por depois, obviamente, ser mais profundo na análise, mas foi por esses motivos que escolhemos "Sol e Lua". Já a música "Já não sou bom a mentir" espelha muito aquilo que é uma condição que, muitas vezes, à medida que vamos crescendo, nos encontramos e percebe -
“Se surgir um convite, nós vamos aceitar ir a Moçambique e fazer música para o povo moçambicano. É só chamarem por nós!”
- Héber Marques
mos que "Epá, fogo, esta versão de mim que expus até hoje não é a versão mais autêntica, não é a versão mais fiel". Então, é natural que se queira quebrar algumas imagens cristalizadas, e a música "Já não sou bom a mentir" fala exactamente disso. As experiências pessoais têm sempre,
obviamente, muito impacto nas letras das canções. Eu, sendo quem escreve a maioria das músicas, não consigo fugir a isso, não é? Ou seja, pelo menos de mim, as músicas vão ter sempre uma quota parte muito grande, e nas melodias e nos arranjos vai ter dos outros.
Fotografia: Cortesia da Warner Music Portugal
As colaborações com artistas como Tatanka, EU.CLIDES e Joana Silva trazem uma diversidade sonora ao álbum. Como surgiram estas parcerias e qual foi o impacto delas no resultado final do álbum?
Nós, sempre que fizemos parcerias em disco, sempre respeitámos aquilo que a música estava a pedir. Desde o início, desde o primeiro disco dos HMB, sempre foi assim. Se nós achávamos: "Pá, a música pede... Sei lá, uma harpa", e ninguém de nós toca uma harpa, nós íamos convidar alguém porque a música pedia muito uma harpa. Isto só a título de exemplo. Então, no caso, os convidados, no meu entender, têm sempre um impacto muito grande na canção, e eu acho que é sempre um bom impacto. No caso do Tatanka, nessa música "Money", quando me surgiu a frase "O pedigree é especial e ninguém leva a mal", eu sempre ouvi o Tatanka na minha cabeça a cantar esta frase. Então, tendo em conta que é amigo pessoal, tenho o número de telefone dele, perguntar se ele estaria na boa para fazer era fácil. E, sendo a pessoa generosa que é, disse "claro que sim, bora nessa". Marcámos, e ele fez a cena acontecer. Eu até filmei e foi muito especial para mim. Tenho até um trechinho dele a fazer aquele acting ali a meio da música, que eu acho que ele faz como ninguém. Acho que aí ele brilhou ainda mais. No caso do Eu.Clides, a música... eu sempre achei que ela era um dueto, nunca achei que era uma música para ter apenas um intérprete, sempre achei que a música teria dois intérpretes. Mas o Eu.Clides não foi óbvio inicialmente. Mas acabou por ser a melhor opção. Quando o Joel, o baterista dos HMB, se lembrou do Eu.Clides, foi ele que propôs. Eu já conheço o Eu.Clides há muito tempo, acho que ele devia ter uns 13 ou 14 anos por aí... E sim, quando ele disse, de facto, era óbvio. Então, chamei o Eu.Clides e, além de ser um artista com uma voz muito única e uma maneira muito única de fazer a sua música, é um guitarrista de mão cheia. Mandei a música para ele e ele gostou muito, achou que tinha muito a ver com ele. Veio aqui ao estúdio ter comigo, gravou a guitarra porque eu lhe pedi também, e só ele ter posto a guitarra dele já levou a música para outro nível. E depois, quando ele pôs a voz dele e a maneira dele interpretar a canção, acho que a música se tornou muito especial, ao ponto de ser, até à data de hoje, a minha música preferida no disco.
Após uma carreira de 15 anos e com uma base de fãs sólida, como é que vêem a vossa relação com o público? Existem expectativas específicas sobre como este trabalho será recebido pelos vossos fãs, especialmente em Moçambique?
Eu acho que, mediante o período da história em que um artista emerge, ele tem noções diferentes do seu público. Nós surgimos numa altura em que estava a surgir o YouTube, por exemplo, e, mais tarde,
uns dois anos depois de termos começado, surge o Facebook e as redes sociais. Começa a haver essa ideia de redes sociais. Eu acho que os artistas que começam hoje têm uma noção mais clara do público que pretendem alcançar. E isso não é propriamente melhor ou pior. Não é melhor nem pior para o artista ter já uma ideia certa de quem pode vir a ser o seu público e daquele que não faz ideia do que pode acontecer. Para falar especificamente de nós, nós surgimos nessa fase em que começamos a ter um contacto mais directo com o público. Eu acho que, no início, até chegámos a usar bem o YouTube e a comunicar bem com o nosso público com muito conteúdo. Depois houve ali uma fase em que deixámos de fazer isso, e esse é o meu grande arrependimento. Eu acho que os HMB, sendo a banda que são, com a história que sempre tiveram e com a qualidade que têm hoje e sempre tiveram, deviam ter tido uma comunicação ininterrupta com o seu público. Mas eu quero acreditar que o impacto da nossa música é sempre um impacto positivo. Quero acreditar que deixamos musicalmente um bom legado, e que o público, pelo menos quanto à qualidade, nunca se vai sentir defraudado. Essa é a minha expectativa quando lanço ou edito músicas com os HMB, sempre foi essa a minha expectativa. Eu acredito que quem quiser parar para escutar música (não só pôr a música a tocar, como a maioria das pessoas faz hoje em dia, ligando o rádio e pondo a música como som ambiente, e eu não tenho nada contra isso…), quem se sentar para o ouvir vai retirar verdadeiramente a essência do disco. E eu gostava que esse fosse o comportamento do nosso público. Até porque fizemos isso com uma série de amigos nossos mais próximos, convidando-os para se sentarem connosco e ouvirem o disco de ponta a ponta.
Que mensagem gostariam de enviar aos vossos fãs moçambicanos? Existem planos para concertos em Moçambique? Então, planos, nós temos, na verdade, uma grande vontade que é, nesta fase, mais do que nunca, fazer aquilo que nos vai na alma. Nós queremos muito tocar música, fazer a música mais honesta que conseguirmos. Queremos estar nos sítios mais especiais em que conseguirmos estar. Se surgisse uma oportunidade de voltarmos a Moçambique, gostaríamos muito que isso se proporcionasse. Com certeza iríamos tirar ainda mais da experiência do que tirámos em 2016, na altura em que fomos a Moçambique. Acho que iríamos tirar ainda mais. Então, se surgir um convite, nós vamos aceitar ir a Moçambique e fazer música para o povo moçambicano. É só chamarem por nós!
Ao longo da vossa jornada, enfrentaram certamente muitos desafios. Como é que estes desafios influenciaram a criação de "Neste Deserto
Nascem Flores" e o que representa este álbum na vossa jornada enquanto banda?
É uma jornada, é uma vida já. Uma pessoa com 17 anos já não é uma criança, também não é um adulto experiente, mas já tem vida, já tem muita história, já tem muita coisa para contar. No universo da música e da carreira artística, 16 para 17 anos já é muito tempo, e é natural que com isso haja também coisas que não correm tão bem, haja desilusões, haja o que a vida nos apresenta, que são dificuldades, e com isso também venha desencanto e desconexão. Tudo isso é natural numa banda. O que não é natural é, ao fim de tanto tempo e de tudo isso que estou a descrever, ainda haver união, ainda haver uma vontade de continuar a fazer música. Isso já vai para o campo do milagre. Então, acho que nós acabamos por ser um pequeno milagre nesta indústria, a par de outras bandas que também já tiveram percursos tão longos como nós. E este disco, "Neste Deserto Nascem Flores", de facto, não podia ser mais apropriado porque, passado este tempo todo e passado tudo isto que acabei de descrever, nós conseguimos ver as pequenas flores a surgirem do deserto. E nada traz mais alegria do que isso.
Este álbum introduz novas sonoridades ao vosso
característico Soul e R&B. Poderiam explicar como é que estas novas influências se manifestaram no álbum e o impacto que tiveram na vossa evolução sonora? Nós vamos sempre ter como matriz uma língua mãe. Assim como eu me expresso melhor em português porque é a minha língua materna, sempre que quiser falar algo que me venha do coração, vou ter mais facilidade em fazê-lo na minha língua materna, a língua do meu coração. Mas isso não quer dizer que eu não me saiba explicar e expressar noutras línguas. A vida e a experiência vão-me equipar com outras ferramentas e outros idiomas, e eu vou provavelmente saber-me expressar em outros idiomas. Com a música é a mesma coisa: nós surgimos do Soul e do R&B, mas, como amantes de música que somos, não nos cingimos a essa sonoridade, e para nós é muito natural viajar por outras cores e outras estéticas. Este disco é só mais uma manifestação disso. Desde cedo que nós sempre gostámos de ser um pouco de tudo, sempre tivemos uma irreverência em termos de som, muito característica do rock. Sempre tivemos temáticas e letras mais inspiracionais, que vêm muito do Gospel, mas gostamos de nos expressar de várias maneiras, e este disco é só mais uma representação disso.
Carminho,
Tatanka e Eu.Clides são alguns dos muitos artistas com que os HMB têm colaborações.
Na sequência da entrevista concedida à Xonguila por EU.CLIDES, na qual ele enfatizou a profunda influência que a igreja e a religião exercem em suas letras, reflectindo uma conexão espiritual intensa com a sua música, gostaríamos de saber: dada a relevância da fé e da espiritualidade nas vossas próprias vidas, de que forma essa dimensão espiritual se entrelaça na narrativa e na mensagem que desejam transmitir com as canções de "Neste Deserto Nascem Flores"? Como é que este aspecto da vossa identidade moldou o conteúdo lírico e a visão artística deste novo álbum?
Olha, não é uma resposta fácil de se dar, ainda que pareça óbvio tendo em conta o histórico da banda, e até o meu histórico enquanto alguém que está à frente da banda, e o facto de ter nascido num lar cristão. Não consigo escapar a esta mensagem, e é algo que eu percebo hoje, com 40 anos. Eu percebo que não consigo escapar, assim como ninguém consegue escapar à espiritualidade. Tudo começa e termina no espiritual. Mas, para mim, era algo muito inconsciente. Essa espiritualidade que ficava impregnada nas músicas dos HMB era algo muito inconsciente; hoje é algo muito consciente, eu tenho essa noção. Então, além de não conseguir escapar a isso enquanto alguém que vive e respira neste mundo, também tenho ainda mais agudizada a responsabilidade de que a obra que eu ponho cá fora seja uma experiência não só sonora, mas também uma experiência emocional. E o "Neste Deserto Nascem Flores" está impregnado disso nas suas canções. Por exemplo, "Força Motriz" é uma canção onde eu estou a cantar "Tu és minha força motriz, minha terra, a minha raiz". A letra é exactamente isso, é apelar à espiritualidade, ao espiritual, a apelar que o espiritual não desampare, que o espiritual não desapareça. Aqui, o espiritual para mim tem um nome muito específico: eu estou a falar de Deus, estou a falar de Jesus, estou a falar do
Espírito Santo. Eu não consigo escapar, de tal maneira que, quando eu vou escrever, muitas vezes as imagens que uso são imagens bíblicas. No próprio verso eu digo "Eu já tentei desatar o nó, olha só, mas nada, nada se passa, nada. Mais de sete voltas a Jericó, olha só, mas nada se passa". Para quem tem alguma familiaridade com as letras, com o conteúdo bíblico, vai perceber que Jericó é uma cidade que ainda hoje existe. É uma terra que remete ao Oriente e é um dos cenários bíblicos do Velho Testamento. Tem uma história muito curiosa que quem tiver curiosidade pode ir ler. Então, isto para responder que, de facto, a espiritualidade e a vida religiosa e de igreja influenciam sempre de uma forma inevitável as canções dos HMB.
Num mundo cada vez mais digital e, por vezes, distante, marcado também por conflitos como as guerras, a música tem o poder único de conectar pessoas e despertar emoções profundas. Com 'Neste Deserto Nascem Flores', que aspectos da condição humana vocês esperam explorar ou iluminar, especialmente em relação à esperança, resiliência e busca por paz em tempos de conflito? Paz não é necessariamente ausência de conflito. E muitas vezes nós abraçamos uma falsa paz porque não queremos estar em conflito. Estar em conflito não é necessariamente mau. Isto é só um parêntese que eu queria fazer. Mas sim, num mundo mais digital, de facto, as pessoas estão mais distantes, e a interacção humana, que faz toda a diferença, tem vindo a escassear. "Neste deserto nascem flores" é uma reacção humana, é uma expressão humana. Nós expressámo-nos da melhor maneira que conseguimos no período em que estivemos a gravar esse disco. Temos sempre a expectativa de que isso tenha, acima de qualquer outra coisa, um impacto real, que vá além de ser um simples manual de mudança para a vida de alguém ou para a alma de alguém. Queremos que as pessoas, ao ou -
virem o disco dos HMB, percebam que foi feito por um ser humano. Acima de tudo, essa é a grande missão da nossa música. Tudo o que vem além disso é por acréscimo. Se as pessoas conseguem retirar algo que ilumine alguma área escura da sua vida, melhor ainda, porque aí deixamos de fazer apenas música e entramos numa área de propósito de vida. Eu acredito efectivamente que todos nós temos um propósito na vida e o meu propósito é ser uma espécie de profeta, aquele que lembra as verdades de Deus. Acho que, mesmo sem mencionar o nome de Deus, é possível passar essa mensagem, lembrar as ideias de Deus, lembrar as suas leis e costumes. E acho que os HMB acabam por ser um veículo para isso, sendo muitas vezes um profeta também para mim mesmo. Quem fala algo emite uma opinião primeiro para si, a pessoa é o seu primeiro público. É complexo, e a pergunta não permite uma resposta muito curta e sucinta, como dá para perceber. Mas, sim, eu gostava de passar uma mensagem de esperança, resiliência e busca de diálogo, acima de tudo diálogo, e não a ausência de conflito. Quero ter a noção de que as pessoas estão efectivamente a ouvir e a entender o que o lado A fala com o lado B.
Essa espiritualidade que ficava impregnada nas músicas dos HMB era algo muito inconsciente; hoje é algo muito consciente, eu tenho essa noção. - Héber Marques
OS HMB, "THE SOUL OF SOUL MUSIC IN PORTUGUESE"
An exclusive and revealing interview
(Answers by Héber Marques)
"Neste Deserto Nascem Flores" is a highly evocative title. Could you share more about the moment or specific situation that inspired this name and concept for the album? Additionally, what are your expectations regarding its reception by the public and critics?
The album's name emerged after the songs had already been chosen, much like someone who writes. When we pick up an instrument or something that inspires us, we don't exactly know what it will become, nor the consequences or impact it will have. The album's name came about after we looked at the work with fresh eyes and realized that "Neste Deserto Nascem Flores" was very powerful and perfectly encapsulated the spirit of the album. It seemed too obvious a choice for us to have missed until then. As for market acceptance, it's always unpredictable. Therefore, I prefer not to have high expectations. Naturally, as a human who invests time and emotional involvement in the things I create, I hope people can take something positive from it and that they are somehow touched by the work. But commercially, I try not to set high expectations.
This album marks a new phase in your career. In what ways do you feel your music has evolved or matured in this latest work?
I am somewhat wary of the word "evolution" because it doesn't always mean something has changed for the better, but I want to believe that, as we have made more albums, they have improved. We have been together for 16 years; at the end of this year, it will be 17 years. That is a long time sharing the road and music. This is our 5th album adventure. I want to believe that as we have progressed, we have improved. In terms of sound, HMB is always difficult to capture. I believe HMB comes to life in live performances, and studio albums struggle to reflect the band's spirit. But yes, I think we have evolved and matured. The songs naturally have
more mature themes, full of experience, and that is what we want to convey. We are beginning a cycle of sharing experiences.
The singles "Sol e Lua" and "Já Não Sou Bom a Mentir" present emotional and musical contrasts. Can you talk about the choice of these tracks as singles and what they represent in the context of the album? How do the personal experiences of each member intertwine in the lyrics
and melodies of this album?
The singles indeed contrast in several aspects. For example, the first single, "Sol e Lua," was chosen because it is the most "easy listening" track with easily digestible and appreciable "gimmicks." It speaks of a platonic love, which becomes deeper upon analysis, but these were the reasons we chose "Sol e Lua." The song "Já Não Sou Bom a Mentir" reflects a condition that, as we grow, we often find ourselves in, realizing that "Wow, this version of myself that I have shown so far is not the most authentic, not the most faithful version." Naturally, one wants to break some crystallized images, and "Já Não Sou Bom a Mentir" speaks precisely to that. Personal experiences always significantly impact the song lyrics. As the main songwriter, I can't escape that, can I? So, at least from my side, the songs will always have a significant personal contribution, and in the melodies and arrangements, they will have contributions from the others.
Collaborations with artists like Tatanka, EU. CLIDES, and Joana Silva bring a diverse sound to the album. How did these partnerships come about, and what impact did they have on the final result of the album?
Whenever we have collaborations on an album, we always respect what the music demands. From the beginning, from HMB's first album, it has always been like this. If we felt that a song needed, say, a harp, and none of us played the harp, we would invite someone because the music demanded it. In the case of the guests, I believe they always have a significant impact on the song, and I think it's always a positive one. With Tatanka, for instance, on the song "Money," when I came up with the line "O pedigree é especial e ninguém leva a mal," I always heard Tatanka's voice singing it in my head. Since he's a personal friend and I have his phone number, asking if he was up for it was easy. Being the generous person he is, he said, "Of course, let's do it." We scheduled it, and he made it happen. I even filmed it, which was very special for me. I have a clip of him doing that acting bit in the middle of the song, which I think he nailed. In the case of EU.CLIDES, I always felt the song was a duet, never just for one performer. However, EU.CLIDES wasn't initially obvious. But he turned out to be the best choice. When Joel, the drummer of HMB, sug-
gested him, it was clear. I've known EU.CLIDES for a long time, since he was about 13 or 14 years old. When Joel mentioned him, it made perfect sense. I invited EU.CLIDES, and besides being an artist with a unique voice and a distinct way of making music, he is an outstanding guitarist. I sent him the song, and he liked it a lot, felt it resonated with him. He came to the studio, recorded the guitar, which already took the song to another level. Then, when he added his voice and his interpretation, I think the song became very special, to the point where it is, to this day, my favourite track on the album.
After a 15-year career with a solid fan base, how do you view your relationship with the audience? Are there specific expectations about how this work will be received by your fans, especially in Mozambique?
I believe that depending on the period in history when an artist emerges, they have different notions of their audience. We emerged when YouTube was starting, and later, about two years after we began, Facebook and social media platforms started to appear. This idea of social networks began to take shape. I think artists starting today have a clearer idea of the audience they want to reach. This isn't necessarily better or worse. It's not better or worse for an artist to have a clear idea of their potential audience or to have no idea what might happen. Specifically for us, we emerged at a time when we started having more direct contact with the audience. In the beginning, we used YouTube well to communicate with our audience with a lot of content. There was a phase when we stopped doing that, and that's my biggest regret. I think HMB, being the band we are, with the history we have always had and the quality we have today and always had, should have maintained uninterrupted communication with our audience. But I want to believe that the impact of our music is always positive. I want to believe we leave a good musical legacy, and that the audience will never feel let down in terms of quality. That is my expectation when I release or edit music with HMB. I believe that those who take the time to really listen to the music will grasp the essence of the album. I would like that to be the behaviour of our audience. We even invited some of our closest friends to sit down with us and listen to the album from start to finish.
What message would you like to send to your Mozambican fans? Are there any plans for concerts in Mozambique?
We have a great desire, now more than ever, to do what is in our hearts. We really want to play music, make the most honest music we can. We want to be in the most special places we can be. If an opportunity arises for us to return to Mozambique, we would love for that to happen. I'm sure we would gain even more from the experience than we did in 2016 when we went to Mozambique. We would take even more from it. So, if an invitation comes, we will accept and go to Mozambique to make music for the Mozambican people. Just call for us!
Throughout your journey, you have certainly faced many challenges. How have these challenges influenced the creation of "Neste Deserto Nascem Flores" and what does this album represent in your journey as a band?
It's a journey, it's a life already. A person who is 17 years old is no longer a child, not yet an experienced adult, but already has a life, a lot of history, a lot to tell. In the world of music and an artistic career, 16 to 17 years is a long time, and it's natural that with this time come things that don't go so well, disappointments, the difficulties life presents, along with disillusionment and disconnection. All of this is natural in a band. What's not natural is, after all this time and everything I've just described, still having unity, still having a desire to continue making music. This moves into the realm of the miraculous. So, I think we end up being a small miracle in this industry, alongside other bands with similarly long careers. And this album, "Neste Deserto Nascem Flores," couldn't be more appropriate because, after all this time and everything we've gone through, we can still see small flowers blooming in the desert. And
nothing brings more joy than that.
This album introduces new sounds to your characteristic Soul and R&B. Could you explain how these new influences manifested in the album and their impact on your sound evolution?
We will always have a mother tongue as our matrix. Just as I express myself best in Portuguese because it is my native language, whenever I want to speak from the heart, it will be easier to do so in my native language, the language of my heart. But that doesn't mean I can't explain and express myself in other languages. Life and experience will equip me with other tools and languages, and I'll probably know how to express myself in other languages. With music, it's the same: we come from Soul and R&B, but as music lovers, we don't limit ourselves to that sound, and for us, it's very natural to explore other colours and aesthetics. This album is just another
manifestation of that. From early on, we always liked to be a bit of everything, always had a certain irreverence in terms of sound, very characteristic of rock. We always had themes and lyrics more inspirational, coming a lot from Gospel, but we like to express ourselves in various ways, and this album is just another representation of that.
Following the interview given to Xonguila by EU.CLIDES, where he emphasized the profound influence that church and religion have on his lyrics, reflecting an intense spiritual connection with his music, we would like to know: given the relevance of faith and spirituality in your own lives, how does this spiritual dimension intertwine with the narrative and message you want to convey with the songs on "Neste Deserto Nascem Flores"? How has this aspect of your identity shaped the lyrical content and artistic vision of this new album?
It's not an easy question to answer, even though it might seem obvious considering the band's history and my background as someone leading the band, and the fact that I was born into a Christian household. I cannot escape this message, and it's something I realize now, at 40 years old. I understand that I can't escape it, just as no one can escape spirituality. Everything begins and ends in the spiritual. For me, it was something very unconscious. This spirituality that was embedded in HMB's music was something very unconscious; today, it is very conscious. I am aware of it. So, besides not being able to escape it as someone living and breathing in this world, I also feel a heightened responsibility to ensure that the work I release is not only a sonic experience but also an emotional one. "Neste Deserto Nascem Flores" is infused with this in its songs. For example, "Força Motriz" is a song where I sing, "You are my driving force, my land, my root." The lyrics are precisely that, an appeal to spirituality, to the spiritual, an appeal that the spiritual does not forsake us, that the spiritual does not disappear. Here, the spiritual for me has a very specific name: I am talking about God, about Jesus, about the Holy Spirit. I can't escape it, to the extent that when I write, the images I use are often biblical. In the verse, I say, "I have tried to untie the knot, look, but nothing, nothing happens, nothing. More than seven times around Jericho, look, but nothing happens." For those familiar with biblical texts, they will understand that Jericho is a city that still exists today. It
is a land that refers to the East and is one of the biblical settings of the Old Testament. It has a very curious story that those interested can read. So, to answer, spirituality and religious life and church life inevitably influence HMB's songs.
In an increasingly digital and sometimes distant world, also marked by conflicts such as wars, music has the unique power to connect people and evoke deep emotions. With "Neste Deserto Nascem Flores," what aspects of the human condition do you hope to explore or illuminate, especially regarding hope, resilience, and the quest for peace in times of conflict? Peace is not necessarily the absence of conflict. Often, we embrace a false peace because we don't want to be in conflict. Being in conflict is not necessarily bad. This is just a side note I wanted to make. But yes, in a more digital world, people are indeed more distant, and human interaction, which makes all the difference, has been dwindling. "Neste Deserto Nascem Flores" is a human reaction, a human expression. We expressed ourselves the best way we could during the period we recorded this album. We always hope that it has, above all else, a real impact, that it goes beyond being a simple manual for change for someone's life or soul. We want people, when they listen to HMB's album, to realize that it was made by a human being. Above all, that is the great mission of our music. Everything beyond that is a bonus. If people can take something that illuminates a dark area of their life, all the better, because then we are no longer just making music; we are entering the realm of life purpose. I genuinely believe that we all have a purpose in life, and my purpose is to be a kind of prophet, one who reminds people of God's truths. I think that even without mentioning God's name, it is possible to convey this message, remind people of God's ideas, laws, and customs. And I believe HMB ends up being a vehicle for that, often being a prophet for myself as well. Whoever says something issues an opinion first for themselves; the person is their first audience. It's complex, and the question doesn't allow for a very short and succinct answer, as you can see. But yes, I would like to convey a message of hope, resilience, and the pursuit of dialogue, above all dialogue, and not the absence of conflict. I want to have the sense that people are genuinely listening and understanding what side A is saying to side B.
“A alma da soul music em português” - uma entrevista exclusiva e reveladora
“The soul of soul music in portuguese” - an exclusive and revealing interview
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Moçambique vibra com a final da Liga dos Campeões da UEFA Mozambique thrills to UEFA Champions League Final
FICHA TÉCNICA/BIOS
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Estimados leitores,
Do Director / From the Director
Chegou a 70ª edição da Xonguila, marco significativo na nossa trajectória, um percurso repleto de narrativas inspiradoras, desafios superados e um compromisso contínuo com a qualidade e a diversidade de conteúdos. Por isso, celebramos hoje não apenas mais uma edição, mas uma conquista colectiva que reflecte a dedicação e apoio de todos os que, ao longo dos anos, têm contribuído para o sucesso da nossa revista com o seu próprio trabalho ou com o acompanhamento e estímulo que nos têm dado.
Nesta edição comemorativa, contamos com uma entrevista exclusiva com a banda HMB, que partilha insights sobre o seu percurso, as suas inspirações e os seus projectos futuros.
Presente está também aqui o Centro de Colaboração Costeiro de Malamba e Mazuene, uma iniciativa louvável que visa preservar e proteger o meio ambiente através de diversas acções. A importância da sustentabilidade e da conservação ecológica é um tema cada vez mais relevante e urgente, e o trabalho deste Centro é um exemplo inspirador para todos nós.
Particular atenção merece a retrospectiva que fazemos da exposição “Solidariedade Norueguesa: Independência Africana”, que assinalou em Maputo o Dia Nacional da Noruega recordando a solidariedade deste país para com os povos da África Austral na sua luta contra o colonialismo e o apartheid, pretendendo fazer dela inspiração nos dias de hoje para as novas gerações.
Além destes artigos, oferecemos dicas financeiras para criar uma conta poupança de emergências, exploramos Moçambique a vibrar com a final da Liga dos Campeões da UEFA, e o universo da Tajiri com suas pedras e cristais, destacamos o fenómeno dos "peixes caminhantes", celebramos o 6º aniversário do grande centro nomercial Baía Mall e, no segmento 35mm, apresentamos "Kizazi Moto: Generation Fire", uma colecção de animações com visões sobre o continente africano.
Estamos gratos a todos os nossos leitores pela lealdade e apoio contínuos que nos dão, desejando que esta edição seja também uma celebração de tudo o que está por vir. Continuaremos a trabalhar com dedicação e paixão para trazer até vós Moçambique, sobretudo no que de bom tem para oferecer.
Obrigado por estarem connosco! Votos de uma excelente leitura.
Dear Readers,
Welcome to the 70th edition of Xonguila, a significant milestone in our journey filled with inspiring narratives, challenges overcome, and a continuous commitment to quality and diversity in our content. Today, we celebrate not just another edition, but a collective achievement that reflects the dedication and support of everyone who has contributed to the success of our magazine over the years, whether through their own work or by encouraging and supporting us.
In this commemorative edition, we feature an exclusive interview with the band HMB, who share insights about their journey, inspirations, and future projects.
We also highlight the Malamba and Mazuene Coastal Collaboration Centre, a commendable initiative aimed at preserving and protecting the environment through various actions. The importance of sustainability and ecological conservation is increasingly relevant and urgent, and the work of this Centre is an inspiring example for all of us.
Particular attention is given to our retrospective on the exhibition "Norwegian Solidarity: African Independence," which marked Norway's National Day in Maputo, recalling the solidarity of this country with the peoples of Southern Africa in their struggle against colonialism and apartheid. This exhibition aims to inspire new generations today.
In addition to these articles, we offer financial tips on creating an emergency savings account, explore Mozambique's excitement with the UEFA Champions League final, delve into the universe of Tajiri with its stones and crystals, highlight the phenomenon of "walking fish," celebrate the 6th anniversary of the great Baía Mall shopping centre, and in the 35mm segment, we present "Kizazi Moto: Generation Fire," a collection of animations with visions about the African continent.
We are grateful to all our readers for their loyalty and continuous support. We hope this edition is also a celebration of all that is to come. We will continue to work with dedication and passion to bring you the best of Mozambique.
Thank you for being with us! We wish you an excellent read.
Nuno Soares Director
Com o apoio de:
Inauguração do Showroom Gallery by Toyota Um marco na indústria automóvel moçambicana
A indústria automóvel de Moçambique testemunhou, no passado dia 4 de Junho, a inauguração de um espaço que promete revolucionar o mercado: o novo Showroom Gallery by Toyota, promovido pela CFAO Motors Mozambique. Este inovador espaço foi projectado para exibir e permitir o teste de modelos citadinos da Toyota, entre os quais se destacam o Vitz, o Starlet, o Belta, o Urban Cruiser e o Cross.
Henrique Bettencourt, Director Geral da CFAO em Moçambique, sublinhou a importância deste novo showroom para a indústria automóvel do país e para o grupo CFAO. “Estamos entusiasmados em oferecer aos nossos clientes uma experiência centrada no cliente que vai muito além do convencional, celebrando a inovação, a tecnologia e o design”, afirmou. Bettencourt realçou ainda que o Showroom Gallery by Toyota visa redefinir a experiência de compra de automóveis,
proporcionando uma jornada imersiva através dos cinco sentidos: visão, tacto, audição, olfacto e paladar.
O evento contou com a presença do Ministro dos Transportes e Comunicações, Mateus Magala, que destacou a relevância desta inauguração. “Esta galeria representa um marco crucial, considerando que a Toyota é a marca automóvel mais vendida no mundo e em África. Em Moçambique, a Toyota é a marca de confiança de muitos moçambicanos”, referiu Magala.
O ministro aproveitou ainda a ocasião para apelar a todos os representantes das marcas automóveis para se unirem aos esforços governamentais para promover um transporte mais limpo e menos poluente, contribuindo para a descarbonização da economia.
Fabrice Decresquier, Director Geral da CFAO Automotive ESA, explicou que este é o primeiro Toyota Gallery Showroom no Grupo CFAO. “Se for bem-sucedido, iremos expandir este conceito para todos os outros países”, afirmou Decresquier.
“Esta galeria representa um marco crucial, considerando que a Toyota é a marca automóvel mais vendida no mundo e em África.”
- Mateus Magala, Ministro dos Transportes e Comunicações.
Os negócios do grupo em Moçambique começaram há dois anos, com a Toyota, e já se vislumbra a distribuição de outras marcas e o desenvolvimento de novos negócios. A CFAO, fundada em meados do século XIX, iniciou suas actividades na Europa e expandiu-se para a África Ocidental. Actualmente, está presente em 53 países africanos, focando-se em três áreas principais: mobilidade, cuidados de saúde e infra-estruturas verdes.
O novo Showroom Gallery by Toyota é mais do que um espaço de exposição; é um símbolo de progresso e inovação, reforçando o compromisso da CFAO Motors Mozambique com a qualidade, a sustentabilidade e a satisfação dos seus clientes. Este empreendimento promete redefinir a experiência automóvel no país, contribuindo para o desenvolvimento económico e ambiental de Moçambique.
“Se for bem-sucedido, iremos expandir este conceito [o do Showroom Gallery] para todos os outros países.”
- Fabrice Decresquier, Director Geral da CFAO Automotive ESA.
Inauguration
of Showroom Gallery by Toyota
A Milestone in Mozambique's Automotive Industry
On June 4th, Mozambique's automotive industry witnessed the inauguration of a space set to revolutionise the market: the new Showroom Gallery by Toyota, promoted by CFAO Motors Mozambique. This innovative space was designed to showcase and allow test drives of Toyota's urban models, including the Vitz, Starlet, Belta, Urban Cruiser, and Cross.
Henrique Bettencourt, General Manager of CFAO in Mozambique, emphasised the importance of this new showroom for the country's automotive industry and the CFAO group. "We are excited to offer our customers a customer-centric experience that goes far beyond the conventional, celebrating innovation, technology, and design," he stated. Bettencourt further highlighted that the Showroom Gallery by Toyota aims to redefine the car buying experience, providing an immersive journey through the five senses: sight, touch, hearing, smell, and taste.
The event was attended by the Minister of Transport and Communications, Mateus Magala, who underscored the significance of this inauguration. "This gallery represents a crucial milestone, considering that Toyota is the best-selling car brand in the world and in Africa. In Mozambique, Toyota is the trusted brand for many Mozambicans," Magala noted. The minister also took the opportunity to call on all car brand representatives to join the government’s efforts to promote cleaner and less polluting transport, contributing to the decarbonisation of the economy.
Fabrice Decresquier, General Manager of CFAO Automotive ESA, explained that this is the first Toyota Gallery Showroom within the CFAO Group. "If successful, we will expand this concept to all other countries," Decresquier stated.
The group’s business in Mozambique began two years ago with Toyota, and already there are plans for the distribution of other brands and the development of new ventures. Founded in the mid-19th century, CFAO began its activities in Europe and expanded to West Africa. It is now present in 53 African countries, focusing on three main areas: mobility, healthcare, and green infrastructure.
The new Showroom Gallery by Toyota is more than an exhibition space; it is a symbol of progress and innovation, reinforcing CFAO Motors Mozambique's commitment to quality, sustainability, and customer satisfaction. This venture promises to redefine the automotive experience in the country, contributing to Mozambique's economic and environmental development
“We are excited to offer our customers a customer-centric experience that goes far beyond the conventional, celebrating innovation, technology and design.”
Henrique Bettencourt, General Manager of CFAO in Mozambique
As cidades de Maputo e Beira foram recentemente palco de celebrações vibrantes e inesquecíveis para os amantes de futebol, com a transmissão ao vivo da final da Liga dos Campeões da UEFA. Aproximadamente 800 espectadores reuniram-se no Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) em Maputo, e cerca de 200 pessoas no Club de padel de Maputo, enquanto 800 espectadores se juntaram no Oceana na cidade da Beira, para acompanhar o confronto entre o Real Madrid e o Borussia Dortmund. A vitória da equipa espanhola por 0-2 trouxe um clima de euforia e entusiasmo nas duas cidades.
Estes eventos, organizados pela HEINEKEN Moçambique, fazem parte de uma iniciativa global do grupo que visa proporcionar experiências únicas aos fãs de futebol em várias partes do mundo. A final foi uma oportunidade para os adeptos moçambicanos viverem a emoção de um dos torneios mais prestigiados do desporto-rei. No caso do CCFM, fizeram uma activação no âmbito do consumo responsável em que disponibilizaram táxis gratuitos para levar os fãs a casa.
O Real Madrid, ao conquistar o seu 15º título da Liga dos Campeões, reforçou a sua posição como clube mais laureado da competição. Por outro lado, o Borussia Dortmund buscava o seu segundo troféu, após a sua última vitória na época de 1996/97.
A partida, disputada no emblemático estádio de Wembley, em Londres, proporcionou um espectáculo digno
da grandeza da competição.
Filipa Neves, Directora de Marketing da HEINEKEN Moçambique, destacou a importância do evento para os fãs locais: "Foi uma final épica, à altura da grandiosidade da Liga dos Campeões. Conseguimos, com o nosso toque característico, proporcionar aos amantes desta mítica competição uma
final verdadeiramente de sonho. Tudo pensado para os verdadeiros fãs, pois são eles que dão brilho e significado a esta prestigiada prova."
A realização destes eventos é mais um passo nas várias iniciativas que a HEINEKEN Moçambique tem implementado para fortalecer a sua presença no mercado
local e criar uma conexão mais próxima com os consumidores. Em 2022, a marca já havia trazido a icónica Taça da Liga dos Campeões para as ruas de Maputo, num evento que encantou milhares de aficionados.
A jornada até à final foi igualmente emocionante. O Real Madrid superou o Bayern de Munique nas meias-finais, enquanto o Borussia Dortmund eliminou o Paris Saint-Germain, num confronto cheio de adrenalina.
Esta edição marcou também a última vez que a competição foi disputada no tradicional formato de fase de grupos, acrescentando uma nota de nostalgia à festa.
A paixão pelo futebol e pela Liga dos Campeões esteve mais uma vez em destaque, com a HEINEKEN Moçambique a proporcionar uma experiência inesquecível aos fãs locais. Eventos como estes reforçam o compromisso da marca em oferecer momentos únicos e inesquecíveis aos seus consumidores, consolidando a sua posição no mercado e celebrando a paixão pelo desporto que une milhões de pessoas em todo o mundo.
Fotografia:
Cortesia da Heineken
A paixão pelo futebol e pela Liga dos Campeões esteve mais uma vez em destaque, com a HEINEKEN Moçambique a proporcionar uma experiência inesquecível aos fãs locais.
Fotografia: Cortesia da Heineken
MOZAMBIQUE UEFA CHAMPIONS
The cities of Maputo and Beira recently witnessed vibrant and unforgettable celebrations for football enthusiasts, with the live broadcast of the UEFA Champions League final. Approximately 800 spectators gathered at the Centro Cultural Franco-Moçambicano (CCFM) in Maputo, and around 200 people at the Maputo Padel Club, while 800 spectators joined at Oceana in Beira to watch the clash between Real Madrid and Borussia Dortmund. The Spanish team's 2-0 victory brought a wave of euphoria and excitement to both cities.
These events, organised by HEINEKEN Mozambique, are part of a global initiative by the group aimed at providing unique experiences for football fans around the world. The final was an opportunity for Mozambican fans to experience the thrill of one of the most prestigious tournaments
in the sport. At CCFM, a responsible consumption initiative was activated, offering free taxis to take fans home.
Real Madrid, by securing their 15th Champions League title, reinforced their position as the most decorated club in the competition. On the other hand, Borussia Dortmund was
seeking their second trophy, following their last victory in the 1996/97 season. The match, held at the iconic Wembley Stadium in London, provided a spectacle befitting the grandeur of the competition.
Filipa Neves, Marketing Director of HEINEKEN Mozambique, highlighted the importance
THRILLS TO CHAMPIONS LEAGUE FINAL
of the event for local fans: "It was an epic final, matching the grandeur of the Champions League. With our characteristic touch, we managed to offer the lovers of this legendary competition a truly dream final. Everything was thought out for the real fans, as they are the ones who bring brilliance and meaning to this prestigious event."
The organisation of these events is another step in the various initiatives that HEINEKEN Mozambique has implemented to strengthen its pres-
ence in the local market and create a closer connection with consumers. In 2022, the brand had already brought the iconic Champions League trophy to the streets of Maputo, in an event that delighted thousands of enthusiasts.
The journey to the final was equally thrilling. Real Madrid overcame Bayern Munich in the semi-finals, while Borussia Dortmund eliminated Paris Saint-Germain in an adrenaline-filled clash. This edition also marked the last time the competition was
held in the traditional group stage format, adding a note of nostalgia to the celebration.
The passion for football and the Champions League was once again in the spotlight, with HEINEKEN Mozambique providing an unforgettable experience for local fans. Events like these reinforce the brand's commitment to offering unique and memorable moments to its consumers, solidifying its position in the market and celebrating the passion for the sport that unites millions of people around the world.
Brincando e aprendendo
A missão do Dino Bambino é inspirar e capacitar crianças através de actividades didácticas e dinâmicas inovadoras que promovem a criatividade, o conhecimento e habilidades sociais.
Brincando e aprendendo
Durante a pandemia, enquanto o mundo estava em confinamento e as rotinas familiares eram desafiadas, surgiu uma inspiração que viria a transformar a vida de muitas crianças e dos seus pais em Moçambique. O Dino Bambino, uma marca de brinquedos e eventos educativos, nasceu do desejo de Zaheera e Vitor, dois pais criativos que pretendiam manter o filho entretido e com novos desafios durante os longos dias de isolamento. Esta iniciativa começou de forma simples, com actividades caseiras que estimulavam a criatividade e o aprendizado, mas rapidamente evoluiu para um negócio promissor, capaz de oferecer soluções educativas inovadoras para inúmeras famílias.
ODino Bambino tem uma missão clara: inspirar e capacitar crianças através de actividades didácticas e dinâmicas que promovam o aprendizado, a criatividade e o desenvolvimento cognitivo. A marca valoriza a curiosidade e criatividade natural das crianças, incentivando-as a explorar e descobrir num ambiente seguro e estimulante. Os fundadores estão comprometidos em fornecer recur-
sos educacionais que atendam às necessidades individuais de cada criança, ajudando-as a desenvolver habilidades essenciais para a vida e cultivando a criatividade através de momentos de brincadeira e aprendizagem.
Com uma visão ambiciosa, o Dino Bambino aspira a ser reconhecida pela excelência em educação e inovação. Busca criar um espaço onde todas as crianças tenham acesso a ex-
periências de aprendizagem enriquecedoras que despertem o seu máximo potencial. Desta forma, espera contribuir significativamente para a formação de futuras gerações de indivíduos criativos, críticos e socialmente responsáveis, preparados para enfrentar os desafios do mundo moderno.
Os produtos do Dino Bambino são projectados para desenvolver uma ampla gama de habilidades essenciais, especialmente habilidades manuais. Ao utilizar os kits e actividades, as crianças podem aprimorar a criatividade, a liberdade de expressão, a inovação, a autonomia, as habilidades sociais, o pensamento crítico, a coordenação motora e a resiliência. As actividades didácticas incentivam as crianças a pensar de forma inovadora, a resolver problemas, a expressar-se livremente e a colaborar com os outros, promovendo um desenvolvimento integral que as prepara para um futuro cheio de possibilidades.
O processo de produção dos brinquedos e kits do Dino Bambino é um verdadeiro trabalho de artesanato. Cada kit é criado manualmente pela equipa, que dedica tempo e esforço para garantir que todos os materiais
utilizados, para além de ecológicos e amigos do ambiente, sejam seguros e adequados para as crianças. Os produtos são feitos de materiais variados, como plásticos recicláveis, papéis, tecidos, madeira e tintas à base de água, todos rigorosamente testados para garantir a segurança dos pequenos utilizadores.
Além dos brinquedos educativos, o Dino Bambino participa e organiza diversos eventos e festas, proporcionando actividades e workshops para crianças em aniversários, casamentos, eventos corporativos e feiras. Essas actividades são desenhadas para serem colaborativas e educativas, ajudando as crianças a desenvolver habilidades e a desfrutar de experiências de aprendizagem em grupo. Os clientes do Dino Bambino têm partilhado várias histórias emocionantes sobre as suas experiências com os produtos da marca. Desde crianças que, mesmo doentes, insistem em completar as actividades aprendidas nos workshops, até pais de crianças autistas que encontram conforto e confiança nas actividades oferecidas, o impacto positivo do Dino Bambino é evidente.
Um dos maiores desafios enfrentados pela marca é a ob-
tenção de materiais a preços acessíveis. Para superar este obstáculo, os fundadores consideram a importação de materiais em quantidades maiores, o que requer investimento e um espaço adequado para armazenamento. Apesar das dificuldades, o Dino Bambino continua a crescer e a adaptar-se, sempre com o objectivo de proporcionar o melhor para as crianças e suas famílias. Actualmente, os produtos podem ser adquiridos através dos canais digitais da marca, mas há planos para expandir os pontos de venda e, eventualmente, estabelecer um espaço físico próprio. Este espaço permitirá à marca criar programas alternativos e personalizados, atendendo melhor às necessidades do mercado e oferecendo uma experiência mais completa e envolvente para as crianças.
Pretendem tornar-se num movimento que transforma o brincar em aprender, cultivando uma geração de crianças criativas, autónomas e preparadas para o futuro. Com uma missão inspiradora, uma visão ambiciosa e um compromisso inabalável com a educação e a segurança, o Dino Bambino continua a fazer a diferença na vida de muitas famílias em Moçambique.
Fotografia:
Cortesia de Dino Bambino
During the pandemic, as the world was in lockdown and family routines were challenged, an inspiration emerged that would transform the lives of many children and their parents in Mozambique. Dino Bambino, a brand of educational toys and events, was born from the desire of Zaheera and Vitor, two creative parents who wanted to keep their child entertained and challenged during the long days of isolation. This initiative began simply, with homemade activities that stimulated creativity and learning, but quickly evolved into a promising business offering innovative educational solutions to numerous families.
Dino Bambino has a clear mission: to inspire and empower children through didactic and dynamic activities that promote learning, creativity, and cognitive development. The brand values the natural curiosity and creativity of children, encouraging them to explore and discover in a safe and stimulating environment. The founders are committed to providing educational resources that meet the individual needs of each child, helping them develop essential life skills and nurturing creativity through moments of play and learning. With an ambitious vision, Dino
Bambino aspires to be recognised for excellence in education and innovation. It aims to create a space where all children have access to enriching learning experiences that unlock their full potential, thereby contributing significantly to the formation of future generations of creative, critical, and socially responsible individuals, prepared to face the challenges of the modern world.
Dino Bambino’s products are designed to develop a wide range of essential skills, especially manual skills. By using the kits and activities, children can enhance creativity, freedom of expression, innovation, autonomy, social skills, critical thinking, motor coordination, and resilience. The didactic activities encourage children to think innovatively, solve problems, express themselves freely, and collaborate with others, promoting holistic development that prepares them for a future full of possibilities. The production process of Dino
Bambino's toys and kits is truly a craft. Each kit is handmade by the team, who dedicate time and effort to ensure that all materials used are not only eco-friendly and environmentally conscious but also safe and suitable for children. The products are made from various materials, such as recyclable plastics, paper, fabrics, wood, and water-based paints, all rigorously tested to ensure the safety of young users.
In addition to educational toys, Dino Bambino participates in and organises various events and parties, providing activities and workshops for children at birthdays, weddings, corporate events, and fairs. These activities are designed to be collaborative and educational, helping children develop skills and enjoy group learning experiences. Dino Bambino’s clients have shared numerous heartwarming stories about their experiences with the brand’s products. From children who,
Fotografia:
Cortesia de Dino Bambino
even when sick, insist on completing activities learned in workshops, to parents of autistic children who find comfort and confidence in the offered activities, the positive impact of Dino Bambino is evident. One of the biggest challenges
faced by the brand is obtaining materials at affordable prices. To overcome this obstacle, the founders are considering importing materials in larger quantities, which requires investment and adequate storage space. Despite the difficulties, Dino Bambino continues to grow and adapt, always with the goal of providing the best for children and their families. Currently, products can be purchased through the brand’s digital channels, but there are plans to expand the points of sale and eventually establish a physical space. This space will allow the brand
to create alternative and personalised programmes, better meeting market needs and offering a more complete and engaging experience for children.
Dino Bambino aims to become a movement that transforms play into learning, cultivating a generation of creative, autonomous children ready for the future. With an inspiring mission, an ambitious vision, and an unwavering commitment to education and safety, Dino Bambino continues to make a difference in the lives of many families in Mozambique.
O CCCMM (Centro de Colaboração Costeiro de Malamba-Mazuene), criado em 2021, é uma parceria inovadora entre a Associação Natura, parceiros estratégicos e as comunidades locais. A iniciativa abrange uma vasta área de 12.000 hectares de habitat marinho e costeiro, estabelecendo-se como um centro emergente de protecção ambiental e educação focado no corredor costeiro que liga o Parque Nacional de Bazaruto, o Santuário de Vilankulo e a Reserva Nacional de Pomene.
Localizado num santuário de 100 hectares de dunas e florestas costeiras, o CCCMM destaca-se pela sua localização numa área-chave da biodiversidade e um “Mission Blue Hope Spot”, uma área reconhecida globalmente pela sua importância ecológica. Os recifes do Baixo Zâmbia e Baixo África, situados ao largo desta costa, são essenciais para a conservação ambiental, proporcionando refúgio e habitat a várias espécies marinhas ameaçadas.
Neste contexto, os principais objectivos do CCCMM incluem a restauração e protecção das florestas costeiras de miombo e dos habitats marinhos, sempre com a participação activa das comunidades locais. O reforço da governação comunitária é crucial para garantir a liderança das comunidades em todos os programas de conservação. Além disso, a protecção dos recifes do Baixo Zâmbia e Baixo África e a parceria com organizações nacionais e internacionais visam a criação de soluções inovadoras e sustentáveis para a conservação ambiental.
A actuação do CCCMM é diversificada, abrangendo programas tais como Protectores dos Oceanos, o Conselho Comunitário de Pesca, Guardiões das Florestas Costeiras, Gerações Futuras: Ambiente e Bem-Estar, Biodiversidade e Mapeamento do Conhecimento Tradicional, e o Santuário
Florestal do CCCM e Estação de Campo Comunitária. Estes programas promovem a conservação liderada pela comunidade, garantindo acções de protecção ambiental sustentáveis e eficazes. Entre os principais parceiros do CCCMM estão as comunidades de Malamba e Mazuene, líderes locais, o governo, conselhos comunitários, escolas, e várias organizações: Ocean Revolution Moçambique, Mission Blue, Fauna e Flora Moçambique, Women Together, e Associação da Megafauna Marinha. Estas parcerias são fundamentais para obter financiamento e suporte técnico necessário para os programas de conservação.
A preservação dos ecossistemas costeiros e marinhos na região de Inhambane é vital não só para a biodiversidade, mas também para o bem-estar das comunidades locais, que dependem destes recursos para a sua subsistência. Desta forma, o CCCMM foca-se na protecção das florestas de miombo e dos recifes marinhos, habitats críticos para várias espécies endémicas e ameaçadas. Contudo, as ameaças à paisagem marinha de Inhambane são inúmeras, incluindo actividades industriais insustentáveis que ameaçam destruir os ecossistemas costeiros e marinhos. A única forma de proteger esta costa é através do apoio às comunidades, garantindo acesso a educação, cuidados de saúde e alternativas de sub-
sistência que não prejudiquem o meio ambiente.
As actividades do CCCMM têm um impacto significativo nas comunidades locais, proporcionando benefícios económicos e sociais. Por exemplo, em 2023, foram feitos novos furos de água potável, estabelecidos comités de água, e lançados programas como Bimbi Wutomi/Mar é Vida Eco Camps para alunos, formação do Conselho Comunitário de Pesca, e o Programa de Apicultura, que resultou na produção de mel de miombo de alta qualidade. Além disso, o CCCMM promove iniciativas educacionais para as gerações mais jovens, como o Clube das Aves e o Clube da Natureza, programas de bem-estar e desporto, e a Taça Bimbi Wutomi. Estes programas são essenciais para o desenvolvimento dos jovens e para garantir um futuro sustentável para a região.
O mapeamento da biodiversidade e do conhecimento tradicional é outra componente crucial para os objectivos de conservação do CCCMM. A paisagem de Malamba e Mazuene é rica em flora e fauna endémicas, e o mapeamento permite a identificação e protecção destas espécies. O financiamento do CCCMM provém de doações nacionais e internacionais, sendo aplicado directamente nos programas de conservação. A comunidade local está profun-
A nossa geração tem a responsabilidade de proteger e restaurar os oceanos e florestas costeiras para garantir um futuro sustentável para todos.
damente envolvida em todas as actividades e na gestão dos programas, garantindo que a conservação é eficaz e sustentável. Com vista ao futuro, os planos do CCCMM incluem a expansão dos programas através de novas parcerias, construção de infra-estruturas escolares, e
desenvolvimento de programas de apoio aos jovens e de subsistência alternativa para as comunidades.
A mensagem do CCCMM aos leitores é clara: a conservação costeira é essencial para a vida. As alterações climáticas e a ex-
tinção de espécies estão a aumentar, e a nossa geração tem a responsabilidade de proteger e restaurar os oceanos e florestas costeiras. Ao salvar os oceanos, salvamo-nos a nós mesmos, e cada acção conta para garantir um futuro sustentável para as gerações vindouras.
Fotografia: Cortesia de CCCMM e Rui Branco
Os principais objectivos do CCCMM incluem a restauração e protecção das florestas costeiras de miombo e dos habitats marinhos, sempre com a participação activa das comunidades locais.
The Malamba-Mazuene Coastal Collaboration Centre (CCCMM), established in 2021, is an innovative partnership between the Natura Association, strategic partners, and local communities. This initiative spans a vast area of 12,000 hectares of marine and coastal habitat, positioning itself as an emerging centre for environmental protection and education, focused on the coastal corridor linking Bazaruto National Park, Vilankulo Sanctuary, and Pomene National Reserve.
Located in a 100-hectare sanctuary of dunes and coastal forests, the CCCMM stands out for its position in a key biodiversity area and as a “Mission Blue Hope Spot,” a globally recognized area of ecological importance. The reefs of Baixo Zâmbia and Baixo África, situated off this coast, are crucial for environmental conservation, providing refuge and habitat for various threatened marine species.
In this context, the primary objectives of the CCCMM include the restoration and protection of coastal miombo forests and marine habitats, always with the active partici -
pation of local communities. Strengthening community governance is crucial to ensure the leadership of communities in all conservation programs. Additionally, the protection of the Baixo Zâmbia and Baixo África reefs and partnerships with national and international organizations aim to create innovative and sustainable solutions for environmental conservation.
The CCCMM's activities are diverse, encompassing programs such as Ocean Protectors, the Community Fisheries Council, Coastal Forest Guardians, Future Generations: Environment and Well-being, Biodiversity and Traditional
Knowledge Mapping, and the CCCM Forest Sanctuary and Community Field Station. These programs promote community-led conservation, ensuring sustainable and effective environmental protection actions. Key partners of the CCCMM include the communities of Malamba and Mazuene, local leaders, the government, community councils, schools, and various organizations: Ocean Revolution Mozambique, Mission Blue, Fauna and Flora Mozambique, Women Together, and the Marine Megafauna Association. These partnerships are essential to secure the funding and technical support necessary for conservation programs.
Fotografia: Cortesia de CCCMM e Rui Branco
The peservation of coastal and marine ecosystems in the Inhambane region is vital not only for biodiversity but also for the well-being of local communities, which depend on these resources for their livelihoods. Thus, the CCCMM focuses on the protection of miombo forests and marine reefs, critical habitats for various endemic and threatened species. However, the threats to Inhambane's marine landscape are numerous, including unsustainable industrial activities that threaten to destroy coastal and marine ecosystems. The only way to protect this coast is by supporting communities, ensuring access to education, healthcare, and alternative livelihoods that do not harm the environment.
The activities of the CCCMM have a significant impact on local communities, providing economic and social benefits. For example, in 2023, new
potable water wells were established, water committees were set up, and programs like Bimbi Wutomi/Sea is Life Eco Camps for students, Community Fisheries Council training, and the Beekeeping Program, which resulted in the production of high-quality miombo honey, were launched. Additionally, the CCCMM promotes educational initiatives for younger generations, such as the Bird Club and the Nature Club, wellness and sports programs, and the Bimbi Wutomi Cup. These programs are essential for youth development and ensuring a sustainable future for the region.
Biodiversity and traditional knowledge mapping is another crucial component of the CCCMM's conservation objectives. The Malamba and Mazuene landscape is rich in endemic flora and fauna, and mapping allows for the identification and protection of
these species. The CCCMM's funding comes from national and international donations, which are directly applied to conservation programs. The local community is deeply involved in all activities and program management, ensuring that conservation is effective and sustainable. Looking to the future, the CCCMM's plans include expanding programs through new partnerships, building school infrastructure, and developing support programs for youth and alternative livelihoods for communities.
The CCCMM's message to readers is clear: coastal conservation is essential for life. Climate change and species extinction are on the rise, and our generation has the responsibility to protect and restore the oceans and coastal forests. By saving the oceans, we save ourselves, and every action counts to ensure a sustainable future for generations to come.
A RIQUEZA INTERIOR COMO CONCEITO
A Tajiri, espaço de bem-estar físico, mental e espiritual, destaca a importância da riqueza interior e do equilíbrio espiritual.
A RIQUEZA INTERIOR COMO CONCEITO
Num mundo cada vez mais focado no materialismo, a Tajiri apresenta uma abordagem inovadora e necessária. Inspirada pelo significado do seu nome em Swahili - “riqueza” -, este conceito de loja destaca a importância da riqueza interior e do equilíbrio espiritual. Para os seus fundadores, a verdadeira riqueza não se mede apenas em dinheiro, mas também em saúde, família, amigos e bem-estar. Esta filosofia de vida promove a valorização do que se tem, atraindo naturalmente mais abundância e prosperidade.
Inaugurada em plena pandemia, em 2021, a loja enfrentou um cenário desafiador desde o início. No entanto, a convicção dos seus fundadores no conceito de riqueza interior deu-lhes a força necessá-
ria para avançar. Este período de incerteza e transformação global reforçou a relevância da sua visão, ajudando a estabelecer-se como um espaço de bem-estar físico, mental e espiritual. Desde então, tem transformado
vidas, proporcionando aos seus clientes uma experiência que vai além da simples aquisição de produtos.
O espaço oferece uma ampla gama de produtos, todos seleccionados com intenção e significado. Desde incensos, velas, óleos essenciais, difusores, candeeiros de sal, até itens de decoração e acessórios pessoais como pulseiras, colares e cristais, cada artigo carrega uma mensagem de gratidão e equilíbrio energético. Os fundadores acreditam que todos são ricos à sua maneira, daí a preocupação em disponibilizar artigos acessíveis a
todos, independentemente do poder aquisitivo. A selecção de produtos é feita com extremo cuidado e carinho, assegurando que cada artigo transmite a mensagem positiva que a marca representa.
Os clientes procuram, acima de tudo, o verdadeiro significado de ser “Tajiri”. O ambiente é de troca de energias positivas, onde o amor e a compaixão são palpáveis. Este espaço acolhedor e espiritualmente enriquecedor tornou-se um destino popular para aqueles que buscam não apenas produtos, mas também uma experiência transformadora. Iracema Fonseca, uma das fundadoras, trouxe para a empresa mais de 20 anos de experiência no mundo das terapias holísticas.
Cada produto é escolhido com um propósito específico, sempre com o objectivo de enriquecer vidas e promover o bem-estar. A filosofia assenta na ideia de que a vida é curta e deve ser vivida com amor próprio e partilha do melhor de nós mesmos.
A utilização de
pedras e cristais na decoração é uma prática antiga, mencionada até mesmo na Bíblia. Estes elementos naturais carregam energias positivas que podem influenciar profundamente o ambiente de uma casa ou espaço. Os cristais são respeitados e cuidados com carinho, pois são vistos como presentes da terra que nos ajudam na nossa jornada pessoal. A sua capacidade de cura e protecção é maximizada através da purificação e programação intencional. Mantêm-se actualizados com as tendências de decoração holística através de uma constante troca de experiências com terapeutas de todo o mundo. Estes contactos permitem trazer sempre novos produtos que acrescentam valor e melhoram vidas. O foco é proporcionar paz e equilíbrio através dos seus artigos, respondendo às necessidades e desejos dos seus clientes.
O futuro é promissor, embora os detalhes dos planos ainda sejam mantidos em segredo. Os fundadores preferem fazer acontecer antes de divulgar, seguindo a filosofia de acção antes da comunicação. O que se pode esperar são grandes e belos projectos, sempre com o objectivo de enriquecer a vida dos seus “Tajiris”.
A Tajiri é um espaço onde a riqueza interior é cultivada e celebrada. É um refúgio de paz para todos os que procuram uma vida mais rica em espírito e bem-estar.
Fotografia: Mariano Silva
Cada produto da Tajiri é escolhido com um propósito específico, sempre com o objectivo de enriquecer vidas e promover o bem-estar.
Fotografia: Mariano Silva
THE CONCEPT OF INNER WEALTH
In a world increasingly focused on materialism, Tajiri offers an innovative and necessary approach. Inspired by the meaning of its name in Swahili – "wealth" – this shop concept highlights the importance of inner wealth and spiritual balance. For its founders, true wealth is not only measured in money but also in health, family, friends, and well-being. This life philosophy promotes the appreciation of what one has, naturally attracting more abundance and prosperity.
Opened during the pandemic in 2021, the shop faced a challenging environment from the outset. However, the founders' belief in the concept of inner wealth gave them the strength to move forward. This period of global uncertainty and transformation reinforced
the relevance of their vision, helping to establish the shop as a space for physical, mental, and spiritual well-being. Since then, it has transformed lives, providing customers with an experience that goes beyond merely purchasing products.
The space offers a wide range of products, all selected with intention and meaning. From incense, candles, essential oils, diffusers, salt lamps, to decorative items and personal accessories like bracelets, necklaces, and crystals, each item carries a message of gratitude and energetic balance. They believe that everyone is rich in their own way, hence the effort to make items accessible to all, regardless of purchasing power. The product selection is made with great care and affection, ensuring that each item conveys the positive message the brand represents.
sen with a specific purpose, always with the goal of enriching lives and promoting well-being. The philosophy is based on the idea that life is short and should be lived with self-love and the sharing of the best of ourselves.
Each product from Tajiri is chosen with a specific
purpose, always aiming to enrich lives and promote well-being.
The use of stones and crystals in decoration is an ancient practice, even mentioned in the Bible. These natural elements carry positive energies that can profoundly influence the environment of a home or space. The crystals are respected and cared for with affection, as they are seen as gifts from the earth that help us on our personal journey. Their healing and protective capacities are maximised through intentional purification and programming. The shop stays updated with holistic decoration trends through constant exchanges of experiences with therapists worldwide. These contacts allow them to always bring in new products that add value and improve lives. The focus is on providing peace and balance through their items, meeting the
Customers seek, above all, the true meaning of being “Tajiri.” The environment is one of positive energy exchange, where love and compassion are palpable. This welcoming and spiritually enriching space has become a popular destination for those seeking not just products but also a transformative experience. Iracema Fonseca, one of the founders, brought over 20 years of experience in holistic therapies to the company. Each product is cho-
needs and desires of their customers. The future looks promising, though the details of the plans remain a secret. The founders prefer to make things happen before announcing them, following the philosophy of action before communication. What can be expected are great and beautiful projects, always with the aim of enriching the lives of their “Tajiris.”
Tajiri is a space where inner wealth is cultivated and celebrated. It is a refuge of peace for all those seeking a life richer in spirit and well-being.
A exposição "Independência Africana. Solidariedade Norueguesa." ilustrou a colaboração entre a Noruega e os movimentos de libertação de países da África Austral, com histórias que evidenciaram a solidariedade do povo norueguês.
No âmbito da celebração do Dia da Noruega, a Galeria do Porto de Maputo abriu portas, no passado 16 de Maio, à exposição "Independência Africana. Solidariedade Norueguesa.", que recordou a relação da Noruega com as lutas de libertação africanas e os intensos anos da descolonização. Presidida por Haakon Gram-Johannessen, Embaixador da Noruega em Maputo, a cerimónia de inauguração contou com a ilustre presença de Maria Helena Kida, Ministra da Justiça de Moçambique, bem como de diversos políticos, académicos, artistas e outros convidados.
Com um rico conjunto de fotografias e documentos, a exposi -
ção ilustrou a colaboração entre a Noruega e os movimentos de libertação de países da África Austral, com histórias que evidenciaram a solidariedade do povo norueguês, simultaneamente destacando figuras icónicas como Eduardo Mondlane, Samora Machel, Julius Nyerere, Kenneth Kaunda e Nelson Mandela, entre outros, e o envolvimento activo dos seus movimentos e organizações, que simbolizavam a luta contra o colonialismo, o apartheid e a injustiça social.
Se grande foi o apoio moral de muitas pessoas na Noruega sensibilizadas pela importância e premência dessa luta, significativas foram também as contribuições de fundos públicos noruegueses. Na sequência de várias visitas efectuadas por Eduardo Mondlane, o Instituto Moçambicano (uma instituição da FRELIMO em Dar es Salaam dedicada a educação) recebeu 200.000 coroas norueguesas. Esse valor aumentou substancialmente em 1971, quando a Comissão Parlamentar dos Negócios Estrangeiros da Noruega reconheceu a importância de apoiar também as zonas libertadas no norte de Moçambique. E o que começara como apoio a um projecto educativo foi abrindo portas a um apoio mais directo aos movimentos de libertação, e depois aos países libertados, em domínios cada vez mais amplos e diversificados.
Para além dos aspectos políticos e
financeiros atrás aludidos, a exposição celebrou a riqueza cultural e a expressão artística como ferramentas de mobilização, resistência e união. Fotografias impactantes, como a do pintor e poeta moçambicano Malangatana Valente Ngwenya no desfile de 1º de Maio em Oslo em 1987, e da Orquestra Marrabenta Star de Moçambique com a cantora Mingas em concertos na Noruega, demonstraram como a cultura moçambicana foi essencial para sensibilizar e mobilizar apoio internacional.
A mensagem central da exposição ficou bem patente em palavras ditas e escritas que reconhecem a importância da solidariedade internacional. Haakon Gram-Johannessen enfatizou a necessidade de se recordarem e honrarem estas alianças históricas, sublinhando que a cooperação entre nações pode realizar feitos extraordinários: “Devemo-nos lembrar, a nós e às gerações mais novas, de tudo o que pode ser alcançado quando se atravessam divisões nacionais e étnicas e se entra em acção – como irmãos e irmãs da humanidade”. Por seu lado, o Director Executivo da Liliesleaf Trust, entidade empenhada em garantir que o papel da comunidade internacional no apoio à luta pela libertação na África Austral nunca seja esquecido, deixou expresso o objectivo final almejado “Esperamos que reacenda a chama da solidariedade internacional como forma de enfrentar as novas ameaças à paz e segurança global”.
Com efeito, além de homenagear os laços entre a Noruega e os países africanos, a exposição itinerante "Independência Africana. Solidariedade Norueguesa." procurou servir de inspiração às novas gerações na luta pela justiça, igualdade e paz, recordando o poder da união e da colaboração na construção de um futuro melhor para todos.
Esta exibição da contribuição da Noruega à descolonização e libertação na África Austral, já apresentada em diversas cidades africanas, faz parte de uma série de exibições de solidariedade internacional em Liliesleaf, na África do Sul, sendo a expressão do compromisso de Liliesleaf para assegurar que o papel da solidariedade internacional na luta pela liberdade e justiça não fique esquecido. Liliesleaf, local em que se discutiu a derrota do regime do apartheid e onde os líderes dos movimentos de libertação se refugiaram na luta para que a África do Sul se tornasse não racial, justa, unida e democrática, é um local de memória que celebra a longa jornada pela democracia na África do Sul, que continua até hoje.
"Independência Africana. Solidariedade Norueguesa." celebrou a riqueza cultural e a expressão artística como ferramentas de mobilização, resistência e união.
Além de homenagear os laços entre a Noruega e os países africanos, a exposição procurou servir de inspiração às novas gerações na luta pela justiça, igualdade e paz.
As part of the celebration of Norway Day, the Porto Gallery in Maputo opened its doors on May 16th to the exhibition "African Independence. Norwegian Solidarity." which commemorated Norway's relationship with African liberation struggles and the intense years of decolonisation. Presided over by Haakon Gram-Johannessen, the Norwegian Ambassador to Maputo, the inauguration ceremony featured the distinguished presence of Maria Helena Kida, Mozambique's Minister of Justice, along with various politicians, academics, artists, and other guests.
With a rich array of photographs and documents, the exhibition illustrated the collaboration between Norway and the liberation movements of Southern African countries, highlighting stories of Norwegian solidarity. It prominently featured iconic figures such as Eduardo Mondlane, Samora Machel, Julius Nyerere, Kenneth Kaunda, and Nelson Mandela, among others, and the active involvement of their movements and organisations, symbolising the fight against colonialism, apartheid, and social injustice.
While the moral support from many Norwegians, who were moved by the importance and urgency of this struggle, was significant, so were the contributions from Norwegian public funds. Following several visits by Eduardo Mondlane, the Mozambican Institute (a FRELIMO institution in Dar es Salaam dedicated to education) received 200,000 Norwegian kroner. This amount increased substantially in 1971 when the Norwegian Parliamentary Foreign Affairs Committee recognised the importance of also supporting the liberated zones in northern Mozambique. What began as support for an educational project gradually opened doors to more direct support for liberation movements and then to the newly liberated countries, across an increasingly broad and diverse range of areas.
Beyond the political and financial as-
pects mentioned above, the exhibition celebrated cultural richness and artistic expression as tools of mobilisation, resistance, and unity. Impactful photographs, such as that of the Mozambican painter and poet Malangatana Valente Ngwenya at the May 1st parade in Oslo in 1987, and of the Marrabenta Star Orchestra of Mozambique with singer Mingas at concerts in Norway, demonstrated how Mozambican culture was essential in raising awareness and mobilising international support.
The central message of the exhibition was clearly conveyed through spoken and written words that recognise the importance of international solidarity. Haakon Gram-Johannessen emphasised the need to remember and honour these historical alliances, underscoring that cooperation between nations can achieve extraordinary feats: “We must remind ourselves and the younger generations of all that can be accomplished when national and ethnic divisions are crossed, and action is taken – as brothers and sisters of humanity.” Meanwhile, the Executive Director of the Liliesleaf Trust, an organisation committed to ensuring that the role of the international community in supporting the liberation struggle in Southern Africa is never forgotten, articulated the ultimate goal: “We hope to rekindle the flame of international solidarity as a way to address new threats to global peace and security.”
Fotografia: Mariano Silva
Indeed, in addition to honouring the ties between Norway and African countries, the travelling exhibition "African Independence. Norwegian Solidarity." sought to inspire new generations in the fight for justice, equality, and peace, reminding us of the power of unity and collaboration in building a better future for all.
This display of Norway's contribution to the decolonisation and liberation of Southern Africa, already presented in several African cities, is part of a series of international solidarity exhibitions at Liliesleaf in South Africa. It represents Liliesleaf's commitment to ensuring that the role of international solidarity in the fight for freedom and justice is not forgotten. Liliesleaf, a site where the downfall of the apartheid regime was discussed and where the leaders of liberation movements took refuge in their struggle to make South Africa non-racial, just, united, and democratic, is a place of memory that celebrates the long journey towards democracy in South Africa, which continues to this day.
Fotografia: Cortesia do Baia Mall
E O DIA INTERNACIONAL DAS CRIANÇAS
OBaía Mall, que tem encantado imensos visitantes desde a sua inauguração, celebrou seis anos repletos de magia, promoções, prémios e momentos inesquecíveis. Este importante marco foi assinalado com a entrega de troféus aos inquilinos que completaram cinco anos de parceria: Farmácia Ronda, Pets, Emose, Oh Baby, Steers e Debonairs, além da Home Center, já presente no Centro há seis anos.
A celebração também incluiu o concurso “O aniversário é do Baía Mall, mas as prendas são tuas”, que contou com a participação activa de um grande número de clientes. De 27 de Maio a 7 de Junho, realizou-se um concurso que premiou com atractivos, prémios juntamente com o 2º Sidewalk Sale de 2024, clientes que depositaram na caixa da sorte recibos de compras iguais ou superiores a 1000 meticais adquiridos em qualquer loja do centro comercial. Os prémios incluíram electrodomésticos e outros artigos de valor, aumentando ainda mais o entusiasmo dos visitantes.
No dia 1 de Junho, foi inaugurada a exposição “Os museus estarão connosco no Dia da Criança”, que esteve patente até 16 de Junho. Este evento deu às crianças uma oportunidade única de explorar exposições dos museus, mer-
gulhando num mundo de descobertas e aprendizagem. A exposição, além de educativa, foi enriquecida com brindes e um lanche cheio de guloseimas, destacando a importância de hábitos saudáveis e da aquisição contínua de conhecimento. As crianças participaram em visitas guiadas, recebendo explicações detalhadas dos representantes de cada museu sobre a história do país.
À medida que interagiam e respondiam a perguntas, eram recompensadas com presentes, reforçando a mensagem de que uma boa alimentação e a busca por conhecimento são fundamentais. Entre as 40 crianças participantes, 20 eram da escola Liceu Alvorada, tendo as outras 20 sido seleccionadas através das redes sociais. Cada museu teve um espaço de 8m² no corredor do centro comercial, permitindo uma apresentação organizada e atractiva. Participaram o Museu de Arte, a Biblioteca Nacional, o Museu da Moeda Nacional, o Museu dos CFM, a Fortaleza e o Museu de Fotografia, cada um contribuindo com elementos únicos para a exposição. A iniciativa sublinhou a importância dos museus na educação e cultura, especialmente para as gerações mais novas.
Com seis anos de existên -
cia, o Baía Mall tem-se destacado, desde o início, não apenas como um centro de compras, mas também como um espaço de encontro e de experiências enriquecedoras para as famílias. A celebração do seu aniversário juntamente com o Dia Internacional das Crianças reforça o seu compromisso de proporcionar momentos inesquecíveis e apoiar o desenvolvimento cultural e educacional da comunidade.
Fotografia: Cortesia do Baia Mall
AND INTERNATIONAL CHILDREN'S DAY
Since its opening, Baía Mall has enchanted countless visitors, celebrating six years filled with magic, promotions, prizes, and unforgettable moments. This significant milestone was marked by awarding trophies to tenants who have been partners for five years: Farmácia Ronda, Pets, Emose, Oh Baby, Steers, and Debonairs, along with the Home Center, which has been at the mall for six years. The celebration also included the competition "It's Baía Mall's Birthday, but the Gifts are Yours," which saw active participation from many custom-
ers. From May 27 to June 7, a contest took place rewarding customers with attractive prizes, alongside the 2nd Sidewalk Sale of 2024. Customers who deposited receipts worth 1000 meticais or more from any store in the mall into the lucky box had the chance to win appliances and other valuable items, further increasing visitors' excitement.
On June 1, the exhibition "Museums will be with us on Children's Day" was inaugurated, running until June 16. This event offered children a unique opportunity to explore museum exhibits, div-
ing into a world of discovery and learning. The exhibition, besides being educational, was enriched with gifts and a snack filled with treats, highlighting the importance of healthy habits and continuous knowledge acquisition. Children participated in guided tours, receiving detailed explanations from museum representatives about the country's history. As they interacted and answered questions, they were rewarded with gifts, reinforcing the message that good nutrition and the pursuit of knowledge are fundamental. Among the 40 par-
ticipating children, 20 were from Liceu Alvorada school, with the other 20 selected through social media. Each museum had an 8m² space in the mall's corridor, allowing for an organized and attractive presentation. Participants included the Museum of Art, the National Library, the National Currency Museum, the CFM Museum,
the Fortress, and the Photography Museum, each contributing unique elements to the exhibition. The initiative underscored the importance of museums in education and culture, especially for younger generations.
In its six years of existence, Baía Mall has stood out, from the be-
ginning, not only as a shopping centre but also as a meeting place and a hub of enriching experiences for families. Celebrating its anniversary alongside International Children's Day reinforces its commitment to providing unforgettable moments and supporting the cultural and educational development of the community.
Fotografia:
Cortesia do Baia Mall
DESAFIO DE EMPREENDEDORISMO AMVIRO
Construindo um futuro mais seguro nas estradas de Moçambique
A AMVIRO visa transformar as estradas moçambicanas em ambientes mais acessíveis, seguros para todos os seus utilizadores.
DESAFIO DE EMPREENDEDORISMO
AMVIRO - Construindo um futuro mais seguro nas estradas de Moçambique
Na continuação da nossa série de dez artigos que exploram os projectos seleccionados para o Desafio de Empreendedorismo da CFAO, em parceria com a Revista Xonguila, apresentamos a AMVIRO (Associação Moçambicana para as Vítimas de Insegurança Rodoviária), o quarto seleccionado de dez projectos. Esta iniciativa destaca-se pela sua dedicação e impacto no que toca a segurança rodoviária, tornando-a um exemplo notável. Este desafio tem como objectivo destacar dez iniciativas com enfoque em mobilidade e segurança rodoviária ao longo do ano.
AAMVIRO surge como uma organização dedicada no reforço da promoção de acções de prevenção rodoviária e mitigação dos efeitos devastadores dos acidentes de viação em Moçambique. Com uma missão clara de proporcionar soluções integradas informativas, formativas, preventivas e interventivas, a AMVIRO visa transformar as estradas moçambicanas em ambientes mais acessíveis, seguros para todos os seus utilizadores. Esta organização ambiciona liderar as actividades de prevenção rodoviária no país, guiada pelos valores de prevenção, solidariedade, racionalidade, desenvolvimento sustentável e empatia.
Operando nas 11 províncias do nosso país, foca-se em três áreas principais: prevenção rodoviária, mitigação dos efeitos dos acidentes de viação e advocacia. Recentemente, a AMVIRO lançou várias campanhas, com impactos significativos, com a finalidade de reforçar a sua missão e vi -
são, destacando-se pela sua abrangência e impacto.
Uma das iniciativas de maior destaque é a Formação e Capacitação em Primeiros Socorros e Segurança Rodoviária, realizada em parceria com a Polícia da República de Moçambique e a Cruz Vermelha de Moçambique. Estas actividades, parte do Projecto Segurança Rodoviária Comunitária, visam capacitar professores e líderes comunitários promovendo uma cultura de segurança desde as bases da sociedade.
No mesmo sentido, a AMVIRO também organizou e realizou diversas palestras sobre segurança rodoviária em mais de dez escolas, sendo de destacar a que teve lugar na Escola Secundária Engenheiro Filipe Jacinto Nyusi, que procurou sensibilizar as crianças sobre a importância da segurança nas estradas incentivando práticas seguras e responsáveis. Complementando estas acções, a Anviro tem dedicado esforços à Formação de Pequenos Reguladores, ensinando crianças
em escolas primárias sobre os métodos seguros de atravessar estradas e o significado dos sinais de trânsito.
Para além destas acções educativas, duas campanhas recentes, TIVONELENI e Conduza e Caminhe Seguro, destacaram-se pela sua abrangência e impacto. A campanha TIVONELENI, realizada em Maputo, teve como objectivo reforçar as acções de combate à sinistralidade rodoviária durante a quadra festiva, sensibilizando condutores e peões sobre a importância de respeitar as regras de trânsito. Da mesma forma, a campanha Conduza e Caminhe Seguro, focou-se na segurança rodoviária durante o período festivo, reforçando a mensagem de que um comportamento responsável nas estradas pode salvar vidas.
O Projecto Segurança Rodoviária Comunitária (PSRC), agora na sua terceira edição, continua a ter um impacto significativo nas comunidades.
Este projecto inclui intervenções em escolas, capacitação
de professores e monitoramento diário de peões, consolidando-se como um dos pilares da estratégia da AMVIRO para uma sociedade mais consciente e segura.
A AMVIRO não só actua na prática, mas também valoriza a disseminação de conhecimento e a sensibilização pública, utilizando para o efeito o seu canal denominado Amviro TV, criado em 2020 e disponível nas plataformas das redes sociais, tais como YouTube e Facebook para ampliar o al -
cance das suas mensagens, por diferentes público-alvo.
Através destas iniciativas, a AMVIRO tem conseguido aumentar a consciencialização sobre a segurança rodoviária, alcançando um público diversificado e promovendo práticas seguras que beneficiam especialmente os grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. São um exemplo inspirador de como a dedicação e o esforço contínuo podem transformar vidas e comunidades, promovendo uma cul -
tura de segurança rodoviária que se torna essencial para o desenvolvimento sustentável do nosso país.
Esta rubrica da Xonguila incentiva o público a participar neste movimento de mudança. Se tem um projecto focado na mobilidade ou segurança rodoviária, não hesite em partilhá-lo connosco. Envie a sua proposta para o email geral@xonguila.co.mz e junte-se a nós na construção de um Moçambique mais seguro e consciente.
Fotografia: Cortesia da AMVIRO
Através destas iniciativas, a AMVIRO tem conseguido aumentar a consciencialização sobre a segurança rodoviária, alcançando um público diversificado e promovendo práticas seguras.
ENTREPRENEURSHIP CHALLENGE
AMVIRO - Building a Safer Future on Mozambique's Roads
Continuing our series of ten articles exploring the projects selected for the CFAO Entrepreneurship Challenge, in partnership with Xonguila Magazine, we present AMVIRO (Mozambican Association for Road Safety Victims), the fourth of the ten chosen projects. This initiative stands out for its dedication and impact on road safety, making it a remarkable example. The challenge aims to highlight ten initiatives focused on mobility and road safety throughout the year.
AMVIRO emerges as a dedicated organization promoting road safety actions and mitigating the devastating effects of traffic accidents in Mozambique. With a clear mission to provide integrated informational, educational, preventive, and intervention solutions, AMVIRO aims to transform Mozambican roads into safer, more accessible environments for all users.
The organization aspires to lead road safety prevention activities in the country, guided by the values of prevention, solidarity, rationality, sustainable development, and empathy.
Operating in all 11 provinces of Mozambique, AMVIRO focuses on three main areas: road safety prevention, mitigation of the effects of traffic acci-
dents, and advocacy. Recently, AMVIRO has launched several campaigns with significant impacts to reinforce its mission and vision, standing out for their breadth and impact.
One of the most notable initiatives is the First Aid and Road Safety Training and Capacity Building, conducted in partnership with the Mozambican Police
and the Mozambique Red Cross. These activities, part of the Community Road Safety Project, aim to train teachers and community leaders, promoting a culture of safety from the grassroots level.
Similarly, AMVIRO has also organized and conducted various road safety lectures in more than ten schools, with a highlight at Engineer Filipe Jacinto Nyusi Secondary School. This event aimed to raise children's awareness about the importance of road safety, encouraging safe and responsible practices. Complementing these actions, AMVIRO has dedicated efforts to Training Young Regulators, teaching primary school children about safe ways to cross roads and the meaning of traffic signs.
In addition to these educational actions, two recent campaigns, TIVONELENI and Drive and Walk Safely, stood out for their scope and impact. The TIVONELENI campaign, held
in Maputo, aimed to reinforce actions to combat road accidents during the festive season, raising awareness among drivers and pedestrians about the importance of obeying traffic rules. Similarly, the Drive and Walk Safely campaign focused on road safety during the festive period, reinforcing the message that responsible behavior on the roads can save lives.
The Community Road Safety Project (CRSP), now in its third edition, continues to have a significant impact on communities. This project includes interventions in schools, teacher training, and daily monitoring of pedestrians, consolidating itself as one of AMVIRO's key strategies for a more conscious and safe society.
AMVIRO not only takes practical actions but also values the dissemination of knowledge and public awareness. It utilizes its channel, Amviro TV, created in 2020 and available on
social media platforms like YouTube and Facebook, to extend the reach of its messages to different target audiences.
Through these initiatives, AMVIRO has managed to increase awareness of road safety, reaching a diverse audience and promoting safe practices that particularly benefit vulnerable groups such as children and the elderly. They are an inspiring example of how dedication and continuous effort can transform lives and communities, fostering a culture of road safety essential for the sustainable development of our country.
This Xonguila column encourages the public to participate in this movement for change. If you have a project focused on mobility or road safety, do not hesitate to share it with us. Send your proposal to geral@xonguila.co.mz and join us in building a safer and more conscious Mozambique.
Sustentabilidade é a palavra-chave para todos os negócios de sucesso, e um número crescente de campanhas envolve agora algum grau de sustentabilidade, seja nas suas mensagens, seja apenas nas marcas que se tornam mais conscientes na compreensão dos diferentes métodos de produção.
Asustentabilidade já não é apenas uma tendência – cada vez mais empresas estão a torná-la parte essencial da sua estratégia. Com os consumidores globais activamente preocupados com as questões ambientais, e os anunciantes a beneficiarem de uma vasta gama de tecnologias e opções criativas, as marcas
têm agora a oportunidade de se conectarem com o seu público sobre uma questão comum e global – ajudar o ambiente e a sua imagem de marca. Os acontecimentos de 2020 aceleraram as tendências de sustentabilidade do consumidor que já começavam a surgir em muitos e diferentes mercados. Apesar de ter sido um dos anos mais imprevisíveis de sempre, ajudou a criar uma maior consciência pública em torno da sustentabilidade e a aprofundar a compreensão dos consumidores sobre o impacto que estamos a ter na Terra. Portanto, a sustentabilidade não é apenas uma moda passageira ou uma tendência de curto prazo – ela está no topo das preocupações de um número crescente de consumidores e, se as marcas quiserem ter sucesso, precisam de se adaptar a estas novas sensibilidades dos consumidores. A sustentabilidade também oferece uma grande oportunidade para as marcas serem criativas, e muitos fornecedores estão agora envolvidos na criação de mais soluções verdes prontas para uso.
OOH (Out of Home) refere-se à
publicidade que é exibida em locais públicos e exteriores, abrangendo formatos como cartazes, painéis digitais, mobiliário urbano, transportes públicos e outdoors. Esta forma de comunicação visa atingir o público-alvo durante os seus deslocamentos diários, aproveitando a visibilidade e a exposição em áreas de grande circulação para maximizar o impacto e a lembrança da marca. OOH é um dos melhores canais de comunicação social não apenas para cumprir a neutralidade carbónica, mas para impactar positivamente a infra-estrutura e as comunidades locais e nacionais. Investir em OOH pode gerar metas líquidas zero, bem como benefícios para a marca e para a comunidade em geral. OOH liderou o movimento no cenário dos proprietários de órgãos de comunicação quando se trata de desenvolvimento sustentável. Todos os quatro principais fornecedores de OOH já implementaram estratégias para promover a neutralidade de carbono em todos os seus negócios – o que não é tarefa fácil, considerando que estão intrinsecamente ligados à infra-estrutura física nas cidades. Cerca de 50% dos orçamentos de publicidade OOH revertem para projectos de infra-estruturas públicas e comunidades locais para financiar tudo,
desde transportes, como autocarros eléctricos, estradas, oportunidades de emprego e programas de aprendizagem. O impacto social positivo e a estreita colaboração com os conselhos locais são essenciais para o modelo OOH.
À medida que os consumidores solicitam que as empresas se comprometam com os seus esforços de Responsabilidade Social Corporativa e de Governação Social Ambiental, mais empresas estão a adoptar iniciativas verdes e a divulgá-las ao público. Os anúncios OOH estão a fornecer às marcas um meio apropriado para corresponder às mensagens sustentáveis, uma vez que as marcas aspiram a defender os desejos e necessidades dos consumidores. Com o aumento dos outdoors de painéis solares e os espaços publicitários OOH criativos, as marcas e organizações estão mais bem equipadas para liderar uma campanha verde de sucesso.
Para além de campanhas de sucesso, a Dentsu global dedica também um dia de voluntariado direccionado a várias acções de sustentabilidade, com o propósito de deixar uma marca nas comunidades onde opera. Em Moçambique, a Dentsu plantou árvores, plantas e uma horta na escola WoodRose em Maputo, com o objectivo de ajudar as crianças a perceber o impacto que as árvores têm no nosso meio ambiente. Esta acção uniu ambiente e comunidade, envolvendo os seus colaboradores numa actividade com impacto social.
“As marcas têm agora a oportunidade de se conectarem com o seu público sobre uma questão comum e global – ajudar o ambiente e a sua imagem de marca.”
Sustainability is the key word for all successful businesses, and an increasing number of campaigns now involve some degree of sustainability, either in their messages or in brands becoming more conscious of different production methods.
Sustainability is no longer just a trend – more and more companies are making it an essential part of their strategy. With global consumers actively concerned about environmental issues, and advertisers benefiting from a wide range of technologies and creative options, brands now have the opportunity to connect with their audience on a common and global issue – helping the environment and their brand image. The events of 2020 accelerated consumer sustainability trends that were already beginning to emerge in many different markets. Despite being one of the most unpredictable years ever, it helped create greater public awareness around sustainability and deepen consumer understanding of the impact we are having on the Earth. Therefore, sustainability is not just a passing fad or a short-term trend – it is at the forefront of concerns for a growing number of consumers, and if brands want to succeed, they need to adapt to these new consumer sensibilities. Sustainability also offers a great opportunity for brands to be creative, and many suppliers are now involved in creating more ready-to-use green solutions.
Out of Home (OOH) advertising refers to advertising displayed in public and outdoor locations, encompassing formats such as billboards, digital panels, street furniture, public transport, and outdoor advertising. This form of communication aims to reach the target audience during their daily commutes, leveraging visibility and exposure in high-traffic areas to maximize brand impact and recall. OOH is one of the best social communication channels not only for meeting net-zero goals but also for positively impacting local and national infrastructure and communities. Investing in OOH can achieve net-zero goals, as well as provide benefits for both the brand and the
broader community. OOH has led the way in the media owners’ landscape when it comes to sustainable development. All four major OOH providers have already implemented strategies to promote carbon neutrality across their businesses – no easy task, considering they are intrinsically linked to the physical infrastructure in cities. About 50% of OOH advertising budgets are directed towards public infrastructure projects and local communities to fund everything from transport, such as electric buses, to roads, job opportunities, and apprenticeship programmes. The positive social impact and close collaboration with local councils are essential to the OOH model.
As consumers demand that companies commit to their Corporate Social Responsibility and Environmental Social Governance efforts, more companies are adopting green initiatives and publicising them. OOH advertisements are providing brands with an appropriate medium to align with sustainable messages, as brands aspire to champion consumers’ desires and needs. With the rise of solar panel billboards and creative OOH advertising spaces, brands and organisations are better equipped to lead a successful green campaign.
In addition to successful campaigns, Dentsu Global also dedicates a volunteer day to various sustainability actions, with the aim of making a mark in the communities where it operates. In Mozambique, Dentsu planted trees, plants, and a vegetable garden at WoodRose School in Maputo, with the goal of helping children understand the impact that trees have on our environment. This action united environment and community, involving their employees in an activity with social impact.
Dicas financeiras para uma vida melhor
Criar uma conta poupança para emergências
Dicas financeiras para uma vida melhor
Criar uma conta poupança para emergências
Escrito por:
Sany Weng Money Savvy Mozambique
Já estamos a meio de 2024! Já deu, amigo leitor, os primeiros passos para construir o seu fundo de emergência? Um fundo de emergência é crucial para a sua segurança financeira, especialmente em tempos incertos como os que vivemos hoje. Ele protege-o de imprevistos como perda de emprego, problemas de saúde ou reparações urgentes em casa.
Moçambique vive numa cultura consumista e imediatista, de "comprar agora e pagar depois". Este comportamento, reflectido tanto pelos jovens quanto pelos adultos, resulta em uma alta utilização de crédito, consumo excessivo e poupança mínima, aumentando o risco social. A Money Savvy Mozambique está empenhada em mudar este padrão desastroso.
Os últimos três anos foram desafiadores não só para nós, moçambicanos, mas para muitas pessoas em todo mundo. Pela primeira vez nas nossas vidas, enfrentámos uma pandemia global. Frases como "Sem traba-
lho, sem salário", "cortes salariais" e "encerramento de muitas pequenas empresas" tornaram-se comuns. Embora não pudéssemos prever esta pandemia, podemos planear para possíveis ameaças financeiras futuras.
Reconhecer essas ameaças permite-nos mitigar os riscos e proteger o nosso futuro financeiro. Poupança e Seguro são ferramentas essenciais para se proteger a si e à sua família contra crises globais e pessoais. Muitas pequenas empresas em Moçambique fecharam durante o primeiro confinamento, deixando muitos desempregados e sem reservas financeiras.
Aqueles sem poupança enfrentaram despejos e perda de bens, como carros, por exemplo.
A importância de uma conta poupança para emergências não pode ser subestimada. Recomendo ter entre 6 e 12 meses de despesas de subsistência guardados. A vida é imprevisível, mas podemos planear para o pior e esperar pelo melhor.
Mas será que ainda tem tempo para criar um fundo de emergência este ano? A resposta é sim! Mesmo que ainda não tenha começado, nunca é tarde demais para dar o primeiro passo.
AQUI ESTÃO EXEMPLOS DE DICAS PARA INICIAR UM FUNDO DE EMERGÊNCIA:
Defina metas realistas: determine quanto precisa economizar para cobrir as suas despesas essenciais por um período de 3, 6 e 12 meses.
Comece com metas pequenas: aumente gradualmente à medida que a sua receita e capacidade de poupança aumentarem.
Crie um orçamento: registe todas as suas receitas e despesas para identificar áreas onde pode cortar custos. Priorize as despesas essenciais e elimine ou reduza gastos desnecessários.
Nunca é tarde de mais para começar a poupar. Inicie agora, mesmo com pouco.
Comece com o que você pode. Cada pequena quantia ajuda.
Crie uma conta poupança: configure transferências automáticas mensais, assim que receber o seu salário.
Pague-se primeiro: priorize as suas economias antes de pagar contas e dívidas.
Inclua economias no seu orçamento. Faça disso um hábito mensal.
Economize pelo menos 10% do seu rendimento. Defina essa meta.
Acompanhe os seus gastos, pequenas mudanças fazem grandes diferenças: por exemplo, faça o seu almoço em casa e leve-o para o trabalho, e economize o valor diário na poupança; ao longo de um ano, isso pode significar 39.000 MZN economizados, se considerarmos que consegue poupar 150 MZN por 260 dias.
Pergunte-se: vale a pena comprar comida na rua todos os dias?
Comece hoje mesmo! Abra uma conta poupança para emergências e dê o primeiro passo para garantir a sua segurança financeira. Cada metical conta, então comece a poupar o que puder, mesmo que seja um pouco por mês. Com disciplina e planeamento, estará a construir um futuro mais próspero e resiliente.
A importância de uma conta poupança para emergências não pode ser subestimada. Recomenda-se ter entre 6 e 12 meses de despesas de subsistência guardados. A vida é imprevisível, mas podemos planear para o pior e esperar pelo melhor.
Financial Tips for a Better Life
Creating an Emergency Savings Account
Written by: Sany Weng
Money Savvy Mozambique
We are already halfway through 2024! Have you, dear reader, taken the first steps to build your emergency fund? An emergency fund is crucial for your financial security, especially in uncertain times like today. It protects you from unforeseen events such as job loss, health issues, or urgent home repairs.
Mozambique lives in a consumerist and immediate gratification culture of "buy now, pay later." This behaviour, reflected by both young and old, results in high credit usage, excessive consumption, and minimal savings, increasing social risk. Money Savvy Mozambique is committed to changing this disastrous pattern.
The last three years have been challenging not just for us Mozambicans, but for many people around the world. For the first time in our lives, we faced a global pandemic.
Phrases like "No job, no salary," "wage cuts," and "closure of many small businesses" became common. Although we could not foresee this pandemic, we can plan for potential future financial threats.
Recognising these threats allows us to mitigate risks and protect our financial future. Savings and insurance are essential tools to protect yourself and your family against global and personal crises. Many small businesses in Mozambique closed during the first lockdown, leaving many unemployed and wi -
thout financial reserves. Those without savings faced evictions and loss of assets, such as cars.
The importance of an emergency savings account cannot be underestimated. I recommend having between 6 and 12 months of living expenses saved. Life is unpredictable, but we can plan for the worst and hope for the best.
But is there still time to create an emergency fund this year? The answer is yes! Even if you haven't started yet, it's never too late to take the first step.
HERE ARE SOME TIPS FOR STARTING AN EMERGENCY FUND:
Set realistic goals: determine how much you need to save to cover your essential expenses for 3, 6, and 12 months.
Start with small goals: gradually increase as your income and saving capacity grow.
Create a budget: record all your income and expenses to identify areas where you can cut costs. Prioritise essential expenses and eliminate or reduce unnecessary spending.
It's never too late to start saving. Start now, even with little.
Start with what you can. Every small amount helps.
Create a savings account: set up automatic monthly transfers as soon as you receive your salary.
Pay yourself first: prioritise your savings before paying bills and debts.
Include savings in your budget. Make it a monthly habit.
Save at least 10% of your income. Set this goal.
Track your expenses; small changes make a big difference: for example, make your lunch at home and take it to work, saving the daily amount in your savings; over a year, this can mean saving 39,000 MZN if you manage to save 150 MZN for 260 days.
Ask yourself: is it worth buying food on the street every day?
Start today! Open an emergency savings account and take the first step to ensuring your financial security. Every metical counts, so start saving what you can, even if it's a little each month. With discipline and planning, you'll be building a more prosperous and resilient future.
O impacto do sector da aviação no crescimento económico e
no turismo
O panorama dinâmico da aviação civil está intrinsecamente ligado ao crescimento e à evolução da indústria do turismo.
O impacto do sector da aviação no crescimento económico e no turismo
A aviação civil desempenha um papel crucial na condução do crescimento económico e na promoção da conectividade entre as nações. O sector da aviação tem assistido a transformações significativas, com um crescimento sem precedentes do volume de passageiros e uma mudança para um quadro mais competitivo e centrado no consumidor. Esta evolução não só impulsionou a expansão da indústria do turismo, como também sublinhou a necessidade de medidas regulamentares eficazes para garantir a segurança, a qualidade e a acessibilidade dos viajantes. A liberalização e a desregulamentação da indústria da aviação, particularmente no final do século XX, marcaram um ponto de viragem na forma como os serviços de transporte aéreo eram explorados e acedidos.
Areestruturação do sector levou a uma maior concorrência, a preços mais baixos e a melhores ofertas de serviços, tornando assim as viagens aéreas mais acessíveis a um grupo demográfico mais vasto. Consequentemente, o sector do turismo registou um aumento das viagens internacionais e domésticas, com um volume recorde de passageiros na década de 1990 e nos anos seguintes. O impacto destas mudanças foi profundo, levando a uma mudança de paradigma no papel dos reguladores da aviação civil. Para além de garantir a segurança operacional, os reguladores têm agora a tarefa de maximizar o bem-estar dos consumidores, resolvendo as falhas do mercado relacionadas com as economias de rede e incentivando a utilização eficiente das infra-estruturas e dos recursos.
Ao reduzir as barreiras regulamentares e ao garantir um acesso equitativo aos aeroportos, as entidades reguladoras estão a esforçar-se por criar um ambiente propício ao crescimento sustentável e a melhores experiências de viagem. Na frente internacional, a governação do transporte aéreo global é moldada por Acordos de Serviços Aéreos (ASA), que controlam o acesso ao mercado, a capacidade, as rotas e as tarifas. Apesar de persistirem alguns desafios devido a me-
didas proteccionistas e preocupações de soberania, os sucessos da liberalização foram testemunhados em regiões onde a integração económica promoveu uma concorrência saudável e acordos recíprocos. Ao olharmos para o futuro, o potencial da aviação civil para impulsionar o crescimento do turismo continua a ser inigualável. Com um enfoque concertado no aumento da conectividade, na garantia de preços acessíveis e na manutenção de normas de segurança e qualidade, a indústria da aviação continua a ser uma força transformadora para o sector do turismo.
Ao promover a colaboração entre as partes interessadas, abraçar os avanços tecnológicos e defender uma maior cooperação internacional, podemos libertar todo o potencial da aviação civil como catalisador do desenvolvimento sustentável do turismo. A indústria dos transportes aéreos é um sector dinâmico e multifacetado, que oferece uma grande variedade de produtos e serviços. Engloba um vasto leque de operadores, desde companhias aéreas regulares e charter a empresas de táxi aéreo e instituições militares, cada uma delas respondendo a diversas necessidades de transporte. Além disso, as ofertas do sector vão para além do mero transporte de passageiros, carga e correio, abrangendo opções de transporte
Escrito por: Dércio Parker
doméstico, regional e internacional, apresentando aos viajantes uma infinidade de escolhas. Na aviação civil, a diversidade é abundante, sendo a aviação comercial e a aviação geral componentes distintas, mas interligadas. Estas incluem voos regulares ou não regulares, charters e aeronaves mais pequenas, o que acrescenta profundidade à paisagem da indústria.
As distinções no transporte de passageiros e de carga, juntamente com as categorias de companhias aéreas nacionais, regionais e mesmo sub-regionais, contribuem para a natureza multifacetada do sector. Além disso, a dimensão da etapa de voo, que varia entre o curto, o médio e o longo curso, acrescenta mais camadas a esta intrincada teia. As nuances da segmentação do mercado, como os segmentos de consumidores baseados em objectivos de viagem e os diferentes modelos
comerciais utilizados pelas companhias aéreas, oferecem dimensões adicionais ao sector. Consequentemente, apresenta uma grande variedade de possibilidades de análise, exigindo uma análise cuidadosa para evitar potenciais interpretações erróneas.
O panorama dinâmico da aviação civil está intrinsecamente ligado ao crescimento e à evolução da indústria do turismo. À medida que o sector continua a adaptar-se à evolução das necessidades dos consumidores e à dinâmica global, apresenta oportunidades ilimitadas tanto para os viajantes como para as partes interessadas da indústria. Com uma abordagem virada para o futuro que dá prioridade à inovação, à sustentabilidade e à inclusão, a aviação civil está preparada para moldar o futuro do turismo de forma notável.
O sector da aviação tem assistido a transformações significativas, com um crescimento sem precedentes do volume de passageiros e uma mudança para um quadro mais competitivo e centrado no consumidor.
The Impact of the Aviation Sector on Economic Growth and Tourism
Written by: Dércio Parker
Civil aviation plays a crucial role in driving economic growth and enhancing connectivity between nations. The aviation sector has witnessed significant transformations, with unprecedented growth in passenger volumes and a shift towards a more competitive and consumer-centric framework. This evolution has not only fueled the expansion of the tourism industry but also highlighted the need for effective regulatory measures to ensure the safety, quality, and accessibility of travel. The liberalisation and deregulation of the aviation industry, particularly towards the end of the 20th century, marked a turning point in how air transport services were operated and accessed.
The restructuring of the sector led to increased competition, lower prices, and improved service offerings, thereby making air travel more accessible to a wider demographic. Consequently, the tourism sector experienced a surge in both international and domestic travel, with record passenger volumes
in the 1990s and the following years. The impact of these changes was profound, leading to a paradigm shift in the role of civil aviation regulators. In addition to ensuring operational safety, regulators are now tasked with maximising consumer welfare, addressing market failures related to network economies, and encouraging
the efficient use of infrastructure and resources.
By reducing regulatory barriers and ensuring equitable access to airports, regulatory bodies are striving to create an environment conducive to sustainable growth and enhanced travel experiences. On the international front, the governance of global air transport is shaped by Air Services Agreements (ASAs), which control market access, capacity, routes, and fares. Despite some challenges due to protectionist measures and sovereignty concerns, the successes of liberalisation have been witnessed in regions where economic integration has promoted healthy competition and reciprocal agreements. Looking to the future, the potential of civil aviation to drive tourism growth remains unparalleled. With a concerted focus on enhancing connectivity, ensuring affordability, and maintaining safety and quality standards, the aviation industry continues to be a transformative force for the tourism sector.
By promoting collaboration among stakeholders, embracing technological advancements, and advocating for greater international cooperation, we can unlock the full potential of civil aviation as a catalyst for sustainable tourism development. The air transport industry is a dynamic and multifaceted sector, offering a wide range of products and services. It encompasses a vast array of operators, from scheduled and charter airlines to air taxi services and military institutions, each catering to diverse transportation needs. Moreover, the sector's offerings go beyond mere passenger transport, including cargo and mail transport, and covering domestic, regional, and international options, presenting travellers with a multitude of choices. In civil aviation, diversity is abundant, with commercial and general aviation being distinct yet interconnected components. These include scheduled or unscheduled flights, charters, and smaller aircraft, adding depth to the industry's landscape.
The distinctions in passenger and cargo transport, along with the categories of national, regional, and even sub-regional airlines, contribute to the sector's multifaceted nature. Additionally, the stage length of flights, ranging from short to medium and long haul, adds further layers to this intricate web. The nuances of market segmentation, such as consumer segments based on travel objectives and the different business models used by airlines, offer additional dimensions to the sector. Consequently, it presents a wealth of analytical possibilities, requiring careful consideration to avoid potential misinterpretations.
The dynamic landscape of civil aviation is in-
trinsically linked to the growth and evolution of the tourism industry. As the sector continues to adapt to evolving consumer needs and global dynamics, it presents boundless opportunities for both travellers and industry stakeholders. With a forward-looking approach that prioritises innovation, sustainability, and inclusion, civil aviation is poised to shape the future of tourism in remarkable ways.
Maputo Air Show - VIVO
Baía de Maputo
Fotografia: Cortesia da Roger Pinhal
12ª Festa da Música
Centro Cultural Franco-Moçambicano
O Fenómeno dos "Peixes Caminhantes"
Em Moçambique, um país rico em biodiversidade e lendas fascinantes, existe um fenómeno que continua a surpreender: os "peixes caminhantes", incríveis seres aquáticos que possuem a extraordinária habilidade de se moverem em terra firme, feito que parece desafiar as leis da natureza, despertando a curiosidade de todos.
Entre as espécies de peixes que exibem esta habilidade, destaca-se o Periophthalmus, ou peixe-saltador-do-lodo, que não só “caminha”, como também salta pela lama dos mangais, respirando através da pele e da boca. Outro exemplo é o Clarias gariepinus, um dos chamados peixes-gato, com diversos nomes locais – mussopo, por exemplo, na província de Sofala. Este peixe possui barbatanas peitorais robustas e um corpo flexível que lhe permite "caminhar" fora de água, especialmente em busca de zonas mais húmidas durante períodos de seca.
Mas como é que estes peixes conseguem sobreviver fora de água? A resposta reside na sua fisiologia única. Os peixes-gato, por exemplo, têm a capacidade de respirar ar atmosférico graças a uma estrutura especial, chamada órgão suprabranquial, com a qual extraem oxigénio do ar, um truque vital quando se
Algumas curiosidades:
aventuram em terra.
Além de possuírem notáveis capacidades físicas, os peixes caminhantes dão origem a diversos mitos e lendas. Em algumas comunidades, acredita-se terem poderes místicos e são vistos como mensageiros de espíritos ancestrais.
Há quem diga que caem do céu com a chuva, existindo ainda histórias que narram como, em tempos antigos, guiavam os pescadores para locais de pesca abundante ou avisavam de desastres naturais iminentes. O estudo destes peixes não só revela a incrível adaptabilidade dos seres vivos, mas também nos lembra da rica variedade de histórias e tradições que fazem parte da identidade moçambicana.
Da próxima vez que se encontrar junto a um rio ou um mangal, mantenha os olhos abertos. Quem sabe será testemunha de um fenómeno bem intrigante da natureza: um peixe a caminhar em terra firme.
• Durante a época de reprodução, os peixes-saltadores-do-lodo exibem comportamentos complexos, construindo pequenos montes de lama para atrair fêmeas e defender o seu território.
• Sabias que alguns peixes-gato podem sobreviver até 48 horas fora de água, desde que o ambiente esteja húmido?
• Existem relatos de peixes-gato a percorrerem longas distâncias em terra, especialmente durante as chuvas torrenciais, em busca de novos lagos e rios.
The Phenomenon of "Walking Fish"
In Mozambique, a country rich in biodiversity and fascinating legends, there exists a phenomenon that continues to astonish: the "walking fish," incredible aquatic beings that possess the extraordinary ability to move on land, a feat that seems to defy the laws of nature and arouses the curiosity of all.
Among the species of fish that exhibit this ability, the Periophthalmus, or mudskipper, stands out, not only "walking" but also hopping through the mud of the mangroves, breathing through its skin and mouth. Another example is the Clarias gariepinus, one of the so-called catfish, known by various local names—mussopo, for instance, in the province of Sofala. This fish has robust pectoral fins and a flexible body that allows it to "walk" out of water, especially in search of more humid areas during periods of drought.
But how do these fish manage to survive out of water? The answer lies in their unique physiology. Catfish, for example, have the ability to breathe atmospheric air thanks to a special structure called the suprabranchial organ, which extracts oxygen from the
Some Curiosities:
air, a vital trick when venturing on land. In addition to their remarkable physical capabilities, walking fish give rise to various myths and legends. In some communities, they are believed to possess mystical powers and are seen as messengers of ancestral spirits. Some say they fall from the sky with the rain, and there are even stories that in ancient times they guided fishermen to abundant fishing grounds or warned of imminent natural disasters. The study of these fish not only reveals the incredible adaptability of living beings but also reminds us of the rich variety of stories and traditions that are part of Mozambican identity.
The next time you find yourself by a river or a mangrove, keep your eyes open. Who knows, you might witness one of nature's most intriguing phenomena: a fish walking on land.
• During the breeding season, mudskippers exhibit complex behaviours, building small mounds of mud to attract females and defend their territory.
• Did you know that some catfish can survive up to 48 hours out of water, as long as the environment is humid?
• There are reports of catfish travelling long distances on land, especially during torrential rains, in search of new lakes and rivers.
35mm KIZAZI MOTO: GENERATION FIRE
Kizazi Moto: Generation Fire é a mais recente série de antologias da Disney Plus, produzida pelo estúdio sul-africano de animação Triggerfish. É uma clara demonstração da influência que a franquia Black Panther da Marvel teve na Disney enquanto produtora, evidenciando uma nova era onde a companhia abraça a realidade de uma audiência global faminta por mundos fantásticos concebidos por contadores de histórias ousados e fora de Hollywood.
Composta por dez episódios, cada um com cerca de dez minutos, Generation Fire oferece um conjunto de mitos modernos imaginativos e explorações das várias formas que o futuro de África poderá assumir. As várias curtas-metragens têm em comum um compromisso inabalável de abordar diversas culturas e visões do mundo africanas sem necessidade de se tornarem "relatáveis" no sentido típico de Hollywood.
A série destaca-se com "Mkhuzi: The Spirit Racer," dos sul-africanos Simangaliso Sibaya e Malcolm Wope, uma emocionante história de acção sobre um jovem que enfrenta alienígenas viciados em velocidade que aterrorizam o seu bairro. É uma mistura vibrante de Speed Racer, Redline e The Phantom Menace. Outro episódio notáv-
como uma engenheira brilhante que salva o seu povo. A série também inclui "Enkai," uma emocionante história entre mãe e filha, do queniano Ng’endo Mukii, e "You Give Me Heart," uma reflexão sobre a fama nas redes sociais por Lesego Vorster.
Apesar de curtos, os episódios são muito bem desenvolvidos e não parecem apressados ou incompletos. A qualidade consistente reflecte a visão dos produtores executivos Peter Ramsey, Anthony Silverston e Tendayi Nyeke. Esta série de animação, uma das melhores e mais emocionantes do ano fora dos Estados Unidos, é uma colecção de contos distintos, inspirados pela cultura pop de ficção científica. Com uma variedade de estilos de animação e tipos de ficção científica, a série tem algo para todos. Além disso, põe em evidência a beleza das realidades africanas e coloca
35mm KIZAZI MOTO: GENERATION FIRE
Kizazi Moto: Generation Fire is the latest anthology series on Disney Plus, produced by the South African animation studio Triggerfish. This series clearly demonstrates the influence of Marvel's Black Panther franchise on Disney as a producer, marking a new era where the company embraces the reality of a global audience hungry for fantastical worlds conceived by bold storytellers outside of Hollywood.
Comprised of ten episodes, each around ten minutes long, Generation Fire offers a collection of imaginative modern myths and explorations of the various possible futures of Africa. The short films share an unwavering commitment to portraying diverse African cultures and worldviews without needing to be "relatable" in the typical Hollywood sense.
The series stands out with "Mkhuzi: The Spirit Racer," by South Africans Simangaliso Sibaya and Malcolm Wope, an exhilarating action story about a young man facing speed-obsessed aliens terrorising his neighbourhood. It's a vibrant mix of Speed Racer, Redline, and The Phantom Menace. Another notable episode is "Moremi," by Nigerian Shofela Coker, which reinterprets the legend of the Yoruba queen as a bril-
liant engineer who saves her people. The series also includes "Enkai," an emotional mother-daughter story by Kenyan Ng’endo Mukii, and "You Give Me Heart," a reflection on social media fame by Lesego Vorster.
Despite their short duration, the episodes are well-developed and do not feel rushed or incomplete. The consistent quality reflects the vision of executive producers Peter Ramsey, Anthony Silverston, and Tendayi Nyeke. This animated series, one of the best and most exciting of the year outside the United States, is a collection of distinct tales inspired by sci-fi pop culture. With a variety of animation styles and types of science fiction, the series offers something for everyone. Moreover, it highlights the beauty of African realities and brings promising talents to the radar of animation fans.
O desenho mágico de Xiluvinha
Numa movimentada cidade, vivia uma família muito unida. O pai, António, era um homem de bom coração que adorava passar o tempo com a sua filha, a pequena Xiluvinha. Todos os dias, após o jantar, António e Xiluvinha sentavam-se à mesa da cozinha para juntos desenharem. Era um momento especial, repleto de risos e criatividade.
Uma bela noite, António sugeriu a Xiluvinha que fizesse um desenho especial. “Filhinha, quero que desenhes alguma coisa que faça as pessoas sorrirem sempre que olharem para ela,” disse ele, com um brilho nos olhos e uma ternura que só um pai pode ter. Xiluvinha, cheia de entusiasmo, pegou nos seus lápis de cor e começou a desenhar. Com cuidado e carinho, desenhou um arco-íris muito colorido, uma casa acolhedora, e um grupo de crianças a dançar de alegria num campo florido.
Quando terminou, António olhou para o desenho e sentiu uma onda de calor no coração. “Este é o desenho mais bonito que fizeste até hoje, minha querida filha,” disse, com um sorriso orgulhoso e os olhos a brilhar de emoção. E decidiram colar o desenho no frigorífico, num lugar de destaque, onde todos o pudessem ver.
Naquela noite, algo mágico aconteceu. O desenho começou a brilhar suavemente, emitindo uma luz cálida e reconfortante. Na manhã seguinte, quando Belinha, a mãe de Xiluvinha, passou pela cozinha, sentiu uma alegria inexplicável. O coração encheu-se-lhe de bondade e os seus problemas pareciam desvanecer-se. Sem entender porquê, sorriu e abraçou a pequenita, com todo o carinho.
Ao longo dos dias, todos na cidade que passavam pela casa de António sentiam-se diferentes, mais felizes e generosos. O desenho parecia ter um poder especial, irradiando felicidade e amor a todos os que se aproximavam. As cores do arco-íris resplandeciam cada vez mais, e a luz que emanava do desenho ficava mais intensa sempre que transmitia o seu poder.
A notícia espalhou-se rapidamente. Pessoas de bairros vizinhos começaram a visitar a casa de António, apenas para ver o desenho mágico. Cada visitante saía de lá com o coração leve e um sorriso no rosto. O desenho tornou-se um símbolo de esperança e bondade, unindo a comunidade de uma forma nunca antes vista.
E foi então que aconteceu algo ainda mais surpreendente. Numa noite estrelada, estando a família reunida na sala, o desenho começou a brilhar intensamente, mais do que nunca, enchendo a casa de uma luz deslumbrante. Uma voz suave, como a de um anjo, ecoou pela sala. “Este desenho foi feito com tanto amor e inocência que se tornou uma fonte de paz. Levem-no ao mundo, mostrem-no a todos, e ensinaremos às pessoas que a verdadeira força está na união e na bondade.”
António, Belinha e Xiluvinha decidiram partilhar a magia do desenho com o mundo. Levaram-no a cidades distantes, a países em guerra, e a lugares onde a esperança parecia perdida. Aonde quer que o desenho fosse, a paz seguia. Pessoas de diferentes culturas e crenças uniam-se em harmonia, lembrando-se da simplicidade e da pureza do amor que uma menina tinha colocado num pedaço de papel.
Pintado Gaspar
Dias Rasgados ao Meio
De Jorge de Oliveira
Dias rasgados ao meio é um romance que assume a forma de diário, onde se narra o percurso de uma personagem enfrentando os percalços de uma sociedade em pobreza material, espiritual e intelectual. Em nítida defesa de quem sofre, e contando o que uma classe abastada nada mais tem feito do que (novamente) colonizar quem menos tem, este livro apresenta uma lúcida crítica às desigualdades sociais e ao culto de personalidade que afasta o progresso e a prosperidade de uma nação que seria bela, não fosse o comportamento abominável de quem ainda ousa mandar.
Ao lado do narrador, vêm, uma vez mais, as personagens gritar contra uma sociedade que tão mal tem feito aos seus, exaltando as falas das gentes, numa prosa cada vez mais cativante, de um autor com um estilo literário marcadamente próprio e de imaginação surpreendente.
Days Torn in Half
By Jorge de Oliveira
Dias Rasgados ao Meio ("Days Torn in Half") is a novel in the form of a diary, narrating the journey of a character facing the trials of a society impoverished materially, spiritually, and intellectually. In a clear defense of those who suffer, and highlighting how the wealthy class has done nothing but (once again) colonize the less fortunate, this book offers a lucid critique of social inequalities and the cult of personality that hinders the progress and prosperity of a nation that would be beautiful, were it not for the abhorrent behavior of those who still dare to rule.
Alongside the narrator, the characters once again cry out against a society that has wronged its people so deeply, elevating the voices of the masses in an increasingly captivating prose, by an author with a distinctly unique literary style and a surprisingly vivid imagination.