Folha da Ufersa - Edição 08

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FOLHA DA U FERSA INFORMATIVO INTERNO DA U NIVERSIDADE F EDERAL RURAL DO S EMI-ÁRIDO

AGOSTO DE 2014 E D. N º08 - M OSSORÓ/RN

FAZENDA EXPERIMENTAL

B e r ç á r i o d a pe s q u i s a

A F a z e n d a E x p e r i m e n t a l R a f a e l F e r n a n d e s h á m a i s d e 2 0 a n o s s e r ve d e c e n á r i o p a r a a m a i o r p a r t e d a s p e s q u i s a s r e a l i z a d a s p e l a U f e r s a n a á r e a d a s c i ê n c i a s a g r á r i a s . C o m a p e r f u r a ç ã o d e u m n o vo p o ç o , o e s p a ç o g a n h a o s e u P l a n o D i r e t o r e a g a r a n t i a d a p r e s e r va ç ã o d a c a a t i n g a e m 6 0 % d e s u a á r e a . P á g s . 04 e 05 .

DIREITO Prática Forence possibilita atendimento à população e experiência aos acadêmicos da Ufersa. Pág.03

FITOTECNIA

Pós-graduação com conceito máximo da Capes na área das Ciências Vegetais. Pág. 05

MEDICINA

Projetos arquitetônicos concluídos para prédios do Centro de Saúde em Mossoró e Assú. Pág.06

- QUEM FAZ A U FERSA: P RÓ-REITORA DE G ESTÃO DE P ESSOAS, KALIANE DE O LIVEIRA C AVALCANTE; PÁG . 02 - N OSSOS VALORES: P ROFESSOR ROBERTO VIEIRA P ORDEUS, PIONEIRO DA EXPANSÃO; PÁG . 07 - P IBID PROPORCIONA AO UNIVERSITÁRIOS VIVENCIAR A PRÁTICA NA SALA DE AULA; PÁG . 08 - U FERSA PROMOVE DEBATES VOLTADOS PARA UMA U NIVERSIDADE MAIS ACESSÍVEL. PÁG . 08 P RODUZIDO PELA ASSESSORIA DE C OMUNICAÇÃO DA U FERSA www.ufersa.edu.br

AV. F RANCISCO M OTA, 572 B AIRRO C OSTA E S ILVA M OSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900

E Mais:


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EDITORIAL

Estamos chegando até você leitor com mais uma Folha da Ufersa. Nesta edição com destaque de capa para a Fazenda Experimental da Ufersa, uma área com mais de 400 hectares, pertencente a nossa Universidade. Um patrimônio científico, pois lá acontece grande parte das pesquisas realizadas na área das ciências agrárias, bem como de preservação ambiental. No campo da saúde o curso de Medicina começa a sair do papel com a conclusão do projeto arquitetônico para os centros de saúde que serão construídos em Mossoró e Assú. Trazemos ainda uma matéria sobre a prática jurídica desenvolvida pelos acadêmicos do curso de Direito, aliando aprendizagem e extensão universitária. Nesta edição, o leitor também vai conferir a trajetória do professor Roberto Vieira Pordeus, um dos Nossos Valores. Continuamos à disposição para receber sugestões, afinal, a Folha da Ufersa é nossa.

Passos Junior

assecom@ufersa.edu.br | Editor

QUEM FAZ A UFERSA Keliane de Oliveira Cavalcante Pró-Reitora de Gestão de Pessoas

Como servidora da Ufersa desde 2007, tenho acompanhado o crescimento desta Universidade. Nos últimos anos, considerando a necessidade de evolução da área de pessoal no âmbito da Universidade, a Pró-Reitoria de Gestão de Pessoas passou por uma reestruturação organizacional, buscando promover um melhor controle e efetividade dos seus processos e rotinas de trabalho. Por meio desta reestruturação, tivemos a criação da Divisão de Atenção à Saúde do Servidor e a reorganização das Divisões de Administração e de Desenvolvimento de Pessoal. Não obstante, também foram dispendidos esforços na implantação e consolidação de uma extensão da Unidade do Subsistema de Atenção Integrada à Saúde do Servidor – SIASS/UFRN. Nesse sentido, temos buscado implementar ações de atenção à saúde dos nossos servidores, as quais serão integradas a um programa de qualidade de vida que está em fase de elaboração, bem como temos procurado atualizar e ampliar as ações do Programa de Capacitação e Qualificação, realizando parcerias para oferta de cursos de educação formal e não formal, reserva de vagas em todos os programas de pós-graduação da insti-

EXPEDIENTE

tuição e a seleção de candidatos a bolsas de estudo para pós-graduação. Assim, entendemos que é preciso cada vez mais desenvolver atividades que promovam a valorização e a melhoria da qualidade de vida do nosso servidor. No contexto de plena expansão em que a Instituição se encontra, é relevante que o servidor perceba seu potencial de crescimento no exercício diário de suas funções, visto que, além de ampliar seus conhecimentos, essa experiência lhe permitirá empreender na superação dos desafios de construir uma Universidade de excelência, inovadora e com compromisso social. É vivenciando o nosso trabalho na Gestão de Pessoas dessa forma que estamos conseguindo resultados gratificantes.

Ra d a m és D a n ta s Felicidade na visão de Aristóteles

Para Aristóteles, a felicidade é representada pela palavra FILIA, ou seja, a alegria de se viver com o que você já tem e não como Platão que era pelo desejo por aquilo que se não tem. Portanto, FILIA traz um conceito oposto ao de Platão. Mas o que seria alegria? Para o filósofo que foi o pai da ciência, quanto ao processo investigativo, alegria é a passagem do estado mais potente do próprio ser. Vamos dar um exemplo: desenvolver uma atividade profissional que você goste de fazer, que você se realize, faz com que sua potência de agir aumente, te dando assim mais alegria. Já que a alegria é uma energia, portanto, haverá oscilações. É de fundamental importância que você trabalhe gostando do que faz. Do contrário, a vida será uma tristeza. O serviço público deveria ser um dos melhores exemplos da definição de Aristóteles, pois após uma disputa acirrada para passar no concurso, agora que você tem o que tanto queria, deve ser alegre e feliz. Agora que já tem, a alegria deveria ser uma constante na vida. Bom, sabemos que não é bem assim, pois com a variação dessa energia, conforme define Aristóteles, será necessária uma constante resignificação do trabalho para que a potência de agir não caia no limbo. Aqui vale uma explicação da diferença entre emprego e trabalho. O emprego é uma fonte de remuneração. Trabalho deve ser uma fonte de realização. O nosso trabalho é a nossa obra. Como diziam os gregos é a nossa POIESIS. O trabalho gera legado, o emprego gera enfado. Emprego estressa, trabalho cansa, mas não estressa no sentido negativo do termo. Pense um pouco: o que você faz hoje é um trabalho (POIESIS, obra, legado) ou é um emprego, uma atividade profissional que dá um retorno pecuniário depois de um mês? Se o gabarito for letra B, está na hora repensar. Dentre todos os trabalhos, existe um que mais gratifica. É aquele que fazemos com e para outras pessoas. Bom, aqui já estamos entrando em um tipo de vida que está acima das definições de Platão e Aristóteles, mas isso será apenas na próxima edição.

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: P ASSOS J ÚNIOR. TEXTOS: P ASSOS J ÚNIOR, H IGO LIMA E VANESSA D'O LIVIÊR. PROJETO DIAGRAMAÇÃO : AMANDA F REITAS . FOTOS : E DUARDO M ENDONÇA, P ASSOS J ÚNIOR E VANESSA D 'O LIVIÊR. REVISÃO : D IEGO F ARIAS E AMANDA F REITAS .

GRÁFICO :

AMANDA F REITAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: J OSÉ DE ARIMATEA DE M ATOS. VICE- REITOR: F RANCISCO O DOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: M ÁRCIA DE J ESUS XAVIER. PRÓ- REITOR DE GRADUAÇÃO: P ROF. AUGUSTO C ARLOS P AVÃO. PRÓ- REITOR DE PLANEJAMENTO: G EORGE B EZERRA RIBEIRO. PRÓ- REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA M ÉLO S ILVEIRA DA C RUZ C OSTA. PRÓ- REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE O LIVEIRA C AVALCANTE. PRÓ- REITOR DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO: P ROF. RUI S ALES J ÚNIOR. PRÓREITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: P ROF . F ELIPE DE AZEVEDO S ILVA RIBEIRO . PRÓ - REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS : P ROF . RODRIGO S ÉRGIO F ERREIRA DE M OURA.


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DIREITO

Prática Jurídica atende população carente O Núcleo se divide entre auxiliar na formação dos estudantes de Direito e atendimento sociojurídico

Estudantes de Direito realizam atendimentos

Entregue pela Ufersa em outubro de 2013, o Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do Curso de Direito, está, gradativamente, registrando aumento no número de atendimentos à população. Enquanto no semestre letivo de 2013.2 foram contabilizados 166 atendimentos, no semestre passado (2014.1), esse número saltou para 253. Desse total, a grande maioria dos procedimentos findaram judicializados: 205 casos, e outros 39 para contestação. Os procedimentos têm à frente os estudantes da disciplina de Estágio Supervisionado I e II do curso de Direito. Para o professor Jairo Ponte, coordenador do Núcleo, a crescente procura é um reflexo do empenho da equipe em cumprir a prestação social e jurídica do NPJ, aliado ao aprendizado didático e profissional. A natureza das ações ajuizadas pela equipe em decorrência da procura da comunidade é diversa. No entanto, as questões envolvendo conflitos familiares lideram com larga distância o ranking

das demandas. Somente no primeiro semestre letivo deste ano, elas representaram cerca de 80%. Em seguida, vieram as causas de Registro Público, com apenas 12 procedimentos; e ainda as ações na seara do Direito do Consumidor e Reais responderam por 6 ações cada. Com menor demanda - apenas 4 causas para cada categorias – apareceram Sucessão e Concurso Público. Ações de outras naturezas somam 21 causas. Outro indicador positivo é a quantidade de conciliações aprazadas que foram concluídas em comum acordo pelas partes. Isso aconteceu em 65% dos 91 casos levados à mesa de conciliação. Já nos 29 casos em que o acordo não foi realizado, em 17 deles uma das partes não compareceu e, em apenas 12, as partes não chegaram a um acordo. O Núcleo de Práticas Jurídicas auxilia na formação dos estudantes de graduação do curso de Direito, bem

como promove atendimento à população hipossuficiente. Durante a inauguração, em outubro de 2013, o reitor José de Arimatea de Matos ressaltou a importância do Núcleo para a função social da Universidade. Naquela ocasião, a professora Ana Maria Bezerra, coordenadora do curso de Direito da Ufersa, defendia a importância do Núcleo que seria um marco tanto na sua demanda pedagógica, como também para a Pesquisa e Extensão acadêmica. “É um espaço para praticar o conhecimento da sala de aula, à medida que os alunos poderão atuar dentro da área do Direito, conforme as demandas chegarem. Mas o Núcleo também terá um papel importante para a Pesquisa e Extensão acadêmica, visto que prestaremos assistência jurídica gratuita à população em estado de vulnerabilidade social e ainda assessoramento aos movimentos sociais”, declarou.

Jairo Ponte, professor de Estágio Supervisionado

Serviço O Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) está localizado na Rua Juvenal Lamartine, nº 30, Centro de Mossoró. Atende de segunda à sexta­feira, das 8h às 12h e das 14h às 17h. Mais informações no contato: 3317­ 2331.


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AGRÁRIAS

Fazenda de

pesquisa Estudantes da Universidade Federal Rural do Semi-Árido, dos cursos ligados às Ciências Agrárias, contam com uma área de 416 hectares para as atividades de ensino, pesquisa e extensão. Localizada na zona rural de Mossoró, em Alagoinha, a 20 km do Câmpus Central, a Fazenda Experimental Rafael Fernandes foi incorporada à Escola Superior de Agricultura de Mossoró e, consequentemente, a Ufersa, com a transformação em Universidade. O casarão da fazenda tem data de construção no final da década de 30, pelo Serviço de Plantas Têxteis, com recursos do Governo. “Eram terras de fomento”, lembra o pesquisador José Francismar de Medeiros, que há 14 anos realiza experimentos na localidade. As primeiras pesquisas datam da década de 70, pelo professor Jadilson Rubens de Castro e eram voltadas para a produção de combustível (álcool), a partir do sorgo. “O experimento ocupava 20 hectares com diversas variedades da planta”, lembra o professor José Francismar que na época estudava Agronomia na antiga Esam. Durante anos, o espaço ficou sub-utilizado, mas a partir da década de 80, o professor Paulo Sérgio, passou a utilizar a Fazenda para os seus experimentos. Ele garante que já foram mais de 150 pesquisas com as mais diversas culturas: milho, feijão-caupi, girassol, essências florestais, entre outras. Atualmente, o professor mantém nove experimentos, envolvendo estudantes de graduação e pós-graduação. Paulo Sérgio diz que a partir de 2000 outros professores também passaram a utilizar a Fazenda. “Além de um espaço de pesquisa, a Fazenda tem seu papel social ao disponibilizar água para as comunidades que estão em seu entrono”, afirma ao reconhecer a importância da Rafael Fernandes. São pesquisas com plantas frutíferas, hortaliças e também estudos relacionados com a salinização do solo. A Fazenda é muito utilizada para aulas práticas O professor Paulo Sérgio acredita que com a perfuração de um segundo poço, feita no ano passado, com investimento de mais de R$ 2,2 milhões, a quantidade de experimentos aumente em decor-

Desde a década de 80, professores e estudantes da Esam/Ufersa utilizam o espaço para a realização de pesquisas na área das ciências agrárias

Perfuração do segundo poço profundo vai possibilitar o aumento no número de experimentos na fazenda Rafael Fernandes

rista. A Fazenda dispõe ainda de um trator traçado, uma camionete e uma moto Honda, veículos que dão suporte às atividades. A casa grande funciona como alojamento durante as atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas em Alagoinha. O espaço, que é climatizado, tem capacidade para abrigar até 25 pessoas, em dormitórios com beliches e, cozinha para o preparo das refeições. Professor Paulo Sérgio e seus orientandos

rência da maior oferta de água. O novo poço tem capacidade para irrigar uma área de 21 hectares. “Há três anos frequento a Fazenda para obter experiência. A Universidade oferece transporte para o nosso deslocamento, assim ganhamos conhecimento profissional, realizando pesquisa de campo”, afirma a mestranda em Fitotecnia, Thaisy Gurgel.

ADMINISTRAÇÃO – Há sete meses, a

Fazenda Experimental Rafael Fernandes é administrada pelo engenheiro agrônomo, Francisco das Chagas Gonçalves. Ele diz que a maior parte das atividades é feita por meio de projetos cadastrados na PróReitoria de Extensão e Cultura. “Os professores aprovam juntos aos órgãos financiadores e colocam em prática com a participação dos bolsistas”, explica. A equipe é formada por dois agrônomos, dois auxiliares de agropecuária, um vigia e um moto-

Plano Diretor para disciplinar o espaço A Universidade já tem concluído um Plano Diretor para a Fazenda Experimental Rafael Fernandes. Elaborado pelos professores Francismar Medeiros, Leonardo França e Paulo Sérgio, o documento visa à preservação do espaço, formado na sua grande maioria por floresta nativa, a caatinga. O Plano Diretor estabelece que 60% da Fazenda será para criação de uma unidade de preservação ambiental. A área destinada à pesquisa com a instalação de experimentos ficou com 160 hectares. Outros 26 hectares foi destinada para a Trilha dos Polinizadores, uma área para estudos ecológicos. O Plano Diretor atualmente se encontra em processo de discussão e o próximo passo será a sua votação e aprovação pelo Conselho Superior Universitário, o Consuni.


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Experimentos com abelhas

Pesquisas inéditas com uva

A Fazenda Experimental da Ufersa também abriga o Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura – Cetapis-RN, voltado para a realização de estudos e pesquisas com abelhas. O Centro conta com um Laboratório Central, uma Casa de Estagiários e Casa do Pesquisador e Laboratório de Processamento de Cera moldada. Inicialmente, dePesquisas são realizadas do Cetapis-RN senvolveu atividades relacionadas à apicultura, com recursos do Projeto Pró-Rainha. A partir de 2010 o Centro Tecnológico passou a ser denominado CETAPIS-RN quando passou a abranger também as atividades relacionadas a meliponicultura, ocasião em que foi instalado um Meliponário com mais de 100 colônias de abelhas sem ferrão instalado próximo ao Laboratório Central. O Cetapis dispõe ainda, em outra área da Fazenda Experimental, de apiários experimentais nos quais estão instaladas mais de 100 colmeias de abelhas africanizadas Apis mellifera e um apiário especial coberto, para estudos de enxameação, um banco de rainhas selecionadas com colmeias recrias modelo Ribeirão Preto para produção em série de rainhas de abelhas africanizadas e um meliponário com mais de 100 colônias de abelhas sem ferrão.

Pesquisas realizadas recentemente na Fazenda Experimental apontam para a viabilidade do cultivo da uva na região. Os dados obtidos no ensaio em Mossoró permitiram mostrar com clareza a possibilidade de cultivo de uvas de mesa nessa região do Mossoró pode produzir uva semiárido nordestino. Ao longo dos ciclos de produção foi possível observar, por exemplo, a propriedade de se optar pela cultivar mais precoce, no caso da variedade Isabel Precoce, também mais tolerante às principais doenças fúngicas que atacam a videira. A constatação está na pesquisa “Produção de uva de mesa com baixo impacto ambiental no Vale do MossoróAçú”, onde foram avaliados os fatores de produção, póscolheita e fenologia das plantas em produção. A pesquisa concluiu que a uva de mesa pode ser cultivada com sucesso na região e que qualquer uma das três cultivares estudadas: (Niágara Rosada, Itália Melhorada e Isabel Precoce) podem ser explorada comercialmente com sucesso. O parreiral já formado na Fazenda Experimental servirá de futuros trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelo Grupo de Fruticultura da Ufersa contribuindo com elaboração de teses, dissertações e monografias. A pesquisa com uva é desenvolvida pelo pós-doutorando, Djando Jesus Dantas, sob a orientação do professor Celson Pomer.

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PESQUISAS

Pós em Fitotecnia fortalece desenvolvimento regional Com quatro linhas de atuação, o Programa de PósGraduação em Fitotecnia da Universidade Federal Rural do Semi-Árido – Ufersa chega aos 26 anos de implantado na Instituição, primeiramente, com Mestrado e somente em 2003 estendido também para nível de Doutorado. Sendo um dos programas mais consolidados da instituição, tem dado relevante contribuição na área da Agricultura Tropical. Ao longo da sua trajetória, já foram produzidas e publicadas 84 teses e 248 dissertações por aproximadamente 120 alunos matriculados no Programa, com a grande maioria com bolsas de estudos concedidas pelas agências oficiais de apoio ao ensino e pesquisa. Hoje, o Programa de Fitotecnia da Ufersa tem conceito 5

O professor Vander Mendonça coordena a pós em Fitotecnia da Ufersa

pela Capes, um mérito de apenas duas universidades no Nordeste para o mesmo programa. O professor Vander Mendonça frisa que a busca pela qualidade do corpo docente é um dos pontos preponderantes para atingir tal patamar. “Temos nos

baseado exclusivamente no mérito acadêmico e profissional do candidato”, argumenta ele. Agora a missão da equipe é atingir o Conceito 6. Para isso, o desafio é intensificar a política de internacionalização do Programa de modo a afunilar o in-

tercâmbio de professores e estudantes. “Mais difícil que conseguir, é manter, mas estamos trabalhando para atingir, tanto que alguns professores já estão se articulando com departamentos de universidades estrangeiras”, detalha ele. Em 2010, o programa teve um aumento de 50% no quadro de docente permanente. Foi a partir da ampliação que veio a maior equivalência de docentes por linha de pesquisa e de projetos por linha de pesquisa. Atualmente, são 14 professores e 5 colaboradores. Uma estimativa do professor Vander Mendonça aponta quase R$ 2 milhões em trabalhos, preferencialmente, direcionados aos problemas tecnológicos de frutos e hortaliças do setor produtivo regional.


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SAÚDE

Medicina: um sonho cada vez mais próximo Ufersa acelera procedimentos preparatórios para Curso de Medicina em Mossoró e Assú. O projeto arquitetônico do Centro de Saúde já foi concluído, faltando o projeto executivo para licitação da obra

do orçamento R$20 Éparaa previsão a construção de cada

milhões

um dos Centros de Medicina

Perspectiva do prédio do Centro de Saúde que será erguido em Mossoró e Assú

A Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa) dá um importante passo para a implantação do curso de Medicina no Câmpus Central, em Mossoró, e no novo Câmpus de Assú com a finalização do projeto arquitetônico e paisagístico do Centro de Saúde, assinado pelos profissionais da Superintendência de Infraestrutura (SIN) da Ufersa. A proposta foi repassada à empresa responsável pela elaboração do projeto executivo, que irá apontar o orçamento geral da construção do prédio e os detalhes estruturantes. Somente para o projeto preliminar, o investimento foi superior a R$ 216 mil. Será uma estrutura moderna, verticalizada e com capacidade para também receber outros cursos da área da saúde, além de Medicina, neste primeiro momento. O titular da SIN, engenheiro João Marcelo, explica que os técnicos da Ufersa visitaram outros Centros de Saúde em instituições de realidade próxima a nossa. “A Ufersa está entregando à comunidade um Centro moderno e que atende às nossas características”, ressalta. A previsão é que a em-

presa responsável pela elaboração do projeto executivo conclua os trabalhos até o início de outubro. Em posse do projeto, a Instituição dará abertura ao processo de licitação para construção da obra. A perspectiva do Planejamento é que, não havendo nenhum contratempo nessas fases, o canteiro de obra já entre em atividade até o início de 2015. O reitor José de Arimatea de Matos esteve à frente da reunião e garantiu que a Universidade está empenhada com todos os esforços necessários para celeridade da implantação do Curso. “A chegada de Medicina na Ufersa amplia nossa perspectiva de Universidade à medida que implantamos um curso com rigor de excelência, primando por uma expansão não apenas quantitativa mas, sobretudo, com qualidade de ensino e pesquisa”, defende o reitor.

SERVIDORES Já está definido o quadro de contratação dos profissionais docentes e técnicos-administrativos que irão iniciar as atividades com a chegada do curso, bem como o processo

Destinados à aquisição de livros R$2 milhões

2MIL

Exemplares deve ser o acervo inicial de livros para Medicina

Comissão se reúne com reitor José de Arimatea para apresentar demandas

de aquisição do material laboratorial e didático. No primeiro momento, serão efetivados por meio de concurso público 6 novos técnicos de nível médio para atividades administrativas, pessoal de laboratório e técnicos especializados. Já para o nível superior serão 4 técnicos administrativos. No total, a estrutura será montada com 18 e 12, respectivamente. A previsão é que o certame seja lançado já no início de 2015. Quanto ao quadro de docente, a seleção deve come-

çar até o final deste segundo semestre para efetivação de 10 professores. Os médicos-professores recém efetivados irão compor o núcleo estruturante do curso e, já em 2015, passarão por uma maratona de treinamento junto ao Ministério da Educação. Paralelo a isso, a previsão é de contratação de mais 20 professores ao longo do próximo ano, de modo que a base inicial das aulas do curso de Medicina da Ufersa seja sustentada por uma média de 60 professores, iniciando com 30.


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NOSSOS VALORES

Pordeus: O condutor da expansão A trajetória do professor Roberto Vieira Pordeus se mistura facilmente com a história da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa). Quando a instituição passou pelo processo de transformação e deixou de ser Esam, em 2005, ele foi o primeiro docente contratado já com a nova sigla, efetivado no dia 11 de agosto. Junto com a Universidade, comemora 9 anos. No entanto, sua relação de extrema proximidade com a Ufersa vai muito além. Em quase uma década de implantação, a Ufersa ultrapassou os limites de Mossoró, onde está o seu Câmpus Central, para se fazer presente nas cidades de Angicos, Caraúbas e Pau dos Ferros. O processo de implantação das três unidades contou com o trabalho e experiência do professor Pordeus. Assim que assumiu a função de professor na área de Engenharia Agrícola, com ênfase em água e solo, também assumiu a coordenação do curso por dois mandatos. O segundo foi interrompido para atender ao convite de integrar a equipe de implantação do câmpus de Angicos, onde esteve como diretor por quase dois anos. Em seguida, recebeu a mesma missão para implantar o câmpus de Caraúbas. Repetindo o feito, também esteve à frente da direção até 2012. Devido à sua experiência com as duas situações anteriores, colaborou com a comissão de implantação do Câmpus de Pau dos Ferros, onde assumiu provisoriamente a direção daquela unidade.

A ampla atividade no campo administrativo e de gestão levou o professor Pordeus a alçar voos mais altos através da campanha de reitor, em 2012, quando colocou seu nome à disposição da comunidade acadêmica. Antes da Ufersa, ele também atuou na iniciativa privada e ainda passou pela secretaria de Recursos Hídricos do Ceará. Graduado em Engenharia Agrícola pela UFPB (1982), mestrado em Irrigação e Drenagem pela UFC (1990) e doutorado em Recursos Naturais pela UFCG (2005), o professor Pordeus aponta que seu maior legado na universidade é ver superados os desafios enfrentados para implantação dos câmpus e “os alunos conseguindo realizar seu sonho de uma graduação”.

EXTENSÃO

Recurso de R$1,5 mi serão investidos pelo ProExt na Ufersa Quase um milhão e meio de são: “Acesso à terra urbanizada: reais em programas e projetos de aplicação de políticas no Alto Oeste Extensão que serão financiados pepotiguar do Semiárido nordestino”, lo Ministério da Educação através coordenado pelo professor Almir do Programa Nacional de Extensão Júnior; “Aspectos tecnológicos, amUniversitária – ProExt beneficiará a bientais, gerenciais e sociais do Ufersa. O edital cria uma Linha de potencial anti-microbiano de planFinanciamento para programas e tas do Semiárido para a mastite de projetos de extensão com ênfase assentamentos do Semiárido norna formação dos alunos e na includestino”, do professor Marlon Feijó; são social. "Inclusão Digital com Robótica no Das 24 propostas enviadas, Sertão do RN", coordenado pelo 14 foram programas e 10 projetos – professor Samuel Oliveira de Azedesses números, obtiveram aprovavedo, de Angicos; e ainda o “Ações Horta Didática na Escola é um dos projetos de Extensão contemplados ção 5 Programas e 1 Projeto de Expara o desenvolvimento tecnolóró, a Horta Didática passará a atender aos tensão, contemplados com esses gico, inovação e inclusão digital no recursos, que serão executados a partir de câmpus de Angicos e Caraúbas. Semiárido”, do professor Francisco de Assis O programa Rede de Oficinandos na Brito Filho. 2015. Entre os inscritos pela Ufersa está o Saúde, da professora Anabelle, coordenado O professor Felipe Ribeiro, titular da programa “Horta Didática na Escola”, que pela professora Karla Demoly, também foi Pró-reitoria de Extensão e Cultura da obteve o melhor desempenho alcançando aprovado pelo mesmo edital. A iniciativa Ufersa, comemora o bom resultado da Unia nota máxima de avaliação, contemplado propõe o encontro com as tecnologias da versidade no ProExt ao ocupar o 15º lugar com quase R$300 mil de investimento para informação e comunicação para promoção em relação à porcentagem de propostas ser executado durante dois anos. A outra do cuidado e formação em saúde mental. aprovadas entre as 192 instituições inscriOutros projetos que foram aprovados tas. novidade do projeto é que, além de Mosso-


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PIBID

Aprendendo na prática Programa de iniciação à docência possibilita aos estudantes vivenciar a realidade da sala de aula A prática pedagógica no ambiente escolar tem possibilitado a 80 universitários da Universidade Federal Rural do Semi-Árido conhecer a realidade da sala de aula mesmo antes de concluir o curso. A experiência acontece por meio do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência, voltado para estudantes de licenciatura. Além dos universitários, o PibiD contempla 16 professores da rede pública que atuam como supervisores e 5 professores da Universidade, sendo 4 coordenadores de áreas e 1 coordenador institucional. O professor da Ufersa, Ricardo Antônio Faustino da Silva Braz, coordenador institucional do Pibid na Ufersa, afirma que o Programa tem financiamento da Capes e que para 2015 os investimentos vão aumentar podendo chega aos R$ 8 milhões investido em 4 anos de Programa. “Atualmente temos um investimento de R$ 700 mil, mas até o próximo ano podemos chegar a R$ 8 milhões com a ampliação já planejada”, explica o professor Ricardo Braz. O estudante da Ufersa recebe uma bolsa mensal de R$ 400,00. Atualmente, o Pibid/ Ufersa conta com 12 escolas conveniadas nos municípios de Angicos, Assú, Santana do Matos e Afonso Bezerra. O licenciando pode fazer parte do programa Pibid durante, pelo menos 12 meses, podendo ser

renovado por igual período. Atualmente, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência - Pibid/ Capes/Ufersa contempla 101 bolsistas nas modalidades: Licenciandos, 80 bolsas; Supervisores, 16 bolsas; Coordenadores de área 4 bolsas e 1 Coordenador Institucional. Com os valores das bolsas pagas no valor de R$ 400,00 para LiAtividades realizadas na escola cenciandos e R$ 765,00 para supervisores, R$ 1.400,00 para coordea conhecer na prática a reanadores de área e R$ lidade escolar que eles irão 1.500,00. enfrentar no seu cotidiano”, As atividades do Professor Ricardo Braz, do PibiD frisa. Pibid são voltadas para as licenciaturas, O Pibid foi implantado na Ufersa em presenciais ou à distância, oferecidas pela 2011, depois da aprovação do Projeto enUfersa. Todos os bolsistas são seleciona- caminhado a Capes pelo professor Ricardo dos por edital interno que segue orienta- Braz. Nos últimos três anos, o Programa ções da Capes. O Pibid proporciona aos atendeu a pelo menos 50 escolas, 5 mil esbolsistas a participação em eventos cientí- tudantes, 100 professores das escolas púficos, com ajuda de custo, além da realiza- blicas, 25 supervisores e 220 universitários ção de outras atividades pedagógicas. “Na da Ufersa. Por meio do Pibid/Ufersa duas prática o Pibid é uma ação para beneficiar professoras de escolas conveniadas foram e amparar a formação de professores na para o exterior. Uma para os Estados Uninossa Universidade”, explica o coordena- dos, fazer curso de língua inglesa e outra dor. Ricardo Braz salienta ainda que a for- para Lisboa, cursa formação em língua mação de professores através do Pibid portuguesa. “Também tive a oportunidade valoriza a formação dos licenciandos de participar de curso de formação na quando apresenta a escola pelo seu diag- Stanford University, na Califórnia”, afirma o nóstico escolar. “O futuro professor passa professor.

CAADIS

II SEADIS discute caminhos para uma universidade acessível ço dialógico de (re)pensar a univerNo mês de novembro, a Unisidade acessível, tendo como foco a versidade Federal Rural do SemiDiversidade e a Inclusão Social”, friÁrido vai promover o II Seminário sa a coordenadora da Caadis, a prode Ação Afirmativa, Diversidade e fessora Ady Canário. Inclusão Social (Seadis) e o II Fórum O evento é gratuito e aberto de Acessibilidade, que terão por tepara todas as pessoas que possuma: Práticas discursivas, diversidade em interesse na temática. As inscrie inclusão social: caminhos para ções já estão abertas e podem ser uma universidade acessível. O evenfeitas exclusivamente pelo site do to irá ocorrer nos dias 19, 20 e 21 de evento nead.ufersa.edu.br/sistemas novembro. Tanto o II Seminário /seadis_site visando a participação quanto o II Fórum de Acessibilidade em todas as atividades, selecionapretendem ser um momento espedas no momento da inscrição. As cial que possibilite a ampliação de inscrições para os minicursos serão conhecimentos, promoção de diáloO II Seadis irá discutir inclusão, acessibilidade, diversidade e gênero efetuadas no ato do credenciamengos, debates, reflexões e socialização de experiências, bem como uma fer- dade, Educação Étnico-Racial e Indígena e to, com vagas limitadas. Serão emitidos ramenta de apresentação de propostas e Gênero e Sexualidade. Os participantes certificados de 8hora/aula, incluindo as poderão apresentar as temáticas em ses- ações a critério de cada ministrante do resultados de ensino, pesquisa e extensão. sões de comunicação oral, distribuídas em minicurso. Outras informações podem ser A programação contemplará cinco grupos de discussões. “A contribuição de obtidas no site do Seminário ou na página eixos temáticos: Educação Inclusiva e Saútodos(as) é muito importante nesse esfor- facebook.com/seadis.ufersa. de, Acessibilidade e Tecnologias, Diversi-


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