Folha da Ufersa - Edição 10

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FOLHA N OVE/D EZ DE 2014 E D. N º10 - M OSSORÓ/RN

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INFORMATIVO INTERNO DA U NIVERSIDADE F EDERAL RURAL DO S EMI-ÁRIDO

InFRAESTRUTURA

L a bo ra tó ri o s pa ra a s e n g e n h a ri a s

Com quatro pavimentos, a Ufersa constrói no Câmpus Oeste, um moderno complexo de laboratórios. As obras estão avançadas e devem ser concuídas até o mês de julho de 2015. Pag.5

FRUTICULTURA Pomar da Ufersa é campo de pesquisa para estudo das frutas. Pág.04

IRRIGAÇÃO E DRENAGAM Três linhas de pesquisas voltadas para o manejo de solo e água do semiárido. Pág. 07

TRADIÇÃO Capoeira preserva na Ufersa a cultura afrodescendente. Pág.08

E Mais:

­ QUEM FAZ A UFERSA: PRÓ­REITOR DE EXTENSÃO E CULTURA, PROF. FELIPE RIBEIRO; PÁG. 02 ­ HOSPITAL VETERINÁRIO AMPLIA VAGAS PARA RESIDÊNCIA UNIVERSITÁRIA; PAG. 07 ­ PROJETO DE EXTENSÃO BUSCA MELHORIAS PARA MOBILIDADE EM MOSSORÓ; PAG.6 ­ PESQUISA DA UFERSA SOBRE RACIONAMENTO DE ÁGUA VENCE PRÊMIO DO BANCO SANTANDER. PÁG.3 PRODUZIDO PELA ASSESSORIA www.ufersa.edu.br

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COMUNICAÇÃO

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AV. FRANCISCO MOTA, 572 BAIRRO COSTA E SILVA MOSSORÓ-RN | CEP: 59.625-900


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EDITORIAL

O tempo tem sido curto, daí, alguns atrasos na nossa tiragem do Folha da Ufersa. Enfim, o bom mesmo é que estamos mais uma vez chegando a comunidade acadêmica, dessa vez, com a décima edição do Folha da Ufersa, com o mesmo próposito de mostrar um recorte do que acontece e também um pouco do trabalho desenvolvido na nossa Universidade. Por sinal, uma instituição que continua com rítmo acelerado de crescimento. Trazemos na capa mais uma importante obra realizada na Ufersa Mossoró que é o Complexo de Laboratório para os cursos de engenharias. Na área da pesquisa, o Programa de Pós­Graduação em Irrigação e Drenagem, o pomar da Ufersa e o prémio nacional conquistado pela doutoranda da Ufersa, Jucirema Ferreira da Silva, sob a orientação do professor Nildo Dias. Damos destaque ainda ao projeto de extensão voltado para melhoria da mobilidade urbana, realizado em parceria com a Prefeitura de Mossoró e, também para a parte cultural com a capoeira e o coral da Ufersa. É isso, boa leitura e aguardamos as sugestões. Boas Festas! Passos Júnior assecom@ufersa.edu.br | Editor

QUEM FAZ A UFERSA Felipe Ribeiro Pró-reitor de Extensão e Cultura Sou zootecnistas com mestrado e doutorado em Aquicultura, pela Unesp. Durante minha formação tive oportunidades que foram decisivas para o sucesso em minha atuação profissio­ nal, como ser bolsista do PET Zootec­ nia, coordenar a Semana de Ciência e Tecnologia Agropecuária, estruturar o Laboratório de Piscicultura Ornamental e ser representante discente do colegia­ do de curso de pós. Entrei em janeiro de 2009 na Ufersa e minha primeira preocupação foi com o preparo das disciplinas da En­ genharia de Pesca. Aprendi muito nos anos iniciais para estabelecer o conteú­ do e a forma das aulas, que hoje acredi­ to estarem consolidadas. Quando assumi o Setor de Aqui­ cultura, ainda em 2009, meu desafio foi transformar essa unidade em um local ideal para a condução de pesquisas, es­ pecialmente através de recursos de pro­ jetos em rede que conseguimos desenvolver até 2014. Felizmente tive­ mos uma equipe comprometida e al­ cançamos esse objetivo. Meu mergulho na extensão se deu em 2011, quando iniciamos o "Ciência Para Todos no Semiárido Potiguar", ho­ je um programa institucional de exten­ são que já levou alunos da rede pública do Estado para São Paulo, Pernambuco, Ceará, Rio Grande do Sul e para países como Equador, Peru e Reino Unido e

R ad am és D an t as Os dois tipos de servidores públicos do Século XXI: Windows e Linux. Profissionais "Windows" Cerca de 70% das organizações são compostas por profissionais "Windows". Tem maior compatibilidade com as organizações tradicionais, pois estão de acordo com os paradigmas do século passado. Por outro lado, esses profissionais têm um custo rela­ tivamente elevado de aquisição e apri­ moramento, são mais vulneráveis a contrair os vírus institucionais da mesmice e apatia, adoram a estabilidade, mas quando um procedimento que requer maior potencial é solicitado, aí eles travam. Profissionais "Linux"

que atua em todos os câmpus da Ufersa. Tive o prazer de ser coordenador geral do programa por três anos seguidos. Através da extensão acredito que conseguimos perceber de uma maneira mais real nossa contribuição para a so­ ciedade. Esse é o sentimento que me move para desenvolver um bom traba­ lho à frente da equipe da PROEC, res­ ponsabilidade me confiada há seis meses pelo Prof. Arimatea. Já temos uma política interna de fomento a pro­ jetos de extensão que pretendemos es­ tender aos eventos. Além disso pretendemos institucionalizar um nú­ mero significativo de programas de ex­ tensão já desenvolvidos na Ufersa e fomentar atividades culturais em todos os câmpus da Universidade. Muito já foi feito, mas ainda há mais o que fazer. Is­ so é o que mais me motiva!

Esses são baseado no paradigma (so­ ftware) livre, as empresas que os contratam não estão preocupadas com a locação da “mão de obra”, mas estão interessadas no “cérebro” que gera oportunidades de produção sináptica (aprendizado). São estáveis na instabilidade compartilhada e auto aprendente. Pratica­ mente não travam. Trabalham como verda­ deiros profissionais multitarefas. Os profissionais "Windows" têm uma certa incompatibilidade operacional com os profissionais "Linux", principalmente nas questões de relacionamento e comunicação. Você pode se perguntar: e agora, José? O que fazer? Quanto às organizações, devem provi­ denciar uma plataforma multitarefa em que ambos os profissionais possam se desenvolver já que versões novas sempre aparecem em qualquer dos tipos. Quanto aos profissionais, devemos reconhecer nossos paradigmas e limites operacionais e investir em constantes “Up grades” uma vez que o mar turbulento em que estamos não dá a mínima para os problemas existenciais murmurados pelo barco. Enfrente ou afunde. Você pode estar pensando: ­ Puxa vida, esse Século XXI é estressante e confuso. Já estou ficando com dor de cabeça. Eu te digo: ­ Calma, ainda existe o "Ctrl+Alt+Del".

EXPEDIENTE ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DA UFERSA - EDIÇÃO: P ASSOS J ÚNIOR. TEXTOS: P ASSOS J ÚNIOR, H IGO LIMA E LUANA LAISE. DIAGRAMAÇÃO : LUANA LAISE . FOTOS : E DUARDO M ENDONÇA E C ARLOS ADAMS . REVISÃO : D IEGO F ARIAS . E STAGIÁRIA : LUANA LAISE

PROJETO GRÁFICO :

AMANDA F REITAS.

ADMINISTRAÇÃO SUPERIOR DA UFERSA - REITOR: J OSÉ DE ARIMATEA DE M ATOS. VICE- REITOR: F RANCISCO O DOLBERTO DE ARAÚJO. CHEFE DE GABINETE: M ÁRCIA DE J ESUS XAVIER. PRÓ- REITOR DE GRADUAÇÃO: P ROF. AUGUSTO C ARLOS P AVÃO. PRÓ- REITOR DE PLANEJAMENTO: G EORGE B EZERRA RIBEIRO. PRÓ- REITORA DE ADMINISTRAÇÃO: ANAKLÉA M ÉLO S ILVEIRA DA C RUZ C OSTA. PRÓ- REITORA DE GESTÃO DE PESSOAS: KELIANE DE O LIVEIRA C AVALCANTE. PRÓ- REITOR DE PESQUISA E PÓS- GRADUAÇÃO: P ROF. RUI S ALES J ÚNIOR. PRÓREITOR DE EXTENSÃO E CULTURA: P ROF . F ELIPE DE AZEVEDO S ILVA RIBEIRO . PRÓ - REITOR DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS : P ROF . RODRIGO S ÉRGIO F ERREIRA DE M OURA.


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pRÊMIO

Pesquisa da Ufersa encontra alternativas de convívio com a água no Semiárido

Na região castigada pela estiagem, Assentamento do Semiárido recebe da Universidade alternativas que asseguram o convívio sustentável com os recursos hídricos.

Acompanhados do Reitor, José Arimateia, pesquisadores recebem prêmio Santander

Um destino sustentável aos resíduos Na Acrevi, o projeto é encabeçado pelo servidor Júnior Souto, que visa trans­ formar os resíduos orgânicos coletados pela Acrevi em a­ dubo para hortas. “Por en­ quanto, as hortaliças produ­ zidas com esse adubo são co­ mercializadas com os própri­ os associados, mas a nossa intenção é ampliar”, an­ tecipa Souto. A entidade está sediada em Mossoró e é referência no trabalho de coleta seletiva. Boa parte das ações da Acrevi conta com a parceria de projetos e ações da Ufersa. Nos Estados Unidos, o professor Nildo Dias, que orienta as duas propostas, comemorou a premiação e ressalta a importância das pesquisas para o desenvol­

vimento sustentável na regi­ ão do Semiárido. “Nossos projetos foram bastante e­ logiados pelas Universidades presentes na cerimônia de premiação. Quero agradecer o empenho de todos na votação, pois tivemos ajuda de todo o Brasil, inclusive de brasileiros morando no exte­ rior”, transmite ele. Hoje, a região massa­ crada pelo histórico de estia­ gem conta com a parceria da Universidade por meio de pesquisas e ações que aju­ dam o homem do campo a conviver sem tanto sofri­ mento com as características climáticas da nossa região, sobretudo, assegurando a permanência e fortalecendo a economia do Semiárido.

O projeto de estu­ dantes do Programa de Pós­ graduação em Manejo de Solo e Água da Universidade Fe­ deral Rural do Semi­Árido chega à fase final do Prêmio Satander Universidades sen­ do o segundo mais votado en­ tre as mais de 20 mil pro­ postas submetidas ao comitê técnico. O maior prêmio veio para o Projeto de Assenta­ mento Santa Agostinha, sedi­ ado em Caraúbas/RN, desenvolvida pela pós­gra­ duanda Jucirema Ferreira da Silva e o orientador Nildo da Silva Dias desenvolveram a iniciativa com intuito de possibilitar que os agricul­ tores não sofram tanto com os danos da estiagem. A proposta piloto tem ações que envolvem a implantação e a comprovação de práticas integradas de con­ vivência com a seca. E mais: saneamento rural; alterna­

tivas à piscicultura, infra­ estrutura; vegetação, manejo da água; produção de energia; resíduos sólidos; capacitação profissional; assistência téc­ nica e sensibilização da co­ munidade. As perspectivas tam­ bém passam por melhorias sociais, de infraestrutura e e­ conômica ­ mais autonomia e sustentabilidade aos morado­ res. Os pesquisadores defen­ dem que “a oportunidade de negócio que o produto or­ gânico traz é o atributo de valor e é reconhecido e valo­ rizado pelo consumidor, po­ dendo ser inserido em vários mercados, trazendo diferen­ ciação no negócio e fideli­ zação de clientes”, diz o texto da proposta. A execução do pro­ jeto, juntamente com o perí­ odo para avaliação, prevê du­ ração de 24 meses, com prazo de retorno variando entre 6 a 12 meses. Jucirema Ferreira vai além e defende o impacto na vida dos agricultores. “O que nos inspirou foi a questão de minimizar os efeitos da seca na produção agrícola no Semi­árido. A ideia é possi­ bilitar que os agricultores te­ nham água para produção e não sofram tanto com os da­ nos da estiagem”, explica Ju­ cirema. A proposta foi sub­ metida à 10ª edição do Prê­ mio Santander Universidades que, além do segundo lugar, também trouxe para casa o prêmio principal na categoria Universidade Solidária, com o reconhecimento em primeiro lugar do projeto “Avaliação de um modelo de gestão sus­ tentável dos resíduos or­ gânicos para a Associação Comunitária Reciclando para Vida”, na Acrevi Mossoró.


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Pesquisa com sabor de frutas

No Pomar da Ufersa são realizadas atualmente 16 pesquisas com plantas frutíferas. Mais de 30 espécies são cultivadas para fins didáticos.

Professor Vander Mendonça, coordena o Grupo de Pesquisa em Fruticultura da Ufersa que desenvolve pesquisas com mais de dezesseis espécies de plantas

Com mais de trinta cultu­ ras, a Universidade Federal Rural do Semi­Árido mantém no Câmpus Leste da Ufersa Mossoró, um Pomar Didático. Cultivado numa área de dois hectares, o local serve para au­ las práticas dos cursos de gra­ duação em Agronomia e, Engenharia Agrícola e Flores­ tal, principalmente, as discipli­ nas relacionadas a produção frutífera. O Pomar Didático também abriga diversas pes­ quisas dos alunos de iniciação científica, mestrado e doutora­ do. Segundo o professor Vander Mendonça, coordena­ dor da pós­graduação em Fito­ tecnia, o Pomar foi criado há cinco anos, mas ainda está sen­ do estruturado. “É que as plan­ tas frutíferas demoram mais a produzir”, afirmou. No pomar da Ufersa encontramos planta­ ções de goiaba, banana, manga, caju, mamão, acerola, romã,

abacaxi, limão, entre outras fruteiras. A plantação dos canteiros e a manutenção do espaço são de responsabilidade dos pró­ prios estudantes que integram o Grupo de Pesquisa em Fruti­ cultura – GPE –, que conta com a participação de 15 alunos de graduação e da pós­gradua­ ção. A maior parte das mudas foram doadas por produtores ou vindas da Embrapa. Além das aulas de fru­ ticultura, no espaço são minis­ tradas aulas práticas de irrigação e drenagem, agricul­ tura geral e tratos culturais, que envolve adubação e podas. “O pomar é aberto a toda comuni­ dade acadêmica que queira de­ senvolver trabalho de pes­ quisa”, esclarece o professor Vander Mendonça. Atualmen­ te, estão em andamento 16 pro­ jetos de pesquisas no Pomar Didático da Ufersa.

Figo no semiárido potiguar O figo roxo­de­vali­ nhos, predominante no inte­ rior de São Paulo – Valinhos, é um dos frutos que vem sendo pesquisado no Pomar Didático da Ufersa. A pes­ quisa é para saber a via­ bilidade da expansão dessa cultura na região do se­ miárido norte­rio­granden­ se. O experimento inicial conta com 16 plantas, mas a partir do próximo ano, será ampliado para 200 mudas. “Temos todas as condições favoráveis como tempera­ tura alta, baixa umidade relativa e baixa incidência de pragas”, adianta o professor Vander Mendonça. Os pesquisadores já fizeram a primeira colheita de figo, realizaram a podas

Figo no Semi­Árido Potiguar

das plantas e, agora, prosseguem com a estarquia para aumentar o expe­ rimento para 200 plantas. “Queremos saber a vi­ bilidade econômica dessa cultura na nossa região, bem como a qualidade dos frutos produzidos”, comenta o pro­ fessor.


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INFRAESTRUTURA

Engenharia voltada para engenharias Moderno prédio de três andares, todo em concreto pré-moldado, está sendo contruídos no Câmpus da Ufersa Mossoró para abrigar os laboratórios de quatro cursos de engenharias.

A obra do complexo de laboratórios é realizada com estrutura em concreto pré­moldado

A partir do segundo se­ mestre do próxi­ mo ano (2015), os estudantes das en­ genharias Civil, Petróleo, Química e Mecânica da U­ Concluída, a obra consolida os cursos de engenharias niversidade Fede­ dares, será o mais alto da ral Rural do Semi­Árido, Universidade, ocupando 7 mil Câmpus Mossoró, vão usufruir m² de área construída. de um moderno complexo de Para o reitor da Ufer­ laboratórios. A obra, que se sa, professor José de Arimatea encontra em ritmo acelerado, de Matos, a construção repre­ deve ser entregue até o mês de senta a consolidação dos cur­ junho. O prédio conta com sos de engenharias da Ufersa. quatro pavimentos e três an­

“Trata­se de uma obra de grande importância uma vez que representa melhores con­ dições para o aprendizado dos alunos e, consequente­ mente, irá impulsionar pes­ quisas com resultados posi­ tivos para a Universidade”, afirmou. O reitor adianta que também estão sendo licita­ dos mais de R$ 5 milhões em novos equipamentos pa­ ra os laboratórios. O com­ plexo vai dispor ainda de um grande laboratório de informática para as disciplinas Expressão Gráfica e Programa Auxiliado por Computador (PAC), do curso Bacharelado em Ciência e Tecnologia. O prédio comportará ainda a

parte administrativa e a coor­ denação dos cursos. O quarto pavimento será destinado pa­ ra salas de professores. A estrutura é toda em concreto pré­moldado com vedações em alvenaria e tam­ bém em concreto (parte ex­ terna) e, parede em drywall, na parte interna. Ao todo são mais de 1.800 m³ de concreto armado. Totalmente acessível, o prédio terá dois elevadores. Um guindaste com capacidade para erguer até 70 toneladas está sendo utilizado na co­ locação das vigas de concreto para a montagem da estrutura e cerca de 50 operários tra­ balham na obra.


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CIDADES

Desafios da mobilidade passam pela melhor ocupação do espaço público Projeto de extensão da Ufersa aproxima discussão da mobilidade com a gestão municipal, através de capacitação e busca de resolutividade

bilidade urbana que começa a não ser mais exclusividade apenas das grandes cidades. Somente nos pri­ meiros seis meses de 2014 foram para as ruas quase 33 mil novos carros zero quilômetros. Deveremos fechar o ano pela primeira vez na casa de um milhão de automóveis. Conforme a Projeção da População Agentes de trânsito recebem capacitação na Universidade, da prefeitura de Mossoró. apontada pelo IBGE Há exatos 9 anos partamento Estadual de para 2014 no RN, temos circulavam pelo RN pouco Transito do RN (Detran) a­ algo em torno de 1 carro para mais de 400 mil veículos. Oi­ lém de alimentarem a plani­ cada três pessoas. A to anos depois esse número lha do Registro Nacional de proporção já se aproxima da saltou para 965.824 veículos Veículos Automotores (RE­ média nacional, de 1 carro circulando nas cidades poti­ NAVAM) também revelam para cada 4 brasileiros. guares. Os números do De­ um sério problema de mo­ Como solucionar es­ sa equação? Esse é o desafio do projeto de extensão “Pla­ taforma para o gerenciamen­ to da acidentalidade e educação para o trânsito na cidade de Mossoró”, de­ senvolvido pela Ufersa em parceria com a Secretaria de Mobilidade Urbana da 1 ­ Quais são os maiores Prefeitura de Mossoró, que problemas de Mossoró fecha em dezembro uma em relação à Mobilida­ maratona de atividades com de? os servidores do Município. R­Um dos maiores desafios Discutir mobilidade para Mossoró é estruturar urbana é indissociavelmente o transporte coletivo de necessário pensar a ocupa­ modo a oferecer um serviço ção do espaço público. O de qualidade, com cober­ cendo e as dificuldades de tura espacial satisfatória, locomoção da população inclusive social e ambien­ idosa vão­se acentuando. talmente justo. A Mobilidade Urbana 3 ­ O nosso problema é um dos cinco projetos de 2 ­ Qual a importância ainda tem solução? Co­ Extensão que existem na da Universidade para mo? Ufersa em parceria com a auxiliar na resolução Há sim solução para o gestão municipal. São in­ dessa problemática? problema da mobilidade vestidos mais de 850 mil R­Discutimos e propomos. urbana. O fortalecimento e reais nessas propostas que Por exemplo, o sistema capacitação dos órgãos pú­ atendem várias áreas do viário das calçadas é outro blicos é peça fundamental conhecimento e atingem di­ grande desafio para a ci­ para que uma nova aborda­ retamente mais de 6 mil dade na medida em que o gem sobre as questões da pessoas e outras 150 maior número de viagens é mobilidade seja desenvol­ pessoas da Universidade, a pé, ficará ainda mais ne­ vida localmente pensando entre alunos e servidores. cessária na medida em que globalmente. Somente no projeto de a sociedade vai envelhe­

ENTREVISTA: pROFESSOR eRIC aMARAL

O segredo é planejar

professor Eric Amaral Ferre­ ira, coordenador do Projeto, alerta que “os carros, mais do que máquinas de transporte, são verdadeiras máquinas de consumo do espaço público”. Por isso a necessidade de casar as ações de melhores da mobilidade com o planeja­ mento das políticas de urba­ nismo. De modo que para planejar o espaço público com vistas ao convívio harmônico é necessário ações que perpassem também pela segurança pública, constru­ ção adequada das calçadas, solução para os estaciona­ mentos, infraestrutura das vias. “Não pode haver ações isoladas”, corrobora Charle­ jandro Rustayne Marcelino Pontes, titular da pasta de Mobilidade Urbana. O professor da Ufersa alerta que Mossoró terá, inevitavelmente, que planejar ações para o trans­ porte público. Segundo ele, a situação ainda não aparenta ser preocupante porque não temos níveis caóticos de con­ gestionamentos. Esse é o maior desafio da cidade e a missão dos gestores será o de estruturar o transporte cole­ tivo “com cobertura espacial satisfatória, inclusive social e ambientalmente justo”, alerta Eric Amaral.

Parceria em números

Mobilidade Urbana, a Uni­ versidade investe a fatia de R$ 138.247,50, por meio do Edital do Ministério da Educação. De pois da ação de capacitação dos servidores, esse conteúdo será disseminado nas escolas da rede municipal, quando cerca de 2 mil alunos do Ensino Fun­ damental deverão ser atendidos.


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ENSINO

Mais 20 vagas para Residência Médica no Hospital Veterinário

Com mais essa conquista, o HosVet, passará a funcionar 24 horas prestando melhor atendimento à população que procura serviço médico animal

Residência em Saú­ de pelo Processo de Seleção em Área Profissional da Saú­ de do Ministério da Educação. As vagas estão distribuídas em oito diferentes programas voltados para capacitação profissional em treinamento e ser­ viço de Medicina Veteri­nária. É a primeira vez que a Ufersa é contemplada com este edital para atu­ ar com Residência no Hospital Veteri­ nário e já começa com destaque. A Atendimento no Hosvet é feito de segunda à sexta instituição angariou O Hospital Veteri­ em torno de 60% do total de nário da Universidade Federal bolsas disponibilizadas para as Rural do Semi­Árido foi con­ instituições do Nordeste. As templado com 20 bolsas de vagas serão ocupadas por

meio de seleção pública aberta aos profissionais graduados em medicina veterinária. O primeiro edital será publicado já no início de 2015, de modo que os se­ lecionados entrem na ativa no mês de março. Cada residente receberá uma bolsa no valor de R$ 2.976,26 durante o período de capacitação, com duração prevista para 2 anos. João Marcelo Azevedo é médico veterinário do HosVet da Ufersa e detalha que a grade de formação da resi­ dência está dividida em 80% de atividades práticas e outras 20% para conhecimento teó­ rico. Com essa conquista, o Hospital Veterinário da U­ fersa também deverá ampliar a oferta de atendimento à co­ munidade, uma vez que pas­ sará a funcionar durante 24 horas com a implantação de

serviços de urgência e emer­ gência. Para o professor Eraldo Barbosa Calado, dire­ tor do HosVet, a conquista da Ufersa representa um avanço na consolidação do hospital da universidade. “A chegada da Residência Médica Veterinária representa uma melhora na qualidade do atendimento, do ensino e irá proporcionar, so­ bretudo, uma qualidade de vi­ da e bem­estar do animal a­ tendido”, ressalta o diretor.

sERVIÇO Hospital Veterinário Dix­Huit Rosado Maia ­ Ufersa Mossoró / Câmpus Oeste Horário de consultas: 7h às 11h; e das 13 às 17h. Telefone: (84) 3317­1810

Pesquisa

Pós em solo e água Criado em 2011 de­ pois da junção do Programa de Pós­Graduação em Irrigação com o de Drenagem e Ciência do Solo, ambos em nível de Mestrado, o atual Programa de Pós­Graduação em Manejo de Solo e Água é o terceiro curso de doutorado da Universidade Federal Rural do Semi­Árido. Atualmente conta com Nível 4 de recomendação pela Coordenação de Aperfei­ çoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). Os dois cursos foram unificados com o objetivo de fortalecer o con­ ceito da CAPES e ainda viabi­ lizar a abertura do terceiro curso de doutorado da Univer­ sidade. Por isso, é indissociá­ vel falar sobre o atual progra­ ma sem o reconhecimento do

legado dos dois anteriores. O Programa de Pós­ Graduação em Ciência do Solo, em nível de Mestrado Acadêmico, criado a partir da iniciativa de professores do Departamento de Ciências Ambientais, no ano de 2007. Neste mesmo ano, a CAPES, aprovou o projeto autorizando o seu funcionamento, a partir de 2008, com conceito 3. O corpo docente do Programa é composto por professores dos Departamentos de Ciências Ambientais e Ciências Vegeta­ is da Ufersa e de pesquisa­ dores da Embrapa, no Semiárido. Possui uma área de concentra­ção: Ciência do solo, e três linhas de pesquisa: Manejo e conservação do solo; Química e fertilidade do solo e

Impactos ambien­ tais pelo uso dos solos. Já o Pro­ grama de Pós­Gra­ duação em Irriga­ ção e Drenagem (Mestrado Acadê­ mico) foi criado em setembro de Pós realiza pesquisas de mestrado e doutorado 2003, com o nome de Engenharia A­ con­centração é Irrigação e grícola, o qual foi Drena­gem, e as linhas de alterado em 2005 para pesquisas são: Engenharia de atender as recomen­dações da Irrigação e Drenagem; CAPES, passando para Necessidade Hídrica das Programa de Pós­graduação Culturas e Manejo da lr­ em Irrigação e Drenagem. O rigação; e Impactos da curso iniciou suas atividades Irrigação e da Fertirrigação no em março de 2006, sendo o Solo e na Planta. mesmo re­comendado pela CAPES em setembro de 2005, com o conceito 3. A área de


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ESPORTE

Paranauê, Paranauê Paraná ... Além de prática esportiva, Roda de Capoeira preserva cultura afrodescendente Uma mistura de dança, música e corpos. A capoeira é uma porta de en­ trada para a cultura afrobrasileira. Recen­ temente, considerada pela Unesco – Or­ ganização das Na­ ções Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura – a verda­ deira expressividade da resistência negra no Brasil durante a escravidão. Na Uni­ versidade Federal Grupo Quibungo reúne universitários da Ufersa e estudantes de escolas públicas de Mossoró Rural do Semi­Árido Segundo Denis Cavalheiro, um desafio diário” comenta o professores, alunos de graduação e mestrado são estudante de Ecologia da Ufer­ universitário. Já para o mestre seduzidos pelo molejo, mo­ sa, o esporte mexe com o de capoeira, John Weyne, é um vimentos e canto da capoeira. O estado espiritual, traz energia esporte transformador. “A Grupo Quibungo existe na positiva, além de ensinar a se capoeira me transformou. Eu auto respeitar. “A capoeira é bebia, usava drogas, mas Ufersa há quatro anos.

depois de começar a lutar, sou outro ho­ mem”, declara. Cri­ anças e adolescentes das escolas públicas de Mossoró também podem participar da Roda de Capoeira da Ufersa. A equipe de capoeira reúne ao todo 22 alunos das mais variadas etnias. O grupo conta com a parceria da Pró­Rei­ toria de Assuntos Comunitários que todo ano organiza um evento para o batizado de troca de corda, momento em que o mestre faz a troca de graduação de seus alunos e entrega o abadá­capoeira.

pROGRAME-SE

Quem canta, os males espanta ... Presente nos melhores momentos da vida, a música é comprovada­ mente responsável por inúmeros benefícios para o ser humano, tanto para o corpo, quanto para a alma. O canto diminui tensões e combate o estresse. Para estimular a arte do canto entre a comunicade acadêmica, a Pró­Reitoria de Exten­ são e Cultura mantém o Corofersa como projeto de extensão, coordenado por Daniel Fernandes e Felipe Ribeiro. Na regên­ cia Cláudia Max. Um projeto teve início em 2013 e conta atualmente com 26 integrantes alunos da Universidade. Começando a se a­ presentar nos eventos in­

ternos da universidade, o coral já recebe convites para apresentações ex­ ternas. Sua primeira a­ presentação fora da uni­ versidade foi na Feira do Livro, em 2013, recém­ criado. A partir daí o Coral da Ufersa vem se destacando, tendo inclu­ sive, se apresentado no Teatro Municipal Dix­ Huit Rosado, o maior de Mossoró. O Projeto é um conjunto de ações volta­ do para a formação de um grupo de canto co­ letivo performático. Se­ gundo Daniel Fernan­ des, o Coral busca “pro­ piciar à comunidade um momento lúdico e cul­ tural”, comenta.

Cláudia Max rege Coral da Corofersa

Convite para apresentações já acontecem fora da Ufersa


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