cruz da verdade 044

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ANTÓNIO CRUZ


ANTÓNIO CRUZ


“ PREFÁCIO DE UMA VIDA”

Escrevi num mês distante, trinta e tantos, poemas a fio sem parar, numa espécie de êxtase. E hoje, é um dia triunfal da minha simples existência, nesta minha vida. O que se seguiu depois de alguma tinta ser gasta e muito papel ter sido utilizado; só sobrou um cesto de papéis cheio, foi o aparecimento de um novo “Poeta – Escritor”. Tudo isso, se verificou no continuar do pequeno Sonho de Criança que há muito tempo vinha a desenvolver no meu interior, utilizando pequenas rimas ou alguns pensamentos muito sugestivos da minha maneira de ser. E de ter vivido quando criança e também algumas situações, já como adulto. Desculpem – me, o absurdo da frase; mas apareceu em mim um enorme desejo de transcrever para o papel algo com sentido ou mesmo sem! Era simplesmente aquilo que vindo do meu eco interior ou directamente da minha mente, ditava por palavras ou frases simples, numa leitura rápida, e a minha mão escrevia para um bocado de papel. A expressão que sobressaia no meu rosto era a de um pequeno sorriso esboçado quando terminava mais um tema, mesmo que esse não tivesse muito sentido! Mas, era como se tivesse restituído alguma vida aos mais simples “poemas” ou “contos”, que eram para mim algo profundo mas muito belas. Só que por vezes, bastava unicamente o esboçar de um sorriso para me agradar e aquilo que acabava de transcrever logo por si existiria numa folha de papel sentindo toda a sua magia sem sequer poder falar! E, num certo dia, à noite quando relia tudo aquilo que já havia escrito em simples rascunhos, por vezes, revia ali a minha própria sombra retractada. Eram, e são, simplesmente memórias, brincadeiras, ou mesmo chamadas de atenção para o mundo em que vivemos. Sei que um dia alguém as vai poder ler e as irá existir na prateleira da sua biblioteca para quando este ser já ter abandonado o planeta Terra. Um simples risco da minha curta vida ficará lá conservada, para sempre todo o sempre como sinal da minha pequena existência terrena! E, só assim poderei viver eternamente, por milhares de anos a fio, recordando a Alegria, a Tristeza, o Amor, a Solidão e tudo aquilo que tiver dado a este Mundo! Mas, uma coisa Eu sei, que serei alguém que existiu um dia neste “Universo da Escrita”!... E essa recordação ficará para sempre nas memórias de todos, sendo como aquele que deixou um “Verso” quando morreu, e talvez seja a “Profecia” de uma vida!...

Mozelos, 2000 / 10 / 10 TONY CRUZ


TITULO

LOCAL / DATA

0

PREFÁCIO DE UMA VIDA

MOZELOS, 2000 / 10 / 10

1

A VERDADE DA CRUZ

SÃO PAIO DE OLEIROS, 2009 / 12 / 29

2

AMIZADE REAL

SÃO PAIO DE OLEIROS, 2009 / 12 / 22

3

VERDADE DO AMOR

SILVALDE, 2009 / 12 / 22

4

AZUL

SÃO PAIO DE OLEIROS, 2010 / 01 / 14

5

CRUZ DA VIDA

SILVALDE, 2010 / 03 / 05

6

UMA PEQUENA HISTÓRIA

MOZELOS, 2010 / 03 / 20

7

ANTONIO

ÁGUEDA, 2010 / 03 / 21

8

MENSAGEM DE ESPERANÇA VIVA

NOGUEIRA DA REGEDOURA, 2010 / 03 / 23

9

APRENDIZ SILVALDENSE

SILVALDE, 2010 / 03 / 27

10

PÁSCOA

SANTA MARIA DE LAMAS, 2010 / 04 / 01

11

DESCREVENDO O MEU AMOR

SANTA MARIA DE LAMAS, 2010 / 04 / 01

12

QUANTAS VEZES

MADALENA, 2010 / 04 / 03

13

SINTO A FALTA

CANIDELO, 2010 / 04 / 03

14

PAI NOSSO

SILVALDE, 2010 / 04 / 08

15

MURMÚRIOS DO MAR

MOZELOS, 2010 / 04 / 09

16

AMOR QUE SINTO

MOZELOS, 2010 / 04 / 10

17

SANTOS e SANTAS

SÃO PAIO DE OLEIROS, 2010 / 04 / 12

18

A CHUVA LÁ FORA

SILVALDE, 2010 / 04 / 16

19

POEMA A UM AMIGO

SILVALDE, 2010 / 04 / 20

Em "Cruz da Verdade" escrevo por ora Que na verdade da cruz escuto a chuva lá fora Já que amizade real trás a verdade do amor Numa mensagem de esperança viva com azul de cor. A cruz da vida vai descrevendo o meu amor E como aprendiz Silvaldense pela Páscoa escuto o amor Que o Pai-Nosso nos ensinou tantas vezes "Antonio" Numa pequena história de Santos e Santas sem pódio. Por isso escrevi um poema a um amigo Com os murmúrios do mar escutando o meu castigo Mas o amor que sinto hoje o vou descrevendo Sobre a falta que o mesmo faz a quem este livro está lendo. São Paio de Oleiros, 2010 / 04 / 21 TONY CRUZ


“A VERDADE DA CRUZ”

Estou perante a minha cruz Ao escrever sobre a verdade Já o que flui no meu interior São palavras reais com igualdade.

Procuro na minha escrita urbana Encontrar uma forma de vida Não esquecendo que sou um aprendiz Nesta minha forma de ser algo ferida.

Certo é que por vezes roubo Roubo as palavras a quem as escreveu Não sendo fácil de as trabalhar novamente Vou ao menos tentando recordar quem morreu.

É que nada nesta vida é fácil Talvez por isso me refugie assim Nesta minha forma de escrever Juntando um pouco daquilo que li sem fim.

Sendo esta a minha verdade Não desejo ser crucificado na cruz Como o meu amado “Cristo” o foi Espero então a chegada dum raio de luz.

Já que fui ferido várias vezes Nesta ainda curta vida minha Assim também o vou descrevendo Neste meus poemas colhido da vinha.


Ao ser um vindimeiro das palavras Frase a frase vou apanhando nos poemas, Sendo ainda um aprendiz da poesia Mas com ajuda de Deus escrevo alguns temas.

Pois parece ser essa a cruz Que me vai despindo perante a verdade Revelando ao mundo a minha vida Através das letras com alguma facilidade.

Não sendo um super dotado Apenas me limito a escrever Aquilo que me vai na alma Estando escondida para não se ver.

Talvez tenha descoberto um amor Já que assim dita o meu coração Nestas linhas que escrevo livremente Sendo esta a minha nova paixão.

Não quero ser superior a ninguém Apenas quero ser de momento alguém Que têm um gosto pela sua escrita Assim como pelo prazer da carne também.

É que não sou nenhum santo Pois a vida me ensinou simplesmente Sendo algo discreto nesta minha forma Vou sonhando enquanto posso livremente.


É que o sexo feminino me encanta Na sua forma física como a poesia Seu corpo abraça as minhas letras Ao o descrever com uma certa mestria.

Esta é a minha verdade da cruz Que carrego nesta já pesada vida Cheia de sentimentos com uma certa paixão Que na escrita transmito em poesia perdida…

São Paio de Oleiros, 2009 / 12 / 29 ANTÓNIO CRUZ


“AMIZADE REAL”

A amizade deve ser cultivada Só assim a poderemos conservar Como se fosse um belo jardim de rosas Existindo as raras e as normais por aparar.

Pois é preciso sempre aparar Uma boa amizade nesta nossa vida Tendo-se que colocar muitos sentimentos Perante a sua flor bem querida.

Já que não devemos perder a amizade Ao estarmos sempre presentes naquele momento Sendo um amigo de verdade e altamente Para que se possa ter uma amizade no parlamento.

Ser fiel e realmente verdadeiro Chegando sempre ao seu local primeiro E demonstrando ao mundo inteiro Que é preciso oferecer aquele amor verdadeiro.

A amizade tem que ser um sentimento Um sentimento com tudo bem verdadeiro E nunca esperar por nenhum pagamento Devendo a mesma estar sempre em primeiro.

Já que a amizade deve ser simples Mas sempre uma coisa bem séria É como um casamento fora do papel Em que a mesma não se avaria.

A amizade é uma união de amigos Que estão presentes nas horas amargas Aos nos trazerem palavras regadas de mel Adocicando a nossa vida e assim não a estragas.


Já que existe sempre alguém Torcendo para que nada corra bem Mas ao sorrirmos para um amigo Demonstramos o apoio podendo seguir mais além.

Quando a verdade está descrita Mesmo que queiramos só chorar A solidariedade lhe é entregue em mãos Como crianças oferecendo carinho para amar.

Pois nelas não existe a cobrança Existe uma confiança aberta pura e simplesmente Com um ombro amigo sempre por perto Depositando com atenção a sua livre semente.

Uma semente que floresce para a vida Ao se dar tudo incondicionalmente e sem restrição Porque o que conta é a belíssima amizade Fazendo sorrir todo e qualquer nobre coração.

Mas para a mesma existir com verdade Tem que ser com um certo equilíbrio da balança Sendo fundamental a mesma pode ser real Ao participar para a vida com toda a esperança.

Uma esperança que precisa de apoio Existindo nela o amor e carinho Passando a ser uma amizade bem real Vibrando ao demonstrar o seu calor neste caminho.

São Paio de Oleiros, 2009 / 12 / 22 ANTÓNIO CRUZ


“VERDADE DO AMOR”

Tudo na vida é combinado Ao existir somente sexo e amizade Não tendo nada que nos enganar Porque assim nem o mistério tem igualdade.

Tudo não passa de uma brincadeira Quando o amor não existe no presente Até podemos ver o mundo juntos Perante a árvore da vida sorridente.

Mas como somos simples humanos Esquecemos ou fazemos esquecer a razão Que nos leva a viver esta vida Sofrendo do pecado sem nenhuma justificação.

E por mais tentemos abrir a cabeça Dentro dela não fazemos as flores florescer É que neste mundo apesar de tudo Não nos encontramos a sós para renascer.

É tudo muito bonito ao ser dito Mas é preciso acreditar no futuro da vida Por entre musicas com ternuras presentes Sem esquecer a aventura do amor como lida.

É que ao lidarmos com o amor Tudo se pode tornar claro no futuro Teremos que ser simples equilibristas Em cima de um muro sem ter nenhum furo.

Visto que o amor nos fará chegar Ao estarmos juntos a qualquer lugar Revestindo-nos de todo o seu tenebroso esplendor Sem sequer o tentarmos então o parar.


É que o amor em nós existe E há muito tempo que ele chegou Só se encontra escondido ou adormecido Por isso ele nunca sequer nos enganou.

Só temos que deixar de tretas E fazer com que o mesmo por si fale Seguindo pela estrada do verdadeiro amor E que simplesmente nada então nos cale.

Já que o mesmo uma estrada desenhou Ao deixar de ser só sexo e amizade Fazendo valer a razão das palavras Que o amor descreve perante a felicidade.

É esse o verdadeiro mistério da vida Deixando de existir engano na brincadeira A verdade está presente neste mundo E não estamos sós nem mesmo sendo rameira.

Porque todos somos simples humanos Não existindo diferenças de raça ou cor O futuro nos nossos corações está escrito Nesta nossa aventura à descoberta do amor.

É que o mesmo não tem tempo Existindo e estando fechado com esplendor Para ser libertado a qualquer altura Sendo essa a verdade para o nosso amor…

Silvalde, 2009 / 12 / 22 ANTÓNIO CRUZ


“AZUL”

A fama dos Azuis da Invicta A minha casa simplesmente chegou Os miúdos e a mulher por eles torcem Que até quando eles perderam se chorou.

Pelos estádios nacionais e internacionais Levam a glória da cidade nobre e leal Disputando vitórias ou mesmo derrotas Pensando sempre ganhar em cada final.

Torneios ou jogos a garra é a mesma Gritam lá por casa os meus Portistas Enquanto o Dragão voa bem alto Levando o sonhar por Portugal como artistas.

São gentes remota os da Invicta, Mas já conquistaram títulos “para o mundial” Numa glória que tanto sublimaram Só pensando na sua vitória final.

Ficando para as nossas memórias Os seus feitos gloriosos e as alegrias Sofri também como um bom português Em mil novecentos e oitenta sete naqueles dias.

Começando um novo reinado na Invicta Talvez mesmo uma nova era simplesmente Por terras além do nosso Douro Foram domando outros povos alegremente.

As suas sementes se foram espalhando Ao atravessarem os oceanos em voo alado Botando fogo pela boca do Dragão E pela imprensa foi bem adorado.


As suas glórias sobrepuseram-se em Portugal O Dragão no seu voar de liberdade Com engenho e muita arte vai ganhando E espalhando a sua magia sem igualdade.

Cantam pelo mundo fora as vozes De todos os portugueses bem visíveis Que sem medo vão conquistando adeptos Tornando o clube numa armada de invencíveis.

A eles se junta a voz e o coração De um miúdo que sofre e chora Desde pequenino que é um Dragão Agarrando a sua camisola não a deitando fora.

Seu coração sofre de alegria Quando joga contras os Azuis Sonha um dia vestir a sua camisola Deambulando por terrenos como Dragão impondo fuzis.

A fama das suas vitórias não cesse Cantando com a mão no seu peito São os ilustres de todos os meninos Que sonham alto mas sempre com respeito.

Eu também sou Azul, mas do Sul E tenho a Cruz de Cristo no coração Mas sempre senti e sinto o Azul do Norte Os quais admiro com alguma certa paixão.

São Paio de Oleiros, 2010 / 01 / 14 ANTÓNIO CRUZ


“CRUZ DA VIDA”

Conto sessenta segundos por ora Até começar mais um poema Onde a verdade pode ser pura Como a cruz de Cristo por tema.

É que a verdade começa Sem tempo exacto e demora A ser descoberta mas chega Entrando em minha casa sem hora.

Percorro em sessenta segundos Uma pagina em branco ainda Começando numa manhã chuvosa Sonhando com a praia bem vinda.

Vou gemendo por dentro Sentindo-me insaciável para começar Mais um poema com pormenores De um obrigado à vida sem parar.

Um som no silêncio escuto, Procurando palavras mágicas em segundos Sendo esse os meus momentos Que por excelência quebram os fundos.

Já que procurei nas noites Ver o Sol dos milagres Mas a verdade me disse sempre Que a minha cruz vem dos Algarves.


Por isso tento renovar sempre A minha escrita no seu peso Já que a cruz faz parte de mim E da verdade não estou ileso.

Posso ouvir dizer que são milagres Mas as noites não têm Sol E isso sei que é verdade hoje, Já que um sinal espero na rol.

Procuro então escrever a verdade Num sinal positivo e sem milagres Procurando também entender esta minha cruz Que um dia encontrei nas páginas com imagens.

Sei que as mesmas me transmitem Uma alegria e forma de viver Posso até entender o que diz a verdade Quando uma rosa desperta no seu entender.

Assim vivo com alegria e saber Enquanto escrevo sobre a minha cruz Com uma ponta de verdade e muito amor Já que o Sol brilha como Jesus.

Porque em Jesus acredito com fé Ao abrir uma janela na minha vida Deixando entrar a noite sem medo Tendo ao meu lado uma flor querida.


E nas noites em que surge neblina A Lua me faz companhia simplesmente Deixando sobressair nas minhas retinas A verdade pela escrita bem levemente.

Procuro então nas constelações da vida E pelas palavras uma liberdade Nunca esquecendo a alegria que vale O amor e a solidão com toda a verdade.

Procuro então hoje não esquecer Que a verdade vêm da cruz Tendo ilusões ou mesmo muito querer Nunca estando só esperando uma manhã de truz.

Por isso digo que o amor Trás o Sol cheio de vida Enquanto escrevo por ora a verdade Vivo este momento de alegria perdida.

Já que a mesma noutros tempos A perdi sem sequer ver o Sol Aprendi então com Jesus a escrever Ao abrir a minha janela sempre em prol.

Pois certas canções que aprendi Ensinaram-me a procurar o amor E hoje posso dizer a verdade Que na cruz também descobri a cor.


Uma cor formada por alguma dor Mas que se tornou a mais bela Podendo assim escrever com vida Que serei eterno nas palavras sem vela.

Já que na minha caravela viajo Através e de velas bem ao vento Com a escrita no leme desta vida Sempre e com a verdade como seu alento.

Procuro assim hoje não esquecer Que a cruz comanda a minha vida E como aprendiz desejo a viver Mas também com a minha família querida.

Silvalde, 2010 / 03 / 05 ANTÓNIO CRUZ


“UMA PEQUENA HISTÓRIA”

Em verdade o digo e escrevo Que um dia fiz a minha história Que há tanto procurava pelo amor Chegando mesmo a ser a minha vitória.

Num certo dia maravilhoso de Verão Por até já sentia uma certa admiração Vendo como ela era uma bonita criatura Assim que obtive coragem ofereci-lhe o coração.

De seu nome Florbela e como era bela A conheci à porta de um cinema Num dia de chuva parecendo já Inverno E ficando de olho nela como novo lema.

Mas só nesse dia de Verão escaldante Seguindo todos os seus belos movimentos Fui ficando cada vez mais quente de coração Por cada vez que seguia na minha direcção.

O seu olhar cheio de felicidade me cativava Assim como que cada vez reparando em mim Senti que tinha chegado a minha hora Rezando para que esse dia não chegasse ao fim.

Nesse mesmo dia comecei a construir a história E quando ela se aproximou de mim sorrindo Acabando por confessar como eu era excepcional Não faltando elogios meus feitos ao seu ouvido.

Já que tinha escutado o meu coração Pensando como atingir o cimo da montanha Que se elevou no meu caminho já algum tempo Utilizando a minha vida como sua manha.


Pois a mesma tinha sido bem matreira Nunca chegando atingir uma nova história Um sorriso estúpido se implantou no meu rosto Não podendo sequer cantar ainda a vitória.

Um compromisso foi celebrado nesse dia Em que juntos começamos a caminhar Nesta estrada da vida com algum amor Já que nova história estava para se realizar.

Percorremos a estrada até chegarmos à montanha Pois da praia partimos prontos para fazer amor E por entre alguns beijos, abraços e carinhos Ao cimo chegamos mudando então tudo de cor.

Ao chegarmos ao nosso novo destino Um beijo grande foi oferecido de coração Visto este nosso amor ter ficado à espera De uma pancada para avançar com nova emoção.

Meus olhos se abriram perante tal ilusão Pois há muito tempo que sonhava ser feliz Precisando de construir a minha nobre história Reivindicada por um ser que sofria desde petiz.

A verdade por mim tem que ser escrita Porque a minha cruz se tornou leve Tendo conquistado o seu amor e a felicidade E escrevendo esta pequena história despeço-me até breve….

Mozelos, 2010 / 03 / 20 ANTÓNIO CRUZ


“ANTONIO”

Sou António de nome pessoal Mas não sou nenhum santo Porque já tenho pecados a mais Para a vida que levo e tanto.

Faço hoje uma paragem no tempo Onde posso reflectir com sentimentos Por isso escrevo algumas verdades Pensando na minha cruz por momentos.

Ao pensar em tudo que é bom Recuso-me a querer voltar ao passado Já que certas mágoas nele existe Por isso hoje só quero ser amado.

Escrevo por entre as linhas Que a minha vida foi criando E que o meu coração também guardou Visto que em criança não fui mimado.

Andei por entre as ruas e vielas Que se foram criando com amargura Apesar disso tudo sou uma pessoa Que se tornou comum na sua aventura.

Sou uma pessoa apelidado de maravilhoso Já que posso através da escrita Atingir um coração desfigurado pelo tempo Fazendo muitas coisas boas com se dita.

Dizem que sou útil no que faço Talvez por isso continue a o fazer Sendo expressivo na minha escrita Abrindo o meu livro do bem-querer.


Já que por mim mesmo preciso Que a liberdade da minha escrita Possa ser útil guardando os momentos Que fazem da minha vida erudita.

Guardo assim nestas páginas a confiança Com que descrevo as minhas letras perfeitas De um aprendiz quase perfeito de vida imperfeita Não querendo ser julgado o suficiente nas receitas.

Assim vou tentando realizar os desejos Que ficaram gravados pelo tempo meu Vou reflectindo como António que sou Não esquecendo cada pedaço seu.

Por isso procuro em cada momento que corre Motivos de alegria e esperança em fé Perante todas as situações adversas da vida Tentando escrever e não importa sobre o quê assim é.

E apareça o que apareça no momento Só preciso de ser feliz no meu dia-a-dia Vou tentando com alguma verdade escrever Não perdendo o entusiasmo pela vida nesse dia.

Talvez por isso utilize os pensamentos positivos Perante uma solidão descritiva mas existindo amor Principalmente tendo a certeza que Deus Vai guiando este meu caminho apesar de alguma dor.

Mas sempre abençoando esta minha escrita Assim como quem amo nesta vida matreira Chegando ao lado do prazer com uma certeza Sendo ainda aprendiz de certa forma de primeira.


Por isso reflicto sobre o me nome Em cada letra que escrevo neste momento Não tentando fugir à verdade com amor Já que preciso mito desse mesmo sentimento.

A – Amor que sempre necessito dos meus N – Navegador por entre as letras da poesia T – Tonto por não saber quando pára o dia O – Oração por ser temente a Deus N – Nascimento de um aprendiz de poeta do dia-a-dia I – Ilusão por uma verdade num último adeus O – O posição à fadiga por falta de paz que tanto se escrevia.

Assim termino mais este desabafo António Num local distante sobre estas páginas brancas Já que procuro ser feliz naquilo que escrevo Ignorando a vida matreira por entre as brancas.

Sendo brancas que vão crescendo na barba Transmitindo a idade e o tempo vivido com histórias As mesmas vou escrevendo no meu dia-a-dia, Com felicidade e assim conquisto as minhas vitórias.

Águeda, 2010 / 03 / 21 ANTÓNIO CRUZ


“MENSAGEM DE ESPERANÇA VIVA”

A verdade é que o meu mundo Está rodeado pelas nobres montanhas E pelas florestas, nuvens que circulam Pois assim nestas palavras não aplico manhas.

É que daqui de cima vejo Tudo tão calmo e em silêncio puro Já que fui convidado pela amiga Lua A desligar-me de tudo e saltar o muro.

Assim deixei-me envolver por este lugar Onde existe uma mística e partilha amiga Ao viajar até à minha Lua solitária Vejo o mundo ainda de uma forma antiga.

É que com os meus amigos de lá Partilhei o espírito em sonho das aventuras Avistando o que os Incas e os Maias deixaram Sendo tudo mais que uma serie de pedra duras.

É que eles mesmos nos deixaram sonhos, Que pela nossa Terra ficaram à espera Pois é tudo diferente daquilo que esperamos Ou tentamos imaginar nesta nossa bonita esfera.

Se não fizermos expectativas encontramos amizade Mesmo junto ás muralhas milenar unindo as vozes Para um futuro misterioso e um futuro optimista Com o conhecido e o desconhecido sendo duro como nozes.


É preciso descobrimos as emoções únicas, E não criamos cidades de sonhos ou dois mundos Assim ao alto e sentado na minha Lua Vejo tudo até mesmo os rios sem fundos.

Não faltando uma música de fundo Enquanto escrevo ao mundo de coração Seguindo um ritmo e sentindo vontade de dançar Mesmo aqui nunca esquecendo esta minha paixão.

Já que fugi da minha cidade um dia Sentindo a sua encruzilhada na qual me ia afogando Faltando a paz entre as suas várias culturas Sendo barulhenta e por vezes vou também chorando.

Ao não existir instrumentos para me alegrar E todo o puro divertimento que nela habita Não tendo interesse de onde é ou a sua cor Guerras se fazem até por uma simples “pita”.

Chego às alturas das torres vidradas Através das minhas palavras subindo as encostas Que desejam ser verdejantes ressuscitando com ávida E onde o vento poderá soprar forte e sem portas.

Não parando a vida colorida de crescer Já que por vezes uma lágrima triste corre Pelos mares e rios partindo ao meio a vida Mas existindo ainda liberdade para quem não morre.


Pois assim também me dá vontade de verdade De chorar ao faltar-me um sorriso de alegria Já que por inteiro desejo ver um dia Esta minha felicidade lá do alto já que tanto pedia.

Esta mesma mensagem eu preciso de escrever, Para que as pessoas saibam que ainda existe Uma esperança viva pêra este nosso mundo Tendo liberdade para escrever como aprendiz que persiste.

Nogueira da Regedoura, 2010 / 03 / 23 ANTÓNIO CRUZ


“APRENDIZ SILVALDENSE”

Tal como o amigo “descobridor” Espinhense Que um dia escreveu sobre a cidade Espinho Sua terra natal sendo a minha também De onde parti um dia seguindo novo caminho.

Mas a ela voltei outro dia para trabalhar E onde aprendi com o mesmo mestre a escrever Assim como a arte de tipografo ficando perto do mar Olhando as suas ondas e vendo o mesmo crescer.

Recordo esse passado de tenra idade Que levei até chegar a ser jovem Ficando comigo a sua amizade de mestre Já que sou aprendiz das letras mas hoje homem.

É que um dia como ele de poiso mudei Parando pelas terras de Silvalde sem o saber Que será aí que começaria o meu caminho Para uma vida nova nesta arte de escrever.

Com tanta coisa que por lá passei Que nesta monografia vou descrevendo Sempre que encontre um tempo livre no dia Carregando nas linhas das suas folhas o meu enredo.

Só tenho que pedir perdão ao mesmo tempo Que sinto querer escassear nestas minhas vidas Por culpa minha também vejo o mar partir Levando as palavras por mim escritas e tão pouco lidas.

Já que me descuido das amizades realizadas Nestas curtas mas longas vidas de sentimentalista Só me resta não encontrar o fim do dia Sabendo então que podei continuar como “João Baptista”.


Pois enquanto ele pregava e baptizava Eu escrevo todo este tempo descuidado Procurando alguns valores históricos e imaginários Nunca esquecendo que fico sem defesas ao meu lado.

Já que esta minha vida é feita de sobressaltos Por isso deixei de falar algum tempo de boca Vou pensando enquanto escrevo sobre os ventos E que no mar alto se avista um gaivota louca.

Procuro assim escrever algo mais levemente Já que o passado me cravou tanta coisa E hoje recordo gentes e alguns costumes Espinhenses Já que não somos só varinos de giz e lousa.

De frente a este mar de Espinho admito Que sou forçado a viver em falsa paz Visto que a minha escrita tem pouco relevo Mas mesmo assim a vivo e isso me satisfaz.

Enquanto tiver nas mãos uma caneta E as mesmas não ficarem presas um dia Vou escrevendo como aprendiz de poeta Com o apoio dos amigos e também da família.

Já que tanto faz julgar mal os outros E um dia morrerei se não tiver este prazer Não sendo ainda tarde para recordar o passado Vou tropeçando nas letras estando cego neste meu querer.

Pois a lei têm sido dura para comigo E só com os sinais da amizade consigo viver Mas não sei quanto vale a pena ler esses sinais Sabendo apenas que quero continuar a escrever.


Por isso recordo nestas folha já preenchida As palavras do meu amigo e mestre Espinhense Que a vida deve ser vivida em todo os seus momentos E assim recordo que também sou um aprendiz Silvaldense.

Silvalde, 2010 / 03 / 27 ANTÓNIO CRUZ


“PÁSCOA”

Nesta Páscoa que se aproxima Necessito de cumprir uma missão Ensinar os outros a serem fortes Demonstrando a verdade no seu coração.

Porque esta missão Cristo nos ensinou Que se acreditarmos com fé Conquistaremos a nossa paz espiritual Libertando o amor chegando a ficar de pé.

Tento agora escrever sobre a minha fé Tendo a missão descrever esse mesmo sentimento Utilizo para isso palavras minhas com luz Estando presente Cristo neste mesmo momento.

Tenho esta missão então ao escrever Fazendo chegar a chama da fé A todos que dela hoje em dia precisem Não esquecendo de fincar o meu pé.

Por isso transporto nestas minhas palavras A Cruz Viva da esperança para hoje Fazendo-a chegar ao mais necessitados E com a minha vida sei que à mesma não foge.

Pois para isso luto no meu dia-a-dia Ao abrir a porta do meu coração Deixando entrar a fé bem viva Descobrindo ser essa a minha missão.

Uma missão que desejo transportar No comboio da fé coma minha própria vida Dando o meu corpo entregue a Cristo Fazendo chegar à estação da paz ainda escondida.


E como a Páscoa se aproxima lentamente Preciso de fazer com que a luz de Cristo Ilumine o trilho da minha nobre vida Ao escrever assim sobre a mesma e não desisto.

Desta minha forma de pensar não desisto Porque o meu amor é bem realista E nesta minha fé desejo poder continuar Com a luz de Cristo iluminando a escrita.

Procuro assim nesta minha escrita Não esquecer a razão da verdade Visto que recebi este dom como aprendiz Escrevendo sempre que posso e com felicidade.

Já que a Páscoa se aproxima Não podia deixar de sobre a mesma escrever Pois agora que reencontrei o meu caminho E com fé testemunho este meu forte querer.

Não perdendo o meu sentido de vida Mesmo que tenha andado perdido Só que a amizade me fez encontrar Uma nova vida no amor de Cristo escondido.

Já que o mesmo para mim estava Algum tempo escondido no meu coração sofredor E nesta Páscoa está bem assente a verdade Que a minha cruz está cheia de amor.

Dando a minha alma à escrita E preenchendo a minha vida com esse amor Tendo ao meu lado a família e amigos Enfrento o mundo descrevendo nestas folhas alguma cor.


Pois a Páscoa está bem viva E no meu coração encontro a minha luz Por isso escrevo hoje com amor Essa verdade que está presente na cruz.

Santa Maria de Lamas, 2010 / 04 / 01 ANTÓNIO CRUZ


“DESCREVENDO O MEU AMOR”

Preciso agora de gritar bem alto Para que todos saibam a verdade Já que a mesma não diminui E que por ora não quero só amizade.

É que esta saudade me atormenta Ao não poder o teu corpo sentir É uma vontade bem forte que sinto Que me leva quase a desistir.

Mas também sei que não seria em vão Ao virar histérico por falta de prazer Já que continua dentro de mim o amor Que sinto por ti num forte querer.

Pois continuas dentro do meu coração Acelerando-o todo o tempo cada vez mais Ao me lembrar como é maravilhosa a vida Com a tua existência sendo para mim tudo demais.

Eu não quero nem desejo enlouquecer Só preciso de ter aquelas atitudes bem anormais Já que nestes momentos me engano simplesmente Ao não aceitares esta minha verdade por demais.

Prefiro dormir profundamente ao pensar Que este meu amor pode um dia acabar Pelo menos assim não me lembraria Desta distancia que nos separa ao sonhar.

Já que os meus sonhos são belos E tu estás sempre presente com a esperança Só que quando acordo sinto uma distância À qual o meu corpo exige uma certa aliança.


Não és mais uma imagem gravada Que a minha mente solitária produz E não desisto desta minha grande vontade Em que a verdade está gravada numa cruz.

Eu quero e preciso fazer algo mais Porque o amor que sinto é real Só que este certo teu abandono me fere Tipo uma faca espetada no meu coração leal.

Não é algo que seja uma forma de enganar Mas sei que a mesma me pode curar Ao se formar esta distância em amor Por isso hoje escrevo a verdade sem confirmar.

Espero assim de corpo e alma sem desistir Porque o meu amor é bem maior que isto E a distância se encurta bem demais assim Enquanto escrevo sobre a verdade não desisto.

Procuro mais que uma imagem ou palavras Para descrever o amor que sinto em mim Faltando-me por ora esse mesmo objectivo No meio desta confusão estando perto o meu fim…

Santa Maria de Lamas, 2010 / 04 / 01 ANTÓNIO CRUZ


“QUANTAS VEZES”

Quantas vezes eu já pensei nesta vida, Em desistir deixando tudo de lado Um sonho ou um ideal por realizar Faltando-me vontade para esse meu fado.

Quantas vezes eu já bati em retirada, Com o meu coração sofrendo e amargurado Pelas injustiças desta vida sem igualdade Perante as barreiras não sendo amparado.

Quantas vezes eu já senti o peso, Ao me faltar uma certa responsabilidade Sem ter com quem a dividir Faltando-me uma certa dose de superioridade.

Quantas vezes eu já senti a solidão, Mesmo estando cercado por pessoas Faltando-me as palavras certas na hora Visto que na verdade não são boas.

Quantas vezes eu já falei sem ser notado, Lutando por causas quase perdidas Voltando quase sempre para casa Com a sensação de derrota sobre as vidas.

Quantas vezes eu já tive aquela lágrima, Que quase sempre teima em cair Justamente na hora em que precisei De sentir-me forte para não desistir.

Quantas vezes eu já perdi a Deus, Um pouco mais de força estando a minha escondida Visto que a minha fé também perdia sua luz Para as soluções que então surgem na vida.


Quantas vezes eu já fiquei sem resposta, Ou mesmo um sorriso naquela hora Perante um olhar cúmplice e bem discreto Faltando-me acções ao seguir por estrada fora.

Quantas vezes eu já precisei de um cartão, Ou mesmo um bilhete num gesto de amor Nesta minha solidão tendo-a como cruz Mas insisto também sofrendo alguma dor.

Quantas vezes eu já prossegui também, Querendo sempre acreditar numa vida nova Ao transformar as minhas palavras vivas Na forma de estar sendo essa a minha prova.

Quantas vezes eu já pensei como é difícil, Deus não me ter abençoado duma outra forma Já que com esta vai mostrando o seu caminho Para a minha liberdade sem nenhuma norma.

Quantas vezes eu já tentei não escrever, Mas a minha vontade é bem mais forte E por isso insisto com a alma de aprendiz Não sendo complicado continuarei assim até à morte.

Quantas vezes eu já pensei e isso sei, Por isso vou continuar este meu caminho Através das letras tendo estas como missão Tentando e conseguindo ser feliz obtendo algum carinho…

Madalena, 2010 / 04 / 03 ANTÓNIO CRUZ


“SINTO A FALTA”

Sinto a falta de um beijo Um beijo em cada manhã Que venha a cada novo dia Ao estarmos embrulhados em lã.

Sinto a falta de um carinho Por cada vez que vejo Um casal de namorados em confidências Assim se passa este meu desejo.

Sinto a falta em cada noite De balançar no meu barco Sobre o nosso leito em comunhão Podendo sentir o abrir do arco.

Sinto a falta de voar Nos seus braços em amor Como cada ave que é livre Libertando assim esta minha dor.

Sinto a falta da paixão Que nos leva a pintar a manta Destoando as cores do prazer Enquanto o meu coração canta.

Sinto a falta do chora de criança Por cada flor que nasce livremente Como uma criança que corre Sendo a nossa nova semente.

Sinto a falta de escrever Com vida visto que estou a morrer E com verdade digo cada vez mais Que só preciso de continuar a viver.


Sinto a falta de cada olhar Vendo como é belo poder amar Já que sempre que choro Não consigo sequer saber como parar.

Sinto a falta de um grito Onde o nome da minha amada Que pode ser declamado aos ventos Tendo fome por si sendo também desejada.

Sinto a falta da minha alegria Ao não ter um sorriso no momento Em que dava tudo pelo que pedia Desejando ser amado com algum sentimento,

Sinto a falta de saber desenhar Já que em tempos sabia rabiscar Nas folhas em branco sem ter medo De alguma linha sequer poder falhar.

Sinto a falta de não ser magoado Pelas palavras que escrevo sem saber Ficando isolado na minha escrita e enterrado Num grande amontoado de mágoas sem esquecer.

Sinto a falta da minha verdade Ao ter entrado nesta solidão que surge No meu pobre coração que enfrenta Esta vida de aprendiz que em mim ressurge.

Sinto a falta do meu amor Pensando que um dia ele pode acabar Já que fui e sou um filho amado Por esta bênção de Deus sem falhar.


Sinto a falta de poder jogar Vestindo o meu equipamento com fantasia Podendo viver esta cruz de aprendiz Escrevendo sempre com um pouco de alegria‌

Canidelo, 2010 / 04 / 03 ANTĂ“NIO CRUZ


“PAI – NOSSO”

Pai – Nosso que estais no céu Nos faz demonstrar o nosso amor Por todos os que nos amam de verdade Repartindo o pão da fé com calor.

Assim o mesmo nos fará repartir Pão da unidade pelo teu reino O mesmo que nos prometeste Libertando o nosso coração deste inferno.

Que na vida se tem revelado Precisando nós do teu amor Por isso te pedimos na cruz E que esse amor habite sem dor.

Ensinando-nos a amar uns aos outros Guiados pelo caminho da justiça Ao caminharmos sem um trilho definido Pois reunidos queremos partilhar uma nova missa.

Na mesma missa encontraremos a paz Que pelo seu corpo o sangue foi derramado Assim nos faz viver permanecendo em nós Comungando com o seu filho bem amado.

Já que alguém jamais pode amar Como o mesmo sem medo nos amou Ao sermos os teus pastores nesta curta vida Procuramos a paz e o nosso credo que nos faltou.

A verdade por nós é escrita Com o espírito da vida marcado Unidos por este pão que nos transformou Ao darmos graças e afastando-nos do pecado.


Só com a nossa fé escrita Sabemos Pai que estás no céu Que a nossa verdade está na cruz Sendo a mesma erguida como um véu.

Santo o teu filho é proclamado Por todo o universo como redentor Sendo bendito aquele que morreu Ao tentar nos libertar da nossa dor.

Já que a sua missão foi morrer Tentando nos ensinar como amar Partilhando o pão da vida pelos outros E sofrendo sem nunca sequer reclamar.

Pai – Nosso que estais no céu Sendo o teu pão o da unidade A nossa fome Tu nos matará Alimentando a nossa fé com a verdade.

Silvalde, 2010 / 04 / 08 ANTÓNIO CRUZ


“MURMÚRIOS DO MAR”

Ouço os murmúrios do mar Enquanto me pagam o café Vou contando as minhas vidas Entretanto vou-me pondo de pé.

Sinto o Inverno a chegar No seu avanço ainda lento Nesta tarde cheia de magias intensas Fui assaltado com saudades do lamento.

O céu se abre num rasgar Sou assaltado por algumas dores Como disparos de uma pistola Ficando assustado por alguns horrores.

Mais pareço uma criança na hora Enquanto corro assustado rua fora O vento sopra pelo meu cabelo Com uma violência e sem demora.

O mesmo vai batendo na cara Como a minha infância ficando fria Visto que teima em não se ir embora Estando nas minhas recordações neste dia.

Por isso me lembro da história Como se fosse ainda hoje assim Numa outra noite contei em palavras A verdade perdendo o sono por fim.


E com frio fiquei de medo Já que o mesmo me atormenta Enquanto apago mais um cigarro No vaso da varanda que se lamenta.

Deambulando pela casa continuo Sem ter ponta sequer de sono Procuro apagar as minhas memórias Queimando-as no meu próprio forno.

Nas palmas das minhas mãos Leio a minha sigma na hora Por isso os meus olhos choram Não vendo uma vida nova por ora.

Mas também sei que chorei Algum tempo atrás na verdade Ao chorar o passado com o presente Não sabendo qual o futuro na realidade.

Assim enquanto escrevo estas palavras Peço aos meus amores o perdão Visto que sou um naufrago da vida Não sabendo como afastar a solidão.

Já que a mesma se instalou Ao recorrer as minhas saudades Derrubando as barreiras do amor Que ainda teima em resistir nestas idades.


E tudo o que quero ser agora Aos murmúrios do mar confessei Escrevendo uma última carta de despedida Perante as recordações que visionei.

A verdade escrevo sentado no sofá, Preenchendo as páginas vazias da vida Não sendo mais criança neste tempo Vou escutando os murmúrios do mar com ida.

Mozelos, 2010 / 04 / 09 ANTÓNIO CRUZ


“AMOR QUE SINTO”

O amor que sinto agora Em mim espalha-se em momentos Meu filho Diogo que brinca dançando Numa alegria contagiante de sentimentos.

Passo atrás de passo vai dançando Fazendo disso a sua batalha diária Não pensa em mais nada por ora Sendo essa sua ordem prioritária.

Sonha em ser um bom dançarino Um daqueles dançarinos de rua E nisso o meu coração se orgulha Vendo na sua magia que não amua.

E por falar de sentimentos de amor Já me sinto velho de verdade Olhando para a sua enorme alegria Em movimentos cheios de felicidade.

Visto que há Outonos com calor E ainda algumas Primaveras frias Mesmo assim o amor tem força Por isso Diogo de mim não te rias.

Pois o amor que sinto agora Também se equivale pró Maurício Que sonha em ter uma bola na mão Jogando com tanta determinação que nem pio.

O Andebol para si está primeiro E a sua garra demonstra chorando Quando não pode jogar “aquele” jogo Que algum tempo já é falado.


Pois não há força que torça A sua vontade de jogar com amor Porque esse amor também o sinto, Ficando doente e sofrendo na sua dor.

E o mesmo amor por ele sinto, Batendo no meu coração na hora Como pai e amigo que o sente Vendo a sua fantasia se ir embora.

Palavras de amor são proferidas Tendo respeito pela sua garra Já que vive intensamente o jogo Mesmo estando fazendo alguma farra.

E como aprendiz nesta vida de verdade Não posso nunca esquecer o amor Que sinto por este dois jovens Que vão pintando o meu coração de cor.

Já que na poesia encontro amor Também nunca esquecendo a minha Flor Que tanta força me dá e acalma A minha vida ainda recheada de dor.

Como o pai-nosso de cada dia Com o seu amor mata a minha fome Alimentando a minha alma bem solitária Através de um beijo que bem o tome.

E se for um beijo muito terno A minha fome é saciada em pecado Pois o meu amor passa além da paixão Que sinto por esse ser bem abonado.


Já que no meu escrever de aprendiz Essa mesma paixão está bem descrita Mesmo percorrendo o céu e o inferno A verdade que por si só é escrita.

O seu amor por mim existe E o mesmo não parece ter esgotado Apesar da sua cruz ser pesada Visto que atura este aprendiz magoado.

Mas o meu amor tem esperança De um dia ser libertado da solidão Ficando então com uma vida comprida Podendo dar asas ao amor com paixão.

Por isso nesta vida de aprendiz Sinto o amor que começa a crescer Ligando-se aos caminhos da família que recebi Dando a minha própria vida para crer.

Sinto assim este meu amor Não sabendo como o dizer por ora Por isso aproveito para o escrever Antes que o mesmo se vá embora.

Não sei mais o que dizer agora Sabendo que o meu amor precisa de sal Para continuar a alimentar a minha alma Pondo assim neste poema o seu ponto final.

Mozelos, 2010 / 04 / 10 ANTÓNIO CRUZ


“SANTOS e SANTAS”

Era ainda novo quando fui lá Até à capela da Senhora das Dores Com alguma fé rezando em sentimento Pedindo a Senhora para mim novos amores.

No adro da capela estando sentado Numa janela avistei uma bela rosa Na sua boca estava estampado um sorriso E no seu coração gravei a sua prosa.

Era bonita como as rosas florindo Naquela janela emprestada por alguém Senti a minha fé renovada com amor Já que a mesma podia ir mais alem.

Um andor levei pelo Senhor do Calvário, Uma “promessa” feita a mim mesmo Que aquela jovem flor queria noivar Assim o meu coração à solidão pôs termo.

O peso naquela altura se sobreponha Ao meu coração em sofrimento pelo amor Vendo os seus lábios pintados de vermelho Um beijo pedia para aliviar a minha dor.

E que a Senhora da Boa Nova Me traga um beijo puro de amor Daquela flor que no seu desabrochar Encantava o meu coração pintando-o de cor.

Sentindo a fé mais uma vez no caminho Era guiado pelo amor em forma de paixão Querendo e desejando mudar a minha solidão Aos Santos pedia para serem fiadores do meu perdão.


Já que juras de amor nós trocamos Colocando pedra sobre pedra pelo caminho Trazendo no nosso coração uma oração Que se foi cravando com o tempo e carinho.

E ao noivarmos os dois na Senhora do Mar Sobre a areia fina da sua praia Como uma tela que foi pintada com amor Jurando sempre para que o mesmo não desse raia.

As mesmas areias foram os nossos lençóis Sobre as quais depositamos os nossos corpos nus Tecendo a nossa paixão com vida e amor Para que só a Santa ouvisse os nossos “jus”.

Porque nesse dia o mar beijou as areias Assim como os nossos pés descalços e secos Enquanto pecávamos com amor nas nossas vidas Ficando no ar um perfume junto aos “mecos”.

Pois a sua “rosa” era molhada com prazer Quebrando os nossos corações feitos de pedra Visto que São Tiago nos benzeu em perdão Abençoando o nosso amor e livrando-nos de alguma queda.

Visto que muitos negaram o nosso amor Só a verdade estava escrita no além Tendo caído aos pés do meu padroeiro Benzendo a minha cruz da vida também.

Passando a ser a dona do meu coração Quando um dia ao pé do altar sagrado Disse o sim sem recuar escutando a voz Libertando assim este solitário sofredor do seu pecado.


É que esta vida se tornava já pesada E como rezar não sabia como o fazer Vou por isso escrevendo com a verdade de Deus Estando estes Santos e Santas ao meu lado a ver.

São Paio de Oleiros, 2010 / 04 / 12 ANTÓNIO CRUZ


“A CHUVA LÁ FORA”

Cai levemente a chuva lá fora Enquanto tu em mim te aconchegas Vou deixando o meu pensamento fluir Numa brisa leve e solta já que lá chegas.

Aprecio cada gota que cai Batendo na janela do nosso quarto Vou sentindo como é belo este momento Sendo eu uma pequena gota em tormento.

Já que este mundo é um oceano E que ninguém se dá conta Nem pelas boas acções que vou praticando Nem pelo carinho que sinto tem conta.

Pois esse mesmo carinho ofereço, Numa abertura criada com verdade Doando deliberadamente a cada ser humano Ficando por vezes a perder sendo para mim desumano.

Precisando tu de mim estou sempre presente Nem com a profecia que faço diariamente Volto atrás com as palavras então mal ditas Contra mim o faço esquecendo que sou gente.

Sabendo que sou apenas uma gota Neste oceano da vida que cai por ora Procuro o Sol nas minhas palavras escritas Já que ninguém se lembra que existo agora.

E depois que uma tempestade passa A minha verdade fica pregada na cruz Por isso cai sempre uma gota viva Pelo meu rosto despedaçado e sem luz.


Provocando em mim um silêncio escrito Que não consigo prenunciar em alta voz Tento então recolher nestas folhas vivas por mim Uma lágrima com saudade dos meus avós.

Enquanto a chuva cai lá fora Sinto pelo menos o aconchego de alguém Já que esse mesmo alguém certo dia Me ofereceu o seu amor para o meu dia-a-dia.

E uma doce lágrima também ela brotou Pelo seu rosto de pele suave e brilhante Ao ver que a saudade eu não escrevo Ficando mesmo por um momento bem distante.

Em verdade digo que preciso de alegria Para poder saber como a entender Visto que a mesma me estendeu a sua mão Sem medo sabendo ela como poderia viver.

O seu amor por alguém como eu Fez-me sentir uma dor ao não estar só Sua felicidade está estampada no seu coração Ao ser puro e inocente provocando em mim um nó.

Sendo assim posso dizer e escrever sempre Que com ela não estou só como esta chuva Que vai caindo, batendo nos vidros da janela Fazendo-me reflectir como se fosse exprimido da uva.

É que gota a gota se vai formando um oceano Já que o mesmo corre pelo mundo com vida Enchendo alguns buracos com a alegria e amor Só preciso de continuar escrevendo ao fechar esta ferida.


E neste meu caminhar de aprendiz Vou levando a minha cruz ao “calvário” Acolhendo aos poucos o amor com verdade Preenchendo os espaços vazios faltando o canto do canário.

Quando penso que certas pessoas me abandonaram Logo revejo neste abraço da minha amada Todo o aconchego para ter uma vida feliz Conquistando o seu coração aos poucos de bela fada.

Não sendo o perfeito dos mais perfeitos Procuro aprender a amar me dando conta Como é difícil aparar todas as gotas Que a chuva da vida faz criar novos horizontes de ponta.

E nestas palavras que escrevo como aprendiz Dito nas suas alíneas a verdade com alma Já que o meu silêncio entendo na sua perfeição Neste mundo imperfeito pois nele procuro a calma.

Enquanto cai a chuva lá fora livremente Vou sonhando com uma nova vida de verdade Apesar da minha cruz ser ainda bem pesada Nada me impede de sonhar com toda a minha felicidade.

Silvalde, 2010 / 04 / 16 ANTÓNIO CRUZ


“POEMA A UM AMIGO”

Não poderia deixar de escrever Sobre um amigo Silvaldense “Manuel António” Padre desta mesma paróquia durante longos anos E que me ajudou a chegar a um pódio.

Meu amigo é e o será para sempre Mas sendo eu assim e não sabendo brincar Chateado ficava sempre para com ele Porque só me sabia mandar rezar.

Fui crescendo e um dia me convidou A entrar no seu comboio da fé Sua mão me estendeu com amizade Continuando até hoje a mesma de pé.

Sou um aprendiz por esses caminhos Mas a sua esperança nunca morreu Pelo contrário começou por dar as mãos E agora com o coração em chamas ela cresceu.

Cresceu e continuará sempre a crescer Uma chama viva em fé por Cristo Mas só com a sua ajuda o consigo Atingir a meta verdadeira por isso não desisto.

Sua amizade para mim é bem patente Nesta terra que me viu assim crescer Sendo ainda um aprendiz vou escrevendo Que preciso de si e não o quero mais esconder.


Já que a minha fé começa a ser verdadeira E a sua porta abriu aos “velhos” para regressarem Ao nos distanciarmos não deixamos o seu carinho Sequer se apagar por algum tempo e não desesperem.

Pois por si amigo Padre Manuel António Todo o amor por esta Vila é bem demonstrado Com palavras verdadeiras e sem fraquejar um minuto Vai abrindo o nosso coração para a fé como é esperado.

Estas minhas palavras podem parecer demagogia Mas são bem reais porque o meu caminho se iluminou Desde o meu nascimento até ao meu casamento E assim por este caminho muito mais me ensinou.

Assim com estas palavras faço um agradecimento Pela sua amizade já oferecida sem contrapartidas Demonstrando que a vida deve ser vivida com fé Nunca desistindo do trilho traçado mesmo com feridas.

Feridas essas com que a vida nos marca Mas se soubermos acreditar bem as podemos curar Sendo a Luz de Cristo a nossa verdadeira meta atingir Devemos então o Padre Manuel António como amigo ajudar.

Já que o seu amor por nós é demonstrado Com uma certeza bem à sua maneira Nunca perdendo o sentido da vida a Fé E deste nosso amigo não devemos desistir à primeira.


Assim como amigo guardo as suas palavras, Já que o meu coração que se abriu um dia Ao ser acolhido em Silvalde com toda amizade E como aprendiz escrevo a verdade como se lhe pedia.

Por isso que nunca perca a esperança Pois esta paróquia só lhe deve agradecer Ao ter um amigo como o Padre Manuel António Que muito nos têm ajudado na fé a crescer.

Silvalde, 2010 / 04 / 20 ANTÓNIO CRUZ



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