2 minute read

Bancos podem bloquear recursos de usuários do sistema Pix por suspeita de fraude

Next Article
Fiscalização

Fiscalização

Bloqueio preventivo de 72 horas dá mais tempo para análise da operação, aumentando a segurança do sistema de pagamentos

O Banco Central (BC) anunciou em setembro novas medidas com vista a garantir maior segurança nas operações com o sistema de pagamentos Pix. A partir de 16 de novembro, as instituições financeiras estão autorizadas, em casos de suspeita de fraude, a bloquear os recursos recebidos em conta de usuário pessoa física, por até 72 horas. Conforme a instituição, a intenção é permitir a realização de "uma análise de fraude mais robusta, aumentando a probabilidade de recuperação dos recursos pelos usuários pagadores que foram vítimas de algum crime" . O BC, sempre que houver bloqueio, deverá comunicar ao usuário recebedor da transferência pelo Pix. Outra medida anunciada foi a obrigatoriedade de notificação de infração, mesmo para as transações em que o pagador e o recebedor possuam conta na mesma instituição financeira, bem como em transações rejeitadas por suspeita de fraude. Hoje, essa notificação é facultativa "Esse mecanismo permite que as instituições registrem uma marcação na chave Pix, no CPF/CNPJ do usuário e no número da conta quando há fundada suspeita de fraude" , explicou o Banco Central. Além disso, as informações serão compartilhadas com as demais instituições sempre que houver uma consulta a uma chave Pix, dando mais subsídios aos mecanismos de prevenção à fraude das instituições. Segundo o BC, essas medidas incentivam os participantes a aprimorarem cada vez mais seus mecanismos de segurança e de análise de fraudes. Antes dessas, o BC já tinha anunciado outras medidas antifraude, o que incluía, além do Pix, outros meios de pagamento. A principal delas foi o estabelecimento de um limite de, no máximo, R$ 1 mil para operações realizadas entre 20h e 6h da manhã do dia seguinte. Já em vigor desde o dia 4 de outubro, a medida permite que esses limites sejam alterados a pedido do cliente, desde que formalizado nos canais de atendimento eletrônico. As medidas de segurança anunciadas estão relacionadas ao aumento do número de casos de sequestros-relâmpagos, furtos de celulares e golpes digitais por criminosos que visam acessar as contas bancárias das vítimas para roubar o dinheiro por meio de transferências do Pix. O esforço para deixar o sistema mais seguro é também uma resposta à rápida adesão dos brasileiros ao Pix. Com menos de um ano de funcionamento, ele já disputa com o cartão de débito e o dinheiro em espécie como principal meio de pagamento. Diante dessa grande aceitação, o Banco Central quer expandir a oferta de serviços pelo Pix, por meio das funções Pix Saque (que permitirá o saque em dinheiro em estabelecimentos comerciais) e o Pix Troco (que também permitirá o saque, mas associado a uma compra ou à prestação de um serviço). Essas funções devem estar disponíveis a partir do dia 29 de novembro.

Advertisement

This article is from: