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BIS - Nº 63 Julho 2014

Sindicato do Comércio Varejista de Material Óptico, Fotográfico e Cinematográfico no Estado de São Paulo

Entrevista: Roman Grasso do Portal Opticanet página 7

Abram Szajman: A construção da democracia página 11

Obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical por empresas sem empregados

Reunião de implantação do Comitê de Estudos Multidisciplinar página 4

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Seu negócio merece destaque! Por Sandra F. da Silva

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BC regulamenta a portabilidade de crédito página 9

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editorial

Tempo de mudanças e reorganização do varejo E

stamos na metade do ano. Este primeiro semestre, foi de expectativas, as manifestações violentas contra a Copa do Mundo, criou um clima de tensão no mercado varejista. Chegou a Copa e durante o segundo jogo do Brasil, ocorreu uma nova manifestação contra ela em Brasília, porém ela parou para poder acompanhar o jogo sob a justificativa que ninguém é de ferro. Os últimos meses tem sido duros para o empresariado do varejo, tivemos uma páscoa igual a do ano passado, uma queda nos números das vendas do dia das mães, o pior dia dos namorados dos últimos cinco anos, e o varejo óptico amargando dias parados, meus vizinhos fechando as portas, inclusive lojas de óptica, nunca vi tantas lojas vazias com placa de aluga-se no nobre bairro dos Jardins em SP. Pesquisa da Fecomércio em SP apontou queda de vendas do varejo paulista de 12,9% em junho. Mas somos brasileiros, e otimistas por natureza, procuramos driblar as dificuldades, nos afundamos nos bancos, mas acreditamos na recuperação. Acreditamos que o Brasil será campeão e que isto trará um novo vigor ao povo. Também teremos eleições, e o povo acompanhará os debates políticos, fará sua avaliação

dos candidatos e seus partidos, torcendo para que suas escolhas sejam corretas e elejam aqueles candidatos que lutarão para fazer do Brasil um país melhor, trabalhem na geração de empregos, controle da inflação, combate a corrupção, redução do déficit primário, combate a ilegalidade, como: contrabando, descaminho e pirataria que tanto prejudica o mercado legal e formal de óptica no país. Nossas entidades como os Sindiópticas e a Câmara Brasileira de Produtos e Serviços Ópticos da CNC trabalham para que este mercado continue a crescer e que a ilegalidade seja combatida. Pois, os empresários ópticos que trabalham corretamente e acreditam em suas entidades, legitimas representantes do varejo óptico brasileiro. O empresariado óptico é antes de tudo um forte (parodiando a frase de Euclides da Cunha em seu livro: Os Sertões), então tudo dará certo no final. Boas vendas a todos! Akira Kido Presidente

Fale Conosco O SINDIÓPTICA-SP disponibiliza aos empresários do varejo óptico, fotográfico e cinematográfico no Estado de São Paulo um canal de comunicação direta, pelo qual eles podem expor suas reivindicações e reclamações ao sindicato. Se a região em que seu estabelecimento se encontra está passando por algum problema, a ponto de comprometer o desempenho do seu empreendimento comercial, entre em contato com o SINDIÓPTICA-SP: 11 3259-3648 l contato@sindioptica-sp.com.br

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O Boletim Informativo Sindióptica - BIS - é uma publicação do Sindióptica-SP - Av. 9 de Julho, 40 - 11º andar cjs. 11 - D/F - São Paulo - SP - CEP 01312-900 - Tel.: (11) 3259.3648 - 3259.5826 - 3256.6011 e-mail: sindioptica@sindioptica-sp.com.br - www.sindioptica-sp.com.br Tiragem 6.000 exemplares - Distribuição gratuita - Comite editorial: Sr. Akira Kido, Luis Alberto P. Alvez, Dra. Maracy Marquez Ferraz. Diagramação: Alexandre P. Campos Fº - Produção gráfica: Cyan Artes Gráficas


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notícias

Reunião de implantação do Comitê de Estudos Multidisciplinar O CE Multidisciplinar tem o objetivo de elaborar Norma Técnica para etiquetagem de produtos ópticos, visando a padronização das informações dos produtos oferecidos aos consumidores.

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SINDIÓPTICA-SP, no dia 18/06/14 participou, juntamente com outras entidades nacionais do varejo e indústria, em evento da ABNT CB 49 (Comissão Brasileira da ABNT para elaboração de Normas Técnicas de Fabricação para Produtos Ópticos), da implantação do CE MULTIDISCIPLINAR, para elaboração de Norma Técnica para etiquetagem de produtos ópticos, visando criar uniformidade das informações para produtos que são oferecidos aos consumidores, como: Óculos de Proteção Solar, Armações, Lentes de Contato, Acessórios, etc. principalmente dos produtos expostos em vitrine, de modo a satisfazer plenamente os dispositivos legais, principalmente da Lei Nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 – Código de Proteção e Defesa do Consumidor. Acreditamos que a elaboração desta Norma, irá contribuir para as entidades publicas fiscalizatórias como:

Procon, Decon, etc. quando em curso de suas fiscalizações terem uma referência especifica sobre os produtos ópticos em exposição, pois assim como o varejo precisa obedecer critérios específicos de precificação dos produtos expostos, a industria e os importadores, também devem seguir regras especificas das informações gravadas nas armações e demais produtos e impressas em prospectos que os acompanham. O SINDIÓPTICA-SP único e legitimo representante do varejo óptico do Estado de São Paulo, sempre lutando pelos direitos das empresas de óptica que representa, tem neste comitê um membro de sua diretoria como participante ativo e permanente. SINDIÓPTICA-SP, sempre lutando em favor do Varejo Óptico do Estado de São Paulo. Conte sempre conosco! Um abraço, Akira Kido Presidente

Decisão TST: Obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical por empresas sem empregados

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ECURSOS DE REVISTA DOS RÉUS. CONTRIBUIÇÃO SINDICAL. EMPREGADOR. Os arts. 578 e 579 da CLT dirigem-se a todo aquele que pertença a uma determinada categoria econômica, não fazendo qualquer exigência quanto à necessidade de contratação de empregados pela reclamada. Assim, onde a lei não distingue, não cabe ao intérprete fazê-lo. Recursos de revista conhecidos e providos. No mérito destacam-se os seguintes trechos do Acórdão: - Discute-se, nos autos, se a ausência de empregados exclui ou não, a empresa da obrigatoriedade do pagamento da contribuição sindical, prevista no art. 480, III, da CLT. - A obrigatoriedade da contribuição sindical anual está prevista nos arts. 578 e 579 da CLT.

Depreende-se, assim, que todos os empregados, trabalhadores autônomos e empresários, que integram uma determinada categoria econômica ou profissional, estão obrigados por lei ao pagamento da contribuição sindical, não sendo relevante, para tanto que a empresa tenha ou não, empregados. Foi a sentença do acordam por unanimidade dos Ministros da Terceira Turma do tribunal Superior do Trabalho. O fato gerador da contribuição sindical é a situação definida nos arts. 578 e 579 da CLT: estar o sujeito passivo participando de determinada categoria sindical. (Fonte: Tribunal Superior do Trabalho TST Processo nº TST-RR-664-33.2011.5.12.0019).


notícias

Entra em vigor lei que aumenta pena para o crime de contrabando A

lei (Lei 13.008/14) que aumenta a pena para o crime de contrabando foi publicada no Diário Oficial da União nesta sexta-feira (27). Quem cometer esse crime poderá a partir de agora ser condenado de 2 a 5 anos de prisão. Antes, a pena era de 1 a 4 anos. O relator do projeto na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, deputado Felipe Maia (DEM-RN), afirmou que a lei será positiva para a sociedade e para a indústria nacional. “Nós temos prejuízos não só na parte econômica como também na saúde da população, quando se inserem produtos contrabandeados”, destaca o deputado. Para caracterizar contrabando, é preciso importar ou exportar clandestinamente mercadoria que dependa de registro ou autorização de órgão público competente. Fonte: Agência Câmara Notícias.

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Transparência fiscal Lei da nota fiscal é um avanço importante, mas insuficiente.

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uase um ano e meio após ter sido sancionada, a Lei 12.741/12, conhecida como Lei da Transparência Fiscal ou Lei da Nota Fiscal, foi regulamentada e entrará em vigor a partir de 2015. A lei prevê a obrigatoriedade de informação, pelos estabelecimentos, dos valores de alguns tributos – ICMS, IPI, ISS, PIS/COFINS, IOF e CIDE, no cupom ou nota fiscal, ou ainda em local visível.

Como se tem reiterado, a deformações produzidas pelo sistema tributário brasileiro e os excessos cometidos pelo Fisco, nos três níveis de governo, incentivaram a criação de tal lei. Não se discute que a medida represente um avanço nas relações de consumo, pois visa dar ciência ao consumidor sobre o quanto está pagando de tributos na aquisição de bens e serviços. Mais do que isso, num processo evolutivo, pode ensejar o maior esclarecimento e a conscientização do contribuinte, desenvolvendo seu senso crítico, conscientizando-o de seus direitos. No entanto, o decreto que regulamenta a lei, publicado no dia 6 de junho deste ano, sugere algumas questões que merecem reflexão. Se, em razão da lei, estão em jogo o direito de consumidores e a obrigação de empresas, o que caberia ao próprio Fisco? Além do mais, como não estranhar o fato de a regulamentação da lei agregar novas exigências? São percentuais ou valores absolutos dos tributos e sua destinação à União, Estados e Municípios, que ampliam a complexidade e dificultam o seu cumprimento por expressiva parcela do setor empresarial, notadamente por micro e pequenos estabelecimentos de comércio e serviços. Seja como for, são questões que continuam sem resposta dos poderes competentes, por indiferença ou conveniência, mas que acabam envolvendo os agentes econômicos, os contribuintes em geral. O consumidor, a quem se procura mostrar uma parte da perversa realidade tributária a que está sujeito, mas que não tende a mudar, apesar da nova lei. E o setor empresarial, sempre vulnerável à críticas e pressões de diferentes setores de opinião, como se poder tributante tivesse, quando, na verdade, também é refém da onerosa carga tributária perpetuada no país. Como ressaltado, a Lei 12.741/2012 representa um importante avanço, mas mostra-se insuficiente diante do problema de fundo, que permanece fora de foco, encoberto pela cultura fiscalista no País. Afinal, o que se busca atingir é um sistema tributário nacional reduzido e simplificado, uma legislação sem burocracia e estável, uma carga tributária justa e compatível com a capacidade contributiva das pessoas físicas e jurídicas.

Não sabe onde encontrar o Livro de Óptica? Entre em contato conosco: por e-mail: contato@sindioptica-sp.com.br ou pelo fone (11) 3259-5826


BIS – Sr. Roman, o SindiópticaSP agradece muito por nos conceder esta entrevista e o parabeniza pelos excelentes serviços prestados a comunidade óptica, tanto aos empresários como aos profissionais através de sua revista eletrônica o Portal Opticanet presente no mercado com atualização diária ou as vezes mais de uma vez ao dia, o mercado agradece. Gostaríamos agora que fizesse um curto relato nos contando como idealizou o Portal Opticanet e qual o seu relacionamento com a óptica, já existia antes de mudar para o Brasil ou se deu através do portal? E nos diga qual a sua formação? Roman – Primeiramente queria agradecer o convite para esta entrevista! Minha família tem a principal óptica na cidade St.Gallen na Suíça. Deste muito cedo estou envolvido com a óptica, na produção de armações e feiras deste mercado. Com 16 anos fiz o curso técnico em óptica que lá tem a duração de 4 anos, sempre trabalhando na loja e na distribuição de armações. Em seguida fiz uma pós-graduação de 2 anos em mídias digitais e webdesign. Em um intercâmbio de 6 meses no Canadá para aprender inglês conheci minha esposa brasileira. Quando me mudei para o Brasil 12 anos atrás queria trazer equipamentos de precisão para o mercado Óptico e Oftálmico, rapidamente me dei conta de que é bem complicado importar para o Brasil, principalmente equipamentos para a área da saúde. Percebi que no Brasil não existia um Portal focado para o mercado óptico, então desenvolvi o conceito da empresa, aproveitando meu conhecimento de óptica e programação, e em 2004 nasceu a Opticanet.

BIS – O Portal Opticanet desenvolve vários projetos conjuntos com o Sindióptica-SP, como o Curso Básico de Óptica Oftálmica e agora lançou também o Curso de Lentes de Contato. Como que surgiu a ideia da realização destes cursos e como se deu a aproximação do Opticanet com o Sindióptica-SP? Roman – Como todos sabem, conhecimento é o caminho para profissionalizar de fato e agregar valor para o vendedor, para a loja e mercado. Existem poucas escolas de Óptica e Optometria e a distancia entre elas, o transito das grandes cidades ou mesmo a falta de recursos dificulta ainda mais o acesso esses cursos. Por estes motivos criamos a nossa plataforma de educação à distancia para facilitar o acesso ao conhecimento. O Sindióptica-SP foi o parceiro ideal, agregando os conhecimentos do mercado ao material elaborado por Sr. Luis Perez executivo do Sindióptica-SP, conseguimos oferecer um curso de óptica completo e gratuito. BIS – Como você enxerga o mercado óptico brasileiro atualmente e que expectativas tem dele para um futuro próximo? Roman – O mercado brasileiro vive um momento crucial em que precisa se profissionalizar ou se profissionalizar, não tem plano “B”. E acredito que isso deve ser feito em todos os níveis: vendedores, estoquistas, gerentes inclusive proprietários mesmo todos os envolvidos. Não adianta simplesmente ter um ponto de venda bonito e achar que a venda será automática. O cliente está cada vez mais bem informado, já sabe o que quer e onde comprar. Por isso a presença e o atendimento devem ser

entrevista

Roman Grasso, diretor-proprietário do Portal Opticanet estendidos além do espaço físico da loja. É importante ter um site próprio, com atuação e conteúdo relevante para o cliente, tanto no site quanto nas redes sociais e quando o cliente está fisicamente na loja, atendê-lo de forma atenciosa, utilizando o conhecimento aprendido para atender as suas necessidades.

Já no pós-venda é imprescindível direcionar a comunicação para cada faixa etária, observar o histórico de compras e interesses dos clientes. Para isso é necessário ter um sistema confiável e o mais importante, uma gestão que sabe ler e gerar ações ativas encima destes números. BIS – As redes internacionais estão se instalando definitivamente no Brasil, você que conhece estas empresas fortes na Europa, Ameri-

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entrevista

ca do Norte, e Ásia, acha que elas podem ser prejudiciais ao mercado brasileiro ou podem nos ensinar a trabalhar de outra forma, ajudando no crescimento do mercado? Roman – Na verdade as redes internacionais já estão de olho a um bom tempo no mercado brasileiro, mas com pouco números confiáveis, alta tributação e falta de profissionais formados, não conseguiram entrar massivamente no mercado nacional ainda. Mas isso é ao nosso favor de prepararmos as nossas lojas e equipes para o dia que isso aconteça.

mercado

BIS - Com a sua visão ampla e conhecedor do mercado no que diz respeito a indústria e varejo óptico. O que falta para o mercado nacional melhorar suas vendas no segmento óptico e no seu ponto de vista o que já estamos no caminho certo?

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Roman – Um ponto que percebo é que a loja acha que pode comprar com qualquer fornecedor, muitas vezes duvidoso sem nota ou em ruas populares. Na verdade, a boa venda na óptica começa com uma boa compra, pois quem precisa dar assistência para o consumidor é a óptica no final. Por isso ela precisa ter um relacionamento bom com os principais fornecedores para ter acesso aos serviços de troca etc. e isso custa. Por isso é uma interdependência entre fornecedor-ópticafornecedor que precisa ter um equilíbrio e não sempre pressionar por desconto, senão o relacionamento não perdura. BIS – Gostaríamos agora, para finalizar, que você falasse aos nossos empresários, transmitindo a eles, sua visão do mercado óptico alguns conselhos uteis para se crescer

com qualidade e solidez neste mercado. Roman - Uma forma para sua loja independente ficar mais sólida é vender marca própria, personalizando produtos como lentes, acessórios, lentes de contato e soluções, como se diz “private label”. Segmentar a comunicação para os clientes exemplo: Lentes progressivas somente para clientes à partir de 40 anos e usar os diversos canais como Site, rede social, SMS e carta para cada público. Avisos periódicos, por exemplo de que chegou o momento de renovar a receita, ou uma marca que o cliente já comprou e chegou um modelo novo etc. Vendendo mais para o mesmo cliente, por exemplo indicando Lentes de contato e óculos solares com correção ou de leitura. Enfim cuidando e atendendo as necessidades visuais por completo.

Seu negócio merece destaque! Q

ualquer empresário, por menor que seja o negócio, sempre se preocupa com o que deve fazer para manter e principalmente aumentar sua participação de mercado. Muitas ações podem ser utilizadas, mas certamente a diferenciação será o principal responsável por esta vantagem competitiva. O cliente tem acesso a produtos por diversos canais: lojas de rede e independentes, nos shoppings, nas ruas, e principalmente através da internet. Este fácil acesso ao produto, ameaça a participação de mercado do seu negócio, já que o principal influenciador na tomada de decisão do cliente passa a ser o preço e depois o prazo de entrega do produto. Na tentativa de ganhar este cliente muitas lojas reduzem os preços e as margens, um vício muitas vezes sem volta.

Faça melhor, diferente! Seja melhor em tudo o que for relevante ao seu negócio, como ter um ambiente mais agradável e aconchegante para o cliente, comunicação visual atualizada e de informações claras. Enquanto as grandes redes oferecem um atendimento padrão e de massa, ofereça um atendimento personalizado, exclusivo e conveniente. Toda loja de óptica vende óculos, mas aquelas que apresentarem diferenciais percebidos tendem a atrair muito mais clientes para dentro da loja, que serão fidelizados pelo atendimento, preço e prazo de entrega. Se o seu concorrente atende mal, então eleve o nível de atendimento na sua loja. Se ele não tem qualidade, então tenha muita qualidade. Se o seu produto é caro, treine sua equipe para que demonstrem e transmitam conhecimento sobre o produto, de forma a agregar valor e diferenciais, justificando seu preço e fidelizando os clientes.

Isso tudo lhe parece básico? Mas muitos empresários estão desatentos aos acontecimentos dentro do seu negócio e aos sinais enviados pelos clientes. Veja isso como uma oportunidade! Não tenha apenas idéias, coloque no papel e discuta com a sua equipe. Será fundamental manter o foco na execução para que as idéias saiam do papel! Sandra Ferreira da Silva Essencial Consultoria – Gestão de Negócios Email: sandra.essencial@uol.com.br


Medida permite que o cliente transfira o financiamento para outro banco, negociando melhores condições de pagamento.

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ntrou em vigor, no dia 5 de maio, a Resolução do Banco Central nº4.292/13, que dispõe sobre a portabilidade das operações de crédito. Com isso, ficará mais fácil para o cliente trocar de banco a partir da negociação de melhores condições financeiras nas operações de crédito. A medida veio somar-se a outras duas facilidades que já existiam: 0 carregamento da conta-salário e dos dados cadastrais de um banco para outro, de forma rápida e sem custos. O Banco Central prevê que a portabilidade de crédito fomentará a concorrência entre os bancos, proporcionando taxas de juros mais atraentes aos consumidores. A Resolução nº. 4.292/13 traz diversas condições para que a portabilidade de crédito seja realizada com sucesso. Assim, para facilitar o entendimento sobre as novas regras, destacamos algumas delas: Prazos e valor da dívida – Quando requisitado pelo cliente, o banco que possui o empréstimo, o financiamento ou o arrendamento mercantil deverá fornecer em um dia útil saldo devedor, número do contrato, modalidades e taxas de juros cobradas, entre outras informações. A instituição tem cinco dias para fazer uma contraproposta ao cliente. Custos – A medida proíbe cobrança para a transferência de um banco para o outro. Entretanto, pode ser cobrada tarifa de confecção de cadastro para início de relacionamento com o novo banco. Nas operações de crédito e de arrendamento mercantil contratadas antes de 10/12/2007, o banco com o qual o cliente já tenha operação pode cobrar tarifa de liquidação antecipada.

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BC regulamenta a portabilidade de crédito Para os contratos formalizados com pessoas físicas e com micro e pequenas empresas, assinadas a partir de 10/12/2007, é vedada a cobrança de tarifa por liquidação antecipada. Quitação – A quitação do empresário, financiamento ou arrendamento mercantil é realizada entre as duas instituições bancárias. Na realização da portabilidade, o valor total da dívida deve ser informado ao novo banco, que quitará os pagamentos com o banco antigo, saldando a dívida antecipadamente. Obrigação – A instituição com a qual o cliente já tenha a operação contratada é obrigada a acatar o pedido de portabilidade. Porém, o banco para o qual o cliente queira levar a operação não é obrigado a aceitar o pedido. O novo banco só pode alterar a taxa de juros do contrato, devendo manter o prazo e o valor da operação original. A transferência dos recursos, de um banco para o outro, deverá ser feita por meio da transferência eletrônica disponível (TED). A nova norma de portabilidade de crédito é um importante avanço no aprimoramento do sistema bancário no Brasil, pois permite aos consumidores buscar taxas de juros mais atrativos para financiamento já contratados e, principalmente, para crédito imobiliário, que envolve valores e prazos maiores. Contudo antes de realizar a portabilidade, é importante que o consumidor pesquise e compare as melhores taxas, evitando futuro descontrole financeiro. Fonte: Economix

Pesquisa: você pode confiar em seus óculos de sol? A pesquisa foi tema de matéria produzida e veiculada pela rede inglesa de TV BBC News, em 26 de junho.

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esquisa desenvolvida no Laboratório de Instrumentação Oftálmica da Escola de Engenharia de São Carlos (EESC), e coordenada pela professora Liliane Ventura, criou um totem de Autoatendimento para Verificação da Proteção Ultravioleta de Óculos de Sol. Com capacidade para medir até 400 nm (comprimentos de onda de radiação ultravioleta), o totem é o primeiro sistema de autoatendimento do mundo a verificar se os óculos contam mesmo com proteção UV.

Basta colocar os óculos em local indicado no totem e seguir as indicações dadas no monitor. Em alguns segundos, o equipamento identifica a categoria dos óculos, qual é o grau de escurecimento das lentes, aponta em quais situações pode ser usado, qual a proteção ultravioleta que possuem e se essa proteção está adequada. Para assistir o vídeo, basta digitar o link ao lado em seu navegador: http://www.bbc.com/news/health28040792 Fonte: USP / Foto Reprodução

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SUGESTÕES DE LEITURA Design de Negócios

Procuram-se Super-heróis

O autor mostra a importância do conceito de design thinking no mundo dos negócios e lista exemplos de práticas de empresas como Apple, IBM e Cirque de Soleil. “Quanto mais você se aproxima do assunto, mais você reduz as incertezas. Incerteza é falta de conhecimento”, pontua Minutti, professor do Ibmec/DF. “Design de Negócios”, de Roger Martin. (Editora Campus, a partir de R$ 53,00)

Bel Pesce é conhecida como a Menina do Vale do Silício e é uma empreendedora brasileira. Por meio do livro, ela conta que grandes negócios são feitos de detalhes e dá dicas de como melhorar as relações pessoais e profissionais. É possível fazer o download dos capítulos grátis no http:// procuramsesuperherois. com.br/ . “Procuram-se Superheróis”, de Bel Pesce. (Editora Leya Brasil, a partir de R$ 24,00)

Agenda Seminários do Sindióptica-SP 2014

aniversariantes

14/08 (quinta-feira) Auditório SENAC LAPA FAUSTOLO Rua Faustolo, 1.347

11/09 (quinta-feira) Auditório SENAC SOROCABA Av. Cel. Nogueira Padilha, 2.392

ABRIL 03 06 08 08 15 15 17 21 25 29 30

CARLOS JOSÉ DE O. SOARES BENEDITO REGINALDO MANFREDINI DIONISIO FERNANDES LUCAREZI CARMEM SILVA G. V. DOMINGUES GILSON SADAO KANAZAWA CELSO MIN0RU IDERIHA ROSANGELA DE FÁTIMA MURER IZEPOM MARIA BERNADETE OLIVEIRA RAMOS MARCIO GROEGEL EDISON KEN-ITI MARCO AURÉLIO P. DOMINGUES

MAIO 09 JUDITH GARCIA GROEGEL 12 EDUARDO RECHE FEITOSA 26 JOSÉ LUIZ DA SILVEIRA ARANTES

JUNHO 22 CLOVIS CHERUBIM 25 ANDRE LUIZ DA SILVEIRA ARANTES

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16/10 (quinta-feira) Auditório SENAC VILA PRUDENTE Rua do Orfanato, 316

26 REGINA KAUACAB N. SIQUEIRA CANDISANI 28 MILTON ALMEIDA SANTOS

JULHO 02 03 06 06 07 07 10 12 13 14 15 19 20 22 26 31

MARIA ISABEL QUILHES TEIXEIRA MARIO TOGUMI MAURO ROSALES TEIXEIRA FILHO JOSÉ AMÉRICO MADEIRA PINTO JUNIOR ALZIRA SILVA DE OLIVEIRA NEUZA CAMPINATI VIEIRA SALVELINA MARLY DA SILVA RAMALHO HIDEKI HIRASHIMA ADRIANA TEZZA TAMASSIA MARCELO GARCIA GROEGEL ELIZABETH M. RODRIGUES SALDANHA NAOKO TOGUMI ALVARO AKIO KIDO MARCOS KIDO ARACY LUSO NAMUR ELIZABETHE E. GARCIA


artigo

Abram Szajman: A construção da democracia O

preâmbulo da Constituição de 1988 nos diz que o Brasil deve ser “um Estado democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na ordem interna e internacional, com a solução p acífica das controvérsias”. Relembrar essas palavras à luz dos acontecimentos dos últimos meses e dias em nosso país causa um choque. A omissão do Estado em cumprir seu dever mais básico, qual seja o de garantir a defesa da vida, da propriedade e da dignidade do ser humano, evidencia a queda vertiginosa do império da lei para uma situação de anomia cada vez mais generalizada. As cenas violentas difundidas massivamente pelos meios de comunicação disseminam a sensação de vivermos em terra de ninguém. Elas acabam por banalizar o crime e a violação dos direitos em níveis sem precedentes, até mesmo para situações de guerra, como no caso dos linchamentos. No momento em que os olhos do mundo se voltam para o Brasil em razão da Copa do Mundo, categoriais profissionais e movimentos sociais –ou apenas franjas dissidentes dos desígnios da maioria– se aproveitam não para reivindicar dentro da lei e da ordem, como seria de seu direito, mas para afrontar a coletividade com greves selvagens, interrupção de serviços essenciais, invasão e destruição de patrimônio público e privado. Policiais em greve ou neutralizados pela covardia eleitoreira das autoridades assistiram impávidos a saques ao comércio perpetrados em Pernambuco e à paralisação dos ônibus por meios truculentos, alheios a qualquer prática sindical civilizada, como ocorreu em São Paulo. A perspectiva de punição para atos criminosos cometidos individualmente ou em grupo parece depender do foco da mídia. Mas como a imagem de ontem é logo superada pela de hoje sem que os poderes constituídos ofereçam proteção ou reparação a quem tem os direitos esbulhados, prevalece a impunidade, que nos leva ao estágio onde não mais são respeitados ou garantidos os direitos à vida e à propriedade. A escalada de atentados aos direitos da maioria culmina com a greve dos metroviários, que mergulha novamente no caos a maior cidade brasileira, provocando sérias dúvidas sobre a capacidade das autoridades, nos três níveis de governo, em garantir a mobilidade urbana, a uma semana do jogo inaugural na Arena Corinthians.

Os que se omitem talvez estejam inertes por acharem que a democracia é isso e não um projeto em construção, que no Brasil ainda está dando os primeiros passos. Saímos de uma ditadura e lentamente deslizamos para a barbárie que atinge a todos, independentemente de posição política ou nível de renda. Assim, há justificados temores de que a desordem social prevaleça e o país retroceda nas conquistas sociais e econômicas obtidas nos últimos 20 anos. Apesar da inclusão de milhões de brasileiros nos mercados de trabalho e de consumo, ainda é nítido o impasse entre a massa de desenraizados que clama por direitos e a oligarquia política que, indiferente a tudo e a todos, manipula o aparelho de Estado em benefício próprio, mantendo intactos seus privilégios e seu poder. As convulsões sociais revelam que nosso progresso recente é mais aparente do que real. Se não restaurarmos a credibilidade da política como instrumento de mudanças, continuaremos a ser uma das sociedades mais injustas e desiguais do planeta, com ilhas de excelência num mar de carências. Como dizia Nelson Rodrigues, o subdesenvolvimento é obra de séculos. Superá-lo demonstra ser tarefa bem mais difícil do que a possível, e talvez provável, conquista do hexacampeonato mundial de futebol. ABRAM SZAJMAN, 74, é presidente da Fecomercio SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) Fonte: Folha de São Paulo, 06/06/2014.

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convênios

Previdencia Privada

Ficou interessado? Agende uma visita com nossos representantes, pelo Tel.: (11) 3259.3648 e-mail: contato@sindioptica-sp.com.br

Linhas de Crédito

Disponibilização de linhas de crédito, pela DESENVOLVE SP às empresas associadas ao SINDIÓPTICA-SP.

Escolas de Idiomas

Colônia de Férias

Aparelhos Auditivos

Planos de Saúde

Certificação Digital

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Paraencontrar saber mais, entre em contato conosco: Não sabe onde o Livro de Óptica? Entre em contato conosco, telefone e-mail contato@sindioptica-sp.com.br através do(11)3259-5826 E-mail: contato@sindioptica-sp.com ou Fone: (11) 3259.5826


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