Revista Sindloc-SP Ed. 210

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EMBARQUE PROMISSOR

DEMANDA POR TRANSPORTE DE

ÔNIBUS

SEGUE EM ALTA E PODE GANHAR

ESPAÇO NA AGENDA DO SETOR

Presidente da Fenabrave prevê crescimento de dois dígitos e reforça crença na importância das vendas diretas

Nova parceria disponibiliza às locadoras planos de saúde de acordo com suas reais necessidades

Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo Ano XXI | Edição 210 | 2019

UM SETOR QUE DISTRIBUI BONS NEGÓCIOS E PRODUTIVIDADE

Não raramente, a indústria de aluguel de veículos convive com visões distorcidas associadas à transparência e ao profissionalismo de suas operações. Até mesmo a relevância do setor é minimizada em muitos momentos. Mas a nossa resposta à altura é dada por meio de fatos concretos, números e, principalmente, do esforço diário de empreendedores sem tempo para perder com críticas.

Com o apoio incansável desses empresários, a atividade de locação em São Paulo ganhou status de segmento estratégico para a economia paulista. Os indicadores registrados pelas quase 3,6 mil empresas associadas ao Sindloc-SP ajudam a atestar essa realidade.

Não há melhor resposta do que ultrapassar a marca de meio milhão de veículos em frota após investimentos superiores a R$ 30 bilhões nos últimos quatro anos. Independentemente de incertezas econômicas, apostamos na revitalização dos veículos para entregar valor aos usuários de carros alugados e empresas que terceirizam suas frotas, alocando mais tempo para se tornarem mais produtivas nas suas atividades-fim.

Essa política eleva nosso destaque no mercado automotivo. Dos mais de um milhão de emplacamentos provenientes de vendas diretas registrados no ano passado, quase 60% foram direcionados para as locadoras de veículos, sendo que as empresas paulistas concentraram 45% dessas negociações.

Não são todos os setores, aliás, que podem se orgulhar de incrementar em 16% a oferta de empregos em um ano tão desafiador para o Brasil como 2018, movimentando R$ 815 milhões por ano em massa salarial. O número de postos de trabalho indiretos teve uma ampliação ainda maior. Ainda assim, as locadoras assumem encargos de até 150% sobre a folha de pagamento e destinam quase 52% do faturamento para impostos. Além disso, contribuímos com mais de R$ 20 bilhões para a cadeia produtiva, o que significa uma injeção de recursos que impacta toda a atividade econômica do estado.

Não se trata de esbanjar nossas credenciais por pura ostentação. Pôr em evidência esses fatos demonstra a vitalidade de uma indústria engajada na geração constante de novos negócios, para a qual inimigos e perigos dão lugar a oportunidades para nos transformarmos. No entanto, é inevitável lembrar de uma frase do consagrado ator, comediante e produtor Steve Martin, que sempre me inspira a acordar e ir além. “Seja muito bom, que eles não terão como ignorar você”.

Abraços

Eladio Paniagua

Presidente do Sindloc-SP

EXPEDIENTE

A Revista Sindloc-SP é uma publicação mensal do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas. Foto de capa: Bigstock

Presidente: Eladio Paniagua

Vice-presidentes: Paulo Hermas Bonilha Junior, Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang, Paulo Miguel Junior e Luiz Antonio Cabral

Diretoria: Jeronimo Muzetti, José Mario de Souza, Luiz

Magalhães e Marcelo Ribeiro Fernandes

Conselho Fiscal: Daniel Ribeiro Huss, Flavio Gerdulo, Jarbas

José dos Santos, Luis Carlos Godas, Mônica da Mata Ceresa e Paulo Gaba Junior

Delegados regionais: Jarbas José dos Santos, Jeronimo Muzetti, João Toquetão e Marcelo Ribeiro Fernandes

Produção Editorial: Scritta – www.scritta.com.br

Coordenação geral: Luiz Antonio Cabral

Coordenação editorial: Leandro Luize

Redação: Ana Claudia Nagao

Direção de Arte/ Diagramação: Luis Fernando Chiapinotto

Jornalista Responsável: Paulo Piratininga - MTPS 17.095piratininga@scritta.com.br

Impressão: Gráfica Revelação

Circulação: 12 mil exemplares impressos e digitais

Endereço: Praça Ramos de Azevedo, 209 – cj. 22 e 23

Telefone: (11) 3123-3131

E-mail: secretaria@sindlocsp.com.br

É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.

06 PINGUE-PONGUE

Nova presidente da Abav Nacional analisa rumos do mercado turístico brasileiro e inserção das locadoras de veículos nesse contexto

10

TENDÊNCIA

Demanda por transporte de ônibus segue em alta e segmento pode atrair a atenção da indústria de aluguel

12 ESPECIAL

Vendas diretas aumentam dois dígitos e sustentam projeção de crescimento da indústria automotiva

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MERCADO

Pesquisa global projeta futuro do mercado automotivo na visão de executivos e consumidores, com importantes insights para o setor

18 TECNOLOGIA

Plataformas digitais podem garantir upgrade no gerenciamento de frotas e fidelizar clientes de terceirização

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INDÚSTRIA

Levantamento avalia os dez veículos com menor índice de falhas mecânicas e eletroeletrônicas no decorrer de 2018

22

BENEFÍCIO

Nova parceria permite que associadas do Sindloc-SP escolham planos de acordo com suas reais necessidades

24 COMUNICAÇÃO

Estratégia de publicidade via Adwords ajuda a projetar os pequenos negócios no ambiente digital e destacá-los entre os concorrentes

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RECURSOS HUMANOS

Compliance trabalhista previne riscos nas relações empregatícias e pode ser um diferencial na produtividade

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OLHO NAS CONTAS

Como analisar os indicadores contábeis e quais são as particularidades na avaliação de uma locadora

Divulgação
Divulgação

ALUGUEL DE CARRO É CONDIÇÃO FUNDAMENTAL EM VIAGENS

A nova presidente da ABAV Nacional fala sobre o cenário do turismo no Brasil e a importância da relação das agências

de viagem com as locadoras

Alta do dólar, incertezas na economia, mudança no perfil do viajante. Esses foram alguns dos temas que nortearam a entrevista com Magda Nassar, a nova presidente da ABAV Nacional, que substitui Geraldo Rocha, que pediu licença por questões de saúde. A executiva traçou uma radiografia do momento atual do mercado turístico e destacou a importância de atrelar aos pacotes de viagem o aluguel do carro, como forma de agregar valor ao serviço, e a valorização da figura do agente como consultor especializado.

COMO A SRA. ANALISA O CENÁRIO

DO TURISMO NO BRASIL EM 2018

E O QUE PROJETAR PARA

O SEGUNDO SEMESTRE?

Fazer previsões no Brasil, neste momento, é um pouco complicado. Nada do que foi projetado chegou a ocorrer de verdade. Após as eleições, quando constatamos um aumento significativo nas vendas, o mercado reagiu bem, mas pouco tempo depois houve uma queda. Há também a questão da variação cambial diária, que compromete substancialmente os negócios. Tudo isso contribuiu para que o primeiro semestre ficasse abaixo das expectativas, período que representaria a retomada do crescimento.

Apesar desse cenário, conseguimos sustentar os números e entendemos que o mercado está estabilizado em relação ao ano passado. Mas, como historicamente tem acontecido, a expectativa é de um segundo semestre mais promissor, o que naturalmente está condicionado a uma melhora no ambiente político.

DIANTE DO PANORAMA DA ECONOMIA BRASILEIRA NOS ÚLTIMOS ANOS, PODEMOS IDENTIFICAR ALGUMA NOVA TENDÊNCIA EM RELAÇÃO À ESCOLHA DO DESTINO, TEMPO DE PERMANÊNCIA E OUTROS ASPECTOS COMPORTAMENTAIS DO VIAJANTE?

Quando comecei a trabalhar com turismo, há mais de 30 anos, o público alimentava a percepção de que viajar era sinônimo de tirar 30 dias de férias e usá-los durante todo o período. Até porque os bilhetes aéreos eram muito caros e o perfil do cliente era formado exclusivamente pela classe A.

Com o passar dos anos, o cenário foi se transformando. Houve até a falsa ilusão, durante os governos do PT, de que a classe C emergiria e começaria, inclusive, a consumir viagens, mas isso acabou não acontecendo. Hoje, os viajantes costumam tirar férias duas vezes por ano. Também há o caso de famílias das

classes A e B que não costumavam viajar, mas que neste momento estabelecem viagens como prioridade, devidamente inseridas no orçamento familiar.

Há também vários recursos que facilitam o consumo de viagens no Brasil, caso das compras parceladas. Isso mudou totalmente o perfil do viajante, que agora consegue se organizar e viajar com a família. Já em relação ao destino, o viajante brasileiro é muito seguro do que ele quer comprar, optando por uma oscilação contrária do dólar para que ele possa consumir o que realmente deseja. Temos em torno de 70% a 65% de pessoas que se deslocam pelo Brasil e o restante, para destinos internacionais

LEVANDO EM CONTA A PROJEÇÃO PARA OS PRÓXIMOS CINCO OU DEZ ANOS, COMO ESTARÁ POSICIONADO O MERCADO DE TURISMO EM RELAÇÃO À CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL E À SUA RELAÇÃO COM O VIAJANTE?

A internet criou uma tendência de liberdade para o viajante, que gosta de ser independente e ter à sua disposição um volume abundante de informações. Porém, isso muitas vezes o deixa confuso, o que faz com que ele compre mal e de forma errada.

A grande tendência atual está na consultoria segmentada, que contribui

para a organização e otimização do planejamento do destino. Os clientes estão percebendo que muitos aspectos que foram deixados de lado por desconhecimento ou por falta de uma orientação de um consultor especializado são tão ou mais valiosas quanto o que foi comprado.

Trata-se de um profissional fundamental para agregar valor ao atendimento e à experiência do consumidor. E vemos o agente de viagem cada vez mais se mobilizando para ter mais conhecimento e bagagem profissional e cultural. Afinal, as pessoas não vão deixar de viajar. O que realmente precisamos entender, daqui a dez anos, é como as pessoas vão viajar e em que lugar a figura do consultor de viagem estará incorporada nesse contexto.

COMO A SENHORA ENXERGA A INSERÇÃO ATUAL DAS LOCADORAS DE VEÍCULOS NA CADEIA DO TURISMO?

O QUE MUDOU NOS ÚLTIMOS ANOS?

Quando as pessoas começaram a viajar no Brasil, o conceito de grupo era muito arraigado e o ônibus despontava como o meio de transporte oficial. Atualmente, juntamente com o hotel, ter um carro é condição fundamental em qualquer viagem. A relação com as locadoras tem de se aprofundar cada vez mais, pois, quando se desenha uma viagem, dificilmente há lugares em que não se recomenda que o consumidor alugue um carro.

O QUE PODE CONTRIBUIR PARA QUE O SETOR DE ALUGUEL DE VEÍCULOS GANHE RELEVÂNCIA NO PORTFÓLIO DOS AGENTES DE VIAGEM?

O viajante busca liberdade na hora de explorar o destino – e nada melhor do que um carro à sua disposição, na porta do hotel. E, para deixar a experiência ainda melhor, o veículo precisa estar equipado com itens que atraiam a atenção e o desejo do consumidor. Hoje, os automóveis já vêm com wi-fi, GPS, cadeirinha para bebês e todos os seguros inclusos.

Outras informações sobre a categoria mais adequada ao perfil do viajante e as possibilidades de oferta de upgrade também são fundamentais para que o agente de viagem conheça. Muita venda é perdida pela falta de oferta de upgrade e pelo fato de o agente ter vendido somente o básico. Quando o cliente chega ao balcão da locadora, o vendedor sugere um diferencial extra que a agência poderia ter oferecido. Resultado: desalinhamento entre a indústria de aluguel e o trade turístico. Um deixa de colaborar com o negócio do outro.

O tíquete médio de um aluguel de carro torna esse segmento um serviço de alto valor agregado. Trata-se de uma

QUEM: Magda Nassar

DETALHE: Com 30 anos de trajetória no mercado turístico, Magda foi proprietária da Soft Travel, operadora atuante entre 1989 e 2016. Posteriormente ela assumiu a direção comercial da Trade Tours. Destaca-se também por sua atuação como dirigente setorial, tendo ocupado a presidência da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa) por dois mandatos, entre 2015 e 2019. Antes de assumir a presidência da Abav Nacional, exercia a função de vice-presidente administrativa da entidade.

operação que deve ser tratada com bastante atenção. Essas informações devem chegar até o agente de viagem por meio de capacitações.

PENSANDO

TAMBÉM NESSA RELAÇÃO AGÊNCIA E LOCADORA, COMO A TECNOLOGIA E A ERA

DIGITAL PODEM CONTRIBUIR PARA APRIMORAR A EXPERIÊNCIA DO VIAJANTE?

Nesse ponto, falo por experiência própria e não em nome da entidade. Em nossa empresa, utilizamos uma plataforma de comparação de preços que conta com 23 locadoras. Nela, é possível efetuar as reservas, pagar e receber o voucher online, proporcionando agilidade na venda. A tecnologia é fundamental, pois, se o agente de viagem não fizer uso dessa ferramenta, seu concorrente, com certeza, o fará. n

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JUSTIÇA EM DEFESA DOS DIREITOS DO TRABALHADOR

Por força de medida judicial, a prefeitura de São Paulo liberou para os usuários do vale-transporte, no sistema de integração, o limite de quatro embarques em um período de três horas com um único bilhete. Além disso, o valor que havia sido reajustado volta ao patamar anterior de R$ 4,30. Essa decisão vigora desde o dia 10 de junho em cumprimento a uma decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, sensibilizado por mandados de segurança impetrados por diversas entidades de classe. Entre elas esteve o Sindloc-SP, que ainda solicitou a devolução dos valores pagos a mais para a prefeitura. Esse pedido está sendo analisado. A regra anterior havia onerado em mais de 50% as locadoras da capital paulista, para que elas mantivessem o volume de viagens necessário aos seus colaboradores.

TECNOLOGIA NOVO OLHAR PARA OS NEGÓCIOS

CARRO ELÉTRICO ENERGIA EXTRA

Como parte do processo de adequação ao programa Rota 2030, o governo federal assinou um ato que dispensa do pagamento do IOF - Imposto sobre Operações Financeiras todas as transações relacionadas à compra de automóveis elétricos e híbridos. Até então, a isenção era exclusiva a veículos de passageiros com até 127 cavalos. A decisão estende-se a empresas frotistas e abre mais caminhos para ampliar a escala de produção desses modelos. O segmento já desperta a atenção do sistema bancário privado. Recentemente, o Itaú lançou uma linha de financiamento específica, com a promessa de disponibilizar taxas mais baixas do que as aplicadas a carros com motor a combustão.

Mais do que contribuir para a segurança dos veículos, a biometria facial pode representar uma estratégia preciosa de vendas para as locadoras. Uma boa inspiração vem da Volkswagen, que criou uma concessionária digital de apenas 90 metros quadrados. Nela, o cliente utiliza óculos de realidade virtual que habilita o acesso às configurações dos carros, itens de série, opcionais, equipamentos e cores disponíveis, além de identificar a localização do usuário. Para disseminar mais rapidamente essa inovação nos pontos de venda, a montadora distribuiu um tablet para 125 revendedoras no país para viabilizar a assinatura do contrato de financiamento. Mas, até o fim do primeiro semestre, a expectativa era que todas as lojas fossem atingidas. Estima-se que o tempo de operação caiu de 16 para 5 minutos, principalmente pela exigência somente do documento de identificação.

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EMBARQUE RUMO A UM NOVO MERCADO

Demanda por transporte de ônibus segue em alta e pode incentivar locadoras a ingressar nesse nicho

Se a recuperação dos emplacamentos de automóveis e caminhões tem agradado as montadoras e as empresas que gravitam em torno da indústria, os números do mercado de vans, micro-ônibus e ônibus trazem ainda mais razões para comemorar. De acordo com a Anfavea, o volume de 15.081 licenciamentos do ano passado representou um crescimento de 28,3% na comparação com 2017. O ritmo segue acelerado em 2019 – o primeiro quadrimestre registrou 6.391 veículos negociados no mercado interno, total 73,5% superior ao do resultado de janeiro a abril de 2018. Se considerado apenas o mês de abril, o salto foi de 84,8%.

Os indicadores positivos de alguns segmentos que requerem a utilização de ônibus completam o ciclo virtuoso dessa categoria de transporte. É o caso do setor de feiras, congressos e convenções, cuja evolução média beira 14% ao ano, segundo a Associação Brasileira de Empresas e Eventos (Abeoc). Os gastos com essa atividade ultrapassam R$ 210 bilhões no país, sendo que o estado de São Paulo representa quase 50% do movimento. As boas notícias lançam um sinal verde para locadoras dispostas a enveredar por esse nicho. Mas esse horizonte exige um olhar diferenciado sobre o negócio e uma preocupação redobrada com a excelência na mão de obra.

Da frota atual que está nas mãos da indústria paulista de aluguel de veículos, os ônibus representam

O NÍVEL DE HOSPITALIDADE E CONHECIMENTO DO MOTORISTA É CONSIDERADO UM ATRIBUTO ESSENCIAL PARA A OPERAÇÃO DE TRANSPORTE POR ESSE MODAL

5,2% – pouco mais de 24 mil unidades. “No entanto, a principal oportunidade para atuar com sucesso nesse mercado está na logística de transporte terrestre. Com expertise para atendimento ao cliente, as locadoras podem unir esforços com os detentores da frota. Estes não têm a especialidade na prestação de serviços e na prospecção de clientes, mas dispõem de uma grande rede de veículos e precisam minimizar os impactos da ociosidade, que gira em torno de 40% a 45%”, ressalta Jorge Miguel dos Santos, presidente da TransfreturSindicato das Empresas de Transporte por Fretamento e Turismo da Região Metropolitana de São Paulo.

O dirigente entende que esse modelo de parceria pode fortalecer o setor contra a competição crescente e agressiva oriunda de outros setores. “Para incrementar a demanda nos dias da semana, muitas viações rodoviárias disponibilizam seus veículos para transporte corporativo baseadas apenas na tarifa mais baixa, partindo para uma atuação predatória”, critica. Modais como o Uber também ganharam espaço entre empresas que precisam deslocar seus funcionários para unidades fabris. Porém, a base para a escolha continua a ser o preço.

Bigstock

Mas para locadoras dispostas a enveredar por esse setor, a visão de negócio precisa mudar por completo. “A dinâmica do mercado de aluguel de veículos envolve tomadas de decisões a cada dois anos, quando a empresa pode desmobilizar sua frota e disponibilizar veículos renovados aos seus clientes. No caso dos ônibus, porém, esse período dura de 10 a 15 anos”, comenta.

“Diferentemente da locação, o foco não é o veículo e sua disponibilidade, e sim a prestação de serviços. No rent a car e mesmo na terceirização, os orçamentos e as facilidades tecnológicas para geração de dados e reservas fazem a diferença. Mas, na nossa operação, esses fatores não sustentam a relação com o cliente se não proporcionarmos conforto e atenção aos detalhes”, adverte Nicola Beshara, presidente da Passagio Car & Services.

palestrantes convidados ou quando se é obrigado a pegar um grande contingente de passageiros em aeroportos e em horários variados, a pontualidade ganha relevância e pode exigir o acesso a atalhos para escapar do tráfego intenso. “Profissionais de viações, acostumados a estradas e itinerários fixos, têm muito mais dificuldade para cumprir essa tarefa”, completa Jorge Miguel dos Santos.

Envolvido nessa operação há 29 anos, Beshara concentra esforços no setor de eventos. “É uma atividade mais resistente às oscilações da economia por ter se consolidado como o principal canal das empresas para atingir seus públicos-alvo de forma mais certeira. O contato humano é insubstituível”, contextualiza.

ALTO NÍVEL DE CUSTOMIZAÇÃO

E, para garantir que o evento seja único e marcante no subconsciente dos participantes, a logística de transporte pressupõe encantamento e uma operação sofisticada. Entre os detalhes mais preponderantes está a capacitação dos motoristas para cada perfil de evento e convidado. “Uma convenção destinada a funcionários exige dos condutores outro comportamento em relação a uma conferência de CEOs ou a um encontro médico. Também é importante coletar o máximo possível de informações sobre o grupo que devemos transportar, para identificar a necessidade de ter um motorista mais descontraído ou sisudo”, exemplifica Bechara.

A missão de conduzir essas pessoas também é influenciada pela mobilidade urbana. Os deslocamentos intermunicipais impõem aos condutores o domínio da legislação de trânsito de cada cidade. Nos congressos com programação muito engessada, repletos de

Um fato é inquestionável: mais do que uma nova alternativa de investimento, apostar nos ônibus pode assegurar às locadoras um novo patamar de atendimento e até abrir portas para ampliar o relacionamento com o mercado corporativo. n

Novos concorrentes ou aliados?

• A sustentabilidade do transporte de ônibus vem despertando o advento de plataformas de compartilhamento especializadas. A espanhola Busup chegou ao Brasil no fim do ano passado com a proposta de facilitar a contratação de fretados por condomínios empresariais, industriais e centros de distribuição, além de disponibilizar rotas coletivas para eventos de grande porte. Outra novidade recente foi o Bondi, aplicativo originário de São Paulo e que conecta pessoas e empresas a um veículo para itinerários dentro da cidade ou para transporte rodoviário. As viagens podem ser agendadas ou contratadas de imediato, sem intermediários.

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VENDAS DIRETAS PEDEM PASSAGEM

Representatividade do segmento mantém viés de crescimento e sustenta previsão de alta de dois dígitos nas montadoras

Aseis meses de encerrar seu ciclo como presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior pode se sentir orgulhoso por ver a moeda começar a cair do lado certo. Quando o dirigente estreou no comando da entidade, em janeiro de 2016, a indústria automotiva convivia com uma queda de mais de 21% no número de emplacamentos. Hoje, os dois dígitos deixaram de ser motivo de apreensão para se tornarem um termômetro de confiança. E boa parte dessa virada pode ser atribuída às vendas diretas.

Naquele início de primeiro mandato de Assumpção Júnior, esse segmento respondia por apenas 29,34% das vendas de automóveis e comerciais leves. No acumulado deste ano até maio, a participação chegou a 44,49%. A julgar pela comparação com 2018, quando o percentual dos cinco primeiros meses era de 38,85% e avançou para 42,95% em dezembro, a rota está aberta para o crescimento.

As vendas diretas praticamente sustentam a elevação de 11,10% nos

emplacamentos de janeiro a maio. Do total de 1.035.481 automóveis e comerciais leves negociados no período, 480.685 mil foram destinados a frotistas e locadoras – 27,2% superior ao do ano passado, enquanto o varejo registrou alta de 0,8%. “Essa estabilidade nas vendas para pessoas físicas reflete um consumidor ainda cauteloso e que posterga a decisão de compra em razão das incertezas econômicas. Mas, dados os números acima, as montadoras encontraram o canal para aliviar seus estoques e reduzir os impactos da ociosidade”, avalia.

Em grande parte favorecido por essa modalidade de negócio, a indústria superou as perspectivas iniciais que a Fenabrave havia lançado para 2018. “Em razão da melhora mais acentuada da economia e da confiança de investidores, o mercado seguiu o ritmo de evolução mesmo frente a desafios como a greve dos caminhoneiros e a indefinição pré-eleitoral”, argumenta Assumpção Júnior.

Como não há perspectivas de

“As montadoras encontraram o canal para aliviar seus estoques e reduzir os impactos da ociosidade, mantendo o dinamismo do mercado”
ALARICO ASSUMPÇÃO JÚNIOR FENABRAVE

recuperação rápida da economia argentina pelo menos nos próximos dois anos, a indústria brasileira deve continuar recorrendo às vendas diretas para usar parte de sua

POR MARCA (VENDAS

INVESTIMENTOS DA GENERAL MOTORS E VOLKSWAGEN NO SEGMENTO

VENDAS DIRETAS AO ULTRAPASSAREM A FIAT. FORD TEVE QUEDA EXPRESSIVA NAS VENDAS GERAIS, MAS SUSTENTA A QUARTA COLOCAÇÃO NAS VENDAS DIRETAS. CRESCIMENTO EXPONENCIAL DAS

justamente em razão do alto volume de carros que adquirem anualmente. “Além disso, elas conseguem financiamentos a juros mais baixos nos bancos – entre 8% a 10% ao ano, enquanto o consumidor paga em torno de 22%”, comenta.

MUDANDO OS RUMOS DA INDÚSTRIA

capa cidade instalada de cerca de 5 milhões de veículos ao ano. Na última década, essa modalidade apresenta desempenho superior ao varejo. No ano passado, esse canal de negócio cresceu 22,3%, enquanto o varejo aumentou 8%. Em 2017, os negócios especiais tiveram alta de 28% e o varejo ficou estagnado.

Na opinião de Paulo Cardamone, da Bright Consulting, as locadoras têm grande poder de barganha de preços

Mais do que uma alternativa às montadoras, o segmento ajuda a ditar mudanças no mercado. General Motors e Volkswagen, que já figuravam no topo do ranking geral de emplacamentos, passaram a ocupar a mesma posição em vendas diretas. As cinco principais indústrias em atuação no país – além das duas acima, Fiat, Renault e Ford – ampliam gradativamente sua representatividade nesse nicho e respondem por quase 3/4 das transações, o que equivale a 74,6%. “Esses indicadores vão ao encontro de um movimento mútuo de aproximação. A indústria de aluguel de veículos soube se apresentar ao mercado como uma opção segura e certeira para auxiliar as fabricantes, enquanto estas aperfeiçoaram suas estruturas de atendimento especializadas”, acredita o presidente do Sindloc-SP, Eladio Paniagua.

Executivos do setor, inclusive, projetam um share de 50% nas vendas diretas até 2030. Esse é o sinal verde para aproximar o Brasil do patamar dos mercados europeu e norte-americano. A palavra parceria nunca foi tão entoada como agora e dará o tom aos negócios automotivos do presente e do futuro. n

DISRUPÇÃO A CAMINHO, MAS COM ATALHOS PARA AS LOCADORAS

EXTINÇÃO GRADUAL DA CULTURA DE PROPRIEDADE DO VEÍCULO TENDE A ACELERAR O FIM DO PONTO DE VENDA TRADICIONAL

Pesquisa global projeta futuro do mercado automotivo na visão de executivos e consumidores, com importantes insights para a indústria de aluguel

A20ª edição do estudo Global Automotive Executive Survey, produzido pela KPMG, reuniu 981 executivos e quase 2 mil consumidores nos cinco continentes para aferir as perspectivas que cercam o futuro do mercado automotivo. A constatação de que as mudanças são iminentes ganhou força, mas essa ruptura forçará uma redefinição do papel dos principais players da cadeia, o que pode sinalizar novos horizontes para a indústria de aluguel de veículos. O Brasil destacou-se na pesquisa, ao concentrar 60% dos entrevistados da América do Sul e representar a terceira maior amostra entre os mais de

40 países envolvidos, atrás apenas de Estados Unidos e China.

“O mercado precisará acostumar-se com situações desconfortáveis durante esses tempos de transformação. Não existe apenas uma resposta global e as empresas do setor ainda estão atuando como uma série de ilhas distintas, mas conectadas. Porém, à medida que aumentar a adesão à tecnologia, alguns segmentos tendem a perder espaço e poderemos ver muitas organizações, mesmo de diferentes áreas, se unindo para manter relevância”, adverte Dieter Becker, líder global da KPMG para o setor.

Um dos exemplos emblemáticos dessa afirmação de Becker está na

visão sobre o varejo automotivo e as concessionárias. Em comparação com a pesquisa de 2017, caiu de 28% para 16% o número de consumidores que entendem que esse segmento ocupará a linha de frente no relacionamento com os clientes até 2025. Entre os executivos, o percentual é ainda menor – 11%. Já a influência das montadoras é considerada a mais promissora para 49% do público corporativo e 42% dos consumidores. “Se levarmos em conta a ascensão da cultura de compartilhamento diante da propriedade do automóvel, a indústria terá nas locadoras um canal obrigatório para manter sua

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demanda aquecida”, analisa Eladio Paniagua, presidente do Sindloc-SP. Entretanto, outra conclusão do estudo expõe um desafio premente para o setor de locação. Quase metade dos executivos (48%) acredita que o volume de lojas físicas de carros cairá mais de 30% até 2025. Na América do Sul, 55% têm essa aposta. Para 82%, a alternativa para o ponto de venda é sua transformação para um centro de serviços ou comercialização de seminovos. Ao mesmo tempo, 60% dos gestores e 56% dos consumidores demonstram preocupação com a segurança na gestão dos dados online. “A cena do usuário se dirigindo ao balcão para alugar o veículo deve se tornar rara em médio e longo prazo, o que exige um trabalho intensivo para aprimorar a experiência no ambiente digital”, avalia Paniagua.

ELÉTRICOS E AUTÔNOMOS:

PRÓXIMOS OU DISTANTES?

Embora seja encarada como inevitável, a inovação permanece condicionada às particularidades de cada mercado, no que se refere à realidade econômica, às políticas industriais e à disponibilidade de matérias-primas.

EMBORA CONSIDEREM QUE O ADVENTO DOS ELÉTRICOS SEJA INEVITÁVEL, OS CONSUMIDORES AINDA SE MOSTRAM RETICENTES QUANTO À COMPRA FUTURA DESSES MODELOS

“À medida que aumentar a adesão à tecnologia, alguns segmentos tendem a perder espaço e poderemos ver muitas organizações, mesmo de diferentes áreas, se unindo para manter relevância”

Como exemplo, 77% dos executivos concordam que os países ricos em petróleo e gás manterão investimentos em automóveis movidos a combustão, enquanto a aposta em modelos elétricos deve ser intensificada nas regiões onde essa fonte de energia é mais abundante – caso de Alemanha, França e China.

Em reação a esse movimento, os motoristas põem em dúvida a maturidade dos mercados de elétricos e autônomos, tanto que 35% afirmaram dar preferência aos híbridos na lista de possíveis aquisições de veículos nos próximos cinco anos. Outros 18% ainda apontam como prioridade

os carros sustentados pelas células de combustível.

“Acreditamos que há um grande foco em tecnologias isoladas e pouca atenção à implementação de ecossistemas na cadeia automotiva. As primeiras empresas que combinarem diferentes modais, conforme a finalidade do uso e as configurações de tecnologia baseadas na conectividade – 5G e rede elétrica de tráfego –, sairão na frente na corrida pela inovação”, comenta Dieter Becker. O pensamento voltado para a diversificação, portanto, pode ser a saída para a indústria de aluguel cultivar sua importância. n

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CONTROLE DA FROTA NA PALMA DAS MÃOS, LITERALMENTE

Crescente preocupação com gerenciamento dos veículos estimula advento de plataformas digitais

Segundo uma recente pesquisa conduzida pelo Observatório de Veículos Empresariais (OVE) com cerca de mil corporações, 26% das empresas preveem ampliar em 20% sua frota ainda neste ano e outras 6% projetam um incremento ainda maior. Os indicadores reforçam a demanda por soluções de gerenciamento de ponta a ponta, e uma série de plataformas digitais surgem como aliadas nesse processo.

Estimulada por essa tendência, a 4Fleet iniciou operações em fevereiro com a proposta de oferecer uma plataforma de gestão comercial de frotas, similar a um programa CRM, que permite o monitoramento em tempo real e a interação entre operadoras, empresas, motoristas e passageiros. Sua concepção atende especialmente a interesses de indústrias, organizadoras de eventos, empresas de fretamento, vans e ônibus escolares, hospitais e órgãos públicos. “O advento de aplicativos como Uber e 99 ampliou ainda mais a demanda por sistemas capazes de detectar com precisão a localização do veículo e o tempo de chegada ao destino de

interesse. E, no setor de transporte, identificamos uma carência de tecnologias embarcadas que processem automaticamente essas informações”, observa o sócio Leandro Zillig.

A adesão requer um cadastro no portal da empresa, pelo qual o usuário informa os dados dos veículos e da rede de motoristas que gerencia. A partir dessa inscrição, pode-se registrar a data e hora do transporte, o trajeto percorrido, o deslocamento, a lista dos passageiros e a localização exata do embarque de cada um deles. O acompanhamento também pode ser feito por meio de aplicativo.

Baseada na mesma premissa, a companhia israelense GFB Intelligent Solutions iniciou incursão no mercado brasileiro com uma plataforma que coleta dados de navegação dos motoristas da empresa cliente, controla a dirigibilidade, formula as melhores rotas a fim de gerar economias com combustível e desgaste de pneus, ou assegura a melhoria técnica do condutor. O sistema é configurado para emitir alertas e criar relatórios customizados,

além de trazer recursos de analytics para diagnóstico da frota. Como facilitador, pode ser integrado a outros programas de gerenciamento já utilizados pelas locadoras ou pelas empresas.

INDÚSTRIA AUTOMOTIVA

Os investimentos nessa área estendem-se às montadoras. A mais recente iniciativa foi da Renault, que lançou o Renault Connect PRO em parceria com o Banco RCI Brasil. Disponibilizado até o momento em escala controlada, o programa deve estrear oficialmente no segundo semestre. “O cliente pode acompanhar o estado do veículo e analisar a qualidade da condução do motorista, permitindo inclusive a antecipação de manutenções e reparos”, afirma Gustavo Ogawa, diretor de pós-venda da montadora. Com a ferramenta é possível acessar informações de telemetria, obter a localização do veículo em tempo real e consultar o histórico de viagens. Ainda há condições de importar dados para o sistema, incluindo multas e outros custos associados à frota. n

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VEÍCULOS COM O MOTOR DA CONFIANÇA

Levantamento apresenta os carros que apresentaram menos falhas técnicas em 2018 e ajuda a guiar investimentos em frota

Todos os detalhes podem fazer a diferença para garantir precisão no processo de modernização e desmobilização de frotas. Um novo levantamento, que englobou mais de 45 mil veículos, identificou os modelos com menor registro de falhas de origem mecânica, elétrica ou eletroeletrônica no decorrer de 2018. A amostra foi constituída com no mínimo 500 carros de cada marca com um a três anos de uso.

A pesquisa foi elaborada pela startup israelense Engie, por meio de dispositivos da empresa conectados aos automóveis, que viabilizaram a aferição de aproximadamente 10 mil itens em tempo real. “No caso das locadoras, elas conseguem fazer uma avaliação real do estado dos carros com mais rapidez, fator especialmente relevante para atender a pedidos expressos de empresas clientes ou mesmo

de usuários do rent a car ”, observa Eduardo Kan Golcman, gerente de marketing para o Brasil da empresa.

Cada um dos itens mensurados correspondia a cerca de 0,01 ponto perdido. A diferença mínima de pontuação entre os modelos top

10 da pesquisa revela que todos se destacam por um elevado patamar de eficiência. Estudos como este podem ser determinantes para que o setor lapide suas compras e constitua uma frota com a máxima eficiência. n

OS DEZ CAMPEÕES DA CONFIANÇA

GRAND SIENA (FIAT), ETIOS (TOYOTA) E GOL (VW) ENCABEÇAM O RANKING QUE
REÚNE APENAS QUATRO DAS 25 MARCAS CAMPEÃS NAS VENDAS DIRETAS

SAÚDE NA MEDIDA CERTA PARA AS LOCADORAS

Nova parceria permite que associadas do Sindloc-SP escolham planos de acordo com suas reais necessidades

As 3.592 empresas associadas ao Sindloc-SP ganham acesso a mais um benefício exclusivo. Por meio de uma parceria com a Qualicorp e a FecomercioSP, o sindicato oferece às locadoras a possibilidade de escolher planos de saúde das mais conceituadas operadoras do país, com as coberturas, os valores e demais especificações compatíveis com suas necessidades e o perfil de seus colaboradores.

A Qualicorp é considerada a principal administradora de planos de saúde coletivos do Brasil, com mais de 2,4 milhões de beneficiários, 27 mil empresas clientes e convênios com 513 entidades de classe. “No mercado corporativo, os gastos com saúde, em média, só perdem para a folha de pagamento na relação de despesas fixas. Esse cenário impõe desafios extras especialmente para pequenas e médias empresas, o que exige a oferta de planos realmente proporcionais à sua realidade, com valores mais vantajosos e o menor índice de custos imprevistos”, argumenta Luiz Cabral, vice-presidente executivo do Sindloc-SP.

Por meio dessa parceria, os associados podem optar por produtos de seis operadoras – Amil, Bradesco Saúde, Central Nacional Unimed,

Promed Assistência Médica, Salutar Saúde e SulAmérica. Pelo próprio site do Sindloc-SP, é possível avaliar os planos da Qualicorp e fazer simulações online. Para isso, basta que o solicitante preencha um breve perfil. Algumas das alternativas asseguram coberturas adicionais ao rol de procedimentos da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Também são oferecidos planos baseados no modelo de coparticipação, que garantem

mensalidades mais acessíveis.

A Qualicorp ainda disponibiliza um manual exclusivo com orientações gerais sobre o portfólio de serviços, além de canais de atendimento telefônico e pela internet. “Novamente, procuramos cumprir um papel além do institucional, ao prover as empresas de soluções que agregam valor às operações, estimulam a produtividade e lhes permitem concentrar mais tempo e recursos nas suas atividades-fim”, destaca Cabral. n

6 VANTAGENS PARA LOCADORAS

Preços e condições imperdíveis – Acesso à maior e melhor linha de planos coletivos por adesão do Brasil, em condições especiais e com custos compatíveis com suas demandas

Planos com o melhor da medicina – Planos das mais conceituadas operadoras de saúde do país, que integram uma rede abrangente e qualificada de médicos, clínicas, hospitais e laboratórios

Amplas coberturas – Opções de planos com coberturas adicionais ao rol de procedimentos previstos pelas leis do setor, além de benefícios especiais

Alternativas de planos com coparticipação – Com a coparticipação, ao utilizar o plano, a empresa contribui com um pequeno valor nos procedimentos realizados e paga mensalidades mais baratas

Mais serviços, mais agilidade – Pela internet e por telefone, a Qualicorp oferece canais de atendimento para apoiar o cliente a usar seu plano com agilidade e conveniência Manual exclusivo – Documento com as informações necessárias para que empregadores e colaboradores conheçam seus direitos e deveres e utilizem seu plano de forma adequada e consciente

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PALAVRAS-CHAVE RUMO A BONS NEGÓCIOS

Estratégia de publicidade via Adwords ajuda a projetar os pequenos negócios no ambiente digital e destacá-los entre os concorrentes

Conquistar a atenção do usuário por meio de um conteúdo relevante, impactar o cliente com o perfil adequado e estar posicionado entre os primeiros na busca do Google, via ferramentas de Adwords. Os resultados de uma boa campanha de marketing digital são diversos e podem ser conquistados por qualquer empresa, seja grande ou pequena. Embora as maiores marcas estejam entre as principais consumidoras dessas estratégias, por causa dos recursos que têm para investir, engana-se quem pensa que o marketing digital é só para elas.

De acordo com o sócio-fundador da Calina, Daniel Palis, o universo do marketing digital ainda é pouco conhecido pelos gestores de PMEs. “Estratégias de publicidade online bem desenhadas e que levam em consideração o momento e os objetivos do negócio são capazes de projetar qualquer empresa”, frisa.

Segundo o executivo, hoje é possível estabelecer um diálogo com o consumidor com investimentos muito enxutos. “Com um orçamento de R$ 10 por dia, uma empresa pode veicular um anúncio e, com isso, já consegue travar uma conversa com seu público. E não se trata de uma conversa marginal, e sim de uma das formas mais poderosas de interação entre marca e público”, comenta Palis.

Mesmo com um orçamento limitado, uma companhia de menor porte consegue competir com grandes

marcas, pois o Google usa uma plataforma com algoritmos que consegue pôr em pé de igualdade a disputa por espaço, sem depender essencialmente de custos. “A forma como a plataforma é gerenciada não é diferente daquela de quem paga mais. Isso permite que qualquer empresa consiga aparecer, inclusive com melhor posição que a das grandes marcas”, explica.

O segredo do sucesso é saber fazer bom uso das ferramentas digitais e definir o orçamento que não comprometa o modelo de negócio. Para isso, basta calcular qual o ROI que faz sentido naquele momento e, em cima disso, definir o quanto o gestor está disposto a investir nesse primeiro momento para atingir esse montante. “Ele deve se questionar quanto espera receber cada vez que o serviço é usado. A partir de dados de mercado, é feito um cálculo de quantas pessoas precisam ser impactadas para que uma delas opte por usar esse serviço em particular”, explica o executivo.

Quanto maior o valor, menor a margem de erro na tomada de decisão. Investimentos na casa de R$ 2 mil a R$ 5 mil por mês são suficientes para gerar informações que contribuam para a melhor tomada de decisão, entre as quais o número de pessoas que entraram em contato por meio do anúncio ou pesquisaram o produto ou serviço na internet. O tempo de retorno depende muito do valor investido, mas gira em torno de um a três meses.

“A PARTIR DE DADOS DE MERCADO, É FEITO UM CÁLCULO DE QUANTAS PESSOAS PRECISAM SER IMPACTADAS PARA QUE UMA DELAS OPTE POR USAR ESSE SERVIÇO EM PARTICULAR”

DANIEL PALIS

Os valores na faixa de R$ 10 mil a R$ 15 mil para esse período são considerados ideais. Mas, caso o orçamento esteja enxuto demais, o aconselhável é optar por um modelo de teste ou usar ferramentas gratuitas, como o Google Meu Negócio. Nela, é possível efetuar o cadastro da empresa com informações de horário de funcionamento, localização e imagens. Quando uma pessoa faz a busca, o Google oferece essa informação de forma orgânica.

Mas, acima de tudo, o fundamental para a sobrevivência de qualquer empresa, independentemente do porte, é ter presença digital. “Quem não está na rede hoje em dia corre o risco de deixar o espaço para ser usado pelo seu concorrente. Esse perigo, seguramente, terá um custo alto e quase irreversível”, finaliza Palis. n

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COMPLIANCE TRABALHISTA EM FAVOR DA INTEGRAÇÃO

Programa

previne

riscos nas relações empregatícias e pode ser um diferencial na produtividade de pequenas e médias empresas

OTribunal Superior do Trabalho (TST) revelou a expressiva diminuição do volume de ações judiciais após a reforma trabalhista. O número caiu 34% no ano passado em relação a 2017, mas ainda assim ultrapassou 1,7 milhão. Cerca de R$ 30,3 bilhões foram repassados aos reclamantes – há três anos, o montante não superava R$ 22 bilhões. Na prática, os conflitos seguem em evidência em razão do equívoco das empresas em não adotar medidas preventivas para gerenciar essas questões.

A solução para atenuar esses problemas passa pelo compliance trabalhista, que possibilita combater práticas antiéticas e ilegais dos empregados e dos empregadores, refletindo diretamente na melhoria da produtividade. O programa funciona como uma espécie de auditoria, que visa a demonstrar as desconformidades e sugerir correções com regras de boas práticas.

“Na realidade, a flexibilidade propiciada pela reforma e iniciativas como a implementação do eSocial deixaram as empresas mais desatentas e em situação de vulnerabilidade”, comenta Gisela

Martinez, da consultoria Antakly Martinez Public Affairs, para justificar a relevância desse conceito. No Brasil, ele ganhou evidência com a Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e a Lei Anticorrupção, que normatizou a responsabilização criminal e civil dos empresários pela prática de atos lesivos à companhia. “Mas o tema é muito mais abrangente e envolve a governança corporativa como um todo”, pondera.

O processo inicia-se pela análise do objetivo social para correto enquadramento sindical e normas coletivas, passando pela micro e macro gestão de Recursos Humanos. Por fim, abrange a gestão com os dirigentes e à assessoria cotidiana em qualquer decisão com reflexos trabalhistas e financeiros de uma maneira geral. “O engajamento dos dirigentes da organização é fundamental para ramificar o compliance para todas as áreas da corporação, o que permite blindar a empresa contra eventuais passivos futuros”, avalia Fernanda Barbosa, do Küster Machado - Advogados Associados.

Como parte dessa metodologia, podem ser empregadas ferramentas

como o Know Your Costumer (KYC) ou o Know Your Employee (KYE). O primeiro pode ser aplicado nas empresas que prestam serviços para outras ou no poder público, seguindo o que é estabelecido na Súmula 331 do TST, que define o tomador de serviços como responsável subsidiariamente por falhas no cumprimento das obrigações trabalhistas. Já o KYE contempla aspectos como a investigação social de quem é o funcionário, nos limites da lei, para oferecer mais subsídios aos empregadores no processo seletivo e assegurar a escolha de profissionais mais alinhados à missão e aos valores da companhia

O compliance ainda permite estabelecer procedimentos de controle a serem adotados pelos funcionários, para evitar que sejam cometidos atos ilícitos que comprometam a imagem da empresa, por meio de treinamentos, palestras e até mesmo participação nos lucros. Também institui normas para evitar ocorrências de assédio moral, sexual e preconceitos. “Mas, assim como cria códigos de ética para os funcionários, a empresa deve estruturar mecanismos de denúncia para que eles se sintam à vontade em expor sua insatisfação”, pontua Fernanda n

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INDICADORES CONTÁBEIS NA LOCAÇÃO DE VEÍCULOS

DA VERS CONTABILIDADE

De acordo com dados do IBGE, 42% das empresas brasileiras não sobrevivem até o segundo ano de negócios. E, entre as muitas causas que levam a essa extinção precoce, foram apontadas pelos empresários a ausência de planejamento estratégico ou a falha na sua execução. Ao analisar esse cenário, podemos concluir que o uso limitado das informações internas e a falta de compreensão dos números são encarados como grandes obstáculos.

Uma das estratégias para analisar a saúde financeira de uma companhia e minimizar essas estatísticas é a avaliação dos indi-

“O uso limitado das informações internas e a falta de compreensão dos números são encarados como grandes obstáculos para a saúde financeira das empresas”

Nesse aspecto, os indicadores de liquidez possuem grande relevância nas avaliações, pois têm por finalidade demonstrar a capacidade para cumprimentos das obrigações de curto prazo com valores disponíveis. A verificação também aponta a facilidade com que os ativos da empresa se tornam recursos financeiros palpáveis. O cenário ideal é que esses índices estejam acima de 1,00. Em contrapartida, o indicador de endividamento explicita o percentual do capital de terceiros na empresa, e o ideal é que esteja abaixo de 1,00.

cadores contábeis, que fornecem informações sobre o desempenho operacional e financeiro da empresa, mediante a aplicação de fórmulas matemáticas sobre as demonstrações. Em resumo, esses índices abordam situações como liquidez, endividamento, rentabilidade, margem e retorno do investimento.

Contudo, a importância de manter bons indicadores vai muito além da compreensão imediata do seu negócio. Essa questão também pode ser alvo da avaliação de terceiros quando se interage com outra organização, como bancos, investidores e até mesmo órgãos do Estado durante licitações.

Pela natureza da operação, as locadoras de veículos devem redobrar a atenção e tomar alguns cuidados. Isso porque a maior parte de seus ativos, representada pela frota, está imobilizada. Portanto, ela é desconsiderada para cálculo dos índices de liquidez e endividamento, o que pode provocar distorções na análise.

No caso da indústria de aluguel de veículos, e de acordo com as melhores práticas contábeis, a recomendação é que os carros desmobilizados para alienação sejam registrados mensalmente, o que acompanha a realidade do segmento e pode melhorar os indicadores.

Por fim, o acompanhamento desses índices traz informações essenciais para a tomada de decisão, sendo também uma forma de comprovar para o mercado os resultados positivos da sua operação. n

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LUIZ SANTOS
ESPECIALISTA CONTÁBIL

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