
Mobilidade sustentável e vendas diretas norteiam esforços da Stellantis no país
Mobilidade sustentável e vendas diretas norteiam esforços da Stellantis no país
Especialista aponta ganhos para o setor e prevê melhora no ambiente de negócios
Entidade traça planejamento até 2028 com foco em mais transparência e diálogo
“O poder da informação é determinante para prosperarmos de forma sustentável e com ainda mais maturidade”
{ ELADIO PANIAGUA , PRESIDENTE DO SINDLOC-SP
ARevista Sindloc-SP está de volta! Sempre é motivo de orgulho retomar um projeto de sucesso. Mas nesse caso, não escondi o entusiasmo após a reunião de diretoria que sacramentou a retomada da publicação, depois de dois anos de interrupções. Mais do que nunca, o poder da informação estará ao nosso alcance. A reestreia da revista, com periodicidade bimestral, é parte do nosso compromisso de reforçar a interação com as empresas associadas, agregando conhecimentos valiosos para elevar o patamar da nossa atividade. A reportagem de capa ilustra muito bem esse objetivo, em uma entrevista especial que traduz as implicações da reforma tributária prestes a se tornar realidade.
Ouvimos também Milad Kalume Neto, expert do mercado automotivo, para compreender os caminhos e tendências que norteiam nossas operações. Já a divisionária do Deatur abriu espaço na agenda para orientar as locadoras no combate a casos de apropriação indébita. E a seção dedicada às montadoras contou com a participação da Stellantis, que confirmou o interesse em ampliar as vendas diretas.
Desde nossa fundação, em 1991, procuramos cumprir o propósito de estimular a qualificação técnica e o desenvolvimento dos empresários de locação. A revista reforça essa premissa e dá vazão ao êxito de um setor que coleciona números superlativos. Com faturamento de R$ 22,6 bilhões, as empresas associadas mais que dobraram de tamanho nos últimos cinco anos. Nossas operações já impactam 36,4 milhões de usuários e viabilizam a geração de 43 mil empregos diretos.
Superamos as turbulências proporcionadas pela pandemia e por fatores como a pressão inflacionária e os juros. Alcançamos uma recuperação em V e novamente provamos nossa resiliência em períodos de incertezas. Mas fomos muito além de garantir sobrevida aos negócios e ganhar respiro. Fortalecemos nosso protagonismo setorial, respondendo por praticamente 30% das vendas de automóveis no país. Aumentamos a relevância na economia ao gerar quase mais de R$ 11 bilhões em impostos no ano passado.
Agora, nosso foco está em projetar o futuro, o que levou à concepção de um ambicioso planejamento estratégico para os próximos cinco anos. Baseado nos pilares da transparência e da ampliação do diálogo com as locadoras e seus parceiros estratégicos, o Sindloc-SP quer mostrar onde podemos e devemos chegar.
Em meio a um setor tão competitivo, o poder da informação é determinante para prosperarmos de forma sustentável e com ainda mais maturidade. Como sempre, estamos juntos nessa jornada! ¦
A Revista Sindloc-SP é uma publicação bimestral do Sindicato das Empresas Locadoras de Veículos Automotores do Estado de São Paulo, distribuída gratuitamente a empresas do setor, indústria automobilística, indústria do turismo, executivos financeiros e jornalistas. Foto de capa: Freepik
Presidente: Eladio Paniagua
Vice-presidente executivo: Luiz Antonio Cabral
Vice-presidente: Paulo Hermas Bonilha Junior
Diretor financeiro: Luiz Carlos de Carvalho Pinto Lang
Diretor secretário: Luiz Carlos Magalhães
Diretoria: Daniel Ribeiro Huss, Fabio Alexandre, Jarbas
José dos Santos,Jerônimo Luiz Muzetti, José Eduardo Arminante, José Mario de Souza, Luis Carlos Godas e Paulo Miguel Junior
Produção Editorial: Scritta – scritta.com.br
Coordenação geral: Luiz Antonio Cabral
Coordenação editorial: Leandro Luize
Redação: Fernando M. Torres
Revisão: Maria Inês Arbex
Jornalista Responsável: Paulo PiratiningaMTPS 17.095 - piratininga@scritta.com.br
Direção de Arte/ Diagramação: Luis F. Chiapinotto
Impressão: Gráfica Revelação
Circulação: 12 mil exemplares impressos e digitais
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E-mail: secretaria@sindlocsp.com.br
É permitida a reprodução total ou parcial das reportagens, desde que citada a fonte.
Aumento de impostos, mas acesso integral a crédito. Especialista aponta ganhos para a atividade de locação a partir da reforma tributária
Sindloc-SP traça planejamento estratégico para os próximos cinco anos, focando no diálogo e na valorização do associado
Stellantis mira mais vendas diretas e indica tendências para as montadoras, entre as quais o uso de tecnologias híbridas 14 |
Em entrevista exclusiva, Deatur-SP apresenta recomendações para as locadoras se resguardarem contra apropriação indébita
Consultor do mercado automotivo analisa o patamar do setor e indica diferenciais para manter a competitividade
Entenda como a inteligência artificial pode trazer mais segurança e rentabilidade à gestão de frotas terceirizadas
Novo seguro obrigatório vira realidade no próximo ano, prevendo mais impactos financeiros e responsabilidades para as locadoras
Aumento de impostos, mas acesso integral a crédito. Especialista aponta ganhos para a atividade de locação e prevê melhoria do ambiente de negócios
Aprovada na Câmara dos Deputados, a reforma tributária deverá entrar na pauta de votações do Senado após o período eleitoral. Mas ao longo de todo este ano, o tema vem dominando as rodas de conversas do mundo empresarial e despertando preocupações. Na tentativa de entender os impactos para as locadoras de veículos, a Revista Sindloc-SP recorreu a um especialista no setor e obteve um diagnóstico tranquilizador. Para o advogado Victor Hugo Scandalo Rocha, responsável pela coordenação do comitê sobre tributos na ABLA, a simplificação do novo modelo favorece as relações e pode ser determinante para melhoria do ambiente de negócios no segmento.
“Benchmarking internacional contribuiu para locadoras terem reivindicações atendidas”
{ VICTOR HUGO SCANDALO
ROCHA , ESPECIALISTA EM
TRIBUTAÇÃO PARA O SETOR
QUAL FOI O TRATAMENTO DESTINADO ÀS LOCADORAS DURANTE AS DISCUSSÕES DA REFORMA?
Em primeiro lugar, é importante destacar a mobilização que o setor encampou há pelo menos um ano e meio, com a formação de um comitê dedicado ao assunto no âmbito da ABLA. Foi um trabalho de excelência que envolveu uma série de especialistas, responsáveis por elaborar simulações e um benchmarking internacional com análises sobre a política de tributação em países cujo modelo é similar ao proposto pela reforma. Essa iniciativa ajudou a dar voz à nos-
sa atividade, que se reuniu com a Secretaria Extraordinária do Ministério da Fazenda e com o Congresso Nacional e teve praticamente todas as reivindicações acatadas. O setor está muito bem atendido pela reforma.
QUAIS SÃO OS PRINCIPAIS PONTOS FAVORÁVEIS
AO SETOR?
O texto final do PLP nº 68/2024, de certa maneira, reconhece a importância das locadoras de veículos na engrenagem da economia, considerando que elas representam 27% dos emplacamentos no país e geram até 18% de compra incremental de
automóveis. Na prática, as empresas tornam-se contribuintes do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) nas operações de locação e revenda do veículo, com o que estamos de pleno acordo. Haverá aumento na carga tributária direta, mas em contrapartida o setor passará a ter acesso a crédito integral e imediato na compra do ativo e inclusive sobre custos operacionais e despesas financeiras em geral (carga tributária indireta).
MAS HAVERÁ AUMENTO DE CARGA TRIBUTÁRIA?
PODEMOS ESTIMAR
ESSA ALTA?
No sistema existente, a carga tributária dos tributos de consumo de uma empresa do Lucro Real, em média, gira em torno de 2%. No novo regime, já considerando a recuperação dos tributos indiretos, a carga pode ir a 10%. Porém, é necessário considerar que no sistema atual, além da carga de 2%, ainda há diversos tributos que incidem sobre bens e serviços adquiridos e que não são recuperados.
UM DOS ASPECTOS QUE MAIS VEM GERANDO RECEIO NO EMPRESARIADO É A FASE DE TRANSIÇÃO, QUE PODE
LEVAR A MAIS CUSTOS E BUROCRACIA. COMO A REFORMA TRATA ESSE TEMA?
A preocupação em torno desse item é legítima e justificável. No sistema atual, o segmento paga imposto na aquisição do veículo e não é tributado no ato da venda, havendo restrições, portanto, para que o tributo anteriormente pago seja recuperado. Com a reforma, apesar de a desmobilização gerar imposto, estará garantida a recuperação integral dos tributos pagos na compra. A fase de transição terá início em 2026 e poderia levar a um descompasso, considerando a dinâmica setorial de uso da frota para
(cenário atual x cenário projetado com a reforma tributária)
ATIVIDADE
Aquisição de bens e serviços
Locação
Desmobilização
Carga tributária
PROJETADO ATUAL
Veículos: PIS/ COFINS parcialmente recuperáveis e ICMS e IPI não recuperáveis
Manutenção:
PIS/COFINS parcialmente recuperáveis e ICMS e IPI não recuperáveis
Serviços financeiros:
PIS/COFINS não recuperáveis
Outras despesas:
PIS/COFINS parcialmente recuperáveis
Incidência de PIS/COFINS
Não incidência de ICMS, ISS e IPI
Não incidência de PIS/COFINS, ICMS, ISS e IPI
2,10%
• Crédito parcial sobre depreciação (parcial)
• Não tributação na venda
• Alíquota sobre receita de locação: 9,25%
• Créditos sobre custos de operação
aluguel, que dura de 12 a 18 meses em média. Haveria o risco de pagar imposto na compra sem tomar crédito e ainda pagar os novos tributos na venda, durante a transição. Mas entramos em diálogo e conseguimos a mudança para alíquota zero sobre as vendas do ativo durante a transição, ao menos quando não houver lucro. Evitamos a cobrança de imposto na segunda etapa, já que a locadora não tomou crédito na primeira. Ainda há a necessidade de refinar trechos da redação. Porém, essa conquista está assegurada.
CRÍTICAS PARA O SETOR DIZ
RESPEITO AOS FURTOS DE VEÍCULOS. DE QUE MANEIRA
ESSA QUESTÃO ESTÁ
CONTEMPLADA NA REFORMA?
Esse assunto também exigiu intensa mobilização junto ao Congresso Nacional, já que o projeto de lei previa o estorno do crédito obtido na compra do veículo em caso de furto ou extravio. Imaginemos o seguinte cenário. No último mês antes da desmobilização de uma frota, a empresa
Veículos: IBS / CBS recuperáveis e IS não recuperável
Manutenção: IBS / CBS recuperáveis
Serviços financeiros: IBS / CBS recuperáveis
Outras despesas: IBS / CBS recuperáveis
Incidência de IBS e CBS Não incidência de IS
Incidência de IBS e CBS
Não incidência de IS
10,70%
• Crédito integral na compra
• Tributação na operação de venda
• Alíquota sobre receitas: 26,5%
• Créditos sobre custos de operação e despesas gerais
*Fontes: ABLA e Rocha & Rocha Advogados
é vítima de um crime e se veria obrigada a devolver o crédito referente ao tributo pago na compra do veículo, mesmo após gerar e pagar elevados impostos com a locação desse ativo. Entretanto, esse ponto também foi modificado e agora o texto estabelece a manutenção parcial do creditamento, respeitando a proporcionalidade de uso dos veículos.
A MAIORIA DAS LOCADORAS
ESTÁ INSERIDA ATUALMENTE NO SIMPLES NACIONAL.
HAVERÁ ALGUMA
SOBRECARGA PARA ESSAS EMPRESAS?
Não há previsão de nenhum ônus específico para essas companhias, que recolhem impostos proporcionalmente ao faturamento. Porém, as locadoras do Simples poderão optar pela alíquota geral no caso dos tributos incidentes sobre o consumo, de modo a terem acesso a crédito. Seria uma alternativa, mas que tende a ser vista como burocrática. Porém, as mudanças trazidas pela reforma requerem uma reflexão mais profunda
(análise de países com modelo similar ao do Brasil pós-reforma)
Austrália
Crédito: calculado na proporção em que o bem for destinado ao desenvolvimento da atividade comercial. Exceção aplicada nos casos de aquisição de veículos para a revenda. Crédito sobre o leasing não tem limite Tributação na saída: incide quando o bem destina-se às atividades comerciais, com valor ajustado pelo montante de créditos tomados
Crédito: calculado na proporção em que o bem for destinado ao desenvolvimento da atividade comercial, com limite de 30 mil dólares canadenses (cerca de R$ 125 mil) para veículos de passageiros e 800 dólares canadenses (cerca de R$ 3.350) por mês para locação de veículos
Tributação na saída: incide quando o bem destina-se ao desenvolvimento de atividades comerciais
sobre a real vantagem de permanecer no Simples, que calcula o tributo com base apenas na receita, sem considerar a lucratividade e as despesas. Para a empresa que mantém margens mais baixas por contar com uma política de investimentos ostensiva, convertendo os resultados na aquisição de veículos, a escolha natural seria migrar para o Lucro Real ou Presumido.
A REFORMA TRIBUTÁRIA
VAI REDUZIR A BUROCRACIA
DAS EMPRESAS E O TEMPO DESPENDIDO PARA ADMINISTRAR O PAGAMENTO DE IMPOSTOS?
Sem dúvidas, vemos com bons olhos a criação de um imposto único e uma lei que admita menos regras de exceção, enquadrando serviços de locação de veículos, advocacia e indústrias de maneira mais uniforme. Diferenciações por estado também deixam de existir, o que aniquila a guerra fiscal. Com essa simplifica-
Crédito: calculado na proporção em que o bem for destinado ao desenvolvimento da atividade comercial
Tributação na saída: incide se houver creditamento na entrada. Há duas modalidades de cálculo1) alíquota x valor do bem ou montante de crédito relacionável à vida útil remanescente do bem, calculado sobre uma base de cinco anos
Crédito: fracionado pelo período de quatro anos. Locadoras que contam com regime de exceção podem acessar crédito integral sem limite
Tributação na saída: caso o veículo seja vendido antes do prazo de fracionamento do crédito, o valor remanescente será adiantado para abatimento na venda
ção, a tendência é que as mudanças favoreçam as relações de consumo. E esse ambiente de negócios ampliará a percepção de que as locadoras solucionam gargalos, otimizam a propriedade do veículo e destrancam a economia. Mesmo tardiamente, a reforma tributária potencializa a capacidade de crescimento do mercado automotivo, que já tem a seu favor um volume expressivo de consumidores.
OUTRA PREOCUPAÇÃO
PERTINENTE PARA O SETOR É O RISCO DE O GOVERNO
RESTRINGIR OU ATRASAR A DEVOLUÇÃO DOS CRÉDITOS. HÁ MOTIVOS PARA TEMER ESSE CENÁRIO?
Obviamente, poderiam ser impostas regras que limitassem a devolução desses recursos, mas o PLP 68/24 que regulamenta a reforma já inclui a obrigatoriedade de compensação integralmente com os novos tributos. Seria temerário se esse tópi-
Crédito: aplicado somente se o veículo for utilizado para fins comerciais, seja locação ou compra
Tributação na saída: incide de houver creditamento na entrada
*Fontes: ABLA e Rocha & Rocha Advogados
co fosse deliberado por meio de outra legislação. Além disso, a transferência dos valores não se dará por meio dos estados e municípios. A nova lei institui que esse repasse será feito diretamente pelo Comitê Gestor, uma entidade autônoma que abrangerá secretários da Fazenda e servidores públicos eleitos, com configuração muito semelhante à da Receita Federal.
O SETOR PODE SE SENTIR PLENAMENTE TRANQUILO?
Precisamos acompanhar atentamente os desdobramentos da reforma no Senado para preservar as demandas setoriais que foram atendidas pelo governo e pela Câmara dos Deputados. A luta não acabou. Contudo, entendo que a importância do setor foi valorizada. O fato é que cada vez mais o domínio da informação, a eficiência nos processos contábeis e a consistência do planejamento tributário serão as chaves para o sucesso dos negócios. ¦
Advogado de formação, Rocha é especialista em contabilidade financeira e tributária pela UEL; e em direito e planejamento tributário pelo IBET. Atua como vice-presidente da Comissão de Direito Tributário de Londrina (PR) e diretor jurídico do movimento Destrava Brasil, que luta por uma reforma na política de cobrança de impostos por meio da implementação do chamado IVA 5.0, realizado de modo automático e eletrônico, com bases de crédito financeiro e universal. Também coordena comitê sobre tributos na Associação Brasileira das Locadoras de Automóveis (ABLA). Compõe diversos conselhos de empresas de grande porte e é sócio da Rocha & Rocha Advogados, que atende corporações de grande porte e multinacionais.
Entidade traça planejamento estratégico para os próximos cinco anos, focando em mais transparência e diálogo com associados
Para enfrentar os desafios do mercado de locação de veículos e fortalecer a presença das empresas em um setor cada vez mais competitivo, o Sindloc-SP está implementando um ambicioso plano estratégico para os próximos cinco anos. O plano estabelece objetivos claros e ações necessárias para alcançá-los, além de prever revisões e ajustes anuais, para se adaptar às mudanças de ambiente, em esferas como a tributárias e cíveis.
“Nossa visão estratégica baseia-se em valores comuns aos dos entes externos, tanto os empresários de locadoras associadas como os executivos das montadoras. Justamente por isso, chamamos líderes afiliados para colaborarem com
“Vamos ser mais agressivos na nossa comunicação institucional, para manter um contato moderno e engajado com os membros”
{ ELADIO PANIAGUA , PRESIDENTE
observações e estratégias, uma parceria importante para trilharmos juntos a construção de nossos objetivos”, comenta o presidente do Sindloc-SP, Eladio Paniagua.
O planejamento estratégico está sustentado por quatro pilares. O primeiro deles é a transparência, que visa a assegurar que todas as ações da entidade sejam claras e alinhadas com seu propósito. “Para construirmos um sindicato forte e confiável, precisamos ser transparentes e assertivos em tudo o que
fazemos e garantir que nossos associados estejam bem informados e representados”, afirma.
O segundo pilar, por sua vez, é o foco direto nos associados. “Vamos ser mais agressivos na nossa comunicação institucional, para manter um contato moderno e engajado com os membros”, observa o presidente.
Já o terceiro pilar, denominado Gente que Faz, enfatiza a importância de ter uma diretoria e uma equipe comprometidas e capacita-
das. A ideia é buscar o desenvolvimento de longo prazo para o sindicato e para as locadoras afiliadas. “Queremos um time que não só administre, mas que também tenha clareza para projetar e trabalhar ativamente em prol das necessidades prementes dos nossos associados”, destaca Paniagua.
Por fim, o quarto e último pilar é a busca por resultados desafiadores. Segundo o presidente, o Sindloc-SP almeja manter um caixa sustentável, com recursos suficientes para promover melhorias em suas atividades e eventos. “Se olharmos todos esses pilares juntos, perceberemos que estão interligados. O equilíbrio financeiro, por exemplo, abre caminho para criar lideranças exemplares e comprometidas com o êxito do setor”, avalia.
SETORIAIS POR MEIO DE PARCERIAS
José Eduardo Arminante, membro da diretoria do Sindloc-SP, ressalta que o novo plano estratégico não apenas orienta as ações internas do Sindloc-SP, mas
“Sindicato intensificará promoção de eventos, palestras e cursos, incentivando networking com outros atores”
{ JOSÉ EDUARDO ARMINANTE , MEMBRO DA DIRETORIA
também irá contribuir para o desenvolvimento dos negócios das locadoras.
“E esse processo acontecerá em duas frentes. Em um primeiro momento, investiremos em parcerias com fornecedores e prestadores
“A entidade terá sempre a visão atualizada do mercado, de produtos e serviços para o setor”
{ LUIZ CARLOS MAGALHÃES, DIRETOR-SECRETÁRIO
de serviços que ofereçam condições comerciais ainda mais vantajosas para os associados. Antes de formalizar qualquer acordo, avaliaremos a qualidade do parceiro e, uma vez selado o acordo, acompanharemos a continuidade do bom atendimento”, explica.
Na sequência, segundo Arminante, o sindicato intensificará a promoção de eventos, palestras e cursos, incentivando o networking com outros atores – bancos, instituições financeiras, montadoras, concessionárias e prestadores de serviços.
Na avaliação do diretor-secretário do Sindloc-SP, Luiz Carlos Magalhães, a iniciativa tem potencial para disponibilizar respostas e orientações práticas para o dia a dia das locadoras. “A entidade terá sempre a visão atualizada do mercado, de produtos e serviços para o setor, além de atuar junto aos órgãos governamentais para preservar diferenciais para a atividade”, observa. O sindicato firma-se, dessa maneira, como um hub estratégico de novos negócios e modernização do setor.
Para Eladio Paniagua, a aplicação do planejamento contribuirá para uma atuação sólida na orientação e na disponibilização de instrumentos que permitam o impulsionamento das locadoras associadas. “Quando temos um grupo associativo forte e bem estruturado, as empresas do setor passam a ter um aliado mais eficaz, com acesso a soluções que atendem às suas demandas tecnológicas, fiscais, tributárias e trabalhistas. Dessa forma, passam a trabalhar em nível similar de competitividade e ajudando-as a ganhar terreno frente aos grandes players”, finaliza. ¦
De olho em mais vendas diretas, vice-presidente da montadora aposta em tecnologias híbridas e descarbonização
Com mais de 316 mil veículos vendidos e o impressionante market share de 29,3% no primeiro semestre, a Stellantis demarca presença significativa no mercado automotivo brasileiro. As vendas diretas em relação ao mesmo período de 2023 tiveram aumento de 10,4%, o que consolida sua posição de liderança no país. Os resultados são planejados. Criada em 2021, pela fusão da ítalo-americana Fiat Chrysler e do grupo francês PSA, dono das marcas Peugeot e Citroën, a Stellantis aposta no fortalecimento de suas operações no Brasil e na América do Sul, com a perspectiva de um ciclo virtuoso de estabilização de preços, em comparação com a oscilação ocorrida nos últimos anos.
E há novos investimentos em vista. “Entre 2025 e 2030, teremos o maior ciclo de recursos da história da indústria automotiva continental, com o aporte de R$ 32 bilhões. Somados, os valores impulsionarão novas oportunidades estratégicas
“Locadoras ajudam a ampliar o alcance e a democratizar o acesso aos nossos veículos”
{ FÁBIO MEIRA , VP DE VENDAS DIRETAS
PACOTE DE INVESTIMENTOS DA FABRICANTE
de negócios, com o lançamento de 40 produtos durante o período, quatro plataformas, oito powertrains e o desenvolvimento das novas tecnologias Bio-Hybrid, que visam à descarbonização em toda a cadeia de suprimentos de veículos”, anuncia o vice-presidente de Vendas Diretas, Fábio Meira.
Em relação à eletrificação, por exemplo, a empresa alinha-se a uma visão de longo prazo. “Entendemos a propulsão elétrica como a tendência dominante no setor automotivo mundial. No entanto, para nos adequarmos ao cenário brasileiro, precisamos de uma rota planejada, já que os veículos elétricos, apesar de eficientes no processo de descarbonização, ainda têm custo elevado”, avalia. A combinação do etanol com a eletrificação surge como uma alternativa competitiva, justamente por meio do modelo Bio-Hybrid, que combina propulsão flex e eletrificação em três plataformas híbridas.
O pacote de investimentos está previsto para todas as marcas sob o guarda-chuva da Stellantis, desde os automóveis mais econômicos até os de alto valor agregado. Para atender a essas múltiplas demandas, Meira defende o segmento de vendas diretas no Brasil como reforço aos canais de vendas mais tradicionais.
“O papel das locadoras é fundamental dentro desse contexto. Elas representam uma parcela significativa de nossas vendas diretas, ajudando a ampliar o alcance e a democratizar o acesso aos nossos veículos. Facilitam ainda a entrada de diversos perfis de consumidores no mercado automotivo, ao permitir que eles usufruam de carros de tecnologia de ponta sem a necessidade de um grande investimento inicial e com flexibilidade”, defende. Meira, inclusive, acredita que esse
cenário tende a ganhar força com as projeções de estabilização dos preços dos veículos, que teve uma escalada após o fim da pandemia.
Aos empresários de locação de automóveis, a mensagem da Stellantis é clara. “Nossa parceria não só atrai consumidores como fortalece a capacidade de atender às suas necessidades de mobilidade de forma flexível e inovadora. Estamos comprometidos nesse trabalho conjunto para explorar novas oportunidades, enfrentar desafios e garantir soluções de transporte que atendam às expectativas do mercado”, afirma. Para ele, o Sindloc-SP exerce função estratégica na conexão entre as locadoras associadas e as montadoras, facilitando parcerias e garantindo a oferta de produtos e serviços em condições especiais. “Essa colaboração é fundamental para consolidar as relações comerciais”, finaliza. ¦
SPVAT entra em cena em 2025 com impactos financeiros e mais responsabilidades para o setor
Aprovado no primeiro semestre deste ano, o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT) passa a vigorar a partir de 2025. A nova lei complementar (207/2024) estabelece medidas abrangentes para proteção das vítimas de acidentes de trânsito. Garante o pagamento de indenizações por morte e invalidez permanente, além de reembolsar despesas com assistência médica, serviços funerários e reabilitação profissional. O pagamento ocorrerá mediante simples prova do acidente ou do dano, sem consideração de culpa.
O Ministério da Fazenda estima que o SPVAT deverá representar um gasto anual de R$ 50 a R$ 60 por veículo. Para as locadoras, essa cobrança representará um novo custo operacional. “O valor exato do prêmio será estabelecido posteriormente, por meio de cálculo atuarial e propostas normativas. Mas é importante que as empresas de locação estejam cientes e se preparem para ajustar suas tarifas, especialmente aquelas com frotas maiores”, projeta Ildebrando Gozzo, diretor-geral da Multiassist Consultoria e Corretora de Seguros.
O especialista informa ainda que
não haverá distinção na cobrança do seguro para diferentes categorias de veículos de passeio, como aqueles alugados para pessoas físicas, frotas terceirizadas e motoristas de aplicativo.
Um contraponto positivo é que o SPVAT pode alterar a forma como as locadoras gerenciam suas obrigações. “O novo seguro amplia a cobertura para todos os ocupantes dos veículos, independentemente da culpa no acidente, e estende-se à proteção para danos causados a terceiros no caso de atropelamento. Isso pode reduzir a responsabilidade civil do setor em casos de acidentes, embora não elimine a possibilidade de ações complementares por terceiros prejudicados”, analisa. A inserção de
{ INTEGRAÇÃO DO SPVAT REQUER AJUSTE DAS LOCADORAS EM SEUS PROCESSOS ADMINISTRATIVOS E FINANCEIROS, SEGUNDO ILDEBRANDO GOZZO (NO DETALHE)
serviços de reabilitação profissional e funerários na cobertura também pode ser vantajosa.
“As empresas devem ter uma abordagem proativa e orientar seus clientes sobre o processo de reivindicação e a documentação necessária, em caso de sinistro. Revisar suas estratégias operacionais e tarifas será crucial para assegurar a sustentabilidade financeira diante das mudanças impostas pela nova legislação”, avalia. O saldo, na interpretação de Gozzo, é positivo para a sociedade. “Apesar de a cobrança gerar uma percepção negativa, seguros obrigatórios são comuns em diversas situações no Exterior. O SPVAT alinha o Brasil a práticas globais de proteção e possibilita uma cobertura mais completa e favorável a toda cadeia automotiva”, acredita ¦
O antigo DPVAT teve diversas tarifas antes de ser extinto. Confira o histórico 2020
*Fonte: Caixa Econômica Federal
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Estratégias de prevenção, uso de tecnologias e avanços legislativos ajudam as locadoras a se resguardar contra essa prática
Reconhecido pelo artigo 168 do Código Penal, o crime de apropriação indébita representa um desafio contínuo para as locadoras de veículos. O delito, passível de multa e reclusão de um a quatro anos, pode se caracterizar pela não devolução do bem após o término do contrato de concessão temporária. A suscetibilidade do setor a clientes mal-intencionados deve-se à própria natureza de seu modelo de negócio, bem como à ausência de medidas de segurança robustas.
“A prevenção deve começar com contratos claros e explícitos quanto a penalidades em caso de não devolução do automóvel”, aconselha Fernanda Herbella, divisionária da Deatur, da Polícia Civil do Estado de São Paulo. Ela lembra que, muitas vezes, chegam à delegacia casos nos quais o cliente não teve dolo ao se apropriar do veículo, mas, por algum motivo, não o restituiu na data correta. “A abordagem cuidadosa pode diferenciar as situações de inadimplência das de apropriação indébita. Por isso é importante que o locador inclua cláusulas de prorrogações contratuais”, acrescenta.
Os cuidados preventivos também passam pelo controle diário das placas de entrada e saída e por uma verificação mais detalhada dos dados e do per-
fil do locatário, por meio de tecnologias de autenticação de dados. Dispositivos de telemetria e de bloqueio remoto podem desativar o carro em situações suspeitas, impedindo, por exemplo, que ele ultrapasse a fronteira. “Outra ferramenta potencial é o rastreador GPS.
Fernanda Herbella ainda destaca a importância da integração entre as locadoras, para identificar eventuais ondas de golpes similares, e o uso de fontes abertas para pesquisa e monitoramento de veículos. “A rapidez na comunicação e a integração desses processos às bases de dados da Polícia Civil reforçam a segurança e a capacidade de resposta rápida”, diz.
Entre os procedimentos estão o Banco Nacional de Procurados, que centraliza informações sobre veículos e pessoas procuradas pela justiça. Já o sistema Detecta rastreia automóveis com câmeras e radares, enquanto a Muralha Paulista consiste em uma rede de câmeras ocultas integradas para monitoramento e rastreamento veicular.
A legislação também vem proporcionando consideráveis avanços no combate ao crime. O PL 2.736/2019 propõe a inclusão do crime de apropriação indébita qualificada no Código Pe-
nal, com penas mais severas a casos em que o veículo é comercializado ou utilizado para obter vantagem econômica. Já o PL 5.730/2023 visa a regulamentar o recolhimento de veículos com apropriação indébita, exigindo autorização policial para sua liberação, o que pode melhorar a eficácia na recuperação.
Programas de educação e conscientização são vitais para a prevenção. Em parceria com o Sindloc-SP, a Deatur realiza palestras e oferece orientações para as locadoras sobre os riscos e medidas preventivas, além de promover a cooperação entre o setor privado e as autoridades. “Essa colaboração vem sendo determinante e conseguimos reduzir o número de ocorrências desde o início dessa operação conjunta”, ressalta. ¦
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Viabilizamos financiamento para suas aquisições.
Associado SINDLOC-SP tem desconto especial das montadoras. Consulte também condições diferenciadas para aquisição de maiores volumes.
Consultor de operações no mercado automotivo
analisa o patamar do setor e indica diferenciais para manter a competitividade
Apandemia deixou marcas profundas em diversos setores da economia. O mercado automotivo, especialmente o segmento de locação, não foi exceção. No auge do isolamento social, em abril de 2020, a produção de veículos no Brasil chegou a cair 99%. Quando foi restabelecida, em 2021, o primeiro grande efeito no mercado foi a escassez de semi-
{
SETOR BUSCOU DIFERENCIAIS NA OFERTA DE SERVIÇOS E ATENDIMENTO PARA MANTER COMPETITIVIDADE
condutores, o que afetou toda a cadeia da indústria automobilística. As altas taxas de juros e a restrição ao crédito também impactaram diretamente a atividade, juntamente com a explosão dos custos logísticos, de manutenção de insumos, muito acima da inflação.
Milad Kalume Neto, consultor especialista em desenvolvimento de negócios, marketing e operações no mercado automotivo, destaca que, para superar as dificuldades e manter a lucratividade, a indústria automotiva passou a comercializar automóveis de maior valor agregado. “Os
semicondutores foram alocados inicialmente nos veículos mais caros, resultando em um aumento perceptível do tíquete médio. A baixa oferta de carros novos levou à alta demanda por usados, o que também fez, inicialmente, os preços dos seminovos subirem bastante”, pontua.
As locadoras, mais especificamente, enfrentaram desafios com a devolução de veículos pelas empresas, que estavam com suas rotinas alteradas devido ao isolamento. As companhias depararam-se com as restrições de produção e com o encarecimento
de insumos, de forma a onerar o mercado no processo de novas aquisições, necessárias diante do envelhecimento natural da frota.
Por outro lado, em um segundo momento da Covid-19, a demanda para trajeto urbano e viagens curtas aumentou, o que possibilitou utilizar carros corporativos que estavam ociosos.
Nesse novo cenário, as locadoras de veículos precisaram criar diferenciais para se manterem competitivas, especialmente em serviços e na qualidade do atendimento ao cliente. A organização financeira tornou-se crucial, pois o mercado mudou entre a compra e a venda dos veículos. “O setor de locação trabalha com veículos padronizados. Portanto, a briga por preços baixos não é sustentável em longo prazo. O foco passou a ser a disponibilização de um serviço de alta qualidade e uma relação de proximi-
dade e fidelização com o cliente, por meio de ofertas personalizadas e da valorização da experiência”, avalia Kalume.
NOVAS TECNOLOGIAS E NOVOS CONSUMIDORES
Em contrapartida, o pós-pandemia simboliza um momento de transformação, impulsionada por mudanças tecnológicas e novas demandas dos consumidores. Kalume enfatiza a importância do planejamento e da utilização de ferramentas avançadas para reduzir custos e melhorar os serviços. “Empresários não podem negligenciar áreas como análise de dados, sistemas de gestão e automatização de processos”, aconselha.
Ele observa ainda que as mudanças nas preferências dos clientes devem influenciar diretamente as estratégias a serem adotadas, dentre elas a busca por sustentabilidade, com veículos menos po-
{ PARA KALUME NETO, BRIGA POR PREÇOS NÃO SE SUSTENTA EM LONGO PRAZO E O CAMINHO PASSA POR VALORIZAÇÃO DA EXPERIÊNCIA E DA PROXIMIDADE COM CLIENTE
luentes e mais segurança, tecnologia de ponta e conectividade.
A eletrificação, por exemplo, é uma realidade em crescimento, apesar das dúvidas e desafios associados. Porém, ainda é uma incógnita para o mercado de locação. “Embora os veículos híbridos e elétricos sejam o principal elemento no processo de descarbonização automotiva e tenham custo menor na manutenção de curto prazo em relação aos automóveis de combustão, a depreciação não deve ser desconsiderada, compara.
Kalume lembra ainda que o Brasil é, fundamentalmente, seguidor de tendências e não formador de opinião. “Nosso mercado apresenta defasagem de dois a três anos em relação à Europa, com tecnologias que se tornam mais viáveis apenas depois de abastecer os veículos de maior valor agregado”, reconhece.
Nesse contexto, a projeção é de que, até 2030, o mercado no país ainda será composto por mais de 50% de motores a combustão. Segundo ele, em uma perspectiva otimista, a metade restante será integrada por 25% de híbridos suaves, 16% de híbridos e híbridos plug-in, 8% de elétricos puros e 1% destinado a outras fontes de energia, como o hidrogênio. Com tantas mutações, o olhar para as tendências nunca foi tão imperativo. ¦
Entenda como a inteligência artificial pode trazer mais segurança e rentabilidade à gestão de frotas terceirizadas
Ainteligência artificial (IA) tem potencial para revolucionar a performance das locadoras na gestão de frotas terceirizadas. A otimização da eficiência operacional e do prolongamento da vida útil dos veículos se dá por meio dos algoritmos de análise preditiva, que utilizam dados que mensuram o uso dos automóveis e padrões de comportamento das empresas clientes para ajustar o planejamento de forma mais precisa.
A tecnologia ainda pode refinar a avaliação de elementos como condições meteorológicas, risco de acidentes, identificação de tendências do mercado e ajuste de tarifas, mediante a avaliação da concorrência. Mas uma das principais aplicações está relacionada à segurança veicular.
“Os algoritmos são capazes de prever falhas mecânicas antes que elas ocorram, das mais simples às mais graves. Se os sensores de telemetria indicam que um carro apresenta padrões de vibração anormais, a IA pode sinalizar que uma peça específica está prestes a falhar e agendar uma manutenção preventiva”, exemplifica o con-
y
sultor Julian Gritsch, CEO da JGCorp e com mais de 25 anos de experiência no segmento.
Da mesma forma, a análise de dados históricos pode identificar os veículos com maior probabilidade de exigir a substituição de peças depois de certo período ou quilometragem, permitindo melhor planejamento de compras ou substituições de frota.
Do ponto de vista do aumento da rentabilidade das frotas terceirizadas, a IA possibilita otimizar rotas, sugerir itinerários mais econômicos, melhorar a eficiência do combustível e reduzir o número de veículos ociosos, por meio de novos negócios, como o sistema de compartilhamento e de locação por demanda.
A associação com sistemas de telemetria e sensores também proporciona um gerenciamento mais eficiente, processando dados em tempo real provenientes desses dispositivos, monitorando o desempenho dos veículos, comportamento dos motoristas e condições das estradas.
“Outro aspecto importante é a validação de motorista. Por meio de dados históricos de receitas, despesas, manutenções, acidentes e multas, é possível identificar os clientes que são mais lucrativos, os que geram mais multas ou cujos motoristas mantêm condutas de direção que acarretam mais custos. Com essas
informações, as locadoras podem ajustar suas estratégias de atendimento e fidelização, contribuindo para uma operação mais lucrativa”, acrescenta Gritsch.
A tecnologia emergente, porém, tem algumas implicações éticas e de privacidade. Para coletar e utilizar os dados, é mandatório que as locadoras estejam atentas à regulamentação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e obtenham consentimento explícito do consumidor, com transparência sobre a utilização e os benefícios que isso trará para ele, como segurança e melhor serviço.
Além disso, devem garantir o anonimato das informações e sua segurança, implementando medidas robustas contra acessos não autorizados e ciberataques. “Também é preciso implementar diretrizes e políticas claras para o uso, aplicação e disseminação da IA dentro da empresa. Sem essas políticas, pode haver o uso desenfreado e desordenado das tecnologias, o que poderia levar a ineficiências e até riscos”, alerta o consultor.
A JC Corp e o Sindloc-SP, inclusive, organizaram recentemente um curso voltado ao tema e já planejam novas edições com conteúdo mais avançado. ¦
A cidade de Foz do Iguaçu (PR) foi palco do 18º Encontro Regional das Locadoras de Veículos do Estado do Paraná, realizado na primeira quinzena de setembro pelo Sindiloc-PR. O evento proporcionou um rico intercâmbio de informações e ideias em torno de fatos e tendências que impactam o dia a dia do setor. Além de associados e fornecedores, também estiveram presentes dirigentes setoriais de outros estados. O presidente Eladio Paniagua representou o Sindloc-SP e destacou a importância desse networking. “Existente desde 1990, o sindicato paranaense vem sendo uma das entidades mais atuantes na defesa dos interesses do setor. E o caminho para valorizar nossa atividade passa pelo maior estímulo à conexão setorial”, aponta. ¦
Uma articulação liderada pelo Sindloc-SP deu fim à burocracia que norteava o licenciamento de veículos zero quilômetro, que exigia a ida a uma unidade do Poupatempo e cópias impressas da NFe, além do comprovante de decalque no chassi. Agora, esse processo pode ser realizado 100% via internet, no portal oficial do Detran-SP. Basta inserir na plataforma os documentos digitalizados da locadora e a NF-e. Uma vez registrado o automóvel, a emissão do CRLV-e é automática. Durante a solicitação, a empresa escolhe uma das placas disponibilizadas ou paga a taxa para escolher uma placa personalizada. Basta acessar o link https://bit.ly/3XiAkBu
Sempre com o compromisso de estimular o acesso a boas práticas de gestão, o Sindloc-SP firmou uma parceria com o Sest-Senat para garantir benefícios exclusivos aos colaboradores das locadoras associadas. E o acordo é gratuito! As empresas poderão oferecer sem custo, tanto aos futuros contratados como aos atuais membros do quadro de funcionários, assistência odontológica, psicológica, serviços de fisioterapia e orientação nutricional. Além disso, as equipes terão acesso a uma série de cursos gratuitos de especialização técnica e formação profissional. A página www.sestsenat. org.br/saude possibilita a marcação das consultas, que podem ser realizadas online ou presencialmente. ¦