Edição 7 | Agosto 2022

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@ s e n t i r a l h o s v e d r o s Alhos Alhos Vedros Vedros Alhosvedrense Misericórdia de Alhos Vedros Sentir Sentir O ABRIGO Da OMÃOZINHAS ABRIGO Da MÃOZINHAS Alhos Vedros Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita E d i ç ã o 7 | A g o s t o 2 0 2 2 Na Primeira Pessoa Daniel Serpa (Re) Descobrir Alhos Vedros Praias

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” é a plataforma que ajudará a freguesia de Alhos Vedros a dar se a conhecer a todo o nosso país e quiçá, dar a conhecer Alhos Vedros a nível europeu e/ou mundial. Sugestão: Se tem um negócio na freguesia de Alhos Vedros (negócio físico ou online) e/ou outras informações sobre a freguesia que queira partilhar e divulgar, se pretende contribuir com sugestões para a melhoria contínua da revista digital “Sentir Alhos Vedros”, contacte nos via e mail para geral@sentiralhosvedros.pt.

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” pretende conciliar passado e presente e traçar um futuro próspero para a freguesia de Alhos Vedros e para as suas gentes.

T í t u l o : " S e n t i r A l h o s V e d r o s " E d i ç ã o , C o o r d e n a ç ã o d e E d i ç ã o , R e d a c ç ã o e F o t o g r a f i a : A n a C r i s t i n a R o s a d o , D a n i e l F e r r e i r a , F á b i o S i l v a n o , M a f a l d a C a m p o s , P a u l o S é r g i o P e r e i r a . C o l a b o r a ç ã o : C a r l o s V e r d a s c a , " O A b r i g o d a M ã o z i n h a s " , D a n i e l S e r p a , I o l a n d a A l v e s . F i c h a T é c n i c a P e r i o d i c i d a d e : M e n s a l 0 7 / 2 0 2 2

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” tem como objectivo dinamizar e aumentar a economia local, aproximando pequenos negócios, comerciantes em nome individual e empresas da população Alhosvedrense.

A revista digital “Sentir Alhos Vedros” pretende dar a conhecer a toda a população em geral o que de bom existe, se faz e há na freguesia de Alhos Vedros.

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir Olhar Alhos Vedros pág. p19 ág. 19 À Mesa Com... pág. p23 ág. 23 Destaque do Mês pág. p11 ág. 11

Mais tarde, com 14 anos de idade e por influência dos meus amigos que também frequentavam o Cine Clube de Santarém, começei a interessar me por assuntos mais sérios, lendo livros e notícias sobre assuntos de ordem social e política, mais concretamente sobre a guerra de Vietname, a guerra colonial que passei a contestar, e sobre os acontecimentos do Maio de 68 que ocorreram em França. Foi com esses amigos que iniciei muito cedo a minha discussão que versava assuntos de ordem política e, por sua influência e por acreditar nos valores que defendiam, comunguei e partilhei com eles a crítica ao regime do Estado Novo, embora naquela altura eu não estivesse ligado ou associado a alguma formação política, apesar de a PIDE pensar que quem frequentava o Cine Clube de Santarém se movia pelas vias da contestação e por isso exercia naquela instituição cultural uma vigilância apertada.

O meu nome é Carlos Vardasca, tenho 72 anos e nasci em 1949 na freguesia do Socorro em Lisboa. Desde muito cedo e devido à extrema pobreza dos meus pais, com apenas quatro anos de idade fui internado no Colégio Nuno Álvares Pereira em Lisboa, e mais tarde, com 13 anos, na Fragata D. Fernando II e Glória, onde sobrevivi a um violento incêndio que deflagrou a bordo em 3 de Abril de 1963. Eram instituições do Estado, onde permaneci vários anos ficando desde muito cedo privado de afectos e do aconchego familiar, o que contribuiu para moldar um pouco a minha personalidade, embora em datas festivas (nem sempre) fosse passar férias a Santarém onde os meus pais viviam. Desde muito cedo me interessei pela leitura, dado que apenas com doze anos, e com as moedas que as minhas vizinhas me davam quando lhes fazia alguns recados, investia esses trocos na compra do jornal “O SÉCULO” que na altura custava 1 escudo, inicialmente para recortar as tiras de Banda Desenhada que geralmente vinham na última página.

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Apesar da descrição anterior e dos valores que já defendia, em 24 de Janeiro de 1971 fui, embora contrariado, mobilizado para participar na guerra colonial para Moçambique, de onde por pouco pensei que não regressava, por ter sido ferido em combate numa emboscada desencadeada pela FRELIMO em 3 de Janeiro de 1972.

Quando regressei da guerra colonial em 6 de Março de 1973 e porque os meus pais se tinham mudado para Alhos Vedros, vim morar para esta vila onde me integrei e acabei por ficar aqui até aos dias de hoje, onde arranjei novos amigos e com eles mais tarde partilhei preocupações que me ajudaram a abrir novos horizontes com os quais me tornei solidário, criando novas amizades que ainda hoje perduram.

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Como o processo disciplinar com vista ao meu despedimento durou alguns meses a ser elaborado e a ser decidido, a intenção de me despedirem não se concretizou por que entretanto deu se 25 de Abril em 1974 e meu processo disciplinar acabou por ser arquivado, o que causou alguma irritação na direcção da fábrica por não ter concretizado aquele

Esclareço que, embora tivesse participado numa guerra que sempre condenei, fui convidado para desertar por duas vezes antes de embarcar no navio NIASSA, não o tendo concretizado com receio que a PIDE exercesse represálias sobre os meus pais como já vinha sendo prática daquela polícia política.

Como já não tinha muito entusiasmo em voltar ao meu primeiro emprego na Marinha Mercante onde entrei com apenas 17 anos de idade, em 1973 fui trabalhar para uma fábrica de automóveis em Setúbal e aí, como operário metalúrgico, fui reforçando a minha consciência política a exemplo do que já vinha fazendo em Santarém, tendo eu corrido o risco, apesar de estar lá apenas há um mês, de ser despedido, por terem descoberto que fora eu o autor da afixação na parede da fábrica de um cartaz que denunciava o golpe de Estado no Chile liderado por Augusto Pinochet, com o derrube do governo de Unidade Popular chefiado por Salvador Allende em 1973, que foi assassinado durante esse conflito.

Na primeira Comissão de Trabalhadores em que participei, propus a criação de uma Comissão de Extinção da PIDE/DGS na fábrica devido à desconfiança que recaia sobre dois operários.

objectivo.

Apesar de ter conseguido documentos que confirmavam a sua ligação àquela polícia política, a sua extinção não se concretizou devido ao golpe do 25 de Novembro que inviabilizou a conclusão desse processo, tendo eu anteriormente participado activamente no PREC (Processo Revolucionário em Curso) como militante da UDP (União Democrática Popular) com várias intervenções políticas, nomeadamente percorrendo com outros amigos as ruas da Alhos Vedros vendendo o jornal “REPÚBLICA” em sua solidariedade, para que o mesmo não fosse tomado por outras forças políticas alheias aos princípios que norteavam aquele jornal em defesa da luta dos trabalhadores.

Aos quarenta anos de idade decidi voltar a estudar e, beneficiando do estatuto de trabalhador estudante conclui o 12º ano e entrei para a universidade no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP) no curso de Sociologia do Trabalho.

Durante vários anos fui eleito membro de Comissões de Trabalhadores e de Delegados Sindicais da empresa onde trabalhava, e nessa condição propus numa delas que se estabelecesse um intercâmbio entre a fábrica e a Reforma Agrária, nomeadamente com as Cooperativas agrícolas, com o objectivo de escoar os seus produtos agrícolas devido às dificuldades por que passavam. Por outo lado e nesse período, propus também que se realizasse um facto inédito, com a deslocação à fábrica da orquestra do maestro José Atalaya, que realizou um concerto memorável que foi do agrado de todos os operários que assistiram com grande entusiasmo, ao contrário do que alguns mais conservadores diziam que não ia resultar por ser “música para ricos”.

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Em 1986 fui um dos fundadores da CACAV. Círculo de Animação Cultural de Alhos Vedros, sendo autor do seu símbolo, participação que fui exercendo em paralelo com a minha actividade na fábrica como Controlador de Qualidade e os estudos na universidade.

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Na direcção daquela associação cultural tive, até aos dias de hoje uma participação regular, fazendo parte dos seus órgãos sociais desde a sua fundação, onde tem sido desenvolvida uma actividade cultural permanente e regular, com actividades diversificadas, desde o debate realizado na Escola José Afonso de denuncia do Massacre de Santa Cruz em Timor Leste em 12 de Novembro de 1991, entre tantas iniciativas efectuadas ao longo dos anos, que trouxeram à nossa vila personalidades várias e tão distintas como Agostinho da Silva e António Vitorino de Almeida entre outros, assim como o Coral Alius Vetus, o coral Luiza Tody e o Coro da Casa da Achada. Foi através da CACAV que participei em iniciativas de âmbito cultural e partilhei a preocupação desta associação pelo Meio Ambiente, com a criação do grupo “ECOS da TERRA”, assim como pelo Património Histórico e Cultural de Alhos Vedros, como foi, entre outras, a realização das primeiras Comemorações do Foral de Alhos Vedros em 1987, muito antes de o poder local se ter lembrado disso; as Noites de Lua Cheia e o mais recente concerto de Tributo a José Mário Branco a propósito do 36º aniversário da CACAV em 2022, iniciativas que ao longo de vários anos têm granjeado a simpatia e a participação das populações de Alhos Vedros e do concelho em geral. Por me sentir um pouco irrequieto, o que não me permitia estar muito tempo “inactivo mas fazer mais qualquer coisa”, em 15 de Março de 2001, numa Assembleia de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica nº 1 de Alhos Vedros, participei numa lista que foi eleita para os corpos sociais da respectiva Associação para os anos 2001/2002 onde, propus que fosse editado um boletim informativo de nome “INTERVIR” que visava propor melhorias e outras intervenções a efectuar no recinto escolar.

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“INTERVIR” era um boletim gratuito e distribuído mensalmente a todos os pais e encarregados de educação, cuja distribuição que era gratuita, só foi possível graças às cópias que eram tiradas de forma quase “clandestina” na fábrica onde trabalhava, e a sua publicação visava informa los da actividade da nossa associação e medidas a tomar para melhoria do espaço escolar.

Fazendo jus ao meu interesse pela leitura e pela escrita que já vinha desde os tempos da minha tenra juventude, fui colaborador assíduo do jornal “O RIO” dirigido por Brito Apolónia, contribuindo quinzenalmente com artigos de opinião até à sua extinção, ao mesmo tempo que nas eleições autárquicas de 2001 fui eleito nas listas do Bloco de Esquerda para um mandato para a Assembleia de Freguesia de Alhos Vedros, mandato renovado em eleições autárquicas seguintes no ano de 2005. No campo da literatura, em 2012 editei o meu primeiro livro com o título “Do Tejo ao Rovuma”, apresentado pelo professor António Ventura no Núcleo Cultural José Afonso (Biblioteca Municipal de Alhos Vedros), livro que retrata a história da minha Companhia na guerra colonial (1971 1973) e em homenagem aos meus companheiros que tombaram em combate naquela guerra de má memória, para onde também fui enviado “sem jeito nem prosa”

. Em 2015 voltei a editar um novo livro com o título “Fardados de Lama”, apresentado pelo Tenente Coronel Mário Tomé e pelo tradutor meu amigo de infância José Colaço Barreiros (na mesma Biblioteca Municipal), sessão moderada por Joaquim Raminhos, romance autobiográfico que descreve e minha vivência desde a infância até ao ano de 1987, escrito com base e inspirado num poema de minha autoria em 19 de Dezembro de 1969 com o título, “Andei por aí”, onde se reflete uma parte da minha infância e juventude repleta de ausência dos afectos que já referi anteriormente, mas também por alguma rebeldia e contestação acumulada pelos acontecimentos de Maio de 68 em França.

“INTERVIR” era um boletim gratuito e distribuído mensalmente a todos os pais e encarregados de educação, cuja distribuição que era gratuita, só foi possível graças às cópias que eram tiradas de forma quase “clandestina” na fábrica onde trabalhava, e a sua publicação visava informa-los da actividade da nossa associação e medidas a tomar para melhoria do espaço escolar.

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Fazendo jus ao meu interesse pela leitura e pela escrita que já vinha desde os tempos da minha tenra juventude, fui colaborador assíduo do jornal “O RIO” dirigido por Brito Apolónia, contribuindo quinzenalmente com artigos de opinião até à sua extinção, ao mesmo tempo que nas eleições autárquicas de 2001 fui eleito nas listas do Bloco de Esquerda para um mandato para a Assembleia de Freguesia de Alhos Vedros, mandato renovado em eleições autárquicas seguintes no ano de 2005. No campo da literatura, em 2012 editei o meu primeiro livro com o título “Do Tejo ao Rovuma”, apresentado pelo professor António Ventura no Núcleo Cultural José Afonso (Biblioteca Municipal de Alhos Vedros), livro que retrata a história da minha Companhia na guerra colonial (1971 1973) e em homenagem aos meus companheiros que tombaram em combate naquela guerra de má memória, para onde também fui enviado “sem jeito nem prosa”

. Em 2015 voltei a editar um novo livro com o título “Fardados de Lama”, apresentado pelo Tenente Coronel Mário Tomé e pelo tradutor meu amigo de infância José Colaço Barreiros (na mesma Biblioteca Municipal), sessão moderada por Joaquim Raminhos, romance autobiográfico que descreve e minha vivência desde a infância até ao ano de 1987, escrito com base e inspirado num poema de minha autoria em 19 de Dezembro de 1969 com o título, “Andei por aí”, onde se reflete uma parte da minha infância e juventude repleta de ausência dos afectos que já referi anteriormente, mas também por alguma rebeldia e contestação acumulada pelos acontecimentos de Maio de 68 em França.

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Sempre atento e com a preocupação em transmitir aos outros a minha visão do mundo e o meu pensamento sobre as questões sociais e políticas que iam surgindo no meu dia a dia, em 2017 decido editar novo livro com o título “Tempos Inquietos” apresentado pelo ex director do jornal “O RIO” Brito Apolónia, livro onde “desfilam” artigos de opinião por mim escritos de 1989 a 2016. Esta obra foi editada também com base numa de compilação de artigos de opinião escritos para o jornal “O RIO”, a par de outros que descrevem acontecimentos de ordem social e política, nacional e internacional, que fui registando durante o mesmo período.

Andei por aí Nasci. Olhei à minha volta e Senti me parido de ninguém. Gritei para dentro de mim e não me ouvi. Tentei abraçar alguém que era vento e nada senti. Corri, andei à procura, tudo era vazio E mergulhei no nada. Tudo parecia sorrir, Mas nada para mim sabia a quem. Andei por aí, Por aí andei. A par do gosto e do amor que sentia pela escrita, a música também foi uma das áreas a que dei corpo, ao participar durante alguns anos no coro “ALIUS VETUS da colectividade a “Velhinha”, onde participei até que a minha entrada no ensino superior me impossibilitou de cumprir com a assiduidade desejada.

O primeiro é um romance autobiográfico que vem no seguimento de outro que escrevi anteriormente e que considero, em parte, a sua continuação, pois reconheço que algo ficou por dizer em “Fardados de Lama”.

Durante esse período e quando regressava aos aquartelamentos fui alinhavando alguns apontamentos no meu caderno diário de tudo o que fui observando durante as operações em que participei, ou registando fotos batidas pela minha “MIRANDA”, máquina fotográfica de fabrico japonês que me acompanhava sempre que me deslocava para o mato, ao ponto do comandante da companhia me ter dito um dia: Oh nosso soldado! Você pensa que está em Hollywood ou quê?

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Esse romance tem como título “Uma Lua Ancorada no Cais” e nele conclui o que em “Fardados de Lama” me pareceu ter findado abruptamente, ao ponto de algumas pessoas que o leram terem ficado curiosas, pois o seu final indiciava que algo mais havia para dizer devido à expectativa e ao interesse que ficou a pairar no ar com o seu final tão inesperado.

O seguinte livro, este sim já concluído, tem como título “Regressámos Todos Tão diferentes” e é mais uma incursão ao período da guerra colonial.

O interesse pela escrita e aproveitando o período de algum recolhimento que foi transversal a todo o país, “dei corda aos dedos” e praticamente tenho concluídos mais dois livros que muito entusiasmo me deram escrever, cuja apresentação só será possível quando as condições o permitirem.

Regressei a este tema porque verifiquei que sobre o assunto havia muito para dar conhecer daquilo que fui escrevendo durante o conflito colonial, mais concretamente sobre os momentos vividos em Moçambique, no Planalto dos Macondes, província da Cabo Delgado na fronteira com a Tanzânia.

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Carlos

Verdasca

Para sua irritação, não dei grande importância a este tipo de observações que este oficial era hábito fazer sobre a minha pessoa e o meu pensamento, ao ponto de me alcunhar de “maoista”, continuei a registar apontamentos fotográficos que hoje os vejo com muita satisfação estampados nas páginas de “Do Tejo ao Rovuma” e em “Regressámos Todos Tão Diferentes”, este último que em breve estará à disposição de quem se interessar por este género de leitura. Actualmente tenho como “profissão” a de reformado, condição onde me sinto extremamente feliz, porque ainda hoje recordo a frase que disse ao engenheiro, responsável pelo sector do controlo de qualidade onde eu trabalhava na minha despedida da fábrica, quando ele me perguntou: Então Carlos Vardasca! O que é vai fazer agora que se vai reformar? Ao que eu lhe respondi sem hesitações: “Agora, vou fazer tudo aquilo que não tive tempo de fazer quando trabalhava para os outros”. Abraçamo nos e disse me: Gostei muito de trabalhar consigo, e espero que continue fiel aos seus princípios e valores que sempre o vi defender. Para meu espanto, foi ao seu gabinete e ofereceu me uma pequena placa com a efigie de Che Guevara gravada em madeira, que me trouxera numa das suas férias à ilha de Cuba. Finalmente, concluo este meu “Pedaço do meu sentir” que é mais do que elucidativo e um testemunho daquilo que vos dei a conhecer de mim, para que cada um que o vai ler possa fazer o seu juízo de valor, que eu não fico nada preocupado com aquilo que legitimamente possam pensar. Por agora, tenho dito.

Escritor Alhosvedrense

A equipa Sentir Alhos Vedros apela aos donos de animais de companhia para que nestas férias não abandonem os seus animais. Os números dizem que nesta fase o abandono de animais aumenta. " Amor não tira férias."

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Estes animais, vivem e sobrevivem, por mérito único e exclusivo de todos os seus voluntários que fazem as coisas acontecer e nada faltar, e que nós tanto louvamos. É um trabalho duro, limpar, alimentar, cuidar, diariamente, sem receber nada em troca Apenas pelo amor à camisola, e pelo retorno gigante que se sente por parte destes cães e gatos. “O Abrigo vive única e exclusivamente de donativos, não temos apoios financeiros por parte da Autarquia.”

O Abrigo da Mãozinhas, também conhecido como AAAA Moita Associação dos Amigos dos Animais Abandonados da Moita, nasceu em 2001 e já tem um histórico forte no seu percurso. O nome deste abrigo, deve se a uma cadela, que se tornou a mascote do local. A presença deste animal era tão estimada, que em 2010 a AAA Moita alterou o seu nome, homenageando, assim, a sua mascote. Grandeplano plano

Grande

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Atualmente, o abrigo conta com 150 cães e 100 gatos. Mostra uma extrema organização, estando dividido em canil, gatil e enfermaria. Cada box tem um placar de identificação e informação adicional (necessidade de ração especial, por exemplo)

“Temos muitas despesas, a nível de alimentação, medicação e veterinário." Em 2022, a Autarquia colocou um depósito de água para ajudar esta associação no abastecimento de água para os seus animais. No entanto, o abrigo funciona sem quaisquer apoios financeiros da autarquia, suportando todas as despesas ao nível de alimentação, medicação e tratamento veterinário.

Grande Grandeplano plano

Os gatos com FIV “HIV dos Felinos”, ficam numa boxe em separado para não contagiar os outros felinos saudáveis no Abrigo.

“Os voluntários são divididos por tarefas, entre alimentar, limpar, dar medicação, passear os animais, entre outras.”

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Tuk Tuk

É possível adotar ou apadrinhar um animal, sendo que para ambos os casos se pedem, essencialmente, que seja feito de modo criterioso e maximamente consciente e responsável, principalmente no ato de adotar.

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir CátiaSousa) s bookcom/VoluntariosAAAAMoita Clínica veterinária BBVET na Baixa da Banheira (Rua 26 de Janeiro, nº66, Baixa da Banheira) Hospital Veterinário Sul do Tejo (Rua Manuel Vasques, Lj. 10 A B, 2830 535 Santo André, Barreiro) Horário de visitas e adoções: Sábados e Domingos das 10h00 às 13h00. Pontos de recolha e de donativos: Loja Solidária Online " O Abrigo da Mãozinhas": https://www.facebook.com/Lojasolidariaaaamoita/ 15 Grande Grandeplano plano Areia de gato; Ração Seca para cão e gato; Patés para cão e gato (é através dos patés que é dada a medicação, daí a sua importância); Sacos Plásticos; Lava tudo sem amoníaco; Lixivia; Pás, vassouras e esfregonas; Ração gastrointestinal para cão e gato; Ração sénior; Ração renal; Medicamento Aluporinol; Mantas e cobertores.

Lista de artigos a reter que a associação pede com regularidade: Nota: É disponibilizado à entrada d'O Abrigo garrafões, para que possam encher de água, visto que a àgua disponível não é potável, , torna se uma ajuda essencial para o funcionamento e tratamento dos animais

NaPrimeiraPessoa NaPrimeiraPessoa Os 3'As, a casa de tod Arroteenses…

A Associação Amizade Arroteen em 1988 nasceu da vontade de u amigos para proporcionar à popu alguns momentos de convívio e d Foi durante muitos anos um pilar im comunidade no desenvolvimento d desportivas e culturais. Quem não se recorda dos famos verão que juntava toda a populaçã de sábado? Ou a equipa de atl acolhia os mais jovens no desenvo uma atividade desportiva? Este era o local de eleição d Arroteenses. Em 2020 o mundo é surpreendi pandemia que agravou as estruturantes já existentes, levando dos Presidentes dos 3 órgãos Associação (Direção, Assemblei Conselho Fiscal), que deparad situação e sem forças para a solicitaram a sua demissão. Este seria o princípio do fim a extinção da associação. Em Maio de 2022, não conform fim da associação, um grupo de sei ligados de alguma forma a esta coletividade,

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Reestruturação Financeira, que assenta num plano ambicioso de equilibrar as contas da associação, encontrando se já em curso as diligencias necessárias para ultrapassar questões estruturantes como as dividas que a associação contraiu no passado, novas fontes de receita, trabalhar com o tecido empresarial do concelho e preparar uma nova exploração do BAR até dezembro de 2022; Desenvolver atividades Desportivas e Culturais, que sempre foram apanágio desta associação. Na área desportiva contamos com a reativação da seção de Atletismo, e novas atividades como a Ginástica Manutenção, Sport Kempo entre outras. Na área da cultura não podíamos deixar de fora os famosos “bailes de verão” que deram origem a Este é o nosso desafio, ser ativos na construção de uma sociedade justa, trabalhar cada vez mais no que nos une, procurar o caminho coletivo para o desenvolvimento cultural, social e desportivo. E o trabalho já começou, conscientes de todas as dificuldades que encontrámos continuamos focados no futuro e como tal o primeiro passo foi o desenvolvimento de um plano de reestruturação que está assente em quatro áreas, nomeadamente:

Os mais atentos não se podiam esquecer do fecho da escola primário n.º 2 e consequente abandono do edifício, porque ninguém disse “não” a esse abandono, ou ao desmantelamento do parque infantil sem que fosse exigido outro equipamento de substituição. O desaparecimento da Associação Amizade Arroteense seria mais um equipamento que iria ficar ao “abandono” depois de tanto trabalho voluntário ao longo de 34 anos. Desta vez fomos a tempo de dizer “não”. Esta comissão de gestão “acredita” que esta associação é a alavanca para o desenvolvimento das Arroteias, como disse Sérgio Pratas (Vice Presidente da Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto) num artigo escrito em 2020: “(…)Para participarem na construção de uma democracia avançada ou de alta intensidade é fundamental que as coletividades não se coloquem apenas numa posição de amortecedor de problemas. Devem assumir cada vez mais um papel ativo e consciente na transformação da sociedade e na construção de uma sociedade mais justa.”

decidem avançar e constituir uma comissão administrativa que permitisse a continuidade deste legado com 34 anos de existência.

Hoje acreditamos num futuro diferente daquele que se antevia, para ultrapassar este desafio é necessário que acreditemos em cada um de nós e que tenhamos a capacidade de disponibilizar o nosso conhecimento para o bem coletivo da nossa comunidade. Esta associação tem de ser a casa de TODOS os Arroteenses! Esse é o futuro que esperamos para a Associação Amizade Arroteense.

DanielSerpa MembrodaComissãodeGestãodaAAA

Para o sucesso deste projeto torna se muito relevante a adesão de toda a comunidade, encontrar o propósito comum é a base de solides de qualquer coletividade.

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Queremos ter Proximidade com a comunidade e para isso é necessário que a AAA seja um ponto de apoio à população, seja no apoio aos mais séniores, seja na relação com instituições de solidariedade social na identificação de ações conjuntas de apoio social. A construção de um núcleo jovem, que permitirá o encontro de vontades e desenvolvimento coletivo de atividades destinadas à população mais nova; Dignificar a nossa Sede, com a reabilitação de áreas já contruídas, mas em mau estado de conservação e procurar as soluções financeiras necessárias para a conclusão do projeto da nossa sede, que iniciou pela vontade de muitos sócios com o seu trabalho voluntário. esta Associação, Feira de Natal, a Festa do Bairro e a comemoração dos dias festivos com atividades para todas as faixas etárias; No passado dia 30 de Julho, Dia Internacional do Amigo (também conhecido pelo Dia da Amizade), promovemos o Dia Aberto da Amizade Arroteense, onde foi possível partilhar em pormenor o plano de reestruturação com os sócios e população em geral. Este foi o “pontapé de saída”, simbólico, mas importante para a transparência que privilegiamos. O próximo passo passa pela 18 abertura das atividades desportivas e planeamento das ações culturais previstas, que iniciam já em setembro.

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir OlharAlhosVedros OlharAlhosVedros Moinho de Maré, em Alhos Vedros 19

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir (Re)DescobrirAlhosVedros (Re)DescobrirAlhosVedros P PPraia Praia doAntónio doAntónio Latitude: 38°39'46.3"N Longitude: 9°02'00.4"W 20

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir (Re)DescobrirAlhosVedros (Re)DescobrirAlhosVedros P PPraia Praia daGorda daGorda Latitude: 38°40'02.6"N Longitude: 9°01'41.0"W 21

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir (Re)DescobrirAlhosVedros (Re)DescobrirAlhosVedros P PPraia Praia doCaisNovo doCaisNovo Latitude: 38°40'03.4"N Longitude: 9°01'12.8"W 22

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir ves, vivo há pelo menos 24 feiras anuais, fiz e vendi por , bifanas e cachorros. convidada a explorar o bar CRI. Infelizmente, quando s que fechar e fiquei sem ei a fazer e a vender alguns de Take Away. guntaram me se não fazia nha amiga” Bimby, comecei folar que apresento neste ia faço ainda miniaturas de res de convívio gradecer ao Sentir Alhos idade de divulgar os meus À À 23 IolandaAlves

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir Ingredientes: 60 gr de água; 100 gr de farinha; 30 gr de fermento. 500 gr de farinha; 100 gr de açúcar; 90 gr de água; 40 gr de vinho do porto; 100 gr margarina bolo rei à temperatura ambiente; q.b. baunilha essência; q.b. noz; q b sal 1 ovo; q.b. amêndoa laminadas. Massa fermento: 2ª Massa: Finalizar: Folar com Doce de FOvos olar com Doce de Ovos 8 8pessoas pessoas 24 borlaicepse o t decozinha•especialrob o t edborlaicepse•ahnizoc o t decozinha•especialrob o t ed •ahnizoc

Pré aqueça o forno 180ºC. Estenda a massa com um rolo, barre com doce de ovos e polvilhe com canela, espalhe as nozes. Enrole em forma de uma coroa.

Alhos Alhos

Deixe levedar mais 40 minutos, pincele com ovo batido e decore com amêndoa laminada. Leve ao forno, cerca de 20/30 minutos.

Vedros Vedros Sentir Sentir

Massa fermento: 1 2. 2ª Massa: 1. 2. 3. 4. 5. Finalizar: 1. 2. Sugestão: Podeoptarporoutrorecheio:docedeabóboracomrequeijãoounutela. Ferreira Gouveia (CRI), Urbanização Vila Rosa, Bairro Gouveia

@crisportsbar 25

Preparação: Coloque no copo o fermento, 60 gr de água, 100 gr de farinha

Programe: 3 minutos, na velocidade espiga Adicione a massa fermento reservada. Programe: 4 minutos, na velocidade espiga. Reserve a massa numa tigela polvilhada com farinha. Deixe descansar 30 minutos.

(+351) 935151172 Parque Desportivo Artur

Programe: 2 minutos, na velocidade espiga. Reserve por 10 minutos. No copo, coloque a farinha, o açúcar, a água, a margarina, o vinho do porto, a baunilha, o ovo, e o sal.

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir Passado&Presente Passado&Presente Estação Ferroviária de Alhos Vedros 26

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir PénaRua PénaRua 27 Jorge Nice Ao vivo PARQUEDASSALINAS,ALHOSVEDROS PARQUEDASSALINAS,ALHOSVEDROS 20 20 Agosto Agosto 21h30m 21h30m Almoço de Convívio PASTELARIATORRES,ARROTEIAS PASTELARIATORRES ARROTEIAS 28 28 Agosto Agosto 113hàs19h 3hàs19h Festa dos Fazendeiros BARRACHEIA BARRACHEIA Agosto Agosto a a 119 9 24 24

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Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir ERPI; Centro de Dia; Apoio Domiciliário ua Soeiro Pereira Gomes, Nº.1 835 124 Baixa da Banheira nidade de Média Duração e Reabilitação; nidade de Longa Duração e Manutenção; Unidade de Cuidados Paliativos Dom João de Almeida, N.º 25 013 Bairro Gouveia, Alhos Vedros 30 Alhosvedrense Alhosvedrense santacasadamisericórdia santacasadamisericórdia dealhosvedros dealhosvedros

Alhos Alhos Vedros Vedros Sentir Sentir ERPI; Centro de Dia Largo Misericórdia, Nº . 17 2860 027 Alhos Vedros Loja Solidária; Eco Lar; Banco de Ajudas Técnicas; Movimento Capacitar Projetos Comunitários:: Estrada Nacional 11, (em frente aos CTT) 2860 Alhos Vedros 31 Alhosvedrense Alhosvedrense santacasadamisericórdia santacasadamisericórdia dealhosvedros dealhosvedros

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