Supermmix 145 - Mercosuper 2013

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palavra do presidente

Caro leitor,

Estamos em um período otimista para o setor supermercadista. As previsões de diversos órgãos de pesquisa são de que as vendas deverão crescer significativamente nos próximos meses e permanecer aquecidas durante o ano. O governo federal demonstra essa mesma positividade com ações de inclusão e de promoção de melhores condições de consumo para os cidadãos, especialmente as classes menos favorecidas. Nós, da Associação Paranaense de Supermercados, queremos ver toda a classe supermercadista engajada neste grande movimento de cidadania, apoiando a redução dos preços com a isenção de impostos de produtos da cesta básica, anunciada pela presidente da República, e também as ações de proteção do consumidor. Nos primeiros dias subsequentes ao anúncio da desoneração, tivemos uma grande exposição na mídia, positiva e negativa, com informações de que em alguns produtos não havia redução de preços e em outros havia até aumentos. Até que o equilíbrio se estabeleça, situações assim serão comuns. Mas temos a certeza de que, com o passar dos dias, entraremos em harmonia com toda a economia brasileira, promovendo mais ainda o bem estar de nossas comunidades. É nesse clima de otimismo que estamos preparando a 32ª MERCOSUPER – Feira e Convenção Supermercadista do estado do Paraná. Teremos, nos dias do nosso encontro, a concentração dos maiores expoentes do nosso setor: indústria e varejo trabalhando em conjunto, de mãos dadas em busca do desenvolvimento. É a oportunidade de convivermos de perto com grandes parceiros de negócios, além de estabelecermos novas parcerias e fortalecermos nossa amizade. O tema da MERCOSUPER 2013 foi escolhido para nos lembrar da importância dos detalhes de todo o processo de gestão: “Varejo Planejado – produção, logística e venda”. O Planejamento é o ponto de partida para o sucesso de uma organização. A interação com a indústria é a chave para estabelecermos negócios saudáveis e podermos oferecer o melhor para nossos clientes. A logística - estocagem e distribuição bem feitas – garante segurança e confiança para nossa clientela. Por fim, cuidar da venda é alimentar de forma positiva nosso relacionamento com o consumidor. Cliente bem atendido tem prazer em tornar-se fiel a nossas empresas. Sucesso! Grande abraço!

Cesar Moro Tozetto Presidente da Apras


sumário

Academia Apras

(58)

Economia

(42)

Notícias

(08)

artigos

(48)

Jurídico

(34)

Perfil

(26)

Carreira

(32)

Lançamentos

(62)

22

30

40

matéria de capa

Calendário:

tendências

Mercosuper traz o tema Planejamento: Produção, Logística e Venda. Reflexões sobre como fazer uma gestão saudável

Dia das Mães é oportunidade para apostar em diferenciação

Logística reversa. Como se preparar para as novas exigências da legislação ambiental

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ENTREVISTA

Recursos humanos SETOR

A nova diretora de Marketing do Grupo Condor, Elaine Munhoz, conta um pouco de sua comovente trajetória pessoal e profissional.

Investir no bem-estar dos colaboradores é estratégia de sucesso

Preço baixo nem sempre é garantia de sucesso junto ao cliente



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2012/2015

Querido leitor, A edição da SUPERMIX que você tem em mãos é especial, ela marca a realização de mais uma MERCOSUPER. Na 32ª edição da Feira e Convenção dos Supermercados paranaenses, temos novidades importantes, novo formato, palestras ricas em informação, exposição de empresas parceiras dos supermercadistas com as grandes novidades que irão ganhar as prateleiras. Com o tema “Varejo Planejado – Produção, Logística e Venda”, a MERCOSUPER vai levar aos participantes informações e questionamentos sobre todo o processo que faz com que os mais diversos produtos cheguem à casa do consumidor. Nesta edição você acompanha uma reportagem especial sobre cada um desses pontos: a importância do Planejamento, detalhes sobre a gestão na indústria, informações sobre logística e tópicos sobre relacionamento com o cliente, que se realiza na venda. As palestras da MERCOSUPER serão pontos de destaque nos três dias da Feira e Convenção. No primeiro dia, Gustavo Loyola traça um panorama da economia brasileira, falando de perspectivas para o varejo. No dia 9, a empresária Amélia Sina fala de empreendedorismo e conta sua própria história, sobre como chegou a ser executiva de importantes empresas até decidir abrir seu próprio negócio. E no último dia do encontro, o alpinista Waldemar Niclevicz traz o tema “Conquistando o seu Everest” para falar sobre superação e motivação. Além de trazer informações sobre como será a MERSCUPER, esta edição da SUPERMIX também traz histórias comoventes de crescimento profissional e empresarial. Convidamos você a ler a entrevista com Elaine Munhoz, diretora de marketing da Rede Condor, além das histórias de Francisco Flávio de Paula – que veio ‘do nada’ e hoje é um dos consultores mais requisitados em supermercados paranaenses – e da empresa Doce D’ocê, que nasceu com a venda de salgados na vizinhança e hoje conquista diversos estados brasileiros, mesmo mantendo a sede no interior do Paraná. A SUPERMIX traz ainda novidades do setor jurídico, economia e capacitação. Boa leitura! Adriane Werner Coordenadora de Comunicação - APRAS

Presidente Cesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA ) Primeiro Vice-Presidente José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente Financeiro João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Relações Públicas Pedro Joanir Zonta (Condor Super Center LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio Ademar Vedoato (Supermercados VISCARDI) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente de Expansão Marlus Kusma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Capacitação Carlos Tavares Cardoso (Companhia Brasileira de Distribuição) Vice-Presidente de Segurança Luiz alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Vice-Presidente Adjunto Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercado Superpão LTDA) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Roberto Angeloni (A. Angeloni & Cia LTDA) Vice-Presidente Adjunto Carlos Beal (Cia Beal de Alimentos) Vice-Presidente Adjunto Claudio Tissi (Supermercacos Tissi LTDA) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercados STALL LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Albert Pankratz (Supermercado JACOMAR) Conselho Fiscal Efetivo Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Dercio Domingos de Costa (Mercado VIDEIRA LTDA) Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos ( Supermercado SANTA HELENA) Conselho Fiscal Suplente Edson Zamprogna (Coml. Alim. ZAMPROGNA LTDA) Conselho Fiscal Suplente Joraci Boza (Supermercado BOZA) Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Nelvir Rickli Junior (SUPERMERCADO RICKLI) Presidente Regional Norte - Londrina Wilson Yukio Obara (IRMÃOS OBARA & CIA LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Genésio Pegoraro (IRANI SUPERMERCADOS) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Edy Dalberto (SUPERMERCADO ITALO) Presidente Regional Noroeste - Maringá Mauricio Bendixen da Silva (SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Jair Tozo Junior (SUPERM BEIRA LINHA-RIBEIRÃO DO PINHAL) Presidente Regional - Irati Fabio Storck (SUPERMERCADO GLORIA) Presidente Regional - Guarapuava José Fernando Bracailo Junior (SUPERMERCADO SUPERPÃO) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris

Vice-Presidente de Relações Públicas João Jacir Zonta Superintendente Valmor Rovaris Conselho Editorial Adriane Werner, José Eduardo Nasser Departamento Comercial Khailany Cardoso e Fábio Sobocinski - Fone: (41) 3263-7000 E-mail: supermix@apras.org.br | fabio@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Adriane Werner (DRT 3413)

Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS

Vendas do comércio paranaense registram a maior expansão do Sul e Sudeste ( O comércio varejista paranaense apresentou, em janeiro,

contra 8,3% no Brasil, ocupando o terceiro posto no Sul e Sudeste, depois de Espírito Santo (11,1%) e São Paulo (9,3%). “Esse comportamento favorável reflete essencialmente o panorama de vitalidade do mercado de trabalho regional, que vem apresentando acréscimos expressivos nos níveis de

o melhor desempenho em vendas entre os estados do Sul

ocupação mais nobres, com maiores rendimentos”, afirma o

e Sudeste, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC),

economista Gilmar Lourenço, diretor-presidente do Instituto

realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social

(IBGE). Houve crescimento de 9,9% em relação a janeiro

(Ipardes).

de 2012 nas vendas reais (já descontada a inflação), na abrangência ampliada (incluindo veículos, motos, partes e peças e materiais de construção). A variação para o total do País foi de 7,1%.

Ele ressalta que de acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), feita pelo IBGE e Ipardes, a Região Metropolitana de Curitiba, ostentou, em janeiro de 2013, salário real por trabalhador de 1.946,20, valor superior em

O desempenho positivo foi sustentado por combustíveis e

9,5% à média nacional e o maior entre as sete regiões

lubrificantes (14,6%), artigos farmacêuticos e de perfumaria

metropolitanas acompanhadas pelo IBGE no País.

(13,4%), artigos de uso pessoal e doméstico (13,9%), veículos, motocicletas, partes e peças (15,5%) e material de construção (10,1%).

Lourenço lembra que, além disso, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho em Emprego, mostrou que o Paraná foi responsável

O volume comercializado no varejo paranaense aumentou

por 17,6% dos empregos líquidos, com carteira assinada,

8,1% nos últimos doze meses (até janeiro de 2013), ficando

da indústria de transformação gerados no Brasil, em doze

acima da média nacional (7,9%) e em terceiro lugar entre

meses (até janeiro de 2013). “Tal comportamento colocou o

os estados considerados mais pujantes do País, atrás de

Paraná em segundo lugar no ranking nacional na abertura

São Paulo (9,2%) e Rio Grande do Sul (8,7%). Nesta base

de vagas no setor, atrás apenas de Minas Gerais, que

de comparação, o desempenho positivo foi determinado

representou 20,5% do total de postos criados, no mesmo

por artigos de uso pessoal e doméstico (19,8%), artigos

período”, explica o economista.

farmacêuticos e de perfumaria (19,7%), hipermercados e supermercados (9,4%) e veículos, motocicletas, partes e peças (8,6%).

Segundo ele, esse cenário virtuoso do comércio paranaense deve ser mantido em 2013, em razão da recuperação da renda do agronegócio (determinada pela combinação entre

Na medição restrita (que não incorpora veículos, motos e

a supersafra de grãos e os elevados preços internacionais

material de construção), o valor real das vendas efetuadas

dos alimentos), dos impactos das obras de infraestrutura,

pelas empresas de varejo do Paraná subiu 3,8% em janeiro

realizadas pelo governo estadual, e da maturação dos

de 2013 em comparação a dezembro de 2012, contra 0,6%

investimentos atraídos pelo Programa Paraná Competitivo.

para a média do País. Foi também o melhor desempenho no

Fonte: AENotícias )

Sul e Sudeste. Ainda no conceito restrito, o faturamento real do Paraná aumentou 6,4% em janeiro de 2013, em comparação com janeiro de 2012. O crescimento foi maior que o do Brasil (5,9%) e o segundo lugar no Sul e Sudeste, atrás do Espírito Santo (9,1%). Em doze meses, o incremento foi de 9,1%,

Produtos do programa de comércio ético e solidário passam a serem vendidos com exclusividade no Pão de Açúcar Delivery ( Quando os índios do Xingu, as mulheres da Associação



NOTÍCIAS das Artesãs Marianas no Rio de Janeiro e os agricultores do Coopcerrado de Goiás poderiam dividir o mesmo espaço democraticamente nos supermercados do Brasil? O Caras do Brasil, programa do Grupo Pão de Açúcar, tornou isso realidade. Com a iniciativa, o Grupo abriu espaço em suas prateleiras em cinco Estados (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Paraná e Goiás) para a comercialização de produtos sustentáveis elaborados por micro organizações, ONGs e artesãos. E agora os produtos Caras do Brasil já podem ser adquiridos sem sair de casa por meio do Pão de Açúcar Delivery (www.paodeacucar.com.br). Essa evolução do programa faz parte de um plano de negócios que o Grupo Pão de Açúcar desenvolveu para que estes produtos estejam à venda em todos os formatos da companhia até 2015. “O que queremos é que esses fornecedores se tornem aptos para trabalhar com todos os demais concorrentes. Um dos aspectos mais relevantes desta ação é que comunidades com capacidade produtiva e mercadorias de grande valor comercial tornaram-se, de fato, autossuficientes e, com isso, passaram a ter produtos mercadologicamente viáveis, capazes de atender mercados distantes e exigentes, incluindo a possibilidade de exportação. Em outras palavras, a comercialização deixou de ser o tradicional gargalo para transformar-se no desenvolvimento sustentável destas comunidades”, detalha Daryalva Bacellar, gerente de responsabilidade social do GPA. Inicialmente 20 itens estão disponíveis no e-commerce, mas a expectativa é aumentar gradativamente o sortimento, uma vez que o programa respeita a capacidade produtiva de cada organização fornecedora, oferecendo condições comerciais especiais e estimulando a diversificação de seus canais de venda, dentro dos princípios do comércio ético e solidário. Foram realizados estudos específicos com cada fornecedor para ajudá-los a atender a demanda logística que uma compra virtual exige. Aos poucos, novos itens passarão a ser incorporados ao ambiente virtual. Assim, o Caras do Brasil mantém seu foco em proporcionar uma rica experiência em termos de desenvolvimento pessoal, organizacional e social. Para melhor atender os fornecedores nesse novo canal de vendas, a logística e Centros de Distribuição (CDs) do Grupo Pão de Açúcar foram reestruturados para a realidade do parceiro Caras do Brasil. Para isso, o Grupo

promoveu mudanças no recebimento, armazenamento e logística de mercadorias. O produto do programa pode chegar ao CD em caixas reaproveitadas, não paletizadas, e entregues por distribuidoras. A companhia aceita essas remessas considerando as necessidades e recursos desses fornecedores. Outro ponto importante diz respeito ao volume, em que a capacidade produtiva dos fornecedores é respeitada. “Em muitos casos, a demanda do e-commerce será maior que a capacidade de produção, mas nem por isto deixaremos de comprar — ao contrário — nestes casos serão realizadas parcerias e orientações para o crescimento do fornecedor, caso ele queira”, informa a coordenadora do programa, Patrícia Santana. Entre os produtos comercializados no Pão de Açúcar Delivery, destaque para geleias, castanhas, bananada e mel. Há também opções como descansos de panela, pano de prato, bucha vegetal, xale de algodão, jogo americano e moringas. Fonte: Paranashop )

Mais de 3,2 milhões de consumidores limparam o nome no primeiro bimestre de 2013, segundo Boa Vista Serviços ( Aumento do número de consumidores que limparam o nome nos dois primeiros meses de 2013 foi 5,9% superior ao mesmo período de 2012 São Paulo, 14 de março de 2013 – Na semana em que se comemora o Dia Internacional do Consumidor (15), a Boa Vista Serviços, administradora do SCPC, observou que o número de consumidores que renegociaram suas dívidas e limparam seu nome no primeiro bimestre de 2013 foi 5,9% superior ao mesmo período do ano anterior, que representa mais de 3,2 milhões de pessoas. Trata-se do maior número de renegociações observadas nos dois primeiros meses do ano. Para Flávio Calife, economista da Boa Vista, esta melhoria se explica principalmente por duas variáveis econômicas: os ganhos reais de renda e a queda dos juros médios cobrados ao consumidor. Com o mercado de trabalho e de crédito ainda favoráveis, o cenário para renegociações deverá permanecer otimista, explica Calife, aumentando


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ainda mais o número de pessoas que quitam seus débitos. Os primeiros dados do ano apontam para uma recuperação de crédito 5,9% maior do que o observado no mesmo período de 2012. Além disso, destaca o economista, observou-se uma crescente conscientização dos consumidores em relação às suas finanças pessoais. “O consumidor se sente cada vez mais protagonista da sua vida financeira”, completa. Dia do Consumidor Positivo No Dia Internacional do Consumidor, comemorado em 15 de março, a Boa Vista realizou uma promoção especial. A empresa ofereceu gratuitamente a todos que se cadastraram no portal Boa Vista Consumidor Positivo (www.consumidorpositivo.com.br), três meses de utilização do serviço Radar Pessoal. Segundo Fernando Cosenza, diretor de Marketing, todos os consumidores que se cadastraram no portal Consumidor Positivo ganharão o Plano Comportamental Trimestral

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do Radar Pessoal. “Por três meses, o consumidor poderá utilizar este serviço que possibilita o acompanhamento de consultas e outras informações feitas com o seu CPF. O Radar Pessoal avisa por e-mail e mensagem de celular (SMS) quando há ocorrências com o seu CPF, ajudando-o a prevenir-se contra golpes e fraudes. É mais uma ferramenta que ajuda o brasileiro a se tornar um Consumidor Positivo”. Os consumidores que se cadastraram no portal neste dia 15 receberam no e-mail de boas-vindas um cupom para ativação do Plano Comportamental Trimestral do Radar Pessoal. “Mais de dois milhões de brasileiros já utilizam o portal, onde é possível fazer a autoconsulta on-line gratuita de CPF, garantindo praticidade e segurança para o consumidor que queira saber a situação de seu nome na base do SCPC”, explica Cosenza. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial )


NOTÍCIAS SATISFAÇÃO DO CONSUMIDOR COM SUPERMERCADOS REGISTRA ALTA DE 3,8 PONTOS PERCENTUAIS, FECHANDO O MÊS COM 75.5% INSC FECHA O SEGUNDO MÊS DO ANO COM 53,4%, EM LIGEIRA QUEDA DE 0,6 PONTO PERCENTUAL ( A satisfação dos consumidores com o setor de supermercados fechou fevereiro com alta de 3,8 pontos percentuais, passando de 71,7% em janeiro para 75,5%. A informação é do Índice Nacional de Satisfação do Consumidor, medido pela ESPM e criado pelo professor pesquisador da escola, Ricardo Pomeranz. Na análise de 96 empresas de 24 setores, o indicador fechou o segundo mês do ano com retração de 0,6 ponto percentual, atingindo 43,4%. De acordo com o estudo, as razões apontadas para o aumento da satisfação estão ligadas ao fato de os consumidores terem encontrado nas redes material escolar muitas vezes com preços mais baixos, bem como ao anúncio dos resultados financeiros registrados por alguns grupos. A campanha de arrecadação de livros promovida por uma empresa do setor e diversos comentários que mostram a importância dos supermercados no cotidiano dos consumidores também são outros fatores que levaram ao aumento da avaliação positiva. As redes analisadas são Carrefour, Pão de Açucar, Walmart e Zaffari. Primeiro e único indicador brasileiro com dados totalmente levantados na internet, o Índice Nacional de Satisfação do Consumidor registrou, em fevereiro, queda na avaliação de 17 dos 24 setores pesquisados: - lojas de departamento

61,6% (-2 pontos percentuais)

- indústria automobilística

60,2% (- 3 pontos)

- bebidas

82,6% (- 1,1 ponto)

- personal care

76,1% (- 2 pontos)

- alimentos

72,4% (- 4,5 pontos)

- eletroeletrônicos

60,4% (- 0,3 ponto)

- indústria farmacêutica

73,3% (- 2,5 pontos)

- saneamento básico

38,8% (- 1,4 ponto)

- energia elétrica

26,9% (- 0,7 ponto)

- indústria digital

67,7% (- 0,2 ponto)

- gás

53,1% (- 3,2 pontos)

- seguradoras

63,9% (- 2,3 pontos)

- telefonia fixa

38,6% (- 2,3 pontos)

- bens de consumo

67,4% (- 3,1 pontos)

- hospitais e laboratórios

57,3% (- 10,3 pontos)

- transportes metropolitanos

31,6% (- 3,8 pontos)

- telecom

23,6% (- 6 pontos) Os demais setores analisados registraram alta:

- supermercados

75,5% (+ 3,8 pontos)

- vestuário

75,5% (+ 1,5 ponto)

- construtoras

52,4% (+ 7,3 pontos)

- convênios médicos

58,3% (+ 10,2 pontos)

- aviação

64,3% (+ 2,4 pontos)

- drogarias

77,9% (+ 0,1 ponto)

- bancos

47,1% (+ 4,7 pontos)

Fonte: VOICE COMUNICAÇÃO


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JOVEM É MAIOR GRUPO DE ENDIVIDADOS ( Entre as ambições para a construção de uma carreira, os pequenos luxos do cotidiano e os momentos de lazer, os jovens são grandes consumidores de produtos e serviços. Não são raros os meses em que o salário não alcança a soma ansiedade + ambição + estímulo pelo consumo + crédito fácil. O resultado é que o maior índice de pessoas com dívidas em atraso – 38,28% – está na faixa entre 16 e 20 anos, conforme a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre com base em dados do Serviço Central de Proteção ao crédito (SCPC). “O início da vida financeira conturbado se acentuou com o maior acesso à tecnologia”, avalia o diretor executivo da CDL, Ricardo Guimarães: – Começou a partir do momento que teve o boom da telefonia celular. São novidades que atraem os olhos de quem ainda

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não aprendeu a lidar com orçamento limitado. Novos smartphones, tablets ou carros. Roupas mais bonitas, de grifes. Viagens para lugares distantes. Games viciantes que exigem consoles potentes. Possuir coisas ajuda na socialização, faz o jovem se sentir poderoso e bemsucedido. São alguns dos motivos que geram o consumo desenfreado, diz a professora de ciências do consumo aplicado da ESPM e consultora na área, Suzana Carvalho: – Atualmente, o dinheiro tem muito mais importância na vida das pessoas do que anos atrás, e o estímulo ao consumo é grande. No Dia do Consumidor, a presidente Dilma Rousseff anunciou medidas para modernizar as relações de consumo no Brasil. Não conseguir pagar as contas em dia é comum a milhares de pessoas. Apesar da queda pelo quarto mês seguido, o número de brasileiros que não quitaram dívidas em fevereiro foi 10,1% maior que no mesmo mês de 2012, segundo a Serasa Experian. No Estado, o índice cresceu 4% em janeiro em relação a


NOTÍCIAS

dezembro.

Fevereiro: 24,8%

A grande oferta de crédito é outro fator destacado por especialistas como vilão na busca pela saúde financeira. Se a posse de objetos é valorizada, os números que transitam entre uma conta e outra parecem não fazer mais sentido, mesmo quando surgem naquele temido tom avermelhado na tela do caixa eletrônico.

Alta de 3,55%

“Quem entra na faculdade ganha de bancos conta corrente e cartão, mesmo não tendo renda nem patrimônio. Você junta a falta de educação financeira com exacerbação do consumo e acesso a crédito, já viu”, diz o economista Samy Dana, professor de administração e finanças da FGV.

Educação começa cedo

Juro se torna bola de neve Não saber como funcionam as taxas de juro e os riscos de comprometer uma parte grande demais do orçamento em prestações compõem o bolo da inadimplência entre jovens. A situação só melhora com o tempo. Em fevereiro, o índice na faixa de 21 a 25 anos foi de 21,19%, e de 26 a 30, 14,43%. Davis Schroetter, 29 anos, estudante de Ciência da Computação na PUCRS, não tem grandes contas fixas para pagar, mas já sabe o peso de errar na programação financeira. “Eu gastava quatro ou cinco vezes mais do que recebia com festas e compras. A minha última dívida chegou a cerca de R$ 10 mil. Fiz um financiamento no banco do cartão, paguei ainda mais juro, parcelei a dívida em 15 vezes e consegui quitar. Mas foi a última vez que me descontrolei”, afirma, agora mais controlado e dono de uma conta de poupança. Driele Cardoso, 21 anos, vai pagar no próximo mês a sexta e última fatura do parcelamento do cartão de crédito de uma loja de roupas. A estudante do curso técnico em Recursos Humanos acumulou dívidas durante meses, já que não conseguia liquidar as faturas mensais. Na época, o valor que ganhava como estagiária não era o suficiente para quitar os pagamentos. Enquanto o parcelamento não estiver pago, o cartão permanece bloqueado. “Fiquei frustrada, não posso deixar acontecer isso de novo. Vou terminar de pagar e não usar mais cartão até que eu possa me estabilizar”, diz Driele. No vermelho Inadimplentes de 16 a 30 anos no Estado: Janeiro: 19,07%

Índice de inadimplência no Estado por faixa etária: 16 a 20 anos: 38,28% 21 a 25 anos: 21,19% 26 e 30 anos: 14,43%

O presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin), Reinaldo Domingos, explica que há projeto de tornar a educação financeira disciplina obrigatória no ensino regular. Mas a conversa já pode começar em casa. Confira como proceder: 3 a 5 anos É recomendado presentear o filho com três cofrinhos, um de cada tamanho. No menor, vão as moedinhas destinadas a gastos de curto prazo e, assim, sucessivamente. Domingos diz que os pais devem ensinar que os cofres guardam os sonhos de compras das crianças e que, para realizá-los, devem ter o hábito de economizar. 6 a 14 anos A ideia é mostrar para o filho o que o dinheiro faz, como comprar coisas ou pagar contas. Então, se deve traçar planos de economizar para realizar os sonhos da família, como uma viagem de férias. Nessa idade, os pequenos já podem participar de reuniões em família para decidir no que se gasta. O especialista também aconselha ensinar a questão da escolha, que se deve optar por gastar as economias em uma ou outra compra. Depois dos sete anos também é recomendado dar uma mesada. Para calcular o valor adequado, o especialista da Abefin faz uma conta: a quantidade ideal é metade do pedido (ou ganho) pelo filho em 30 dias. Isso vai fazer com que ele precise economizar para adquirir algo. Acima dos 14 anos Alguns jovens nessa faixa já começam a trabalhar e outros ganham mesada. Em ambos os casos há assédio por parte das empresas financeiras na oferta de crédito. Nesse caso, o ideal é começar dando um cartão pré-pago, para que o jovem entenda o tamanho da verba que tem disponível. Ensinar sobre a possibilidade de guardar dinheiro para a aposentadoria pode ser útil para criar o hábito de poupar recursos. Fonte: ZERO HORA )



NOTÍCIAS Produtos de marca própria ganham espaço nos mercados ( No ano passado, produtos movimentaram quase R$ 3 bilhões. Para este ano, a expectativa é atrair ainda mais consumidores;. Os produtos de marca própria conquistam cada vez mais espaço nas prateleiras das grandes redes de varejo. Só no ano passado, movimentaram quase R$ 3 bilhões. Uma pequena empresa de alimentos, em São Caetano do Sul, no ABC paulista, investe neste setor. E hoje, a marca própria representa 28% do faturamento do negócio. Essa empresa fabrica salgadinhos e torradas para grandes redes varejistas. Os produtos levam a marca do cliente. Trabalhar com produtos de marca própria foi a oportunidade de mercado que o empresário Fabian Vidoz apostou há 10 anos. “A gente teve uma proposta de uma rede de supermercados aqui da região para poder desenvolver produtos que a gente já produzia e com auditorias feitas por eles”, disse Vidoz. Para investir na produção de marca própria, o empresário fez algumas adaptações - mudou para um endereço maior, comprou equipamentos e passou a fabricar novos produtos. “O consumidor hoje pede produtos diferenciados, com uma qualidade superior, com preços competitivos e o nosso produto, torradas, por exemplo, ele enquadra perfeitamente dentro desse novo consumidor.” A linha de panificação é a mais representativa, corresponde a 80% de tudo que é produzido aqui. O segredo para a boa qualidade dos produtos está na massa feita com farinha especial. Depois de pronta, outros ingredientes são acrescentados para dar o toque especial à receita. Em seguida, os pães são assados e seguem para o corte. A máquina desenvolvida pelo empresário é o que garante às torradas, fatias bem fininhas, um diferencial importante no mercado. Já na linha de salgadinhos, o maior volume de produção é de batatas fritas, tipo chips e palha. O processo é automatizado.

As batatas entram em um tambor, onde são descascadas e cortadas em tiras bem fininhas. Depois são lavadas para retirar o amido e evitar que fiquem escuras. Em seguida, elas vão para esta centrífuga onde é retirado o excesso de água. Por fim, são fritas, salgadas e embaladas. “É um mercado excelente. um mercado que você tem oportunidades de você colocar o seu produto no ponto de venda com uma qualidade tão boa quanto do líder e com um preço competitivo”, disse Vidoz. A empresa produz cerca de 370 mil unidades de produtos de marca própria por mês, o que representa quase 30% do faturamento mensal, estimado hoje em R$ 390 mil. “O mercado está ávido dessas novas marcas. Os lideres estão aí, sabem trabalhar muito bem, nós precisamos nos adaptar para chegar à qualidade do líder, com preço mais competitivo, estando junto da marca do próprio varejista”, afirmou Vidoz. A empresa de Fabian Vidoz fornece os produtos para pequenos comércios, indústrias e grandes redes de fast food e supermercados. Em um supermercado, também no ABC paulista, os clientes já estão habituados a comprar produtos que levam o nome do supermercado. “Os produtos de marca própria estão em quase todos os setores da loja. No de alimentação eles ocupam boa parte das prateleiras e o que mais chama atenção do consumidor é o preço” disse Evelin Avancini, de Santo André. “Geralmente o preço é um pouquinho menor, né, então fica mais acessível a compra, e o produto não deixa a desejar para as marcas concorrentes,” disse a cliente Camila Colman. “A gente percebe que a qualidade é a mesma, uma vantagem no preço, mas basicamente o produto é o mesmo e até, às vezes, com melhor qualidade”, afirmou o cliente Maurício Barbieri. Se é bom para a clientela, é bom também para o lojista. “A gente fideliza o nosso cliente. Então o cliente só acha o nosso produto aqui, então é uma estratégia vencedora”, disse Marta Lúcia Borges, gerente de supermercado.

Segundo a associação brasileira de marcas próprias, em 2012, o mercado movimentou R$ 2,8 bilhões. Nos


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últimos anos, o crescimento foi superior a 5%. Para este ano, a expectativa é atrair ainda mais consumidores.

ações do governo e do MPF para combater o comércio de carne

Nos últimos 10 anos, no Brasil, nós trabalhamos muito em comunicar para o consumidor o custo benefício do produto marca própria. Ele consegue comprar um produto, cerca de 15% a 20% mais barato, levando para casa exatamente a qualidade que ele espera desse produto. E ano a ano, a gente consegue melhorar essa qualidade, consegue comunicar isso pro consumidor e consegue ter essa percepção pelo consumidor final” disse Neide Montesano , presidente da ABMAPRO.

públicas.

“O segredo é a equipe. sem uma boa equipe você não consegue. Você consegue colocar inovação, consegue colocar equipamentos, consegue colocar uma série de coisas pra chegar ao consumidor melhor, mas sem uma boa equipe você não consegue fazer absolutamente nada, tanto do chão da fábrica até a entrega do produto no consumidor”, disse Fabian Vidoz,empresário. Fonte: ABMAPRO - Assessora de imprensa - Aluska Renata )

Supermercados passam a evitar carne vinda de área desmatada ( O termo de cooperação técnica prevendo o combate à comercialização de carnes provenientes de áreas irregulares foi assinado no final do mês de março, por representantes do MPF (Ministério Público Federal) e da Abras (Associação Brasileira de Supermercados). Segundo o procurador da República Daniel César Azeredo Avelino, coordenador do grupo de trabalho Amazônia Legal, trata-se de um passo importante para evitar que os supermercados brasileiros comprem carne bovina produzida em áreas com irregularidades ambientais e sociais. Os supermercados serão incentivados a divulgar, no ponto de venda, a origem do produto bovino que ocupa suas prateleiras. A ideia é divulgar também, em seu portal na internet, as

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proveniente de áreas desmatadas na Amazônia, de fazendas onde tenha sido constatado trabalho degradante ou invasão de terras

“Por um lado, isso aumenta o controle (por parte do consumidor e dos órgãos públicos) e, por outro, fortalece o compromisso das lojas de banir das prateleiras itens de produtores que estejam descumprindo a legislação”, avaliou o procurador. Avelino destacou que o termo de cooperação não define um prazo para a implementação das ações, mas ressaltou que as medidas devem começar a ser adotadas “em breve”, inicialmente pelos estabelecimentos de maior porte. A associação dos supermercados se comprometeu a orientar as empresas do setor supermercadista sobre práticas que ajudem a coibir o trabalho degradante na cadeia da carne, buscando sua erradicação. Fonte: Agência Brasil


ENTREVISTA

CrĂŠdito: Marcelo Miranda


Revista SUPERMIX

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ENFRENTAR OBSTÁCULOS COM DETERMINAÇÃO É A RECEITA PARA UMA CARREIRA DE SUCESSO NO VAREJO Supermix entrevista Elaine Munhoz, recentemente promovida a diretora de Marketing do Grupo Condor Quem a vê hoje, uma profissional altiva, atuante no mercado e assumindo posições de direção em uma das dez maiores redes de supermercados do país, não imagina as dificuldades que ela já passou. Mas o fato de ter vencido os obstáculos, um a um, faz de Elaine Munhoz um exemplo e uma referência, especialmente para as mulheres, que vêm também galgando espaços cada

vez mais importantes, não só no varejo, mas em todo o mercado de trabalho. Perder o pai aos 10 anos, viver uma infância pobre e ter de largar os estudos para começar a trabalhar já aos 13 anos de idade, são apenas algumas das dificuldades enfrentadas por Elaine, que há poucos meses foi promovida de gerente a diretora de Marketing do Grupo Condor. Mas esta paulistana,

Supermix: Como começou sua vida profissional?

( Elaine Munhoz:

– Comecei a trabalhar aos 13 anos de idade, como balconista em uma loja de máquinas de tricô, fios e lãs, a Lanofix, em São Paulo. Minha mãe tinha comprado ali uma máquina de fazer tricô e eu comecei também a tecer e, paralelamente, começamos a montar um pequeno negócio da família. Fiquei pouco tempo lá e a gente começou a trabalhar em casa, fazendo tricô e dando aulas de tricô à máquina. )

SM: E como você veio para Curitiba?

( Elaine:

– Foi em seguida. O negócio familiar não estava decolando muito, então minha mãe, meus três irmãos e eu viemos para Curitiba. Nessa época eu já estava com 19 anos. Aqui foi bem difícil, especialmente porque, quando meu pai morreu, eu precisei parar de estudar. Eu tinha 10 anos quando ele morreu assassinado em uma mercearia que era da família. Até mesmo por motivos de segurança, a primeira medida tomada pela minha mãe foi tirar os filhos da escola, por medo de que acontecesse algo com a gente. Então, chegar a Curitiba era um desafio: eu estava em uma nova cidade, sem conhecer ninguém, sem ter experiência nem estudo. Mas voltei a estudar aqui em Curitiba, aos 19

curitibana por adoção, garante que nunca esmoreceu e aconselha quem quiser crescer profissionalmente a fazer o mesmo: “Pessoas que perdem muito tempo se lamentando nem chegam a tentar se erguer e se entregam aos obstáculos”, afirma. Cheia de planos para a nova missão, a executiva recebeu a Supermix para a entrevista que você acompanha a seguir.

anos. E fui correr atrás do prejuízo! Foi a primeira coisa que fiz quando viemos morar aqui. Fiz supletivo e ‘engatei’, não parei mais de estudar. ) SM: E aí começou a trabalhar em Curitiba...?

( Elaine:

– Não... Foi muito difícil conseguir trabalho aqui. Há 21 anos não era fácil conseguir emprego em Curitiba. Exigia experiência, escolaridade... Exigiam até que fosse residente na cidade há mais de um ano, e eu tinha acabado de chegar. Aí consegui uma indicação e fui ser recepcionista em um escritório – e estudava à noite. Lá eu fazia de tudo, atendia ao telefone, ‘batia’ cartas, fazia café... E comecei a inventar uns folders, de maneira bem artesanal. Recortava imagens, colava, tirava cópias e deixava pronto para distribuir. O trabalho era em uma central telefônica. Depois disso passei por diversas empresas. Pensei em ser contadora e quis entrar no curso técnico da Universidade Federal. Ninguém acreditava que eu podia passar, porque eu tinha uma escolaridade ruim – tinha um ‘vestibulinho’, uma prova difícil para entrar. Mas como eu sempre gostei de estudar, passei em 7º lugar geral. Fiz o curso técnico, mas nunca cheguei a trabalhar na área. Logo depois ingressei em um escritório jurídico, onde diagramava um boletim, coisa que aprendi a fazer sozinha... )


ENTREVISTA SM: E como foi o passo decisivo para a Comunicação e o Marketing?

( Elaine:

– Enquanto trabalhava naquele escritório, conheci uma moça que era revisora. Como sempre gostei de ler e escrever, e sempre fui muito bem nos estudos de Língua Portuguesa — e olha que fui alfabetizada em casa! —, ela me indicou pra ser revisora na Exclam. Dali fui para a Livrarias Curitiba, onde fiquei por quatro anos, já como assistente de Marketing. Lá eu fazia de tudo, contato com Assessorias de Imprensa, com agência de Publicidade, cuidava dos eventos, da comunicação interna... E foi isso que me deu a vontade de buscar a Graduação em Marketing.)

Grupo Condor) dá para que as pessoas se desenvolvam aqui dentro, tudo isso constroi oportunidades que as pessoas precisam enxergar para crescer. Nos últimos anos a empresa mudou muito. A imagem do Condor perante a opinião pública mudou, passamos a ser vistos como uma megaempresa. A decisão da empresa de expandir foi facilitada com nosso Marketing ativo, pois investimos muito em Comunicação.) SM: Quais são, hoje, os maiores desafios na empresa?

( Elaine:

SM: Como era o trabalho aqui no Condor quando você chegou?

– Acabamos de lançar a Universidade Corporativa Condor, para a capacitação de nossos colaboradores. Esse, sem dúvida, será nosso maior desafio nos próximos meses. É o fruto de muito trabalho e esforço conjunto durante anos. E temos a meta de fazer o departamento quintuplicar em tamanho até 2016. Nosso trabalho consiste em fazer uma boa entrega de serviços. Isso se reflete no PDV (Ponto de Venda). E defendo que o PDV merece sempre mais atenção! Vamos investir mais também em Marketing Digital, porque acreditamos na migração para as plataformas online. Por outro lado, a TV, mesmo perdendo espaço, é um veículo importantíssimo para o varejo. Temos que planejar muito e sempre o encaminhamento dos investimentos em Comunicação.)

( Elaine:

SM: Que dicas você pode dar para quem quer crescer na área do Marketing?

SM: Como cresceu na profissão?

( Elaine:

–Da Livrarias Curitiba fui para as Farmácias Nissei, como coordenadora de Marketing. Trabalhei dois anos lá, cuidando de todo o Marketing das lojas, toda a comunicação visual, ajudei a organizar a inauguração de mais de 30 lojas! E desde 2007 estou no Condor...)

– Cheguei contratada como coordenadora de Marketing. Eu sempre digo que o Marketing aqui no Condor é o caçula, é um bebê. É um departamento novo na empresa, por isso tenho conseguido fazer a área se estabelecer na empresa e ser reconhecida. Quando eu cheguei, éramos apenas duas pessoas: um assistente e eu. E aí eu vislumbrei a oportunidade e vi que tinha um espaço a ser desenvolvido. Ao contrário de outras pessoas, que poderiam se desmotivar achando que o fato de o departamento ser pequeno significaria que não poderia crescer, eu vi exatamente o contrário: tudo a ser desenvolvido! Aos poucos o Marketing foi deixando de ser apenas operacional e passando a ser cada vez mais estratégico na empresa.)

SM: Qual foi o segredo de conseguir fazer essa área crescer tanto dentro da empresa? E de crescer junto também...?

( Elaine:

– O fato de a empresa ter um planejamento a longo prazo e a própria visão da empresa, a abertura que o Sr. Joanir (Pedro Joanir Zonta, fundador e presidente do

( Elaine:

– Temos que aprender a ver as oportunidades e a não termos atitudes passivas. A vida sempre me impôs grandes desafios e eu nunca tive aquele tipo de pensamento ou atitude de dizer “acho que não estou preparada!”. Se alguém me chamou para uma atividade é porque viu em mim essa capacidade. É sinal de que eu posso, então vou correr atrás! Nós mulheres ainda estamos aprendendo a ter autoconfiança – que os homens têm tanto! Eu sempre quis ser executiva, sempre tive isso como meta. Então penso que desejar, sonhar, é o primeiro passo para realizar. Mas é preciso pensar em longo prazo, ter paciência, planejar pequenos passos de cada vez e ter persistência, não desistir. Sempre quis fazer parte de algo maior, ajudar a construir uma história, um bem maior – por isso o desejo de chegar a uma diretoria. Além da minha própria equipe, sintome também responsável por cada um dos nossos 9 mil colaboradores, pois sei que meu trabalho contribui para o resultado da empresa. É muito gratificante participar da


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construção de uma marca como o Condor, ainda mais por ser uma empresa comandada por pessoas que têm valores admiráveis.) SM: Em meio a tantas metas de trabalho, como fica a vida pessoal?

( Elaine:

– Sou casada há seis anos, sem filhos. Meu marido é um apaixonado por Marketing, mas não trabalha na área. Por isso sempre temos assunto! Ele me apoia muito em todos os desafios, todos os projetos, tanto pessoais quanto profissionais. Há 9 anos fiz Cirurgia Bariátrica e hoje tenho 40 Kg a menos do que tinha antes. Sempre fui gordinha e sofri bullying quando era criança. Mas hoje estou de bem comigo mesma.) SM: O que o Condor representa hoje pra você?

( Elaine:

– Tenho muito a agradecer a várias pessoas aqui da empresa, que me deram muito apoio desde que cheguei, entre elas o Wanclei Said (nosso diretor administrativo) e o Adailton Santos (diretor financeiro). Fui muito bem recebida por todos, mas esses dois sempre me acompanharam de

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perto, me ajudando em muitas coisas. São grandes líderes. Somos uma grande família, nos ajudamos muito e acho que o aprendizado que essa convivência proporciona não tem preço, mesmo. É importante mostrar o quanto o apoio interno é fundamental para o desenvolvimento das pessoas. Também conto como uma equipe maravilhosa, que mesmo sendo pequena, topa os desafios, são grandes companheiros que me entendem e me apoiam. ) SM: Quais são seus planos daqui pra frente? O que planeja para o futuro?

( Elaine:

–O plano é trabalhar para continuar crescendo, fazendo a empresa crescer. Mas continuar humilde, porque esse é o meu jeito. Quando cheguei a Curitiba, tinha duas calças, duas camisas e um tênis que machucava meu pé, mas nunca reclamei. Hoje posso olhar pra trás e dizer: até aqui eu cheguei. Então, vou adiante! O cargo é o que menos importa. O que importa é a confiança que as pessoas depositam em mim. Vejo o Condor crescendo cada vez mais, transformando-se em uma empresa com atuação nacional, e o que me motiva é o que posso fazer para que a empresa chegue lá.)


MATÉRIA DE CAPA

DA PRODUÇÃO À VENDA – MERCOSUPER TRAZ ANÁLISE DO PROCESSO QUE LEVA PRODUTOS AO CONSUMIDOR Planejamento é o tema central da 32ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, que acontece em abril O varejo planejado – Produção, Logística e Venda. Esse é o tema da 32ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, a MERCOSUPER, que acontece de 8 a 10 de abril no Expotrade, em Pinhais, Região Metropolitana de Curitiba. A escolha do tema traz a reflexão sobre todo o processo que faz com que produtos de consumo cotidiano cheguem à casa dos consumidores. O objetivo é analisar a importância do setor supermercadista no meio desse processo, como ponte entre a indústria (produção) e o consumidor final. Planejamento é a palavra de ordem quando se fala em gestão saudável de qualquer negócio. No varejo, então, planejar torna-se vital, especialmente em uma época

de seguidas mudanças – de costumes, de tecnologia, de comportamentos. O planejamento deve levar em consideração cada tendência econômica e também comportamental. A análise das tendências econômicas vai mostrar o quanto a sociedade, nos níveis nacional, regional e local, se deixa afetar pelas turbulências na economia mundial e nacional. Alterações na legislação, estudos da carga tributária, taxas de juros..., tudo isso interfere no andamento dos negócios no varejo. As políticas de precificação, diferentes em cada empresa, devem levar em consideração todos esses aspectos. Além disso, o andamento da economia interfere também no próprio comportamento do consumidor. Por


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exemplo, em uma sociedade com economia em crise, os consumidores tendem a abandonar o consumo de produtos supérfluos. Por outro lado, em uma economia estável e que promove ascensão social – como a situação que o Brasil experimentou nos últimos anos – ocorre exatamente o contrário: a classe média passa a consumir produtos antes inacessíveis, considerados de gosto mais apurado e luxuoso.

O processo de produção compreende a transformação das chamadas ‘entradas’ (materiais, serviços) em ‘saídas’ (outros materiais e serviços). Em outras palavras, produzir é utilizar recursos para fazer uma transformação. A administração da produção se ocupa da definição de estratégias e organização para se atender à demanda, além dos projetos de produtos e os sistemas de produção.

As mudanças comportamentais da sociedade também promovem alterações nas formas de consumo e, por isso, seu estudo também deve estar presente no planejamento das ações do varejo. Novos comportamentos se manifestam de forma discreta ou explícita, na moda (roupas, acessórios,

Pode-se dizer que o varejo é a ponte entre a indústria, que produz, e o consumidor final. Por isso, o entrosamento entre indústria e varejo é fundamental. O consumidor é o grande beneficiado dessa interação.

calçados...) ou mesmo em atitudes sociais – como, por exemplo, com o incentivo ao uso da camisinha depois do advento da AIDS. Tudo isso diz respeito ao varejo.

Logística

Note-se, por exemplo, a crescente preocupação com a saúde e a qualidade de vida. Cada vez mais, produtos que se propõem a ajudar na promoção da saúde têm espaços garantidos nas prateleiras dos supermercados. É o caso dos light, diet, orgânicos e tantos outros. Barras de cereais, alimentos integrais, leites e derivados acrescidos de vitaminas... A indústria está dedicada a mostrar diferenciais em seus produtos – diferenciais que prometem uma vida melhor e mais saudável. Mesmo variando muito de empresa para empresa, o Planejamento adequado à gestão de uma organização deve considerar, pelo menos, quatro fases: a) diagnóstico (análise da empresa, seus recursos, sua estrutura, um retrato do seu momento atual); b) análise do mercado, com base em informações colhidas exclusivamente e também as disponíveis publicamente (em sindicatos, órgãos públicos, entidades de classe, etc); c) elaboração dos objetivos da empresa em relação ao diagnóstico já feito (esse é o momento em que se traçam os planos de ação, táticos e operacionais, com prazos previamente definidos); d) implementação (momento de se colocar em prática tudo o que foi planejado). Há que se acrescentar ainda outro tópico imprescindível: o monitoramento, ou seja, o acompanhamento de toda a implementação e mensuração dos resultados obtidos. Produção Seja um produto industrializado ou algo que chega in natura às mãos do consumidor, tudo começa na produção.

O segundo ponto do caminho que leva o produto ao consumidor é a logística – o processo de planejar, implementar e controlar o fluxo e a armazenagem das matérias-primas, produtos e estoques, desde o ponto de origem até o ponto de consumo. A eficiência na logística garante rapidez e segurança ao processo. É um ponto vital para se garantir que os produtos cheguem perfeitos às mãos do consumidor e com preços justos. A logística é uma preocupação tanto da indústria – que precisa fazer chegar seus produtos ao varejo – quanto do próprio varejo, que precisa desenvolver a estrutura necessária para estocagem e distribuição dos produtos aos seus pontos de venda – e muitas vezes também a entrega à casa do consumidor final, em programas de entrega em domicílio.

Venda Por fim, o terceiro pilar desse tripé é a venda. Mais uma vez, pode-se dizer que a venda está presente em todos os elos dessa corrente – desde a negociação entre indústria e varejo até a própria venda ao consumidor final. Quanto melhor a negociação na base (fornecedores e varejistas), mais beneficiado será o próprio consumidor. É por isso que estudiosos da área de administração hoje falam tanto na ‘negociação ganha-ganha’, em que se buscam as melhores alternativas para todos. As estratégias de venda também variam muito de empresa a empresa – e também são diferentes quando se fala em indústria ou varejo. Na indústria, por exemplo, na maioria das vezes vale a velha máxima de que, quanto maior o volume


MATÉRIA DE CAPA

comprado, menor será o preço proporcional. Já no comércio direto ao consumidor final, imperam a sazonalidade, as promoções pontuais e os arranjos promovidos pelas lojas. Outra característica importante que vem sendo apontada pelos estudiosos da questão é que, cada vez mais, as empresas devem apostar no atendimento ao cliente. Uma vez escolhido o produto, preço e qualidade tendem a ser semelhantes no mercado, por isso é preciso investir em outros diferenciais – e o mais eficiente deles é um bom atendimento.

No dia 9 de abril, terça-feira, a palestra será da empresária Amália Sina, com o tema “Empreender com Sucesso”. Amália foi vice-presidente da Philips e presidente da Walita. Atualmente dirige a Sina Cosméticos, empresa que criou há quatro anos, e se dedica a palestras e conferências.

PALESTRANTES DA MERCOSUPER DESTACAM TEMAS COMO SUPERAÇÃO, EMPREENDEDORISMO E TENDÊNCIAS DA ECONOMIA Os temas das palestras da 32ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados, a Mercosuper, foram escolhidos de forma a representar verdadeiros ganhos de informação e conhecimento aos presentes. Já no primeiro dia do encontro, Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central,

apresentará a palestra “Perspectivas da Economia Brasileira”. Loyola é doutor em economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-SP) e sócio-diretor da empresa Tendência Consultoria Integrada.

A última palestra magna do evento será com o alpinista Waldemar Niclevicz, com o tema “Conquistando o seu Everest”. Niclevicz foi o primeiro brasileiro a escalar o Everest (a maior montanha do mundo), o K2 (considerada a montanha mais difícil de todas) e os Sete Cumes (a maior montanha de cada um dos continentes). Também já escalou 7 das 14 montanhas com mais de 8 mil metros, o Everest duas vezes, e mais de 100 das principais montanhas do mundo. Na palestra, o alpinista fala sobre superação de desafios, liderança, planejamento estratégico, gerenciamento de riscos e espírito de equipe.



perfIl

Redação Supermix

DOCE D’OCÊ COMPLETA VINTE ANOS EM PLENA EXPANSÃO

A mãe de uma família em dificuldades financeiras começa

a serem escritas. Com sede em Chopinzinho, no Sudoeste do

a vender bolos e salgados para os vizinhos e, aos poucos, o

Paraná, durante 20 anos vem transformando dificuldades em

negócio ganha corpo e se transforma em uma das maiores

oportunidades, quebrando recordes de produção e mesmo

e mais modernas indústrias de panificação do país. A história

com sua sede no interior do Estado alcança mercados de

da Doce D’ocê tem capítulos marcantes e ainda muitas linhas

panificação e confeitaria nas maiores capitais brasileiras.



perfIl A história comovente começa em 1993, quando a família

projetos ambientalmente corretos, com utilização de água da

Bazanella passava por dificuldades financeiras. Foi quando

chuva, moderno sistema de tratamento de resíduos e com

Noeli tomou a decisão de fazer em casa salgados, bolos e

um amplo projeto de paisagismo, que inclui árvores frutíferas

pizzas para vender na vizinhança. A produção e a venda

espalhadas pela área. Ainda nos cuidados com o meio

contavam com a ajuda do marido Carlos. A união do talento

ambiente, a empresa tem um programa de recolhimento de

confeiteiro de Noeli com a competência em vendas de

óleo da fritura, realizado por uma empresa terceirizada, que se

Carlos começou a aflorar e o casal visualizou, no que antes

encarrega da destinação correta.

era complemento à renda da família, uma oportunidade de crescimento. Rapidamente, os pedidos foram aumentando e os produtos fazendo cada vez mais sucesso. Logo veio a necessidade de alugar uma sala (junto à Associação de Mulheres Rurais) e de contratar a primeira funcionária – que está até hoje na empresa. Desde que nasceu, a marca Doce D’ocê traz consigo quebra de paradigmas, transformando dificuldades em oportunidades e inovação, conquistando espaço no marcado de panificação e confeitaria. Carlos Bazanella lembra o início com uma pontinha de orgulho e nostalgia. “Em nosso segmento, é difícil para uma empresa que nasce tão pequena, e no interior, conseguir entrar em cidades grandes e fazer sucesso”, analisa o empresário. Com auxílio de consultores do Sebrae, o negócio foi transferido para outra sala, mais central, e passou a fazer parte de uma incubadora – processo de gestão acompanhado de perto por consultores até mo amadurecimento. Já em 1997, era inaugurada a Panificadora Doce D’ocê, na Avenida Central de Chopinzinho. Logo chegaram os novos sócios, Silvio Antônio e Carina Klein Balen.

A gestão é moderna, com conceitos de governança corporativa. O conselho administrativo se reúne periodicamente em São Paulo para analisar o andamento da empresa. Uma das grandes apostas da empresa é na capacitação dos colaboradores, que são constantemente preparados para atuar de maneira inovadora e de melhoria contínua. A empresa faz parte do Instituto Endeavor, uma organização focada na identificação e viabilização de negócios de empreendedores com alto potencial de crescimento. A Doce D’ocê é uma empresa que está preparada para crescer e inovar cada vez mais, com receitas exclusivas, panificadora própria e investimentos na equipe e na modernização. Tudo isso sem perder as raízes paranaenses e o amor à cidade onde nasceu e se mantém. A marca Doce D’ocê continua quebrando paradigmas. Um exemplo disso é a atuação em grandes centros, mantendo sua linha de produção em Chopinzinho. “O que para muitos empresários é um obstáculo, para nossa empresa é um diferencial. Conseguimos nos consolidar nos grandes centros mantendo a nossa linha de produção no município

O passo importante seguinte foi a inovação. Em 2003, a

onde nascemos”, conta Carlos. Outro desafio é manter o

Doce D’ocê investiu em novos conceitos de panificação e

sabor em seus produtos, mesmo com produção em grande

confeitaria, importando equipamentos de ultracongelamento,

escala. “Nossas receitas são únicas. Nossos profissionais

o que permitiu a produção em grande escala. Foi um

criam soluções e adaptam as receitas para que possamos ter

passo importante para a empresa conquistar novos

produtos com sabor e fresquinhos. Isso tudo é possível com

territórios, tornando-se a maior indústria de panificação de

as técnicas do ultracongelamento, que garantem o sabor e a

ultracongelados do Paraná e, em seguida, também do Brasil.

textura de nossos produtos”, destaca Noeli. A empresa busca,

Hoje a Doce D’ocê está presente em todo o Paraná e ainda nos estados de Santa Catarina, São Paulo, Mato Grosso do Sul e Rio de Janeiro. A empresa tem mais de 330 colaboradores e é o maior gerador de empregos de Chopinzinho. A indústria está instalada em um terreno de 60.000m2, e uma estrutura física de mais de 6.000m2. A fábrica foi construída a partir de

em cada produto fabricado, a satisfação de seus clientes e sua equipe trabalha todos os dias focada em se consolidar no marcado nacional de panificação e confeitaria.



CALENDÁRIO

Di a das Mães é oportun ida de d e c r es cimen to pa ra o va rej o Consultores dão dicas de como os supermercadistas podem aproveitar a data para vender mais O Dia das Mães está chegando e a época é propícia para os supermercadistas pensarem em novas estratégias de vendas. Como os supermercados podem participar da data para vender mais? A Supermix foi buscar dicas com especialistas para trazer as melhores orientações. Segundo a consultora e gestora de loja Cibele Regis de Paula, é importante lembrar a mudança do perfil das mães nos últimos anos. “A mulher moderna é aquela que cumpre diversos papeis. Mesmo aquelas que não trabalham fora assumem tarefas múltiplas. Aliás, homens e mulheres estão assumindo responsabilidades diferentes. Os formatos de família mudaram. Tudo isso precisa ser levado em

consideração na preparação das vendas para o Dia das Mães”, comenta. Ela lembra que a estratégia comercial deve levar em conta, por exemplo, que as pessoas têm menos tempo para preparar refeições e, ainda assim, buscam alternativas mais saudáveis. Diante de tantas mudanças, a escolha do presente para o Dia das Mães e mesmo do programa festivo do dia passa


pelas prateleiras do supermercado. Por exemplo: Você já deve ter percebido que almoçar em um restaurante não é o melhor programa para o dia, pois todos deverão estar lotados, o que pode tornar o dia estressante para aquela que merece todas as atenções no dia 12 de maio. A alternativa, então, é programar um almoço ou jantar comemorativo em casa, unindo a família. Mas também não vale colocar a mãe na cozinha! “Nesse dia a mãe não faz nada. Maridos e filhos devem assumir o fogão e a louça”, aconselha a consultora. O tradicional churrasco é uma opção, mas Cibele lembra que é cada vez maior o número de homens apaixonados pela arte de cozinhar. “O homem gourmet é uma tendência”, brinca. “E como eles normalmente gostam de fazer receitas aprimoradas, esta também é uma oportunidade para os supermercados, que devem investir em um mix rico em alternativas para a alta gastronomia”, lembra. As bebidas também devem ser especialmente escolhidas para a data. “Hoje há opções de cervejas diferenciadas, vinhos requintados e até mesmo cachaças especiais para as caipirinhas. É só escolher de acordo com o gosto da mãe. Os supermercados certamente irão fazer parte das comemorações do Dia das Mães”, sentencia Cibele. No quesito bebidas, o administrador Maurício Bendixen, que também é executivo do setor supermercadista, lembra dos espumantes. “Esta é uma categoria bastante voltada ao público feminino. E temos excelentes espumantes brasileiros”, destaca. Bendixen lembra ainda que a mulher é o principal cliente dos supermercados e participa diretamente de 70 a 80% das compras. “Temos que lembrar dela todos os dias, mas no Dia das Mães o carinho deve ser ainda mais especial”, brinca. O consultor salienta que os supermercados podem oferecer uma gama de presentes para as mães, como eletrodomésticos, flores, celulares, aparelhos de som e até roupas, a depender do mix específico de cada loja. “Mas o ideal é que, nesse dia, o presente seja para a mulher, e não para a casa”, analisa. “É interessante que as lojas preparem promoções e kits especiais para a data, como lingeries, perfumes, produtos de beleza, bijuterias e outros”, diz. Algumas lojas também podem oferecer promoções em parceria com outras empresas vizinhas ou agregadas, como sorteios de presentes, “dia da beleza” com tratamentos estéticos e o que mais a criatividade permitir. “Os valepresentes são alternativas interessantes para quem teme não acertar a preferência da mãe”, comenta.


CARREIRA

Dedicação incansável traz o sucesso! Francisco Flávio de Paula, consultor do varejo e professor da Academia Empresarial APRAS, conta sua história e mostra que o caminho do sucesso é a dedicação ao trabalho Uma vida dedicada ao varejo. Francisco Flávio de Paula respira a realidade dos supermercados paranaenses há mais de 30 anos. Teve uma infância difícil, em que trabalhou como engraxate e chegou a vender salgados e laranjas na rua para ajudar no sustento da família. No início da juventude foi auxiliar contábil e logo em seguida ingressou no Exército. Casou-se muito jovem, aos 19 anos, com a noiva também jovem, que tinha apenas 15 anos. A vocação para o varejo foi descoberta aos 23 anos de idade, na cidade de Guarapuava, no Centro do Paraná. Flavio foi insistente para conseguir começar a trabalhar no Supermercado Morgado (depois comprado pela Rede Superpão). Entrou na empresa como auxiliar de escritório, mas na primeira oportunidade se ofereceu para auxiliar nos serviços de entrega, nos finais de semana. Logo percebeu que seu grande talento era promover bons relacionamentos com os clientes. Por isso, aos poucos foi migrando para o operacional, que lhe permitia estar sempre próximo da clientela. Quando a empresa foi comprada pelo grupo Superpão, Flávio foi convidado para assumir uma gerência. Ficou inseguro, pois estava esperando o nascimento do seu primeiro filho. Fez, então, um acordo com o patrão: se não correspondesse às exigências da nova função, não perderia o emprego, mas retornaria às funções operacionais. Que nada! O crescimento na função foi rápido e Flavio começou a se destacar cada vez mais na empresa. Com o crescimento da empresa, percebeu que os clientes do interior estavam se afastando e não teve dúvidas: começou a fazer visitas periódicas, reconquistando a clientela. “Minha maior ferramenta sempre foi a boa conversa e o relacionamento com os clientes”, lembra, com carinho. Não

Francisco Flávio de Paula parou mais de crescer na profissão: foi gerente geral da loja matriz, no centro da cidade e, quando a rede se expandiu para Curitiba, Flavio viu sua grande oportunidade: pediu para se mudar para a capital do estado. No começo, veio sozinho. A família continuou morando em Guarapuava. Mas aos poucos todos se mudaram para a capital, onde o crescimento profissional continuou. Fez tantas amizades com clientes na loja instalada no bairro Hauer, que chegou a receber prêmios e homenagens da vizinhança. “Eu me sentia dono da loja e trabalhava com a convicção de que o sucesso da empresa era o meu próprio sucesso!”, afirma. Na ‘cidade grande’, Flavio percebeu que tinha muito a aprender, principalmente com os colegas que trabalhavam nas grandes redes. Mas também tinha muito a oferecer, especialmente a maneira de trabalhar sempre próximo da equipe e dos clientes. “A administração de pessoas sempre foi o meu forte”, relata o profissional. Com o desenvolvimento profissional, Flávio concluiu que


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precisava buscar uma formação acadêmica, pois os obstáculos da vida tinham dificultado o sonho de fazer uma faculdade. Cursou Economia e nunca parou de estudar. “Buscava muita literatura sobre o setor e comecei a fazer apresentações na empresa, para os colegas de trabalho”, conta. Logo em seguida veio o “pulo do gato”: Flávio foi convidado a dar aulas na Academia Empresarial APRAS e ali se encontrou, descobriu uma nova vocação. Fez PósGraduação e começou a estudar a fundo todas as disciplinas importantes para o setor, desde a precificação, a operação das lojas, a gestão em si. Segundo Flávio, as mudanças que o setor enfrentou nos últimos anos foram importantes e positivas, mas também trouxeram pontos negativos: “O gerente deixou de ser aquele ‘cuidador de loja’, que anda pelos corredores, conhece toda a equipe e os clientes. Hoje ele só entende dos números de todos os setores”, lamenta. “Mas o diferencial tem que estar nos fatores humanos”, alerta. Nas próprias aulas na Academia Empresarial APRAS, Flavio começou a ser chamado para dar consultoria em outras lojas. Hoje a consultoria é sua principal atividade profissional.

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“É bacana porque eu já fiz de tudo dentro de um supermercado, então entendo bem as rotinas”, analisa. Flávio vive hoje um momento importante de sua vida, em que percebe a importância de dosar mais as atividades profissionais com a atenção à família, à espiritualidade e ao esporte. Fez faculdade de Teologia, está curtindo ao máximo a chegada do primeiro neto e já arrastou toda a família para seu esporte predileto, a corrida. Todos são corredores: a esposa, os três filhos e a nora. “O Netinho também já está ensaiando as primeiras corridas”, brinca. Depois de ter corrido várias maratonas, a meta agora é virar triatleta: está aprendendo a nadar e tem treinado também na bicicleta. O futuro triatleta fala com tanta paixão sobre os esportes que conquista novos adeptos a cada conversa. “Hoje a maioria dos meus clientes também pratica corrida... Eles se empolgam quando eu falo e também começam a correr”. Olhando para trás e analisando toda a sua trajetória, Flávio sentencia: “Sou um homem realizado, pessoal e profissionalmente. Mas ainda tenho muito o que crescer!”


suporte Jurídico

DECISÕES RECENTES DO CONSELHO DE CONTRIBUINTE DE RECURSOS FISCAIS DO ESTADO DO PARANA. CRÉDITO EMBALAGENS SUPERMERCADOS Hoje, no âmbito do Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Estado do Paraná, existem intensos debates que vêm sendo travados acerca da possibilidade do creditamento do ICMS relativo à embalagem – etiquetas, bandejas e selos – que acompanham o produto comercializado pelos supermercados. Para a fiscalização estadual, tais mercadorias são consideradas materiais de uso ou consumo, sendo vedado o aproveitamento do crédito do ICMS pelos estabelecimentos quando da aquisição dessas mercadorias. Este entendimento decorre das reiteradas alterações do artigo 33 da Lei Complementar n. 87/1996, sendo que a última alteração foi realizada pela LC n. 138/2010 que autoriza o crédito somente a partir de 2020. No entanto, o conceito de material de uso ou consumo vem sendo mitigado para dar espaço à essencialidade do respectivo produto dentro da atividade realizada pela empresa, seja na atividade comercial ou industrial. Isto porque atualmente é imprescindível conhecer a atividade do contribuinte como um todo, tendo em vista que para determinada empresa um produto pode ser

considerado uso ou consumo, mas para outra empresa, este mesmo produto pode ser classificado como intermediário, e até mesmo dentro da mesma empresa, em setores diferentes, este produto pode ser tanto intermediário quanto uso ou consumo. Diante dessa realidade, cada vez mais presente na operacionalização e desenvolvimento das atividades comerciais, o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Estado do Paraná, com suporte nas mais recentes orientações técnicas a respeito da questão, em especial, através da correta interpretação da legislação tributária de regência, vem se posicionando favoravelmente ao crédito relativo as embalagens consumidas no setor supermercadistas. A esse respeito, é possível citar algumas decisões já proferidas pelo Conselho que pode servir de orientar para o setor, conforme transcrição: Acordão...: 647/2012 1ª Câmara P.A.F...: 65670216 ICMS – Beneficiar-se com a utilização do crédito do imposto


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em desacordo com a legislação. Materiais de uso e consumo.

Acórdão...: 280/2012

Embalagens.

3ª Câmara

Correta a apropriação do crédito, visto que as mercadorias

P.A.F...: 65670232

não são alheias à atividade do estabelecimento, tanto as embalagens para acondicionamento quanto aquelas utilizadas na frente de caixa, uma vez que compõe o custo médio dos produtos comercializados. Registra-se que tais embalagens fazem parte do ciclo de comercialização, não sendo um produto de uso e consumo interno do estabelecimento, mas, intrínseco à sua atividade fim. Portanto, gera direito ao crédito do imposto em face do princípio da não-cumulatividade, crédito este proporcional às saídas tributadas do estabelecimento. Preliminar de nulidade da decisão singular, arguida pelo sujeito passivo, rejeitada por maioria. Recurso Ordinário conhecido e parcialmente provido por maioria.

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ICMS – Utilização do crédito do imposto em desacordo com a legislação. Bens de uso ou consumo. Nos termos da legislação, entende-se por bem de uso ou consumo do estabelecimento, para efeito do crédito do imposto, aquele que não seja utilizado na comercialização e que não seja empregado para integração no produto ou para consumo no respectivo processo de industrialização ou na produção. Considerando que os selos e etiquetas utilizados na identificação dos produtos comercializados a granel (peso, espécie, etc...) integram o custo das mercadorias comercializadas, os valores relativos aos créditos pelas suas aquisições devem ser excluídos da exigência. A multa proposta tem sua previsão no art. 55 da Lei n. 11.580/1996 para a conduta irregular verificada, não se podendo alegar sua confiscatoriedade, pois o princípio constitucional do não confisco se aplica ao tributo e não


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a multa. Preliminar de nulidade do lançamento rejeitada à unanimidade.

Recurso de Reconsideração da Fazenda não provido por

Recurso Ordinário conhecido e parcialmente provido por desempate.

Desta forma, a empresa deve estar atenta a uma formalidade

unanimidade.

que decorre do próprio Regulamento do ICMS, prevista atualmente no artigo 139:

AQUISIÇÃO JUNTO A EMPRESA COM O CAD/ICMS CANCELADO OU BAIXADO

Art. 139. A CRE providenciará a publicação de edital,

Comenta o Conselheiro. Uma questão corriqueira no dia

não produzirem efeitos fiscais os documentos que

a dia da atividade empresarial está atrelada às inúmeras

eventualmente venham a ser emitidos em nome dos

aquisições de mercadorias, seja para revenda, ativo

estabelecimentos nele arrolados, nos casos de:

imobilizado ou até mesmo para o uso ou consumo.

I - cancelamento de ofício da inscrição no CAD/ICMS;

Em razão da complexa formalidade que envolve a

II - baixa a pedido da inscrição no CAD/ICMS;

operacionalização da atividade empresarial, é possível

III - paralisação temporária da atividade.

verificar que a empresa adquire mercadorias de forma regular, contudo, em alguns casos é surpreendida pela fiscalização estadual com a infração de “utilizar documento fiscal de estabelecimento que tenha encerrado suas atividades ou cuja inscrição no cadastro de contribuintes estadual tenha sido cancelada ex officio’”, cuja penalidade é uma das mais elevadas e corresponde a 40% (quarenta por cento) do valor da operação ou prestação indicada no documento fiscal. Atualmente, o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Estado do Paraná, se posicionou, por unanimidade, de maneira favorável ao contribuinte quanto foi comprovado que as operações ocorreram antes da publicação do edital no Diário Oficial Executivo: Acórdão...: 1331/2012

no Diário Oficial Executivo, declarando à terceiros

A redação do referido artigo deve servir de orientação para que a fiscalização somente autue o contribuinte quanto comprovado que as operações ocorreram após a publicação do edital em Diário Oficial Executivo. Ainda, é importante ressaltar que existe uma exceção mesmo quando as operações ocorrerem após a publicação do edital. No caso, se o contribuinte comprovar a regularidade e a efetividade das operações representadas nos documentos fiscais como, por exemplo, pagamento, comprovante do recebimento e transporte, dentre outros, o Conselho de Contribuintes e Recursos Fiscais do Estado do Paraná igualmente vem adotando posição favorável para cancelar a exigência fiscal com base em alguns princípios que norteiam o direito tributário. Conselheiro. Cerino Lorenzetti

PLENO

Advogado Tributarista, Economista e Contabilista

P.A.F...: 6554944-1

Vogal da 1 Câmara e Membro do Pleno do CCRF.

Data Publicação: 10/10/2012 ICMS – Utilização de documento fiscal de estabelecimento cuja inscrição no CAD/ICMS tenha sido cancelada “ex officio”. A publicação em edital do cancelamento da inscrição de uma das emitentes das notas fiscais arroladas, em data posterior a sua respectiva emissão, torna ilegítima a glosa do crédito nela destacado, bem como da multa correspondente. Mantém-se a decisão cameral.

Indicado pela FACIAP Sócio fundador Controlsul Consultoria Empresarial



SETOR

Preço baixo nem sempre é a melhor estratégia para conquistar o consumidor Conhecer bem o cliente é o melhor caminho para saber

que têm os preços mais baixos? A estratégia focada no

oferecer o que ele procura

preço é comum em organizações com mix muito grande de produtos oferecidos ao consumidor e de giro muito rápido,

Toda empresa, para ser saudável, precisa ser lucrativa. Mas

como é o caso dos supermercados. Mas cada vez mais

por que, no varejo, tantas lojas fazem questão de anunciar

empresas têm apostado em outras estratégias consideradas


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inovadoras e também atraentes para o consumidor,

O problema ocorre quando essas promoções não são

como maior variedade de produtos, maior conforto nas

bem planejadas pelo supermercadista. “Infelizmente, ainda

instalações, atendimento diferenciado ou mesmo atuação

temos muitas empresas que fazem a precificação sem

em nichos, como o mercado de luxo.

considerar todos os seus custos, todo o processo. Isso tem

Segundo João Gelásio Weber, consultor de preço e tributação e professor da Academia Empresarial APRAS, o importante é a empresa ter em mente que consumidor ela quer atingir, para traçar suas estratégias. De acordo com a consultora Fátima Merlin, diretora executiva da Connect Shopper, a empresa precisa clareza do que quer entregar ao cliente. “Veja como exemplo o caso dos ‘atacarejos’. Eles não oferecem serviços, nem diferenciais nos produtos, mas sim preços mais baixos. E esse tipo de negócio só tem crescido no Brasil”, afirma a consultora.

que ser revisto diariamente”, diz. “Há empresas vendendo muito e mesmo assim tendo prejuízos”, alerta. É preciso medir rigorosamente os custos operacionais de cada setor da empresa. “Por exemplo: qual o peso da mão de obra do açougue nos custos totais da loja? E da energia elétrica?”, aponta.No geral, de acordo com o consultor, as margens de lucro aplicadas no Paraná são muito baixas, porque o setor é muito competitivo. “Mas há exemplos de preços mal calculados, tanto em preços muito baixos quanto nos muito altos. Algumas empresas que querem ganhar muito em um determinado produto e acabam ‘queimando’ a clientela. É o

Há consumidores que buscam preços mais baixos – há até mesmo aqueles que percorrem diversas lojas em busca de ofertas. Segundo Fátima Merlin, cerca de 20% dos consumidores brasileiros estão entre os chamados

que acontece muitas vezes com produtos sazonais”, explica Weber. Alternativas

“buscadores de preços”. Mas também há os que buscam

Para conquistar o cliente sem se tornar refém dos preços,

diferenciação, informação, benefícios à saúde, praticidade,

o consultor aponta alguns caminhos para as empresas. “O

conveniência e outras características. Isso varia muito de

mix variado é fundamental para atrair e fidelizar clientes.

acordo com o tipo de produto oferecido. Fátima explica que

Conheço lojas que estão com o mesmo mix há mais de

o consumidor tem muito presentes as referências de preços

dez anos. Pense quantos novos produtos foram criados

de alguns produtos, como óleo, leite e margarina. Por isso

durante esse tempo”, alfineta o professor Weber. Segundo

é muito comum ver certa “guerra de preços” nesses itens. Já

ele, é preciso considerar fatores como a ascensão da classe

em relação a produtos de higiene e beleza, a maioria dos

média, que hoje busca consumir produtos que antes eram

consumidores busca diferenciação e inovação.

considerados de luxo. Outros pontos importantes e que não

João Gelásio Weber salienta que, quando a oferta é tentadora, certamente o lojista tem objetivos maiores com aquela venda. “Em alguns momentos, o supermercado põe o produto à venda até abaixo do preço de custo, para atrair

podem ser negligenciados, de acordo com o consultor, são a qualidade do atendimento e as instalações da loja. “A boa aparência, a higiene e o conforto são fundamentais para conquistar o cliente”, explica.

o cliente. Em outras ofertas, há compensação das margens

Na mesma linha, a consultora Fátima Merlin argumenta

de lucro em outro produto. Ou seja, baixa o preço de um e

que é preciso conhecer o cliente e segmentá-lo em

aumenta de outro, para que, na média, mantenha seu lucro.

grupos. “A empresa deve analisar o que pensam as

E em outras situações, as ofertas são daqueles produtos

pessoas no momento da compra, quais são seus desejos

‘chamarizes’: o cliente vai comprar o leite que está mais

e necessidades... E, a partir desse conhecimento, usar

barato, por exemplo, mas compra várias outras coisas que

estímulos de Marketing para obter resultados efetivos”.

estão com preços normais”, analisa o professor.


TENDÊNCIAS

Logística reversa e sustentabilidade: varejo adota medidas de proteção ao meio ambiente Embalagens, caixas, plásticos, papéis e até metais. Eletrodomésticos usados obsoletos que são substituídos por novos... O volume de resíduos sólidos urbanos não orgânicos gerados na sociedade é tão grande que o assunto virou uma das maiores preocupações de ambientalistas e legisladores. Nas casas e nas empresas, iniciativas louváveis – mas ainda insuficientes – são exemplos de que a soma de esforços pode representar ganhos reais para o Meio Ambiente. Mas será que a situação será resolvida com a criação de mais leis sobre o assunto? O número de leis federais, estaduais e municipais criadas no país para tentar regulamentar a destinação do lixo reciclável é crescente. Segundo o vice-presidente da Federação do Comércio do Paraná, Paulo Nauiack, que é representante da Fecomércio no Grupo Técnico Temático de Meio Ambiente na Confederação Nacional do Comércio (CNC), a cada 3h se cria uma nova lei de teor ambiental no Brasil. “O país é muito grande. São mais de 5 mil municípios e todos estão preocupados com o Meio Ambiente. Mas há leis que não são bem discutidas e que, na verdade, nem chegam a beneficiar o consumidor”, analisa. Nauiack lembra que a legislação federal prevê que os resíduos não orgânicos devem ser encaminhados prioritariamente para reciclagem, e ser manuseados e manipulados pelas Cooperativas de Catadores, mas boa parte desses resíduos ainda vai parar em aterros sanitários, que estão esgotados. Em Curitiba, uma lei municipal que versa sobre logística reversa estabelece que se devolva todo resíduo em estabelecimentos que comercializem produtos semelhantes. “Isso cria um passivo social enorme”, afirma Nauiack, lembrando que uma legislação mais restritiva se

impõe sobre a menos restritiva. “Imagine, por exemplo, alguém entregar no supermercado uma geladeira velha porque comprou uma nova. Imagine então centenas de pessoas fazendo isso!”, comenta o executivo. Segundo Paulo Nauiack, para que essa situação se resolva da melhor forma para todos, é preciso discutir mais a fundo a questão. Em algumas cadeias de produtos a solução para o impasse já foi encontrada e a destinação do lixo é correta, com adoção quase total da chamada logística reversa (retorno dos resíduos à indústria). É o caso dos agrotóxicos. “Nesse caso, os estudos e discussões começaram há 10, 15 anos atrás. Definiu-se claramente a logística reversa da cadeia da embalagem. Hoje em dia, para comprar um produto agrotóxico, há um cadastramento rígido que obriga o comprador a devolver a embalagem. Mas quando se lida com o consumidor geral, e com um número muito maior de pessoas, a situação é mais complexa”, compara. Outro exemplo que tem sido apontado como referencial é o do óleo lubrificante. Os recipientes são recolhidos pelos próprios postos de venda e até o resíduo é vendido. Os Óleos Lubrificantes Usados ou Contaminados (Oluc), vulgarmente conhecido como óleo queimado, é considerado um resíduo tóxico persistente e perigoso não só para o meio ambiente, como também para a saúde humana. Para evitar esse tipo de contaminação, há cinco anos, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) publicou a Resolução nº 362/2005 regulando as atividades de coleta e recolhimento destes óleos lubrificantes. Com a aprovação da Norma, foi possível criar um sistema harmônico e claro para a gestão deste perigoso resíduo, estabelecendo obrigações e ações coordenadas para evitar o caos ambiental. Atualmente, cinco


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anos após a entrada em vigor da Norma do Conama, o Brasil exibe um percentual de 36% de recolhimento de óleo usado e aposta que em até meados da próxima década atingirá a meta de 42% de recolhimento. (Fonte dos dados sobre óleo lubrificante: Revista Água e Afluentes) Exemplos Paulo Nauiack destaca que há iniciativas louváveis também no setor supermercadista e entre fornecedores. Ele cita o exemplo da reciclagem de orgânicos, feita pelas redes Condor e Muffato, que processam os resíduos orgânicos e os encaminham para uma usina, que os tritura e pasteuriza, transformando tudo em alimento para porcos que, por sua vez, são vendidos para consumo, fechando o ciclo. Há também casos de recolhimento de embalagens para encaminhamento para reciclagem, já feito por redes como Festval e Pão de Açúcar.

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Há atitudes ambientalmente correta também entre os fornecedores dos supermercados – como a Unilever, que tem buscado eliminar o CFC das suas plantas industriais. O Grupo Condor também tem apostado na arquitetura e engenharia ambientalmente corretas em suas lojas. O Extra e a P&G Brasil também se uniram no Programa Estação de Reciclagem Extra P&G. A iniciativa tem a missão de incentivar a reciclagem e a sustentabilidade por meio do pioneiro programa, presente nas mais de 126 lojas da rede Extra em todo o Brasil, desde 2007. Com a parceria, os coletores passam a se chamar Estações de Reciclagem Extra P&G e ganham uma nova identidade visual alinhada com o novo parceiro. O programa compõe um modelo que gera benefícios ambientais, sociais, melhoram e aumentam o relacionamento com os clientes Extra e P&G de quase todo o País, em 16 estados. (Fonte dos dados sobre a parceria: Assessoria de Imprensa das empresas)


ECONOMIA

Varejo aposta em crescimento modesto nas vendas em 2013 Consultor afirma que o setor tem

a crise mundial o afete diretamente.

A Associação Brasileira de

sido responsável

Segundo ele, o país tem mostrado

Supermercados, ABRAS, e também a

reação em relação ao cenário de

APRAS, paranaense, projetam números

crise internacional, mesmo que o

otimistas para o desempenho do setor

por manter o otimismo na economia brasileira

resultado de 2012 tenha ficado abaixo

em 2013. Na Páscoa, por exemplo, as

A crise econômica em países

das expectativas. “O Brasil vem se

vendas foram cerca de 9% superiores

importantes para o cenário

comportando bem, se considerarmos

às do mesmo período no ano passado.

internacional, como Espanha e Grécia,

o contexto internacional. Prova disso é

Mesmo com a inflação ameaçando

e mesmo as turbulências enfrentadas

que os varejistas internacionais estão

retomar níveis preocupantes, o setor

nos últimos anos pelos Estados Unidos,

com seus olhos voltados para nosso

se mantém em crescimento, ainda que

provocam um alerta mundial. Quais

país e estão percebendo que podemos

modesto. Agora, com as medidas do

são os reflexos dessa crise em outros

ser a âncora para a turbulência em

governo federal, de desonerar produtos

países? E que repercussões ela pode ter

suas operações internacionais e em

da cesta básica, as vendas também

no Brasil, no Paraná e especificamente

seus países de origem. A aceleração

devem ser positivamente afetadas. A

no setor supermercadista?

da economia está se mantendo. No

medida teve o claro objetivo de conter

O consultor Ivo Marcos Dranka Junior,

ultimo trimestre do ano anterior, o

a inflação, que já era uma ameaça real,

professor da Academia Empresarial

investimento voltou a reagir. Para 2013

mas pode trazer reflexos positivos para

APRAS, aponta que o Brasil tem sido

teremos um cenário mais “benigno”, ao

as vendas, desde que o setor consiga

rápido nas ações para não deixar que

que tudo indica”, afirma o professor.

mostrar as vantagens ao consumidor.



ECONOMIA O consultor Ivo Dranka também

consultor alerta que é preciso se

as tendências e necessidades do

concorda que as políticas sociais

manter atento ao cenário internacional

mercado”, prevê.

ajudam a alavancar a economia,

em 2013, pois a economia mundial

especialmente do varejo. “O governo já

está longe de ser estável, e os reflexos

demonstrou sua intenção em manter a

se espalham pelo mundo todo – o

estabilidade e o crescimento de alguns

Brasil não está isolado. “Embora o país

índices de referência que melhorem

tenha passado sem grandes sustos e

o IDH (Índice de Desenvolvimento

setor esteja otimista em suas previsões

Humano) do país. Assim, a tendência é

para 2013, é interessante manter a

que se busque a melhora dos índices

atenção. O crescimento do setor está

de desemprego, ataque-se a pobreza

sempre ancorado em um desempenho

absoluta e tente-se melhorar a renda

sólido da economia e na manutenção

dos extratos sociais mais baixos

ou aumento do poder aquisitivo da

da população. E isso deve refletir

população. É sempre importante

diretamente em melhores vendas,

manter a consciência de que, em

busca de produtos de maior valor

tempos de recessão na economia,

agregado e aumento da conveniência

o primeiro setor a ser afetado é o

em serviços”, avalia.

supermercadista. Por isso, o setor tem

Para o professor, o setor supermercadista será, em 2013, um dos principais impulsionadores do crescimento econômico – que, ainda assim, será tímido. Segundo ele, o setor se manteve forte com as turbulências de 2012, por isso deverá manter o crescimento contínuo neste ano. “Quando observamos os índices da economia, percebemos que as atividades de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios estão entre os elementos que

que se dedicar também a ajudar a

seja harmônico e duradouro – mesmo que neste ano seja relativamente pequeno – é preciso investir em inovação. “A realidade atual exige que os empresários do setor invistam em mão de obra qualificada, buscando cada vez mais capacitação. Precisamos estar atentos às novidades e às mudanças que acontecem ao nosso redor. Os consumidores modernos estão exigindo experiências prazerosas e não apenas um produto simples, o que torna o conhecimento e a informação fundamentais na criação de diferenciais competitivos”, frisa.

manter a estabilidade da economia”,

Na visão do professor, o crescimento

diz. E acrescenta: “O momento é bom.

do setor passa fundamentalmente

Janeiro registrou um desempenho

por essa capacidade de se renovar

que deixou o setor otimista, mas este

constantemente em busca do melhor

é um cenário para ser acompanhado

relacionamento com o cliente. Ele é

de perto. Não existe mais espaço

taxativo: “O ano de 2013 indica para

para administradores alienados, pois

o Brasil uma posição de destaque no

entramos com tudo nesta grande

quadro geral do comercio varejista

aldeia global do comércio. Devemos

mundial. Porém, temos que ficar

estar atentos aos movimentos

atentos às responsabilidades que

mundiais e principalmente em relação

esse destaque trará ao nosso setor

à direção de nossa política econômica”.

varejista. Foco no consumidor, uso de

puxaram a alta de das vendas totais

Dranka aposta em um ano positivo

do varejo em 2012. O setor passou

para o varejo brasileiro e é bastante

quase incólume pelas dificuldades

otimista nas análises de crescimento

impostas pela economia. As redes

do setor supermercadista paranaense.

mundiais vieram buscar em nosso país

“Se o desempenho acompanhar

a compensação pelos desempenhos

a tendência dos primeiros meses,

ruins de suas outras operações,

teremos um ano bom. Sem

observando a importância deste

desempenhos maravilhosos, mas com

mercado”, analisa.

uma boa margem de lucros para as

Mesmo com todo o otimismo, o

No entanto, para que o crescimento

empresas que souberem acompanhar

tecnologias, sustentabilidade, interação, vizinhança, engajamento, sincronismo e principalmente foco na experiência de compra proporcionada serão as palavras de ordem deste ano”.



RECURSOS HUMANOS

EMPRESAS APOSTAM NO BEMESTAR DOS COLABORADORES PARA RETER TALENTOS Para reduzir os efeitos da escassez de mão de obra e da alta rotatividade de funcionários, supermercados desenvolvem políticas de valorização das pessoas Nos últimos anos, uma das maiores dificuldades do varejo tem sido conseguir preencher as vagas de emprego geradas no setor. Com o crescimento do setor, criam-se novos empregos todos os meses, mas o turnover permanece alto. É a chamada escassez de mão de obra. Para reduzir a alta rotatividade e conquistar maior lealdade dos colaboradores, as empresas têm desenvolvido políticas de valorização das pessoas, que vão desde programas de capacitação até o incentivo à prática de exercícios físicos. Uma das empresas que tem conseguido reduzir o turnover e ganhar maior adesão dos colaboradores com ações e políticas diferenciadas é o Jacomar. A rede tem hoje oito lojas e um centro de distribuição. Segundo Pedro Érico Duck, gerente de Recursos Humanos da empresa, os resultados da criação de benefícios para os funcionários são visíveis. “Claro que ainda enfrentamos escassez de mão de obra. Mas já percebemos melhora na satisfação dos nossos colegas”. Entre as ações desenvolvidas pela empresa, ele destaca a Ginástica Laboral, que acontece duas vezes por dia em todas as unidades, com a orientação de fisioterapeutas e instrutores de educação física. “O incentivo da empresa para a prática das atividades é total. Damos essa oportunidade a todos e muitos participam, tanto dos setores administrativos quanto do chão de loja”, comenta. A empresa também investe no descanso e no lazer dos colaboradores. “Temos uma sala de jogos para eles usarem nos horários de intervalos e também uma sala de descanso e repouso, com colchonetes, sofás e televisão”, enumera o gestor de RH. A organização oferece almoço para os colaboradores, possibilidade de empréstimos na rede bancária com juros reduzidos e desconto em folha e convênio com farmácias, com descontos e prazos especiais de pagamento. Uma das estratégias adotadas pelo Supermercado

Tozetto, de Ponta Grossa, é investir na capacitação dos colaboradores. Ana Lúcia Szaucoski, coordenadora de RH, fala da parceria com a Academia Empresarial APRAS para os cursos que a empresa oferece. “Temos cursos de padeiro, confeiteiro, repositor, cartazista, além de treinamentos e palestras motivacionais. Para o colaborador, a oportunidade de melhorar suas qualificações também faz com que ele possa crescer na empresa”, explica a coordenadora. “Sempre incentivamos o estudo e o desenvolvimento da carreira do colaborador dentro da empresa. Isso aumenta o vínculo dele com a empresa e faz toda a diferença”, garante. Entre as políticas diferenciadas adotadas pela empresa, Ana Lúcia destaca a contratação de portadores de necessidades especiais, aposentados e de menores. Hoje o Tozetto tem 75 aposentados entre os seus funcionários. “Eles nos surpreendem pela disposição e vontade de trabalhar. Trabalham com amor e dedicação. E isso remoça!”, comenta. No Projeto Menor Aprendiz, a prioridade é preencher as vagas com parentes dos colaboradores. “Isso também aumenta o comprometimento e o vínculo com a empresa”, explica a gestora. Todos os anos, passam pela empresa cerca de 75 aprendizes. Vários deles são efetivados por bom desempenho. Dois portadores de necessidades especiais foram contratados para trabalhar na frente de caixa, nos caixas rápidos. Além disso, a empresa também oferece benefícios como plano odontológico, convênios com médicos e farmácias e cesta básica a preço de custo. Por apenas R$ 0,50 ao dia, os colaboradores podem fazer três refeições na empresa: café, almoço e jantar. Além disso, segundo Ana Lúcia, o principal fator é a atitude de respeito ao funcionário, presente, por exemplo, no correto e rigoroso pagamento das horas extras. “Fazemos de tudo para formar uma equipe forte e satisfeita com o trabalho”, conclui a coordenadora de RH.



artigos

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

O que sua empresa fará de diferente neste ano? Ano vem, ano vai, e continuo a observar como, para algumas empresas, há apenas uma variável que influencia seus resultados. Elas se deixam levar pelas marés do consumo, pelos ventos do mercado, torcem por intervenções positivas do governo, mas parecem ficar estacionadas em um simples pensamento de abrir ou fechar lojas, liquidar, subir ou baixar preços. Coisas comuns, quase uma calmaria. Ao mesmo tempo, gosto de ver como algumas empresas procuram fazer algo diferente. No ano passado, vi redes investirem em sistemas novos, caixas de autoatendimento, displays que brilham com a presença do cliente, ações de marketing e campanhas publicitárias inteligentes e modernas, que conversam com o público no ponto de venda e também na internet. Além disso, várias outras mudanças que mostram a preocupação real da empresa em continuar evoluindo, mudando e cativando seu fiel público consumidor. No último ano vislumbramos com um pouco mais de força a Black Friday, por exemplo, que, apesar de algumas empresas terem adotado práticas ilegais, tem tudo para que esse ano a data funcione. Além disso, há muitas novas tecnologias e invenções surgindo e sendo difundidas. De sistemas para encontrar vagas no estacionamento a estudos e táticas de vendas já utilizadas em outros países. Também vimos novos canais de relacionamento surgirem e já serem desbravados por algumas empresas. Vendas inteligentes pela internet, utilização direcionada das mídias sociais. As mudanças, entretanto, não residem somente na estratégia de marketing ou de vendas. Ainda sinto uma forte estagnação em um dos pontos primários de qualquer negócio: o setor de Recursos Humanos. Apesar de algumas redes terem finalmente entendido e resolvido o problema, ainda observo os mesmos erros serem

repetidos pela concorrência. É comum observarmos, mesmo em empresas grandes, e mesmo estando no século 21, a política de apagar incêndios. Primeiramente, há que se criar a consciência de que, principalmente no varejo, o RH é um setor extremamente estratégico e que deve ter investimento pesado. É fácil percebermos quão ligados estão os problemas relativos a pessoas em uma típica rede de mercados: a prática de baixos salários para alguns cargos, sobretudo os operacionais, resulta na alta rotatividade dos mesmos. Essa taxa de rotatividade é sustentada pela falta de investimentos em treinamentos do capital humano. Por consequência, a contratação de gerentes sem capacidade de liderança, qualificação adequada e experiência com a pressão constante do segmento varejista prejudica a fluidez operacional de uma empresa toda. Isso tudo por preferir economizar na mão de obra, que é a engrenagem viva responsável pelo bom andamento do negócio – um pensamento bastante contraditório. No final das contas, esses profissionais baratos demais acabam, sim, saindo caro. Ainda mais quando se está em um negócio onde o consumidor final estabelece praticamente uma relação matrimonial com a rede de mercados preferida. Peço que este ano as lideranças, empresários e conselhos aprendam a verdadeira função estratégica que o RH tem em uma empresa, seja no nível operacional, seja no nível executivo. Além disso, a possibilidade de inovar e criar novas demandas está mais borbulhante do que nunca. Para finalizar, há muito a melhorar, aperfeiçoar. O varejo é um segmento extremamente rico e bom para se trabalhar, e desejo que neste ano todas as redes consigam tirar suas estratégias do papel para que realmente consigam melhorar a experiência de consumo de seu público e, também, atingir suas metas.



artigos

Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento profissional.

Atendimento é a chave para a diferenciação no varejo Nos estudos sobre gestão, muito se fala sobre a importância de uma empresa buscar diferenciais competitivos. Em outras palavras, isso significa dizer que as empresas devem ter atrativos para chamar a atenção do consumidor. E em busca dessa diferenciação, surgem as mais diversas estratégias.

mais para comprar os melhores produtos, os apaixonados por tecnologia que sempre buscam as inovações e também os consumidores politicamente ativos, que só consomem produtos e serviços de empresas com ações de responsabilidade social e ambiental.

Algumas empresas focam suas ações na divulgação e prática de preços baixos como grandes atrativos. Outras afirmam ter a melhor qualidade e, por isso, preços mais altos. Outras ainda buscam o avanço tecnológico, a responsabilidade social, o respeito ao meio ambiente como ferramentas para conquistar e encantar seus clientes.

Todos esses cidadãos, em seus mais variados perfis, estão espalhados pelas cidades, comprando e divulgando seus pensamentos sobre as empresas com que eles transacionam. Mas de uma coisa nenhum deles abre mão: um bom atendimento! O consumidor pode ser ‘mão fechada’ ou gostar de esbanjar dinheiro, mas ele quer, merece e precisa ser bem atendido. Essa é a maior arma de sedução que uma empresa pode ter, e talvez a única que aumente realmente os índices da tão sonhada fidelização.

Mas vamos analisar cada um desses pontos. Na sociedade competitiva em que vivemos, com consumidores cada vez mais exigentes, podemos afirmar com segurança que todos os pontos elencados acima são praticamente obrigações das empresas. Preço, qualidade, inovação tecnológica, responsabilidade social e ambiental são pontos que - pelo menos se pensarmos na forma ideal – todas as empresas deveriam considerar. Há consumidores dos mais variados perfis: aqueles que fazem pesquisas de preços e procuram os produtos mais baratos, aqueles que aceitam pagar

Mesmo dentro de um supermercado, onde, à primeira vista, o consumidor faz suas compras sozinho, o atendimento pode fazer toda a diferença – e faz! Encontrar os melhores produtos pelos melhores preços é sempre bom, mas ser recebido com um sorriso, receber atenção, ter alguém para sanar suas dúvidas... é ótimo!



artigos

Christian Nogarotto é diretor-presidente da MADE Management Controladoria e Gestão, consultor especialista em varejo e supermercados e escreve neste espaço sobre gestão no varejo.

Você conhece os detalhes da sua empresa? A grande maioria dos empresários atuais gerencia suas empresas de perto, muitas vezes sem tato com pessoas, com talento comercial porém com uma visão gerencial pobre. Isso acontece porque os detalhes estão passando despercebidos num mundo de informações, problemas, oportunidades e desafios que são colocados diariamente diante destes profissionais.

ser enganação! Como é que você pode provar isto? Você garante o resultado? E por aí segue a sabatina.

Uma organização cresce a partir do momento em que todas as suas peças estão voltadas para um único sentido, quando os colaboradores estão engajados na política da empresa, quando os processos estão ajustados e adequados, quando os gestores não são puramente executores, mas sim analíticos e estratégicos.

Resultados empresariais não aparecem através de mágica, mas através de muito trabalho, disciplina e conhecimento do setor. Algum dia, em sua empresa, você já teve a curiosidade de saber quais são os itens que tem em estoque e estão sem movimentação nos últimos 90 dias? Já apurou quanto custa o metro linear de exposição da loja para negociar uma frente com algum fornecedor? Já se interessou em sincronizar o setor de compras com o setor financeiro para que seu caixa não estrangule e você acabe trabalhando sempre com o capital de giro e nunca com o lucro obtido?

O varejo, este segmento que basicamente compra e revende mercadorias (teoricamente com o lucro obtido), por exemplo, deveria investir mais em mercadorias e melhorias internas. No entanto, na maioria das vezes isto não acontece. O varejista, em geral, concentra todas as suas forças em aumentar as suas vendas, vangloriando-se do fato de as mesmas terem obtido um ótimo resultado, que poderia ser maior se o capital aumentasse e se a carga tributária não fosse tão excessiva.

Estes são apenas três das dezenas de detalhes que moram dentro da gaveta da sua mesa, que está chaveada e sem previsão de ser aberta. Estas dezenas de detalhes bem verificados e tratados com cuidado, proporcionam ao final de 180 dias bem trabalhados um resultado aproximado de 8,0% a 10,0% de Lucro Operacional, e se fizermos uma analogia com uma empresa que vende 1 milhão de reais/ mês, esta empresa terá um resultado aproximado de R$ 80 a R$ 100 mil reais mês.

Porém, dentro da realidade atual do segmento varejista, pode-se ganhar dinheiro, pagar os impostos, realizar investimentos e, ainda, ter lucro. A partir desta afirmação, muitos empresários questionam: Isto é uma espécie de mágica? Nenhum dos meus colegas consegue isso, só pode

Isto não é uma teoria, é realidade. Vários cases de sucesso podem ser apresentados para confirmar a eficácia da Gestão dos Detalhes voltada para Resultados. Você gostaria de ter esta experiência na sua empresa?



artigos

*Lucas Martins é gerente da TÜV Rheinland do Brasil na área de alimentos lucas.martins@br.tuv.com - TÜV Rheinland Brasil Ltda.

AUDITORIAS E CONTROLES DE SEGUNDA PARTE GARANTEM A SEGURANÇA NA CADEIA DE ABASTECIMENTO DE ALIMENTOS Garantir o abastecimento de uma organização, com os

indústria de alimentos.O “Global Markets” tem o objetivo

bens e serviços que atendam as suas necessidades, é

de levar melhoria continua aos programas de segurança

essencial para uma gestão global eficiente. As auditorias de

alimentar. Se implementado gradativamente e executado

fornecedores são uma das ferramentas mais utilizadas para

passo a passo, o fornecedor supermercadista conquistará um

alcançar este objetivo e são consideradas eficientes e de

certificado a partir de uma das normas de qualidade.

baixo custo.

Também é um requisito da GSFI que as auditorias de

Atender aos padrões de qualidade de um determinado

fornecedores, em seus distintos níveis, sejam realizadas por

cliente é um pré-requisito para o sucesso do negócio, tanto

um Órgão de Certificação qualificado para esse processo.

no mercado nacional de alimentos como no internacional.

Assim, as auditorias de fornecedores trazem valorosos

A garantia de fornecimento de alimentos seguros é um

benefícios, como o de minimizar os riscos associados aos

elemento chave para o desenvolvimento sustentável do

fornecedores, a confiança dos consumidores e clientes finais,

negócío.

redução de custos e a melhoria da comunicação entre as

Atualmente, as maiores redes supermercadistas do mundo

partes, incluindo a promoção do fornecedor.

buscam a certificação de seus fornecedores. Essas redes

Além dos benefícios já citados, as organizações que realizam

varejistas estão exigindo garantias muito mais complexas

a avaliação de seus fornecedores, através de auditorias

sobre os produtos que serão comercializados nas gôndolas, ou seja, produtos e processos certificados nas principais normas de sistemas de segurança alimentar já reconhecidas pela GFSI (Iniciativa Global para a Segurança Alimentar, em português).

de segunda parte, ainda contam com a experiência de especialistas da área em cada auditoria, bem como otimizam os trabalhos nas áreas de logística, recursos humanos e administrativa. Tudo isso reforça a ideia de que a auditoria de fornecedores é uma das ferramentas mais eficazes para garantir que uma

Para atingir este objetivo, a GFSI desenvolveu um programa

organização forneça produtos e serviços que atendam aos

denominado “Global Markets” para a produção primária e

requisitos de segurança estabelecidos.



artigos

Claudio Shimoyama é diretor da Datacenso Intelligence Business. É doutor em Gestão de Negócios e Mestre em Engenharia de Informação e Inovações Tecnológicas.

VENDAS NO VAREJO CADA VEZ MAIS COMPLEXO! O homem de vendas atual precisa ser cada vez mais

profissional de vendas a customizar suas ações. Sabe-se

profissional. Primeiro precisa estudar profundamente as

que o trabalho do vendedor está cada vez mais complexo,

necessidades do cliente para depois atender. O grande

pois os clientes ficaram mais exigentes e sofisticados,

papel do vendedor neste século 21 deve, além de satisfazer

além de bastante sensíveis aos preços. Eles ficaram menos

necessidades, ajudar as pessoas a encontrarem soluções para fiéis, buscam cada vez mais conveniências e têm altas seus problemas e criar atalhos entre pessoas e a realização

expectativas. As ferramentas de vendas e de marketing não

de sonhos e paixões, proporcionando lucro para o cliente,

são tão eficazes como antes, pois os produtos e serviços

para a empresa e para si mesmo.

podem ser copiados e ficam sem grande diferenciação da

Uma das principais lições do mundo corporativo trata da importância da informação para o sucesso das vendas. Por isso, é necessário estar sempre atento ao que está

concorrência; os preços são facilmente igualados; os clientes solicitam serviços gratuitos; e os gastos de promoção e os custos da força de vendas cresceram muito.

acontecendo dentro e fora do ambiente de trabalho.

O setor varejista atualmente engloba muito mais do que

Procurar obter o máximo de informações do mercado em

apenas permitir que os clientes tenham acesso a bons

que a empresa está inserida é primordial para o alcance do

produtos e serviços a preços atraentes. Hoje em dia, as

objetivo principal, que é o lucro com a satisfação do cliente,

ferramentas de vendas e de marketing estão à disposição

caso queira estabelecer um relacionamento duradouro com

tanto das grandes redes quanto do pequeno varejista,

ele.

mas este, exatamente por ser pequeno, precisa ser hábil

Estar bem informado é de suma importância para o sucesso do vendedor do varejo. Entender com profundidade qual é o perfil do cliente, o que ele necessita e deseja, ajuda o

em administrar as ferramentas que as vendas e marketing colocam ao seu dispor, a fim de conseguir comunicar-se eficientemente com seus consumidores e influenciá-los a


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comprar seus produtos ou serviços para satisfação de suas

3 – Com relação ao Atendimento, no geral,

necessidades e desejos.

o grau de satisfação foi de 79%, sendo o

Os avanços da tecnologia da informação provocaram

maior grau de satisfação com o item “visual

uma verdadeira revolução no marketing, mas o sucesso de qualquer empreendimento continua dependendo do

dos atendentes e o menor grau com o item

desempenho dos profissionais que estabelecem contato

“tempo de espera para atendimento/Caixa”.

com os clientes. A essência da administração varejista é o planejamento,

4 – O Índice de Satisfação Geral (IGS) foi

que se fundamenta na informação e no conhecimento

de 80%, sendo a maioria dos clientes

do mercado. É assim que o administrador pode prevenir-

mostrando-se satisfeita (55%) e a minoria

se contra ameaças que rondem o mercado e usufruir de

muito satisfeita (25%).

oportunidades que surjam, a fim de alcançar seus objetivos. Estudos mostram que entre 15 a 35% dos clientes migram

5 - O Índice que mede o nível dos clientes

por ano para a concorrência, e o principal motivo é o

fiéis (NPS – Net Promoter Score) foi de

processo inadequado de vendas. O atendimento de

18%, ficando bem abaixo do recomendado

qualidade tornou-se ponto-chave nas empresas, visto que constitui um diferencial capaz de criar e manter sua imagem

que é igual ou superior a 50%. A maioria

na mente dos consumidores. Em organizações voltadas para

dos clientes dos supermercados não

o atendimento de qualidade, o cliente é quem determina

é fiel, esses clientes são chamados de

como será atendido, pois o foco é do cliente e não no

detratores e podem estar falando mal dos

cliente. Recentemente, o Datacenso realizou uma pesquisa junto

supermercados.

aos clientes das redes de supermercados, localizados na região de Curitiba, visando avaliar a qualidade dos serviços prestados. E os principais resultados foram os seguintes:

1 - Com relação à Organização do estabelecimento, no geral, o nível de satisfação foi de 76,4%, sendo que o maior grau foi com o item “limpeza e conservação do local” (80%) e o menor grau com o item “visual do estabelecimento” (72%). 2 – Com relação aos Produtos, no geral, o grau de satisfação foi de 78%, com o maior grau o item “qualidade dos produtos” e o menor grau “preços dos produtos em geral”.

A pesquisa do Datacenso mostra, em geral, que o cliente não está muito satisfeito com a qualidade dos serviços prestados pelas redes de supermercados. Esta informação é fundamental para que a organização possa identificar as oportunidades de melhoria, visando manter o cliente. A empresa precisa saber que o cliente pensa dela, o que espera em relação aos produtos e serviços oferecidos, e quais são suas expectativas e necessidades. A qualidade de atendimento que o cliente procura só pode ser incrementada a partir de informações dessa natureza. Enfim, o sucesso da empresa não é determinado por quem vende, mas por quem compra, isto é, do ponto de vista do consumidor. Estamos na era da personalização em massa, das vendas customizadas, do marketing one-to-one, das vendas segmentadas, do marketing de experiência. Pense nisso!


Academia Apras

PALESTRAS ACADEMIA APRAS:

Palestra: “Técnicas de Coaching para o Líder do Varejo”

aprender a utilizar este instrumento no desenvolvimento de seus líderes! A Apras de Ponta Grossa representada pelo seu presidente Nelvir Rickli agradece o auxílio da empresária Lana Furtado e também a participação dos colaboradores dos supermercados da região.

Palestra: “Líder de Loja X Gerente Loja”

No dia 18 de fevereiro, a Apras ofereceu aos seus associados de Curitiba uma palestra inovadora, ministrada pela professora Christina Stella Zola Jacob. Empresária com ampla vivência como gestora de companhias nacionais e multinacionais de grande porte, Christina aplica o Coaching com foco em negócios, carreira e liderança. Ela falou aos presentes sobre o que é Coaching e como o varejo pode utilizar a metodologia. A palestrante abordou também os benefícios de usar técnicas de Coaching com a equipe, e também sua aplicação. Além de acompanhar a exposição da palestrante, os presentes participaram de um vivência de Coaching. A palestrante explicou que os líderes podem usar essa ferramenta no local em que trabalham, mas que os resultados vêm no longo prazo e que a metodologia exige acompanhamento. Segundo ela, é importante o acompanhamento de uma consultoria competente em plano estratégico e plano de carreira, pois a equipe e os gestores devem se envolver na busca de mudanças. A Apras agradece à professora Christina Jacob, que atua como consultora, pela gentileza de compartilhar sua experiência. Busque saber junto a Academia Apras como você poderá

A Apras de Maringá recebeu seus associados no dia 26 de fevereiro de 2013 em uma palestra para os líderes do varejo supermercadista. Empresários e gerentes puderam ouvir a professora Cristiane Carvalho Pasquinelli, psicopedagoga empresarial e diretora da Dinâmica Corporis Consultoria. A profissional desenvolve temas focados no desenvolvimento humano e treinamentos, além de atuar em Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Cristiane falou sobre o papel do Líder de Supermercado, apresentou vários exemplos de comportamentos inadequados, abordou dados sobre a força do líder na retenção de pessoal e deixou claro que um dos papéis do líder é ser formador de pessoas. A palestrante incentivou os participantes para a realização de dinâmicas durante o trabalho e envolveu a todos. A Apras de Maringá, em nome de seu presidente Maurício Bendixen, agradece à professora Cristiane Pasquinelli por toda a parceria e o trabalho que tem desenvolvido como palestrante e professora na Academia Empresarial Apras.


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CURSOS DE GESTÃO:

Curso Gestão em Perecíveis

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novos profissionais técnico-operacionais para atuar como encarregados do setor de perecíveis, aprendendo a cuidar e responder pelo setor, a fim de reduzir as perdas e aumentar os lucros. Parabéns aos participantes pela conclusão do trabalho!

Curso “Cálculo de Tributos e Formação Preço de Venda”

A Apras de Curitiba promoveu nos dias 26 de fevereiro, 5 e 12 de março o curso Gestão de Perecíveis, ministrado pelo professor José Lucio da Silva. O curso tem como objetivo fortalecer informações teóricas e desenvolver na prática

O Curso de Cálculos de Tributos e Formação de preço de Venda está entre os mais procurados do estado. Uma nova turma iniciou o curso no dia 7 de março, em Maringá. O trabalho foi ministrado pelo professor e empresário Viníccius Feriato, sócio proprietário da empresa Controlsul. Feriato é advogado especialista em Tributos no Varejo. O curso foi dirigido para gerentes, profissionais do setor de tesouraria, controladoria, setor financeiro, compradores


Academia Apras e outros interessados. O professor abordou tópicos como Análise de Custos, Tributação (Formas de Tributação, Substituição tributária e cálculos de tributos); Análise financeira (Cálculo da margem com os impostos, cálculo do custo de mercadorias) e Análise de Custos Logísticos. Os alunos fizeram muitas perguntas e saíram satisfeitos com o resultado. Assistiram todas as aulas e indicaram como um curso essencial para compradores de loja que ainda não tiveram oportunidade de estudar o assunto. Novas turmas serão lançadas serão lançadas durante 2013. Informe-se e peça o curso em sua região! Entre em contato com sua regional e deixe seu nome.

Curso Gestão da Informação (TI) 60h/aula Novas turmas do curso Gestão da Informação estão sendo lançadas em Irati, Cascavel e Foz do Iguaçu. O curso tem como objetivo principal a organização empresarial, preparando os profissionais para auxiliar as empresas na padronização de informações contábeis e fiscais, respeitando as restrições legais, e no aperfeiçoamento dos processos operacionais internos. É um curso direcionado a proprietários, compradores, setor de Informática, controladoria, contadores e líderes de setor. O conteúdo do curso abrange: Economia SPED Fiscal Gestão e Controle Operacional Contabilidade e Controladoria Classificação de Produtos Aplicabilidade do SPED Busque informação com sua regional. A equipe forte de professores o espera!

Curso Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula

Novas turmas estão sendo lançadas em Curitiba, Ponta Grossa, Irati, Maringá e Jacarezinho. Até agora, 41 turmas já foram formadas e algumas estão terminando o curso. Os resultados tem sido surpreendentes, pois novos líderes estão sendo preparados para gerenciamento de lojas. As inscrições já estão abertas e as aulas terão início no mês de abril. Inscreva-se já! Prepare seus colaboradores para a gestão em sua empresa. Entre em contato com sua regional.

Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima. Ponta-Grossa: Anita no fone (42) 3236-3077 E-mail: pontagrossa@apras.org.br Curitiba: Fernanda no fone (41) 3263-7000 E-mail: fernanda@apras.org.br Cascavel: Laila/Poliana no fone (45) 3223-9995 E-mail: laila@apras.org.br Londrina: Gleyce no fone (43) 3323-7935 E-mail: gleyce@apras.org.br Maringá: Lidiane no fone (44) 3031-6622 E-mail: maringa@apras.org.br Pato Branco: Edivane no fone (41) 3263-7000 E-mail: patobranco@apras.org.br

CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA E ESPECÍFICA: Comunicação Visual I: Básico de Cartazista O curso de Capacitação de Cartazista já começou neste ano e três turmas já foram capacitadas no Estado. O curso foi ministrado em Cascavel no dia 12/03 com mais 12 alunos


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capacitados. Em Maringá mais 20 alunos foram capacitados no dia 13/03 e outros 20 em Londrina, no dia 14/03. O trabalho tem sido realizado em todo o Estado pelo professor Anselmo dos Santos, o que garante a qualidade do trabalho e uma linguagem única para todos os associados. A Apras agradece aos parceiros METIQ e Casa do Cartazista por todo o apoio e qualidade dos produtos que têm sido utilizados pelo professor Anselmo em todas as aulas do estado. Parabéns aos novos cartazistas!

COMITÊ RECURSOS HUMANOS A Apras de Londrina realizou a primeira reunião do Comitê de RH no dia 7 de março de 2013. O encontro abordou o tema “O Preconceito que afasta trabalhadores do setor”, tema que também foi abordado em Curitiba e Ponta Grossa em 2012. O objetivo da reunião foi trazer ao associado exemplos de paradigmas que devem ser quebrados, a fim de que se possa enxergar novas idéias e outros profissionais que poderiam estar trabalhando no setor supermercadista. Foram colocados novos perfis de pessoas para a contratação: O idoso, o homossexual e padrões de pessoas que até então enfrentam obstáculos para contratação. Para enriquecer o trabalho, a Apras convidou a professora Márcia Silva Barzon, psicóloga da Indústria de Automolas e Equipamentos Ltda – AESA, de Cambé . A convidada abordou o tema “O Respeito a Dignidade Humana Atrai o

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Trabalhador”. A palestrante frisou que “o colaborador é um ser humano inteiro – físico, psíquico, social, espiritual, moral, sexual”. Por isso, segundo ela, a relação de parceria e respeito é a mais atraente de todas. “Nós nos unimos quando podemos atingir objetivos mútuos”, disse. Márcia falou ainda de exemplos que são reais na empresa AESA e deu dicas de como tratar conflitos. Mostrou a todos que o trabalho resultou em um percentual de mais de 95% de retenção e uma redução significativa na rotatividade. A Apras também contou com o auxílio de Valéria Gomes, da Rede Muffato, e de Virgínia Maria Simões, da Rede Viscardi. Ambas trouxeram exemplos de sucesso e retenção de pessoal e falaram de experiências desafiadoras que puderam ser superadas com o tempo - experiências importantes que serviram de incentivo aos demais presentes. Durante a reunião também foram demonstrados resultados parciais da pesquisa salarial realizada em todo o estado. O grupo de participantes ainda é considerado muito pequeno diante do número de supermercados existentes no Paraná. A Apras agradece aos associados que se dispuseram a ajudar na pesquisa. Todos os que auxiliaram receberam o resultado completo. A Apras também agradece à empresa Dorian Bachmann & Associados e ao Sr. Dórian Bachmann por todo o auxílio e parceria com a Apras. O executivo também participou da pesquisa de Benchmarking de 2012 e expôs a todos os participantes os indicadores de RH que auxiliam a empresa a identificar os pontos positivos e de dificuldades, com os quais precisa trabalhar. A Apras de Londrina, em nome de seu presidente Wilson Obara, agradece ao auxílio de todas as convidadas que contribuíram neste dia e todos os associados que têm acompanhado o trabalho do comitê de RH de Londrina.


Lançamentos Biscoitos Wii de cara nova As embalagens dos Biscoitos Wii ganharam uma janela transparente, que destaca o conteúdo. As ‘monoporções’ são uma opção prática para o dia-a-dia. O sabor chocolate ganhou a cor amarela, para diferenciá-lo no PDV. A embalagem de 180g, contendo 6 mini pacotes, a preço sugerido de R$ 1,99, é uma opção mais competitiva e chamativa para o consumidor. Os biscoitos Wii são crocantes e saborosos. São feitos com mais cacau e embalados na medida certa. Fonte: Assessoria de Imprensa

Nestlé e Vigor lançam iogurte ‘Grego’ no mesmo dia A Nestlé e a Vigor deram novo fôlego à briga pelo mercado de iogurtes no país. As duas empresas lançaram exatamente no mesmo dia, em março, uma linha de iogurtes gregos, categoria com mais proteínas em comparação com outros iogurtes do mercado. Para a Vigor, o novo produto faz parte do reposicionamento da marca no segmento de lácteos. A marca comercializará o iogurte nos sabores “tradicional” e “baunilha”, em embalagens de 100g. Já a Nestlé comercializará a linha em cinco sabores: tradicional adoçado (400g), frutas vermelhas (400g), e as versões para misturar tradicional adoçado com pedaços de morango (130g), tradicional adoçado com pedaços de abacaxi (130g) e tradicional adoçado com cereal matinal (105g). Fonte: Exame


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Coamo anuncia campanha das farinhas de trigo Agora é a vez das farinhas de trigo Coamo e Anniela, entrarem em cena na campanha publicitária dos Alimentos Coamo. A veiculação acontece em diversos meios de comunicação dos estados do Paraná e Santa Catarina. Dentro do cronograma de divulgação da linha de produtos alimentícios da Coamo, detentora das marcas Coamo, Primê, Anniela e Sollus, a campanha contará com filmes para a televisão, spot’s em rádios, materiais de PDV, anúncios em revistas detrade e frontlights. De acordo com o gerente Comercial de Alimentos, Domingos Marzulli, a campanha segue a linha de comunicação da “Festa do Sabor dos AlimentosCoamo”. Fonte: Assessoria de Imprensa - Coamo

Alimentos Zaeli incrementa linha natural Nos últimos anos, o aumento na procura por alimentos mais saudáveis levou a indústria alimentícia a apostar em um novo perfil de consumo. Seguindo essa tendência, a Alimentos Zaeli tem apostado numa linha de produtos direcionados para este público, que além de exigente tem necessidades específicas. A linha Natural Line é composta por produtos como aveia, linhaça, farinha de linhaça, gergelim, farinha de trigo, farinha de soja, farinha de soja temperada, arroz integral, arroz integral parboilizado, fibra de trigo, açúcar mascavo, sal marinho, proteína da soja e soja em grãos . Sua inserção no mercado foi no ano de 2004 e desde então sua linha cresceu de 3 sku’s para 19 sku’s e o crescimento do faturamento entre de 2011 e 2012 foi de 30%, comprovando a pesquisa realizada e a aceitação do público. Fonte: Mapa Comunicação Integrada


Lançamentos Knorr lança purê de batatas instantâneo A ideia da Univeler, detentora da marca, é investir em soluções que agreguem os referenciais de sabor e funcionalidade. O Purê de Batatas Instantâneo é uma mistura que precisa apenas ser acrescida de água fervente para ficar pronto. Cada porção rende um quilo do prato. Outro lançamento da marca é O “Meu Bife”, um tempero em pó para ser passado na carne antes de grelhar ou fritar. O produto apresenta as versões Alho Temperado e Alecrim e Salsa.

GOIÁS VERDE ALIMENTOS RELANÇA A MARCA JUREMA A Goiás Verde Alimentos acaba de relançar a marca Jurema. São quatro skus de atomatados e 12 skus de azeitonas. Na linha de atomatados, já estão disponíveis o Molho Peneirado e a Polpa de Tomate na embalagem Tetra Pack, o Molho Tradicional na embalagem Pouch e o Extrato de Tomate na lata Abre-Fácil. Já na linha de azeitonas, todas as embalagens são em vidro, entre azeitonas verdes e pretas com e sem caroço, fatiadas e recheadas.



ESPAÇO DO LEITOR

Prezado leitor, Mande suas dúvidas e críticas. Para a equipe da revista Supermix é muito importante ouvi-lo.

Envie sua correspondência para: Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo Rei Curitiba/PR – CEP 80045-190 E-mail: comunicação@apras.org.br

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