Supermix edicao 148 baixa

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palavra do presidente Olá, Olá! Nosso ‘varejo campeão’ está vencendo os desafios deste ano com destaque no cenário nacional. Assim como no ano passado, o desempenho dos supermercados paranaenses tem alcançado índices superiores à média nacional, o que, para nós, é motivo de orgulho. Esta edição da Supermix mostra um pouco deste cenário otimista a você. Temos reportagens especiais trazendo um panorama das expectativas para o setor com as vendas de Natal – e podemos adiantar que, mesmo em tempos de ameaça de inflação e instabilidade do dólar, teremos um Natal de prosperidade. As vendas de final de ano sempre impulsionam nossos números e desta vez não será diferente. Indústria e lojistas têm evitado repassar reajustes e nossos esforços conjuntos trazem os melhores resultados para nossos clientes. Este é nosso objetivo principal: fazer o que for preciso para manter a proximidade com a comunidade. Nos últimos meses temos tido importantes lutas do setor, o que mostra mais uma vez a importância do associativismo. Estamos em constante debate com outros setores da sociedade, com representantes do poder legislativo e executivo, sempre em busca de constantes melhoras do nosso setor para beneficiar o cliente final. É o caso das reuniões que temos feito com vereadores e representantes de entidades de defesa do consumidor, questionando a real valia de algumas propostas de lei que, acreditamos, são inexequíveis e não representam benefícios diretos ao consumidor. Outro exemplo são nossas articulações junto à Fecomércio para questionarmos a lei que obriga a presença de empacotadores em supermercados – exigência que vem sendo considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal. Como vemos, nossos desafios não são poucos. Mas nossa garra e força de vontade para enfrentá-los têm sido demonstradas a cada luta. Nossos comitês Jurídico, de Recursos Humanos e de Meio Ambiente, entre outros, e as Comissões temáticas, como a Mercosuper Muito Mais Negócios, estão trabalhando a todo vapor para fortalecer cada vez mais o setor. Participar ativamente de uma entidade de classe é fazer crescer todo o segmento. É influenciar nas discussões mais importantes do setor, fazendo valer nossos direitos. É, portanto, o exercício pleno da cidadania. A APRAS tem buscado representar da melhor forma nossos supermercadistas, levando nossas ideias e reivindicações a todo o estado e também participando dos grandes debates nacionais do setor. Junte-se a nós nessa caminhada! Forte abraço. Cesar Moro Tozetto Presidente da Apras


sumário

NOTÍCIAS

(08)

Artigos

(42)

ACADEMIA APRAS

(48)

SETOR

(22)

ESPAÇO RH

(40)

LANÇAMENTOS

(56)

Suporte jurídico

(20)

ESPAÇO APRAS

(55)

PESQUISAS

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matéria de capa

TENDÊNCIAS

PERFIL

O Natal já se aproxima! Mesmo em um cenário de altos e baixos na economia, supermercadistas estão confiantes e com boas perspectivas

Gestão por Categorias é alternativa de competitividade para pequenas e médias empresas. Saiba como gerir melhor seu estoque

Conheça a história de Otávio Pegoraro, fundador dos Supermercados Irani, de Cascavel. A garra e a determinação do líder foram fundamentais para a empresa, que está completando 40 anos

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JURÍDICO

Espaço Mercosuper ECONOMIA

Abras assina novo acordo com Ministério do Meio ambiente para melhorar eficiência energética dos supermercados

Mais de 70% dos espaços já estão comercializados. A organização da feira está a todo vapor

Fecomércio-PR aponta queda de 7% no número de endividados. Mesmo assim, 86,4% dos entrevistados declaram ter dívidas



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2012/2015

Olá, E mais uma vez estamos às voltas com as preparações para o Natal. Logo, logo já veremos vitrines de lojas enfeitadas, ruas e casas decoradas, prateleiras do comércio abarrotadas de produtos natalinos, como enfeites, pinheirinhos, panetones, vinhos... Nossa primeira reação é de susto: Mas já??? E em seguida vem a reflexão: minha loja está preparada para o crescimento da demanda que estamos prestes a enfrentar? Estoques, precificação, atendimento... tudo isso exige planejamento e organização. Nesta edição da Supermix você vai ver que, de maneira geral, os empresários se prepararam com bastante antecedência para a chegada do Natal. A instabilidade do dólar, por exemplo, deverá ter impacto relativamente baixo, segundo especialistas. Isso acontece porque os supermercadistas compraram os importados com antecedência e, assim, conseguem evitar reajustes. Mesmo assim, as pesquisas têm apontado que este será um Natal mais “brasileiro”. Ou seja, os consumidores deverão dar prioridade aos produtos nacionais, porque os importados podem estar mais caros. Os especialistas ouvidos em nossas reportagens recomendam que os consumidores também planejem suas compras com antecedência, não apenas para evitarem aquele movimento enorme nas vésperas das festas, com filas e até correndo risco de não encontrarem tudo o que procuram, mas também para terem os próprios gastos planejados. Este número da Supermix também traz boas curiosidades: as novidades que estão sendo preparadas para a Mercosuper, as tendências no varejo e as perspectivas do setor. Você vai ler uma reportagem especial sobre cooperativas, com o exemplo da Rede Bom Dia, que hoje é fortemente destacada no Noroeste do estado. Não deixe de acompanhar também os cursos que fizeram o sucesso da Academia APRAS nos últimos tempos e a parceria que estamos firmando com a FAS, Fundação de Ação Social, da Prefeitura de Curitiba. A Supermix é o veículo de aproximação da APRAS com seus associados e com a comunidade. Esta foi uma edição preparada com muito carinho. Esperamos que seja útil em seu dia-a-dia. Boa leitura! Abraço. Adriane Werner Coordenadora de Comunicação - APRAS

Presidente Cesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA ) Primeiro Vice-Presidente José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente Financeiro João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Relações Públicas Pedro Joanir Zonta (Condor Super Center LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio Ademar Vedoato (Supermercados VISCARDI) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente de Expansão Marlus Kusma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Capacitação Carlos Tavares Cardoso (Companhia Brasileira de Distribuição) Vice-Presidente de Segurança Luiz alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Vice-Presidente Adjunto Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercado Superpão LTDA) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Roberto Angeloni (A. Angeloni & Cia LTDA) Vice-Presidente Adjunto Carlos Beal (Cia Beal de Alimentos) Vice-Presidente Adjunto Claudio Tissi (Supermercacos Tissi LTDA) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercados STALL LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Albert Pankratz (Supermercado JACOMAR) Conselho Fiscal Efetivo Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Dercio Domingos de Costa (Mercado VIDEIRA LTDA) Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos ( Supermercado SANTA HELENA) Conselho Fiscal Suplente Edson Zamprogna (Coml. Alim. ZAMPROGNA LTDA) Conselho Fiscal Suplente Joraci Boza (Supermercado BOZA) Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Nelvir Rickli Junior (SUPERMERCADO RICKLI) Presidente Regional Norte - Londrina Wilson Yukio Obara (IRMÃOS OBARA & CIA LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Genésio Pegoraro (IRANI SUPERMERCADOS) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Edy Dalberto (SUPERMERCADO ITALO) Presidente Regional Noroeste - Maringá Mauricio Bendixen da Silva (SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Jair Tozo Junior (SUPERM BEIRA LINHA-RIBEIRÃO DO PINHAL) Presidente Regional - Irati Fabio Storck (SUPERMERCADO GLORIA) Presidente Regional - Guarapuava José Fernando Bracailo Junior (SUPERMERCADO SUPERPÃO) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris

Vice-Presidente de Relações Públicas João Jacir Zonta Superintendente Valmor Rovaris Conselho Editorial Adriane Werner, José Eduardo Nasser Departamento Comercial Khailany Cardoso e Fábio Sobocinski - Fone: (41) 3263-7000 E-mail: supermix@apras.org.br | fabio@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Adriane Werner (DRT 3413)

Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS

MERCADO DE PRODUTOS DE LIMPEZA NO BRASIL EVOLUI PARA OFERECER AINDA MAIS PRATICIDADE AOS CONSUMIDORES ( Produtos com maior eficácia e com fórmulas mais concentradas, novidades tecnológicas e até mesmo purificadores de ar que deixam a sensação de limpeza por mais tempo. O consumidor brasileiro está cada vez mais exigente em relação aos produtos de limpeza. E a pesquisa desenvolvida pela Nielsen, com os resultados publicados no anuário da Associação Brasileira das Indústrias de Produtos de Limpeza e Afins (Abipla), confirma a mudança no hábito do brasileiro: purificadores de ar, limpadores multiusos e panos de limpeza estão entre as categorias de maior crescimento em volume de vendas. Além dos tipos estudados e quantificados pela entidade (um total de 21), outras, como por exemplo, detergentes líquidos para roupas que já começam a aparecer em outros formatos como cápsulas, hoje são encontradas nas prateleiras. A tendência, em ascensão na Europa, está chegando ao Brasil cada vez mais rápido. Outro destaque é o Cloro, atualmente encontrado em novas formas de uso, como o gel. Os multiusos também estão cada vez mais em destaque nas gôndolas de supermercado e com mais funções - antes tinham apenas três (3) e agora somam quatro (4) ou até cinco (5) para diferentes produtos. “O setor de produtos de limpeza está em pleno crescimento e a constante inovação do setor é a palavra chave para manter esta ascensão. As categorias que agregam valor e praticidade no dia a dia de quem cuida do lar são as que provavelmente terão mais destaques”, explica Maria Eugenia Proença Saldanha, presidente executiva da Abipla/Sipla. No acumulado dos últimos cinco anos, o produto com crescimento mais expressivo foi pano de limpeza (94,4%), seguido de purificador de ar (74,5%) e do concentrado de limpeza – categoria que corresponde ao multiuso, limpador perfumado e limpeza pesada (58,8%). Outro dado apontado pela Nielsen é que com o aumento no poder de compra e da alteração do cenário doméstico, o consumidor tem optado por produtos de limpeza multifuncionais e que tragam praticidade e bem-estar ao lar. A pesquisa também mostra movimento de mudança de pó para líquido no setor de cuidados com a roupa. Os principais

produtos lançados nos últimos anos têm como objetivo evitar a mistura de materiais. “Os elevados incentivos para pesquisa e desenvolvimento de novas soluções capazes de gerar benefício ao consumidor e ao planeta são visíveis. Cada vez mais consumidores estão de olho nas novidades porque desejam comprar produtos contendo, além das funções básicas de limpar e desinfetar, características que proporcionem praticidade e bem-estar”, afirma Maria Eugenia. O gasto médio do brasileiro com produtos de limpeza foi de R$ 271,68 no último ano, um crescimento de 8% em relação ao anterior. O incremento foi provocado devido à expansão do mercado de construção, a conscientização de que um ambiente limpo é saudável, a ausência da empregada doméstica por conta das novas regulamentações e incentivos do governo para melhorar a renda de famílias das classes C, D e E, propiciando a aquisição de produtos da linha branca, como a máquina de lavar roupas. Sobre a ABIPLA A Abipla é uma sociedade civil de âmbito nacional, que há mais de 30 anos representa o setor de produtos de limpeza e afins: nas linhas doméstica, profissional e institucional. Seu modo de atuar democrático permite que todos os associados tenham participação expressiva nas decisões tomadas e contem com assessoria constante para temas atuais e relevantes para o desenvolvimento do setor. Desde a sua fundação em 1976, a Abipla tem alcançado ganhos importantes, focando seu trabalho em algumas prioridades, como Agenda Tributária - com atuação na busca constante pela redução de tributos que incidem sobre a indústria; Assuntos Regulatórios e Meio Ambiente – por conta das constantes mudanças na legislação e do desafio ambiental crescente no planeta; Combate à Informalidade - um dos grandes desafios do setor tanto pela questão da saúde pública, quando pela concorrência desleal com as empresas formais; e Estímulo ao Micro e Pequeno Empresário - uma vez que as micro, pequenas e médias empresas representam 95% do setor. Com mais de 70 associados, a Abipla busca constantemente maneiras de atender as exigências que recaem sobre a indústria, garantindo a eficácia e a segurança dos produtos oferecidos ao consumidor. A associação tem atuado de forma sistemática junto às autoridades responsáveis pela execução da Política de Vigilância


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Sanitária, procurando assegurar a saúde da população por meio da normatização dos produtos de limpeza. Sua trajetória é marcada por conquistas que incentivam o crescimento do setor e contribuem para o desenvolvimento sustentável do Brasil. Fonte: FTI Consulting )

Coca-Cola Femsa compra brasileira Spaipa por US$ 1,8 bilhão ( A joint venture formada pela gigante americana e a engarrafadora mexicana anunciou que fechou acordo para comprar 100% do capital da Spaipa Indústria Brasileira de Bebida SA, a segunda maior engarrafadora do sistema CocaCola no Brasil, por US$ 1,855 bilhão. A transação precisa ser aprovada pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A Coca-Cola Femsa também vai pedir aprovação da The Coca-Cola Company para a operação. Em 2012, a Spaipa apresentou receita líquida de US$ 929 milhões. A Coca-Cola Femsa estima que as sinergias capturadas com a operação nos próximos 24 meses devem ser de aproximadamente US$ 33 milhões no Ebtida. A estratégia da Spaipa se encaixa geograficamente com as operações da Coca Femsa no estado do Mato Grosso do Sul e de São Paulo, diz o comunicado da empresa sobre a transação. “Esta operação vai aumentar nosso volume no Brasil em 40%, o que nos permite chegar a 39% do volume do sistema Coca-Cola no País.” A Spaipa é fabricante e distribuidora da Coca-Cola no Estado do Paraná e interior de São Paulo, possui sete centros de distribuição, tem mais de seis mil funcionários e atende cerca de 17 milhões de consumidores. Fonte: Valor Econômico)

Mercado já prevê crescimento maior do PIB ( Analistas do mercado financeiro revisaram para cima suas projeções para o crescimento da economia, inflação e dólar em 2013, mostrou o relatório Focus, divulgado no início de setembro pelo Banco Central. No documento, os agentes consultados pela autoridade

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monetária esperam que a economia avance 2,32% em 2013, em vez de 2,20%. Para 2014, a estimativa é de um crescimento de 2,30%, e não de 2,40%. A projeção para o aumento do IPCA em 2013 saiu de 5,80% para 5,83%. A estimativa do índice de preços para 2014 permaneceu em 5,84% de incremento. As cerca de cem instituições financeiras ouvidas semanalmente pelo BC elevaram a projeção para a taxa de câmbio no fim deste ano - esperam dólar a R$ 2,36, em lugar de R$ 2,32. A moeda americana deve terminar 2014 cotada a R$ 2,40, ante R$ 2,38 previstos antes. Na última sexta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro cresceu 1,5% no segundo trimestre deste ano, sobre os primeiros três meses de 2013, feitos os ajustes sazonais. Fonte: Valor Econômico – em Supermercado Moderno )


NOTÍCIAS

Cadeia produtiva de hortifrutis terá orientação em boas práticas ( Com o objetivo de amenizar os percalços enfrentados na produção de frutas, legumes e verduras da produção, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em parceria com a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), elaborou um calendário de atividades de capacitação em boas práticas agrícolas. Os cursos vão tratar sobre monitoramento e uso racional de agrotóxicos para produtores rurais, distribuidores e supermercadistas. Estão previstos quatro eventos, este ano, nos estados de Santa Catarina, Rio Grande do Norte, Sergipe e Ceará. Até julho de 2014, Rio Grande do Sul, Goiás, Paraná, Maranhão, Santa Catarina e Bahia serão contemplados com a capacitação. “A produção de hortifrutis no país tem crescido nos últimos anos. Ainda assim, enfrenta desafios, como a deficiência na logística pós-colheita, contaminação e baixo consumo. É preciso orientar todos os agentes envolvidos para mudar esse panorama a partir do conhecimento”, explicou o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Mapa, Caio Rocha. As ações propostas baseiam-se em capacitar os agentes envolvidos na cadeia produtiva dos alimentos, tendo como referência o Programa de Produção Integrada do Mapa (PI Brasil), bem como o programa de Rastreamento e Monitoramento de Alimentos (Rama), desenvolvido pela Abras. Fonte: Rural Centro)

Consumidor reduz em até quatro vezes ida ao supermercado ( De acordo com pesquisa da Kantar Worldpanel – empresa especializada em pesquisa e comportamento de consumo – para enfrentar a alta da inflação, no primeiro semestre, o brasileiro reduziu em até quatro vezes a ida ao supermercado dependendo de sua faixa de renda, optando por comprar quantidades maiores quando o preço está vantajoso. “A classe DE é a que está com mais pé no freio: diminuiu em até quatro vezes a ida às compras. A que mais sentiu no

bolso o peso da inflação foi a classe C, que, em valor, gastou mais 14% nas compras feitas no primeiro semestre”, diz Christine Pereira, diretora comercial da Kantar Worldpanel no Brasil. A pesquisa mostra que, em valor, as despesas do brasileiro cresceram em média 11% no primeiro semestre ante igual período de 2012 – reflexo direto da maior pressão de custos. Mas, em volume comprado, o aumento foi menor, 3%. O que entra e o que sai Também chama a atenção o que as pessoas estão comprando: em volume, os produtos não básicos (de maior valor agregado e adquiridos pelo maior apelo à saúde ou pela praticidade, por exemplo) cresceram o dobro dos básicos (como óleo e arroz). Por faixa de renda, foi a classe AB a que mais aumentou o consumo dos básicos (5%). Os consumidores das classes mais baixas (DE), por sua vez, diminuíram em 4% a compra desses produtos e mantiveram o mesmo nível dos não básicos. A classe C foi a que mais incrementou a compra de mercadorias caras. Aumento de 8% em volume em relação ao primeiro semestre do ano passado. “O brasileiro está mais consciente e, para conseguir caber no bolso o aumento de preço e o consumo de mercadorias de maior valor agregado, reduziu a frequência e cortou os básicos”, afirma Christine. Entre os produtos mais sofisticados que se destacaram, estão detergente líquido para roupa, suco pronto, requeijão, molhos e alvejante sem cloro. Fonte: Folha de São Paulo )

Cerca de 7,7 milhões de micro e pequenas empresas estão inscritas no regime ( A Receita Federal e os órgãos tributários estaduais e municipais poderão fiscalizar, em conjunto, o pagamento das parcelas do Simples Nacional. Começou a funcionar, em todo o país, o Sistema Único de Fiscalização e Contencioso do Simples Nacional. A partir de agora, as administrações tributárias poderão lançar, em um único auto de infração, as dívidas relativas aos


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oito tributos que compõem o Simples Nacional. De acordo com a Receita, 7,7 milhões de micro e pequenas empresas estão inscritas no regime simplificado de pagamento de tributos. Os fiscais estaduais e municipais estão sendo treinados e habilitados pelo Comitê Gestor do Simples Nacional. Segundo a Receita, a fiscalização unificada representa um grande avanço na gestão dos créditos tributários do regime especial de tributos. Criado em 2007, o Simples Nacional é um regime simplificado de tributação que beneficia micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões. Em uma única guia, o empresário paga seis tributos federais, mais o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que é administrado pelos estados, ou o Imposto Sobre Serviços (ISS), de responsabilidade dos municípios. Fonte: Paraíba Total)

de Bob McDonald, o CEO que o sucedeu no comando da P&G. De acordo com o ranking da WWD, as vendas empresa americana foram de US$ 20,08 bilhões. A gigante francesa L´Oréal continua na liderança isolada do mercado de beleza, com receita de mais de US$ 28 bilhões. A Natura é a empresa latino-americana mais bem posicionada no ranking, ocupando a 16º posição. A peruana Belcorp aparece em 24º. Grupo Boticário, Hypermarcas e Niely também marcam presença na lista. Das 100 empresas listadas, 54 possuem operações ou marcas distribuídas oficialmente no Brasil. No total, a receita conjunta das empresas listadas avançou 2,8%, superando a barreira dos US$ 200 bilhões. Empresas de 17 países estão representados no levantamento, que leva em conta apenas as vendas de produtos para a pele,cabelo s,maquiagem,banho,perfumes,desodorantes e preparações de barbear. As vendas de sabonete em barra, produtos para higiene bucal e descartáveis, não são consideradas.

“A classe DE é a que está com mais pé no freio: diminuiu em até quatro vezes a ida às compras. A que mais sentiu no EMPRESA

Unilever assume a vice-liderança entre as maiores empresas de beleza do mundo ( A edição de agosto da revista norte-americana WWD Beauty Inc., trouxe a sua tradicional lista com as 100 maiores empresas de beleza do mundo por vendas. E, ao contrário do que normalmente acontece, com mudanças de posições no topo do ranking. Com vendas de US$ 20,7 bilhões, a Unilever assumiu a vice-liderança, uma posição que era ocupada pela norte-americana P&G desde 1997. A estratégia global da Unilever tem sido a de fortalecer o seus negócios na área de higiene pessoal. Nos últimos três anos, a empresa adquiriu a marca de produtos profissionais TIGI, a Alberto Culver, dona de marcas como Tresséme, Nexxus e St. Yves, as marcas de beleza da Sara Lee, além da russa Kalina. Enquanto isso, as vendas de beleza da P&G tem avançado pouco nos últimos trimestres. Ao mesmo tempo em que enfrenta dificuldades no seu mercado local, a empresa considera que avançou de maneira rápida demais no seu processo de expansão para os mercados emergentes. No final de maio, o executivo AG Lafley retornou à empresa no lugar

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Vendas de beleza 2012 (US$ BI)

1. L´Oréal

28,88

2. Unilever

20,7

3. P&G

20,08

4. Estée Lauder

9,98

5. Shiseido

8,38

6. Avon

7,64

7.Kao Corp.

6,73

8. Beiersdorf

6,16

9. Johnson´s

5,87

10. Chanel

5,33

11. LVMH

4,65

12. Coty

4,59

13. Henkel

4,32

14.Limited B.

3,6

15. Colgate

3,31

16. NATURA

3,27

24. BELCORP

1,9

34. BOTICÁRIO

998,4

35. HYPERMARCAS

925,4

63. NIELY

345

Fonte: COSMÉTICA NEWS)


NOTÍCIAS Entenda como funciona um supermercado colaborativo, que não visa ao “lucro pelo lucro”

consomem e fazem a coisa acontecer. Segundo o Manual dos Membros, a ideia é a criação de um supermercado “que destaca as possibilidades do poder do consumidor e desafia o ‘status quo’.”

( Ideias inovadoras são aquelas que desafiam a lógica do que está estabelecido entre as pessoas. E por serem inovadoras, quebram o conforto do que é conhecido e propõem uma forma diferente (e melhor, muitas vezes) de pensar e agir.

3. Quem é membro também é dono do negócio e tem poder de decisão. “Quando você se torna um membro,

Quando o assunto é supermercado, as coisas funcionam mais ou menos assim: existe um dono. Este dono paga funcionários que mantêm os processos em funcionamento (limpeza, estoque, logística, caixa…). O espaço fica aberto para receber clientes, que escolhem os produtos dispostos em prateleiras, pagam por eles e vão embora. Em Londres, um grupo de pessoas decidiu fazer diferente e romper com este roteiro pré-determinado. A primeira explicação está no nome: The People’s Supermarket, ou, O Supermercado das Pessoas. A ideia foi desenvolvida no começo de 2009 por Arthur Potts-Dawson, Kate Bull e David Barrie, inspirado no exemplo do Park Slope Food Cooperative, da cidade de Nova York, EUA. Neste novo modelo, as pessoas tornam-se membros do negócio (e cada membro é também dono) e oferecem horas de trabalho voluntário. Assim, ganham, entre outras coisas, o direito a descontos nas compras. Além do preço menor para os membros, os produtos já têm o valor reduzido, uma vez que o quadro de funcionários fixos é bem pequeno em relação a um supermercado comum. Segundo os criadores do “Supermercado das Pessoas”, o objetivo “é criar um comércio sustentável, uma empresa social que alcança o crescimento e as metas de rentabilidade enquanto opera dentro de valores baseados no desenvolvimento da comunidade”. Conheça 15 características do The People’s Supermarket e entenda como funciona essa nova forma de comprar: 1. Não há bônus para chefes. Ou seja, não há a concentração da renda e dos lucros. Você pode se perguntar: como viver sem lucro? A ideia é justamente pensar fora da caixa e muitas vezes de forma antagônica ao que é considerado “natural”. Uma margem de lucro menor muitas vezes simplifica as coisas. Dinheiro nem sempre é a forma mais interessante de lucro; 2. A lógica é o alimento PARA as pessoas e PELAS pessoas. Não existe consumidor final. Existem pessoam que

começa a dividir a propriedade do negócio. Quando você anda em um supermercado tradicional, anda na loja de alguém. Quando é um membro, anda dentro da sua própria loja”, diz o Manual. 4. Qualquer pessoa pode comprar no supermercado. Porém, quem se torna um membro tem alguns benefícios, direitos e responsabilidades a cumprir, como: pagar uma taxa anual de 25 libras, trabalhar voluntariamente em um turno de 4 horas a cada 4 semanas, comprar regularmente no (seu) supermercado, fazer “marketing boca-a-boca” (ou seja, falar do The People’s Supermarket para amigos, colegas,


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conhecidos, família…) e manter-se informado sobre o que está acontecendo na empresa. 5. Dedicação, energia e engajamento são as características esperadas para quem quer ser (ou já é) um membro; 6. Uma das intenções é conectar a população urbana com a comunidade rural local, provedora dos alimentos que abastecem as cidades; 7. É importante considerar que as pessoas estão prontas para as mudanças. Por isso, novos modelos de consumo devem ser colocados em prática e naturalmente serão bem aceitos pela população (ou pelo menos por parte dela); 8. Um dos propósitos do negócio é um supermercado que atenda as necessidades dos membros da comunidade oferecendo alimentos saudáveis e de alta qualidade, por preços razoáveis; 9. As compras são feitas de fornecedores confiáveis, com os quais o supermercado cria boas relações; 10. A produção de alimentos local, nas proximidades de Londres, tem preferência. Uma das regras é comprar produtos britânicos sempre que possível; 11. Um dos principais objetivos é reduzir ao máximo o desperdício de alimentos. Uma das formas encontradas para isso foi a criação de uma “cozinha-restaurante” que prepara pratos com alimentos que estão com a data de vencimento próxima. As refeições devem ser nutritivas e saudáveis, sem conservantes e açúcar em excesso, para os clientes levarem prontas para casa. 12. Ainda para evitar o desperdício, o supermercado faz compostagem, processo de produção de adubo feito com resíduos orgânicos; 13. Como valores do negócio, o supermercado proporciona treinamentos de habilidades para seus funcionários e voluntários que podem ser aplicados tanto no trabalho quando fora dele. A empresa, a partir deste prisma, deve ser um recurso de desenvolvimento para a comunidade como um todo; 14. O ambiente de trabalho é feito para que todos dêem sua contribuição. Todos são bem-vindos e livres de julgamento. E qualquer um pode ser membro. Não há razões sociais, políticas ou religiosas que impeçam uma pessoa de fazer parte;

15. O local não vende cigarro. Uma nova forma de estabelecer relações de compras passa pelo envolvimento de pessoas da comunidade no funcionamento do estabelecimento. Dessa forma, as pessoas se “apropriam” daquilo que faz parte do dia-a-dia (no caso, um supermercado) e fazem com que ele seja mais do que prateleiras que oferecem opções de (quase) tudo. O modelo do The People’s Supermarket é interessante do ponto de vista da cocriação: pessoas, juntas, criam um espaço saudável de trabalho que substitui de forma bastante eficiente o modelo de consumo passivo que conhecemos hoje – que é, também, mais agressivo ao meio ambiente a às relações sociais estabelecidas dentro desse sistema. Este espaço saudável inclui o sorriso que você dá para aquele vizinho que agora é colega de trabalho voluntário e organiza frutas nas gôndolas com você, inclui o cuidado maior que as pessoas aplicam naquilo que fazem quando o resultado está diretamente ligado a elas mesmas e a pessoas próximas e inclui, por fim, a sensação (agradável) de que o que está sendo feito gera um bem comum e não apenas o lucro pelo lucro. Ou seja, um ambiente participativo é menos impessoal, mais caloroso e mais sustentável nas relações entre pessoas e meio ambiente. (Imagens: Facebook/ The People’s Supermarket)


MATÉRIA DE CAPA

Adriane Werner com agências

Proximidade do Natal mobiliza Comércio e Indústria Que o Natal é a melhor data para o

tudo pode representar para as vendas

repassar os reajustes, para não espantar

comércio, todo mundo já sabe. Todos

natalinas? Será que essas ameaças põem

o consumidor das lojas. Será, segundo

os anos, a indústria e o comércio se

em risco as expectativas de vendas para

eles, um Natal um pouco mais comedido,

preparam por meses a fio para que os

este fim de ano?

mas ainda assim de crescimento e de

consumidores possam ir às compras com facilidade, encontrando tudo o que precisam ou desejam para presentear amigos e parentes e para fazer a melhor festa do ano. No entanto, 2013 tem sido um ano

Especialistas e supermercadistas

bom consumo pelas famílias.

ouvidos pela Supermix garantem

Eduardo Muffato, um dos diretores

que o cenário é de otimismo. Dizem

do Grupo Muffato, lembra que o

que, mesmo com o dólar em alta e

Natal, normalmente, movimenta as

com a inflação batendo às portas dos

vendas em todos os setores de um

supermercados, os gestores têm evitado

supermercado. “É diferente de outras

atípico. Depois da superação da crise

datas comemorativas. Na Páscoa, por

de 2008-2009, o país experimentava

exemplo, apenas uma categoria cresce

novamente a estabilidade econômica.

em vendas”, compara. “Já no Natal, todas

Mas 2013 trouxe novamente a ameaça

as vendas crescem: alimentos, presentes,

de inflação e a instabilidade da cotação

artigos para a casa... tudo!”, afirma.

da moeda norte-americana. O que isso



MATÉRIA DE CAPA Segundo Muffato, a instabilidade do

disso, entre os produtos de primeira

vagas temporárias. Neste ano, as

dólar teve pouco impacto sobre os

necessidade, poucos dependem da

contratações temporárias deverão ser

supermercados e, portanto, não deverá

cotação do dólar.

menores do que em anos anteriores.

ter muito peso nos preços no final do ano. “O dólar só tem impacto direto nas commodities... Mas mesmo assim, se pensarmos no exemplo do trigo, que teve aumento de preço, podemos entender que a alta se deveu mais à quebra da safra, por causa do mau tempo, do que por causa do dólar”, explica. O executivo também afirma que os supermercadistas estão “segurando até onde podem” para não repassar aos produtos a pressão inflacionária. “Temos absorvido alguns reajustes que vêm da indústria para não fazer um repasse

O gerente admite que o Condor importa muitos produtos, especialmente da China. Mas aí entra a importância do planejamento. João Luiz lembra que a maior parte dos produtos para as vendas de Natal foram compradas já no início do ano, não só para antecipar as previsões, mas também porque as projeções já eram de um cenário econômico conturbado.

de preços”, diz. Muffato lembra ainda que, assim como os lojistas, os consumidores também devem se preparar com antecedência para o Natal. “Quem antecipar as compras terá certamente um Natal mais tranquilo”, garante. João Luiz Lima Silva, gerente comercial do Condor, vai na mesma linha. Para ele,

continuar se esforçando para oferecer os melhores produtos e que o Natal será de boas ofertas para os consumidores mais atentos.

suas análises, “a alta não foi significativa e já está sendo contornada”. Além

temporários, neste ano este número não deve ultrapassar 15 mil contratações. No entanto, essa contratação menor, segundo a Fecomércio-PR, não significa necessariamente retração no comércio varejista. Segundo o vice-presidente da entidade, Paulo Nauiack, é preciso considerar que muitas pessoas que

ano passado acabaram efetivadas. Por isso, as empresas agora precisam menos temporários. “A taxa de efetivação em 2012 chegou a 30%. Essas pessoas estão ativas no mercado e as empresas estão

Preparação

mais estruturadas. Por isso há menos

De maneira geral, as indústrias estão

contratações”, explica.

se preparando desde o mês de abril

No cenário nacional, as previsões

para a temporada de Natal. Já que este

acabam de ser revistas para cima: A

é o período de maior concentração

Confederação Nacional do Comércio de

das vendas, é necessário se estruturar

Bens, Serviços e Turismo (CNC) revisou

para poder atender toda a demanda

a estimativa de contratação de mão de

esperada. No comércio, por sua vez, as

obra temporária para o Natal. A entidade

ações mirando as vendas de final de ano

aumentou a projeção de 1,8% para 2,2%

normalmente começam a ser divulgadas

entre setembro e novembro, com 123,4

a partir de setembro/outubro.

mil pessoas a serem contratadas. A

Entre as ações de preparação para

revisão teve como base uma estimativa

o fim do ano estão a capacitação e

de crescimento nas vendas de 4,5%

treinamento do pessoal, além da

para 4,8%. Segundo a CNC, a projeção

contratação de trabalhadores para

de aumento se deve também à menor

o dólar não deverá ter forte impacto nas vendas de Natal, até porque, segundo

contatou cerca de 30 mil trabalhadores

foram contratadas como temporárias no O executivo garante que o varejo vai

automático. Também temos negociado com fornecedores para evitar aumentos

Enquanto no ano passado o comércio


Revista SUPERMIX

perspectiva de alta de preços no varejo este ano, de 7,5% para 7,3%. Mais de 40% dos empresários brasileiros vão fazer contratações temporárias no fim do ano. Previsão do desempenho do setor Algumas associações do setor já divulgam as expectativas para o desempenho da próxima temporada de final de ano. A Confederação Nacional de Comércio, Bens de Serviços e Turismo (CNC), por exemplo, acredita em um crescimento de 4,5%, ante 8,1% no mesmo período de 2012. Paulo Nauiack também relativiza a redução do crescimento, pois destaca que o país está crescendo sobre uma estrutura já forte. “É um crescimento em cima de bases maiores. Se no ano passado crescemos 8,1%, neste ano crescemos mais 4,5%, acima daquele crescimento anterior já registrado”, compara. Análise do consultor Para o consultor Maurício Bendizen, executivo de supermercado e mestre em Administração, o Natal terá bons resultados, mesmo em um cenário econômico conturbado.

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SM - A ameaça de inflação e as altas já registradas nos preços poderão afetar os resultados de Natal? (MB : A ameaça da inflação já está levando mais clientes para os formatos que prometem entregar mais economia, como o Atacarejo, as lojas de desconto e as de forte apelo ao preço baixo. Outra tendência têm sido as promoções de mais por menos, entregando mais volume por menor preço. Podemos acreditar, sim, que o Natal, embora seja uma festa em que as pessoas abrem mão um pouco da economia pelo clima de reunião e pelo pouco mais de dinheiro disponível pelo 13º, terá um pouco de influência pelo endividamento dos clientes e pela alta da inflação.) SM - As pesquisas têm apontado que as expectativas são melhores entre empresários do Sul do país do que do restante do Brasil. Por que estamos mais otimistas? (MB : Os dados de pesquisa mostram isso, apesar do cenário de inflação as próprias previsões de compras visam crescimento de vendas. Tivemos um Natal ruim ano passado, acredito que em cima disso, todos podem pensar em melhorar, já que a base comparativa está mais baixa.) SM - Será um Natal mais “brasileiro”?

Veja as opiniões do especialista: Supermix - Como os supermercados se prepararam (ou estão se preparando) para as vendas de Natal? ( Maurício Bendixen : – A maioria das redes já tem um planejamento antecipado em relação ao Natal, mesmo com a situação econômica que preocupa, a maioria está prevendo crescimento de vendas sobre o ano de 2012.)

(MB : Não acredito que as pessoas irão abrir mão dos importados na Ceia de Natal. Também penso que se manterá elevada a procura por eletrodomésticos e por promoções, com a chegada do 13º salário. Além disso, por termos copa no ano que vem, deverá ser grande a procura por aparelhos de televisão. Se o dólar tivesse realmente disparado mais, teríamos retração. Mas creio que agora a situação esteja sob controle.)

SM - Até que ponto a instabilidade do dólar poderá pesar nas vendas de Natal dos supermercados?

SM - Que dicas o senhor pode dar aos consumidores e também aos lojistas para um Natal mais econômico e, mesmo assim, inesquecível?

(MB : Felizmente a forte atuação do Banco Central sinalizou que o dólar vai se manter firme. O último boletim Focus mostra tendência de fechar dezembro em R$ 2,34. Previsões de grandes Bancos, como Itaú e Bradesco, colocam em torno de R$ 2,30 para 2013 e R$ 2,40 para 2014. Isso dá mais segurança de que não vai disparar.)

(MB : Preparar bem a variedade de itens, buscar criar o clima festivo nas lojas. Natais inesquecíveis remetem sempre mais a pessoas, festa, alegria, união, sendo assim procurar teatralizar as lojas, cuidar da música, do material promocional, buscar “vender o sonho”, entregar um Natal de sonho aos clientes.)


PERFIL

Otávio Pegoraro: uma vida de dedicação ao supermercado A Rede Irani Supermercados, de Cascavel, está completando 40 anos. É uma história de sucesso que tem à frente um empreendedor apaixonado: Sr Otávio Pegoraro. Aos 84 anos de idade, ele já não está mais diretamente envolvido na direção da empresa, mas se mantém muito ativo, visitando as lojas constantemente, conversando com clientes e colaboradores, inteirando-se de tudo o que acontece e incentivando a todos com seu entusiasmo.

LOJA PARQUE VERDE

LOJA SÃO Cristovão


Revista SUPERMIX

Nesta edição da Supermix, você vai conhecer um pouco da história do Sr Otávio, uma pessoa destemida, que já enfrentou muitos desafios e soube superar um a um. Sua empresa foi iniciada em 1973. Quais foram os maiores desafios e vitórias nesses 40 anos? O maior desafio, sem dúvida, foi sair da colônia, mudar de cidade levando todos meus filhos e começar a atuar no comércio sem ter qualquer experiência na área. E nossa maior vitória foi conseguir fazer a empresa dar certo, acompanhar o crescimento dos negócios e a união da família em busca de um objetivo comum. Tenho muito orgulho de ter essa família unida como tenho hoje, em torno dos negócios.

Como é olhar pra trás e ver o quanto a empresa cresceu, apesar das condições turbulentas da economia brasileira, planos e pacotes econômicos, mudanças políticas, etc? Vejo que valeu a pena todo esforço, trabalho e dedicação. Sempre acreditei que trabalho um honesto, comprometido com o cliente, buscando sempre a confiança de nossos fornecedores, clientes e colaboradores, atendendo a todos da melhor maneira possível, dando atenção, ouvindo, mantendo a humildade são ações que dão certo e levam ao sucesso. Além disso, sempre tivemos o pé no chão e fomos crescendo e investindo conforme nossas possibilidades. Nada é fácil e dificilmente se conquista algo da noite para o dia. Como tem sido, ao longo desses 40 anos, o relacionamento com os clientes? É possível crescer e se manter próximo do cliente? É possível e fundamental, claro! Até hoje frequento a loja diariamente, converso com os clientes, com nossos colaboradores, tenho um carinho muito grande por todos. Como foi (ou como tem sido) o processo de sucessão na empresa? Como os filhos se envolveram na gestão? Como está hoje organizada a gestão do Irani? Meus filhos se envolveram desde o início, desde pequenos já estavam juntos no negócio.

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Conforme iam crescendo e adquirindo mais responsabilidade, cada um foi assumindo funções, principalmente na parte administrativa, pois eu sempre gostei de estar em contato com o cliente e acho isso muito importante. E o processo de sucessão foi acontecendo naturalmente. Hoje me sinto realizado, pois vejo toda a família trabalhando unida, as lojas crescendo, atendendo bem os clientes, mantendo os valores de honestidade, trabalho, humildade que os ensinei desde cedo. As três lojas estão sob a administração dos meus filhos, cada um com sua função bem definida e sua importância para empresa. - Mesmo distante da gestão direta da empresa, o senhor constantemente visita o supermercado, conversa com as pessoas e marca sua presença. Qual a importância dessa presença? Como o senhor se sente passeando pela empresa, acompanhando todo o desenvolvimento? É muito importante minha presença na empresa e principalmente muito gratificante para mim. Converso com clientes antigos, lembro de quando eu mesmo ia entregar as compras na casa deles há 40 anos atrás. E até poucos meses atrás eu trabalhava diariamente no mercado, auxiliando no recebimento de mercadorias, principalmente da parte de defumados (linguiças e salames), leite barriga mole, queijos coloniais, produtos coloniais que sempre estiveram presentes na minha vida e me chamam atenção até hoje, por causa da minha origem. Quais são as maiores características da Rede Irani hoje, na sua opinião? Nosso supermercado é uma empresa da família. Todos os nossos colaboradores fazem parte dessa grande família. É nesse espírito de respeito e união que buscamos atender os clientes, fazendo com que eles se sintam em casa, sendo bem acolhidos por nós.


SUPORTE JURÍDICO

ABRAS ASSINA NOVO ACORDO COM MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE COM FOCO NA MAIOR EFICIÊNCIA ENERGÉTICA DOS SUPERMERCADOS O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS) assinaram , em 1° de outubro último, na sede do Ministério em Brasília (DF), Acordo de Cooperação Técnica para promover: • Capacitação de 4.800 técnicos/mecânicos de manutenção • Realização de projetos demonstrativos em cinco lojas • Implantação de sistema de controle e documentação • Realização de campanhas de divulgação e conscientização Pelo acordo, todas essas iniciativas que fazem parte do Programa Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) serão implementadas a partir deste ano até 2016. Além disso, serão financiadas com verbas do Fundo Multilateral para implementação do Protocolo de Montreal. O montante gira em torno de US$ 4,100 milhões.

para que esta redução de fato aconteça e com a melhor eficiência”, afirmou Yamada. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Carlos Klink, agradeceu a parceria da Abras, que já ocorre desde 2008, quando aconteceu o primeiro acordo de cooperação, e falou da relevância do trabalho do setor para apoiar o cumprimento das metas do País para que a redução das emissões de gases prejudiciais à camada de ozônio do planeta ocorra sistematicamente, seguindo as determinações e os objetivos do protocolo de Montreal, assinado pelo Brasil em 1990. Pelos compromissos assumidos começa este ano uma fase de congelamento das importações, com redução de 50 toneladas em 2015, seguindo para redução gradativa até 2040.

“Estamos no caminho certo”, afirmou o presidente da ABRAS, Fernando Yamada. “Esses projetos, com a coordenação do MMA e suporte da agência alemã GIZ, devem apoiar o setor nas áreas de manutenção dos equipamentos refrigerados de nossas lojas, trazendo mais conhecimento e novas tecnologias.” Yamada disse que a melhor eficiência energética, com redução do consumo do gás HCFC e de outros gases que agridem a camada de ozônio e aumentam o efeito estufa, é uma preocupação da sua empresa e de muitas outras de Norte a Sul do País. “A ABRAS assume este compromisso e afirmo que empregaremos todos os esforços também nas Associações Estaduais e nas nossas empresas, que devem participar

Esq p/dir: Carlos Klink, secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e Fernando Yamada, presidente da ABRAS


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O consumo do gás HCFC (conhecido como R-22) é estimado em cerca de 9 mil toneladas por ano em todo o País e estima-se que 40% desse total, ou seja, cerca de 4 mil toneladas, ocorra nos equipamentos refrigerados dos supermercados. Segunda fase Este é o segundo acordo assinado pela Abras com o objetivo de eficiência energética. Em 2008, a Abras assinou o primeiro acordo com o MMA e a Abrava também com foco na conscientização e do incentivo das Boas Práticas de Uso e Manutenção e, paralelamente, obter a redução gradual da emissão dos gases de efeito estufa na atmosfera. Deste primeiro acordo resultou: • Cartilha de Boas Práticas (especialmente de manutenção) • Seminário com foco na conscientização

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• Trabalho contínuo de troca de informações O novo acordo, da mesma forma que o anterior, não prevê valores a serem investidos pelas partes, mas a ação conjunta e contínua, cada um com suas estruturas de trabalho e organização. Participaram da cerimônia de assinatura, além do presidente Fernando Yamada e do Secretário Carlos Klink, pelo Ministério do Meio Ambiente, o diretor do DEMC, Adriano Oliveira, o chefe de Gabinete da SMCQ, Fernando Lyrio, a coordenadora da CPCO, Magna Luduvice, integrantes da equipe da CPCO, Frank Amorim, Henrique Saule e Alex Alves. Representando a GIZ, a coordenadora Stefanie Von Heinemann, pelo PNUD, a gerente de Projeto PNUD, Mariana Ribeiro, pela Abras, a coordenadora do Comitê Sustentabilidade Abras, Susana Ferraz, e Karen Golin do departamento de Relações Institucionais.

Descumprimento das regras de defesa consumidor pesarão no bolso

Redação, com Agência MJ de Notícias

As estratégias do governo federal em firmar o Direito do Consumidor como política de Estado irão pesar cada dia mais no bolso das empresas que descumprirem as regras. Esse foi o recado da Secretária Nacional de Defesa do Consumidor (Senacon), Juliana Pereira da Silva, no final do mês de setembro, durante a assinatura das duas portarias do Ministério da Justiça que estabelecem novas regras de relacionamento entre quem vende e quem compra um produto. Uma das normas recém-editadas obriga que, no material publicitário de eventos de lazer, cultura e entretenimento, sejam informados o número do alvará de funcionamento e a lotação máxima. Além das sanções, a multa para quem não cumprir a regra pode chegar a R$ 6 milhões. Recentemente, a operadora de telefonia Claro foi condenada a pagar R$ 30 milhões por dano moral público por descumprimento das regras do Decreto 6.523/08, que institui o Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC). A

ação foi proposta pelo Ministério da Justiça, pelos Procons de vários estados e órgãos do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (Sindec). “Estamos trabalhando para que o mercado absorva as demandas dos consumidores. No final, vai ficar mais barato seguir as regras”, destacou a secretária da Senacon. O MJ também decidiu reforçar a fiscalização de produtos que podem representar algum risco para os consumidores. Em conjunto com Ministério da Saúde, os ministros das duas pastas assinaram a portaria que irá criar o Sistema de Informações de Acidentes de Consumo (SIAC). Segundo secretária Juliana, o objetivo é ampliar a rede de monitoramento de produtos defeituosos, que já funciona por meio dos próprios consumidores, do mercado e do Inmetro. “Vamos criar um banco de dados que vai permitir fazer investigações mais consistentes. É um passo importantíssimo para fortalecer a segurança e a saúde dos consumidores”, destacou.


SETOR

Leite atinge o maior preço ao produtor dos últimos 13 anos Mesmo com o aumento da produção com o início da safra,

do Cepea, iniciada em janeiro de 2000, esta foi a oitava

os preços pagos aos produtores de leite brasileiros atingiram

valorização mensal consecutiva das cotações do leite.

os maiores valores dos últimos 13 anos. Isso é o que aponta o levantamento do Cepea/Esalq – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, que realiza as pesquisas do setor desde o ano 2000.

Segundo o Cepea, os preços mais altos ao produtor são devidos à queda das importações de lácteos e também ao alto patamar de preços dos derivados. Isso amplia a rentabilidade dos laticínios e, por consequência, dos pecuaristas também. Com menor oferta de produtos

O aumento registrado no mês de setembro, em relação

importados como leite em pó e queijos, o preço interno

a agosto, foi de 2,8%¨. O preço bruto médio pago aos

acabou subindo, mesmo com o aumento de produção.

produtores de leite das principais bacias leiteiras do país

Outro motivo apontado pelo relatório do Cepea para a

foi de R$ 1,1162 por litro. Esse valor, pago em setembro,

sustentação dos preços entre os produtores nacionais foi a

é referente à produção de leite entregue aos laticínios

disputa entre os laticínios pela matéria-prima. (redação com

em agosto. Além de ser o maior valor da série histórica

agências)

Crescem vendas de produtos de limpeza avançados Uma pesquisa desenvolvida pela Nielsen para a Abipla –

A pesquisa aponta destaque para a inovação nos produtos.

Associação Brasileira das Indústria de Produtos de Limpeza

Um dos produtos com maior índice de crescimento nas

e Afins acaba de demonstrar crescimento expressivo

vendas foi o cloro, em novas versões, como as apresentações

nas vendas de produtos de limpeza considerados

do produto em gel.

multifuncionais, como purificadores de ar, limpadores multiuso e panos de limpeza.

Quando analisadas as vendas dos últimos cinco anos, o


Revista SUPERMIX

23

produto com crescimento mais expressivo foi pano de

em pleno crescimento e a constante inovação do setor é a

limpeza (94,4% de alta), seguido de purificador de ar (74,5%)

palavra chave para manter essa ascensão. As categorias que

e do concentrado de limpeza. Esta última categoria inclui

agregam valor e praticidade no dia a dia de quem cuida do

multiuso, limpador perfumado e limpeza pesada. O aumento

lar são as que provavelmente terão mais destaques”, afirma a,

nas vendas desses produtos foi de 58,8%.

presidente executiva da Abipla/Sipla, Maria Eugenia Proença

A pesquisa também aponta que, quando vai comprar

Saldanha.

produtos de limpeza, o consumidor busca praticidade e

A pesquisa aponta ainda que houve um crescimento de 8%

bem-estar. Isso ocorre por causa do aumento do poder

no gasto médio do brasileiro com produtos de limpeza, nos

aquisitivo e as mudanças nos hábitos dos consumidores,

últimos doze meses. O gasto médio apontado pela pesquisa

cada vez mais exigentes. Além disso, cada vez mais

foi de R$ 271,68.

consumidores têm sido os responsáveis pela limpeza de suas casas, sem a contratação de domésticas ou diaristas, o que também aponta para uma mudança nos hábitos de compra de produtos de limpeza. Os multiusos têm alcançado cada vez mais destaque nas gôndolas dos supermercados, inclusive com maior variedade de produtos. “O setor de produtos de limpeza está

Entre os motivos para o incremento nas vendas, aponta-se o fortalecimento do mercado da construção civil, as ações de conscientização sobre limpeza doméstica e as mudanças de hábitos dos brasileiros, com o aumento na renda, especialmente das classes C, D e E. (redação e agências)


SETOR

Fonte: Jornal Gazeta do Povo

Consumidor recorre a “atacarejo” e grandes redes para driblar inflação Com produtos que ficam mais baratos conforme a quantidade comprada, lojas que misturam atacado e varejo estão se multiplicando Sempre que a inflação bate à porta, os consumidores

lado, supermercados de vizinhança como Pão de Açúcar,

mudam o jeito de fazer compras no supermercado. Desta

Angeloni, Condor e Super Muffato despontam na venda de

vez, a busca por preços mais baixos tem levado muitas

frutas, verduras e legumes; carnes; e itens de padaria.

pessoas aos grandes varejistas e aos chamados “atacarejos” para comprar itens da cesta básica e produtos de limpeza, deixando produtos perecíveis e supérfluos para os supermercados de vizinhança, que costumam cobrar mais caro. Uma pesquisa da consultoria CVA Solutions com 6.985 consumidores de todo o país analisou 65 empresas do varejo alimentar e mostrou que, quando se trata de produtos como frutas, verduras, legumes, laticínios e carnes, os consumidores não se importam em desembolsar um pouco mais para ter variedade e a praticidade das compras perto de casa. Segundo o levantamento, os consumidores demonstram preferência pelas lojas de grandes redes (Walmart, Carrefour, Extra, BIG, Makro) para comprar itens indispensáveis, sobretudo alimentos da cesta básica e produtos de limpeza. O motivo é o preço mais acessível, que pode gerar uma economia de até 30% na compra. Por outro

“Com a inflação em alta, os consumidores tendem a buscar opções mais baratas, como os atacarejos, e acabam levando mais itens para casa, pela própria característica dessas lojas, cujos preços diminuem na medida em que a quantidade comprada aumenta” afirma Sandro Cimatti, sócio-diretor da CVA Solutions. Ao contrário do que possa parecer, a procura por preços menores não é exclusividade das classes menos abastadas. Segundo pesquisa da Nielsen, encomendada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), 53,2% dos consumidores dos atacarejos são das classes A e B, 42,2% da classe C e 4,6% das classes D e E. Atacarejo - As lojas que misturam atacado e varejo, apelidadas de “atacarejo”, estão se multiplicando. O segmento cresceu 17,5% no primeiro semestre, bem mais que atacado (3,4%) e supermercados (3%), segundo pesquisas da Abras e Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad).


Revista SUPERMIX

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Atento ao setor, o Grupo Muffato abriu, só neste ano,

variedade um pouco menor, os preços estão bons”, diz

três lojas com a bandeira Muffato Max Autosserviço, em

Valdinei. Como o preço cai conforme a quantidade, difícil é

Curitiba, Paranaguá e Cascavel. Para Eduardo Muffato,

controlar o tamanho da compra. “Estamos levando mais do

diretor do grupo, o poder de compra do consumidor

que o normal”, admite Luana.

aumenta muito no atacarejo. “O consumidor pode fazer tanto as compras picadas do dia a dia quanto uma compra maior, do mês”, diz. O negócio, que começou com foco em

Varejistas regionais despontam na relação custobenefício

restaurantes, lanchonetes e padarias, conseguiu conquistar

Diante de um consumidor que anda dividindo as compras

os consumidores finais pelo bolso. Sem limite mínimo

para economizar, o supermercado que conseguir oferecer

de quantidade, a loja tem produtos em grande escala,

o maior equilíbrio entre preço, qualidade no atendimento

mas também oferece padaria, açougue e setor de frios e

e variedade de produtos tem mais chances de conquistar a

laticínios. “A ideia é oferecer aqui, tudo o que o consumidor

preferência do consumidor. Segundo levantamento da CVA

precisa”, diz.

Solutions, os varejistas regionais despontaram na relação

Lista na mão para evitar supérfluos Lista na mão para evitar os supérfluos e olho atento aos preços. Uma vez por mês, essa é a rotina do casal Silvana e Luiz Prado, que há cinco anos trocou os supermercados pelos atacarejos – estão habituados a comprar no Armazém da Maria e recentemente experimentaram o Muffato Max. Eles não se importam em dividir os corredores com caixas e

custo-benefício. “Os varejistas regionais sabem explorar melhor essa relação por conhecer bem o cliente local e serem competitivos tanto na qualidade como no preço. As grandes redes acabam pecando pela padronização e pela segmentação do tipo bom preço com qualidade regular ou boa qualidade com preço caro”, observa Sandro Cimatti, da CVA.

empilhadeiras que eventualmente repõem os produtos. O

A pesquisa da CVA Solutions avaliou três itens ligados

que vale é a economia, que pode passar de 30% no fim da

ao custo e dez itens relacionados aos benefícios. Dos 65

compra.

varejistas pesquisados, a Gazeta do Povo selecionou as 11

Segundo Silvana, não é ne¬cessário levar produtos em gran¬des quantidades para que a compra no atacarejo se¬ja vantajosa. “Quando vejo que o preço está realmente bom ou que um produto da lis¬ta está em promoção, acabo levando

marcas com lojas no Paraná (veja quadro nesta página). Com boa avaliação dos consumidores nos quesitos preço e benefícios, os supermercados da rede Condor ficaram em primeiro lugar, seguido por Walmart e Super Muffato.

uma quantidade maior para o outro mês, mas não costumo

“Temos estratégias diferentes para oferecer preços tão baixos

fazer estoque”, diz.

quanto os do atacarejo, mas com um ambiente melhor”, diz

No início do ano, o casal gastava em média R$ 300 por compra, mas, com o avanço dos preços, o valor chegou a R$ 450. Com a opção pelo atacarejo, conseguem economizar entre R$ 50 e R$ 100. Atenta às oportunidades para aliviar o bolso, Silvana fica de olho nas promoções dos

o diretor administrativo do Condor, Wanclei Said. Segundo ele, a rede faz um controle rigoroso das despesas e toda a economia é repassada para o cliente. Além disso, diz, a parceria com os fornecedores permite negociar preços melhores.

supermercados tradicionais para comprar itens que ficaram

O Condor vem crescendo, em média, 20% ao ano, segundo

faltando na compra do mês – para ela, a variedade é um dos

Said. Muito disso se deve ao marketing não agressivo.

pontos fracos das lojas que misturam atacado e varejo.

“Guardar preço é muito difícil, mas eu consigo levo a minha

Habituados a fazer compras em supermercados tradicionais, Luana e Valdinei Moreira de Souza experimen¬taram o atacarejo para analisar o impacto no bolso. “Ape¬sar da

marca para a casa do consumidor”, diz.


PESQUISA

A força da mulher Pesquisa “Foto Atualizada da População Brasileira” Dados da pesquisa “Foto Atualizada

“Entender o brasileiro, seu perfil e

da População Brasileira”, da Nielsen,

necessidades é uma tarefa complexa,

revelam que 78% das mulheres

dada a pluralidade social, econômica

decisoras e responsáveis pelos lares no

e cultural, mas é fator essencial para

Brasil têm mais de 30 anos de idade.

vencer no atual cenário competitivo”,

Segundo o estudo, a estrutura familiar está cada vez menor - em média,

pontua Jefferson Silva, gerente de Homescan da Nielsen.

três pessoas por residência, nas áreas

O executivo ressalta as diversas fontes

urbanas. Apesar de apenas 39% dos

de informações que chegam aos lares

lares brasileiros contarem com crianças

brasileiros: 24% deles compram jornal,

de até 12 anos, o ticket médio deles

40% possuem TV por assinatura e 50%

é 9% superior quando comparado

têm internet paga.

àqueles que não possuem crianças.

O estudo ainda mostra que boa parte dos consumidores brasileiros sabe exatamente o que busca e, por isso, se tornou multicanal, ou seja, realiza suas compras em mais de um ponto de venda. Dentre os consumidores de higiene e beleza, por exemplo, 97% compram em mais de um canal, sendo que 55% deles em três canais diferentes e 16% em mais de quatro locais. Por este comportamento multicanal, 30% deles mudam de loja caso não achem o que procuram. Fonte: CCSP



PESQUISA

Ricos e classe média ganham mais peso O perfil de consumo dos brasileiros vai mudar de novo. O

carro entra na garagem. Esse consumidor surgiu porque na

topo da pirâmide - a classe média e os ricos - ganha mais

década passada o número de lares pobres encolheu de 10,4

peso, chegando a 37% dos domicílios em 2020. Essa fatia

milhões para 6,6 milhões e uma nova classe média começou

era de 29% em 2010 e de 23,8% em 2000. Isso significa,

a tomar forma.

mesmo com a economia andando mais devagar, que uma nova massa de brasileiros tende a abrir mais o bolso, nos próximos anos, para escolas particulares, serviços financeiros,

Mas o mercado consumidor, segundo um estudo do Boston Consulting Group, caminha agora para uma nova configuração.

transporte, telecomunicações e lazer. O grande movimento é a família da classe C migrando para Rápidas mudanças já vêm ocorrendo no país, em especial naqueles domicílios onde a renda mensal supera R$ 2,5 mil: o suco concentrado é trocado por bebidas prontas para beber, o gasto com celular pós-pago cresce e o primeiro

a B, diz Olavo Cunha, sócio e diretor da Boston Consulting Group, que realizou um amplo estudo sobre o assunto, cruzando as informações da mais recente Pesquisa de


Revista SUPERMIX

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Orçamentos Familiares (POF), do IBGE, com sua própria base

mais do que por bens duráveis. Vamos ver gastos maiores

de dados e entrevistas com 100 famílias nas cidades de São

em educação, telecomunicações e transporte e menos em

Paulo, Curitiba, Salvador, Macaé e Paranaguá.

comida e eletrodomésticos, diz Rim Abida, que participou

A migração da classe C para a B ocorre quando a renda mensal da família dá um salto para a faixa entre R$ 5 mil e

da elaboração do estudo do BCG, ao lado de Cunha e Simon Cheng.

R$ 7,5 mil. Os domicílios ricos, no estudo do BCG, têm renda

As famílias ricas e as já estabelecidas na classe média

familiar acima de R$ 7,5 mil.

responderão por mais de 85% do aumento dos gastos nesta

Até 2020, os consumidores desses dois grupos - classes média e alta - estarão em 37,3% dos lares no país, e terão 77,8% da renda nacional nas mãos. Os pobres e aqueles recém-saídos da pobreza ficariam em 62,6% dos domicílios, mas com apenas 22,2% da renda. O coração do estudo do BCG é justamente mapear quais produtos e serviços esse novo mercado em formação está

década - entre 2010 e 2020. Esse grupo de consumidores também estará mais espalhado geograficamente: 405 municípios vão abrigar 75% da classe média e da alta renda em 2020; essa fatia hoje está em 345. O interior dos Estados e o Nordeste devem abrigar boa parte dessa nova massa de consumidores, com mais dinheiro no bolso.

consumindo. Foram detectadas quatro ondas - ou como os

Camaçari, na região metropolitana de Salvador, é exemplo

consumidores se comportam dependendo do seu nível de

de cidade na qual as classes média e alta vão crescer

renda (ver quadro ao lado).

de forma expressiva. Nessa cidade baiana o emprego é

Na primeira onda, que reúne os brasileiros pobres e os recém-saídos da pobreza, boa parte dos gastos vai para

garantido pelo pólo petroquímico e outras empresas como a montadora de veículos Ford.

celular pré-pago, produtos eletrônicos e de linha branca.

Brasileiros ricos e de renda média também devem se

Na quarta onda, os ricos elevam gastos com artigos de luxo

multiplicar no sudeste do Pará - em Parauapebas está a

como carros importados e imóveis.

maior reserva de ferro do mundo, operada pela Vale; no

O brasileiro médio, agora, está na segunda onda, diz Cunha, referindo-se aos emergentes da classe média que estão gastando mais com escolas privadas e celulares pós-pagos.

oeste da Bahia, onde o agronegócio mostra expansão rápida; e no subúrbio de Macaé (RJ), onde a Petrobras tem investido.

E em 2020 - quando os gastos das famílias, nas contas do

O estudo também mostra onde as empresas de bens

BCG, podem chegar a R$ 3,2 trilhões (ou US$ 1,6 trilhão) - vai

de consumo não deveriam apostar muitas fichas pois a

aumentar a parcela de consumidores surfando a terceira

economia local tem tido um desempenho medíocre: sul da

onda, quando começa a aumentar a demanda por produtos

Bahia, noroeste do Espírito Santo, centro do Estado do Rio de

financeiros como fundos mútuos e ações, viagens de avião

Janeiro e a região montanhosa de Santa Catarina.

e hotéis. A demanda por serviços, nos próximos anos, tende a crescer

Fonte: VALOR ECONÔMICO


Jovens perdem espaço no mercado Apesar do aumento das oportunidades de emprego no

o porcentual de homens e mulheres entre 15 e 24 anos que

país, a participação dos jovens entre 15 e 24 anos no

estão fora da População Economicamente Ativa (PEA) e fora

mercado de trabalho caiu quase 6% nos últimos três anos,

da escola é bastante expressivo, principalmente entre as

segundo um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica

mulheres. Enquanto os homens nesta situação somavam

Aplicada (Ipea) feito com base nos dados da Pesquisa

25,7% em 2012, as mulheres eram 40,6%. “Esse contingente

Nacional por Amostra de Domicílios do Instituto Brasileiro

sempre existiu, mas vem aumentando nos últimos anos”,

de Geografia e Estatística (Pnad/IBGE).

afirma Gabriel Ulyssea, coordenador de pesquisas em

Essa seria uma boa notícia se os jovens estivessem

trabalho e renda do Ipea.

trocando o emprego pelas salas de aula, mas, na prática,

Em 2012, o mercado de trabalho brasileiro apresentou um

não é isso que vem ocorrendo. Segundo o levantamento,

desempenho duas vezes melhor que na última década,


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afirma Marcelo Neri, ministro-chefe interino da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) e presidente do Ipea. Balanço O levantamento do Ipea traçou um panorama do mercado de trabalho brasileiro nos últimos 20 anos e mostrou um significativo avanço dos indicadores, com destaque para a taxa de desemprego, que atingiu o menor percentual dos últimos 20 anos – 6,7%. Em paralelo, houve um arrefecimento da informalidade no país, puxado pelo bom desempenho da formalização nas regiões metropolitanas das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Depois de um período de estabilidade, a indústria voltou a reduzir sua participação no emprego a partir de 2008. A redução, no entanto, veio da queda do emprego sem carteira assinada na indústria, que provocou redução da participação do setor no emprego total. Recorte Apagão de mão de obra ocorre em funções de baixa qualificação Nos últimos 15 anos, houve crescimento do número de profissionais especializados no mercado de trabalho brasileiro, contrariando a ideia de que existe um apagão de mão de obra qualificada no país. Segundo o levantamento, em 2012, metade do contingente de desempregados tinha 11 anos de escolaridade ou mais. Ao mesmo tempo, aqueles menos qualificados, com ensino fundamental incompleto, saem do grupo de desocupados. “Talvez seja um sinal de que o Brasil não está dando um salto tecnológico nos segmentos mais básicos da economia, que ainda dependem segundo o Ipea, impulsionado principalmente pelo avanço da educação, o que justifica o sinal de alerta com os jovens fora do mercado de trabalho e da escola. O aumento da

essencialmente da mão de obra pouco qualificada como construção civil e emprego doméstico”, avalia o presidente do Ipea, Marcelo Neri.

escolaridade média foi o principal fator de expansão da

A ocorrência de uma espécie de pleno emprego nas

renda dos profissionais brasileiros nos últimos 20 anos.

funções menos qualificadas é uma tendência que já ocorreu

Desde 2004, o rendimento médio dos trabalhadores cresceu, em média, 4,7% por ano. Só entre 2011 e 2012 a renda avançou 6,3%. “Em 2012, 90% do ganho da população economicamente ativa veio da valorização da educação no mercado de trabalho e do aumento da escolaridade,

em outros países e está acontecendo no Brasil de forma bastante tardia. A expectativa é que esse cenário melhore com o aumento da escolaridade média dos trabalhadores da base da pirâmide.


TENDÊNCIAS

Cooperativas são exemplos de atuação no mercado A união de pequenas empresas do mesmo setor garante maior competitividade – vantagem para os lojistas e para os consumidores. Rede Bom Dia, do Norte do Paraná, é um caso de sucesso Não é de hoje, mas a tendência é visível: pequenas empresas deixam de se ver como meras concorrentes e percebem que, se somarem esforços, poderão agir mais fortemente no mercado, comprando em maiores quantidades, conseguindo melhores preços, oferecendo melhores condições para os clientes. Assim surgem as cooperativas, também chamadas associações ou centrais de negócios. No Paraná, uma rede que tem chamado a atenção por desenvolver ações fortes no mercado é a Rede Bom Dia de Supermercados, fundada em 1996 em Maringá. No início de outubro, a Rede alcançou o segundo lugar na premiação TOP OF MIND, ficando à frente de grandes redes internacionais, nacionais e estaduais. No início eram 17 lojas e hoje a rede já soma 35 pontos de vendas espalhados nas cidades de Campo Mourão, Engenheiro Beltrão, Flórida, Paiçandu, Peabiru, Quinta do Sol, Mandaguaçu,

Maringá, Nova Esperança, Santa Fé, São Pedro do Ivaí e Sarandi. A união de pequenas empresas familiares foi a forma encontrada pelos empresários para conseguirem mais força no mercado, mais poder de compra junto a fornecedores, estratégias de marketing mais poderosas e maior competitividade. A ação em grupo cria uma imagem coesa de empresa forte, o que ajuda na conquista da credibilidade junto a clientes e fornecedores. Celso Shimano, diretor de negócios da Rede, afirma que essa união é imo0rtante para o mercado. “O mercado está dominado pelas grandes redes nacionais e estaduais. As lojas médias e pequenas precisam se unir para conseguir escala nas compras e no marketing. A maioria das grandes indústrias atende um número limitado de clientes. Individualmente, as lojas precisariam comprar em distribuidores e atacados, pagando mais caro e perdendo competitividade”, afirma. Mas ele lembra que as vantagens, no caso da rede Bom Dia, foram além dos ganhos em competitividade. “Hoje podemos fazer anúncios em televisão, em programas de grande audiência. Individualmente isso seria inviável. Os

jornais de ofertas também saem mais barato, porque fazemos em maior quantidade”, explica. A união das empresas é vantajosa para os lojistas e para os consumidores, segundo Shimano. “Os lojistas ganham porque podem comprar com preços menores e com maior variedade. Além disso, também é importante a troca de experiências entre os supermercadistas. Fazemos treinamentos conjuntos do pessoal. Adotamos um Marketing mais agressivo e competitivo e, com tudo isso, os empresários também têm mais tempo para se dedicar às suas lojas”, analisa. O consumidor, por sua vez, também sai ganhando. “Ele passa a ter a oportunidade de comprar em um supermercado perto de sua casa, com variedade, preços semelhantes ou até mais baixos do que ele pagaria em um hipermercado. Tudo isso de forma simples e rápida, já que hoje em dia todos querem praticidade”, explica Shimano. Burocracia A criação de uma cooperativa ou central e negócios pode encontrar alguns entraves burocráticos, já que a legislação é rígida e muitas vezes de difícil interpretação. Shimano


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explica que, no próprio caso da Rede Bom Dia, houve alguns tropeços. “Nossa empresa foi fundada em 1996, como cooperativa. Porém, os órgãos governamentais não aceitaram esse formato de negócio”, conta o executivo. “Na realidade, a maioria das empresas, hoje em dia, adota o formato de “associação”. Alguns chegam a ter duas empresas, uma associação e uma “limitada”. Enfim, não existe uma forma específica para nosso negócio. Cada Central de Negócios adota o modelo que acha mais adequado”, comenta. O modelo de negócio, com a união de pequenas empresas em torno de um objetivo maior, não é nova. A Rede Bom Dia está no mercado há 17 anos. Outra associação, a ALES, de Londrina, é ainda mais antiga. A região de

Maringá tem várias associações: a 100% Mais, Plus, Elo, Grand, entre outras. Boa parte das lojas de pequeno e médio porte pertence a uma associação ou central de negócios. Shimano admite que a maior barreira ainda é a cultural. “A convivência entre concorrentes não é fácil. Infelizmente, muitas vezes o individualismo ainda permanece”, lamenta.

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exemplo, tem a Rede São Paulo, que é uma espécie de “associação das associações”. São redes que fazem grandes importações, rodadas de negócios com grandes fornecedores, convenções de grande porte”, explica.

Celso Shimano destaca que a Bom Dia é um exemplo de criação de Central

As entidades de classe também já perceberam a importância das associações. APAS, Associação dos Supermercados de São Paulo, realiza eventos para reunir as centrais de negócios com grandes fornecedores.

de Negócios que deu certo. “Somos respeitados pelos concorrentes, pelos clientes e pelos fornecedores”, avalia. Ele lembra que o país tem bons exemplos em vários estados. “Existem redes de negócios muito grandes em estados como Ceará, Espírito Santo, Rio de Janeiro... Em São Paulo, por

A ABRAS, Associação Brasileira de Supermercados, criou o CRAN, comitê de redes e associações de negócios, para que líderes de associações de todo o país possam se reunir, buscando melhorias para as organizações. “No Paraná também precisaríamos ser mais unidos”, alfineta o executivo.


TENDÊNCIAS Incentivo Curiosamente, a Rede Bom Dia (que nasceu com o nome de Unisuper) foi criada a partir de ideias de fornecedores. Alguns representantes, vendo que não poderiam mais atender clientes menores por imposição das indústrias, disseminaram a ideia de formação da associação, que acabou se tornando realidade. Shimano ressalta a proximidade com o representante Ricardo Borges. “Ele nos atende até hoje. Na época, foi um dos líderes do movimento”, lembra. Momentos marcantes Olhar para trás e ver uma história de sucesso crescente de mais de 15 anos é gratificante. Celso Shimano lembra que um dos momentos mais importantes do grupo foi justamente quando houve uma grande dificuldade. “Em 2003, quando a ‘Unisuper’ não foi enquadrada como cooperativa, sofremos um grande baque. Mas, ao invés de desanimarmos, ficamos ainda mais unidos”, conta. Outro episódio importante foi a criação da bandeira “Supermercados Bom Dia”, em 204. “A partir daí, concentramos esforços na padronização das fachadas e dos nomes das lojas. Começamos a trabalhar o marketing de maneira mais forte, inclusive com anúncios na TV – um sonho antigo de muitos dos associados”, ressalta. Por fim, outra data inesquecível na história da Rede foi em dezembro de 2011. “Depois de dois anos, finalizamos a construção de nossa central de distribuição. Hoje temos, além da CD, uma frota de caminhões que faz a entrega de mercadorias nas lojas”, comemora.

Gestão por categorias pode ser garantia de competitividade para pequenos e médios supermercados Como se define o mix para cada supermercado? Esta é uma das questões mais delicadas ao se abrir uma nova loja. O supermercado deve ter sortimento, variadas marcas, atender as necessidades do consumidor. Mas a escolha de quais produtos devem estar nas prateleiras, na prática, vai muito além do conhecimento dos hábitos do cliente. Como em toda negociação, quem tem a marca mais forte e o nome mais respeitado tem mais poder na tomada de decisão. Assim, grandes indústrias já estabelecidas, com marcas fortes, têm o poder de impor condições aos compradores. Mas, da mesma forma, redes de supermercados com nomes fortes também ganham força nas negociações, tendo mais autonomia para definir que ‘enxoval’ irão comprar. Por causa desse impasse, a chamada Gestão Por Categorias vem ganhando cada vez mais espaço, não só nas grandes redes, mas também entre os médios e pequenos varejistas. Teoricamente, é a Gestão por Categorias que vai ajudar os gestores a perceber quais são os produtos mais adequados a cada loja, quais não podem faltar, quais representam uma postura estratégica importante para a empresa e até mesmo quais devem ser retirados das prateleiras.

A sócia diretora da Evolution Consultoria, Cristina Lopes, lembra que as grandes indústrias têm adotado a Gestão Por Categorias junto aos clientes de maior porte. Mas a gestão dos médios supermercados é muitas vezes deixada de fora. Por isso, em busca de maior competitividade, médios supermercados têm adotado por conta própria as metodologias, contratando pessoas especificamente para cuidar do assunto. “Teoricamente, Gestão por Categorias é um processo contínuo entre a indústria e o varejo que trata cada categoria de produto como unidade estratégica de negócio”, explica a consultora. Isso significa dizer que a gestão da empresa deve se aprofundar na análise da performance de cada produto em cada loja. “A principal ideia é otimizar o sortimento”, diz Cristina Lopes. Em um primeiro momento, muitos gestores de médias e pequenas empresas pensam que a metodologia vai restringir o sortimento, mas isso não necessariamente acontece. “O que ocorre é uma diferenciação do mix, tirando de linha o que não tem performance, identificando as marcas importantes que precisam de maior atenção. Mas é importante observar que o que não tem performance deve ser retirado de linha. Um produto


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não pode ficar parado na prateleira”, comenta. Cristina Lopes também salienta que não é possível determinar um ‘pacote básico’ para cada loja, porque é importante analisar as características de cada supermercado, com estudos sobre posicionamento, hábitos do consumidor, localização da loja, etc. “Devemos sempre analisar o market share (fatia de mercado) por região

e microrregião, assim como a análise dos produtos é por categoria e subcategoria”, explica, comentando o quanto essas análises devem ser aprofundadas. “Todas as decisões devem ser tomadas com base em dados bem fundamentados, e não em análises simplistas ou superficiais”, sentencia. A consultora entende que pequenos e médios supermercados têm na Gestão

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Por Categorias uma oportunidade de melhorar sua competitividade. “Hoje percebemos uma inversão do jogo nas negociações. A indústria percebe que não deve ‘empurrar’ os produtos ou vender sob pressão, mas sim gerar demanda. E os gestores do varejo percebem também o seu poder de barganha. No final, o maior beneficiado é o consumidor”, finaliza.

REGIONALIZAÇÃO Marcas locais são maioria no Sul do País Mesmo frente à forte concorrência de redes internacionais e outras de abrangência nacional, o Sul é marcado pela força das marcas regionais No mundo competitivo e globalizado em que vivemos, é comum vermos notícias de grandes empresas multinacionais comprando empresas menores, grandes conglomerados tomarem conta das realidades locais e grandes marcas “atropelarem” outras menores. Mas, curiosamente, o Sul do país tem mostrado uma realidade bastante diferente. Aqui, especialmente no setor supermercadista, a força das redes locais tem chamado a atenção de todo o país. Uma pesquisa do instituto Nielsen, divulgada pelo jornal Valor Econômico, mostra inclusive que a venda de produtos regionais tem melhor desempenho em supermercados e hipermercados do Sul. A venda de produtos regionais cresce na casa dos 38% acima das marcas nacionais. Segundo o analista de mercado da Nielsen, Daniel Silveira, o principal motivo desse destaque é justamente a proximidade cultural com o consumidor. “O crescimento se deve principalmente à melhor distribuição das marcas regionais. Como elas conhecem muito bem as regiões, conseguem pulverizar a distribuição e atingir mais consumidores”, analisa. Isso também acontece pelo fato de que, no Sul do país, o varejo de autosserviço estar bastante concentrado em cadeias regionais. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul têm, juntos, cerca de 40 mil lojas (supermercados, hipermercados e lojas de conveniência). Dessas, segundo a pesquisa da Nielsen, 90% são de redes locais. As lojas locais

respondem por 74% do faturamento total do setor na região Sul.. No entanto, ser “local” não significa necessariamente ser “pequeno”. Mesmo com uma força crescente das lojas de pequeno e médio portes, o Sul do país tem redes locais que figuram entre as maiores do país. É o caso das paranaenses Muffato e Condor, respectivamente 5ª e 6ª maiores do Brasil. Também se destacam a Zaffari, do Rio Grande do Sul, e a Angeloni, de Santa Catarina, que também estão no ranking das 10 maiores do país. Entre os motivos da preferência do consumidor pelas redes locais e pelos produtos regionais, a tradição é um dos pontos fortes. Marcas regionais se perpetuam no imaginário das famílias e muitas vezes desbancam produtos nacionais consagrados. É o caso de produtos de categorias básicas, como marcas de leite longa vida, refrigerantes que se tornam conhecidíssimos apenas em sua localidade, cafés que são tradicionais em uma ou outra cidade. A ABRAS, Associação Brasileira de Supermercados, aponta as marcas Tirol (SC) e Piá (RS) como destaques fortes na região Sul. De acordo com a análise da Nielsen, o consumidor da região Sul tem o que se considera “perfil europeu”: bom poder aquisitivo e famílias pequenas. A pesquisa mostra que 40% da população da região pertence às classes A e B, enquanto no Brasil essa fatia é de 31%. No Sul do país, quase metade dos lares não têm crianças e 38% das famílias são de apenas duas pessoas. Esse retrato econômico é determinante para o perfil de consumo, segundo o que aponta a pesquisa. Além disso, a região tem a menor taxa de desemprego do país e os melhores indicadores de educação.


ECONOMIA

Desperdício de alimentos causa prejuízos anuais de US$ 750 bi A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) advertiu hoje (11), em estudo publicado em Roma (Itália), que os desperdícios com alimentos no mundo podem causar cerca de US$ 750 bilhões anuais de prejuízos. Pelo relatório, 1,3 bilhão de toneladas de alimentos desperdiçadas por ano provocam estragos no solo e no meio ambiente. O estudo alerta que o mau uso do lixo alimentar gera prejuízos também. Qualidade de vida O diretor-geral da FAO, José Graziano da Silva, disse que medidas preventivas devem ser adotadas por todos: “agricultores, pescadores, processadores de alimentos, supermercados, os governos locais e nacionais, assim como os consumidores. “Temos que fazer mudanças em todos os elos da cadeia alimentar humana para impedir que ocorra o desperdício de alimentos, em seguida temos de promover a reutilização e reciclagem”, disse. Graziano lembrou que há situações que dificultam o desperdício de alimentos devido às “práticas inadequadas” na produção. Ele ressaltou que a FAO criou um manual que mostra medidas adotadas por governos nacionais e locais, agricultores, empresas e consumidores para resolver o problema. O diretor executivo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), Achim Steiner, ressaltou que o ideal é buscar o caminho da sustentabilidade, ao qual devem aderir todos os que participam da cadeia alimentar: do produtor ao consumidor. Pelo relatório, 54% dos resíduos dos alimentos no mundo ocorrem na fase inicial da produção, na manipulação, após a colheita e na armazenagem. Os restantes 46% de prejuízos

ocorrem nas etapas de processamento, distribuição e consumo de alimentos. Os produtos que se perdem ao longo do processo variam em cada região. Na Ásia, o problema são as perdas envolvendo os cereais, em particular, o arroz. O prejuízo com carne é menor, segundo os dados. Porém, os resíduos de frutas contribuem significativamente para o desperdício de água no Continente Asiático, assim como na Europa e na América Latina. Nos países em desenvolvimento, os maiores prejuízos ocorrem na fase após a colheita. A FAO recomenda que seja feito um esforço coletivo para orientar as colheitas e equilibrar a produção com a demanda. Também faz sugestões sobre a reutilização e recuperação de alimentos. Uma síntese do estudo está na página da FAO. Fonte: Mídia Max News

Consumidor estácauteloso e cai o número de endividados Redação, com assessoria de Imprensa da Fecomércio-PR Quem não tem uma dívida? Compras parceladas, crediários, boletos... a maioria das pessoas programa suas aquisições de modo a pagar aos poucos pelos bens que adquire. Mesmo sendo uma atitude tão normal, a palavra ‘endividamento’


sempre provoca certo desconforto. Mas, afinal, o que significa estar endividado? O vice-presidente da Fecomércio-PR, Paulo Nauiack, afirma que nada há de assustadora a informação de que 86,4% dos curitibanos estão endividados. “O problema não é ter dívidas, mas sim quitar ou não as suas contas. Se as contas forem pagas, não aumentando a inadimplência, a situação das famílias estará sob controle”, explica. O endividado passa a ser considerado inadimplente se não quita suas contas por mais de noventa dias. Hoje, o índice de inadimplentes gira em torno de 16%, e aproximadamente 20% das pessoas estão com alguma conta em atraso. “Esses números são altos, mas temos boas perspectivas de melhora com a proximidade do final do ano. Muita gente vai quitar dívidas com o 13e salário”, explica Nauiack. Mesmo assim, o próprio endividamento da sociedade vem diminuindo, ainda que de forma tímida. O número de famílias curitibanas endividadas caiu 7% em setembro, em comparação a agosto, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC), elaborada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e divulgada pela Federação do Comércio do Paraná (Fecomércio PR). O percentual de famílias que se declarou endividada este mês foi de 86,4%, inferior ao de agosto, que foi o maior registrado nos últimos dois anos, com 93,5%. Os consumidores com renda acima de dez salários mínimos possuem o maior nível

de endividamento, com 92,3%. Apesar da queda de 5,1 pontos percentuais em relação a agosto, o maior controle das dívidas ocorreu entre aqueles que recebem até dez salários mínimos, que passaram de 92,7% em agosto para 85,2% setembro, configurando uma redução de 7,5%. Os dados demonstram que as pessoas estão mais focadas em quitar suas dívidas do que contrair novos compromissos financeiros. A restrição ao crédito cresce, e somada à cautela do consumidor, poderá gerar um cenário menos favorável ao comércio, com retração nas vendas. Com relação ao tipo de dívida, 63,7% dos entrevistados atribuem ao cartão de crédito seu principal motivo de comprometimento financeiro. O percentual alto das dívidas com cartão de crédito devese à facilidade na hora da compra e possibilidade de parcelamento sem incidência de juros. Além disso, muitos consumidores mantêm mais de um cartão ativo e acabam acumulando débitos. Na sequência, ficam o financiamento de veículos (13,4%) e o financiamento imobiliário (10,9%). Em percentuais menores, foram citados outros tipos de débitos: carnês (7,9%), crédito pessoal (1,8%), cheque especial (0,9%), crédito consignado (0,7%) e cheque pré-datado (0,5%). A PEIC mostra ainda que 16,4% das famílias entrevistadas mencionaram estar muito endividadas, sendo que 20,3% possuem contas em atraso. No entanto, apenas 7,8% acreditam que não conseguirão pagar suas dívidas


ECONOMIA no próximo mês. Nas famílias com renda inferior a dez salários mínimos esse percentual é de 9,3% e de 2,6% nas famílias com rendimentos em patamar superior. Destaque-se que o devedor só é considerado inadimplente após noventa dias de atraso.

Produtos de marcas próprias podem custar até 137% menos Na busca por estratégias que resultem na fidelização do cliente e no crescimento das vendas, indústrias e grandes redes de mercados “estreitam os laços” e atuam juntos no setor de marcas próprias e terceirização. Para Luiz Carlos de Avila, Técnico em Gestão de Processos Industriais e conhecimento na área de alimentos, as mudanças no setor empresarial resultam em alterações sobre o que está sendo vendido, comprado e como funciona este processo de venda. “Neste ambiente de alta concorrência, as empresas buscam estratégias de crescimento e aumento dos lucros”, observa. “A criação da marca própria entra no cenário, como uma das principais ferramentas para o alcance destes objetivos”, complementa Avila. Segundo dados divulgados no site da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), produtos de marca própria custam até 137% menos que os tradicionais. A mesma pesquisa

comprova que para compor a cesta básica, com 12 itens, fica 23% mais barata se todos os produtos forem de marca própria. Para as indústrias Avila explica que para as indústrias que terceirizam sua produção, a estratégia é vista como um avanço que possui um retorno rápido. “Como já conhecem o mercado, o risco é menor, pois a terceirização permite avaliar a situação sem o investimento em equipamentos, por exemplo, que já possuem”, explica o técnico. No interior de Toledo, em Novo Sobradinho, a Indústria de Bebidas Sobradinho (IBS) tem sua linha de energéticos GHP, aprovada para a produção da marca própria da rede de supermercados Carrefour. Avila ressalta que o energético “vendido em embalagens de um e dois litros” terá outro nome, mas a fórmula é a mesma


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já produzida e vendida com sucesso pela (IBS). “Esse é o principal benefício das marcas próprias: possuem a mesma qualidade dos produtos líderes, já que o fabricante é a mesma empresa, enquanto o preço é reduzido”, destaca. O técnico complementa que os produtores usam está tática para expandir o consumo em diferentes classes sociais e ganham em escala. “Como resultado, os preços mais baixos aumentam as chances do consumidor levar mais produtos para aproveitar o preço”, acrescenta. Obstáculos No entanto, o mercado da terceirização ainda encontra dificuldades para expandir as vendas. O técnico explica que a falta de informações sobre os produtos de marcas próprias, é o primeiro item citado por 47% dos consumidores em uma pesquisa realizada pela Kantar WorldPanel, empresa que monitoriza o mercado e realiza análises avançadas. “Além disso, os produtos de marca própria ainda são consumidos em maior parte pelas classes A e B, já que estão presentes em grandes redes de supermercados”, observa. Para ele, entre as classes C e D, a ida ao mercado local, da vizinhança é mais comum. “A expectativa é que por meio de centrais de negócios, o interesse em terceirizar os produtos aumente de forma progressiva”, finaliza Avila. Fonte: Paranashop

Preço do leite é o maior em 6 anos e mercado projeta estabilidade O preço do leite pago ao produtor subiu pelo sétimo mês consecutivo, alcançando, em agosto, o maior patamar dos últimos seis anos em termos reais (descontando a inflação do período) No entanto, diferentemente dos meses anteriores, a maioria dos agentes de mercado consultados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, indicam estabilidade nas cotações para setembro.

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Agentes consultados pelo Cepea apontaram que as elevações nos preços do leite ao produtor nos últimos meses estavam sendo sustentadas pelo consumo aquecido da população que, mesmo com a valorização dos derivados lácteos nas gôndolas dos supermercados, não deixava de adquirir esses produtos. Agora, os preços dos derivados tendem a se estabilizar, principalmente os do leite UHT, já que o consumo pode não se sustentar. Além disso, o movimento de recuperação da produção de leite segue firme, ainda que este seja período de entressafra. Em agosto, o preço bruto do leite pago ao produtor (que inclui frete e impostos) calculado pelo Cepea atingiu R$ 1,0861/litro - média ponderada pelo volume captado em julho nos estados de GO, MG, PR, RS, SC, SP e BA. Em relação ao mês anterior, a média registrou alta de 3% (ou de 3,2 centavos/litro) e, frente a agosto/12, o aumento, em termos reais, é de expressivos 20%. O preço líquido chegou a R$ 1,0143/litro, elevação de 3,5% (ou de 3,5 centavos/litro) em relação a julho/13. Representantes da indústria salientaram que os preços do leite UHT e do queijo muçarela no atacado de São Paulo chegaram ao limite, visto que o consumidor não deve absorver novos aumentos nos preços. Dessa forma, a tendência é que haja uma manutenção nos valores dos derivados em setembro. No estado de São Paulo, até o dia 28 de agosto, o leite UHT e o queijo muçarela registraram médias de R$ 2,34/litro e de R$ 13,17/kg (aumentos de 4% e de 2,3% em relação a julho), respectivamente - esta pesquisa do Cepea é realizada diariamente com laticínios e atacadistas e tem o apoio financeiro da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Brasileira de Cooperativas de Laticínios (CBCL). Simultaneamente, a produção de leite aumentou em praticamente todos os estados da pesquisa, subindo, em média, 4,05% em julho, segundo o Índice de Captação de Leite do Cepea (Icap-Leite). O frio intenso registrado em julho, principalmente no Sul do País, “esfriou” a produção da região, que avançou 5,3% frente aos 10,5% verificados no mês anterior. Porém, diferentemente do que normalmente ocorre em julho nos estados de SP, MG, GO e BA, a captação aumentou novamente. Fonte: Expresso MT


RECURSOS HUMANOS

Andréa Luy – Gerente Academia Empresarial APRAS

COMITÊ RECURSOS HUMANOS ANALISA PARCERIA COM A FAS Nós da Apras e os participantes do Comitê da Apras tivemos o prazer de receber no dia 22 de agosto a 1ª dama de Curitiba, srª Marcia Fruet, na reunião do comitê de RH de Curitiba. Marcia veio apresentar a todos a equipe do FAS – Fundação e Ação Social de Curitiba. Estiveram com ela as senhoras Paula Araripe (diretora de Mobilização para o mundo do trabalho) e Dislene Freitas (responsável por Projetos e Captação). Ela veio nos trazer informações sobre os núcleos de trabalho da prefeitura, que tem o objetivo de treinar e incluir cidadãos nas empresas de trabalho da cidade Marcia Fruet fez uma exposição do trabalho social que é feito e toda a mobilização que a prefeitura faz para que as pessoas tenham local para viver, trabalhar e sustentar suas famílias. O trabalho vem ao encontro de uma das maiores necessidades do setor supermercadista, que é a contratação de pessoal. Os presentes puderam fazer perguntas e um comitê interno se comprometeu a projetar uma parceria com a FAS, a fim de buscarmos juntos novos colaboradores para o setor, aproveitando pessoas que querem e precisam trabalhar. A reunião do comitê deste dia tinha também outros objetivos, entre eles um especial, que era ouvir experiências de profissionais de RH que têm trabalhado na retenção de colaboradores. Nós convidamos representantes de pequena, média e grande empresa do estado. Ursula Pereira, proprietária do Supermercado Michel, nos auxiliou dizendo que sua empresa tem buscado a contratação de pessoas do bairro, com boas referências. A empresa criou um manual de integração e busca passar aos colaboradores a segurança no trabalho. Recebemos também Solange Pereira de Paula e Pedro Érico Duck, responsáveis pelo setor de RH da Rede Jacomar. Pedro Duck destacou que o RH tem tido maior critério na contratação. “No primeiro momento é mais difícil contratar, mas lá na frente o problema diminui”, afirmou. Eles têm colocado o gerente fazendo parte da contratação. A empresa traça desafios e metas para os gerentes que, quando cumpridas, são bem recompensadas.

Também tivemos o auxílio de Layana Ly Beal, da rede de supermercados Festval. Ela também falou sobre a grande importância da integração dos funcionários, a participação do gerente no processo e o comprometimento dele na retenção do pessoal. Todos falaram de maneira expositiva e bem aberta, contando suas dificuldades e compartilhando com todo o comitê as vitórias que têm alcançado, mesmo com muita luta e trabalho. Todos os demais questionaram muito os convidados e saíram da reunião com muita informação. A reunião também tinha o objetivo de entregar aos participantes a pesquisa salarial realizada todos os anos, e quantificada gentilmente pelo Dórian Bachmann, da empresa de pesquisas Dórian & Associados. A pesquisa de Benchmarking não foi realizada, devido à falta de participação dos supermercadistas neste ano. Participe das próximas pesquisas, a pesquisa salarial é um trabalho gratuito e um benefício da Apras para seus associados. A nossa união é que faz a força do setor! A Programação dos Cursos da Academia Empresarial APRAS pode ser vista no site www.academiaapras.com.br



artigos

Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento profissional.

Como devo me comportar em uma festa corporativa? O fim do ano está chegando e, com ele, as festas de

são temas arriscados, pois remetem a engajamentos muito

confraternização. Além das comemorações da própria

pessoais e isso pode provocar discussões e polêmicas que

empresa em que trabalhamos, muitas vezes somos

destoem do clima agradável que se pretende criar. A ideia é

convidados a participar de jantares, almoços e encontros

criar um ambiente leve!

de outras empresas, de parceiros, fornecedores e clientes. Ótimo! A época é mesmo de se festejar.

Nunca é demais lembrar que devemos ter o cuidado de não sermos inconvenientes. Piadas preconceituosas, brincadeiras

Mas o momento também é de cautela. Descontrair,

que podem soar ofensivas e invasão de privacidade devem

divertir-se, fazer novos amigos e fortalecer a proximidade

ser evitadas a qualquer preço. O risco é muito maior se o

com colegas de trabalho e parceiros de negócios é muito

ambiente foi regado a bebidas alcoólicas. Portanto, alerta:

bom, mas atitudes impensadas podem colocar em risco as

seja sempre comedido, especialmente se beber. Respeite

relações profissionais e, por isso, é importante pensar sobre

seus limites e os limites dos outros!

elas.

Em resumo, o conselho não é de que adotemos atitudes

Claro que o comportamento de todos deve ser

formais, rígidas ou sisudas demais. Pelo contrário, a simpatia

descontraído. Afinal, ninguém vai a uma festa para ficar

é sempre bem-vinda e nos abre portas. Mas os exageros

escondido num canto, sem interagir com as pessoas. E,

nos expõem a riscos. Nossa conduta deve ser a de ter a

como o ambiente é de festa, nada de ficar só falando

consciência de não fazermos nada de que possamos nos

de assuntos de trabalho. Conversas amenas são as mais

arrepender depois. Afinal, os colegas de trabalho e parceiros

adequadas, sem muitas intimidades, sem assuntos pesados,

de negócios continuarão convivendo conosco.

como notícias do mundo policial. Política e religião também


artigos

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

Persuasão: muito mais do que vender, é saber se comunicar Você entra em uma loja sem qualquer compromisso com

Tendo em vista a existência dessas particularidades, é

algo que tenha visto na vitrine e um vendedor lhe aborda

preciso ter tranquilidade e inteligência para lidar com

amigavelmente. Quando você se dá conta, não consegue

pessoas totalmente diferentes, com humores, gostos e

resistir, não consegue negar. Está sacando o cartão e

atitudes às vezes totalmente distintos. Por exemplo, quando

digitando a senha para comprar algo – que você já possui ou

apresentamos um projeto a uma pessoa perfeccionista,

não considerava comprar no momento. Provavelmente você

devemos adaptar nosso discurso baseado nas preferências

já se viu em uma situação como essa e ficou impressionado

e características desse perfil profissional, como: preparar os

com a habilidade de persuasão e negociação do vendedor.

temas antecipadamente, ser realista com prazos, mostrar-se

Neste artigo abordarei os quesitos essenciais para exercer uma influência eficaz e algumas possíveis maneiras de aprimorar a persuasão, que já não é mais algo importante apenas aos profissionais da área comercial, mas para todos

organizado, exibir detalhes das etapas. Caso isso não seja feito, provavelmente o trabalho não transmitirá confiança e essa pessoa, consequentemente, poderá não comprar a ideia.

nós. Utilizamos a habilidade para vender ideias, projetos,

Com um cenário repleto de novas ofertas, a postura do

convencer colegas, pedir um aumento de salário ou

profissional também precisou se moldar para conquistar

promoção ou até mesmo barganhar ao comprar algo.

espaços cada vez mais competitivos. Sendo assim, seu poder

Muitas vezes percebemos a dificuldade em persuadir o outro a “comprar” as nossas ideias. Isso pode ser explicado pelo fato de que as pessoas, além de serem diferentes, possuem necessidades e motivações diferentes, o que força a nossa capacidade de adaptação em saber lidar com cada personalidade e situação. Até mesmo dentro de casa podemos ver um exemplo dessa adaptação. As crianças começam a perceber desde cedo que a melhor maneira de pedir algo para o pai pode não surtir efeito com a mãe. Dessa maneira, criam maneiras e estratégias diferentes para falar com cada um – e conseguir o que querem.

de persuasão precisou se tornar muito mais eficaz. Além de todas as outras características que citei e que precisaram ser modeladas para agradar ao perfil do novo consumidor. Podemos citar outros pontos que também fazem a diferença numa negociação. Oratória São características de um bom orador a habilidade com as palavras e também a postura que acompanha o discurso. Escolher as melhores palavras e, com elas, a expressão corporal, transmitem o poder de convencer, liderar,


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comover, instigar, direcionar e, principalmente, de mover almas e mentes. O negociador, para se sobressair, precisa conquistar a arte de falar bem. Aquele que consegue fazer isso reveste a palavra de um poder de convencimento, passando convicção, criando influência, fortalecendo o relacionamento para chegar ao resultado almejado. Existem várias formas de falar de maneira influente, e esta, como qualquer outra habilidade, pode e deve ser treinada. Argumentação Além de uma boa locução, devemos apresentar de maneira lógica e racional quais serão as vantagens do seu interlocutor ao negociar com você. É nesse momento que entra o poder da argumentação, com exposição de números e resultados que possam provar a eficiência de tal projeto/ideia. Ou seja, trata-se de promover a aceitação por meio da racionalidade exposta com dados e pela empatia e comprometimento do apresentador. Os números são importantes, mas a identificação pessoal também afeta o relacionamento profissional. Conhecimento Mostrar domínio sobre o assunto estimula a confiança por parte do ouvinte, além de nos fortalecer na oratória, pois quando falamos em público e temos pleno conhecimento sobre o que se fala, aproveitamos melhor a nossa fala e promovemos ainda mais a persuasão. Para fazer uma negociação rica, pesquise, junte informações da concorrência e cite informações relevantes e úteis ao negócio. Isso ajudará o diálogo, fazendo com que não fique muito repetitivo e, ao mesmo tempo, fixe a mensagem. Assim, após todas essas fases e muito treino, poderemos alcançar o tão esperado “sim” na negociação. Sempre me lembro de um famoso provérbio chinês que diz: “Há três coisas na vida que nunca voltam atrás: a flecha lançada, a palavra pronunciada e a oportunidade perdida”. Essas oportunidades passam diante de nós muitas vezes, e bons negociadores devem saber usar os melhores artifícios para não perder qualquer uma delas.

Christian Nogarotto é diretor-presidente da MADE Controladoria, consultor especialista em varejo e supermercados e escreve neste espaço sobre gestão no varejo.

Compras de Natal: antecipar, estocar ou programar? Qual a sua decisão? No segmento de supermercados, uma das datas mais esperadas do ano é o Natal. Em pequenas lojas, o final de ano é uma grande oportunidade de alavancagem nas vendas, bem como no lucro, diante da seleção das mercadorias a serem ofertadas na loja. O grande balizador de qualquer comércio é o CMV - Custo das Mercadorias Vendidas. Este é o maior custo presente na apuração de resultados gerenciais, alcançando índices na casa dos 75% de toda a venda realizada. O que faz com que o CMV flutue para mais ou para menos são dois fatores: Giro e Margem. Um comércio só ganha dinheiro em suas operações se tiver alto giro e boa margem. Diante desta realidade, é preciso pensar em como realizar as compras de Natal. O quanto devemos comprar? O que devemos comprar? Estou preparado para arcar com as despesas extras de final de ano e para pagar as compras realizadas lá no mês de janeiro? É importante prestar a atenção. Antes de fechar o pedido numa grande quantidade, deve-se analisar em quanto tempo a mercadoria vai girar, se o desconto é bastante atrativo... enfim, se a quantidade a ser adquirida é realmente viável e se o desconto será realmente compensador. Quando falamos de estoque, é preciso, sim, estocar alguns produtos: aqueles que sofrem problemas de entrega por parte do fornecedor e produtos de tráfego rápido. Diante deste cenário, devemos programar as compras de final de ano desde pelo menos o mês de outubro, negociando com os fornecedores, ajustando quantidades, datas de entrega e mix de pedidos, a fim de certificar que não haverá rupturas na loja, tampouco, excessos de mercadorias desnecessárias que ficarão ocupando espaço na gôndola e que não irão vender.


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Para fechar a conversa: lembre-se que a loja terá despesas extras pesadas em dezembro. Todo e qualquer compromisso financeiro adicional necessitará de venda líquida para quitação. Toda e qualquer compra excessiva deverá ter giro rápido para que seja viável. Construa um estoque de segurança somente dos itens importantes, não de todos. Faça boas negociações, convidando o fornecedor a ser parceiro e participar das ações comerciais internas da loja. Dessa forma e com essas prevenções, certamente sua empresa terá um Natal feliz e confortável, com excelentes perspectivas para 2014.

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Em 2011, foi aprovada a Lei 12.305/2010 que instituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. A Política ficou mais de 20 anos em discussão e surgiu em um momento crucial de definições sobre os impactos do desenvolvimento no meio ambiente. Quanto maior o desenvolvimento, maior o consumo. Dados da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) apontam que o Brasil produziu- em 2010- 61 milhões toneladas de resíduos sólidos urbanos (378 kg/ano por pessoa). Para tentar resolver parte desta equação (consumo/ desenvolvimento versus meio ambiente), a PNRS indica a prevalência de um novo princípio: o da Responsabilidade

Amanda Sawaya Novak Advogada sócia de PNJM Sociedade de Advogados, especialista em Políticas Públicas e Sustentabilidade, Mestre em Organizações e Desenvolvimento e Professora Universitária.

Compartilhada. Antes, o encargo sobre a destinação e o tratamento destes resíduos recaia somente sobre o Estado. Agora, todos (governo, empresas e o cidadão consumidor) são responsáveis de maneira encadeada pela redução dos impactos decorrentes do ciclo de vida dos produtos. Para garantir a eficácia deste princípio, a Lei 12.305/2010 também tornou obrigatória a Logística Reversa. Reside neste

A PNRS e o impacto no setor supermercadista

ponto talvez o maior impacto ao setor supermercadista. Para

O lixo impacta na sobrevivência do seu negócio?

Vale notar que a reciclagem passou a ser a regra de ouro.

Se a resposta automática foi “não”, meu convite é pelo repensar a questão com base nos elementos que trataremos a seguir. Antes de tudo, precisamos refletir sobre a terminologia. “Lixo” denota a característica de algo inservível, que merece ser descartado. Proponho pensarmos em “resíduos sólidos”, tal como a legislação denomina. Essa mudança de paradigma nos auxilia a perceber não somente uma nova abordagem

garanti-la, o estabelecimento comercial deve disponibilizar a coleta e restituição dos resíduos ao meio empresarial ou a correta destinação ambiental de pilhas e baterias, eletroeletrônicos e componentes, lâmpadas, pneus, agrotóxicos, óleos lubrificantes, além de embalagens de plástico, metal e vidro.

Alguns apostam na duplicação deste mercado em menos de uma década no Brasil, após a edição do marco regulatório. A fiscalização sobre o cumprimento da implantação da Logística Reversa fica a cargo de cada município, com suporte de órgãos governamentais estaduais, como o IAP no Paraná. O estabelecimento que não observar a PNRS no que lhe couber está sujeito à advertência e multa, sem prejuízo do enquadramento em outras hipóteses legais ambientais.

legislativa, mas também a integração deste conceito à

Assim, é importante incluir a logística reversa e outros

cadeia produtiva de todos os negócios (com impactos

conceitos da PNRS no planejamento de seu negócio,

positivos e negativos).

evitando assim riscos, infrações legais e multas. Contribui-se ainda para uma vida mais sustentável nos meios urbanos.


saúde

AGROTÓXICOS Mapa divulga resultados de resíduos tóxicos em produtos vegetais As análises correspondem aos resultados do monitoramento de resíduos e contaminantes em produtos de origem vegetais da safra 2012/13

Agropecuários, constituídas pelos Laboratórios Nacionais Agropecuários (LANAGROs) e por laboratórios públicos e privados credenciados pelo Mapa.

Foi publicado no início do mês de setembro, no Diário Oficial da União, o resultado do Programa de Monitoramento realizado pelo Plano de Controle de Resíduos e Contaminantes em Produtos de Origem Vegetal (PNCRC/ Vegetal) no ano-safra 2012/13. Foram analisadas as culturas agrícolas de abacaxi, amendoim, arroz, café, castanha-dobrasil, feijão, mamão, manga, milho, soja, tomate, trigo e uva.

De acordo com chefe da Coordenação de Resíduos e Contaminantes de produtos de origem vegetal do Mapa, Marcelo Cláudio Pereira, a portaria mostra que, entre as culturas monitoradas, a maioria apresenta índice satisfatório de conformidade. “Entre as 13 culturas agrícolas monitoradas, 50% das amostras apresentam índice de 100% de conformidade em relação ao uso de agrotóxicos e 80% das amostras apresentam índice de 100% de conformidade em relação aos contaminantes orgânicos”, salientou.

O objetivo do programa é monitorar a segurança dos produtos de origem vegetal, produzidos e importados pelo Brasil, no que diz respeito à presença de resíduos de agrotóxicos não autorizados, assim como resíduos de agrotóxicos e contaminantes acima dos limites máximos permitidos pela legislação em vigor. As amostras são coletadas por fiscais federais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em propriedades rurais, estabelecimentos beneficiadores e em centrais de abastecimento e enviadas aos Laboratórios da Rede Nacional de Laboratórios

Entre os piores resultados, destaca-se a cultura do abacaxi, proveniente de Minas Gerais, que apresenta um índice de conformidade de 25%, em relação ao uso de agrotóxicos. Os parâmetros a serem observados no ano-safra 2012-2013 foram regulamentados pela Instrução Normativa nº 27, de 11 de dezembro de 2012. No caso das amostras com índice inadequado de resíduos ou contaminantes, o Mapa atua por intermédio de processo de investigação que objetiva orientar o produtor, apurar os fatos e adotar as ações fiscais cabíveis. Fonte: Ministério da Agricultura


ESPAÇO MERCOSUPER

MERCOSUPER TERÁ PARCEIROS IMPORTANTES Estamos a seis meses da realização da 33ª Feira e Convenção Paranaense de Supermercados. Nos dias 22,23 e 24 abril de 2013 realizaremos mais uma edição desta que é considerada uma das principais feiras do setor supermercadista no país. É um momento importante, em que estamos decidindo pequenas e importantes mudanças no formato da feira, como a planta do pavilhão de exposições, horários das palestras e nomes de palestrantes. Podemos adiantar que estamos empreendendo esforços para que seja, de fato, a melhor MERCOSUPER já realizada. Parceiros importantes do setor já anunciaram participação na Mercosuper, como Frimesa, Eletrofrio, Coamo, Mili, Girando Sol, Sepac e Lar, entre tantas outras. A seis meses do evento, já estamos com cerca de 70% do espaço de exposição comercializado. Programe-se! Queremos contar com a sua participação. Para ser um de nossos expositores, entre em contato pelo telefone (41) 3263-7000 e fale com nossos executivos comerciais, Fábio e Thays.


Academia Apras

PROJETO VAREJO TOP LOJA – Microempresários No mês de agosto de 2013 foram iniciados os trabalhos de treinamento do Programa TOP LOJA – Transforme seu minimercado em um Super Negócio. O Programa, que já foi lançado nas cidades de Curitiba, Ponta Grossa, Francisco Beltrão e Ivaiporã, já teve as primeiras aulas com o professor Francisco Flávio de Paula, que fez a integração dos empresários e esclareceu as metas dos trabalho em sala de aula. Os alunos também já entraram no 1º Módulo, “Gestão de Pessoas”. O módulo tem como objetivo trabalhar com os empresários a atenção, considerações a serem feitas na comunicação, o interesse pelas dificuldades dos clientes internos e externos, as afirmações positivas; trabalhar as habilidades e dificuldades dos líderes, visualizando mudanças de atitudes; orientar o trabalho junto aos colaboradores, a fim de reter e formar uma equipe de profissionais competentes e satisfeitos, aumentando a possibilidade de longevidade da empresa por meio da redução de conflitos. Os alunos tiveram auxílio de profissionais conceituados que ministraram as aulas, entre eles os professores Sandra Maria Coltre, Cristiane Carvalho Pasquinelli, Jane Vechi, Ronaldo Rangel, Jefferson Augusto Krainer, Stella Maluceli, Luiz Augusto Broetto, Adriana de Abreu, Claudiane Pereira e Lígia Miura. Todos tiveram excelentes avaliações e a Academia Apras agradece o empenho de todos os profissionais.


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PALESTRAS ACADEMIA APRAS:

Palestras: “O que Pensa o Consumidor dos Supermercados de Curitiba” Empresários, líderes e colaboradores dos supermercados de Curitiba e região acompanharam a palestra “O que pensa o consumidor do supermercado Curitiba”, na sede da APRAS, em Curitiba, no dia 28 de agosto de 2013. A palestra foi baseada em pesquisa feita neste ano pelo Instituto de Pesquisa Datacenso de Curitiba. Claudio Shimoyama, sócioproprietário e coordenador da pesquisa, ministrou a palestra com o objetivo de prestar informações para os empresários e estudantes interessados em conhecer o perfil dos clientes dos supermercados de Curitiba. Shimoyama encantou o público com seu conhecimento e seu humor. Estavam presentes aproximadamente 100 pessoas, entre associados, professores e inclusive alunos no Curso de Gestão Comercial e Marketing da Universidade Positivo. O palestrante primeiramente incentivou a todos a fazer boas ações que não custam nada e conquistam os clientes. Disse que o tamanho da empresa não é documento, mas o que vale de fato aos clientes de hoje é a velocidade com que tudo acontece. “Estamos em ambiente de pista rápida”, brincou. O palestrante também falou da imagem dos supermercados, demonstrando o índice de satisfação dos clientes, os critérios que levam o cliente ao supermercado, a importância de preços e promoções, a importância da localização, entre outras colocações. Os associados tiveram abertura para questionar e tirar dúvidas sobre a pesquisa, além de discutir todos esses assuntos com grande abertura. A Apras agradece em nome de todos os seus diretores e do presidente Cesar Tozzeto toda a gentileza e informação trazida pelo palestrante Claudio Shimoyama aos nossos associados e aos alunos presentes neste dia. Desejamos sucesso ao palestrante em todas as suas pesquisas.

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Academia Apras Palestra: “Gestão de Loja” Foi lançado em Ponta Grossa, no dia 14 de agosto de 2013, o Programa TOP LOJA para minimercados da região. Tratase de uma parceria entre a Apras e o Sebrae. O evento contou com a presença de vários microempresários de supermercados. O Presidente da Apras de Ponta Grossa, Nelvir Rickli, juntamente com o representante da Fecomercio de Curitiba, Paikan Salomon, convidaram a todos para participar do programa.

Palestra: “Gestão de Categorias” Os empresários e profissionais de supermercado de Londrina receberam no dia 19 de setembro o palestrante e profissional Eduardo Torelli. Ele é professor universitário nas áreas de Marketing e Gestão de Marketing e MBA em Gestão Estratégica, com vasta experiência em marketing aplicado para varejo de Supermercados. Torelli é sócio

Além de todo o incentivo que receberam, os participantes

proprietário da empresa de Consultoria Opportunity Gestão

puderam ouvir sobre a importância da profissionalização

de Negócios. A palestra foi ministrada em conjunto com

do setor, em especial das pequenas empresas. O assunto

Reginaldo Zani, também sócio da empresa. Reginaldo é

foi abordado pelo consultor de supermercados e professor

profissional com formação na área de Administração e pós-

Francisco Flávio de Paula. Flávio tem mais de 25 anos

graduação em Gestão e Estratégias Financeiras.

de experiência no setor. Ele falou do varejo como algo desafiador, dinâmico, concorrido e também formador. Afirmou que “supermercado, seja pequeno ou grande, tem que gerar lucro e não só trabalho”. Disse aos presentes que devem repensar seu negócio, ver pontos a serem melhorados e para isso, a partir de agora, poderão contar com um programa para auxiliá-los. Após a palestra, os convidados participaram de um jantar e puderam tirar dúvidas e se inscrever no programa. A Apras e o Sebrae agradecem ao professor Flávio por toda a informação e motivação na participação do programa TOP LOJA.

A palestra deu enfoque em gestão por Categorias de Produtos com base na Curva ABC de Vendas. O foco da GC é a entender cada departamento da loja como uma unidade estratégica de negócios, com a atenção voltada para produtos de alto giro, utilizando ferramentas do marketing para alcançar a lucratividade. O presidente da regional de Londrina, Wilson Obara, esteve presente e participou do trabalho que foi muito bem avaliado por todos. A Apras, em nome de seu presidente local, e também do presidente estadual Cesar Tozetto, agradece aos ministrantes pelo auxílio e disponibilidade!


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CURSOS DE GESTÃO:

Curso Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula A Turma 41 do Curso de Formação Gerencial no Varejo da cidade de Londrina encerrou seus trabalhos no dia 09 de setembro, com o módulo ministrado pelo professor Lourenço Paulo da Silva. Terezinha Matos Lopes, diretora de Capacitação da Apras de Londrina, esteve presente neste dia para parabenizar e entregar os certificados aos alunos que concluíram o trabalho. Parabéns a todos os alunos pelo empenho e conclusão do trabalho! Parabenizamos também os novos alunos da Turma 42 do Curso de Formação Gerencial no Varejo de Curitiba, que teve início no dia 15 de julho.

ALUNA DESTAQUE CURSO A Turma 41 do Curso de Formação Gerencial no Varejo de Londrina, que se formou no dia 09 de setembro de 2013, teve como destaque a aluna Karine Menvius, que, no último dia de aula, recebeu aplausos dos colegas e professores e um lindo buquê de rosas da diretora de capacitação da Apras, Terezinha Lopes. Foi uma forma carinhosa de a diretora da Apras parabenizar o esforço e empenho da aluna que faltou a uma única aula durante o curso que durou um ano. Karine é psicóloga da Rede Viscardi. Ela trabalha como Coordenadora de Desenvolvimento Humano da empresa,


Academia Apras realizando Recrutamento e Seleção de Pessoal, Treinamentos e auxiliando no desenvolvimento dos colaboradores e líderes. Karine contou que foi participar do curso com o objetivo de entender melhor toda a dinâmica de um supermercado e que, com o aprendizado adquirido, poderá somar idéias e dar muito mais suporte para os colaboradores e para a gerência. “A partir do momento que se entende o setor, pode-se contribuir muito mais com ele”, afirmou.

– Parceria Apras e Anaconda O Curso Básico de Padaria foi ministrado entre os dias 05 e 20 de agosto de 2013, com carga horária de 20h. Foram treinados mais 16 alunos. Destaque para os alunos da cidade de Irati que, com muita vontade, vieram por seis dias a

Karine disse ainda que todas as aulas são aplicáveis no dia

Curitiba para assistir aula. Eles destacaram que o objetivo é

a dia, pois são ministradas por gestores e professores que

capacitar pessoas da região, já que a procura pela profissão

conhecem o setor e têm domínio do que falam.

de padeiro tem se reduzido muito atualmente.

Parabéns, Karine, pelo seu empenho e dedicação!

O Curso foi ministrado pelo professor Eldon Strey, técnico

Curso “Gestão de Pessoas” – 44hs

do Moinho Anaconda , com muito conhecimento e humor. Ele ensinou aos alunos o preparo das principais massas que o padeiro deve conhecer para trabalhar em um setor de panificação, inclusive o bom preparo de pizzas. Os alunos saíram encantados com tudo o que aprenderam e já

O Curso de Gestão de Pessoas foi ministrado em Curitiba com uma carga horária mais intensa e muitos alunos puderam realizá-lo. Um grupo forte de profissionais de Recursos Humanos das empresas e alguns empresários fizeram parte deste trabalho. Ele puderam se atualizar com os assuntos de Legislação Trabalhista, uma nova visão do Perfil de líderes, participaram da Oficina de Comunicação, ouviram e aprenderam sobre o Coaching para os líderes, entre outros trabalhos. O trabalho foi ministrado por profissionais de grande conhecimento e competência como os professores Ronaldo Rangel, Jefferson Augusto Krainer, Adriane Werner e Rosane Maia. Os alunos encerraram os trabalhos no dia 01 de outubro e foram convidados para uma palestra de encerramento e entrega de certificados.

CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA E ESPECÍFICA: Curso Básico de Padaria

pediram novo curso, diante de tamanho resultado. A Apras agradece mais uma vez à Anaconda, na pessoa do sr. José Baltazar, por todo o auxílio e por nos conceder o espaço para capacitar cada vez mais nossos associados. É uma grande parceria!


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Comunicação Visual I: Básico de Cartazista

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do assunto. Parabéns, professora. Parabéns também aos alunos que, com muito interesse, participaram da aula.

Mais uma turma realizou o Curso Básico de Cartazista em Curitiba, no dia 18 de setembro. Foram capacitados 16 alunos de diferentes supermercados, incluindo alunos que vieram de Santa Catarina. Eles passaram o dia todo aprendendo a técnica de confecção de cartazes com um trabalho totalmente prático ministrado pelos professores Anselmo dos Santos e Celso dos Santos. Novos professores estão surgindo, sendo treinados por profissionais de grande experiência. Isso garante a qualidade do trabalho e uma linguagem única dos ministrantes para todos os associados. A Apras agradece aos parceiros METIQ e Casa do Cartazista por todo o apoio e qualidade dos produtos que têm sido utilizados pelo professor Anselmo em todas as aulas no estado. Parabéns aos novos cartazistas!

Curso Vendas II: Layout de Loja

Curso de Manipulação de Alimentos

O Curso Layout de Loja foi ministrado na Apras no mês

No dia 29 de agosto foi realizado mais um Curso de

participantes a conhecer as regras de um bom recebimento,

Manipulação de Alimentos da Apras de Curitiba. A

conferencia de produtos, estocagem, precificação e grande

professora e Nutricionista Raquel Zarpellon ministrou o

cuidado na exposição, reposição e giro de mercadorias. Ele

curso para um grupo de alunos que precisavam se preparar

ministrou o curso na teoria e na prática, montando layout de

mais para a manipulação de alimentos em supermercados.

loja com os alunos no supermercado modelo da Academia

Raquel conquistou os alunos com simpatia e com o domínio

Empresarial da Apras. O curso foi muito prático e todos

de setembro. O professor Ticiano Mattos, que tem grande experiência em exposição e layout de loja, auxiliou os


Academia Apras

Parabéns ao professor Ticiano pelo trabalho e a todos os

Curso Atendimento ao Cliente e Comunicação

alunos capacitados.

A CASA CHINA tem sido um grande exemplo em

puderam expor mercadorias e aprender as regras de um layout de loja.

investimento de funcionários. No mês de setembro a empresa encaminhou um grupo expressivo de pessoas

CURSOS IN COMPANY Curso Gestão de Pessoas e Liderança A Rede Líder de Supermercados em Foz do Iguaçu é mais uma empresa que está preocupada em capacitar e melhorar seus líderes. Nos meses de agosto e setembro a empresária Cleunice Maria Costa de Almeida participou dos treinamentos com sua equipe. Os professores Sandra Coltre,

para o Curso de Atendimento ao Cliente e Comunicação, ministrado pela professora Adriane Werner. Ela, com sua experiência, auxiliou os participantes a aperfeiçoar seus conhecimentos, adquirindo novas formas de comunicação visando a melhoria da qualidade no desempenho das funções e na prestação de serviços. O trabalho foi muito animado, com um grupo de colaboradores bem alegres e que somaram a alegria com a professora Adriane, que sempre de forma muito divertida ensina muitas técnicas de se atender e conquistar os clientes.

Cristiane Pasquinelli e Francisco Flávio de Paula auxiliaram a empresa ministrando os treinamentos. O curso tem o objetivo de trabalhar as habilidades e atitudes dos encarregados de loja, capacitando-os para liderança, além de orientar o trabalho junto aos colaboradores, a fim de reter e formar uma equipe de profissionais competentes e satisfeitos. Desta forma, pode-se visualizar as mudanças que se fizerem necessárias. A empresária e os alunos ficaram felizes com o resultado. Parabéns a Rede Líder pelo trabalho e dedicação com seus colaboradores.

Curso Técnicooperacional de Frios e Lacticínios A Rede Jacomar de supermercados continua investindo


academia apras / espaço apras

O Curso abordou a Gestão da Qualidade que tem como

Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos na sua necessidade. Um trabalho que poderá ser realizado na sua cidade e dentro da sua loja! 41 3263-7000 ou pelo site

foco a Responsabilidade com Alimentos (CDC). No item

academiaapras.org.br

em pessoas e no mês de setembro capacitou mais colaboradores. Os professores Luis Fernando Camargo, Ronaldo Rangel e Francisco Flávio de Paula ministraram o curso na sede de treinamentos da Rede.

Gestão de Pessoas, os professores salientaram que o bom relacionamento interno garante o bom trabalho. Outro tópico fundamental foi a Gestão Operacional, que fala da importância do setor de Perecíveis e de Frios e lacticínios no contexto da loja.

Curso Comunicação Visual I: Básico de Cartazista A Rede Kusma de supermercados está investindo em seus colaboradores como outros empresários no estado, buscando cursos in company. A empresa encaminhou seus colaboradores para o curso Básico de Cartazista, e duas turmas foram capacitadas. O curso foi ministrado pelo professor Anselmo dos Santos, que auxiliou os participantes a conhecer o Código de Defesa do Consumidor como parte fundamental para construção de cartazes e ensinou a todos as técnicas para ser um profissional de cartazes. A Apras agradece aos parceiros METIQ e Casa do Cartazista por todo o apoio e qualidade dos produtos que têm sido utilizados pelo professor Anselmo em todas as aulas do estado.

Nielsen realiza 1° Evento a Clientes na sede da APRAS A empresa de pesquisas Nielsen realizou, no dia 16 de setembro, o 1° Evento a Clientes Nielsen Sul, na sede da APRAS, Associação Paranaense de Supermercados, em Curitiba. No evento, diretores da Nielsen falaram sobre oportunidades de negócios em marketing, esportes e inovação, especialmente no Sul do país. O superintendente da APRAS, Valmor Rovaris, deu as boasvindas em nome da entidade a todos os participantes, salientando o otimismo do varejo paranaense. Rovaris lembrou que, em 2012, o crescimento dos supermercados paranaenses foi superior à média nacional e também à média do Sul do Brasil. Por causa deste otimismo, que se mantém em 2013, o tema da próxima Mercosuper será O VAREJO CAMPEÃO. A Feira e Convenção Paranaense de Supermercados acontece em abril de 2014, em Curitiba. O diretor de novos negócios da Nielsen, Mário Ruggiero, palestrou com o tema “Nielsen e o Esporte no Brasil’, lembrando que, não apenas o futebol, mas também outros esportes têm trazido excelentes oportunidades de negócios para o país. Olimpíadas e Copa do Mundo, certamente, serão pontos de alavancagem ainda maior de investimentos. Patrícia Momesso, gerente de Analytic Consulting da empresa, falou sobre a importância da inovação, com o tema “Cases que ajudaram clientes na definição de preço, produto e foco na execução para ganho rápido de volume”. A executiva apresentou casos reais de clientes da Nielsen, sem citar os nomes das empresas, que redefiniram suas estratégias a partir da análise de pesquisas e estatísticas. Por fim, Alfredo Costa, diretor de Client Service, tratou do tema “Análise Exclusiva: oportunidades de crescimento na Região Sul”, trazendo números do desenvolvimento econômico da região e salientando as possibilidades de crescimento dos negócios nos próximos meses. Fonte: Assessoria de Imprensa Apras


Lançamentos PRUDENCE LANÇA LENÇO UMEDECIDO PARA HIGIENE FEMININA Para garantir bem-estar à mulher moderna a qualquer hora do dia, chega ao mercado o mais novo produto da DKT do Brasil voltado para a higiene íntima feminina. O Prudence Íntima Lenços Umedecidos é o novo produto da empresa desenvolvido para tornar mais práticos os cuidados pessoais. Os lenços umedecidos da Prudence são hipoalergênicos, não contém álcool e nem perfume. Possui ácido lático, substância naturalmente presente na região íntima, que mantém o ph balanceado respeitando o equilíbrio fisiológico. Outro componente de destaque em sua fórmula é a camomila, responsável por hidratar delicadamente a região. Para assegurar a confiabilidade do lançamento, o item foi testado ginecológica e dermatologicamente.

Cappuccino 3 Corações ganha novas versões escolhidas por consumidores Há 20 anos o Cappuccino 3 Corações conquista os brasileiros com a qualidade do produto líder da categoria e com a estratégia voltada sempre a atender os desejos dos consumidores. Nesse ano, a marca realizou uma pesquisa exclusiva com mais de 25 mil pessoas para descobrir quais sabores elas gostariam de experimentar no Cappuccino 3 Corações. Após o resultado, dois lançamentos chegam às gôndolas de todo o Brasil: Cappuccino Baunilha e Cappuccino Chocomenta. Disponíveis na versão em pote com 200g, as novidades chegam para completar o portfolio da linha do Cappuccino 3 Corações, que ainda possui os sabores Classic, Canela, Chocolate, Diet, Descafeinado e Light – além do Cappuccino #PRONTO, nova bebida gelada da marca.


Revista SUPERMIX

Alimentos Zaeli lança seis novos produtos para o Natal Apostando na tradição, a Alimentos Zaeli já começa a preparar um mix especial para incrementar as ceias de Natal e de Ano Novo. Serão seis novos produtos: mistura temperada para kibe, em embalagem de 300g; amido de milho, de 500g; champignon, de 170g; uva passa branca, de 200g; uva passa vermelha, de 200g e ameixa sem caroço, de 200g. Os lançamentos chegam às prateleiras dos supermercados já em outubro, tempo ideal para o consumidor conhecer as novas delícias da marca e começar a pensar nas receitas que farão parte das guloseimas das noites mais festivas do ano.

Condor lança escova para cabelos da Barbie A Condor coloca no mercado a escova para cabelos infantojuvenil com a marca Barbie. O produto tem base almofadada com pontas protetoras e massageadoras, ideal para desembaraçar os cabelos. O diferencial está no cabo emborrachado com aroma de tutti-frutti. A escova foi desenvolvida para atender meninas de 3 a 9 anos e está disponível nas cores rosa claro, pink e preta, com duas linhas de embalagem atrativas para o público alvo.

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ESPAÇO DO LEITOR

Prezado leitor, Mande suas dúvidas e críticas para a equipe da revista Supermix.

Envie sua correspondência para: Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo Rei Curitiba/PR – CEP 80045-190 E-mail: comunicação@apras.org.br

O que você gostaria de ver na revista Supermix? Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o e-mail comunicação@apras.org.br




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