Supermix edicao 147

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palavra do presidente Olá, Como se diz por aí, o ano de 2013 está voando. O primeiro semestre já passou. Foi um semestre de altos e baixos na economia brasileira, com inúmeros acontecimentos que apresentaram reflexo direto em nosso setor. Vivemos meses de adaptações, tanto em nossas áreas operacionais quanto no tocante à legislação, etiquetagem, venda e atendimento ao consumidor. Tivemos, por exemplo, o corte de impostos de produtos da cesta básica, com a intenção clara de conter as ameaças de inflação. As primeiras semanas – todos lembramos bem – foram de agito nos supermercados: Imprensa cobrando redução nos preços, lojistas e gestores mergulhados em contas sobre como fazer as deduções, indústria se adaptando às mudanças, algumas em plena fase de reajustes... Levamos alguns dias para harmonizar os preços, considerando custos, impostos, margens, mas sempre deixamos claro nosso apoio total às medidas de contenção da inflação – uma ameaça que nos rondava e continua a nos rondar. Além disso, tivemos as notícias de adulteração em produtos, que trouxeram corre-corre para a retirada deles das prateleiras. Mais uma vez, frisamos nossa preocupação maior em cuidar da saúde do nosso cliente, com total prioridade em levar produtos de qualidade ilibada às nossas lojas. E assim seguiram os primeiros meses do ano, com anúncios de novas exigências na legislação – como a discriminação dos impostos nas notas fiscais. Já temos inúmeros supermercados adaptados às exigências, embora o prazo para que a discriminação seja obrigatória tenha sido prorrogado. Tudo isso nos mostra, mais do que nunca, que o associativismo é a saída para sermos um setor forte e reconhecido pela sociedade. Precisamos fortalecer nossos laços e por isso quero conclamar a todos para que intensifiquem cada vez mais sua participação e presença na APRAS. Estamos na ponta do relacionamento com o consumidor e, por isso, somos um setor tão importante para a sociedade. E é com a experiência de todos esses acontecimentos, e com a visão otimista de um futuro promissor, que preparamos a edição 147 da Supermix. Trazemos, nesta edição, em primeira mão para você, o que estamos planejando para a MERCOSUPER 2014. Nosso tema será “O Varejo Campeão - conquista do consumidor”. Entrando no clima da Copa do Mundo, vamos falar do crescimento expressivo do varejo paranaense, que tem se mantido com taxas bastante superiores à média nacional e também maior que o crescimento registrado no Sul do país. E na conquista do consumidor, vamos tratar de temas vitais para nosso setor: marketing, avanço tecnológico e qualificação de nossas equipes de trabalho. São temas que irão nortear nossas próximas edições, na preparação da melhor MERCOSUPER de todos os tempos! Esta é nossa meta. Contamos com você! Forte abraço, Cesar Moro Tozetto Presidente da Apras


sumário

Academia Apras

(47)

Suporte jurídico

(26)

Lançamentos

(55)

Carreira

(24)

economia

(32)

Notícias

(08)

RH

(47)

Artigos

(36)

18

22

46

matéria de capa

Calendário

Espaço mercosuper

Supermercados paranaenses crescem acima da média nacional. Saiba os motivos

Dia das crianças pode ser bem aproveitado para melhorar as vendas

Saiba o que será novidade na Feira em 2014.

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28

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ENTREVISTA

TENDÊNCIAS

SAÚDE

O economista José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo, analisa os riscos de retomada da inflação e afirma que o país deve ficar atento

Inovar é preciso. Investir em tecnologia é importante para manter a competitividade do setor. Até mesmo pequenos supermercados estão apostando em novidades

Apras apoia incentivos à Produção Integrada, com menor uso de agrotóxicos e maior economia no campo



editorial DIRETORIA EXECUTIVA TRIÊNIO 2012/2015

Olá, O setor supermercadista está otimista como sempre e, mesmo com alguma instabilidade na economia brasileira, temos motivos para manter as boas previsões e as metas ousadas de progresso: há mais de um ano temos crescido acima da média nacional e com índices também superiores aos do sul do país. O destaque tem acontecido em empresas de todos os portes: grandes redes paranaenses estão entre as maiores do país e em franca expansão; empresas de médio porte aqui do estado têm sido apontadas como referência nacional em gestão; pequenas lojas cada vez mais são vistas como exemplo de criatividade e inovação... E os minimercados acabam de ganhar mais atenção do setor, com a parceria que a APRAS acaba de firmar com o Sebrae-PR para capacitar gestores dessas empresas. Ou seja, estamos com tudo! Mas não podemos fechar os olhos aos desafios que nos são impostos todos os dias. A inflação é uma ameaça real e é preciso ficar atento. Nosso entrevistado desta edição da SUPERMIX, o economista José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo, alerta que o país precisa investir em infraestrutura e controlar a inflação, sob pena de todos os setores sofrerem com retomada do desemprego e queda do poder aquisitivo da população. Os alertas também vêm quando olhamos para dentro de nossas lojas. Você vai ler aqui a reportagem em que Cláudia Silvano, coordenadora do PROCONPR, comenta sobre as principais reclamações envolvendo o setor: produtos com prazo de validade vencido nas prateleiras, preços diferentes nas gôndolas e nos caixas e tempo de espera na fila dos caixas de supermercados. O controle rigoroso de todos os processos em uma loja é importantíssimo. Pequenos deslizes podem trazer multas e até sanções mais graves para os gestores. Mas com atenção e responsabilidade, é possível manter tudo sob controle. Nesta edição inauguramos um novo quadro fixo em nossa revista: Espaço Mercosuper. Aqui você vai saber todas as novidades que estamos preparando para a próxima edição da feira, que acontecerá em abril de 2014. Estamos trabalhando a todo vapor para que a 33ª Mercosuper seja inesquecível. Desde já, contamos com você! E, como o tempo não para, o Dia das Crianças já está chegando. Vamos refletir juntos sobre como podemos fazer o melhor, preparando nossas lojas para esta data tão especial para os pequenos e tão importante para nosso setor. Forte abraço! Boa leitura... Adriane Werner Coordenadora de Comunicação - APRAS

Presidente Cesar Moro Tozetto (Tozetto & Cia LTDA ) Primeiro Vice-Presidente José Eduardo Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente Financeiro João Jacir Zonta (Comercial Alimentos Zonta) Vice-Presidente de Relações Públicas Pedro Joanir Zonta (Condor Super Center LTDA) Vice-Presidente de Patrimônio Ademar Vedoato (Supermercados VISCARDI) Vice-Presidente Eventos Everton Muffato (Irmãos Muffato & Cia LTDA) Vice-Presidente de Expansão Marlus Kusma (Kusma & Cia LTDA) Vice-Presidente de Capacitação Carlos Tavares Cardoso (Companhia Brasileira de Distribuição) Vice-Presidente de Segurança Luiz alberto Leão (Condor Supermercados) Vice-Presidente de Segurança Alimentar Sergio Jasinski (Supermercado Jasinski) Vice-Presidente Adjunto Luiz Mauricio K. Hyczy (Supermercado Superpão LTDA) Vice-Presidente Adjunto Paulo Beal (Supermercado Beal) Vice-Presidente Adjunto Roberto Angeloni (A. Angeloni & Cia LTDA) Vice-Presidente Adjunto Carlos Beal (Cia Beal de Alimentos) Vice-Presidente Adjunto Claudio Tissi (Supermercacos Tissi LTDA) Vice-Presidente Adjunto Celso Luiz Stall (Supermercados STALL LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Albert Pankratz (Supermercado JACOMAR) Conselho Fiscal Efetivo Haroldo Antunes Deschk (Haroldo Antunes Deschk & Cia LTDA) Conselho Fiscal Efetivo Dercio Domingos de Costa (Mercado VIDEIRA LTDA) Conselho Fiscal Suplente João Batista Moreira dos Santos ( Supermercado SANTA HELENA) Conselho Fiscal Suplente Edson Zamprogna (Coml. Alim. ZAMPROGNA LTDA) Conselho Fiscal Suplente Joraci Boza (Supermercado BOZA) Presidente Regional Sul - Ponta Grossa Nelvir Rickli Junior (SUPERMERCADO RICKLI) Presidente Regional Norte - Londrina Wilson Yukio Obara (IRMÃOS OBARA & CIA LTDA) Presidente Regional Oeste - Cascavel Genésio Pegoraro (IRANI SUPERMERCADOS) Presidente Regional Sudoeste - Panto Branco Edy Dalberto (SUPERMERCADO ITALO) Presidente Regional Noroeste - Maringá Mauricio Bendixen da Silva (SUPERMERCADOS CIDADE CANÇÃO) Presidente Regional Norte Pioneiro - Jacarezinho Jair Tozo Junior (SUPERM BEIRA LINHA-RIBEIRÃO DO PINHAL) Presidente Regional - Irati Fabio Storck (SUPERMERCADO GLORIA) Presidente Regional - Guarapuava José Fernando Bracailo Junior (SUPERMERCADO SUPERPÃO) Conselho Permanente Everton Muffato Pedro Joanir Zonta Ruy Senff Sidney Schnekemberg Eduardo Antonio Dalmora Romildo Ernesto Conte Roberto Demeterco Superintendente Valmor Antônio Rovaris

Vice-Presidente de Relações Públicas João Jacir Zonta Superintendente Valmor Rovaris Conselho Editorial Adriane Werner, José Eduardo Nasser Departamento Comercial Khailany Cardoso e Fábio Sobocinski - Fone: (41) 3263-7000 E-mail: supermix@apras.org.br | fabio@apras.org.br Projeto Gráfico Zeh Henrique Rodrigues (Brainbox Design Estratégico) Diagramação Samuel Rodrigues / Luís Junior Revisão Paulo Roberto Maciel Santos Fotos Alex Santos Pré-Impressão (CtP) e Impressão Maxi Gráfica e Editora Ltda. Tiragem 13.000 exemplares Distribuição Nacional Enviada aos supermercados e atacadistas do Brasil. A revista Supermix é patrimônio da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e também seu órgão oficial de divulgação. Avenida Souza Naves, 535 – CEP 80045-190 Fone: (41) 3263-7000 – Fax: (41) 3362-8513 – Curitiba – PR supermix@apras.org.br / www.apras.org.br/supermix Os artigos assinados são de total responsabilidade de seus autores e não refletem necessariamente a opinião da revista. Todos os direitos reservados. JORNALISTA RESPONSÁVEL Adriane Werner (DRT 3413)

Impressão A Apras, consciente das questões ambientais e sociais, utiliza papéis com certificação FSC ( Forest Stewardship Council) na impressão deste material. A certificação FSC garante que uma matéria-prima florestal provém de um manejo considerado social, ambiental e economicamente adequado. Impresso na Maxi Gráfica e Editora Ltda. - certificada na cadeia de custódia - FSC



NOTÍCIAS

Supermercados superam shopping centers em compras por impulso

o crescimento do setor varejista vem apresentando uma tendência de queda desde janeiro, possivelmente repercutindo a pressão inflacionária ao consumidor no

( Em um estudo do SPC Brasil (Serviço de Proteção ao Crédito) e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), 34% dos consumidores entrevistados afirmaram que gastam mais do que o planejado quando estão em supermercados. Nos shopping centers, o percentual é menor, de 25%. Já no comércio eletrônico, 19% compram por impulso.

período. Porém, a Boa Vista Serviços espera, ainda que não

Segundo a pesquisa, as compras sem planejamento nos supermercados são mais recorrentes entre as famílias da

Setores

classe C. Nessa faixa salarial, 40% admitiram que são mais impulsivos nos supermercados, enquanto nas classes A e B o percentual cai para 29%. As crianças são um dos motivadores da compra por impulso. No supermercado, pelo menos 26% dos entrevistados afirmaram não resistir às pressões dos filhos e compram mais produtos do que planejavam. Entre os pais que têm crianças de até 6 anos, o percentual aumenta para 37%. Para os que tem filhos entre 7 e 15 anos, é de 35%. Quando perguntados sobre os produtos que menos conseguem resistir, os mais citados pelos entrevistados foram roupas (56%), calçados e acessórios (43%) e perfumes e cosméticos (29%). Fonte: G1 )

Boa Vista Serviços: movimento do comércio cresceu 1,6% no primeiro semestre de 2013

na mesma intensidade de anos anteriores, que a atividade de varejo mantenha-se crescendo a taxas significantes em 2013. Corroboram as suas expectativas a manutenção de baixas taxas de desocupação na economia, os contínuos ganhos salariais acima da inflação e as medidas tomadas pelo Governo Federal que tendem a favorecer o setor.

O setor de Móveis e eletrodomésticos registrou aumento de 2,6% sobre maio (na análise com ajuste sazonal), sendo o primeiro resultado positivo no ano. Entretanto, a variação acumulada no ano contra o mesmo período em 2012 se manteve em território negativo, com queda de 2,8%. No resultado acumulado entre janeiro e junho de 2013 contra o período correspondente do ano anterior, o setor de Combustíveis e Lubrificantes manteve o maior avanço, com 4,1%. Quando comparada a maio de 2013, a série com ajuste sazonal do segmento varejista expandiu 1,3%. Na abertura de Tecidos, Vestuários e Calçados houve queda de 0,8% quando confrontado ao mês anterior – expurgados os efeitos sazonais. O indicador no semestre exibiu acréscimo acumulado de 2,4% em relação ao mesmo período do ano passado. Por fim, no setor de Supermercados, Alimentos e Bebidas, a série com ajuste sazonal apresentou contração de 0,4% em relação a maio de 2013. Entretanto, o indicador apontou expansão de 3,3% na atividade do setor nos primeiros

( Indicador avançou 0,8% em relação a maio O indicador de movimento do varejo avançou 0,8% em junho na comparação com maio, desconsiderando os efeitos

seis meses do ano quando confrontado ao período correspondente em 2012. Fonte: Tamer Comunicação Empresarial)

sazonais, de acordo com a Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito), a partir de dados do varejo com abrangência nacional. A variação acumulada no primeiro semestre do ano foi de 1,6% quando comparada ao respectivo período em 2012. Avaliando os últimos 12 meses contra os 12 meses terminados em junho do ano anterior, o indicador subiu 3,9%. Após registrar ganhos expressivos nos últimos anos,

Geadas ameaçam plantações de café no Paraná ( Uma das culturas mais suscetíveis ao frio intenso, o café deverá sofrer com o clima atual no Paraná. A baixa temperatura faz com que o líquido das células do cafeeiro


Revista SUPERMIX

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congele, provocando a morte dos tecidos. Ainda é possível retirar os grãos da planta atingida pela geada, mas o prejuízo fica para as próximas safras.

Justiça trabalhista condena supermercado a pagar R$ 200 mil por revistar pertences dos empregados

Os danos à produção dependem da intensidade do frio. De acordo com Marco Antonio dos Santos, da Somar Meteorologia, com dois graus de temperatura, os danos são de cerca de 5% da produção. Com um grau, os prejuízos aumentam para 20%, e com zero grau, 50% da colheita é perdida. A situação no Paraná foi agravada pelas chuvas mais intensas em junho, que prejudicaram a qualidade do grão. “Se não tivesse chovido tanto, cerca de 60% da produção

( O Tribunal Regional do Trabalho no Rio de Janeiro (TRT-RJ) manteve a condenação em R$ 200 mil dos Supermercados Novo Mundo. A sentença havia sido dada pela 5ª Vara do Trabalho de Nova Iguaçu em ação civil pública ajuizada do Ministério Público do Trabalho (MPT). Além do pagamento do dano moral coletivo, a Justiça proíbe a empresa de continuar com a prática de revistar os objetos dos funcionários, sob pena de multa de R$ 10 mil.

poderia ser de boa qualidade, mas este índice deve ser reduzido a 20%”, diz Paulo Franzini, coordenador da área de café do Departamento de Economia Rural (Deral). Franzini acrescenta que o clima é de “desânimo”. “Talvez [a geada] seja um fator decisivo para o produtor sair da atividade, ou diminuir a área ou reformar a lavoura”. Fonte: Valor Econômico)

A empresa foi processada após investigação que comprovou denúncia de que o supermercado - que possui cerca de 1.200 funcionários em 14 lojas, em sua maioria na Baixada Fluminense - revistava armários e pertences de seus funcionários, mesmo com câmeras de segurança instaladas. A vistoria era feita, principalmente, nos produtos adquiridos com o vale-compras fornecido aos empregados.


NOTÍCIAS Na ação, o MPT sustentou que os equipamentos seriam suficientes para garantir a proteção do patrimônio do supermercado. “A revista praticada nos caixas quando os empregados usam seus vales-compra, realizada na frente de clientes e demais empregados, só torna ainda mais constrangedora a situação do trabalhador”, segundo o processo. O juiz Elísio Correa de Moraes Neto considerou que a prática é inaceitável e afronta a intimidade de uma pessoa a fim de proteger a propriedade de produtos alimentícios, tais como macarrão e manteiga. O supermecado Novo Mundo ingressou com recurso da decisão junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST). Fonte: O Globo.)

Movimento do varejo alimentar sobe 3,3% no primeiro semestre

apoiadas pelos supermercados Curitiba tem cerca de 4 mil moradores de rua e boa parte deles é atendida por programas sociais da FAS – Fundação de Ação Social, da Prefeitura municipal. Nos dias mais frios, a demanda por acolhimento nos abrigos aumenta – e as dificuldades de se atender a todos também. Para buscar apoio dos supermercadistas da região, a presidente da Fundação, Márcia Fruet, esteve na sede da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados no final do mês de julho. Participaram ainda da reunião o superintendente do IPCC – Instituto Pró-Cidadania de Curitiba, Gerson Guelmann, e a secretária municipal da Mulher, Roseli Isidoro, além de assessores. Durante o encontro, diversas possibilidades de parcerias com a APRAS foram discutidas. Ao saber das possíveis parcerias, o

( É o que aponta levantamento da Boa Vista Serviços, administradora do SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito). A evolução é comparada com o mesmo período de 2012. Para o setor de supermercados, alimentos e bebidas, o indicador apontou expansão de 3,3% nos primeiros seis meses do ano. Em junho de 2013, o indicador apresentou contração de 0,4%, em relação a maio.

presidente da Associação supermercadista, Cesar Tozetto,

Comércio geral

de empregabilidade. “Temos cerca de 200 pessoas que

No varejo total, o indicador de movimento avançou 0,8% em junho na comparação com maio, desconsiderando os efeitos sazonais. A variação acumulada no primeiro semestre do ano foi de 1,6% quando comparada ao respectivo período em 2012. Avaliando os últimos 12 meses contra os 12 meses terminados em junho do ano anterior, o indicador subiu 3,9%. Fonte: Monitor Mercantil.)

têm total condição de contratação imediata”, garantiu a

deu total aval para que se firmem convênios e aumente ainda mais a aproximação entre as instituições. Entre as ideias tratadas na reunião, a possibilidade de capacitar e encaminhar para vagas de empregos diversos moradores de rua que estão em condições

presidente da FAS. O superintendente da APRAS, Valmor Rovaris, também viu com bons olhos a possibilidade: “Para o setor essa é uma alternativa boa, pois temos oportunidade de contratar pessoas para os supermercados de Curitiba, que têm várias vagas”, afirmou. Além disso, com a possibilidade de capacitação, outras pessoas também poderão estar aptas ao mercado de trabalho em breve.

Reunião discute parcerias entre Prefeitura

Mas a ação mais imediata deverá ser a mobilização do

e Associação de Supermercados para ações sociais

campanhas de arrecadação de roupas, cobertores, alimentos

( Campanhas de arrecadação de roupas, cobertores,

mais imediata, especialmente nesses dias de muito frio”,

alimentos, produtos de higiene e limpeza deverão ser

explicou a secretária. Nos próximos dias, supermercadistas

setor supermercadista e de clientes de supermercados em e produtos de higiene e limpeza. “Essa é nossa necessidade


Revista SUPERMIX

serão convidados a destinar espaços de arrecadação para

coleta e materiais de divulgação para o estabelecimento,

que os próprios clientes possam fazer doações à FAS e,

assim como é o responsável pelo recolhimento e

assim, ajudar as instituições que cuidam de moradores de

substituição das caixas cheias por novas.

rua, idosos e crianças em situação de abandono.

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“Esse trabalho em parceria com a iniciativa privada é

Setor engajado

fundamental para atendermos quem precisa. Seja como

Diversos supermercados paranaenses já participam de

posto de coleta para a Doe Calor ou com doações de

ações sociais oficiais, como o Doe Calor (desenvolvido em

alimentos, materiais de higiene, produtos voltados à saúde,

parceria entre a FAS e o IPCC para arrecadação de roupas

o nosso trabalho está diretamente ligado a essas grandes

e cobertores no inverno) e o Mesa Brasil (coordenado

redes de solidariedade”, explica a presidente do IPCC,

no Paraná pelo SESC). A intenção, com as parcerias

Francisca Cury.

que começam a se firmar, é intensificar ainda mais essa

Doação de Alimentos

participação.

O IPCC faz também a doação de alimentos que são

CONHEÇA O IPCC

armazenados em um grande barracão em sua sede. Os

Instituto reforça campanha DOE CALOR

alimentos compõem cestas básicas que são encaminhadas

Tendo como objetivo principal resgatar a cidadania da população em situação de risco e vulnerabilidade social, o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC), uma associação civil sem fins lucrativos, desenvolve uma série de atividades

aos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS), responsáveis por fazer os repasses às famílias cadastradas. A distribuição é realizada conforme a avaliação de assistentes sociais.

voltadas à assistência social, cultura, educação e ações

“Além disso, é fundamental que o estoque do barracão

beneficentes.

esteja cheio para atender situações emergenciais, como

Em parceria com a Fundação de Ação Social (FAS), uma das campanhas anuais promovidas pelo IPCC é a Doe Calor, campanha do agasalho de Curitiba. Nos meses mais frios do ano, o Instituto adquire e distribui cobertores e agasalhos novos para a população que mais precisa. Além disso, conta com o apoio de empresas privadas

famílias que precisam deixar suas residências por causa da chuva e que chegam a perder tudo. Nesses casos, montamos cestas emergenciais que são prontamente destinadas”, detalha o superintendente do IPCC, Gerson Guelmann. Para ajudar

que tornam-se postos de coleta para a campanha que

Ainda dá tempo: seu mercado pode fazer parte dessa rede

mobilizam os cidadãos que moram nas regiões próximas aos

do bem. Para se tornar um posto de coleta da Doe Calor ou

empreendimentos. Na campanha de 2013, que segue até o

realizar doações de alimentos e outros produtos, ligue para o

final de agosto, supermercados como Muffato, Condor, rede

(41) 3350-3514.

Walmart, Carrefour, Festval e Tissi, já funcionam como posto

Outras informações: www.ipcc.org.br |facebook.com/

de coleta.

ipcccwb |twitter: @ipcc_curitiba

O IPCC faz todo o trabalho logístico: encaminha as caixas de

Fonte: Monitor Mercantil.)


NOTÍCIAS Compras com cartões atingiram R$ 189,4 bi no primeiro trimestre

preferência do consumidor de optar pelo parcelado quando há a necessidade de realizar compras de maior valor”. Os gastos de brasileiros no exterior feitos com cartão

( As compras que tiveram como meio de pagamento

de crédito também contribuíram para o desempenho

cartões de crédito e débito alcançaram R$ 189,43 bilhões no

no primeiro trimestre, movimentando R$ 6,4 bilhões no

primeiro trimestre deste ano

período, expansão de 16% ante o mesmo período de 2012.

As compras que tiveram como meio de pagamento cartões

Em contrapartida, o valor desembolsado por estrangeiros no

de crédito e débito alcançaram R$ 189,43 bilhões no

Brasil, nesses três meses, foi de R$ 2,9 bilhões, aumento de

primeiro trimestre deste ano, aumento de 16,9% em relação

15,2%.

ao mesmo intervalo de 2012, conforme dados divulgados

O crescimento do setor de cartões no primeiro trimestre

pela Associação Brasileira das Empresas de Cartões de

está em linha com as projeções de expansão da Abecs para

Crédito e Serviços (Abecs). Foram registradas 2,13 bilhões de

2013. A expectativa da associação é de que a indústria tenha

transações com esses plásticos, elevação de 14%, na mesma

expansão de 16,9% este ano, totalizando faturamento de

base de comparação.

R$ 847 bilhões. Os plásticos de débito devem crescer 19,3%

“O consumidor brasileiro tem mudado o seu hábito e

ao longo deste ano, para R$ 292 bilhões. Já os cartões de

tem usado mais o cartão em vez de cheque e dinheiro,

crédito devem avançar 15,7%, com faturamento de R$ 555

justamente porque o considera mais prático, conveniente e

bilhões.

seguro”, justifica Marcelo Noronha, presidente da Abecs, em

Fonte: DCI.)

nota à imprensa.

Tributos chegam a 78% do preço dos presentes para o Dia dos Pais, diz IBPT

O faturamento com cartões de crédito foi de R$ 123,6 bilhões de janeiro a março, montante 14,8% superior a 2012. O plástico foi responsável por 1,05 bilhão de transações no

( A carga tributária de itens que costumam ser adquiridos

período, alta de 12,6%. Os cartões de débito movimentaram

para presentear os pais pode chegar a 78,43% do valor do

R$ 65,8 bilhões, alta de 21,2%, respondendo por 1,09 bilhão

produto, de acordo com levantamento divulgado nesta

das transações feitas nos três primeiros meses de 2013.

terça-feira (30) pelo IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento

Segundo a Abecs, o brasileiro gastou, em média, R$ 60,9 em

e Tributação).

cada transação com cartão de débito de janeiro a março.

A maior alíquota foi encontrado em um perfume importado.

Para efeito de comparação, o tíquete médio do cartão

Na prática, o filho que pretende comprar um perfume que

de crédito foi quase o dobro, de R$ 118,8. Já as compras

custa R$ 200 para o Dia dos Pais, comemorado no próximo

parceladas no cartão de crédito responderam por 50,4% do

dia 11 de agosto, estará desembolsando R$ 157 só de

total, praticamente o mesmo peso das transações à vista, de

tributos.

49,6%. Na quantidade de transações, porém, a proporção foi

O perfume nacional fica em segundo lugar do ranking, já

de 20% para compras parceladas e 80% à vista.

que 69,13% do seu preço corresponde a tributos. Entre

“Isso mostra que o tíquete médio do parcelado é quatro

a seleção de presentes com alta carga tributária, alguns

vezes maior do que o das compras à vista, indicando a

destaques foram: barbeador elétrico (48,11%), cinto de couro (40,62) e vinho (54,73%).


Revista SUPERMIX

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“Além de os preços desses produtos ficarem mais altos nessa época de maior procura, a carga tributária embutida nos presentes fica na média de 40% do preço final. Entre os produtos mais consumidos nesta época, predominam itens importados e eletrônicos, que contêm uma incidência ainda maior de tributos”, afirma a vice-presidente executiva do IBPT, Letícia Mary Fernandes do Amaral.

de desemprego de 2012 foi de 5,5% da PEA (População Economicamente Ativa), a mais baixa dos últimos anos.

Entre os serviços mais procurados para comemorar a data, a carga tributária é menor. Do valor pago por uma refeição em restaurante, 32,31% corresponde a tributos. Do valor de um ingresso de teatro ou de cinema, o percentual é de 30,25%.

Ele notou alterações recentes no comportamento de dois indicadores que podem indicar mudanças importantes no mercado de trabalho. O primeiro é o Índice de Pressão Salarial, calculado pela Fipe, com base nos dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). Esse indicador mede a relação entre o salário médio de admissão e o salário médio de desligamento.

CUPOM FISCAL Os consumidores já podem conferir, em muitos estabelecimentos, a carga tributária embutida no preço final dos produtos e serviços. A informação passou a ser obrigatória com a lei nº 12.741/12. As empresas, porém, têm até o dia 10 de junho de 2014 para começar a informar o dado. Isso porque a Medida Provisória 620, publicada no “Diário Oficial da União” em junho, prorrogou o início das penalidades cobradas dos varejistas que não informarem corretamente os impostos pagos na nota fiscal do consumidor. A lei obriga as empresas a discriminar o valor aproximado de um conjunto de até sete tributos em cada nota ou cupom fiscal emitido --ICMS, ISS, IPI, IOF, PIS/Pasep, Cofins e Cide. O IBPT estima que mais de um milhão de estabelecimentos já esteja emitindo cupons fiscais de acordo com a nova lei. Mas esse número deve continuar crescendo, já que atualmente existem mais de 13 milhões de estabelecimentos ativos no país, sujeitos ao cumprimento da lei. Fonte: GS&MD..)

Taxa média de desemprego deve se estabilizar ( Depois de três anos seguidos de queda no desemprego, a perspectiva agora é de que a taxa média se estabilize no mesmo nível de 2012 ou até volte a subir. Vários indicadores do mercado de trabalho já dão sinais de perda de dinamismo, e o modelo econômico baseado no consumo começa a ter impacto na ocupação. A taxa média

“A fase de boom do mercado de trabalho ficou para trás. Aquela situação espantosa de 2012, com o emprego aquecido e a economia fraca, pode estar passando por um ponto de inflexão”, afirma Eduardo Zylberstajn, economista da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas).

Em janeiro de 2013, essa relação era de 97%. Ou seja, o salário de admissão era apenas 2,8% menor do que o salário médio de desligamento, refletindo a dificuldade de recrutar mão de obra. Mas desde fevereiro, observa Zylberstajn, essa relação vem caindo e em maio foi de 93%. Significa que o salário de admissão é 6,6% menor do que o de demissão. O economista ressalta que a relação é ainda muito elevada, mas essa queda pode ser um indício de mudança. Zylberstajn também destaca outro indicador que pode estar sinalizando uma transição, que é a fatia de trabalhadores que pediram demissão em relação ao total de demitidos. Esse índice espelha o ímpeto do trabalhador de pedir a conta porque acredita que vai conseguir um emprego melhor. Em dezembro de 2007, esse indicador acumulado em 12 meses estava em 21%, fechou dezembro do ano passado em 29,1% e, desde então, permanece estável e até com tendência de queda. “O ímpeto do trabalhador que vai conseguir um emprego melhor está perdendo força”, diz o economista. Fábio Romão, economista da LCA Consultores, afirma que “o momento é de moderação do mercado de trabalho”. Ele pondera que ainda não dá para afirmar que o mercado de trabalho esteja “virando” porque a taxa de desemprego ainda é muito baixa se comparada à média histórica. Mas a perspectiva é de que, neste ano, a taxa se mantenha no mesmo nível da de 2013, com risco de alguma elevação. “É sinal de que algo diferente está acontecendo no mercado de trabalho.” Fonte: O Estado de São Paulo .)


ENTREVISTA Economista e reitor da Universidade Positivo alerta, em entrevista exclusiva para a Supermix, sobre os riscos de crescimento da inflação

A inflação brasileira “não é um desastre”, mas é preciso se manter alerta para que os índices não disparem, causando crescimento do desemprego e queda do poder aquisitivo da população. A análise do cenário econômico nacional reflete a visão do economista

José Pio Martins: “A inflação precisa ser controlada para não colocar a perder as conquistas que já tivemos”

José Pio Martins, reitor da Universidade Positivo, entrevistado especial desta edição da Supermix.

SUPERMIX: Qual sua análise do atual panorama

Segundo Pio, o varejo paranaense deve manter as taxas

econômico brasileiro? Ainda podemos dizer que

de crescimento, que têm sido animadoras, por vários

temos estabilidade na economia?

motivos, entre eles a importância da agricultura para a economia paranaense, o crescimento populacional

( José Pio Martins:

e a redução dos preços de produtos com alto poder

significa primordialmente que os preços são estáveis e a

agregado, como os computadores pessoais. Mas, para

moeda funciona como instrumento de troca, medida de

manter o desenvolvimento, segundo o economista,

valor e reserva de valor sem perder seu poder aquisitivo.

o país precisa investir em tecnologia e infraestrutura.

Em outras palavras: ausência de inflação. E por que isso?

Acompanhe a entrevista exclusiva concedida pelo

Primeiro, porque inflação é sempre sintoma de algum

Reitor à Supermix:

defeito no sistema econômico. Segundo, porque inflação

– A expressão “estabilidade econômica”



ENTREVISTA significa corrosão do poder de compra dos salários e, por

que não se cura, apenas se controla. A inflação se nutre

consequência, piora no padrão de vida das pessoas.

dos fundamentos macroeconômicos, dos quais o principal

Nesse sentido, embora a inflação brasileira não seja um desastre, o fato é que se ela ficar no limite superior da meta, que é de 6,5%, o padrão de vida dos assalariados diminuirá, o consumo poderá cair e o crescimento do PIB se reduzirá ainda mais. Além desses efeitos, que significam nervosismo social, a inflação desorganiza o sistema produtivo, impede a previsibilidade dos orçamentos e desestimula investimentos. E esse cenário seria, claramente, de instabilidade.)

SM: A presidente Dilma Rousseff declarou há poucos dias que “tem certeza” que o Brasil conseguirá se manter dentro das metas de inflação neste ano. O que são essas metas? Qual a importância desse parâmetro? Conseguiremos nos manter em patamares aceitáveis de inflação?

é o equilíbrio nas contas públicas. Se o governo perde o controle de seus gastos, os agentes econômicos sabem que isso não pode acabar bem, os investidores se assustam e engavetam projetos, o PIB não cresce, os juros sobem, o desemprego aparece e, vendo sua gestão ir ficando inviável, o governo só tem uma saída: baixar medidas amargas para reverter o quadro.)

SM: Mesmo com uma certa instabilidade nas vendas do comércio em geral, o setor supermercadista tem mantido taxas de crescimento significativas. Por que isso acontece, na sua visão?

( Pio:

– Em relação às vendas no varejo, várias coisas

acontecem de forma a explicar o comportamento do crescimento de um ano para outro. Primeiro, a população do

( Pio: – Falando em meta, o Banco Central fixa, por

Brasil é aumentada em 2,1 milhões de habitantes todos os

resolução, o centro da meta (que é de 4,5% ao ano),

sempre que as camadas mais baixas têm aumento de

admitindo variação de dois pontos porcentuais para mais.

renda, o consumo que mais aumenta é o de alimentação,

Se o limite superior de 6,5% for atingido, o Banco Central irá

vestuário e bens domésticos. Terceiro, apesar dos problemas,

agir mais duramente por entender que essa taxa é muito

o desemprego caiu bastante, embora se saiba que, se o

alta. Quando a presidente Dilma falou que a inflação ficará

PIB seguir repetindo taxas medíocres de crescimento, mais

dentro da meta, ela distorceu um tanto os fatos, pois a meta

cedo ou mais tarde o nível de emprego cairá. Além disso,

central é 4,5%, e tudo indica que 2013 fechará em torno de

é preciso considerar que há muitos produtos que tiveram

6,4%. Tanto é verdade que o Banco Central já mostrou suas

expressivas quedas de preços relativos. Há 20 anos, um

armas e elevou a taxa de juros primária, a Selic, para 8,5%

computador pessoal custava o equivalente a vinte toneladas

ao ano. Outro problema da inflação é que ela se alimenta de si mesma. Se ela sobe hoje, subirá mais amanhã apenas

anos, e são novas bocas para serem alimentadas. Segundo,

de soja. Hoje, equivale a apenas três toneladas. Ou seja, o número de horas de um trabalhador médio para adquirir

porque o empurrão já foi dado. Isso não é bom.)

um computador, uma televisão ou um rádio, é hoje muito

SM: O senhor acredita que a inflação é uma ameaça

SM: Temos trabalhado, na APRAS, com o mote de que

real? O que pode acontecer com a economia

o Paraná tem o VAREJO CAMPEÃO. Em 2012, as vendas

brasileira caso os índices de inflação cresçam?

nos supermercados paranaenses foram bastante

Eles podem disparar?

superiores à média nacional e também à do Sul do

( Pio: – A inflação é sempre uma ameaça real, pois é doença

menor do que era há duas décadas.)

país. No primeiro semestre deste ano, mantivemos


Revista SUPERMIX

17

as taxas acima da média. Além do crescimento

econômica iniciada com o Plano Real e que foi mantida por

expressivo das grandes redes, temos apresentado

Lula. Essa política estava assentada no famoso tripé de metas

destaque também de crescimento dos pequenos e

de inflação, superávit primário e dólar flutuante. Infelizmente,

médios supermercados. Qual sua visão disso?

para tentar inventar um crescimento mais rápido do PIB, a

( Pio: –

presidente elevou os gastos públicos, piorou a situação das O Paraná é um estado que depende muito das

colheitas agrícolas e das exportações e dos preços das commodities alimentícias. De 2002 a 2010, os preços dessas commodities subiram bastante, beneficiando, assim, nosso estado. De outro lado, as safras têm sido boas e o nível de desemprego no Paraná tem sido baixo. Tudo isso somado criou uma situação favorável para as vendas do varejo no estado. Mas atenção: a inflação precisa ser controlada para não colocar a perder as conquistas que já tivemos. )

SM: Como está a economia paranaense? Como, na sua opinião, ela é afetada pelo cenário nacional?

( Pio: - Complementando o que respondi na questão anterior, o Paraná sofre de dois males: os investimentos em infraestrutura são baixos e estão muito atrasados – basicamente porque eles são de responsabilidade do setor público – e a expansão do investimento empresarial no interior é baixa. Além disso, o Paraná precisa urgentemente entrar no ciclo de expansão do parque empresarial voltado para o setor de tecnologia de ponta..)

SM: Qual sua projeção de futuro para a economia brasileira e paranaense? E o varejo, deverá se manter em alta?

( Pio: - Toda projeção depende do quadro macroeconômico maior. O problema é que o mercado em geral teme que a presidente Dilma siga na prática de jogar fora a estrutura da política

contas fiscais, manipulou a contabilidade do governo e está colhendo inflação mais alta. O resumo é um só: a economia brasileira – e a paranaense aí incluída – dependerá da capacidade da presidente de desistir das invenções, voltar à base da política econômica que deu certo e conseguir recuperar a confiança dos agentes econômicos e dos trabalhadores.)


MATÉRIA DE CAPA

O primeiro semestre de 2013 trouxe altos e baixos para a economia brasileira e o setor supermercadista sentiu os efeitos de uma certa instabilidade econômica. Medidas governamentais e notícias provocaram ora otimismo, ora preocupação ao setor. Mas, mesmo nesse cenário de algumas incertezas, os supermercados brasileiros têm crescido de forma animadora, com aumento

as maiores do país (Muffato é o sexto e Condor é o sétimo maior do país). O Paraná é o 5º estado da nação em do Paraná com os outros estados do Sul do país, o estado também se destaca: no volume de vendas, na estrutura das

a média de crescimento das vendas no

lojas e até mesmo com a inauguração

Sul foi de 8,5%: dois pontos abaixo do

de novas unidades, especialmente na

aumento registrado no estado.

expansão das grandes redes.

O Paraná também se destacou muito

faturamento e responde por 6,7% do total faturado nos supermercados do país. Fica atrás apenas dos estados de São Paulo (34,1%), Minas Gerais (10,6%), Rio de Janeiro (10,2%) e Rio Grande do Sul (9,6%).

O Paraná tem se destacado em

em 2012 com a expansão do número de

relação ao Brasil, registrando taxas de

supermercados, com a inauguração de

Nos primeiros meses de 2013 os

crescimento acima da média nacional.

10 novas lojas. No primeiro semestre

números se retraíram um pouco, em

O crescimento mais expressivo foi

deste ano o crescimento continuou

consequência das mudanças no cenário

observado nos fechamentos dos

acelerado: neste ano já foram

econômico. Mesmo assim, os dados são

números de 2012: as vendas paranaenses

inauguradas cinco novas lojas e nos

positivos para o setor, que se mantém em

ficaram muito acima da média nacional e

últimos 12 meses, foram 17, um aumento

desenvolvimento. No primeiro trimestre

também foram superiores às médias de

de 8,3% em relação ao mesmo período

ano, chamou a atenção o aumento nas

vendas do Sul do país. Enquanto a ABRAS

do ano anterior. O estado vem ganhando

vendas de chocolates, explicado pela

registrou nacionalmente um aumento

participação no mercado. De janeiro de

de 5,3% nas vendas nos supermercados.

época da Páscoa, que neste ano ocorreu

2012 até o momento, o Paraná passou

No Paraná, a pesquisa Scantrack Nielsen

mais cedo. No segundo trimestre, as

de 6,2% para 7,3% de participação no

apontou 10,9% de crescimento. Ou seja, o crescimento nas vendas nos supermercados paranaenses foi mais que o dobro do aumento da média

mercado nacional.

nacional. Quando comparados os dados

vendas mais significativas foram de produtos de higiene e beleza (aumento

A participação do Paraná no ranking

de 7,10%) e limpeza (9,60%), dois casos

nacional das maiores empresas em

de crescimento bastante acima da

faturamento mantém duas redes entre

média, que considera o IPCA de 6,46%.


Revista SUPERMIX

19

Os pequenos campeões Empresas de pequeno porte também se destacam no mercado nacional e paranaense Quando se fala em VAREJO CAMPEÃO,

São empresas que enfrentam inúmeros

gestão mais elástica, que permita a

não se pode ignorar a importância

desafios na gestão: encargos sociais

tomada de decisão mais rápida. Pequeno

das empresas de pequeno porte.

altos, alta carga tributária, dificuldade de

capital de giro e dificuldade de acesso

Nos últimos anos, os minimercados e

contratação e tantos outros. Por outro

a linhas de crédito também são fatores

pequenos supermercados cresceram

lado, convivem diariamente com a maior

que emperram sua administração e até

a taxas animadoras, muitas vezes

vantagem competitiva que o mercado

mesmo o investimento em tecnologia

superiores ao crescimento registrado

lhe confere: a possibilidade de conhecer

e a capacitação de suas equipes, mas os

pelas grandes redes. Segundo estudos

de perto o cliente e desenvolver com

pequenos empreendedores do varejo

publicados pela ABRAS – Associação

ele relacionamentos mais firmes,

mostram criatividade e vencem num

Brasileira de Supermercados, o

duradouros e de grande proximidade.

cenário turbulento.

Brasil tem hoje cerca de 65 mil

Se, por um lado, têm dificuldade de

Motivos

estabelecimentos de pequeno porte (até

competir em preços com as grandes

quatro checkouts).

redes, por não alcançarem a economia

Muitas vezes chamados

de escala, por outro, podem ter uma

mercados de bairro, esses estabelecimentos chegam a responder por 40% do volume de vendas de alimentos, bebidas, produtos de higiene e beleza e higiene. São, em sua maioria, empresas familiares, tradicionais em sua região (a maioria tem mais de 15 anos de existência), com poucos funcionários e com apenas uma unidade de negócios (dados do estudo coordenado pela GFK em 2011). A novfa edição do estudo GFK, feita em 2012, aponta que o universo do pequeno varejo representa 77% do autosserviço nacional.

Quais são os motivos de todo esse sucesso? O que leva o consumidor a

São empresas que enfrentam inúmeros desafios na gestão: encargos sociais altos, alta carga tributária, dificuldade de contratação e tantos outros. Mas têm a vantagem de poder conhecer mais profundamente os clientes

escolher o pequeno mercado no lugar do gigante? Essa é a grande questão: o pequeno mercado de bairro não toma o lugar das grandes redes. Há espaço para todos. O mesmo consumidor que compra no ‘mercadinho’ compra também no hipermercado. O principal motivo que leva o consumidor ao pequeno supermercado é a comodidade: proximidade de casa ou do trabalho, menos trânsito, filas menores, estacionamento facilitado. “Aí está uma grande oportunidade para o empreendedor: quanto mais comodidade ele oferecer ao consumidor, mais fiel será o seu cliente”, afirma o consultor


MATÉRIA DE CAPA Christian Nogarotto, que desenvolveu

O que comprar no pequeno

percebeu a necessidade de oferecer

uma metodologia de trabalho exclusiva,

mercado?

comidas prontas a seus clientes. Um

especialmente voltada a pequenos supermercados. Nessa linha, ele tem aconselhado seus clientes a terem diferenciais que chamem a atenção dos consumidores. Preços Muita gente ainda acredita que os

A definição do mix em um supermercado de pequeno porte é um dos pontos mais polêmicos entre gestores e consultores da área. Muitos gestores se preocupam em oferecer uma gama bastante variada de produtos e marcas, mas esta não tem se mostrado a estratégia mais eficiente. “Não adianta dispor de muitos produtos

pequeno porte são muito mais altos do

e grande variedade de marcas. Nem há

que os dos super e hipermercados. Mas,

espaço nas lojas pra isso. O melhor é ter

segundo a APAS – Associação Paulista

um mix enxuto, conhecendo bem quais

de Supermercados, os preços são cada

são os produtos de maior saída em cada

vez mais similares. Estudos da instituição

loja. É preciso conhecer o cliente e saber

apontam que gira em torno de 48%

o que é indispensável para ele”, orienta

a 55% o percentual de produtos mais

Christian Nogarotto.

médios) vendidos em supermercados de pequeno, médio e grande portes (números de 2011). Ou seja, a diferença de preços entre as pequenas e as grandes lojas não é significativa.

que também desenvolve trabalhos de orientação a empresas de pequeno porte, vai pela mesma linha: “Cada loja precisa ter um mix específico. Às vezes é preciso colocar produtos de elite em uma loja aparentemente popular, e vice-

conseguido preços mais competitivos

versa. Tudo depende do que o cliente

por diversos motivos. Uma das ações

está buscando. O mais importante é

que tem sido comum é a união de

conhecer o cliente”, afirma.

a formação de centros de compra conjuntos. Comprando em maior escala, conseguem preços menores e disponibilizam os produtos a preços também mais baixos. Além disso, a gestão estratégica também é importante para a formação dos preços. Conhecer seus custos e estabelecer suas margens de lucro é fundamental para a gestão saudável dos negócios.

apontou a necessidade de mudança de foco. O supermercado foi praticamente transformado em loja de conveniência. Hoje em dia, a loja tem como grande diferencial um restaurante que foi criado todo informatizado e possui um método de gestão aplicado, com resultados claros e objetivos. Haroldo Deschk procura estar presente em eventos e convenções. Vê a necessidade do fortalecimento e união dos micro-empresários da região, para fazer frente às grandes redes que

Francisco Flávio de Paula, consultor

Os pequenos supermercados têm

pequenos supermercadistas para

viabilidade da loja, há pouco tempo,

dentro do estabelecimento. O Elite é

preços praticados pelos mercados de

baratos (em comparação com os preços

trabalho profundo de estudo de

vêm se instalando em Ponta Grossa. “Sem uma central de compras não há competitividade, então busco fortalecer os ramos da padaria e o restaurante”, diz. “Hoje, com o método de gestão que temos aplicado em nossa loja, vemos a necessidade da mudança de público”. Capacitar para crescer - Da pequena mercearia ao supermercado conhecido e respeitado. Essa é a trajetória do

Histórias de sucesso

Supermercado Kozievitch, de Foz do

Mudança de foco - O Supermercado

Iguaçu. Rosi Terezinha Kozievitch, a

Elite existe há 21 anos em Ponta Grossa,

proprietária, está há 21 anos no setor,

região dos Campos Gerais do Paraná.

mas não esconde as dificuldades que

O proprietário, Haroldo Antunes

enfrentou. “Quando somos pequenos

Deschk trabalhava em uma rede de

e não temos visão, o crescimento é

supermercados da região quando

demorado. É necessário fazer cursos

decidiu abrir seu próprio negócio.

de capacitação. A busca de melhoria

Comprou uma das lojas da rede em um

deve ter um objetivo fixo determinado”,

bairro que estava em crescimento na

diz a empreendedora. Rosi saiu da área

cidade. Após a consolidação da empresa,

do Magistério, mudou de cidade e viu


Revista SUPERMIX

no varejo uma grande oportunidade de crescimento. Como os irmãos trabalhavam com açougue, optou por montar uma mercearia. Hoje está em um espaço maior, em um ponto mais visível, e o crescimento a acompanha. Investiu na contratação de uma consultoria especializada e os resultados foram visíveis. “A consultoria ajudou a melhorar a visão e a obter respostas: a loja foi informatizada, ampliada, os funcionários foram qualificados, capacitados e a melhoria na administração foi real”, conta. “O principal fator que nos levou ao crescimento foi o controle de perdas. Tínhamos um sistema implantado, mas hoje temos o controle em tempo real do que acontece na empresa.

Alcançamos um aumento de 20% no faturamento. Tudo isso graças aos novos métodos implantados na loja. Hoje sabemos onde investir: apostamos nos relacionamentos com os funcionários e a soma foi positiva. Hoje, depois da aplicação dos métodos de gestão, cursos de capacitação aos funcionários e informatização da loja, temos um faturamento que gira em torno de R$ 300 mil por mês”, explica. Entendendo o público - Gilmar Michetti trabalhava em um pequeno mercado, quando resolveu comprar a franquia Rede Master. Possui essa franquia há sete anos, mas nos últimos meses percebeu que estava perdendo competitividade. Precisou redefinir o mix de produtos da loja, pois a pesquisa de mercado

21

mostrou que seu público procurava produtos mais elitizados. “Nossa visão de mix e de mercado se ampliou”, explica Gilmar. “Hoje temos novos produtos e artigos de qualidade. Aprendemos a expor os produtos nas prateleiras de forma mais atraente e isso tudo já trouxe aumento de 20% no giro financeiro”, comenta. “E isso é bom tanto para o cliente quanto para o empresário”, conclui. Muitas vezes o gestor do pequeno supermercado acredita que deve ter grande variedade de produtos e ‘infla’ seu mix. No entanto, na maioria das vezes a melhor estratégia é justamente a contrária a essa ideia: reduzir o mix normalmente é o mais correto a se fazer, especialmente porque o cliente de pequenas lojas quase sempre está fazendo compras de última hora e vai “levar o que tiver”.


CALENDÁRIO

Brinquedos podem trazer mais lucros para os supermercados Categoria tem alto valor agregado e aceita boas margens de lucro, mas ainda é pouco explorada O Dia das Crianças está chegando e os adultos começam a se preocupar com os presentes para os baixinhos. Pais, padrinhos, tios e avós organizam as listas de presentes e crianças a serem presenteadas. Mas onde comprar os brinquedos? As possibilidades são inúmeras.

Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. A marca está registrando neste ano um crescimento de 42% nas vendas de brinquedos em relação ao ano passado. “O crescimento foi assim expressivo porque multiplicamos os canais de atendimento. Além das lojas tradicionais,

O número de lojas de brinquedos em Curitiba passou de

apostamos em lojas de conveniência, supermercados,

pouco mais de 100 para mais de 300 nos últimos dois

lojas de departamentos, bazares e lojas especializadas

anos. É um nicho de mercado tão forte que antigas lojas

em produtos para bebês”, explica Diman. Para se preparar

de departamentos ou “varejões” do tipo “R$ 1,99” estão

para o grande volume de vendas, a empresa se antecipou,

mudando seu mix e se especializando cada vez mais na

promovendo treinamento de suas equipes, e também

venda de brinquedos. “Quem tem filho pequeno sabe: quase

apostou no relacionamento com os clientes, organizando

todo fim de semana tem festinha de aniversário. E quando

eventos chamados “showroom”, nos mesmos moldes que

há uma data especial, como Dia das Crianças ou Natal, a

já são feitos na preparação para as vendas de Natal. “Nesses

corrida em busca de brinquedos é ainda maior”, lembra

eventos conhecemos os clientes para conhecerem de perto

Silmar Diman, gerente regional da Nilo Tozzo, Distribuidora

os produtos”, comenta.

dos brinquedos Hasbro para o Paraná, Santa Catarina, Rio

Segundo a avaliação de Diman, os chamados brinquedeiros


(proprietários e gestores de lojas específicas de brinquedos) se organizaram antecipadamente e fizeram suas compras para o Dia das Crianças no mês de abril, pelo menos cinco meses antes da data de 12 de outubro. Já os supermercados, lamenta o gerente, poderiam ter se organizado mais. “Há várias linhas de produtos que estão com as vendas esgotadas até o Natal. Quem comprou com antecedência vai ter produtos nas lojas, mas quem deixou para a última hora não vai conseguir”, garante. Preços em alta? Silmar Diman assegura que a alta do dólar não terá efeito sobre os preços dos brinquedos neste Dia das Crianças. “É difícil haver reajuste agora porque a maioria dos produtos já foi comprada. Silmar afirma ainda que a marca trabalha com a política de “preço sugerido” para os lojistas, o que é uma forma de garantia para os lojistas. “O lojista sabe que seu concorrente não vai cobrar menos do que “X”, então não haverá deslealdade nesse sentido”, explica. O gerente regional é um entusiasta da maior presença de brinquedos nos supermercados. “São produtos com alto valor agregado, que proporcionam altas taxas e têm bom giro. Tenho certeza que o supermercadista tem a ganhar ao disponibilizar mais brinquedos em suas prateleiras”. A Nilo Tozzo tem foco de atuação no médio varejo e tem hoje um mix de mais de 13 mil itens. Dentre os brinquedos, os campeões de aceitação entre as crianças são o Beyblade, a boneca Baby Alive e o Nerf. O lançamento do Furby, um boneco interativo que se adapta à personalidade da pessoa, teve um impacto tão grande que, em apenas dois meses, mais de 5 mil peças foram vendidas. “Já não temos mais Furbys para o Dia das Crianças e nem para o Natal. Só quem comprou com antecedência e em grandes quantidades terá o produto”, afirma.


CARREIRA

Expert em consumidor brasileiro Altamir Sossela, supervisor regional do Festval, conta a experiência em supermercados voltados a diferentes públicos Pode-se afirmar com segurança que Altamir Sossela conhece como poucos os hábitos dos consumidores brasileiros. Aos 47 anos, já trabalhou em diversas regiões do Brasil, em supermercados muito diferentes uns dos outros, desde lojas populares até aquelas especializadas no público AB. Hoje Sossela é supervisor regional do Festval, responsável por boa parte da gestão operacional das empresas do grupo (lojas Festval em Curitiba e Beal em Cascavel): vendas, margens de

interior do estado. Em 2005, foi convidado pelo Carrefour para cuidar da reestruturação do modelo de supermercados em Minas Gerais. Como diretor territorial, era responsável por 29 lojas. Permaneceu nessa função por quatro anos.

Norte do país, cuidava da gestão de hipermercados e do novo formato que se firmava: o atacarejo.

Altamir achou que era o momento de

Carrefour Bairros, inaugurando 10

retornar a Curitiba. Desde o começo de

lojas no interior de São Paulo – lojas

2013 é o responsável pela supervisão

que eram da bandeira Gimenes e

regional do Festval, cuidando da

já trilhou. Altamir Sossela desenvolveu toda sua carreira no ambiente de supermercados. Começou a trabalhar aos 14 anos, como empacotador, no supermercado Real, em Curitiba. Isso foi em 1980. Na empresa, teve oportunidade de crescer e se desenvolver na carreira. “Passei por todos os setores até chegar à gerência”, comenta. Nela permaneceu por 19 anos, até 1999. Na virada para os anos

também pelos supermercados do

logo depois em Manaus-AM. No

coordenação da expansão do modelo

hoje não imagina os caminhos que ele

pela divisão de hipermercados e

Hipermercados em São Paulo e

Mas aí os filhos estavam crescendo e

Mas quem vê sua posição de sucesso

funções executivas. Era o responsável

assumiu a direção da divisão Carrefour

Ainda pelo Carrefour, assumiu a

lucro, despesas, gestão de pessoas...

2000 foi trabalhar no Condor, já em

passaram a ser Carrefour. Em seguida,

Altamir Sossela, supervisor regional do Festval.


Revista SUPERMIX

25

operação em Curitiba e Cascavel.

de design digital.

precisam ser bem atendidos”, sentencia.

Toda essa experiência ensinou muito

Do ponto de vista do desenvolvimento

Altamir Sossela é formado em Ciências

a Altamir, tanto no lado pessoal como

profissional, Altamir se tornou um

Econômicas, tem pós-graduação

no desenvolvimento profissional.

profundo conhecedor do consumidor,

em Gestão do Varejo (USP) e MBA

Pessoalmente, o executivo percebeu

pois teve a oportunidade de trabalhar

em Gestão de Pessoas (ISAE/FGV).

com diferentes públicos. “O segredo é

Atualmente, está cheio de planos

prezar sempre pelo bom atendimento,

para o futuro, com ideias de continuar

seja em uma loja de elite ou em uma

estudando e também de repassar

popular”, ensina. “O bom atendimento

a outras pessoas tudo o que tem

e a qualidade impecável dos produtos

aprendido em sua vida profissional.

– especialmente os perecíveis – são

“Em todos esses anos, o que sempre

concentrar mais em um lugar, resolvi

coisas fundamentais para o sucesso

me pautou foi o trabalho ético e

retornar à minha cidade, para que eles

de uma loja”, garante. “Pode-se até

comprometido. Deixei portas abertas

possam estudar aqui e fortalecer os

dizer que o consumidor de classe A

em todas as empresas por onde passei.

laços de amizade”, comenta. Altamir

ou B procura mais qualidade, que o C

O importante é o legado que podemos

tem uma filha de 22 anos, estudante de

ou D está em busca de preços mais

deixar com as equipes de trabalho por

arquitetura, e um filho de 18, estudante

competitivos, mas todos eles querem e

onde passamos”, conclui.

a importância de ter uma família que sempre o apoiou, pois não é fácil mudar de cidade, de estado, viver em realidades tão diferentes. “Minha esposa e meus filhos sempre me acompanharam, mas como estavam ficando grandes e precisavam se


suporte Jurídico

Fique ‘de bem’ com o consumidor Coordenadora do Procon-PR relata as principais reclamações sobre os supermercados e lembra que o desrespeito à legislação pode acarretar sanções aos gestores Observar produtos no supermercado, comparar preços, marcas e modelos até escolher o que mais lhe agrada, mas ser surpreendido no caixa ao perceber que o preço registrado ao passar o produto é diferente daquele que estava marcado na prateleira. Segundo o Procon-PR, esta é uma das principais reclamações dos consumidores no que diz respeito aos

supermercados. Quando o preço cobrado no caixa for maior do que o anunciado na gôndola, o consumidor tem o direito de pagar o menor preço. Mas, segundo Claudia Silvano, coordenadora do Procon-PR, nem sempre o cliente percebe essa discrepância. Se ele notar a diferença só depois de finalizar a compra, tem o direito de receber de

volta o preço pago a mais. Quando há recusa do supermercado em fazer o ressarcimento, o cliente pode entrar com reclamação no Procon ou mesmo no Juizado Especial. É o que prevê o Código de Defesa do Consumidor: o estabelecimento deve assegurar informações corretas, claras e precisas sobre os produtos e serviços que comercializa.


Revista SUPERMIX

27

Outro problema relatado pelos consumidores ao Procon

analisou. Nesses casos, além de multas, podem ocorrer

paranaense, segundo a coordenadora, é o tempo de espera

outras sanções, como até mesmo prisão dos gestores. “É

nas filas. É a reclamação mais frequente, de acordo com

importante salientar que essas situações recaem sobre o

Cláudia Silvano. Desde 2001, a legislação estadual determina

gerente da loja, a responsabilização é pessoal”, explicou

que o tempo máximo de espera em fila deve ser de 20

a coordenadora. Há poucas semanas, uma gerente de

minutos em dias normais e até 30 minutos em véspera ou

supermercado no interior do estado foi presa porque

dia posterior a feriados prolongados. Para o atendimento

havia nas prateleiras de sua loja produtos fora do prazo de

preferencial o tempo é ainda menor: máximo de 15 minutos

validade.

de espera. A lei determina ainda que esses prazos devem ser informados aos clientes por meio de cartazes.

Para minimizar essa situação, o Procon-PR, a APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – e a Secretaria

Além de receber as reclamações dos consumidores, o

de Saúde do estado do Paraná estão engajados na

Procon tem trabalhado no sentido de oferecer informações

campanha “De Olho na Validade”. O termo de compromisso

às pessoas – e também a bancos e supermercados, que

está para ser assinado pelo governador Beto Richa e a

são diretamente afetados pela lei. Quando o número

campanha deve se tornar oficial em breve. Mas, mesmo

de reclamações chama a atenção, o órgão também faz

antes disso, há mais de um ano os supermercados estão

fiscalização e pode impor sanções ao estabelecimento que

aderindo à ideia. O objetivo é espalhar cartazes nas lojas

infringir as normas. No caso dos bancos, há poucos meses foi

orientando o consumidor para que ele também observe

noticiada a aplicação de uma multa de mais de R$ 4 milhões

a data de validade dos produtos antes de adquiri-los. A

a seis estabelecimentos bancários onde as filas provocavam

coordenadora do Procon disse que vê com bons olhos a

muito tempo de espera.

campanha: “É importante porque o consumidor passa a

De Olho na Validade

atuar como fiscal”, comparou.

Disponibilizar nas prateleiras produtos com o prazo de validade vencido não é o problema mais usual, mas certamente é o mais grave dentre as reclamações dos consumidores sobre os supermercados. “Isso é muito grave, pois coloca em risco a saúde e até mesmo a vida dos consumidores”, avalia Cláudia Silvano. A coordenadora do Procon relata que já presenciou situações emblemáticas, como a sobreposição de etiquetas com datas diferentes. “Foi o caso mais gritante que eu vi. Ao se retirar a etiqueta que trazia uma data de validade, havia outra embaixo, com data anterior. Ou seja, o produto estava vencido há muito mais tempo”, contou. “A gente sabe que na maioria das vezes em que isso acontece é por falta de cuidado ou distração, mas um caso assim caracteriza intenção clara de vender o produto vencido”,

Cláudia Silvano


TENDÊNCIAS

Inovação é fundamental para a competitividade do setor Cada vez mais, supermercados de todos os portes apostam em tecnologia para melhorar gestão e atendimento O primeiro supermercado de que se tem notícia foi criado em 1930 nos Estados Unidos. O empresário King Kullen inaugurou um galpão onde vendia mercadorias a preços mais baixos do que os praticados nas lojas tradicionais e o seu grande diferencial era deixar que os clientes se servissem sozinhos. Mas sabia o empresário que estava lançando uma grande tendência mundial, do autosserviço. Mas, se formos comparar a loja inaugurada em 1930 com os supermercados que temos hoje, certamente as semelhanças serão poucas. O progresso tecnológico faz do setor um dos mais inovadores do planeta. A ideia do autosserviço ganhou corpo e hoje o consumidor é cada vez mais autônomo, não apenas para escolher os produtos que irá colocar em seu carrinho, mas até mesmo para pagar sua conta. Aliás, se ele for realmente dado à tecnologia, poderá fazer suas compras de casa, sem sequer precisar ir ao supermercado. Hoje em dia, investir em tecnologia é fundamental para o supermercadista que queira se manter no mercado. Segundo o consultor Márcio Fonseca, da empresa Qualifika, “a inovação tecnológica permite a melhoria dos processos internos, agilidade no atendimento e credibilidade na informação para tomada de decisão dos gestores”. É por isso que, cada vez mais, supermercados de todos os portes, desde os minimercados até os hipermercados, são palco para novos equipamentos, novos sistemas e novas formas de se relacionar com os clientes por meio do avanço tecnológico.


Revista SUPERMIX

29

É crescente o número de supermercadistas e gestores – de empresas de diferentes portes – que percebem a importância de se investir em inovação. Segundo Márcio Fonseca, esta é a única forma de as empresas se manterem em condições de atuar no mercado tão acirrado em que estão inseridas. “Na realidade, para diversos setores, inclusive o supermercadista, investimento em tecnologia é encarado inicialmente como despesa necessária para competitividade”, diz. Mas ele também alerta que é importante saber em que tipo de inovação investir, sempre de olho na relação custo-benefício. “Após adotar critérios congruentes Desde a cancela automática e o cartão do estacionamento até a nota fiscal automatizada, passando pelos leitores de código de barras, câmaras frigoríficas, fornos de panificação e até a iluminação de uma loja, tudo está envolvido em avançadas tecnologias. Para o consultor, o aparato tecnológico que chama a atenção em um supermercado pode ser dividido em duas perspectivas:

com a estratégia do supermercado e investir na medida certa em tecnologia, certamente o resultado aparecerá”, analisa. Mas o consultor também admite que, em muitos casos, falta conhecimento sobre gestão nas empresas para que elas saibam não apenas se equipar melhor, mas também colher os melhores resultados de todo o investimento. “Do meu ponto de vista, o que falta é alinhamento entre a estratégia e o investimento

1)

na tecnologia”, confirma. Márcio também afirma que

Na visão do cliente, toda tecnologia que

tem percebido que os investimentos em tecnologia

permite uma interação maior, agilidade no

e inovação independem do porte das empresas.

atendimento e disponibilização de informações

Todos precisam investir. “Nos treinamentos que tive a

são primordiais. Exemplos: autocaixa, consulta ao

oportunidade de ministrar na Academia APRAS, percebi

produto em vários locais físicos do supermercado,

a participação de vários supermercadistas pequenos

atendimento por meio da Internet para solicitação

com objetivo de aprendizagem e aplicação de inovação

de compras;

em sua gestão”, diz.

2)

Por fim, o consultor dia que o investimento em

Na visão dos supermercadistas, a tecnologia

Tecnologia da Informação deve fazer parte da

de gestão de armazenagem (WMS) bem

estratégia do supermercado, mesmo que não haja um

como a gestão das informações pertinentes a

planejamento estratégico formal. “Atualmente, o maior

movimentação dos produtos são fundamentais.

desafio dos supermercados é mensurar o retorno sobre

Exemplos disso são: softwares de WMS, RFID (Rádio

o investimento em TI. Minha missão, como profissional,

Frequência) e CRM (Gestão de Relacionamento

é auxiliar os supermercadistas neste cenário”, completa o

com Clientes).

especialista.


TENDÊNCIAS

Liderança também em inovação SM: Como se manter atualizado hoje em dia, com avanços tecnológicos tão rápidos e frequentes?

( EM: - Esse é um dos grandes desafios da área de TI. É impressionante a velocidade da evolução tecnológica. Para poder acompanhar o ritmo, temos que investir não apenas em uma equipe de profissionais especializados e qualificados, como também estar a par das novidades que estão surgindo, principalmente nos países com maior know-how tecnológico. De olho nas novidades, nossas equipes estão constantemente participando de congressos, seminários e feiras no Brasil e no mundo. Outro ponto fundamental é reservar recursos financeiros suficientes para arcar com os investimentos. O Grupo Muffato foi a primeira

velozes em todos os setores e os

rede brasileira de supermercados a

supermercados não podem ficar à

implantar a tecnologia do autocaixa.

margem dessa realidade. É preciso

Já são quatro as cidades paranaenses

acompanhar as tendências, não

a contar com a inovação: Londrina,

apenas atendendo as necessidades

Maringá, Curitiba e Cascavel (pela

dos consumidores, como também

ordem de inauguração dos sistemas). Acompanhe a breve entrevista do diretor do Grupo, Everton Muffato, sobre a importância da inovação tecnológica para a rede.

surpreendendo com inovações que agreguem valor e facilitem o dia a dia. Do ponto de vista interno, as novidades da tecnologia oferecem maior controle das operações e trazem benefícios

SUPERMIX: Qual a importância da inovação tecnológica hoje para uma loja de supermercado? É uma necessidade?

incalculáveis para a administração

( Everton Muffato: - Os avanços

vanguarda, antecipando tendências,

tecnológicos dos últimos anos têm sido constantes e extremamente

das lojas. Com certeza, uma das premissas do Grupo Muffato é estar na e isso passa, obrigatoriamente, pela inovação tecnológica.)

SM: O que o senhor destaca como sendo as maiores inovações adotadas nos últimos anos pelo Muffato?

( EM: - Fomos a primeira empresa de

varejo a trazer o self checkout para o Brasil, instalado em novembro de 2012 em uma de nossas lojas em Londrina e já implantado em outras três, nas cidades de Maringá, Curitiba e Cascavel. Até o final deste ano, teremos 20 autocaixas em operação em cinco lojas, totalizando um investimento de R$ 2,5 milhões. Também implantamos a etiqueta eletrônica de preços em uma de nossas lojas em Londrina para avaliar a viabilidade de expandir para outras filiais do Grupo.


Revista SUPERMIX

31

Tecnologia para a sustentabilidade Para o Condor Super Center, investir em tecnologia é uma forma de melhorar a sustentabilidade da empresa, pois ela ajuda a reduzir custos, além de poder representar redução dos danos ambientais e a melhora dos indicadores sociais. Veja o que diz sobre inovação o diretor de patrimônio da empresa, Aliceu Brambilla: SM - Qual a importância da inovação tecnológica hoje para uma loja de supermercado?

uso de lâmpadas T5, que economizam 45% de energia e

( AB - A importância é de ordem sustentável, ou seja,

a instalação de Domus Prismáticos na cobertura, que

econômica, ambiental e social. O emprego de tecnologias inteligentes reduz custos, melhora a performance da empresa e resulta em maiores benefícios para os clientes, que usufruem de um ambiente moderno e agradável, além de serem beneficiados também pela economia de recursos que a tecnologia venha a proporcionar.

tem durabilidade seis vezes maior em relação às antigas; proporcionam maior aproveitamento da luz natural e filtram em até 98% os raios ultravioletas, economizando energia e deixando o ambiente mais agradável; o uso de reatores dimerizáveis, um sensor de iluminação que ajusta automaticamente a intensidade luminosa conforme a incidência de luz natural; a captação da água da chuva para aproveitamento na irrigação de jardins, descargas

SM - Em uma rede de grande porte, como o Condor, a inovação é uma necessidade? Como se manter atualizado hoje em dia, com avanços tecnológicos tão rápidos e frequentes?

( AB - O Condor sempre foi uma empresa inovadora. Essa característica faz parte da história da rede, que sempre se dispôs a investir para implementar novas tecnologias que beneficiassem a empresa e seus consumidores. Mas ser inovador exige que a empresa esteja sempre em busca de novidades, que se mantenha informada e saiba identificar o que de fato contribua com melhorias e que proporcione benefícios. SM - O que o senhor destaca como maiores inovações adotadas nos últimos anos pelo Condor? (etiquetagem, equipamentos mais sustentáveis, etc).

( AB - Entre as diversas inovações implantadas estão o

sanitárias e lavagem de pisos; o uso do gás Glicool no setor de refrigerados, em substituição aos gases poluentes habitualmente utilizados nos sistemas de refrigeração; e, por fim, fomos o primeiro hipermercado da América do Sul a utilizar o CO2, um gás refrigerante 100% natural que substitui os gases sintéticos no setor de congelados, não provoca o efeito estufa e ainda reduz em 20% o consumo de energia no sistema de congelados. SM - Quais serão as próximas inovações?

( AB - Nossa busca por tecnologias avançadas é contínua e, certamente, as próximas serão inovações que virão ao encontro das necessidades dos nossos clientes, que permitam o uso racional dos recursos naturais e que possibilitem minimizar o impacto ambiental, bem como proporcionem maior economia e qualidade de vida às pessoas.


ECONOMIA


Revista SUPERMIX

Empresários e consultores analisam riscos de retomada da inflação e apontam que setor deve se manter em ascensão Nos últimos meses, um antigo fantasma que já foi um dos maiores algozes do progresso brasileiro voltou a rondar a economia do país, tirando o sono de governantes e analistas econômicos: a inflação. Já aos primeiros sintomas de que a situação poderia fugir ao controle, o governo federal baixou medidas emergenciais para conter dos índices de inflação. A principal medida foi a redução de impostos de produtos da cesta básica. Os primeiros dias após o anúncio da medida foram de confusão para o setor supermercadista: a imprensa cobrando e fiscalizando as prateleiras para verificar se a redução nos impostos havia se refletido nos preços ao consumidor, ao mesmo tempo em que alguns supermercadistas chegaram a ficar confusos sobre como fazer os repasses, já que era o

33

momento de reajustes de alguns produtos que chegavam da indústria e outros eram objetos de alíquotas especiais de impostos (como os de cooperativas, por exemplo) e, por isso, ficavam de fora das medidas do governo federal. Mesmo com todas essas turbulências, o tempo todo o setor supermercadista paranaense fez questão de frisar seu apoio irrestrito às medidas de contenção à inflação, repassando as reduções e lutando sempre por oferecer produtos a preços competitivos e atrativos para o consumidor. Passados os primeiros momentos da anunciada redução nos impostos de produtos da cesta básica, as ameaças de inflação começaram a aparecer de outros lados. Hoje é a alta cotação do dólar que ameaça os preços de produtos importados, além de eletrodomésticos e de toda a linha branca. Mais uma vez, o setor precisa estar atento e buscar, de todas as formas, evitar a pressão por aumento nos preços. Para o consultor Lawrence Leandro de Sá, professor da Academia Empresarial APRAS, a ameaça de inflação acontece por haver descompasso entre as ações do governo federal e estadual em relação ao repasse de verbas.


ECONOMIA “Entendo que o que está ocorrendo de mais relevante em

estoques, manter o endividamento baixo e, sempre que

nossa economia é o descompasso existente entre governo

possível, reservar parte dos lucros gerados para formação

estadual e federal, no quesito repasse de verbas (no meu

de capital de reserva, para novos investimentos ou

entender puro interesse político nas eleições vindouras

equacionamento financeiro em períodos de fluxo de caixa

para governador). Este fator tende a afetar os investimentos

baixo”.

públicos regionais, e somos todos sabedores do quanto os

Entre os maiores supermercadistas paranaenses, a

investimentos públicos afetam a economia como um todo”,

consciência sobre os riscos de retomada da inflação faz

analisa.

com que a atitude seja de cautela. Para Everton Muffato,

Segundo o professor, a possibilidade de aumento de preços é mais preocupante em produtos que dependem mais diretamente da concessão de créditos, como a venda de veículos. “Tenho grande preocupação com o varejo que

diretor do Grupo Muffato, a inflação é o maior inimigo. “É um mal que começa disfarçado, pois a princípio provoca um aumento no faturamento, dando uma falsa sensação de que a situação não está tão ruim assim. Contudo, não é necessário muito tempo para que ela se torne uma ameaça

depende do fornecimento de crédito ao consumidor,

terrível, que vai corroendo o poder de compra da população,

como por exemplo bens de consumo de alto valor.

causando a retração do consumo e a desaceleração da

Como o consumidor está no limite do endividamento e

economia. E isso obviamente trará reflexos negativos não

estamos passando por uma escassez de crédito, as vendas

apenas para o setor supermercadista – que verá as vendas

tendem a cair nesse final de semestre”, acredita. Já o setor

caírem – como para todo o país”, analisa. Ele afirma que a

supermercadista deverá ficar protegido. “Setores ligados à

única coisa que os empresários podem fazer para ajudar a

alimentação possuem uma proteção natural de consumo,

evitar o risco é “segurar” sempre que puder o repasse dos

que está ligado à sobrevivência humana. O que pode ocorrer

preços. “O que é possível fazer é postergar ao máximo o

é uma redução de consumo de produtos alimentícios de

repasse da alta de preços aos consumidores. Aliás, isso já

alto valor agregado ou de maior nível de industrialização e

vem ocorrendo e é um dos fatores que tem evitado índices

que tendem a possuir mais margem de lucro. Contudo, a

inflacionários ainda maiores do que os que aí estão”, diz.

alimentação primária e básica sempre existirá. Haverá maior

Pedro Joanir Zonta, presidente do grupo Condor, vai na

pressão sobre as marcas com maior preço nas gôndolas”,

mesma linha. “Estamos bastante preocupados com a ameaça

afirma.

da inflação. Um aumento de inflação reflete em tudo,

No entanto, o professor se diz otimista em elação a um futuro mais distante. Segundo ele, a inflação deverá ser contida a médio prazo. “Acredito que as turbulências de mercado serão superadas e não devemos retornar aos níveis inflacionários do passado. Também creio que continuaremos sendo considerados um país livre de inflação, ou seja, com índices inferiores a 10% ao ano. Mas certamente viveremos nesse e no próximo ano uma inflação interna no limite dos 6%”, comenta o consultor.

afeta o capital de giro e, consequentemente, a capacidade de investimento do empreendedor”, analise. Para ele, o momento é de evitar endividamento para manter a força da empresa. “É um momento de grande cautela na busca de financiamento. Em momentos de incerteza, mantemos nossa empresa forte”, conta. Para evitar que inflação tome conta da economia, Zonta diz que o governo deve investir em estrutura para o país: “A redução de impostos, a melhoria das nossas rodovias e portos, a criação de ferrovias para reduzir custos com frete: estas são algumas providências que

Para os varejistas, o professor aconselha ações preventivas:

contribuiriam para o combate à inflação e que beneficiariam

“Independentemente do período econômico, alguns

todos os setores, não só o supermercadista”, conclui.

cuidados sempre serão importantes, como controle de



artigos

Adriane Werner é jornalista e palestrante e escreve nesse espaço sobre comportamento profissional.

Como sua presença é notada?

Muitas vezes a imagem que fazemos de nós mesmos é diferente da forma como os outros nos veem. Pense nisso! Certa vez, em um treinamento sobre Comunicação

trabalha em um ambiente informal e simples, mas se veste

e Marketing Pessoal, uma atendente de caixa de

de maneira formal ou elitizada, pode transmitir a ideia de

supermercado demonstrou preocupação sobre a imagem

que quer ser superior às outras pessoas. Sem perder seu

que ela estava transmitindo a colegas de trabalho: “Todos

estilo próprio, o ideal é procurar harmonizar seu vestuário

acham que eu sou prepotente, arrogante e ‘metida’, mas eu

com o ambiente em que você vai interagir.

me acho uma pessoa normal”, falou a profissional. Tentando entender melhor a questão, rebati: “Mas todo mundo quem, exatamente? Em casa, no trabalho, na escola?” E ela: “Todo mundo mesmo, meus amigos, meus colegas de serviço... até mesmo meu chefe e meus patrões! Mas eu não sei por que eles pensam isso de mim, se eu nunca falei mal de ninguém, nunca prejudiquei ninguém no trabalho...” Percebi que a questão era mais profunda do que simplesmente dizer que a moça deveria repensar suas atitudes e ser mais delicada com todos – afinal, ela estava garantindo que era uma boa colega. Propus que ela mesma refletisse comigo a respeito de diversos pequenos detalhes que poderiam ajudar a formar uma imagem de arrogância, sem que ela tivesse percebido, no decorrer de meses e meses de trabalho. Tratava-se de comunicação corporal: a linguagem do corpo transmite muito mais informações do que podemos supor em análises simplistas. A forma de se vestir, por exemplo, pode fazer com que uma pessoa se aproxime ou se afaste dos colegas: se você

A mesma linha de pensamento serve para analisarmos outros aspectos da linguagem corporal: gestos afetados, volume ou entonação de voz que chamem muito a atenção do grupo, postura exageradamente altiva (com o nariz ‘empinado’ e olhar superior, por exemplo)... tudo isso certamente resulta em uma figura que se destaca do grupo, podendo ser interpretada como esnobe ou arrogante. Por fim, além da linguagem corporal, é importante também fazer uma autocrítica sincera sobre a forma como nos comunicamos por meio das palavras propriamente ditas. Algumas expressões de uso comum também ajudam a construir uma imagem de pedantismo. Pessoas que têm o hábito de perguntar “entendeu?” ao final de uma explicação, por exemplo, podem assumir uma postura professoral, dando a entender que sabem mais do que as outras – o que não soa simpático. Pense nisso: uma dose de humildade no comportamento profissional traz sempre resultados positivos!


artigos

*Bernt Entschev é fundador e presidente do Grupo De Bernt, colunista da Gazeta do Povo, Revista Supermix e La Nación, comentarista nas rádios CBN Curitiba e 91 Rádio Rock, e autor do livro Executivos, Alfaces & Morangos.

Vendedor, um camaleão Todos nós vendemos algo. Pode ser uma ideia, imagem ou

Da mesma maneira que a remuneração é boa, a exigência

mesmo a nossa reputação. Hoje falo, porém, especialmente

também é – e não apenas de resultados. Por exemplo: a

aos profissionais de vendas, que precisam, todos os dias,

maioria desses profissionais trabalha em pé. O dia todo. São

conviver e convencer clientes de todos os tipos e necessitam

horas a fio sem poder se aconchegar em uma cadeira e

desenvolver certas habilidades para alcançar o sucesso na

descansar o corpo. Além disso, normalmente precisam andar

profissão.

bastante, subir e descer escadas, muitas vezes carregando

Costumo fazer a analogia desses profissionais com um camaleão. Explicarei o porquê. Primeiro: os camaleões têm a capacidade de se camuflar de acordo com cada ambiente. A rotina dos profissionais de vendas é assim, o tempo todo.

algum tipo de peso. Visitar clientes em diferentes zonas da cidade (ou mesmo outras cidades) pode ser algo rotineiro, obrigando o profissional a conviver com o caos do trânsito urbano.

Vivem cercados por diversos tipos de clientes, com humores,

Quanto às lojas, se pararmos para observar, há alguns

opiniões e estilos diferentes. Desta maneira, a camuflagem

anos era possível observar pequenas lojas - normalmente

é essencial para conquistar cada um, não importa quais são

familiares – se restringirem a uma quantidade de produtos.

suas particularidades; e segundo: o camaleão tem olhos

Atualmente vemos farmácias vendendo eletrônicos,

capazes de se mover de maneira independente. Isso é

locadoras vendendo videogames e assim por diante.

exatamente o que um vendedor precisa fazer. Manter um

O conceito de “super lojas” tomou conta das grandes

olho no seu negócio e outro no do concorrente, sempre.

cidades e é comum encontrar um pouco de tudo em

Deixando as analogias um pouco de lado, há também outras habilidades essenciais que os profissionais do comércio precisam ter. Uma das principais é gostar de gente. Já

estabelecimentos diversos. Isso implica em fazer dos vendedores e comerciantes profissionais bastante versáteis e com conhecimento de diversas linhas de produtos.

imaginou alguém que não consegue desenvolver bem

Para finalizar, se você se encaixa nessa área ou em qualquer

seus relacionamentos pessoais trabalhando diretamente

outra que mantenha relacionamentos com clientes ou

com e para pessoas? Por isso, ser receptivo e afável são

um público externo, lembre-se: experiências memoráveis,

características necessárias para manter uma carteira de

inesperadas e exclusivas, os famosos valores intangíveis,

clientes sempre cheia.

podem fazer a diferença na maneira como sua imagem é

Uma das maiores dificuldades que observo nessa área é o horário de expediente. O comércio está quase sempre aberto e as pessoas que trabalham nele precisam abrir mão de feriados e finais de semana. Em tempos de datas especiais as horas de trabalho necessárias são multiplicadas e o volume de trabalho pode se tornar um pouco desgastante. Claro que tudo tem sua recompensa. Assim como a demanda de trabalho dobra, as comissões também costumam ser generosas.

transmitida ao público em geral. São particularidades como essa que não apenas fidelizam o cliente, mas também podem fazer com que o cliente opte por gastar mais que o esperado. É muito fácil encontrarmos serviços e produtos equivalentes em qualidade, preço e até esteticamente parecidos. Porém, quando falamos de atendimento e experiência de consumo é difícil encontrar um que se assemelhe ao outro - e é nesse ponto que podemos prevalecer sobre os demais para vencer a concorrência.


artigos

Christian Nogarotto é diretor-presidente da MADE Controladoria, consultor especialista em varejo e supermercados e escreve neste espaço sobre gestão no varejo.

A importância gerencial e sustentável da micro e pequena empresa no mercado nacional Atualmente, as micro e pequenas empresas representam

Azul, com mix inchado, estoques altos e altas despesas,

em torno de 95% de todas as organizações formais do país.

após seis meses com mix e layout ajustados, a venda

Esta modalidade de organização é vital para o mercado,

simplesmente dobrou, com a mesma estrutura e a mesma

pois pagam impostos, geram empregos, se mantêm ativas e

quantidade de pessoas.

atuantes diante de diversas dificuldades, desde a gestão até carga tributária.

Posso citar também dois exemplos atípicos, um deles em Ponta Grossa, numa loja de bairro que contemplava um

A micro e pequena empresa é fundamental para a inovação.

supermercado, porém os resultados não vinham, e após

Caso não existissem concorrentes, as organizações de

estudo crítico de viabilidade, esta loja foi transformada

grande porte tenderiam a entrar numa zona de conforto,

num espaço com alimentação e conveniência, gerando

pois o cliente não teria opção. A concorrência induz a

resultados numéricos surpreendentes; outro caso, agora

novidade, atratividade, estímulo, criatividade e muitas vezes,

num bairro de Curitiba, loja muito pequena, extremamente

até batalhas de preços que fazem com que muitas delas

inchada de marcas, com público seleto. Após 90 dias,

definhem por falta de estratégias gerenciais.

mudamos o conceito para uma loja de conveniência com

Nos trabalhos que tenho desenvolvido, me deparo com situações cotidianas e pontuais como, por exemplo, a de uma loja localizada num bairro de Foz do Iguaçu. Durante

açougue, padaria e a seção de hortigranjeiros impecáveis em qualidade e atendimento. Continua com a mesma venda, porém com um valor agregado incrivelmente maior.

13 anos, esta loja somente recebia o dinheiro das vendas

Em Santa Catarina, um exemplo bastante interessante

e pagava contas sem sobrar um centavo e, num prazo

é numa loja localizada em Trombudo Central, na qual o

de seis meses, levantamos R$ 100.000 de capital com a

problema não era mix, nem layout, nem margem, nem

mesma venda, a mesma estrutura e a mesma quantidade de

nada. Era falta de conhecimento técnico na interpretação

pessoas. Outro exemplo é o de uma loja localizada em Cerro

de dados numéricos, interpretação esta feita de maneira


Revista SUPERMIX

39

errônea e que estava comprometendo toda a estrutura da

resistente a novas idéias, bem como a métodos técnicos de

empresa, e após 120 dias de trabalho, conseguimos sucesso

execução que garantem resultados.

em um processo de coaching gerencial intensivo in loco. O último exemplo vem de Blumenau: falta de conhecimento técnico de gestão, loja de tamanho médio, localizada em um bairro rodeada de gigantes. Fizemos uma pesquisa de mercado para descobrir como poderíamos criar atrativos comerciais para alavancar as vendas e trazer os clientes para dentro da loja. No final do processo, esta loja virou um espaço com restaurante, loja de conveniência, açougue, padaria e hortigranjeiros. Hoje esta loja é um sucesso local. Na grande maioria das vezes, a orientação ao empreendedor empresário é para que cuide dos detalhes, Custo das Mercadorias Vendidas, Custos Variáveis, Custos Fixos, Resultado de Operação e Despesas Extra Operacionais, pois deles é que surgem 1%, 3% e até 6% de resultados, que estão escondidos por falta de atenção, controle, avaliação e

O método, a técnica e a disciplina formam a via mais rápida, prática e garantida de obter melhores lucros, menores despesas e desperdícios dentro da estrutura de custos de uma loja de supermercado. Por isso, com ajuste de custos, mapeamento dos processos, plano de cargos e salários, com pequenas e decisivas ações, temos conseguido resultados impressionantes, como aumento rápido da margem e aumento significativo de lucratividade, bem como redução brusca nas perdas e diminuição de turnover com a profissionalização de mão de obra no chão de loja. Para finalizar, o recado é: busque uma gestão objetiva, clara, focada, avaliada de perto e com atenção por parte do gestor. Estas pequenas diretrizes, com método, rotina e disciplina irão gerar resultados impressionantes no seu negócio.

gerenciamento. Nunca é assim que funciona, pois existem

Reflita sobre isso e monte um plano simples. Organize

modelos muito particulares de gestão por parte destes

a execução, controle e avalie cada etapa. Você irá se

empresários, muitas vezes obsoleto, resistente a mudanças,

surpreender com você mesmo.


artigos

Cibele Regis de Paula – Sócia Consultora da XL Formação

Determinantes da produtividade da mão de obra no longo prazo A produtividade é a principal fonte para o crescimento de um país. Por sua vez, para que uma economia permaneça crescendo é necessário que sua produtividade seja sustentável. Os principais fatores de investimento para uma economia crescente estão ligados diretamente no capital humano, físico e tecnológico. Nos últimos anos, o Brasil, tem demonstrado uma falta de eficiência na produtividade devido ao baixo investimento da mão de obra que produza com qualidade e eficiência em tempo reduzido. Para que uma economia possa ser considerada sólida e forte é necessário investimento em educação, infraestrutura, pesquisa e desenvolvimento. Existem alguns determinantes da produtividade da mão de obra, entre eles é possível citar o fator educação. Com relação a esse fator, o Brasil tem investido pouco, pois, comparado a alguns outros países, a quantidade de brasileiros com nível superior é ainda baixa. A pesquisa da revista Exame junto a 113 empresas revela que elas entendem que a produtividade é um problema para ser enfrentado dentro da companhia, sendo que 34% responderam que é preciso investir em educação, 16% em infraestrutura, 27% na melhoria do ambiente de negócios e redução da burocracia, 10% incentivo à inovação e o desenvolvimento tecnológico e 13% em desoneração do orçamento. “Hoje, um trabalhador brasileiro gera perto de 22.000 dólares por ano de riqueza. O americano, cerca de 100.000 dólares.

Ou seja, são necessários cinco brasileiros para produzir a mesma riqueza que um americano”, afirma a Exame. Segundo artigo publicado na edição de 10 de abril de 2013 de jornal O Estado de São Paulo, a estimativa padrão para o Japão em 2012 situava a produção por trabalhador empregado crescendo 3,08% ao ano. Isso é consideravelmente mais robusto do que nos Estados Unidos, onde a produção por trabalhador cresceu apenas 0,37% no ano passado, e muito mais forte do que na Alemanha, onde ela encolheu 0,25%. Quando observamos a evolução da mão de obra ao longo dos anos nos diversos países do mundo, percebemos algumas correlações, como baixa escolaridade gerando baixos salários e maior quantidade de mão de obra de base disponível no mercado. Quando os países aumentam a taxa da população em universidades, redução do analfabetismo, aumento de cursos técnicos, a renda da população cresce significativamente. Por um lado, se os trabalhadores possuem maior especialização, maior conhecimento técnico, eleva-se a remuneração necessária para captar esses profissionais no mercado. Em contrapartida, se reduz o número de profissionais de base, como diaristas, empregadas domésticas, pintores, pedreiros, o que eleva significativamente a renda desses profissionais. Renda aumenta, custo aumenta, imediatamente esse custo é repassado aos preços de venda, o que contribui para o aumento da inflação e faz com que a renda perca poder de compra. O mercado é auto-regulável. Nosso desafio é entender como garantir que teremos profissionais em todas as áreas necessárias para garantir a evolução da economia no Brasil.


Iniciando pelas áreas de base, antigamente, os filhos de pintores seguiam a profissão dos pais, filhos de representantes comerciais assumiam o negócio dos pais, filhas de empregadas domésticas iam trabalhar junto com as mães para aprender a profissão e serem indicadas para novas casas, filhos de pedreiros seguiam para as obras junto com os pais, para ajudá-los e aprenderem a nova profissão. Atualmente casos como esses são exceções. Mais de 35 milhões de brasileiros ascenderam das classes D e E para a classe C. O poder de compra aumentou, o acesso à educação melhorou, na análise da população de 10 anos ou mais por nível de instrução, o percentual de pessoas sem estudo ou com o fundamental incompleto caiu de 65,1% para 50,2%, enquanto o de pessoas com pelo menos o curso superior completo aumentou de 4,4% para 7,9% (IBGE 2010). Em outros países o fenômeno da escassez de mão de obra de base atraiu trabalhadores de outros países, como mexicanos e brasileiros aos EUA. Esse fenômeno já começou no Brasil. O noticiário Jornal Nacional de 15/08/2011 informou que no primeiro semestre de 2011, o número de estrangeiros que vieram trabalhar no Brasil cresceu quase 20% em relação ao mesmo período de 2010. É um movimento surpreendente dentro da economia brasileira. Aumenta a população e a competição por essa demanda de mercado. Qual o impacto real disso e como empregar mão de obra estrangeira com as leis brasileiras? Mas, e quanto às funções técnicas? O que ocorreu com elas? Muitas empresas migraram de centros empresariais como São Paulo, para outras regiões do Brasil em busca de incentivos fiscais, mas sentiram uma profunda dificuldade em captar, no mercado, profissionais que garantissem a produtividade necessária. Algumas empresas fizeram parcerias com o Sesi, o Sesc, ou o Senai para aumentarem o número de participantes em cursos técnicos e abastecer o mercado de trabalho. Também trouxeram na bagagem muitos profissionais de outras regiões, para garantir o mínimo de entrega necessária para as funções em aberto. Algumas empresas simplesmente desistiram e retornaram para grandes centros como São Paulo. Outras investiram alto em grandes programas de capacitação e treinamento para garantir a continuidade, como as montadoras de automóveis no Paraná e na Bahia. Nas funções especialistas, houve uma invasão em termos de quantidade de profissionais formados. Na última década, entre 2001 e 2010, o crescimento do acesso ao ensino superior no Brasil foi de 110,1% segundo o INEP. Além disso, cresce o número de cursos à distância, já é possível escolher entre 1.044 cursos de


artigos 140 instituições de ensino (reportagem do Jornal Hoje de 02/04/2013). Temos mais profissionais formados, mas com um nível de qualidade ainda muito baixo para os padrões de países desenvolvidos. Resultado de uma falha educação de base, como vemos em diversos processos seletivos, onde candidatos têm dificuldades em matemática básica ou gramática. Algumas faculdades tentam dirimir essa falha na educação de base, como a PUC-PR, que inclui em sua grade do primeiro ano dos cursos de administração e economia, um ano de matemática básica. O país gasta com investimento em educação média de 5,5% do PIB em programas de educação, incluindo os gastos públicos e os investimentos privados, tendo em vista que é um valor alto, comparando-se com os Estados Unidos, que destinam 5,3% de seu PIB com educação, e a Inglaterra, com 5,5%. O problema que o Brasil enfrenta é a distribuição desigual dos recursos nos diferentes níveis de ensino. Aos alunos de nível superior é destinada uma quantidade muito maior de recursos do que para os do ensino fundamental. (IBGE 2008). O que significa que temos muitos profissionais formados no mercado, mas com qual grau de conhecimento? Capazes de produzir o suficiente para sanar as necessidades de produtividade das empresas? Com competência para entregar um trabalho de qualidade, que garanta a perpetuidade da empresa, que contribua com a sua missão? A pesquisa “O retrato do treinamento no Brasil 2013”, mostrou que são cinco os temas que as empresas pesquisadas consideram prioritários para os programas de treinamento: liderança (80%), qualidade e/ou atendimento ao cliente (41%), comunicação (38%), segurança e/ ou treinamento obrigatório (24%) e tecnologia da informação (19%). A pesquisa registrou, ainda, que 84% dos colaboradores das empresas participantes participaram de programas formais de Treinamento e Desenvolvimento (T&D). A relação entre investimento em T&D e o faturamento das organizações pesquisadas mostra um índice médio de 0,8%. “O aceitável seria entre 1% e 1,5%”, segundo Alfredo Castro, da MOT. Ou seja, mesmo as grandes empresas, que contribuíram para a pesquisa, ainda investem aquém do necessário para garantir a produtividade de sua mão de obra. Talvez, considerando o investimento realizado em países desenvolvidos, e desconsiderando o fato de termos

uma formação básica inferior em termos de qualidade, quando levamos em conta a maioria da população. Considerando os temas que estão sendo trabalhados e priorizados pelas empresas, o foco está no desenvolvimento das lideranças, o que faz sentido se pensarmos na forma mais barata de multiplicar conhecimento, porém, quão técnicos ou especialistas são esses líderes? Quão sofisticados e desafiadores são esses treinamentos? Quão eficientes, se há uma lacuna no conhecimento básico? Outro determinante é o fator pesquisa e desenvolvimento, reportagem da revista Veja na edição de 07/04/2013 aborda o quanto o governo atual apostou na criação de empregos, visando o desenvolvimento econômico do Brasil, mas falhou em investir em inovação e tecnologia. A evolução da produtividade por trabalhador entre 1996 e 2003 estava negativa em 2% na indústria de transformação. Entre 2003 e 2009, essa queda se ampliou para 10,3%, segundo dados presentes no estudo “Uma história sobre dois países”, elaborado pelos economistas Marcos Lisboa e Samuel Pessoa, citado pela reportagem. Essa mesma reportagem cita que a abertura de mercado tem papel essencial nessa dinâmica. Conforme explica o economista Paulo de Tarso Almeida Paiva, professor da Fundação Dom Cabral e ex-ministro do Trabalho do governo FHC, a importação de tecnologia é essencial quando a capacidade de inovar de um país não é suficiente para melhorar sua produtividade. E o governo desestimula tais ganhos ao impor políticas protecionistas ao país para proteger justamente o emprego, como ocorre no setor automotivo, em que montadoras que não produzem localmente estão sujeitas a uma altíssima carga tributária. “A nossa capacidade de inovar gerando tecnologia própria é muito baixa. E quando se abre o comércio, importa-se o produto, a tecnologia e se ganha em produtividade”, explica. Paiva também cita o exemplo automobilístico para comparar o desempenho do Brasil com países asiáticos. “O setor sempre foi alvo de estímulos, mas o Brasil não conseguiu se reafirmar, não criou tecnologia própria nem marca própria, como fizeram China e Coreia”, afirma. O terceiro fator fundamental para a produtividade é a infraestrutura. A BBC Brasil publicou artigo no dia 28/05/2012 com a seguinte afirmação de Silvio Campos Neto, economista da Tendências Consultoria: “A lógica é simples.


Revista SUPERMIX

Sem estradas de boa qualidade e uma baixa produtividade do trabalhador, o preço dos produtos brasileiros tende a ficar mais caro, perdendo espaço para os importados internamente e sofrendo concorrência acirrada no exterior, o que acaba por afetar nosso crescimento”. Uma das razões da estagnação da produtividade nas últimas décadas no Brasil é o baixo investimento em infraestrutura. Em 1990, para cada brasileiro empregado havia um estoque de 41.000 dólares. Em 2010 a correlação continuava a mesma, segundo a edição de 3 de outubro de 2012 da revista Exame. Nos EUA, a correlação é de 245.000 dólares. A área de construção civil é uma das que mais sofrem, enquanto no Brasil dois funcionários constroem 17 metros quadrados por dia no sistema de alvenaria, nos Estados Unidos, uma dupla de operários levanta de 40 a 50 metros quadrados com material pré-moldado. O que agrava a situação do Brasil é que, além do investimento insuficiente ou mal direcionado do governo em infraestrutura, 90% das empresas no Brasil tem menos

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de dez funcionários, nos EUA são 54%. Quanto menor a empresa, menor o investimento em tecnologias que poderiam aumentar a produtividade. Destaca a reportagem da Exame. Observando os três fatores que têm impacto direto sobre a produtividade é possível perceber que não basta esperar que o governo sozinho crie soluções para aumentar a produtividade. As empresas privadas precisam começar a fazer contas. Quanto é possível incrementar em termos de produtividade se elevarmos o investimento interno nas empresas em treinamento e capacitação de forma estratégica, pensando nas bases necessárias para que o trabalhador encontre soluções com mais qualidade para os desafios diários. Rever o nível de investimento em pesquisa e desenvolvimento para garantir a perpetuidade dos negócios e encontrar soluções continuar crescendo e claro, analisar os equipamentos, as tecnologias utilizadas atualmente e estrategicamente, definir pela troca dos menos produtivos. Em resumo, num país com políticas protecionistas, a melhor saída é buscar soluções independentes.


saúde

Apras engajada em ações em busca de uma alimentação mais saudável para todos Todos os dias, milhares e milhares de brasileiros vão aos supermercados comprar alimentos para o sustento de sua família. Ter nas prateleiras produtos de qualidade para disponibilizá-los aos consumidores é uma grande responsabilidade. Conscientes da força que isso representa, o setor supermercadista está, há anos, preocupado com a questão, discutindo alternativas, projetos e programas para a adoção das melhores práticas, na busca da excelência no oferecimento de alimentos. Um dos programas que mais tem chamado a atenção é o RAMA, lançado recentemente pela ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados. O programa foi criado especialmente para rastrear e monitorar o uso de agrotóxicos nas Frutas, Verduras e Legumes (FLV) comercializados pelas mais de 80 mil lojas dos setor, espalhadas por todo o País. A intenção da ABRAS é abranger todos os estados brasileiros, por meio das 27 associações de classe estaduais. O programa é desenvolvido pela associação e tem o apoio da empresa Paripassu, que será responsável pelas coletas e análises técnicas. Com o RAMA, o supermercadista poderá monitorar os alimentos in natura, por meio de análises de

resíduos de agrotóxicos realizadas com amostras de FLV recolhidas em loja. Com a rastreabilidade dos produtos (cadastro/controle dos produtores/ fornecedores), o objetivo é obter maior precisão na identificação da origem de eventuais problemas de uso excessivo ou incorreto de agrotóxicos na produção. A adesão ao RAMA é voluntária e os participantes utilizarão um selo de participação, como forma de informar ao consumidor que seus produtos são rastreados. A intenção é ampliar a segurança dos consumidores em relação aos alimentos comprados. Paraná Desde o início deste ano, uma resolução já estabelece que frutas e hortaliças comercializadas no Paraná tenham rotulagem específica, tanto no produto quanto na gôndola dos estabelecimentos. A medida ainda não entrou em vigor porque está em fase de consulta pública. No entanto, o estado protagoniza há mais de 10 anos discussões de todos os setores envolvidos, tanto para se buscar alternativas precisas de rastreabilidade quanto para se buscar o oferecimento de produtos com menos resíduos agrotóxicos para o consumidor. Uma das alternativas que sempre

tiveram o incentivo da APRAS – Associação Paranaense de Supermercados – é a produção integrada. Trata-se de metodologia que busca o respeito ao ambiente, a economia, a saúde do consumidor e do produtor, por meio da redução do uso de agrotóxicos e incentivo à utilização de práticas saudáveis de manejo do solo e controle de pragas. Entre as vantagens da Produção Integrada, pode-se destacar: - Redução de cerca de 30% no uso de agrotóxicos; - O produto chega com mais qualidade ao consumidor; - As frutas, verduras e legumes apresentam maior vida útil na gôndola do supermercado e na casa do consumidor (de acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento); - Os preços são compatíveis com os dos produtos tradicionais. Na Europa, mais de 80% da produção agrícola é considerada integrada, enquanto que no Brasil apenas 3% segue essa linha. Desde 2003, APRAS vem interagindo com produtores que utilizam essas técnicas alternativas, buscando formas de ampliar a oferta desses produtos em nossos


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supermercados. Durante todo esse tempo, foram realizadas mais de 60 reuniões formais para debater entre os setores envolvidos formas de levar o FLV com mais qualidade ao consumidor. O setor supermercadista sempre foi muito cobrado – principalmente pela Secretaria Estadual da Saúde e pelo Ministério Público do Paraná - e sempre se mostrou disposto a adequar o que for necessário para auxiliar na

melhora da qualidade dos produtos oferecidos. No entanto, percebe-se que há interesses políticos que dificultam o avanço nas discussões. O setor agrícola, por exemplo, responsável pela produção, é o que mais apresenta dificuldades para fazer a discussão evoluir. Acreditamos que este é o momento mais propício para se encaminhar toda essa discussão para a real adoção das melhores práticas. Em junho deste ano, a ABRAS assinou

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um acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para divulgar as vantagens da produção integrada, tanto para o consumidor quanto para o supermercadista e o produtor. A APRAS também está comprometida com a divulgação da produção integrada, que terá atenção especial na MERCOSUPER 2014.


ESPAÇO MERCOSUPER

MERCOSUPER 2014 33º Feira e convenção paranaense de supermercados A partir desta edição, inauguramos um novo quadro fixo aqui na SUPERMIX. A cada nova edição, você ficará sabendo das novidades e de todo o processo de preparação e organização da Mercosuper 2014. Desde já, queremos mantê-lo informado sobre tudo o que estamos fazendo para que a nossa feira seja a melhor já realizada.

Ilhas As ilhas temáticas colocarão em destaque temas fundamentais para o desenvolvimento do setor: Marketing, Inovação Tecnológica e Recursos Humanos. A ilha destinada ao Marketing terá como expositores empresas de pesquisa, consultoria e serviços de maneira geral. A ilha de Inovação

A Mercosuper vem se firmando cada vez mais como

Tecnológica será um verdadeiro ESPAÇO DO FUTURO, com

uma das melhores e mais importantes feiras do setor

as grandes novidades que têm chegado ao setor, como

supermercadista brasileiro, e uma das maiores do sul

o autocaixa, a etiquetagem eletrônica e novos sistemas

do país. Para isso, são grandes nossos investimentos em

de gerenciamento. Já a ilha de Recursos Humanos trará

tecnologia, inovação e nas maiores novidades do setor.

empresas de recrutamento e capacitação, destacando a

Para 2014, teremos boas atrações, como por exemplo as

importância de se investir na formação da mão de obra

ilhas temáticas que proporcionarão o fechamento de mais

para o setor.

negócios, bem como maior proximidade entre fornecedores e supermercadistas.

Toda essa preparação certamente fará com que possamos cumprir nossas maiores metas: fazer com

Nosso tema central será O VAREJO CAMPEÃO – A conquista

que a MERCOSUPER 2014 seja realmente inesquecível

do consumidor. Aproveitando o clima de Copa do Mundo,

e proporcionar interação total entre fornecedores e

vamos trazer as análises de como o setor supermercadista

supermercadistas, gerando negócios que tragam resultados

paranaense vem se destacando e pode se destacar ainda

animadores ao nosso VAREJO CAMPEÃO.

mais no cenário nacional.


recursos humanos

Queremos conhecer a sua história A partir de agora, a SUPERMIX terá em todas as edições um espaço dedicado às Gestão de Pessoas. O objetivo é relatar experiências dos supermercados paranaenses sobre o que tem sido feito de inovador em nossas empresas. Sabemos que a atração e retenção de talentos é um dos maiores desafios do setor nos últimos anos. Por isso, as empresas têm se esmerado em desenvolver suas próprias soluções para resolver a questão, apostando em ações de reconhecimento dos colaboradores, como benefícios indiretos (plano de saúde, plano odontológico, vale-alimentação e outros diferenciais), programas de capacitação e formação de mão de obra, projetos internos de

valorização e criação de bom clima organizacional (ginástica laboral, entre outros) e mesmo adoção de salários diferenciados. Há cerca de cinco anos a Academia Empresarial Apras promove pesquisas junto aos associados para acompanhar as políticas de Recursos Humanos das empresas e qual a visão dos colaboradores a respeito de suas empresas e seus líderes. Com os resultados das pesquisas, temos percebido que os colaboradores valorizam cada vez mais a importância de um bom clima de trabalho e interação com seus líderes. O item “salário”, apesar de importante, não é apontado como determinante para sua satisfação no trabalho, ficando

historicamente em quinto lugar na lista de prioridades, atrás de pontos como Comunicação entre os colegas, Relacionamento com o líder, Estrutura e Recursos para a execução das tarefas necessárias, Programas de Capacitação e Benefícios Indiretos. Queremos, neste espaço, convidar líderes e gestores de Recursos Humanos para que compartilhem suas experiências conosco. O que sua empresa tem feito de diferente para conquistar e manter seus colaboradores? Conte sua história. Entre em contato pelo e-mail comunicacao@apras.org.br.


Academia Apras Academia Apras

PARCERIA ACADEMIA APRAS, SEBRAE e FECOMERCIO: No dia 24 de junho de 2013 foi assinado um Convênio de Cooperação Técnica que entre si celebram o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Paraná - SEBRAE/ PR, a Federação do Comercio do Paraná - FECOMÉRCIO, o Sindicato do Comercio Atacadista de Gêneros Alimentícios do Paraná - SINCAPR e a Associação Paranaense de Supermercados- APRAS. O Convênio tem como objetivo a

III - formação de equipes de alto desempenho; IV - ações para possibilitar o acesso às inovações e novos mercados.

melhoria da gestão dos negócios, no desenvolvimento da capacidade empreendedora e de liderança dos gestores

O Programa se chama TOP LOJA – Transforme seu

e na ampliação da visão de mercado no segmento de

minimercado em um Super Negócio. Para dar suporte

minimercados, mediante as seguintes atividades:

ao projeto, a Academia Empresarial da APRAS criou o Curso de Capacitação Técnica para micro-empresários

I - melhora da performance dos

de Supermercado. Durante o período de 18 meses, os

empresários, capacitando-os como

da APRAS, com professores especialistas no setor, além de

líderes do segmento;

participantes irão participar do programa de capacitação orientações de consultores do Sebrae, O Programa está sendo lançado para os minimercados de

II - realização de capacitações

Curitiba, Ponta Grossa, Franscisco Beltrão e Ivaiporã. Para

especializadas para o segmento;

contato se estiver interessado.

mais informações, procure o Sebrae ou a Apras e deixe seu


Revista SUPERMIX

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PALESTRAS ACADEMIA APRAS: A Eficácia da Comunicação Palestras: “A Eficácia da

do Líder - Maringá

Comunicação do Líder ” No dia 13 de maio, empresários varejistas de Guarapuava e os alunos da UNICENTRO, camús Santa Cruz, receberam a professora Adriane Werner e acompanharam a palestra “A Eficácia da Comunicação do Líder”. Adriane é jornalista, especialista em Planejamento e Qualidade em Comunicação e mestre em Administração (PUC-PR). Escreve sobre comportamento profissional em revistas e publicações nacionais, como a SuperMix, da Associação Paranaense de Supermercados. É professora universitária e leciona na Academia Empresarial APRAS. Na sua palestra estavam presentes aproximadamente 60 pessoas, entre empresários e alunos da Unicentro, que puderam ouvir sobre a importância da Comunicação entre líderes e colaboradores. Adriane falou também sobre técnicas de coaching, uma metodologia mujito utilizada para aconselhamento de carreiras, mas que pode ser utilizada nas empresas com o objetivo de melhorar a comunicação entre líderes, empresários, suas empresas e negócios realizados. A Apras de Guarapuava na pessoa do seu presidente José Fernando Brecailo Jr. agradece à Unicentro e seu diretor Ademir Juracy Fanfa Ribas, bem como à professora Dagmar Rhinow, pela receptividade e parceria conosco, ao nos ceder um excelente espaço para a palestra.

Em Maringá, a palestra “A Eficácia da Comunicação do Líder” foi ministrada no dia 23 de maio de 2013, na Associação Comercial de Maringá – ACIM, pela professora Cristiane Carvalho Pasquinelli. Com muitas pessoas presentes,


Academia Apras entre alunos da Universidade Cidade Verde de Maringá e empresários e profissionais do varejo, o trabalho foi muito proveitoso. Cristiane é Psicopedagoga Empresarial e reside em Maringá. É diretora da Dinâmica Corporis Consultoria. Desenvolve temas focados no desenvolvimento humano e atua em Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. Cristiane usou de sua experiência e colocou a todos que Liderança é algo que pode ser exercitado, uma habilidade que pode ser treinada. Afirmou ainda que “o líder não deve ser alguém autoritário, mas alguém que tem autoridade. A Comunicação é seu grande instrumento. Portanto, ele deve ter grande cuidado com o poder que têm as palavras”.

e empresário Christian Nogarotto. Estiveram presentes aproximadamente 50 pessoas entre supermercadistas e lojistas da cidade de Beltrão e região. A palestra trouxe informações preciosas aos empresários e estes tiraram muitas dúvidas sobre a administração do capital de giro das empresas. A Apras na pessoas do seu diretor regional Edy João Dalberto agradece à Câmara de Dirigentes Lojistas e a sua presidente Rejane Bravo, bem como à secretária do CDL, Syrlei Maria Zapelini, por todo auxílio e receptividade.

Administração do Capital de Giro: “A Teoria na Prática”

A Apras de Maringá, na pessoa do seu presidente Maurício Bendixen, agradece à ACIM na pessoa de seu presidente Marco Tadeu Barbosa , seus diretores e equipe pela receptividade e parceria conosco, ao ceder seu espaço para a palestra. Agradece da mesma forma ao professor Valdemar Dias dos Santos, representante da Faculdade, pela presença e auxílio no encontro entre empresários e estudantes da cidade de Maringá e região.

No dia 17 de julho de 2013, a Apras de Maringá e seus associados também puderam acompanhar a palestra do professor Christian Nogarotto. A Apras de Maringá e seu diretor regional Maurício Bendixen agradecem a participação dos seus associados e os convida a estar conosco em outras oportunidades.

Palestras : “Administração do

A Academia também agradece ao professor Christian Nogarotto, grande parceiro da Academia Apras que muito tem colaborado conosco nos últimos anos.

Capital de Giro: A Teoria na Prática”

Palestra: “Desafios no Varejo”

No dia 09 de maio de 2013, empresários varejistas de Francisco Beltrão e Região participaram da Palestra “Administração do Capital de Giro” ministrada pelo professor

No dia 26 de junho de 2013 os alunos da academia, empresários e colaboradores de supermercado de Curitiba participaram da palestra “Desafios no Varejo” ministrada pela professora Ana Lizete Farias. Ela é mestre em Geologia Ambiental pela UFPR, especialista em Risco Social Ambiental no Banco ABN Amro Real, e tem 20 anos de experiência em estudos ambientais de naturezas diversas e em diferentes níveis de aplicação. Atualmente vem aprimorando habilidades na implementação da sustentabilidade no ambiente corporativo, nas questões sociais e dos negócios empresariais. Ana Lizete falou sobre o grande desafio do varejo supermercadista e de seus líderes nos próximos anos: o Desenvolvimento Sustentável. “Como profissionais, estamos agarrados uns com os outros. Olhar com ética é a grande


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sacada”, afirmou a professora. A palestrante também explicou de forma simples como devemos olhar para os outros ao cuidarmos de uma empresa. Usa a expressão: “Quando amamos, cuidamos; quando cuidamos, amamos. Cuidar não é uma escolha; ou a gente cuida ou a gente morre”. Registramos nosso agradecimento à professora Ana Lizete por nos ajudar a compreender mais como poderemos trabalhar pelo desenvolvimento sustentável.

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importância da profissionalização do setor, necessidade especialmente fundamental das pequenas empresas. Flávio tem mais de 25 anos de experiência no setor e hoje é consultor e professor de vários empresários na Academia Empresarial da Apras. Ele falou do setor como algo desafiador, dinâmico, concorrido e também formador. Segundo o professor, todo supermercado, seja pequeno ou grande, precisa gerar lucro, não só trabalho. O palestrante disse aos presentes que todos devem repensar seu negócio, ver pontos a serem melhorados e, para isso, poderão contar com o novo programa Top Loja para auxiliá-los. A Apras e o Sebrae agradecem ao professor Flávio por toda a informação e motivação na participação do programa TOP LOJA.

Palestra: “Gestão de Loja”

Para o lançamento do programa para minimercados de Curitiba, realizado entre a Apras, o Sebrae e a Fecomercio, A Academia Empresarial Apras contou com a presença do palestrante e professor Francisco Flávio de Paula no dia 09 de julho de 2013, no auditório do Sebrae. Aproximadamente 30 minimercadistas participantes puderam ouvir sobre a


Academia Apras Curso “Gestão AdministrativoFinanceira” O Curso de Gestão Administrativo-Financeira teve início no dia 17 de maio em Curitiba. O curso tem o objetivo de fornecer aos líderes conhecimentos essenciais para uma boa administração financeira, buscando otimizar a utilização dos recursos disponíveis, conhecendo o seu lucro real e analisando a evolução de patrimônio. Desta forma, o participante pode analisar e avaliar os resultados globais da empresa, melhorando o sistema de informação gerencial para a tomada de decisão. O trabalho foi ministrado pelo professor Osvaldo da Mata Callegari. Ele é graduado em Administração, Ciências Contábeis e em Direito. É mestre em Contabilidade e Controladoria, com especialização em Administração Financeira, e consultor na área para varejistas e supermercadistas. Callegari ensinou aos alunos sobre Equilíbrio financeiro, elaboração da estrutura gerencial de resultados, administração do capital de giro, planejamento dos lucros e muito mais. Com exercícios práticos e demonstrações financeiras, o professor pôde abordar aspectos importantes do assunto e tirar dúvidas dos alunos. Novas turmas de gestão serão lançadas no 2º semestre. Peça o curso em sua cidade! Entre em contato com sua regional e deixe seu nome

Curso “Gestão de Loja” A nova turma do Curso Gestão de Loja iniciou os trabalhos no dia 10 de junho em Curitiba, com 42 alunos. O curso tem como objetivo proporcionar ao empresário os conhecimentos necessários à atuação de líderes no gerenciamento de loja, desenvolvendo competências necessárias à gestão comercial, administrativa e à gestão de pessoas, a fim de formar profissionais gabaritados para a Liderança. No curso, o participante desenvolve habilidades para analisar e gerenciar os custos de sua empresa, administrar recursos financeiros, o controle interno, evidenciando o lucro gerado ou perdido pelas operações mal planejadas. O trabalho foi ministrado pelo professor Franscisco Flávio de Paula. Ele é formado em Economia, especialista em

Gestão de Empresas e tem experiência de 25 anos em gerenciamento e superintendência de supermercados. Consultor de redes supermercadistas de médio porte no Paraná e Santa Catarina, o professor ministra cursos de gestão há oito anos na Academia Apras Novas turmas serão lançadas serão lançadas durante o 2º semestre. Peça o curso em sua cidade! Entre em contato com sua regional e deixe seu nome

Curso “Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching” O Curso Gestão de Pessoas, Liderança e Coaching aconteceu nos meses de junho e julho de 2013 na sede da Apras de Ponta Grossa. A formação da turma foi um pedido do Comitê de Recursos Humanos da região, pois, como em todo o Paraná, ali também há grande dificuldade de contratação


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e retenção de pessoas no setor. A questão tem mobilizado profissionais de RH e empresários de todo o estado. Por isso, empresários de Ponta Grossa decidiram investir seu tempo para conhecerem melhor como trabalhar as carreiras dos colaboradores. O curso teve carga horária de 40h. Os alunos puderam aprender com maior intensidade a Gestão de Recursos Humanos com o professor Ronaldo Rangel. A disciplina envolve avaliação de desempenho, plano de carreira, política de cargos e salários, indicadores qualitativos, motivação continuada e treinamento. Já a professora Adriane Werner auxiliou a todos com o tema Comunicação e Linguagem, e a professora. Christina Jacob abordou a ideia de como utilizar Técnicas de Coaching na administração de conflitos e gerenciamento de pessoas. O curso foi muito bem avaliado e proporcionou o surgimento de novas ideias. Parabéns aos alunos que, com esforço e profissionalismo, demonstraram preocupação com a qualidade do trabalho em Gestão de Pessoas no setor supermercadista! Peça você também o curso na sua região!

Curso Formação Gerencial no Varejo – 200h/aula

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Uma nova turma já foi iniciada em Curitiba no dia 15 de julho. É a Turma 42. Ao todo, já 39 turmas já foram concluídas e algumas estão em andamento. Novas turmas serão lançadas em todo o estado, pois grandes resultados têm sido vistos e novos líderes estão sendo preparados para gerenciamento de lojas. As inscrições já estão abertas e as aulas terão início no 2º semestre de 2013. Inscreva-se já! Prepare seus colaboradores para a gestão em sua empresa! Entre em contato com sua regional CONTATOS: Ponta-Grossa e Irati: Anita no fone (42) 3236-3077 e-mail: pontagrossa@apras.org.br Curitiba e Guarapuava: Cyntia no fone (41) 3263-7000 e-mail: cyntia@academiaapras.com.br Cascavel: Laila no fone (45) 3223-9995 e-mail: maringa@apras.org.br Londrina e Jacarezinho: Gleyce no fone (43) 3323-7935 /e-mail: gleyce@apras.org.br Maringá: Lidiane no fone (44) 3031-6622 e-mail: maringa@apras.org.br Pato Branco: Edivane no fone (46) 3224-5495 e-mail: patobranco@apras.org.br Se você quer levar o curso para sua cidade, entre em contato com a regional mais próxima.

ALUNO DESTAQUE

A formatura da Turma 39 do Curso de Formação Gerencial no Varejo de Curitiba aconteceu no dia 24 de junho de 2013. Os alunos trouxeram seus familiares e colegas para ouvir sobre Novos Desafios. Após estarem em sala há um ano estudando, agora já compartilham conosco os resultados atingidos. Parabéns aos alunos e às empresas que investem em seus líderes e colaboradores.

A Turma 39 do Curso de Formação Gerencial no Varejo de Curitiba, que se formou no dia 24 de julho, teve um


Academia Apras aluno destaque. José Algemiro Gross recebeu aplausos dos colegas e professores por nunca ter faltado às aulas. José tem 47 anos de idade, é casado e tem filhos. É gerente do Supermercado Zamprogna, faz as compras no Ceasa muito cedo e cuida do trabalho de gestão de toda a loja.

também contaram com o auxílio do Técnico da Anaconda, sr. Eldon Strey, que, com muito humor e conhecimento, auxiliou a professora Eliane todos os dias, dando todo o suporte possível. Os alunos saíram encantados com tudo o que aprenderam e já pediram novo curso, tamanha a empolgação.

José afirmou que passou a ver o setor de outra forma, de maneira mais abrangente, depois que começou a assistir os cursos. Disse também que os trabalhos realizados lhe proporcionaram autoconhecimento, e isso lhe ajudou muito como líder de loja. Segundo o formando, todas as aulas são aplicáveis no dia a dia profissional, pois são ministradas por gestores e professores que conhecem o setor e têm domínio

A Apras agradece mais uma vez à Anaconda, na pessoa do sr. José Baltazar, por todo o auxílio e por nos conceder seu espaço para capacitar nossos associados. Obrigada pela parceria!

de tudo o que falam. Parabéns, José, por seu empenho e dedicação!

CURSOS DE FORMAÇÃO BÁSICA E ESPECÍFICA: Curso de Alta Confeitaria – Parceria Apras e Anaconda O Curso de Alta Confeitaria foi ministrado entre os dias 13 de maio e 11 de junho de 2013. Com uma carga horária de 40 horas de aula, foram treinadas mais 10 alunas. Elas aprenderam a fazer produtos deliciosos que têm chamado a atenção dos clientes. O cliente está cada vez mais exigente e procura melhor qualidade e produtos mais finos. Para atendê-los, é necessário capacitar cada vez mais os profissionais do setor. As aulas aconteceram no laboratório do Moinho Anaconda e foram todas com atividades práticas. A professora Eliane Kreusch foi quem ministrou as aulas, mas os alunos

Comunicação Visual I: Básico de Cartazista Mais uma turma realizou o Curso Básico de Cartazista em Curitiba no dia 21 de junho. Ao todo, 13 alunos de diferentes supermercados passaram o dia aprendendo técnicas de confecção de cartazes. O curso de Capacitação de Novos Cartazistas também aconteceu no Norte do Paraná. O curso foi realizado na cidade de Maringá, no dia 15 de julho de 2013, com a presença de alunos de várias empresas. Já na cidade de Londrina, o curso aconteceu no dia 16 de julho. Os trabalhos foram ministrados pelo professor Anselmo dos Santos, que tem corrido o Estado e feito um excelente trabalho para a Academia Empresarial Apras, o que garante a qualidade do trabalho e a padronização da linguagem para todos os associados.

COMITÊ RECURSOS HUMANOS A Apras lançou a campanha de Pesquisa Salarial para os associados de todo o estado do Paraná. Aos participantes do Comitê de RH foi enviada uma nova pesquisa e foi pedido a todos que entregassem as respostas até o dia 20 de julho. Os resultados deverão ser entregues em agosto, mas só receberão os dados aqueles que tiverem participado da pesquisa. Este trabalho tem sido feito todos os anos e a participação ainda é pequena. Também estava em andamento a pesquisa de Benchmarking organizada pelo sr. Dórian Bachmann, da empresa de pesquisas Dórian & Associados e pela Associação Brasileira de Recursos Humanos, mas, por causa da pequena participação dos empresários e profissionais de RH, a pesquisa não teve prosseguimento. Registramos mais uma vez o convite para que todos participem das próximas pesquisas. O trabalho é gratuito e representa um benefício da Apras para seus associados. A nossa união é que faz a força do setor! Participe! A Programação dos Cursos da Academia Empresarial APRAS pode ser vista no site www.academiaapras.com.br


Academia Apras A Apras agradece aos parceiros METIQ e Casa do Cartazista por todo o apoio e qualidade dos produtos que têm sido utilizados pelo professor Anselmo em todas as aulas do estado.

CURSOS IN COMPANY

Curso Vendas I: Básico em Exposição e Reposição A Rede Jacomar de Supermercados tem sido um grande exemplo em investimento na área de Educação e Capacitação de funcionários. No mês de julho, a empresa buscou a capacitação de seus funcionários para o setor de Reposição de loja. O curso foi ministrado pelo professor Ticiano Mattos, que tem grande experiência em exposição e layout de loja. Com seu conhecimento, Ticiano auxiliou os participantes a

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conhecer as regras de um bom recebimento, conferência de produtos, estocagem, precificação e grande cuidado na exposição, reposição e giro de mercadorias. Parabéns à Rede Jacomar pelo investimento em seus colaboradores!

Curso Perfil Gerencial No dia 21 de junho, a Rede de Supermercados Cidade Canção recebeu em sua sede a professora Cristiane Pasquinelli, da Academia Empresarial Apras de Maringá. Ela é Psicopedagoga Empresarial e diretora da Dinâmica Corporis Consultoria. A profissional desenvolve temas focados no desenvolvimento humano e atua em Recursos Humanos e Gestão de Pessoas. A professora Cristiane falou sobre o Papel do Líder de Supermercado e deu muitos exemplos sobre comportamentos adequados e inadequados. Também falou sobre a força do líder na retenção de pessoal, frisando que ele tem o papel de formador de profissionais. Os participantes puderam conhecer mais quais são as boas qualidades de um líder de loja e exercitar também as suas. Parabéns ao Cidade Canção pelo investimento em seus líderes e colaboradores!

Procure a equipe da Apras para pedir uma proposta de curso. Nós iremos visitá-lo e focar os trabalhos na sua necessidade.


Lançamentos Doce D’ocê lança versão Ultracongelada do doce mais vendido no Brasil - “O Pudim” A Doce D’ocê conquistou o mercado brasileiro de ultracongelados com qualidade e inovação e continua facilitando a vida das pessoas sem perder o sabor das receitas caseiras. Desta vez, lança no mercado o Pudim Ultracongelado, com receita exclusiva, podendo ser servido em poucos minutos. O produto complementa um mix de Tortas, Bolos, Pães, Doces e Salgados que trazem a comodidade de sempre e mantém a tradição de servir qualidade na mesa dos brasileiros. O Pudim está disponível nos sabores Baunilha e Três Leites em mono porção de 100 gramas ou tamanho família na embalagem de 850 gramas. Conheça a mais completa linha de ultracongelados no site: www.docedoce.ind.br.

Leite Zero Lactose é a novidade da Tirol Dados disponibilizados pelo Governo Federal apontam que quatro entre dez brasileiros não podem consumir leite, queijo, iogurte e manteiga, por intolerância à lactose. Pensando nesse público, em 2011 a Tirol lançou o Leite Premiare baixa lactose. Na época era possível retirar 90% da lactose da bebida. Nestes dois anos a procura e a aceitação pelo produto foi tão crescente que a marca lança agora o ZERO LACTOSE.


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Parati traz ao mercado Bolinho Recheado com a marca Cartoon A Parati acaba de lançar o bolinho recheado e usa a força da marca Cartoon, que tem identidade com o público consumidor infantil, para assinar essa novidade. A massa fofinha com recheio de chocolate promete cair no gosto da garotada. O Bolinho Recheado Cartoon, da Parati, é opção para refeições como o café da manhã ou da tarde. O produto vem em embalagens de 40g,

Nestlé Professional apresenta Docello A Nestlé Professional, divisão de Food Services da Nestlé, lança este ano para ampliar a linha de produtos, a NESTLÉ® Docello, marca global de sobremesas de Nestlé Professional, que traz um novo conceito, pelo qual é possível criar diversas preparações com apenas uma base. Com a qualidade do produto e a padronização que a solução proporciona, os chefs podem dar o seu toque especial e exclusivo às suas sobremesas. O primeiro produto da linha já disponível para os clientes é o Recheio para Torta Holandesa. De rápido preparo, a mistura precisa apenas de leite gelado e batedeira para chegar a uma consistência cremosa e ser utilizada nas receitas. Outro benefício importante do produto é a possibilidade de congelamento da mistura pronta, já preparada para uso. Além da torta holandesa – uma das sobremesas mais presentes nos cardápios de restaurantes e indústrias do segmento – o recheio pode ser usado no preparo de Tiramissu, Pavê, Torta Alemã, entre outras receitas.”

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ESPAÇO DO LEITOR

Prezado leitor, Mande suas dúvidas e críticas para a equipe da revista Supermix.

Envie sua correspondência para: Av. Senador Souza Naves, 535 – Cristo Rei Curitiba/PR – CEP 80045-190 E-mail: comunicação@apras.org.br

O que você gostaria de ver na revista Supermix? Nossa equipe quer saber sobre quais temas você gostaria de ler a respeito nas páginas da revista. Participe, enviando sua sugestão para o e-mail comunicação@apras.org.br




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