Revista Vertical Plus de N° 1 de 2021 - NOVA CAPA

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DRONE DJI FPV: PODE VOAR NO BRASIL QUADRIMOTOR BOEING B-17, FORTALEZA VOADORA

FOTO BRENO DANTAS - AEROPORTO DO GALEÃO

ITA

Transportes Aéreos

CERTIFICADA PARA VOAR

FAB 80 ANOS

Sua história e a Indústria Aeronáutica

AIRBUS H225M Uma aeronave versátil e multifuncional, cuja

Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar RJ

origem se deve aos projetos Puma e Super Puma

EXCLUSIVO

MULHERES E AVIAÇÃO


ITA TRANSPORTES AÉREOS JÁ ESTÃO DISPONÍVEIS NO SITE WWW.VOEITA.COM.BR, A VENDA DE PASSAGENS.

Despacho de mala de até 23 kg. Marcação de assento. Maior espaço entre as poltronas.

Valores correspondentes ano dia 22/05/2021 no site da VOEITA

VALORES PODEM MUDAR SEM AVISO PRÉVIO. NÃO ESTAMOS OFERECENDO RESERVAS . IMAGENS MERAMENTE ILUSTRATIVAS

DIFERENCIAIS INCLUSOS NA PASSAGEM AÉREA.


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ISSUU. COM/REVISTAVERTICALPLUS

Edição 1 Maio/Junho/Julho de 2021


2 6

A

2 8

D E

N O V E M B R O

AIRSHOW 2021 E X P E R I M E N T E

O

I N C R Í V E L

P O D E R

D A

A V I A Ç Ã O

M I L I T A R

. . .

F / A-18F SUPER HORNET Caças de quarta e quinta gerações

LOCKHEED F-22 RAPTOR

EM 31 DE MARÇO DE 2021, A REAL FORÇA AÉREA AUSTRALIANA COMPLETOU 100 ANOS COMO UMA FORÇA INDEPENDENTE. ESTE É UM MOMENTO IMPORTANTE PARA REFLETIR SOBRE SUA CONTRIBUIÇÃO DURADOURA PARA A SEGURANÇA NACIONAL DA AUSTRÁLIA. airshow.com.au


EDIÇÃO 1 - ANO 1 Maio / Junho / Julho de 2021 Diretor Executivo Luiz Carlos Jr Editor Bruno Anjos

Conselho Editorial Rafael David Gilson Campos

Colaboradores Carol Berçot Guilherme Fujitaki

Revisão e Arte Bruno Anjos Rafael David Luiz Carlos Jr

Consultora Jurídica Luana Genari

Fale conosco contato@verticalplus.com.br Rio de Janeiro - Brasil

A Vertical Magazine não se responsabiliza por opiniões, ideias e posicionamentos emitidos nos textos publicados e assinados nesta revista digital. Cabe ao autor a responsabilidade das informações contidas nesta revista.


ÍNDICE AVIAÇÃO EM TODO LUGAR

05 NOTA DO EDITOR Viemos para ficar !

10 ITA TRASPORTES AÉREOS ITA está de volta e recebe da ANAC o COA (Certificado de Operador Aéreo)

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08

SAIBA TUDO SOBRE ESSA SUPERMÁQUINA!

EXCLUSIVO!

MULHERES E AVIAÇÃO 26 CONHEÇA O GAM Visitamos o Ninho das Águias da Polícia Militar do Rio de Janeiro

54 AERONAVES EM SOLO

36

44

80 ANOS DA FAB

PILOTO PRIVADO

A Força Aérea Brasileira e seus vetores estratégicos.

O caminho para conquistar a tão sonhada habilitação.

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São quase dois anos de paralizações e incertezas: O que fazer com tantas Aeronaves?

58 GALERIA DE FOTOS Veja o que os nossos leitores enviaram para redação!

CONTATO@VERTICALPLUS.COM.BR VERTICALPLUS@OUTLOOK.COM.BR WWW.VERTICALPLUS.COM


NOTA DO EDITOR

Meu nome é Luiz Carlos Jr. e estamos na Revista Vertical Plus, onde teremos sempre "aviação e algo a mais"... LUIZ CARLOS JR Diretor Executivo da Vertical Plus

EDIÇÃO 1

05 Aeronave F-5EM da Força Aérea Brasileira Foto de Jhonson Barros

REVISTA VERTICAL

Olá, muito prazer: a Revista Vertical Plus é uma publicação que chega com o objetivo de valorizar e promover a comunidade aeronáutica, de maneira empática, mas principalmente enfática: Acreditamos que as melhores histórias ainda estão para serem contadas, e nisso podem contar conosco! Além de "sermos milhares" de apaixonados, existe neste conjunto uma imensa indústria de produtos e serviços que se conectam entre si. A aviação é parte deste processo e aqui pretendemos exibi-los em suas diversas perspectivas. Neste espaço, iremos apresentar matérias , fatos e histórias: momentos que iremos compartilhar com vocês, fruto de dedicação, leitura e pesquisa. Esteja preparado para ver o setor sob diferentes prismas, pois estamos dispostos a explorar um pouco de tudo. Sinta-se livre para se conectar conosco. Suas sugestões serão bem vindas em nossa revista, afinal, ela também é sua! Por isso, faço um convite: embarque neste projeto conosco! A Decolagem foi autorizada!


INFORMAÇÃO EM MENOS DE 60 SEGUNDOS

Aeronave EC-135 da Polícia Militar do Estado de São Paulo Foto de @asashistoricas

VERTICAL 2M LUIZ CARLOS JR Revista Vertical Plus

O H135 é membro da família de helicópteros de médio porte compacto da Airbus Helicopters. Também conhecido com H135, esta aeronave está no topo do mercado mundial, sendo aplicada nos mais diversos segmentos da aviação de asas rotativas, presente em mais de 60 países no mundo, de acordo com dados divulgados pelo fabricante. Trata-se de um helicóptero bimotor, fabricado pela Airbus Helicopters, capaz de decolar com uma carga máxima de 3.100 kg a uma velocidade máxima de 259 km/h, sendo muito usado nos serviços de vigilância policial e ambulância aérea.

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Nela, são encontrados uma série de tecnologias que tornam o voo seguro e confiável, o que inclui cockpit de última geração, piloto automático de 4 eixos, voo por instrumentos (IFR) e sistemas de segurança para proteção do envelope de voo. A versatilidade desta aeronave permite aplicar duas opções de motores equipados com controle digital (FADEC). O Arrius 2B2 da Safran Helicopter Engines e 206B3 da Pratt & Whitney Canada. Ambos fornecem um excelente desempenho e reservas vitais de potência, mesmo em cenários com um motor inoperante.


LISTA DE COMPRAS

Boné da Esquadrilha da Fumaça Camiseta Hangar 33 Camiseta em malha confortável, com estampa letreiro que traz um quê moderno ao visual. Possui modelagem clássica que veste perfeitamente e combina com todas as ocasiões

Boné Logo adulto exclusivo, utilizado pelos pilotos de acordo com a posição de voo, do número 1 ao 7. Material: 100% Poliéster. Caraterísticas: tamanho único, com fecho ajustável na parte traseira. Modelo com aba curva. Disponível em: www.esquadrilhadafumaca.com.br Preço: R$ 37,00

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Livro Acrobacia Aérea: Cambalhotas na História O avião sempre mexeu com o imaginário humano, não existe máquina tão complexa que tenha evoluído tão rapidamente em tão curto espaço de tempo. Quando falamos em acrobacia aérea, o primeiro nome que lembramos é o da Esquadrilha da Fumaça Disponível em: www.bianch.com.br Preço: R$ 38,90 PREÇOS PRATICADOS ATÉ O FECHAMENTO DESTA EDIÇÃO. DATA 20/04/2021

www.verticalplus.com.br

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EDITORIAL

AIRBUS H225M HELICÓPTERO MULTIMISSÃO Uma aeronave versátil e multifuncional, cuja origem se deve aos projetos Puma e Super Puma. Uma plataforma criada para atender as missões mais exigentes que, apesar das dificuldades, vem demonstrando valor no mercado de aeronaves de médio porte.

FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

Texto: LUIZ CARLOS JR


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D

ecolagem vertical. Projetar helicópteros

de médio porte, na ordem de 11 toneladas, requer grandes desafios para os fabricantes. Por outro lado, é possível garantir uma fatia considerável do mercado de aeronaves que necessitam de alta capacidade de carga para o cumprimento de diversas missões, com confiabilidade e segurança. Neste intuito, o Super Cougar, também conhecido como Caracal, foi lançado no mercado mundial para superar, em tamanho, potência e capacidade, o seu antecessor. Somando setenta anos de experiências, a atual fabricante, Airbus Helicopters, planeja tornar este projeto a mais moderna plataforma multimissão já construída pela empresa. Na indústria aeronáutica, construir aeronaves de asas rotativas, por si só, representa uma grande obra da engenharia, pois diferente dos aviões que se sustentam no ar com estruturas fixas e flexíveis, os helicópteros se sustentam no ar por meio da rotação de suas asas (conjunto de pás flexíveis) que se deslocam no ar produzindo sustentação. Nesse conjunto, existem diversos sistemas rotativos que, além de promover a sustentação, são responsáveis pela manobrabilidade e estabilização da fuselagem durante o voo. Assim, quanto maior o peso máximo de decolagem, que neste projeto passou de 9 para 11 toneladas, maiores serão os fatores complicadores para atribuir ao projeto, as melhorias na razão peso/potência, alcance operacional para longas distâncias e inserção de novos sistemas. Foi neste contexto que chegou a aeronave EC725, que é uma versão militar do helicóptero EC225, sendo inicialmente incorporada à Força Aérea Francesa com o intuito trazer as melhores tecnologias disponíveis para o cumprimento de missões mais exigentes, com confiabilidade, segurança e durabilidade. Ação necessária em detrimento do envelhecimento da frota de aeronaves do modelo anterior, o AS332 Super Puma.

Atualmente, a plataforma EC225 ultrapassou as 110 mil horas de voo com 97 aeronaves em operação em diversas forças armadas. REVISTA VERTICAL

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Em 27 de novembro de 2000, o primeiro protótipo EC725 realizou seu voo inaugural em Marignane - França, e em 15 de janeiro de 2001, ocorreria sua primeira apresentação pública. No desenvolvimento do EC725 na versão militar, a Eurocopter optou também desenvolver uma versão civil, que foi designada como EC225. A Força Aérea Francesa encomendou seis EC725s para realizar missões de Combat Search & Rescue, tendo o primeiro deles entregue em fevereiro de 2005. Um pedido subsequente para mais oito unidades foi feito em novembro de 2002. Uma frota total de 20 EC725s foi planejada para entrar em serviço até 2004,

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FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

gerando portanto novas encomendas.


ORIGEM Projetado pela empresa Airbus Helicopters,

O rotor principal, agora de cinco pás, foi

baseado na necessidade da França de obter

projetado para reduzir os níveis de vibração e

um sucessor para suas aeronaves da

ruído, cujo Sistema de Controle Ativo de

plataforma AS332 Super Puma, originalmente

Vibrações melhora de maneira significativa a

fabricados pela empresa francesa

performance de voo.

Aérospatiale. Para um melhor entendimento,

Os rotores apresentam uma longarina

pois as siglas podem confundir, o EC225 foi a

composta e pontas de lâmina parabólicas com

próxima geração de Super Pumas com suas

servo atuadores atualizados, que em

origens no AS332L2, uma versão civil

ambientes mais frios são equipados com

ampliada do AS332. A Airbus, em conjunto

sistemas antigelo.

com a antiga Eurocopter, produziram, ao

Alimentado por dois motores turboeixo

todo, cerca de 1.000 aeronaves com fluxo de

MAKILA 2A1, fabricados pela Safran Helicopter

mais de 5 milhões de horas de voo em todos

Engines, o EC225 agrega melhorias com a

os modelos desta categoria.

inclusão de sistemas de monitoramento que

Atualmente, a plataforma EC225 ultrapassou

aumentaram a confiabilidade de seu sistema

as 110 mil horas de voo com 97 aeronaves em

de detecção de incêndio, transmissor de

operação em diversas forças armadas,

pressão de óleo na Transmissão Principal e

conforme últimos dados divulgados pela

atualizações na sonda de temperatura. O

fabricante. Existem expectativas que, em

design modular do motor incorpora um FADEC

2021, tenhamos mais de 100 aeronaves em

de canal duplo (controle digital do motor de

operação, devido à confirmação de novos

autoridade total), compressores aprimorados,

pedidos.

lâminas de alta resistência, proteção contra

Para construção do EC225, seguindo as

altas velocidades.

exigências do governo francês, foi necessária

O Advanced Helicopter Cockpit Avionics

a inclusão de diversas tecnologias em

System (AHCAS) inclui uma série de novas

materiais compostos que fossem capazes de

tecnologias que aprimoram os sistemas já

diminuir o peso da aeronave em detrimento

existentes, sistemas de proteção contra

do aumento de capacidade de carga,

colisões, radares aprimorados, piloto

incluindo reforços estruturais em sua

automático, GPS e monitoramento de dados

fuselagem, capazes de atribuir segurança e

de navegação.

sobrevivência em caso de pouso em

Tecnologias que mudam a atitude da

emergência.

aeronave frente ao desafio de atender as mais

FOTO DE DIVULGAÇÃO: Japan Coast Guard- INTERNET

diversas exigências.

Japan Coast Guard (JCG), faz nova encomenda de duas novas aeronaves H225M para multiplicar sua presença na costa do Japão.

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França , 6 Abril de 2020.


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FOTO DE DIVULGAÇÃO: @YAM WANDERS - ORBIS DEFENSE

H225M

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FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

Airbus Helicopters entregou um helicóptero H225 à Prefeitura Naval Argentina (PNA). Com o novo helicóptero, que ficará baseado na cidade de Mar del Plata, e será utilizado para missões de busca e salvamento no Mar Argentino, a Prefeitura inicia a renovação de sua frota de Puma SA330. Buenos Aires, 16 de setembro de 2015.

O ACIDENTE (2016) Um Airbus EC225LP que realizava transporte de passageiros em missão offshore caiu no Mar do Norte, na costa da Noruega, ocasionando a perda de toda tripulação e passageiros a bordo. O acidente ocorreu quando uma cadeia de falhas no sistema do rotor principal resultou numa ocorrência catastrófica, que fez a cabeça do rotor se desprender, por completo, do seu conjunto principal. Durante seu desenvolvimento, a família EC225 sofreu uma série de problemas com o rotor principal nos primeiros meses de operação. Assim,

um vídeo demonstrando todas as etapas e fatores contribuintes que levaram à falha do equipamento. No vídeo, a Airbus demonstra ter conseguido definir com precisão a sequência exata dos eventos que levaram ao acidente, provocado pela rachadura de uma engrenagem planetária, que causou o colapso do segundo estágio da MGB (Main Gear Box) ou caixa do rotor principal.

depois de uma longa investigação, a

Video do youtube

fabricante, Airbus, divulgou

publicado pela Airbus

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Tempo de fadiga, carga máxima que podem ser aplicadas em cada conjunto ou subconjunto, assim como diversos testes exaustivos que medem o tempo entre falhas. Todos os requisitos obedecem a um longo processo de certificação, que é regido por diferentes leis, regulamentos e materiais técnicos que constituem um verdadeiro arsenal de informações publicadas pelas agências regulatórias de cada país. A ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) no Brasil, e outras autoridades de aviação civil estrangeiras, como FAA (E.U.A) e EASA (Europa), além de entidades técnicas internacionalmente reconhecidas. Juntas, atuam diretamente no processo, que é o resultado de diversas pesquisas científicas e discussões que ocorrem na indústria aeronáutica. Assim, como todo acidente, surgem muitas incertezas, porém, na indústria da aviação a investigação da cadeia de eventos e os fatores determinantes são de suma importância para evitar novos acidentes e salvar vidas no futuro: por isso, o objetivo da investigação é na prevenção de novos acidentes, buscando preservar os recursos humanos e materiais, não sendo alvo da investigação encontrar culpados, mas os fatores que resultaram na perda humana e material.

O RECOMEÇO Depois de ver sua frota de aeronaves impedidas de voar, a Airbus Eurocopter investiu pesado na resolução dos problemas para demonstrar ao mundo que suas aeronaves poderiam retornar às operações com segurança. Após o cumprimento das medidas corretivas, as aeronaves, incluindo no Brasil, retornaram as operações seguindo uma série de

programadas para impedir novos episódios. O que resultou na diminuição do tempo entre inspeções do rotor principal, aliado a utilização de um sensor capaz de monitorar a “saúde” da caixa do rotor principal. Na aviação é sempre importante destacar que nenhum fabricante projeta um equipamento para falhar. Durante o período de desenvolvimento de uma aeronave, muitos ensaios são realizados para definir a resistência que os materiais devem suportar para cada tipo de aplicação em função dos esforços mecânicos que serão submetidos.

elementos rotativos da caixa do rotor principal. Desse momento em diante, a família de

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helicópteros EC225 recebe novas denominações: H225 para versão civil e H225M para versão militar, o que não significou, mudanças no projeto, apenas uma nova nomenclatura usada para identificar as aeronaves da empresa, que também retoma suas operações, incluindo a produção e lançamento de novas aeronaves, fechamento de novos contratos baseadas na plataforma do H225M.

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série de procedimentos e inspeções

recomendações para o monitoramento dos

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Diante do ocorrido, a fabricante criou uma


H225M

UMA AERONAVE DE ELITE A busca da plataforma completa permitiu uma excelente integração às missões navais que exigem do equipamento características singulares. A capacidade de reabastecimento, aliada às tecnologias de navegação, estabilidade direcional, proteção antigelo, potência multiplicada, utilização de armamentos antissubmarino, dentre outras tecnologias. Colocou este projeto num seleto grupo de aeronaves militares capazes de cumprir este tipo de missão.

Apenas dois países no mundo podem fabricar as aeronaves H225M. Depois da França, o Brasil é o único fabricante estrangeiro do modelo. A Helibras é uma empresa subsidiária da Airbus Helicopters, que pertence ao Airbus Group.

A partir do desejo do governo brasileiro de produzir em solo nacional helicópteros para suas Forças Armadas, viabilizou a criação da Helibras para fornecimento das aeronaves monoturbinas Esquilos AS350. Sendo assim, o início de uma grande parceria.

FONTE: AIRBUS HELICOPTERS

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H225

UMA AERONAVE VERSÁTIL No ramo civil, a versatilidade é a grande chave para o sucesso. Uma aeronave completa deve ser capaz de cumprir diversos trabalhos, mantendo alta disponibilidade e com custos de manutenção razoáveis. No ramo, "tempo é dinheiro" e " diga o que precisa que nós fazemos". Esta é a proposta que a Airbus se comprometeu em cumprir. Uma aeronave robusta que fosse capaz de atender às mais diversas necessidades do mercado Offshore.

O mercado Offshore é o tipo de ramo em que disponibilidade é a chave para o sucesso, e a versatilidade é o caminho para se manter no topo das encomendas. Inicialmente, no lançamento da aeronave H225, muitas empresas demonstraram interesse e muitas delas chegaram a operar a aeronave para o cumprimento de diversas missões envolvendo transporte de equipes técnicas para as plataformas, transporte de cargas internas e externas, bem como a formação de equipes de resgate SAR para atender as exigências de segurança nas operações embarcadas.

Infelizmente, com o acidente envolvendo exatamente este tipo de operação, aliada à paralização da frota e à grande concorrência de outros fabricantes, a Airbus perdeu competitividade, nesta categoria de aeronave. Lembrando que o mercado para as aeronaves modelos H135, H145 e H175 não foi afetado. Entretanto, outras oportunidades surgiram com a venda de aeronaves para órgãos de controle e proteção de Guarda Costeira, transporte Vip e transporte logístico. No Brasil, foram adquiridas duas aeronaves na versão Vip para transporte presidencial.

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FONTE: AIRBUS HELICOPTERS


AERONAVE DA MARINHA DO BRASIL (MB)

FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

AERONAVE NA VERSÃO CÍVIL EM OPERAÇÃO OFFSHORE

FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

AERONAVE DA FORÇA AÉREA DA INDONÉSIA

AERONAVE DO EXÉRCITO BRASILEIRO (EB)

FOTO DE DIVULGAÇÃO: @ASASHISTORICAS

FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

AERONAVE DA FORÇA AÉREA FRANCESA


Mesmo depois de passar por um cenário de turbulência, devido à ocorrência de acidentes e fatores econômicos desfavoráveis, a fabricante Airbus entende que a plataforma multimissão tem potencial para atender a demanda mundial, o que permitiu ao H225 uma série de aplicações em todas as suas configurações. A versão fabricada no Brasil pela Helibras, por exemplo, incorpora a utilização de sistemas de armamento de combate que inclui o famoso míssil antinavio Exocet, desenvolvido na França pela MBDA Missile Systems. Fato que coloca o Brasil num seleto grupo de países que possuem este tipo de armamento. Outra tecnologia que pode ser encontrada nas aeronaves brasileiras é sonda de reabastecimento em voo, que aumenta o raio de ação das aeronaves em mais de 300 milhas náuticas. Configuração inédita em aeronaves que operam na América do Sul que possibilita ações prolongadas em voos do tipo Busca e Salvamento (SAR). competitivo e, por esse motivo, diversos fabricantes no mundo procuram desenvolver plataformas que sejam capazes de atender os mais diversos nichos de mercado. Nas aplicações militares, que de um modo geral podem garantir uma fatia considerável nas vendas, a peculiaridade das missões aliada a diversas condições climáticas e atmosféricas existentes , podem desafiar o projeto em condições além dos limites

FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

O Mercado de helicópteros é extremamente

planejados. O que aumenta a parcela de responsabilidade da fabricante perante seus operadores ou clientes. Por esse motivo, a procura de helicópteros tem crescido de forma significativa no mundo. O surgimento de novas tecnologias, materiais leves, aumento do alcance operacional e aplicação de novos armamentos, permitiu que

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...em vista dos resultados no Brasil e no mundo, é possível verificar que esta plataforma multimissão tem contribuído de maneira significativa para o mercado de helicópteros de médio porte, apresentado, de forma concreta, soluções que garantem a sobrevida destes aparelhos na aviação mundial.


estes equipamentos atingissem capacidades inéditas, no cumprimento de missões que outrora não seria possível. A possibilidade de pousar e decolar na vertical, não necessitando de pistas preparadas, como também a viabilidade de estabelecer uma ancoragem segura em ambientes com solos irregulares e/ou instáveis, podendo também operação em terra ou navios, torna o helicóptero uma ferramenta altamente eficaz. Neste contexto, o H225M tem demonstrado que sua plataforma tem condições de atender as mais diversas aplicações, pois percebe-se que a cada versão lançada, novas tecnologias e funcionalidades são incorporadas. Incluindo a capacidade de cumprir missões de apoio logístico, busca e salvamento, transporte de

FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER

material, combate a incêndio e muitas outras

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operações inerentes ao momento em que vivemos, inclusive no combate ao corona vírus. Assim, em vista dos resultados no Brasil e no mundo, é possível verificar que esta plataforma multimissão tem contribuído de maneira significativa para o mercado de helicópteros de médio porte, apresentado, de forma concreta, soluções que garantem a sobrevida destes aparelhos na aviação mundial. Gostaram deste conteúdo? Ainda existe muito o que falar deste projeto, inclusive na sua aplicação na Marinha, Exército e Aeronáutica. Então, continuem conosco e até a próxima! Senta a Pua ! Por Luiz Carlos Jr


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COMO ASSIM.VOCÊ GOSTA DE AVIÃO? CAROL BERÇOT Colunista da Revista Vertical+

Uma noite qualquer e uma amiga me pergunta o que eu estou fazendo. Respondo prontamente: assistindo a uma "live" sobre o "Alfa 4". Antes que eu diga qualquer outra palavra, ela me pergunta o que é "Alfa 4".

FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS

Explico, dentro das minhas possibilidades, que é um avião de guerra, o P-47

que faz parte desse universo, onde o céu

Thunderbolt exposto em frente ao Museu do

nem sempre é o limite. E, com o interesse,

Expedicionário, em Curitiba. A expressão de

veio a necessidade de compartilhar idéias,

incerteza no rosto dela antecipa o próximo

de conversar sobre empuxo, não-é-turbina-é-

questionamento: “Por que você está

motor, CRM (que não é Conselho Regional de

assistindo a isso?”. Minha resposta foi muito

Medicina), Boeing (e esse tópico abriga o

longa, muito detalhada e até mesmo prolixa.

meu grande amor, a Rainha dos Céus, Boeing

Muito prolixa. Mas pode ser muito bem

747), Airbus, manche, spotter, narrow-body

resumida em cinco palavras: eu sou

ou wide-body, asas fixas ou rotativas,

apaixonada por aviação.

Aeroporto, PP, PC… e agora? Conversar com

Eu, profissional de outro campo, formada em

quem?

outra área, mulher, sou apaixonada por aviação. A presença feminina nesse meio é um tema que pode ser “um catrapo daqueles” ou “um verdadeiro pouso

"Eu, profissional de outro campo, formada em outra área, mulher, sou apaixonada por aviação."

manteiga”. Por aqui, apesar de não ser piloto, vamos de “pouso manteiga”, suave, leve. Opiniões, curiosidades, História e

Recordo-me claramente do dia em que

estórias sobre, de e para mulheres na

comecei a sondar meus amigos. Tentava

aviação, sejam elas profissionais,

iniciar uma conversa: arremetida, modelo de

estudantes, ou entusiastas. Essas últimas,

aeronave mais icônico de todos os tempos,

talvez, tenham sido os meus “motores para

contrail, alijamento de combustível,

essa decolagem”. Explicarei.

Oshkosh, turbo-hélice ou turbojato. O

Minha vida de entusiasta começou de forma

assunto sempre mudava para o preço

muito inusitada e repentina. Um dia eu conto

absurdo das passagens, aquele destino

essa história para vocês desde o início. E já

incrível em promoção, as eternas reformas

adianto que é uma paixão resgatada

do aeroporto da cidade. Viagens. Adoro. Mas

recentemente. Passei muito tempo "brigada"

eu queria aviação. Tentava resgatar o tema e

com as máquinas voadoras. O fato é que,

sempre me deparava com aquela pergunta lá

após um processo de reconciliação, percebi

do início, acompanhada por uma entonação

que buscava mais e mais informações, fotos,

de total estranhamento: “Como assim... você

textos, livros, vídeos sobre aviões e tudo o

gosta de avião?”.

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Instagram me permitiam. Eu só não contava com as conexões que esses comentários renderiam. Ah…. A aviação… ela conecta pessoas no sentido literal e no metafórico. Dos comentários para as mensagens privadas. Das mensagens privadas para os grupos nos aplicativos de mensagem. Dos grupos para a vida. Cheguei ao meu destino. “Como assim... você gosta de avião?” não é uma pergunta possível no mundo aeronáutico. Aeronautas, aeroviários, spotters, curiosos, interessados no tema… todos “infectados pelo tal do aerococos”. Todos apaixonados por essas máquinas que desafiam a gravidade, mas – na verdade – são pura aplicação das leis da Física, da Química. A aviação é apaixonante e encantadora em muitos aspectos. Alguns sabem responder o porquê desse encantamento e outros não. Afinal, paixão não necessita explicação...

"A realidade é que a aviação, apesar de ser substantivo feminino, ainda é um universo muito masculino".

23 EDIÇÃO 1

comentários nos canais do YouTube e no

Um fato, no entanto, me intrigava: a escassez de mulheres entusiastas. Faltava estrogênio. Sobrava testosterona. A realidade é que a aviação, apesar de ser substantivo feminino, ainda é um universo muito masculino. Preciso deixar muito claro que fiz amigos maravilhosos nessa jornada de entusiasta iniciante. Poderia citar, pelo menos, dez homens que me ensinaram – e ensinam – muito sobre o mundo das máquinas voadoras. E que, além de excelentes professores, viraram amigos, parceiros de hobby, apoiadores, incentivadores, anjos da guarda, motivadores (um beijo enorme para cada um de vocês, que, com certeza, sabem quem quem são!). Ainda assim, eu sentia falta de uma “AeroAmiga” para chamar de minha. Maniqueísmos à parte (claro que homens podem gostar de rosa e dar palpite em maquiagem!!!), eu sentia falta de alguém para vibrar comigo toda vez que visse uma foto de uma das aeronaves rosa-Barbie daquela companhia aérea com nome de cor… ou para me ajudar a combinar um batom e um sapato com uma camiseta de aviação… ou para planejar um passeio aeronáutico das garotas. Se eu eu encontrei essa amiga? Conto num “próximo vôo”. Estamos nos preparando para o “pouso”. Já me adianto e peço licença para operar com muitos neologismos, anglicismos, arcaísmos e outros "ismos" dessa outra paixão, a Língua Portuguesa, que se encontra no assento à minha direita. Aproveito para informar que, nesses vôos, somos todos pilot flying (aquele que controla a trajetória e configuração da aeronave)): conhece uma entusiasta que gostaria de contar um pouco da sua história? Pensou em alguma aeronauta que gostasse de contar um pouco da rotina nos céus? Gostaria de saber mais sobre a vida de uma aviadora? Escreve o “plano de vôo” e compartilha comigo. E até a próxima viagem!

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Me conformei com as trocas que os


FOTO DE DIVULGAÇÃO: AIRBUS HELICOPTER




GAM - GRUPAMENTO AEREOMÓVEL Visitamos o ninho das Águias da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em parceria com a Revista AEROTUDO. Conheça este grupo de homens e mulheres que arriscam a vida para garantir segurança e proteção dos cidadãos cariocas. Texto e fotos: Luiz Carlos e Rafael david

Helicóptero BELL H1H HUEY II


A

s forças de segurança pública no Brasil

desempenham um papel fundamental na garantia da Lei e da ordem nos Estados da Federação Brasileira. A manutenção destas instituições é fundamental para prestação de diversos serviços para população. Nesta edição tivemos a oportunidade de visitar o Grupamento Aeromóvel da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (GAM-PMRJ) localizada na cidade de Niterói. Uma Unidade Militar que foi criada com objetivo de operar aeronaves e embarcações em vistas das atividades de policiamento do Estado do Rio de Janeiro. Origens O Grupamento Aeromóvel, foi criado em 20 de março de 2002 pelo Comandante Geral, Coronel da PM Wilton Soares Ribeiro com nome de Grupamento Aéreo e Marítimo, tendo como missão, intensificar o patrulhamento na Baía de Guanabara com objetivo de impedir o contrabando de armas e drogas nas comunidades ribeirinhas. Ao longo de suas operações, este grupamento demonstrou que sua potencialidade estava muito além do que foi projetado. Esta foi a oportunidade para fazer desta unidade militar uma referência no atendimento à população carioca. Possibilitando acesso a serviços que estavam além daquilo que conhecemos como segurança pública. Durante sua operação o Grupamento também foi usado para apoiar ações de combate ao crime organizado, missões de rádio patrulhamento, busca, salvamento e Resgate.

"O GAM, agora como unidade militar, foi designado para operar aeronaves para o uso de atividades de segurança pública, o inclui, ações relacionadas com principais Comandos Militares do Rio de Janeiro"

Em 2012, com o objetivo de estabelecer novas competências operacionais em detrimento da experiência adquirida nos últimos anos de operação, o órgão foi dividido em duas unidades distintas para uma maior independência e autonomia estratégica. REVISTA VERTICAL

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Helicóptero Airbus AS350 B3


Para mais informações: Grupamento Aeromóvel : www.gamfenix.net

Assim, o núcleo de policiamento marítimo foi

Helicóptero SCHWEIZER 300 CBi

designado como Grupamento Marítimo e Fluvial (GFM) e o núcleo de policiamento aéreo tornou-se o Grupamento Aeromóvel (GAM). Ambas as unidades estariam subordinadas Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. O GAM, agora como unidade militar, foi designado para operar aeronaves para uso das atividades de segurança pública, incluindo ações relacionadas ao Comando de Operações Especiais (COE), Batalhão de Polícia de Choque (BPCHOQUE), Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE) e Batalhão de Ações com Cães (BAC). A partir destas mudanças foi possível construir uma estrutura organizacional capaz de atribuir ao Grupamento Aéreo ferramentas efetivas para o desenvolvimento humano e material voltado especificamente para busca de maior efetividade das operações policiais. Formação de Pilotos e tripulantes Tripular aeronaves que desempenham funções relacionadas à segurança pública requer instruções que não estão disponíveis no âmbito civil. A particularidade destas missões, justifica a necessidade de cursos específicos para formação dos operadores da atividade operacional. Nesta perspectiva, a Polícia Militar decidiu criar sua própria Escola de Aviação (EsAV) para formação de seus pilotos, o que incluindo a formação inicial de piloto privado. REVISTA VERTICAL

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O programa de formação atende critérios e regulamentos da ANAC, como também estabelece a capacitação de pilotos e tripulantes para o exercício das missões operacionais através Núcleo de Instrução Especializada. A Escola de Aviação possui instrutores do próprio grupamento e uma equipe multidisciplinar para gerenciar os diversos cursos de formação especializada. Atualmente para ser piloto do GAM, o militar deve ser oficial a partir do posto de Segundo Tenente e atender requisitos técnicos e


psicológicos estabelecidos pela corporação.

com o crime organizado.

Na Escola de Aviação os alunos passarão por

Este exemplar conta com uma blindagem

instruções teóricas, momento de assistir

para grandes calibres, além de comportar

aulas de teoria de voo, aerodinâmica de

um verdadeiro posto de artilharia aérea. É

helicópteros, sistemas, dentre outros

capaz de transportar, pelo menos 4

conteúdos. Na fase prática, os militares

militares, sendo dois em cada porta.

terão acesso a aeronave de instrução, o

Outro aspecto a ser considerado é o uso da

modelo de helicóptero SCHWEIZER 300 CBi,

aeronave como plataforma multimissão,

com motor a combustão.

podendo receber diversas configurações,

Ao cumprir as etapas da formação inicial, os

pois suas características possibilitam maior

novos pilotos seguirão para treinamento

flexibilidade, devido a maior espaço interno

operacional e evolução técnica de pilotagem

e peso máximo de decolagem.

nas outras aeronaves a exemplo do helicóptero monoturbina AS 350 “Esquilo”.

Um Futuro promissor O Grupamento Aeromóvel tem demonstrado

Em alusão a mitologia, as aeronaves do

atenção, pois os ganhos em termos de

esquadrão levam o nome da ave que é capaz

segurança, agilidade e performance nas

de sobreviver a morte e renascer das cinzas.

operações de segurança pública são

A Fênix! Demonstrando que, para esses

inquestionáveis. A exemplo das ações de

militares, a missão de tripular essas

transporte de vacinas do Covid-19 e órgãos

aeronaves requer muita coragem em função

para transplante, a aplicabilidade destas

dos riscos diversos envolvidos, não apenas

máquinas são diversos.

pela operação aérea, mas pela exposição no

Neste bate papo, tivemos a oportunidade de

enfrentamento ao crime organizado.

falar de parte das diversas missões que este

Cada voo deve obedecer a técnicas que se

grupamento pode cumprir. Vale lembrar que

assemelham àquelas usadas em ambiente de

o GAM é um dos precursores no Brasil no uso

guerra. Quando se trata de sobrevoo em

de Aeronaves Remotamente Pilotadas nas

áreas de risco, utilizando aeronaves não

operações policiais por intermédio da

blindadas, os militares devem usar técnicas

criação do Núcleo de Aeronaves

aperfeiçoadas, assim como, apoio de

Remotamente Pilotadas – NuARP que tem

tecnologias, a exemplo da câmera de longo

por finalidade de assessorar o Estado Maior

alcance, com o objetivo de manter o voo

nas operações a que forem designados.

seguro.

Assim, neste ano comemoramos, juntamente

Atualmente o Grupamento possui uma frota

com o GAM, dezenove anos de Operações

de 07 helicópteros, sendo 04 esquilos AS

Aéreas, das quais, foram mais de 21 mil

350, 01 UH-1 HUEY II (Blindado), 01

horas voadas, em apoio a Operações

SCHWEIZER 300 CBi (Formação inicial) e 01

Policiais, Ações Aeromédicas, transporte de

EC145. Cada equipamento foi adquirido para

tropa, Defesa Civil, resgate e salvamento em

desempenhar um tipo de missão em

altura, bem como apoio aos Órgãos

específico. A exemplo da aeronave,

Ambientais.

carinhosamente conhecida como “sapão”. O

Vida Longa aos homens e mulheres que se

HUEY II é semelhante a aeronave utilizada

dedicam nesta instituição. Agradecimentos

na Força Aérea, contudo esse exemplar foi

ao Comandante do GAM o Coronel Rogério

adquirido pelo governo do Estado para

Cosendey Perlingeiro e a receptividade do

cumprir missões de enfrentamento direto

Major Anderson Luiz Tavares dos Santos .

31 EDIÇÃO 1

que as plataformas aéreas merecem a devida

REVISTA VERTICAL

O Voo da Fênix


FOTO DE DIVULGAÇÃO INTERNET

VOANDO NA HISTÓRIA

Fortaleza voadora GILSON CAMPOS Colunista da Revista Aerotudo

Com 22,80 m de comprimento, 31,60 m de

efetivo da artilharia antiaérea, tornou o

envergadura, 5,85 m de altura e com peso

bombardeiro extremamente efetivo, para

bruto de até 24.500 kg, o B-17 foi o mais

aquilo que havia sido projetado. Atacar

importante bombardeiro aliado da Segunda

alvos estratégicos por bombardeio de

Guerra Mundial.

precisão à luz do dia, penetrando

Seus dez tripulantes, sendo um piloto,

profundamente no território inimigo.

copiloto, navegador, bombardeiro/artilheiro

Em 1943, o B-17G, a versão definitiva do

do nariz, artilheiro da torre dorsal, operador

bombardeiro, entrou em serviço. Armado

de rádio, artilheiro da torre redonda

com 13 metralhadoras calibre 0,50,

ventral, artilheiro de cauda e dois artilheiros

incluindo duas em uma nova torre “chin”

laterais, eram os responsáveis pela operação

para defesa contra ataques frontais.

desta magnífica "fortaleza do ar" que, além da falta de espaço, eram desafiados pelo frio inerentes as altas altitudes. Construído pela Boeing, o primeiro protótipo do bombardeiro voou em meados de 1935, dois anos depois o B-17 entrou em produção em pequena escala. As primeiras versões provaram ser mais vulneráveis aos ataques de caças inimigos, o que estava

"Cerca de 12.730 Fortalezas Voadoras, foram produzidas em parceria com a Douglas, Lockheed e Vega, e supervisão da Boeing, quase todas comprometidas com o bombardeio de alta altitude na Europa. ".

além do plano previsto. Pouco antes dos Estados Unidos entrar na

Nas missões a altitude que podia variar de

Segunda Guerra em 1941, o B-17E entrou em

25.000 a 35.000 pés (7.500 a 10.500

serviço, equipado com torres na parte

metros), o que dependia da carga de

superior da fuselagem, barriga e cauda, que

bomba. Neste cenário a aeronave ficava

levavam metralhadoras de calibre 0.50.

acima do pior da artilharia antiaérea

Com o aumento do poder bélico, o B-17

alemã, mas, apesar do poder de fogo, as

transformou-se em uma fortaleza, pronta

formações de B-17 se mostraram incapazes

para combater os caças inimigos.

de abrir caminho sem escolta para alvos

O voo em formação, acima do alcance

dentro da Alemanha.

REVISTA VERTICAL

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O B-17 tinha excelentes características de

meados de outubro de 1943 e não foram

voo e, ao contrário do B-24, era quase uma

retomadas até fevereiro de 1944, quando

unanimidade por aqueles que o pilotavam.

caças de escolta de longo alcance, como o P-

Tornado obsoleto pelo maior e mais

51 Mustang, tornaram-se disponíveis. O B-17

poderoso Superfortress B-29 , o B-17 serviu

era capaz de carregar bombas de 4.000 libras

depois da guerra em pequenos números

(1.800 kg), típica para missões longas,

como uma aeronave de busca e resgate

embora pudesse carregar até 8.000 libras

modificada para lançar botes salva-vidas.

(3.600 kg) internamente para distâncias mais

A Força Aérea Brasileira operou 13 aeronaves

curtas em altitudes mais baixas e ainda mais

entre 1951 e 1968. Na FAB, as "Fortalezas

em racks externos sob as asas. Essas cargas

Voadoras", foram incorporados com o

aumentadas foram usadas com bons

propósito de atuar em missões de busca e

resultados em ataques às indústrias alemãs

resgate, atividades de aerofotogrametria e

de aviões e petróleo antes da invasão da

transporte aéreo.

Normandia de junho de 1944 e em ataques

O Boeing B-17, foi o primeiro quadrimotor e

de " bombardeio de tapete " para apoiar a

o primeiro avião da Força Aérea Brasileira a

fuga dos Aliados na Bretanha e no norte

cruzar o Oceano Atlântico.

França.

Na entrada da Base Aérea de Recife, é

Cerca de 12.730 "Fortalezas Voadoras",

possível contemplar a beleza e imponência

foram produzidas em parceria com a

do Boeing B-17, a única aeronave montada e

Douglas, Lockheed e Vega, e supervisão da

conservada, existente no Brasil. O Museu

Boeing, quase todas comprometidas com o

Aeroespacial do Rio de Janeiro – MUSAL,

bombardeio de alta altitude na Europa.

possui um Boeing B-17 desmontado em seu

FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS

As incursões profundas foram canceladas em

acervo.

"A Força Aérea Brasileira operou 13 aeronaves entre 1951 e 1968. Na FAB, as ¨Fortalezas Voadoras¨, foram incorporados com o propósito de atuar em missões de busca e resgate, atividades de aerofotogrametria e de transporte".

considerado superior em voos de alta altitude e resistente danos de batalha. Características que fizeram diferença nas campanhas de bombardeio estratégico .

EDIÇÃO 1 REVISTA VERTICAL

seu parceiro, o B-24 Liberator , o B-17, foi

FOTO DE DIVULGAÇÃO INTERNET

Embora produzido em menor número do que

33


©fab_oficial - Autor desconhecido

BATE PAPO

P-47 THUNDERBOLT SENTA PUA Presença da Força Aérea na Segunda Guerra Foto: Acervo CECOMSAER

REVISTA VERTICAL

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Sabe por que 22 de abril é o dia da aviação de caça? Porque nesta data, em 1945, houve o maior número de missões realizadas em solo italiano por pilotos brasileiros. Ao todo, foram 11 ataques aos alemães em um mesmo dia. Para celebrar os 80 anos da Força Aérea Brasileira, a Revista Vertical Plus relembra o período em que o Brasil lutou na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1943 a 1945. O Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA)– também conhecido como 1st Brazilian Fighter Squadron (1st BFS), código Jambock –, foi criado em 18 de dezembro de 1943, para atuar na Segunda Guerra. Teve como primeiro comandante o então Major-Aviador Nero Moura, que havia trabalhado na aviação do exército e servia no Gabinete do Ministério da Aeronáutica. Ao todo, 350 militares foram designados para formação de um esquadrão de caça – incluindo 43 pilotos. A bordo de aeronaves P-47D Thunderbolt, esses profissionais cumpriram 445 missões de combate, com 2546 decolagens e aproximadamente 5.465 horas voo.



DESTAQUE VERTICAL

80 ANOS DA FORÇA AÉREA BRASILIEIRA REDAÇÃO Revista Vertical Plus

FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

O Comando da Aeronáutica completou no dia 20 de janeiro deste ano, 80 anos de existência. Sendo este, um momento marcado por diversas conquistas na área estratégica da FAB, principalmente com a chegada do Gripen NG no Brasil e a promissora campanha operacional do KC-390 Millennium em solo nacional. Uma Força Aérea Jovem, cuja trajetória foi marcada pela inovação, perseverança e criatividade que levaram consigo a história da aviação nacional.


O KC-390 é um avião de transporte multimissão de nova geração que combina uma plataforma altamente flexível com o menor custo de ciclo de vida do mercado de transporte médio, sendo capaz de transportar e lançar cargas e tropas, além de uma ampla gama de missões: evacuação aeromédica, busca e resgate, combate a incêndios, reabastecimento aéreo e auxílio humanitário. Fonte: Embraer Defesa & Segurança


N

o ano em que a Força Aérea Brasileira

dentre outras unidades mlitares completam 80 anos de existência, percebe-se a importância de um planejamento estratégico assertivo e uma estrutura multidisciplinar na busca de melhores soluções para cumprimento da missão institucional. Resultado que se reflete na aquisição de novos sistemas de defesa aérea, capacidade logística, controle do espaço aéreo e exploração espacial. Juntos integram um verdadeiro arsenal tecnológico que coloca a Força Aérea Brasileira em destaque no cenário mundial. Origem Há 80 anos, o presidente Getúlio Vargas decidiu pela unificação da aviação naval e militar, como também de toda estrutura aeronáutica existente até o momento. Na época, a Segunda Guerra Mundial chegava ao seu auge, momento em que territórios na Europa eram conquistados por alemães e na Ásia pelos japoneses. O Ministério da Aeronáutica (MAER) foi criado com o propósito de gerenciar a aviação nacional em vistas da ampliação das operações aéreas no Brasil, sendo também responsável pela coordenação das atividades de natureza técnica e econômica do setor. Cria-se então em 1941 a Força Aérea Brasileira (FAB) como braço armado responsável em: “Manter a Soberania do Espaço Aéreo e Integrar o Território Nacional, com vista à Defesa da Pátria” Oportunamente incorporou-se ao MAER o Departamento de Aviação Civil (DAC) com o objetivo estudar, orientar, planejar e controlar as atividades da aviação civil, pública e privada, constituindo assim a Autoridade Aeronáutica Brasileira da época. O Legado Na criação da Força Aérea Brasileira, fica estabelecido por decreto que as aeronaves da Aviação Naval e Aviação do Exército fossem transferidas para recém-criada FAB. A unificação das aviações visava uma melhor organização dos recursos humanos e materiais para atender as atividades aéreas

REVISTA VERTICAL

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REVISTA VERTICAL

EDIÇÃO 1

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FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA


que poderiam ser aplicadas em tempo de

Momento oportuno para demonstrar a

guerra ou de paz. Uma estrutura já

capacidade do Brasil em gerenciar

conhecida em outras forças armadas. A

estruturas logísticas capazes de atuar com

exemplo do que se via na Segunda Guerra

equipamentos modernos e formar o material

Mundial.

humano capazes de operá-los. Período que o

Pouco tempo depois, em março de 1941, foi

Brasil pode formar pilotos, engenheiros e

criada a Escola de Aeronáutica, sediada no já

mecânicos para o cumprimento da missão.

conhecido, Campo dos Afonsos na cidade do

Em analogia aos tempos atuais, serial algo

Rio de Janeiro. A Escola tinha como meta a

semelhante a operar os caças de quinta

formação dos futuros pilotos militares,

geração, o Lockheed Martin F-35 Lightning II

sendo muitos deles oriundos das extintas

para atuar num ambiente de conflito.

Escola de Aviação Militar e da Escola de

Voar na Itália, foi parte de uma jornada que

Aviação Naval.

iniciou a construção do legado de uma complexa estrutura que podemos observar

Brasil e a Segunda Guerra Mundial

nos dias atuais. Na perspectiva de garantir a

Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra,

soberania do espaço aéreo brasileiro, a FAB

houve a possibilidade de receber uma das

promoveu a aquisição de aeronaves por

mais modernas aeronaves da época: o

intermédio do Ministério da Aeronáutica ,

Republic P-47 Thunderbolt. O caça foi

criação de novos sistema controle do tráfego

incorporado ao recém-criado 1º Grupo de

aéreo, abertura de escolas de formação nas

Aviação de Caça (1º GAVCA). Equipado com

diversas áreas de interesse, fomento da

quatro metralhadoras calibre 12,7

indústria nacional, criação de um programa

milímetros em cada asa, foi empregado pelo

espacial, abertura do instituto de ciência e

Brasil como caça-bombardeiro. Seu peso

tecnologia, criação sistema de investigação

podia chegar a oito toneladas e tinha uma

e prevenção de acidentes, dentre outros

velocidade máxima de 704 km/h.

sistemas.

O Batismo de Fogo da Força Aérea ocorreu em 1944 com a ativação da Primeira Esquadrilha de Ligação e Observação (1°ELO). A história demonstra que operar em um ambiente de conflito, foi fundamental para fortalecimento da estrutura

FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

aeronáutica Brasileira.

"Concepção Estratégica que foi definida em 2018, na qual o Comando da Aeronáutica fez uma projeção de uma Instituição de Defesa do Futuro: A Força Aérea 100".


FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

No âmbito da infraestrutura aeroportuária a

Jornada Rumo ao Futuro

FAB atuou na construção de diversas pistas

Ao longo desta trajetória de 80 anos,

de pouso para estimular a integração

percebe-se que a história da Força Aérea

nacional e interligar um brasil até então

Brasileira se confunde com a própria história

esquecido em seu próprio território.

da aviação brasileira e a sua indústria

Nesta perspectiva, a FAB iniciou uma

aeroespacial. Fato que podemos identificar

trajetória sinalizada pela inovação e busca

nos principais projetos estratégicos da FAB.

incessante das ferramentas e estruturas

A exemplo da Embraer que surgiu em 1969,

necessárias para construção de uma Força

sendo esta uma empresa brasileira

Aérea forte e sustentável, que fosse capaz de

idealizada por militares, tendo como berço o

cumprir sua designação constitucional na

Centro Tecnológico da Aeronáutica (CTA) e o

garantia da defesa e da pátria. São 22

Instituto Tecnológico da Aeronáutica.

milhões de quilômetros quadrados cuja

Tendo como auge a fabricação da Aeronave

missão é Controlar, Defender e Integrar.

Bandeirante, que foi um projeto criado nas instalações do Centro Tecnológico da

Força Aérea 100

Aeronáutica. No ocasião, a Embraer fez deste

A Concepção Estratégica “Força Aérea 100”

programa a oportunidade de fabricar a

foi publicada em 2018 visando criar as

primeira aeronave desta categoria projetada

diretrizes necessárias para traçar o futuro da

em solo nacional: era o momento de

Força Aérea Brasileira, estabelecendo suas

produzir uma aeronave de transporte em

atribuições, definindo eixos estratégicos e

escala industrial.

identificando as capacidades que lhe amanhã, sempre reforçando a ética, os

Fundada como estatal de capital misto a

valores, e a dedicação que permitiram à

Embraer até 1990, já havia vendido cerca de

Instituição construir sólida relação de

quinhentas unidades do Bandeirante para

confiança com a sociedade brasileira e com

vários países do mundo.

os países amigos”. (DCA 11-45/2018)

Esse foi o embrião da indústria aeronáutica nacional que viria a se desenvolver ao longo

"Para nossa indústria aeronáutica, a jornada para futuro, vai muito além de construir aeronaves".

dos anos. O Comando da Aeronáutica (criado em 1999 depois da extinção do Ministério da Aeronáutica) e Ministério da Defesa, atuais denominações das estruturas institucionais, viabilização, em cada momento da história,

41 EDIÇÃO 1

A Embraer

REVISTA VERTICAL

possibilitarão superar os desafios do


grandes projetos que fazem parte da Força Aérea Brasileira do século XXI nas aviações de combate, reconhecimento e transporte. Construir para voar Para nossa indústria aeronáutica, a jornada para futuro, vai muito além de construir aeronaves. Existem diversos elos do sistema aeronáutico brasileiro que se desenvolveram ao longo dos anos. Todas as ações convergiram na necessidade de construir estruturas eficientes, capazes de garantir segurança às atividades aéreas no Brasil. Cada órgão, civil ou militar, tem a sua função neste complexo sistema. Se hoje podemos voar pelo Brasil e receber a maior malha aérea da América do Sul, inclusive com potencial de absorver um maior tráfego de aeronaves, devemos agradecer ao trabalho de 80 anos de história: a idealização de uma força aérea moderna cuja trajetória de desenvolvimento foi progressiva e constante frente aos desafios de cada cenário, aos elos tecnológicos de uma indústria nacional consolidada, um sistema de controle do espaço aéreo estruturado, que fazem parte de uma plataforma onde unidos protegem nosso país e garantem a nossa liberdade como povo soberano. A Força Aérea Brasileira vem, ao longo dos anos, demonstrando os frutos de um trabalho de planejamento estratégico que, década após década, garantiram a sua existência frente aos desafios de cada momento para o futuro. Conduzir uma instituição Militar não é uma tarefa fácil. Cada fração da história ocorreu de uma forma específica. Nem sempre as necessidades da FAB foram atendidas. Por esse motivo, olhando para 2021 com a chegada do Gripen e do KC-390, projetos estratégicos da Força Aérea do futuro, temos motivos para acreditar que os esforços e perseverança para manter a FA em processo de evolução contínua, valeram à pena. Controlar, Defender e Integrar!

Fonte: www.fab.mil.br Revista AEROVISÃO


FOTO DE DIVULGAÇÃO FORÇA AÉREA BRASILEIRA

O Lockheed C-130 Hercules é um avião com quatro turbopropulsores cuja função principal é transporte aéreo. Na Força Aérea é usado para transporte logístico, tático, busca e salvamento, reabastecimento em voo, lançamento de paraquedistas, combate a incêndio e outras missões. Hoje, com uma frota reduzida, ainda opera na versão "H", sendo ainda um vetor de grande importância para Força Aérea Brasileira.

REVISTA VERTICAL

EDIÇÃO 1

43


FORMAÇÃO DE PILOTO PRIVADO GUILHERME FUJITAKI

FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS

Colunista da Revista Vertical Plus


s

er piloto privado pode ser o sonho de

muitos jovens que desejam dar um ponta pé na primeira etapa para chegar na formação profissional, ou apenas pelo desejo de voar em suas aeronaves ou aeroclubes. Todas as expectativas criam dúvidas que muitos não conseguem respostas. Entender o processo de formação é fundamental para garantir sucesso na obtenção da carteira PP. Mostrarei de forma sucinta o processo para obtenção da licença de Piloto Privado de Avião (PPA) no Brasil, primeiro passo para quem deseja se tornar piloto, podendo voar aeronaves monomotoras de asa fixa seguindo regras de voo visuais – VFR e sem fins comerciais. A formação de piloto privado passa por três etapas junto à ANAC – obtenção do CMA (Certificado Médico Aeronáutico), exame teórico (banca PPA) e finalmente, a parte prática que deve totalizar pelo menos 40 horas. O CMA – Certificado Médico Aeronáutico – de segunda classe, que é emitido por uma clínica credenciada pela ANAC ou por um Hospital da Aeronáutica, atesta a aptidão de saúde do (candidato a) tripulante. Sugere-se que seja o primeiro passo realizado, pois caso haja condições de saúde que impeçam o prosseguimento, há menos esforço despendido, além de a validade do certificado de segunda classe ser de cinco anos. Exame teórico – pode ser opcionalmente precedido de um curso teórico específico junto a um centro de instrução credenciado ou não à ANAC, e contempla cinco matérias – navegação, meteorologia, conhecimentos técnicos de aeronaves, teoria de voo e regulamentos de tráfego aéreo. O exame deve ser pago e agendado junto à FGV, que desde o final de 2020 é responsável pela

imediatamente após a conclusão do exame. É necessário acertar ao menos 70% das questões de cada matéria para aprovação, com possibilidade de realizar novamente apenas as matérias reprovadas, caso sejam até duas, e o candidato tenha obtido pelo menos 30% de acerto em cada uma delas. Se parece um tanto árduo, há algumas formas de antecipar o primeiro contato com a

45 EDIÇÃO 1

computador, com resultado divulgado

REVISTA VERTICAL

aplicação dos exames, realizados em um


aeronave em si: o voo de incentivo pode ser

envolvendo planejamento de navegação e

feito antes de tornar-se aluno de fato, e

meteorologia, bem como experiência com

consiste em um voo semelhante ao de

voos mais longos, em diversas condições de

instrução, no qual o interessado pode

tráfego e de aeródromos.

vivenciar a sensação de controlar uma

Após concluídas as missões de navegação,

aeronave em voo e tirar suas dúvidas. Para o

são feitas as horas de voo noturno, onde o

candidato que já tenha o CMA de segunda

aluno vivencia fatores ambientais e

classe válido, é possível realizar até 15h de

fisiológicos distintos dos quais estava

treinamento de voo prático correspondente

acostumado. Ao final, é feita a liberação para

ao programa de treinamento de PP,

o check, que é a avaliação prática que dará

geralmente enquanto faz o curso teórico,

condições ao aluno para solicitar junto à

correlacionando a prática e a teoria. Para

ANAC a emissão da licença de Piloto Privado

realizar o restante das horas práticas, o

e do CHT – Certificado de Habilidade

aluno deve ter sido aprovado na banca

Técnica. Consiste em um voo geralmente de

teórica.

navegação, no qual o avaliador credenciado

Treinamento prático – a etapa mais

pela ANAC, muitas vezes o instrutor-chefe do

aguardada pelos candidatos a piloto, quando

centro de instrução, solicitará algumas

finalmente tem-se a experiência de voar em

manobras normais e de emergência, bem

uma aeronave monomotora. Primeiro, deve-

como questionamentos teóricos.

se escolher um aeroclube ou centro de

Esse foi em resumo o caminho a ser trilhado

instrução homologado pela ANAC. Em

para tornar-se piloto privado de avião, que

seguida, efetuar a matrícula do aluno e

não pode ainda exercer atividade

realizar o ground school, que consiste na

remunerada, mas é o começo para quem

familiarização de características técnicas do

deseja virar piloto, se especializar, e

modelo de aeronave a ser utilizada na

eventualmente prosseguir na carreira,

instrução, bem como com os padrões

seguindo a formação profissionalizante de

operacionais do centro de treinamento. A

piloto comercial. A sequência ou o conteúdo

primeira fase do treinamento consiste em

das missões práticas pode variar de acordo

voos em duplo comando, no qual o aluno

com o centro de instrução escolhido, mas a

familiariza-se com a aeronave em solo e em

visão geral é essa, sendo que sempre

voo, procedimentos operacionais normais e

prevalece o que está estabelecido no RBAC

em emergência simulada, fraseologia nas

61 e demais normas, disponíveis para

comunicações radiotelefônicas e manobras

consulta no site da ANAC - Agência Nacional

para desenvolver a destreza no controle da

de Aviação Civil.

aeronave, orientando-se por referências visuais, táteis e sonoras.

Espero que tenham gostado e até a proxima!

Após aprovado nas lições iniciais, aluno passa para o treino de toque e arremetida,

Guilherme Jun Fujitaki

praticando a entrada no circuito de tráfego

Piloto Privado

em condições normais e em emergência, bem como procedimentos de pouso em várias configurações. Normalmente após aprovação nessa fase, o aluno é liberado para o voo solo, momento geralmente marcante na formação do aluno piloto, em que assume pela primeira vez o controle da aeronave como piloto em comando, sem a presença do instrutor. Após realizado o voo solo, começa a fase de navegação, ou seja, os voos deixam de ser locais e focados em manobras, e passam a ter como destino outros aeródromos, REVISTA VERTICAL

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VERTICAL NEWS

ITA TRANSPORTES AÉREOS A Itapemirim, completa uma importante etapa no processo certificação para iniciar suas operações comerciais. Mais uma fase para história da empresa, que se faz presente nas principais rotas terrestres do Brasil. Agora no retorno como operador aéreo, está a um passo de reiniciar seus voos.

REDAÇÃO Revista Vertical Plus

FOTO BRENO DANTAS - AEROPORTO DO GALEÃO


comerciais segue um rigoroso processo, cujo

no ramo aéreo com o clássico Boeing 727

objetivo é verificar que os requisitos

cargueiro. Hoje, protagoniza uma nova

técnicos, estão em conformidade com o tipo

história na aviação nacional com o A320.

de operação requerida.

O Certificado de Operador Aéreo (COA) é um

A boa notícia é que temos uma nova

documento emitido pela ANAC com o

empresa em busca desta habilitação, apesar

objetivo de garantir que a empresa aérea

das dificuldades que a aviação comercial

seja capaz de cumprir os requisitos

vem enfrentando no Brasil e no mundo.

estabelecidos pelos regulamentos de aviação

A Itapemirim Transportes Aéreos iniciou no

civil (RBAC) e instruções suplementares (IS)

mês de abril, seguindo na contramão deste

em vigor. Este processo é extenso e procura

cenário, o processo para obter autorização

balizar diversos aspectos da segurança

de operar na aviação comercial, e como

operacional que possam garantir que o

previsto, vem conseguindo a tão sonhada

solicitante do certificado esteja capacitado

certificação e está a poucos passos de iniciar

para prestar o serviço de modo seguro.

suas operações. E tem mais! Acabou de

No cumprimento destas etapas, o AIRBUS

chegar a sua segunda aeronave no Brasil.

A320 iniciou seus voos entre os dias 12 e 15

Estamos vivenciando o (re)nascimento de

de abril, envolvendo pilotos, tripulantes,

uma nova empresa aérea no Brasil.

mecânicos e toda a equipe de solo responsáveis pelo apoio as operações.

Origens Empresa brasileira originalmente do ramo de transporte rodoviário. A Itapemirim interliga o Brasil desde 1953 com sua frota de ônibus. Mirando uma nova perspectiva de transporte, está prestes a obter o sinal verde para dar início as suas "novas" operações: famosa pelo amarelo característico, na

"Diversos aspectos descritos em regulamento foram checados durante os voos de modo que o órgão regulador verifica as condições da aeronave de acordo com a categoria de certificação solicitada".

49 EDIÇÃO 1

década de 90 já teve a oportunidade de atuar

REVISTA VERTICAL

A certificação de aeronaves para fins


Diversos aspectos descritos em regulamento foram checados durante os voos de modo que o órgão regulador verifica as condições da aeronave de acordo com a categoria de certificação solicitada . As rotas foram simuladas entre os Aeroportos de Guarulhos, Confins, Salvador, Porto Alegre e Galeão.

entre vários pontos de interesse da

Momento em que foram realizados inúmeros

companhia aérea. A ideia principal do HUB é

pousos e decolagens para avaliar o

que um aeroporto de maior porte sirva como

desempenho da tripulação.

ponto de redistribuição da malha de voos. O

Com relação a infraestrutura, vejamos o que

aeroporto de Guarulhos, por exemplo, será

diz a RBAC 121 item nº97(a):

usado para fornecer a infraestrutura

" Cada detentor de certificado conduzindo

necessária para atender as operações mais

operações domésticas ou de bandeira deve

complexas. O que significa, além de outras

demonstrar que cada rota submetida à

coisas, oferecer opções atendimento,

aprovação é apoiada em aeródromos em

serviços, entretenimento, compras e

quantidade e qualidade adequada,

alimentação para os passageiros que passam

considerando aspectos como dimensões,

pelo aeroporto enquanto aguardam o

resistência e superfície das pistas,

próximo voo.

obstruções, facilidades, proteção ao público (security), sinalização e auxílios luminosos, auxílios à navegação e aproximação, comunicação, horário de funcionamento e

"Voar é sinônimo de conforto, atendimento e segurança.".

controle de tráfego”. Isso explica capacidade aeroportuária

Aspectos relacionados a operação da

necessária para uma empresa operar. Os

aeronave no que tange as manutenções

aeroportos escolhidos como HUBs, são

programadas, procedimentos de emergência

fundamentais para definir o eixo de ligação

em voo, emergências médicas, controle da

REVISTA VERTICAL

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segurança operacional, alimentação, atendimento ao público e outros aspectos relacionados com atendimento ao cliente. Todas possuem o intuito de fazer da experiência de voar um momento agradável, independente do motivo. Voar é sinônimo de conforto, atendimento e segurança. Emissão do COA Assim,no dia 30 de abril a ANAC emitiu a Certificação de Operador Aéreo para Itapemirim Transportes Aéreos. Resultado de muito trabalho da ITA em atender diversos requisitos em tão pouco tempo. Os próximos passos serão a solicitação da Outorga de Autorização para Operar, momento em que serão verificados os

Acompanhe as operações e novidades.

requisitos jurídicos previstos pelo Código

No site

Brasileiro de Aeronáutica para Companhia

www.voeita.com.br

seja autorizada a iniciar a prestação de

No Instagram

serviços aéreos públicos.

@itatransportesaereos.oficial

Assim, podemos aguardar quem em breve teremos a ofertas das primeiras passagens

instagram

NOTA: Venda de Passagens prevista para 21/05/2021.

aéreas vendidas pela ITA, como também a chegada das novas aeronaves, a exemplo do segundo Airbus A320 que chegou neste dia 10 de maio no Brasil. À esquerda temos a decolagem do A320 no Aeroporto do Galeão- RJ (Foto: Bruno Anjos). À cima e abaixo a Aeronave pousando e taxiando do Aeroporto de Guarulhos -SP, respectivamente.(Fotos: Deniz Santos)


FOTO DE DIVULGAÇÃO DJI

DJI LANÇA DRONE PFV REDAÇÃO Revista Vertical Plus

O mercado de drones, a cada tempo que

O elemento inovador que dá sentido ao seu

passa, vem atingindo cada vez mais clientes

nome está no uso dos óculos DJI FPV Goggles

em função das possibilidades que essas

V2. Garantindo a possibilidade de receber as

máquinas conseguem fazer. Imagens, vídeos,

imagens em até 10 km com resolução em HD

conectividade, alcance e velocidade, são

cujas especificações estão disponíveis no

fatores que tornam esses equipamentos

site do fabricante.

ainda mais atrativos para usuários comuns.

O DJI FPV poderá produzir videos em 4K /

Alinhado a proposta, a fabricante chinesa

60fps, possibilitando gravar em câmera

DJI lança o Drone DJI PFV.

lenta 4X em 1080 / 120fps.

O novo Drone vem equipado com motores de alto desempenho que podem acelerar de 0 a

No Brasil

100 km/h em apenas 2 segundos, atingindo

Apesar de já estar disponível para venda no

uma velocidade máxima de 140 km/h. O

mercado mundial e ter aparecido em alguns

aparelho foi desenvolvido para voar em três

sites aqui no Brasil, a máquina ainda está em

modos de acordo com a atitude de voo

fase de certificação pela ANATEL. Momento

desejada pelo operador. O modo Normal,

que revendedores oficiais aguardam a

que é projetado para pilotos novatos e

emissão da homologação para que possam

permite que o drone voe a baixa velocidade

iniciar a venda no Brasil. Esta certificação

com sistema de detecção de obstáculos

garante que o usuário estará usando um

ativo. O modo Manual que permite controle

aparelho que atende as exigências

total sobre o voo, com todos os sensores

estabelecidas pela agência nacional de

desabilitados. Por último, o modo Esportes

telecomunicações. Sendo também exigido

que mantém alguns dos recursos de

para autorização da venda no mercado

segurança do modo Normal e o controle

brasileiro.

manual do modo Manual. Independentemente do modo em que você

Quer saber mais sobre o aparelho. Acesse:

está, o DJI FPV inclui um recurso de Freio de

www.dji.com/br/dji-fpv ou aponte para QR

Emergência, que pode ser acionado a

Code em sua tela.

qualquer momento, em qualquer modo ao pressionar apenas um botão. REVISTA VERTICAL

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A REVISTA AEROTUDO CONTINUA DISPONÍVEL EM: WWW.VERTICALPLUS.COM.BR


FIRST CLASS

AERONAVES EM SOLO Efeitos encontrados na maior crise de saúde pública: A pandemia, que afetou o mercado de turismo e aviação. Uma leitura de um momento que desafia as maiores companhias aéreas no Brasil e no mundo.

BRUNO ANJOS Revista Vertical Plus

FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS


REVISTA VERTICAL

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A

ntes de mais nada, gostaria de saudar

A partir desse momento, a logística

carinhosamente a você leitor, que, apesar de

determina qual deles é o mais favorável em

todas as adversidades que atualmente nos

relação aos fatores que as companhias

cercam - e não são poucas - ainda dedica

consideram relevantes, ( acessibilidade,

algum tempo de sua jornada a estas

suporte, distância, etc ) mas o fator

despretensiosas - mas sinceras - palavras de

essencial está garantido em sua inóspita e

"entretenimento sem contraindicação".

adorável aridez e consequente preservação

Afinal, de agonia já estamos bem servidos...

longeva dos "ativos voadores", que ali

Por esta mesma razão, para (re)começo de

podem "repousar", serem reciclados ou, para

jornada, escolhi um assunto que, além de

nossa felicidade, voltar aos céus, como

pertinente, é bem "light" e, acredite, não é

aconteceu com uma improvável quantidade

de conhecimento geral (tenho testemunhas).

de 747's (cargueiros) que jaziam inertes e

Por mais que tentemos "normalizar" as

pouco esperançosos mas foram reintegrados

coisas, vacinando, criando protocolos,

graças à demanda inimaginável causada pela

adotando medidas, enfim, fugindo do caos

pandemia. É triste o paradoxo: uma das mais

em que o mundo se tornou para a grande

belas "aves" estigmatizada e fotografada

maioria dos habitantes e segmentos (dono

ultimamente como "portadora de esperança

de funerária, vendedor de vacina e de

para o fim do caos" depois de anos de tantas

seringa estão rindo à toa...), como cantou

e belos registros em momentos bem mais

Lulu, "nada do que foi será... De novo do

felizes...

jeito que já foi um dia... "

A mais bela recordação de qualquer

Especialmente pela ausência de unidade no

colunista, reside na fase embrionária de uma

"modus operandi": os EUA por exemplo,

revista. Testemunhar interagindo é algo

vacinam 2,5 milhões de pessoas ao dia. Por

mágico para quem gosta de escrever. Esta é

aqui....

a minha primeira contribuição neste espaço,

Enfim. O resultado prático disso é a ausência

que também começa agora, motivo de

de pessoas aptas a viajar, logo com redução

orgulho em dobro! Guardando isto com todo

de voos e consequente necessidade de

o carinho, espero que vocês também tenham

estocar aeronaves, afinal, o combustível não

gostado!

está nada barato.... Numa escala de projeção, primeiro as companhias deixam

Grande abraço,

algumas aeronaves em " Stand by” em seus "hubs" (Aeroporto base) para terem um acesso rápido em caso de reaquecimento da economia. Mas e quando a coisa prolonga? Não é uma boa ideia deixar um equipamento de milhões de dólares sujeito a maresia e umidade, especialmente sendo feito este basicamente de alumínio e mecatrônica... Devolver aeronaves alugadas (o famoso leasing) pode ajudar, mas não soluciona, já que os "pássaros" mudam de dono, mas não deixam de existir. Sendo assim, nada mais resta aos administradores destas maravilhas da engenharia que tanto amamos (os criadores e principalmente as criaturas) que as preservem onde as condições sejam as mais favoráveis. E, neste conturbado planeta onde habitamos isso exige basicamente a falta de umidade, logo... Vão todos pro deserto. REVISTA VERTICAL

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Bruno Anjos


FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS

FOTO DE DIVULGAÇÃO BANCO DE IMAGENS

Ao longo de 2020, muitas empresas tiveram que estocar suas aeronaves, o que resultou numa retração significativa no crescimento e projeção de novos investimentos no setor

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FOTO DE SEBASTIAN SUARES - @SSAEROPHOTOGRAPHY

SEBASTIAN SUARES Fotógrafo de Aviação Civil e Militar

País: Argentina @ss.aero.photography Canon 70D , em 400mm f/7.1, 1/800s, e ISO 160


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LUIZ CARLOS Fotógrafo

@asasaviation Canon 5Dmk3 Canon 70 -300mm f/11, 1/320s, e ISO 100

Todos os Direitos Reservados : © Asas Históricas


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ESQUADRÃO DE DEMONSTRAÇÃO AÉREA (EDA) Força Aérea Brasileira Voo realizado na cidade de São Paulo.

Todos os Direitos Reservados : ©asashistoricas


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ACRO BRASIL Associação Brasileira de Acrobacia Aérea

Treinamento de Acrobacia Aérea 2020.

Todos os Direitos Reservados : ©asashistoricas


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VOAR É PRECISO! Olá ! Estamos começando agora. Precisamos de tempo e ajuda para crescer como uma revista de aviação. Precisamos nos conectar e esses serão os nossos canais. Junte-se conosco para que possamos chegar ainda mais longe. #juntosnavertical

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Maio/Junho/Julho 2021 | Edição 01 - Gratuito

01

SUA REVISTA DE AVIAÇÃO ESTÁ AQUI!

Imagem @asashistoricas

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FOTO DE SEBASTIAN SUARES - @SSAEROPHOTOGRAPHY

TEM MAIS SEBASTIAN SUARES Fotógrafo de Aviação Civil e Militar

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Edição 1 Maio/Junho/Julho de 2021


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