REVISTA APM #19

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DEZEMBRO/JANEIRO DE 2022

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ANO 02 03 N°08 N°19 FEVEREIRO\MARÇO DEZEMBRO/JANEIRODE DE2020 2022

Diretoria APM-Mogi (Triênio 2020/2023) Presidente: Carlos Eduardo Godoi Marins Vice - Presidente: Alex Sander José Miguel 1º Tesoureiro: Zeno Morrone Junior 2º Tesoureiro: Thiago Veras Pinto Pires 1º Secretário: José Shiro Higashi 2º Secretário: André Luiz Pupo Diretora da Sede Associativa: Pwa Tjioe K. Tjim Diretor Científico: Antonio dos Santos Taveira Filho Diretor Cultural: José Carlos Melo Novaes Diretor de Comunicação: Guilherme Augusto Rodrigues do Prado Diretor Associativo: Pwa Kiong Ping Diretor Defesa Profissional: Carlos Eduardo Amaral Gennari Delegado: Abdul Kader El Hayek Delegado: Péricles Ramalho Bauab Conselho Fiscal 1º Conselheiro: Julio Batista Cota Pacheco 2º Conselheiro: Alexandre Netto 3º Conselheiro: Anderson Wei Y Pwa Suplentes: Flávio Isaías Rodrigues, Fabricio Issamu Mochiduky e Carlos Alberto Gallo

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MÉDICOS TEMEM FLEXIBILIZAÇÃO DO REVALIDA 2021

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o último 28 de novembro, terminou o prazo de inscrições para a segunda fase da edição 2021 do Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituição de Educação Superior Estrangeira (Revalida), que será aplicada em 18 e 19 de dezembro, segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Além dos aprovados na primeira etapa, a novidade desta edição é que aqueles que reprovaram nesta mesma fase em 2020 estão aptos a participar da segunda fase atual, conforme mudança na legislação do Revalida ocorrida em 2019. Nessa atualização, se definiu que os candidatos que não passaram na segunda fase (prova prática) podem pular a primeira fase por até duas edições consecutivas. Em 2021, foram 11.846 inscritos no Revalida e 6.026 aprovados na primeira fase. Ou seja, 50,9% dos participantes tiveram êxito, um índice muito maior do que os 17,2% de 2020. Entre 2011 e 2017, esse número da etapa inicial flutuou entre 9% e 42%, com exceção de 2015 – primeira edição em que a prova prática começou a ser realizada em mais de um local de aplicação – quando também ficou na casa dos 50%.

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Desta maneira, são esperados mais de 7.300 candidatos para a segunda etapa do Revalida 2021, um crescimento exponencial (quase o triplo da quantidade das provas práticas anteriores), já que historicamente este número nunca foi maior do que 2.400 pessoas. Gerson Alves Pereira Júnior, membro da Câmara Temática de Educação Médica da Associação Médica Brasileira (AMB), classifica essa quantidade de candidatos como “muito alta, resultando em um problema logístico enorme, ainda mais a uma semana do Natal”. O especialista também observa que, pelo aumento de candidatos aprovados nesta fase, é possível inferir que a primeira avaliação de 2021 foi mais fácil. “O rigor da prova depende de um bom processo de elaboração e revisão das questões teóricas e das estações de simulação de habilidades e clínicas. Isso fica a cargo da equipe técnica do Inep e dos membros selecionados para a Comissão Assessora de Avaliação da Formação Médica (CAAFM) e Comissão de Análise de Itens (CAI), que montam as provas de ambas as fases das edições do Revalida. Se há tempo hábil para a realização de todo o processo, a prova é muito boa, sem dúvidas. Se o processo é atropelado, aí a prova não é bem calibrada”, explica Pereira.

De acordo com ele, a última gestão do Inep, em 2020, ressuscitou o Revalida, que não ocorreu entre 2018 e 2019, seguindo todos os processos de elaboração na última edição. “Os membros daquela CAAFM não participam mais e houve mudança dos gestores do Inep.” Como efeito de comparação, o Revalida 2020 teve a sua primeira fase aplicada em dezembro de 2020 e a segunda em julho de 2021; enquanto o Revalida 2021 teve a sua primeira fase realizada em setembro último e a segunda ocorrerá já neste mês de dezembro.

O REVALIDA

O exame começou a ser aplicado em 2011, o que ocorreu ininterruptamente até 2017. Neste período, foram 22.447 inscrições, com apenas 4.461 médicos aprovados, uma taxa média histórica de 18,4%. Em 2017, a taxa foi ainda menor, somente de 5%. Voltando a ocorrer após três anos, a edição de 2020 recebeu 15.498 inscrições – sendo que apenas 2.402 (17,2%) foram aprovados na primeira etapa e 1.085 na segunda. O Revalida é feito em duas etapas. A primeira é composta de uma prova com 100 itens de múltipla escolha e 5 questões discursivas a serem resolvidas, nas áreas de Clínica Médica, Cirurgia Geral, Ginecologia e Obstetrícia, Pediatria, Medicina de Família e Comunidade e Saúde Coletiva. Na segunda etapa, os candidatos fazem uma prova prática, composta de 10 estações simuladas de habilidades clínicas, com capacitação de pacientes simulados e de avaliadores para garantir uniformização, reprodutibilidade e fidedignidade da avaliação realizada em múltiplos locais simultâneos de aplicação.


QUASE 500 MIL CASOS DE DENGUE SÃO REGISTRADOS NO BRASIL

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té a semana epidemiológica 46 (de 3 de janeiro a 20 de novembro), foram notificados 498.478 casos prováveis de dengue no País. Em comparação ao mesmo período do ano anterior, houve uma redução de 46,4% das notificações, de acordo com boletim epidemiológico da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde. A região Centro-Oeste se sobressaiu com a maior taxa de incidência de dengue, com 526,7 casos por 100 mil habitantes. Em seguida, vêm as regiões Sul, com 218,6 casos por 100 mil habitantes; Sudeste, com 208,7 casos por 100 mil habitantes; Nordeste, com 218,2 casos por 100 mil habitantes; e Norte, com 164,8 casos por 100 mil habitantes. Com relação aos casos graves, foram notificados 337, e 4.037 com sinais de alarme, sen-

do que 167 registros permanecem em investigação. Sobre os óbitos, 219 foram confirmados. CHIKUNGUNYA Com relação à febre de chikungunya, o País registrou 92.066 casos prováveis, com taxa de incidência de 43,2 casos por 100 mil habitantes, correspondendo a aumento de 30,8% em relação ao ano anterior. “A região Nordeste apresentou a maior incidência, com 109,6 casos por 100 mil habitantes, seguida das regiões Sudeste, com 29 casos por 100 mil habitantes, e Centro-Oeste, com 6,7 casos por 100 mil habitantes”, informa o boletim. A doença viral é transmitida pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus e foi identificada a circulação no Brasil em 2014. Febre, dores intensas nas juntas, em geral bilaterais, pele e olhos avermelhados, dores pelo corpo, dor de cabeça,

náuseas e vômitos são os seus principais sintomas. Ao todo, 12 pessoas morreram vítimas da doença este ano.

ZIKA Até a semana epidemiológica 41 do boletim epidemiológico, 5.710 infecções prováveis de zika vírus ocorreram no Brasil, correspondendo a uma taxa de incidência de 2,7 casos por 100 mil habitantes. Em comparação ao mesmo período de 2020, houve uma redução de 17,3% nos registros. Os sintomas da zika são semelhantes aos da dengue, embora mais leves e com prevalência entre 4 e 7 dias. São eles: febre baixa, manchas vermelhas na pele, coceira no corpo, dores nas articulações e nos músculos, dor de cabeça, cansaço físico e mental e vermelhidão e sensibilidade nos olhos.

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PLATAFORMA CIENTÍFICA P TESTES PARA A DETECÇÃO D Trata-se de exames sorológicos, de alta confiabilidade, que se destacam por ter menor custo, uma vez que a produção de alguns reagentes utiliza bactérias Escherichia coli

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esquisadores da Plataforma Científica Pasteur-USP (SPPU, na sigla em inglês) estão desenvolvendo testes para detecção de anticorpos contra o sars-cov-2, com alta sensibilidade, menor preço e mais versatilidade que outros exames sorológicos. Os componentes desses testes foram parcialmente desenvolvidos no Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP e validados por pesquisadores da SPPU. Os testes detectam os anticorpos contra o sars-cov-2 6

a partir de duas proteínas, cuja análise é feita em uma mesma placa e paralelamente. Uma delas é a Nc – presente na região c-terminal da nucleoproteína do sars-cov-2. “Quando a proteína Nc, utilizada no teste, entra em contato com o soro de um paciente ou de uma pessoa vacinada que tenha anticorpos circulantes, ela e os anticorpos específicos se ligam, indicando que o paciente já foi infectado pelo vírus ou que recebeu uma vacina com o vírus inativado”, explica a biomédica Ana Paula Pessoa Vilela, pósdoutoranda na SPPU.

A outra proteína é um “pedacinho” da proteína spike, que dá ao vírus sua aparência característica com coroas em sua estrutura. A proteína Nc é particularmente importante para identificar pessoas que foram infectadas pelo vírus, independentemente de terem tido ou não a covid-19. Já o fragmento da proteína spike é importante também para monitorar os que foram vacinados e a possível geração de anticorpos neutralizantes induzidos tanto pela vacinação como pela infecção.


ASTEUR-USP DESENVOLVE E ANTICORPOS DE COVID-19 DIFERENCIAIS DO TESTES PPU

“Como conseguimos fazer as duas verificações ao mesmo tempo, é possível identificar os indivíduos que tiveram contato com o vírus e a presença de anticorpos neutralizantes dirigidos contra a proteína viral que permite ao sars-cov-2 entrar nas nossas células, algo importante para estudos epidemiológicos”, explica Luís Carlos Ferreira, professor do ICB e um dos coordenadores da SPPU. As proteínas foram sintetizadas no ICB e depois avaliadas e comparadas com testes comerciais. O trabalho tem o financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), do Ministério de Ciência e Tecnologia e do Instituto Pasteur. A SPPU testou centenas de indivíduos infectados, sintomáticos e assintomáticos para o sars-cov-2. Ana Paula afirma que a alta sensibilidade é outro diferencial dos novos testes. “Um dos grandes problemas que percebemos nos demais testes é exatamente a sensibilidade. Às vezes, o teste é específico, mas não é muito sensível, então, não se consegue saber com certeza se o indivíduo teve ou não contato com o vírus ou foi vacinado. Já se o teste não for muito específico, mas extremamente sensível, pode-se obter respostas inespecíficas com outros patógenos diferentes do sars-cov-2.

Por isso é preciso chegar a um equilíbrio entre especificidade e sensibilidade”, explica. Outra vantagem dos testes produzidos na SPPU é o fato de terem como suporte a plataforma Elisa (acrônimo para Enzyme-Linked Immunosorbent Assay), que permite que vários soros sejam testados numa mesma placa, de modo que as duas proteínas possam ser analisadas em paralelo. Como a plataforma Elisa está disponível em qualquer laboratório de análises clínicas, o exame poderá ser de amplo acesso. “A proteína Nc é a mais imunogênica entre os coronavírus, ou seja, ela estimula de uma maneira muito forte o nosso sistema imune, que produz anticorpos específicos contra ela, e tem sido usada desde o início da pandemia. O que fizemos foi avaliar dois fragmentos dessa proteína que tiveram melhor desempenho do que aquele obtido com reagentes disponíveis comercialmente”, afirma Ferreira.

Ana Paula Pessoa Vilela Biomédica, pós-doutoranda na SPPU

Com a produção em série, foi possível selecionar as regiões da proteína que são mais bem reconhecidas pelos anticorpos gerados durante a covid-19. “A possibilidade de produzir essas proteínas em bactérias no próprio laboratório e em larga escala reduziu o custo dos testes, em relação aos métodos que utilizam fragmentos da proteína spike produzidos por células humanas em cultura”, diz Vilela. De acordo com Ferreira, outra importância do trabalho foi dar condições para o desenvolvimento de métodos sorológicos contra doenças infecciosas e criar autonomia em relação a produtos importados de custo elevado. Por ora, os testes desenvolvidos na SPPU estão sendo utilizados para a testagem de pessoal da linha de frente e para estudos científicos envolvendo o vírus sars-cov-2. Com informações da Assessoria de Comunicação da SPPU

Luís Carlos de Souza Ferreira Pesquisador e diretor do ICB

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APM ALERTA PARA REDUÇÃO DE MÉDICOS E RISCO DE DESASSISTÊNCIA NA SAÚDE SUPLEMENTAR

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Associação Paulista de Medicina vem a público alertar os brasileiros sobre o risco de desassistência na rede suplementar, em momento em que enfrentamos a incógnita da Ômicron, nova variante da Covid-19, e o Sistema Único de Saúde tem agravadas as mazelas de acesso em virtude do subfinanciamento, entre outros problemas. Há em Brasília um movimento, em bastidores, que aponta para a redução da cobertura aos pacientes, enquanto as mensalidades continuam sendo reajustadas acima dos altíssimos índices inflacionários registrados no Brasil. No Judiciário, busca-se igualmente reduzir direitos consagrados pelas leis de Defesa do Consumidor e pela Lei 9.656, de 1998. Os médicos, com os quais os cidadãos contam e confiam integralmente, ainda mais nesta hora de luta contra o SARS-CoV-2, também são vítimas nesse processo. Parece existir,

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de forma continuada e sutil, um processo de redução da oferta de profissionais aos pacientes, abrindo espaço para que quadros alheios à Medicina entrem no circuito de atendimentos on-line, com vistas a ampliar a lucratividade de certas empresas. Honorários defasados e pressão histórica para cortar internações, antecipar altas e diminuir solicitação de procedimentos desestimulam a prestação de serviços médicos no sistema suplementar. Neste 2021, as tentativas de negociação de reajustes de honorários vêm sendo ignoradas e diversas operadoras nem sequer se propõem à recomposição mínima, com base em 100% do IPCA. A expansão do processo de verticalização - e a consequente organização de redes próprias – abre portas para excessos, como os que são públicos e redundaram em óbitos em massa durante o auge da Covid-19, com a utilização de propostas ineficazes cientificamente.

O compromisso dos médicos é prestar atendimento de qualidade e com extrema segurança para a população. A prática de remunerações vis deveria ser fiscalizada e punida pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) que, em tese, possui a responsabilidade de regulamentar as relações do setor. Entretanto, como não existe uma só ação concreta nesse sentido, as partes mais fragilizadas do ponto de vista econômico – os pacientes e prestadores, entre eles, os médicos – são repetidamente prejudicadas, enquanto a Saúde se aproxima de um colapso sem precedentes. A APM, por meio desse alerta, conta com a sensibilidade e compromisso dos agentes públicos para garantir as condições básicas ao melhor atendimento em Medicina aos brasileiros.


GOVERNO DE SP ASSINA “DECLARAÇÃO DE PARIS” QUE VISA ELIMINAR A TRANSMISSÃO DE HIV

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Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, assinou no último dia 1 de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, a “Declaração de Paris” que visa ampliar as políticas públicas do estado com o objetivo de zerar as novas infecções por HIV e as mortes devido às complicações da Aids até o ano de 2030. O documento é uma iniciativa co-liderada pelo Unaids (Programa Conjunto da ONU sobre HIV e Aids). Ele estipula metas: diagnosticar 95% da população que vive com HIV, tratar 95% da população diagnosticada e zerar a carga viral de 95% dos pacientes que fazem tratamento contra o HIV. São Paulo é o primeiro estado do Brasil a assinar a nova versão da declaração que teve as metas atualizadas este ano. Até o ano passado, as metas eram 90%, 90%, 90%. A declaração ainda estipula compromissos importantes como o de combater o estigma e preconceito contra as pessoas que vivem com HIV e de disponibilizar amplamente e de forma gratuita testagem e métodos de prevenção combinada, que incluem preservativos, PEP (Profilaxia Pré-Exposição) e Prep (Profilaxia Pós-Exposição).

COMPROMISSO GLOBAL A iniciativa nasceu da chamara rede Fast-Track que mobilizou inicialmente o Unaids, a cidade de Paris, o UN-Habitat e a International Association of Providers of Aids Care. A meta do Unaids é envolver no compromisso outras metrópoles, estados, províncias e até cidades de menor porte. “É nosso compromisso intensificar as políticas públicas para zerar as novas infecções de HIV no estado. A mortalidade em SP vem registrando queda, com uma redução de 44,8% na taxa de mortalidade por Aids e de 42% na incidência de casos da doença nos últimos dez anos, e queremos avançar ainda mais”, destaca o Secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn. Segundo ele a redução dos índices é fruto de políticas públicas promovidas pelo Governo de SP e da conscientização da população, lutando sempre contra o estigma e discriminação envolvendo HIV/Aids. “Incentivamos permanentemente o autocuidado por meio da realização de testes periódicos e do uso da prevenção combinada”, complementou.

A queda de óbitos está relacionada principalmente ao acesso a tratamento antirretroviral, disponível gratuitamente no SUS. Em números absolutos, houve 1.880 vítimas fatais da doença no ano passado, contra 3.141 em 2010. Naquele ano, houve também 8.521 casos novos de aids, e em 2020, este número chegou a 5.363 casos. Para Claudia Velasquez, diretora e representante do Unaids no Brasil, a assinatura de São Paulo da Declaração de Paris é estratégica, pela relevância e grande poder de influência e exemplo que o estado tem no contexto brasileiro e global. “O estado de São Paulo tem se mostrado muito alinhado com as metas de acabar com a epidemia de aids como ameaça à saúde pública e com os objetivos da Declaração de Paris e é um exemplo e inspiração para outros Estados do Brasil na eficiência da resposta ao HIV”, afirmou Claudia. Hoje no Estado de São Paulo, estima-se que 254 mil pessoas vivam com HIV, sendo que apenas 88% estão diagnosticadas e 71% fazem tratamento. Dentre os que fazem tratamento, 96% estão com a carga viral zerada.

Jean Gorinchteyn Secretário de Estado da Saúde

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COVID -19

TERCEIRA DOSE PODE SER APLICADA EM QUALQUER PESSOA COM 18 ANOS OU MAIS QUE TENHA COMPLETADO A IMUNIZAÇÃO HÁ PELO MENOS QUATRO MESES

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ogi das Cruzes está recebendo novas doses do imunizante Pfizer para as ações de intensificação da vacinação de reforço contra a Covid-19 na Cidade. O atendimento estava sendo realizado sem necessidade de agendamento para aplicação de primeira, segunda ou terceira dose, bastando comparecer à unidade de saúde ou drive, conforme programação. A livre demanda, no entanto, depende da capacidade técnica da equipe e dos estoques disponíveis. 10

Quem preferir garantir o horário e local pode efetuar o agendamento online pelo www.cliquevacina.com.br . O objetivo da campanha é promover o avanço da imunização pelo menos 10 dias antes do período de festas de final do ano, contribuindo para prevenir novas altas da doença. A primeira dose da vacina contra a Covid-19 está disponível para adultos ou adolescentes a partir de 12 anos, enquanto a segunda deve seguir os intervalos do imunizante utilizado na primeira:

Coronavac (15 dias); Pfizer (21 dias); e Astrazeneca (oito semanas). A terceira dose pode ser aplicada em qualquer pessoa com 18 anos ou mais que tenha completado a imunização há pelo menos quatro meses. Já as pessoas que tomaram a Janssen (dose única) agora também podem receber a dose de reforço com Pfizer a partir de dois meses. Quem ultrapassou esses prazos por qualquer motivo pode complementar a imunização a qualquer momento.


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