its Teens Florianópolis - 20

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Revista its Teens Florianópolis nº 20 2023 | R$ 14,85


ENQUANTO VOCÊ SE DESENVOLVE EM SALA DE AULA,


NÓS APRIMORAMOS O SEU CONHECIMENTO


/ EXPEDIENTE MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR. DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING DIRETOR COMERCIAL gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

/ EDITORIAL

RENATA BOMFIM

Coordenadora de projetos especiais

SILVANO SILVA DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA RENATA BOMFIM COORDENADORA DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

Com uma rede ativa e sempre em movimento, o primeiro festival de música revelou novos talentos, que puderam soltar a voz numa competição que contou com quase 400 inscritos. Na reportagem de capa desta edição, confira a cobertura do evento. Os registros de tudo o que aconteceu você encontra logo em seguida, na editoria das galerias. Aproveite a leitura nesta edição para conferir também aplicativos que podem contribuir na edição de vídeos para os projetos da escola, além de saber curiosidades sobre países diferentes, mas que compartilham o mesmo idioma — o português. Veja os assuntos que movimentaram a rede com projetos de escola, as ações da secretaria e as dicas de turismo para conhecer pela cidade. Curta mais esta edição que chega até a sua escola e compartilhe a leitura com a sua turma!

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA

leticia.martendal@portalits.com.br CAMILLY VITÓRIA SOARES IAGNECZ ESTAGIÁRIA

contato@portalits.com.br BRUNA FACCIN DESIGNER GRÁFICO

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

DIEGO ALMEIDA SUPERVISOR DE DISTRIBUIÇÃO diego.almeida@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

ANA ZAHIA JUMA SUPERVISORA COMERCIAL SUL ana.juma@ndtv.com.br Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3000 EXEMPLARES NÃO VACILA, FALA AÍ (48) 3212-4026 Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Florianópolis

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Foto: Marcos Campos/Divulgação

/ SOU MANÉ

Dunas da Joaquina Separando a Praia da Joaquina e a Lagoa da Conceição, as dunas são consideradas uma das melhores do Sul do país e um enorme atrativo para os turistas. Lá você pode alugar pranchas para praticar o famoso sandboard, o surf de areia, e ter uma visão panorâmica incrível do local.

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/ CONTEÚDO

8-9/

diário escolar

Você conhece as diferenças entre os países que falam português?

10-11/

profissão do mês Você sabe como é a vida de uma diretora escolar?

12-13/ natureza

Você sabe o que é possível encontrar em um manguezal?

cultura pop

Um novo capítulo direto do passado

28-29/ wi-fi

14 aplicativos de edição para fotos, vídeos e áudios

30-31/

curiosidades

Onda de calor: como explicar o aumento da temperatura?

32/

14-15/

composição autoral

16-17/

34-35/

notícias das escolas educação para todos

Como promover a educação inclusiva nas escolas?

18-23/ capa

Estrelas da música

24/

diversão Quem é você?

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26-27/

Rap dos bons de bola

donos da língua

Você sabe o que é cacofonia?

36-41/

galerias

42/

saideira

O que tem sido o Festival da Canção da nossa rede?


Foto: Leo Munhoz/Divulgação

/ SOU MANÉ

Museu Histórico de Santa Catarina

O Museu Histórico de Santa Catarina está sediado no Palácio Cruz e Sousa e se localiza no Centro da cidade, em frente à Praça XV de Novembro. Com um grande acervo arqueológico, bibliográfico e museológico, também chama atenção por sua arquitetura, que carrega a história de cada um que já morou ali, como antigos governadores. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7


/ DIÁRIO ESCOLAR

VOCÊ CONHECE AS DIFERENÇAS ENTRE OS PAÍSES QUE FALAM PORTUGUÊS? POR MAI BILENKI

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Você sabia que existem nove países no mundo em que a Língua Portuguesa é considerada o idioma oficial? De acordo com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), além de Portugal e Brasil, temos Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné-Equatorial, Moçambique, Timor-Leste e São Tomé e Príncipe como locais onde as pessoas falam o mesmo idioma que os brasileiros. Mas será que se comunicar com pessoas dessas outras nações é tão fácil quanto parece? Bom, há uma grande aproximação linguística, mas alguns desafios também podem surgir. Como o português é falado em vários países, cada um desses lugares pode ter sotaques, neologismos e dialetos ligeiramente diferentes. Isso pode fazer com que a compreensão seja um pouco mais difícil no início, mas, com a prática, é possível se acostumar com as variações. Na hora de conversar com uma pessoa de outro país, o contexto da conversa também é importante. Abordar tópicos cotidianos e informais pode ser mais fácil do que discutir assuntos técnicos ou acadêmicos, que exigem um vocabulário mais avançado. Além disso, a disposição das pessoas na conversa para compreender, explicar e se adaptar às diferenças pode ajudar na compreensão mútua. Pessoas dispostas a fazer concessões e explicar quando necessário tornam a comunicação mais fácil.

Por que países tão distantes falam a mesma língua? Você já deve ter percebido que as línguas faladas no mundo estão por todo o planeta. A colonização é o processo que importa idiomas e culturas de países emergentes para os demais por meio da dominação territorial. Colonizadores frequentemente impõem sua língua como a oficial, administrativa e de educação, o que pode levar à supressão dos dialetos locais e à adoção forçada do idioma do colonizador. No Brasil, o Tupi, o Tupinambá e o Guarani são alguns exemplos do que já era falado por aqui antes da colonização portuguesa, o último ainda sendo falado em algumas aldeias e comunidades. Em muitos casos, a colonização resulta na mistura de línguas, criando dialetos ou idiomas que incorporam elementos tanto da origem do colonizador quanto dos povos originários. Algumas palavras como tapioca, abacaxi, açaí e Amazônia são de origem indígena e foram incluídas no vocabulário oficial do Brasil. Em outros países, esse processo é muito parecido, por isso, ao se comunicar com uma pessoa de outra região, é possível que algumas dúvidas surjam durante o diálogo.

Origem da Língua Portuguesa A Língua Portuguesa tem sua origem no latim vulgar — uma forma falada pelas pessoas menos cultas durante o período do Império Romano. A evolução da língua latina para o português ocorreu ao longo de vários séculos e envolveu influências de diferentes idiomas e culturas. O castelhano, o catalão, o francês e o italiano são alguns exemplos que também passaram por esse processo.

A partir do século 3 a.C., os romanos começaram a estabelecer a sua presença na Península Ibérica, que hoje inclui Portugal. Como resultado, o latim vulgar começou a ser falado na região.

Durante o período das invasões bárbaras, do século 5 ao século 8, os povos germânicos também ocuparam partes da Península Ibérica, influenciando a língua latina falada na região.

A partir do século 8, a região foi conquistada pelos mouros islâmicos, que introduziram algumas palavras e elementos culturais árabes na língua.

Por volta do ano 1000, a região de Portugal passou por um período de reconquista cristã. O latim vulgar continuou a evoluir e a se transformar na língua romance (línguas indo-europeias que se originaram do latim) que depois se tornaria o português.

No século 12, o português antigo já estava se desenvolvendo como uma língua própria e começou a se diferenciar do galego, outra língua romance que era falada na região.

No século 16, a Língua Portuguesa foi padronizada e consolidada como a oficial de Portugal. Neste momento, o país estabelecia uma série de colônias em lugares como o Brasil, África, Índia, Ásia Oriental e Ilhas do Oceano Índico. Essa expansão resultou na disseminação do idioma em muitas dessas regiões, e em cada uma delas, a Língua Portuguesa se apresenta de forma diferente.

No século 18, a Língua Portuguesa passou por um processo de padronização, quando foi criada uma gramática normativa, o que contribuiu para a uniformização do idioma.

Em 1990, o acordo ortográfico da Língua Portuguesa mais recente foi assinado por vários países que falam o idioma, visando à unificação das regras ortográficas, embora ainda existam diferenças regionais na forma como a ortografia é aplicada.

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/ PROFISSÃO DO MÊS

diretora escolar? Você sabe como é a vida de uma

POR REDAÇÃO ITS TEENS

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Já parou para pensar no que acontece nos bastidores da sua escola? Quem é o responsável por fazer com que tudo aconteça do jeito que deveria? Das atividades pedagógicas até os vínculos com a comunidade escolar, o diretor é aquele que cuida de todos os detalhes para que a experiência educacional seja não apenas proveitosa, mas também prazerosa para os estudantes. Ele vai gerir os recursos disponíveis, fazer o planejamento educacional, orientar os professores, garantir um ambiente seguro para todos os envolvidos – educadores, estudantes, pais e responsáveis – entre outras funções administrativas. O diretor é um líder e trabalha em conjunto com a comunidade para que a escola esteja sempre evoluindo e se adaptando para melhor atender às necessidades de todos.

Foto: Arquivo pessoal/Divulgação

Como se tornar diretor?

O caminho para atingir esse cargo pode variar de escola para escola, porém uma graduação na área da educação é um passo essencial. O curso de Pedagogia é a melhor opção atualmente, porém, outras licenciaturas podem ser aceitas em processos seletivos. Ter experiência em sala de aula também é um fator importante. Alguns locais pedem a atuação como professor de, no mínimo, três anos — exigência que pode chegar a até oito anos. Por fim, é preciso se candidatar à vaga e prestar concurso ou ser indicado.

Na direção escolar

A paixão pela educação surgiu cedo na vida de Daniela Cristina Silva, que cresceu com o desejo de ser professora, incluindo isso até mesmo nos divertimentos de criança ao brincar de escolinha com os mais novos. Diretora do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Vó Terezinha, a educadora começou no magistério, logo buscando sua graduação em Pedagogia. A profissional atuou como professora por anos, passando por todas as faixas etárias antes de chegar a seu cargo atual. Ser diretora não foi algo que Daniela planejou. A ideia, na verdade, foi do grupo docente com quem trabalhava, e, apesar de estar acostumada a se envolver nos projetos da unidade, a profissional relutou no início. Apesar disso, atuou em três Neims diferentes e pegou gosto pela função. “Digo e reafirmo que amo o que faço e a comunidade que trabalho, isso me faz muito bem.” Para ela, a experiência é prazerosa, apesar de também ser desafiadora. “É preciso estudo, dedicação e, às vezes, dar um passo para trás para poder avançar lá na frente”, afirma a diretora, que também reforça a importância de seguir estudando. “Continue as capacitações e participe das formações; o mundo está em constante mudança e nós devemos acompanhar as discussões que permeiam a educação. Lembre, o professor é um eterno pesquisador.”

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/ NATUREZA

VOCÊ SABE O QUE É POSSÍVEL ENCONTRAR EM UM MANGUEZAL? O ecossistema é responsável por manter o equilíbrio da vida marinha e terrestre, com plantas e animais característicos da região; saiba como crianças e adolescentes conheceram o espaço em Florianópolis O que você vai encontrar por aqui: mais de 450 estudantes aprendem sobre preservação e meio ambiente por meio de exposição, livro e gamificação. Tempo de leitura: 6 minutos POR ANA CAROLINE ARJONAS

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A experiência foi uma oportunidade para observar e conhecer mais sobre o Caranguejo-uçá

Fotos: Escola do Mar/Divulgação

Observar aquilo que está ao redor e compreender a importância da natureza na sobrevivência humana é algo que, na maioria das vezes, deixamos de lado, sem pensar na relação do ser humano com o meio ambiente. Em uma cidade como Florianópolis, cercada pelo mar e por tantas áreas de preservação, você já parou para pensar no ecossistema que existe em cada canto do município? Para tornar visível aquilo que, muitas vezes, parece escondido entre a fauna e a flora, a Escola do Mar promoveu a “I Semana de Conservação dos Manguezais”, com o objetivo de aproximar as crianças e estudantes da vida marinha e das características dos mangues. Com a presença de convidados, que incluiu artistas, professores e escritores, o processo de imersão contou com etapas e um desafio final. “Trouxemos jogos que falaram sobre esse ambiente, fazendo com que eles prestassem atenção, porque fazíamos um roteiro: passar por uma sala onde visualizaram isso virtualmente, pela parte dos materiais expostos, pelas obras de artes, e no final davam a resposta para saber se entenderam ou não. Eles estavam jogando aquilo que tinham aprendido”, comenta a assessora da Escola do Mar, Rosangela Teixeira Garcia. Além de conferir o resultado das respostas e do que foi aprendido em cada sala da exposição, a turma também teve a oportunidade de conhecer de perto um manguezal — em um dos espaços foi recriada a experiência para discutir a forma, a cor e até mesmo o cheiro característico desse ambiente. “Por ser um ambiente lodoso, com pouco oxigênio e com muita matéria orgânica, são plantas que conseguem se adaptar àquele ambiente para sobreviver. O que temos de espécies é basicamente mangue, por isso o nome manguezal. O mangue preto, branco e vermelho são espécies de mangue que temos em Florianópolis”, explica a profissional, que reitera a diferença entre cada agrupamento e menciona que é possível encontrar os três tipos em um mesmo ecossistema. Na troca com as escolas e os profissionais, o brilho no olho e a vontade de entender o processo foram marcas deixadas e que mostram a importância de trazer para a sala de aula temas que fazem parte do cotidiano, incluindo o cuidado com o meio ambiente e com a cidade que queremos para o futuro. “Você precisa conhecer para cuidar. Por exemplo, eu não cuido de nada que não conheço e eu não defendo nada que eu não conheço. Se você mora numa ilha, com um ambiente tão variado, com uma diversidade tão incrível, você tem um laboratório aberto, que é uma sala de aula sem paredes”, diz Rosangela, que faz questão de ressaltar o valor do manguezal para a natureza. Mais de 450 estudantes participaram da iniciativa, que teve como sede o Sapiens Parque, em Canasvieiras. No local foi possível aprender sobre as plantas que sobrevivem no ambiente, os tipos de mangues e animais que vivem na região. O artista Gabriel Tissier esteve presente com as obras “Os fantásticos seres do manguezal”. A escritora Vera Lícia Vaz conversou com os estudantes sobre o livro “A história do jacaré Né”, e o professor Paulo Horta, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mostrou para os participantes a medição do oxigênio na água por meio de um microscópio. Participaram as escolas básicas municipais Marcolino José de Lima, Osvaldo Machado, Osmar Cunha, Albertina Madalena Dias, Intendente Aricomedes da Silva (EBIAS), Dilma Lúcia dos Santos, Herondina Medeiros Zeferino, Acácio Garibaldi São Thiago e Virgílio dos Reis Várzea, além dos Núcleos de Educação Infantil Municipais (Neims) Mateus de Barros e Hermenegilda Carolina Jacques. Para aqueles que vivenciam os momentos na natureza, as lembranças permanecem na mente, como é o caso de Pedro Martinelli Custódio Delle, 11, da Escola Básica Municipal (EBM) Professora Herondina Medeiros Zeferino. “Entramos no manguezal, algumas pessoas até plantaram mudas de mangues. O que achei mais interessante, como era um líquido lodoso, em algumas horas parecia que estava me afundando na lama. O que eu acho mais interessante, mais chamativo, foi a diferença do ar. Lá era muito mais puro que aqui. Gostei muito da experiência”, menciona o jovem, que conheceu a Estação de Carijós. Houve quem construiu uma nova ideia sobre o ecossistema após a experiência de campo. “Não sabia muito sobre mangues, eu nunca tive interesse, porque para mim mangue não era uma coisa legal, mas quando eles começaram a mostrar, a falar sobre os mangues, a importância, achei muito incrível. Vale super a pena ir lá para descobrir mais sobre os mangues”, pontua Amanda Moretti Soares, 14, da EBM Virgílio dos Reis Várzea.

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/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

Creche da Capital trabalha cultura afro-brasileira com ícone catarinense Festival de Jogos “Rede em Movimento” apresenta os campeões O Festival de Jogos “Rede em Movimento”, promovido pela Secretaria Municipal de Educação (SME) de Florianópolis, já conheceu seus primeiros campeões. O evento, que acontece até o dia 27 de novembro, tem por finalidade promover, por meio de práticas esportivas, a integração entre as escolas e a socialização e a ampliação de oportunidades de participação em competições. Ao todo, são 21 escolas e mais de mil estudantes inscritos. O torneio começou no dia 19 de setembro com o tênis de mesa. Participaram 76 adolescentes de 14 escolas. Destaque para a Escola Básica Municipal (EBM) Acácio Garibaldi São Thiago, da Barra da Lagoa, que conquistou dois primeiros lugares: um no masculino (11 a 13 anos), e outro no feminino (14 a 16 anos), sob a supervisão da professora Carine Monteiro. O “Rede em Movimento” é promovido e organizado pela Diretoria de Educação Fundamental da SME e professores de Educação Física que atuam nos Projetos de Práticas Corporais das Unidades Educativas.

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Dando continuidade ao projeto de Educação das Relações Étnico-Raciais (ERER), tema abordado ao longo do ano letivo no Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Doutora Zilda Arns Neumann, no Carianos, foi realizada uma contação de histórias com os pequenos referindo-se à trajetória de Antonieta de Barros. Por intermédio do livro “Antonieta”, da autora Eliane Debus, a criançada conheceu um pouco sobre a trajetória da professora, jornalista, primeira deputada catarinense e negra do Brasil. Antonieta de Barros travou batalhas em prol de uma educação de qualidade e pela valorização dos docentes. É de autoria dela, nos anos 1940, a lei que instituiu o 15 de outubro como Dia do Professor e feriado escolar. Em 1963, o presidente da República, João Goulart, tornou a data nacional. Logo após, as crianças participaram de uma oficina de pintura facial e aprenderam sobre as máscaras africanas e a história por trás de cada uma delas.


Crianças de Neim em Florianópolis produzem brinquedos a partir de história infantil Os 16 pequenos de um a dois anos (grupo 2B) do Núcleo de Educação Infantil Municipal (Neim) Almirante Lucas Alexandre Boiteux, da Secretaria Municipal de Educação de Florianópolis, no Centro, produziram seus próprios sereios de brinquedo, inspirados no conto “O Pequeno Sereio”, de Janaina Tokitaka. A atividade fez parte da oficina de bonecas(os) negras(as) “Costurando materialidades para uma prática antirracista”, promovida pelo Núcleo de Formação, Pesquisa e Assessoramento da Educação Infantil (NUFPAEI) e desenvolvida em sala pela professora Pricila Vieira em conjunto com as docentes Daiany Justina, Nara Nei Benatti e Dayani Cristini Canarinis. “As literaturas trabalhadas em sala trazem, de uma forma lúdica, temas como a diversidade étnico-racial, o imaginário infantil e a diversidade de gênero”, diz Pricila. O objetivo é desenvolver, desde a infância, narrativas e brincadeiras representativas das culturas africanas e afro-brasileiras, contribuindo, desta forma, para a construção de identidades afirmativas. “Ao interagir com colegas de diferentes origens e com propostas que valorizem essa diversidade, as crianças aprendem a valorizar as semelhanças e diferenças, desenvolvendo uma compreensão mais profunda da riqueza cultural que compõe nossa sociedade”, enfatiza a professora.

Quatro unidades educacionais da rede municipal de ensino de Florianópolis participam do projeto Ciências Atmosféricas na Escola. O programa é desenvolvido pela Escola do Mar, da Secretaria de Educação da Capital, em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Estudantes de nove a 14 anos e professores fazem observações da atmosfera e da biosfera local e compartilham as análises em um portal de dados do Globe da Nasa — programa internacional de ciência e educação para promover a alfabetização científica. Este projeto permite não apenas atividades de investigação, mas proporciona uma cooperação internacional de várias escolas do mundo. Conforme a professora Rosangela Teixeira Garcia, coordenadora da Escola do Mar, fazem parte do projeto Ciências Atmosféricas as escolas básicas municipais Virgílio dos Reis Várzea (Canasvieiras), Osmar Cunha (Canasvieiras), Dilma Lúcia dos Santos (Armação do Pântano do Sul) e Zulma Freitas de Souza (Ratones). Pelo projeto são feitas a medição da pressão atmosférica, a temperatura do ambiente e da superfície, a umidade relativa do ar, a precipitação e o pH da chuva, bem como identificação dos tipos de nuvens e rastros de aviões. São realizadas igualmente as avaliações da biosfera com estimativas de altura de árvores, de troncos e de biomassa de carbono. Todas as unidades receberam um kit para análise da atmosfera e da biosfera disponibilizado pelo professor Renato Ramos, do Laboratório de Clima e Meteorologia da UFSC.

Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação

Estudantes da rede municipal participam de projeto para aprender sobre mudanças climáticas

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/ EDUCAÇÃO PARA TODOS

Como promover a educação inclusiva nas escolas? Para possibilitar a troca de experiências e incentivar atividades inovadoras, profissionais da rede municipal discutem a inclusão e o que pode ser feito em sala de aula O que você vai encontrar por aqui: gestores e diretores participam de debates, palestras e lançamento de livro sobre educação inclusiva.

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Tempo de leitura: 6 minutos POR ANA CAROLINE ARJONAS


É na sala de aula que acontece a troca de experiências e a busca pela inclusão

diagnóstico ou deficiência. É entender e conhecer aquele sujeito, quais são as necessidades e os recursos de acessibilidade que ele precisa”, completa Ana. No caso das diretoras Pamella Tolentino, Lucimara Andrade Martins e Katia Regina Costa, dos Neims João Machado da Silva, Morro da Queimada e Irmão Celso, respectivamente, o conhecimento adquirido no seminário deve ser compartilhado com todos, promovendo debates e instigando inovações. “Procuro usar os dias de reunião pedagógica. Pego tudo que foi passado e tento fazer um apanhado geral, levar sugestões de livros, vídeos, obras que tenham sido citadas. Falo da importância de trabalharmos a inclusão”, diz Pamella, que estimula a busca por obras que podem ser apresentadas aos pequenos. Mesmo que somente os gestores e diretores sejam os convidados, Lucimara acredita que os ensinamentos devem ser compartilhados com a equipe. “Por mais que a gente socialize, essa questão é ele (professor) que está próximo, está ouvindo. É um tema que eu acho que tem que passar por todos os profissionais da unidade, independente de ser professor ou diretor”, expõe a diretora. No caso de Katia, as novidades também são compartilhadas nas reuniões e a expectativa é que haja mais encontros para todos os profissionais da rede. Para quem organiza e acompanha tudo o que é compartilhado, existe uma crença que permanece: a de que todos saem diferentes de como entraram. “Acho que toda formação é para isso, para repensarmos e refletirmos as nossas práticas, repensar a atuação e se identificar com as propostas dialogadas, o paradigma de uma escola aberta de diferenças, o paradigma da própria inclusão, porque precisamos entender que, além da legislação, podemos trabalhar com mais cuidado, uma ética do cuidado, com amor a esse estudante”, finaliza Ana.

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Fotos: Radilson Carlos Gomes/Divulgação

Pensar em um ambiente que seja capaz de abranger todas as diferenças e proporcionar uma convivência focada no aprendizado e nas mudanças é o desafio daqueles que estão à frente das salas e das unidades educativas. No entendimento entre as singularidades e aquilo que é válido para cada estudante, é essencial proporcionar conversas e práticas que coloquem em destaque o convívio e a importância da diversidade. Para aproximar os profissionais da rede municipal e compartilhar aquilo que tem sido feito nas escolas e Núcleos de Educação Infantil Municipais (Neims), professores e diretores participaram de seminário sobre educação inclusiva. As apresentações foram oportunidades para expor a rotina nas unidades educativas, diálogos que acompanharam o lançamento do livro “Educação inclusiva: fatos, fotos e fundamentos”. A obra foi pensada e organizada por Rosângela Machado, doutora em educação; Ana Paula Felipe, gerente de Educação Especial; e Mauricio Fernandes Pereira, ex-secretário de Educação do município. Realizado todos os anos, o evento é pensado para aqueles que fazem a transformação no dia a dia. “Esses profissionais são quem fazem a organização do trabalho dentro da unidade, quem pensa no planejamento junto ao professor. Temos que pensar em personagens que vão conseguir ser multiplicadores”, explica Ana, que acredita na relevância de espaços como esses. “É parar para pensar sobre as nossas bases, e eu acho que isso é importante: precisamos parar para estudar e refletir juntos.” Mais que mapear as atividades que estão sendo feitas ou a forma como cada unidade promove a integração e a inclusão, é por meio de relatos e experiências que o cuidado ganha forma, mostrando que é possível fazer diferente. “A educação inclusiva, independente do nível de ensino em que a pessoa está, parte do princípio das diferenças. Não temos que ficar presos a um


/ CAPA

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Foto: Jr.Somensi

O que você vai encoaqntuira: r por

jovens e crianças testam a aptidão com a música em festival promovido pela Secretaria Municipal de Educação.

POR ANA CAROLINE ARJONAS Tempo de leitura: 14 minutos NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 19


Foto: Daiara Camilo/Divulgação

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Foto: Daiara Camilo/Divulgação

Pietra marcou presença ao som de “Vamos Moreninha”

20 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / NOVEMBRO 2023


Depois foi um ensaio com a banda”, conta o educador, um dos responsáveis pela produção do festival. Na descoberta entre as vozes e os estilos musicais, os estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) e os integrantes do Bairro Educador também marcaram presença, ampliando os repertórios. Para quem esteve atrás das cortinas, o senso coletivo prevaleceu. “Era para ser uma atividade lúdica, não uma competição. Então, apesar de ter uma classificação, era para se sentir parte desse processo, ter a experiência de ter todo um composto que pudesse acompanhar, ter a experiência de subir num palco e ser ouvido, aplaudido, ter o acompanhamento instrumental”, analisa a chefe de Divisão das Bibliotecas Escolares e Comunitárias, Waleska Regina Becker Coelho de Franceschi. Além de compreender como as notas e instrumentos podem impactar na mudança da voz, a oportunidade é essencial para aproximar os estudantes da arte, entendendo que a produção e a avaliação são processos democráticos e que devem ser assimilados por todos. “A questão essencial para nós não é competição, quem vai ganhar ou perder, mas a oportunidade que nós estamos dando para que esses talentos se revelem, e que sejam, no futuro, figuras ilustres da música”, aponta o secretário adjunto Luciano Formighieri, que enxerga no encontro uma oportunidade para trabalhar as questões socioemocionais, enaltecendo o protagonismo. No poder de tocar e transformar, característico da música, a humanização é outro ganho dividido entre estudantes, diretores e família — aqui a comunidade observou os talentos e compreendeu as diversas manifestações das produções. “A arte é um patrimônio da humanidade, então não podemos ter medo de cantar, de pegar um instrumento musical e tentar tirar umas notas, de fazer uma pintura, uma escultura”, salienta Rodrigo. Para Waleska, que fez parte do planejamento e pôde acompanhar a participação dos próprios filhos no festival, na banda Esconderijo Bayber, a vivência transcende as barreiras sociais e culturais. “É um movimento de paz e humanização. É poético”, conclui. E na troca entre quem é daqui e aqueles que vieram de outros Estados ou países, o principal ganho foi fazer do ensino uma vitrine para a sociedade. “Quando aproximamos a família da escola, quando trazemos cultura, cidadania, arte, política de pais, vencemos a violência e a intolerância”, pontua Luciano.

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Fotos: Jr.Somensi

Foto: Larissa Cavalheiro/Divulgação

Falar sobre cultura sem levar em consideração os sentimentos e sensações que são compartilhados é uma missão quase impossível. Seja pela emoção de estar no palco, a adrenalina de escutar o acorde do equipamento preferido ou pelo gosto de ficar com o microfone em mãos, é por meio das artes que muitos conseguem traduzir e externalizar opiniões, pensamentos e posicionamentos. Diante de todas as formas de expressão, a música é uma das alternativas mais plurais. Com diversos gêneros, toques e influências, as palavras cantadas geram reações e respostas, dependendo do momento ou da forma como são apresentadas. Em Florianópolis, crianças e estudantes da rede municipal puderam sentir na pele as impressões causadas por cada apresentação no primeiro Festival Escolar da Canção Poeta Zininho. Com três etapas (local, regional e final), o espaço foi de diversidade cultural — na primeira seleção, feita nas unidades educativas, a escolha de como o processo foi realizado partiu de cada equipe. Para democratizar a participação, os jovens foram divididos em três categorias: “pimpolho”, para aqueles entre cinco e nove anos; “juvenil 1”, entre dez e 14 anos; e “juvenil 2”, para quem tem 15 anos ou mais. Com 373 inscrições, as apresentações foram individuais, em duplas ou trios, escolha que ficou de responsabilidade das crianças e estudantes. Na avaliação, feita por professores de música, teatro, dança, artistas e produtores culturais, foram levados em consideração três quesitos: afinação e técnica vocal, carisma e presença de palco e interpretação e criatividade. “Tem uma comissão avaliadora no dia do evento. Eles dão uma pontuação de seis a dez para cada um desses critérios, depois fazemos uma média”, explica o professor pedagógico das artes Rodrigo Cantos, que enaltece a transformação que o festival foi capaz de fazer — seja nas escolas ou na trajetória profissional. Mas se engana quem pensa que o processo contou apenas com a escolha da música e a ida ao local da apresentação. Na verdade, aqueles que marcaram presença nas competições também estiveram no ensaio, momento adequado para afinar o tom e descobrir se a música escolhida era compatível com o perfil vocal. “Tinha uma sala de aquecimento corporal, uma conversa de motivação, para explicar como seria o evento, depois passaram por uma outra sala de aquecimento focado na voz, ritmo e corpo, em que eles treinaram com instrumento musical e microfone.


Foto: Larissa Cavalheiro/Divulgação

/ CAPA

Vencedores do festival

Palco e espaço para todos Aqueles que participaram da final do festival acompanharam de perto a transformação da estudante com síndrome de Down Pietra Neuza Coelho da Silva, 13, sétimo ano. Com o microfone em mãos e a vontade de acompanhar cada estrofe da música “Vamos Moreninha”, do Boi de Mamão, a performance foi exemplar - prática que faz parte do dia a dia da Escola Básica Municipal (EBM) Maria Tomázia Coelho. “Na primeira vez que ela subiu no palco para cantar foi uma emoção muito grande. Eu me senti muito satisfeita”, comenta a mãe, Neuza Catarina Coelho da Silva, que salienta o incentivo das professoras. Para quem acompanha a evolução da adolescente, cada avanço é uma conquista na caminhada, seja no palco ou na sala. “Percebi quantas coisas ela conquistou. Ela era uma menina mais fechada e, de repente, desabrocha, de uma hora pra outra ela acorda e tem muita coisa para proporcionar”, comenta a professora auxiliar do Atendimento Educacional Especializado (AEE) Joelma Cenedi dos Santos, de quem Pietra faz questão de falar todos os dias, como diz a mãe Neuza.

Talentos de todas as idades e lugares Para os novos moradores, que ainda estão conhecendo a cidade, o evento foi uma oportunidade para apresentar aquilo que foi aprendido em família, caso dos pais Marta Aparecida Sanches e Anderson Sanches, que viram a filha, Ana Clara Sanches, 11, quinto ano, interpretar a canção “Romaria”. Para a família vinda de Londrina, Paraná, a emoção foi mútua, sentimento dividido com o público. “O nervosismo bate mais, a ansiedade, nervosismo bate tudo junto. Comecei a cantar aos quatro anos”, comenta a estudante da EBM Costa de Dentro. No caso da mãe, cada etapa significou uma nova descoberta. “Cada apresentação foi uma surpresa, porque escutamos ela cantando no carro, ouvimos aquela vozinha, mas no palco é um sonho realizado, muito lindo. Essa escola só trouxe alegria”, finaliza Marta. O Bairro Educador também contou com representantes, responsabilidade que ficou com Eduardo Henrique Capestrano, 12, sétimo ano. Ao som de “Aleluia”, foi possível sentir a emoção em cada nota. “Foi fantástico, foi muito especial, uma oportunidade enorme. Eu senti no coração de cantar essa”, comenta o estudante, que foi abraçado pela professora Isabel Cristina de Sousa e Raquel Carolina Silva, da diretoria de Educação Infantil. O palco também foi o momento de apresentar canções autorais, opção de Gabriel Cardoso Souza, do Centro de Educação Popular (CEDEP). Embalado pelo rap e a representatividade do som, o jovem não teve medo de tornar público aquilo que escreve e a forma de pensar, sendo um dos campeões da primeira edição.

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Foto: Daiara Camilo/Divulgação

O poeta Zininho

De olho nos ganhadores Confira a lista dos estudantes que foram premiados na final do Festival Escolar da Canção Poeta Zininho — os ganhadores e as unidades educativas receberam microfone e caixa de som.

Categoria pimpolho Primeiro lugar: Nawton Gilvane Bastos, da EBM Antônio Paschoal Apóstolo. Segundo lugar: Rodrigo Leandro Bazzo e Beni Baschirotto Zanchi, da EBM João Francisco Garcez. Terceiro lugar: Amanda Marques Cortes Real, da EBM Darcy Ribeiro.

Categoria juvenil 1 Primeiro lugar: Júlia Jorge de Souza, da Escola do Futuro - Tapera. Segundo lugar: Maurício Alves Carvalho Júnior, da EBM Virgílio dos Reis Várzea. Terceiro lugar: Victor Gabriel Rodrigues, da EBM Herondina Medeiros Zeferino.

Categoria juvenil 2 Primeiro lugar: Gabriel Cardoso Souza, do Centro de Educação Popular (CEDEP). Segundo lugar: Amabilli Victória da Silva Benck e Yasmin da Silva Afonso, da EBM Osvaldo Machado. Terceiro lugar: Kaleo Ataides Nunes Rocha, da EBM Intendente Aricomedes da Silva. Os pais Marta e Anderson prestigiam Ana Clara no festival

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Fotos: Jr.Somensi

Cláudio Alvim Barbosa, conhecido como Zininho, nasceu em 1929 em Biguaçu e deixou como legado na história acordes e letras que marcaram época. O samba, o rádio e a música estiveram presentes nos 69 anos de vida. Na trajetória pautada pelas canções, foi o autor de clássicos como “Rancho do amor à ilha”, hino de Florianópolis, “Rancho do amor à vida” e “Princesinha da ilha”. Pela relação com a cidade e o papel na cultura catarinense, Zininho foi o nome escolhido para o primeiro festival da rede municipal, uma homenagem ao eterno poeta.


/ DIVERSÃO

QUEM É VOCÊ? Siga as dicas e descubra o nome de seis personagens

Dicas: 1 Sofia e Alice usam acessórios no cabelo e possuem olhos azuis. 2 Beatriz, Leonardo e Matheus têm olhos castanhos. 3 Daniel e Sofia são loiros. 4 Beatriz e Matheus estão sorrindo. 5 Daniel tem o cabelo cacheado. 6 Leonardo e Matheus estão de boné. 7 Beatriz não está com o cabelo solto e nem de acessório. 8 Alice não tem o cabelo castanho e nem loiro.

Resposta:

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/ CULTURA POP

UM NOVO CAPÍTULO DIRETO DO PASSADO Entenda o que são as prequels, cada vez mais populares no cinema POR GUSTAVO BRUNING Você já parou para pensar que, em algumas histórias, muita coisa já se desenrolou antes mesmo de embarcarmos no primeiro capítulo ou cena? É aí que surgem as prequels, novos livros ou filmes situados antes da história que já vimos e que exploram esses acontecimentos do passado. Ao contrário das sequências, que mostram o que decorre no futuro, as prequels costumam trazer histórias de origem e apresentar versões mais jovens dos personagens com os quais já estamos familiarizados. Elas nos dão a chance de entender como eles se tornaram aqueles que conhecemos quando os vimos pela primeira vez e a bagagem que carregam. O cineasta George Lucas só foi lançar “Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma”, a primeira prequel de sua saga mais famosa, 22 anos após o primeiro longa. Anos após a estreia da franquia no cinema, o capítulo inicial, ”Star Wars”, de 1977, foi renomeado para receber o subtítulo “Episódio IV - Uma Nova Esperança”. Já a franquia X-Men, iniciada em 2000, ganhou um novo gás com a chegada da prequel “X-Men: Primeira Classe”, em 2011. Essa aventura permitiu vermos como a equipe de mutantes se formou e, em suas continuações, presenciamos as mudanças ao longo das décadas.

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JÁ VIU ESSAS 7 PREQUELS?

1. “Universidade Monstros” 2. “Rogue One: Uma História 3. “Jovem Sheldon” (2013, Livre) Star Wars” (2016, 12 anos) (2017, 12 anos) Lançada 12 anos após “Monstros S.A.”, essa animação conta como Mike e Sulley se conheceram na faculdade.

O longa revela como foi a missão para roubar os planos da Estrela da Morte, que desencadearam os eventos de “Star Wars: Episódio IV - Uma Nova Esperança”, de 1977.

A série acompanha a infância do personagem mais divertido de “The Big Bang Theory”, que foi ao ar entre 2007 e 2019, mostrando a relação do prodígio Sheldon Cooper com a família.

Palavra adotada A palavra prequel, segundo o dicioná-

4. “A Pequena Sereia: A 5. “Animais Fantásticos e História de Ariel” (2008, Livre) Onde Habitam” (2016, 12 anos) O terceiro filme dessa princesa da Disney volta no tempo para apresentar como era o reino subaquático de Atlântida antes de Ariel conhecer o príncipe Eric, no longa de 1989.

Ambientada 70 anos antes de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, de 2001, essa prequel traz as aventuras do magizoologista Newt Scamander em Nova York.

6. “Gato de Botas” (2011, Livre) 7. “Cruella” (2021, 12 anos) O valente gatinho que conquistou corações em “Shrek 2”, de 2004, estrela uma aventura solo que antecede o encontro com o ogro.

Em um longa ambientado décadas antes de Cruella de Vil se tornar obcecada por dálmatas, vemos como a personagem de Emma Stone se tornou uma estilosa e temida vilã.

rio inglês Oxford, teve seu primeiro uso em 1958. Ela combina o prefixo “pre” com “sequel” (sequência), formando um neologismo para explicar uma trama que antecede outra, mas está sucedendo-a em seu lançamento. Em português, é comum ver palavras como “prelúdio” ou “prólogo” sendo utilizadas para representar uma prequel, mas ambas têm significados distintos do termo em inglês. “Prequência” e “prequela” foram adotadas informalmente na internet, mas nenhuma foi oficializada na nossa língua. Com a ampla adoção de prequel, temos aí mais um caso de estrangeirismo.

EmUma qual ordem assistir? discussão pertinente entre fãs de

franquias tem a ver com a ordem correta para maratonar os filmes quando há uma prequel envolvida. O ideal seria assistir tudo na ordem de lançamento ou colocar a prequel no começo da fila para curtir a história em ordem cronológica? Em muitos casos, a história das prequels só é criada após o sucesso da primeira obra, de forma a expandir tal universo e personagens. Isso significa que a trama original, portanto, pode muito bem funcionar por si só. Por outro lado, acompanhar a evolução vendo o tempo passar no mundo da ficção pode ser uma experiência divertida. Não há um certo ou errado quanto à ordem para assistir aos filmes e suas prequels, apenas maneiras diferentes de acompanhar essas obras. Como você prefere? NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 27


/ WI-FI

14 APLICATIVOS

DE EDIÇÃO PARA FOTOS, VÍDEOS E ÁUDIOS POR LUCAS INÁCIO

Editar é uma arte. É como talhar uma madeira até transformá-la em uma escultura ou juntar elementos para montar uma escultura de lego, por exemplo. Em resumo, é unir uma ideia ao material bruto e transformar isso em algo. Porém, nesse processo é necessário ter muitas outras ideias para se chegar ao objetivo: ter um produto final que alcance o objetivo inicial. Edição tem tudo a ver com comunicação e se dá nas mais diversas formas de fazer isso. Em textos, edições podem virar notícias, livros, revistas. Quando o assunto são imagens, transformam-se em fotos ou artes visuais. No caso dos áudios, pode virar uma música, um podcast, uma audionovela, uma vinheta. Por sua vez, se forem estendidas a vídeos, viram um clipe, um filme ou documentário, uma telenovela ou uma vinheta. E todas estas (e outras) mídias unidas podem se tornar um site. São muitas possibilidades e, justamente por isso, é uma função que explora e depende diretamente da criatividade, mas não somente dela. Dominar as ferramentas é algo importante e elas estão cada vez mais avançadas, seja para simplificar nossa vida, seja para deixar o resultado em alto nível. Por isso, aqui vão algumas dicas de bons editores para você — com exceção do texto, que aí o bom e velho Word, o Google Docs ou até o corpo do próprio e-mail ajudam. 28 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / NOVEMBRO 2023


Edição de fotos Todo mundo quer sair bem numa foto e a edição é importante nisso, mas não faz milagre. Então aqui fica o aviso: quanto melhor a foto original, maiores são as possibilidades da edição. Mas se você quer melhorar aquela foto, o Remini usa inteligência artificial e pode te ajudar, inclusive em sua versão gratuita. E se você faz muitos vídeos, mas sempre esquece de tirar fotos, o iDrip se junta ao Redimi nessa. Tendo isso em mãos, você pode começar a colocar uns bons filtros, mexer no contraste, saturação, melhorar o brilho (os próprios celulares já trazem editores de fotos nativos para as funções básicas, e a maioria dá conta do recado). Mas se você quer mais recursos, o Snapseed é um bom começo para um aplicativo de edição de fotos e gratuito. A outra opção é o Lightroom, da Adobe, que é pago, mas tem bons recursos na versão gratuita. Para finalizar, vamos falar da criação de artes, área em que não há como deixar de falar do Canva, um pioneiro e, talvez, o mais conhecido dos sites gratuitos para edição de imagens. Você pode editar fotos aqui, mas a plataforma é mais para montagem de imagens mesmo: criar artes, apresentações, cartazes e banners. Dá para fazer muita coisa. Com seu sucesso, começaram a aparecer alternativas, e a maior do momento é o Adobe Express, site gratuito da gigante empresa que chega para competir, com uma ajudinha da Inteligência Artificial.

Edições de áudio O rádio é uma das mídias mais antigas do mundo e, apesar de muitos decretarem a possível extinção deste formato numa era em que quase todo mundo pode filmar, o áudio está mais vivo do que nunca. Os podcasts deram uma nova vida a isso — e a música, convenhamos, nunca deixou de ser essencial. Começando pela edição dos áudios falados, para gravar você pode usar o ASR, que permite escolher a qualidade do áudio, forma de captação, abafador de ruído, entre outras funções. Para edição tem o Lexis, que é gratuito, e o WaveEditor, que oferece bons recursos de graça e tem outros avançados na versão paga. Agora, se você quer editar músicas (sim, é possível fazer uma música pelo celular), nossas dicas para isso são o BandLab e o n-Track, que é bem completo mesmo em sua versão gratuita. Dá para usar esses aplicativos até para editar podcasts. São ótimas saídas para trabalhar sua criatividade, especialmente se você entende de música.

Edições de vídeo Gravar no celular não é mais uma questão de praticidade: é uma necessidade. Um gênio do cinema brasileiro dos anos 60 chamado Glauber Rocha tinha o lema: “Uma câmera na mão e uma ideia na cabeça”. Certamente ele ficaria deslumbrado com o que se pode fazer hoje em dia com um celular na mão. Com isso, as ideias e a criatividade continuam sendo o mais importante, pois os recursos estão em mãos e de forma gratuita. Sobre editores de vídeo, vamos começar pelo queridinho Capcut. Criado para servir ao TikTok (e cheio das trends), esse aplicativo traz muita coisa de forma intuitiva e com uma comunidade bem assídua. Sua versão gratuita tem cada vez mais limitações, mas ele resolve muito — só lembrem de tirar o clip de assinatura do Capcut no final. Outro que surge bem nessa ideia é o VN Video Editor, que trabalha com várias faixas e roda bem até em celulares um pouco mais antigos, mostrando ser um aplicativo leve. Nessa pegada, e também muito popular, nossa última dica é o InShot, ideal para quem está começando por sua facilidade e grande quantidade de tutoriais que tem na internet. Esse aplicativo está há anos no mercado e continua sendo um dos melhores, mesmo gratuito.

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/ CURIOSIDADES

ONDA DE CALOR: COMO EXPLICAR O AUMENTO DA TEMPERATURA? POR MAI BILENKI

Este ano o inverno no Brasil foi diferente. Em plena estação mais fria, algumas cidades — como o Rio de Janeiro e Cuiabá — chegaram a marcar temperaturas acima dos 40º. Mas isso não está acontecendo só no Brasil. Entre junho e julho, o hemisfério Norte enfrentou um dos verões mais quentes já registrados. Países como França, Alemanha e Holanda também marcaram temperaturas acima de 40º, o que gerou uma alta demanda por socorro de pessoas com problemas cardíacos causados pelo calor. Além disso, algumas regiões da Grécia foram atingidas por incêndios florestais. Mas quais fatores estão relacionados com essa onda de calor? Para o World Weather Attribution (WWA), o calor registrado nesse período só ocorreu por conta de ações da humanidade, como a queima de combustíveis fósseis e o desmatamento de regiões tropicais como a Amazônia. Além disso, a agricultura intensiva e a industrialização também são fatores importantes que contribuíram para a aceleração do aquecimento global nos últimos anos. Mas e agora, como serão os próximos capítulos dessa história? 30 ITS TEENS - FLORIANÓPOLIS / NOVEMBRO 2023


AGRAVAMENTO DE PROBLEMAS DE SAÚDE O aquecimento global leva ao aumento das temperaturas médias em todo o mundo. Isso pode resultar em dias mais quentes durante o verão, tornando o clima desconfortável e potencialmente perigoso para a saúde, especialmente em regiões já quentes. Mudanças climáticas podem aumentar a disseminação de doenças como malária e dengue. Além disso, condições meteorológicas extremas podem causar lesões e doenças e agravar problemas de saúde existentes — sem contar o desconforto, a desidratação e a exaustão por calor.

MUDANÇAS NOS PADRÕES DE CHUVA O aquecimento global pode alterar os padrões de precipitação, resultando em secas prolongadas em algumas áreas e chuvas intensas em outras. Isso afeta a disponibilidade de água doce, podendo levar a problemas de abastecimento, impactando o dia a dia das pessoas, a agricultura e a produção de alimentos.

AUMENTO DO NÍVEL DO MAR O derretimento das calotas polares e das geleiras, juntamente com a expansão térmica da água do mar devido ao aquecimento, contribui para o aumento do nível do mar. Nesse cenário, o principal desafio é a ameaça causada às áreas costeiras, que pode resultar em inundações frequentes, destrutivas e irreversíveis.

IMPACTOS NA AGRICULTURA E NA SEGURANÇA ALIMENTAR As mudanças nos padrões de chuva, bem como o aumento das temperaturas, afetam a agricultura. Impactos na produtividade das colheitas e no aumento de pragas e doenças que afetam as plantas são algumas das possibilidades das áreas atingidas. Por esses e outros motivos, as alterações climáticas podem perturbar a disponibilidade e a distribuição de alimentos, o que pode resultar em aumentos de preços e escassez de alimentos em algumas regiões.

PERDA DE BIODIVERSIDADE E INFRAESTRUTURA Mudanças climáticas podem ameaçar a biodiversidade, causando a perda de hábitats e impactando espécies vegetais e animais e causando implicações em toda a cadeia ecológica local. Eventos climáticos extremos e inundações costeiras também podem causar danos à infraestrutura, como estradas, pontes e edifícios. Isso pode resultar em custos significativos de reparo e reconstrução para o Estado e para as pessoas.

DESLOCAMENTO DE POPULAÇÕES Em casos extremos, em que o nível do mar sobe e as condições climáticas extremas se tornam mais frequentes, as populações em áreas vulneráveis podem ser forçadas a se deslocar de suas casas e comunidades. Para além dos problemas de clima, isso pode causar outros transtornos sociais.

FENÔMENO EL NINÕ O El Niño é um fenômeno climático que ocorre periodicamente, caracterizado pelo aquecimento das águas superficiais do Oceano Pacífico tropical. Ele afeta os padrões climáticos globais, causando secas, chuvas intensas e tempestades em diferentes regiões do mundo. À medida que as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera aumentam, a temperatura média da superfície do oceano também se eleva. É isso que influencia a intensidade dos eventos El Niño, que geram muita destruição por todo o globo.

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Rap dos bons de bola

/ COMPOSIÇÃO AUTORAL

RODRIGO LEANDRO BAZZO E BENI BASCHIROTTO ZANCHI PARTICIPANTES DO FESTIVAL ESCOLAR DA CANÇÃO E ESTUDANTES DA EBM JOÃO FRANCISCO GARCEZ

Me chamo Rodrigo, já chego dando lambreta, Vou mandar um chute e acerto na gaveta. Torço pro Flamengo, meu time de coração, Ele tá jogando e ganhando de montão. Eu me chamo Beni, já chego metendo bike. Eu gosto do Messi, mas prefiro o Van Dijk. Com esses dois nomes eu já tô ficando craque, Hoje eu vou jogar e vou jogar calçando Nike. Amanhã tem jogo final de campeonato, Só entra no estádio quem é bem torcedor nato. Nosso time inteiro é melhor que o Ronaldo, Nossa escalação é Dudu, Beni, Digo e Paulo. ‘Vamo representa’ muito bem a nossa escola, Quem estuda nela só pode ser bom de bola. Somos Beni e Rodrigo já ‘tamo’ dando adeus, Porque no futebol nós somos quase semideus. (Rodrigo e Beni, lendas do futebol) (Quase semideus).

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Foto: Leo Munhoz/Divulgação

/ SOU MANÉ

Teatro Governador Pedro Ivo Localizado no bairro Saco Grande, o Teatro Governador Pedro Ivo possui um espaço com capacidade para 520 pessoas e um sistema moderno de iluminação, assim como um elevador que leva o indivíduo do fosso até o palco. No local são realizadas cerimônias, capacitações, treinamentos, espetáculos e eventos culturais.

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/ DONOS DA LÍNGUA

Você sabe o que é

cacofonia?

POR REDAÇÃO ITS TEENS COM REVISÃO DE RENATA LOPES PEDRO

Você já escreveu um texto e, na hora de ler em voz alta, percebeu que ele soava estranho? Existem certas palavras que, quando lidas em sequência, fazem um som desagradável ou engraçado. O nome disso é cacofonia, que é considerado um vício de linguagem e por isso deve ser evitada em textos formais, apresentações e entrevistas.

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Cacófato

A forma mais comum de cacofonia é o cacófato — quando a junção entre a sílaba final de uma palavra e a inicial da palavra seguinte formam um terceiro termo totalmente diferente. Pedi para meu pai me dar uma mão com meu dever de casa. (Mamão) Eu amo ela, somos melhores amigas desde a infância. (Moela) Depois de meses economizando, ela tinha dinheiro suficiente para comprar o ingresso que tanto queria. (Latinha) Quando a professora perguntou, a turma toda colocou a culpa nela. (Panela) Quando me perguntaram onde Márcia estava, falei que vi ela lendo no pátio. (Viela) Perdi meu brinco favorito no parque, desde então, só uso joias em ocasiões especiais. (Dentão)

Eco

Sabe quando você acaba rimando sem querer, em um texto que não requer rimas? Esse acontecimento tem nome e se chama eco: Certamente isso é algo que ela faz constantemente. Quando o filho da vizinha me disse que não tinha lanchado ainda, fui até o portão para lhe dar um pedaço de pão. Quando fiquei sozinho com o rei, falei tudo que estava pensando. Saí para comprar mel, e quando voltei para o hotel vi que havia perdido meu anel. Você precisa se acalmar, tire um tempo para pensar e tomar a decisão certa. Pedi para o meu irmão prestar atenção, mas foi em vão.

Aliteração

Muito usado nos famosos trava-línguas, a aliteração acontece quando existem várias palavras que começam com o mesmo fonema, como nos seguintes exemplos: O rato roeu a roupa do rei de Roma. A freira foi à feira comprar frutas frescas. Os sinos soam solenemente. O vento veio violento. Ouvi o berro do bezerro vindo do aterro. Quem com ferro fere, com ferro será ferido.

Como evitar a cacofonia?

Por ser um vício de linguagem que está muito presente na nossa linguagem informal, às vezes ele passa despercebido na hora de escrever um texto sério. Mas fique tranquilo, pois separamos algumas dicas para você. Confira: Leia o texto em voz alta: como a definição de cacofonia é “algo que soa desagradável”, é fundamental ler seu texto em voz alta. Dessa forma é possível identificar se alguma frase está fazendo um som diferente do esperado. Se familiarize com os principais cacófatos: a melhor forma de evitar é conhecer. Pesquise quais são os mais comuns, que causam os sons mais engraçados e estranhos, assim fica mais fácil passar longe dos cacófatos. Conheça sinônimos: caso você identifique alguma cacofonia e não consiga reformular a frase, é importante conhecer sinônimos para poder substituir a palavra que está causando o problema.

Você sabe o que é eufonia? Eufonia é o contrário de cacofonia, ou seja, é quando uma sequência de palavras forma um som agradável aos ouvidos. NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 35


/ GALERIAS

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CENTRO-CONTINENTE

Fotos: Guilherme Xavier/Divulgação

Para relembrar os melhores momentos do Festival Escolar da Canção, a galeria deste mês mostra os registros que foram destaque nas etapas regionais dos encontros, com muita música, diversão e diversidade cultural. Confira as imagens e aproveite para encontrar os amigos!

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/ GALERIAS

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Fotos: Larissa Cavalheiro e Vitória Morais/Divulgação

NORTE

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/ GALERIAS

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Fotos: Guilherme Xavier/Divulgação

SUL-LESTE

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/ SAIDEIRA

O que tem sido o FESTIVAL DA CANÇÃO da nossa rede? LUCIANO FORMIGHIERI SECRETÁRIO ADJUNTO DE EDUCAÇÃO

Vamos lá que vou te contar. Tem sido um lugar onde os pais se emocionam com os filhos e filhas e choram junto com professores, inclusive nós, da Secretaria de Educação. Tem sido um lugar onde filhos e filhas superam seus temores e falam, com voz e gestos, o que por diversas vezes não conseguiriam comunicar sequer com seus pais. Tem sido um espaço onde aprendemos que quando estamos juntos, construindo cultura, arte e cidadania, vamos fazendo deste mundo um lugar mais justo. Tem sido um lugar onde um pai, que veio embora para Florianópolis com a família dentro de um carro, conseguiu um lugar na escola pra filha e foi lá, chorar conosco compulsivamente, vendo, após tantas dificuldades, ela brilhar, e me dizer no pé do ouvido: “Essa vez eu vou conseguir acompanhar minha filha, o que não consegui com a mais velha, muito obrigado pela oportunidade.” Tem sido um lugar onde algumas crianças chegam cedo pra cantar e (infelizmente) só tem naquele dia a alimentação que oferecemos ali, e com tanta adversidade se apresentam brilhantemente. Tem sido um lugar que está nos fazendo muito felizes em ver a sinergia coletiva que cerca, ver o amor e a esperança que aflora, ver que conseguimos proporcionar o protagonismo adormecido, ou subjugado. Ver que podemos dar oportunidades iguais aos diferentes, criando um espaço de igualdade, tão distante nos dias atuais.

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Foto: Allan Carvalho/Prefeitura Municipal de Florianópolis/Divulgação

/ SOU MANÉ

Praia de Moçambique

Sendo a mais extensa de Florianópolis, a Praia de Moçambique faz parte do Parque Florestal do Rio Vermelho, no Norte da cidade, e não possui nenhuma construção — nem no local, nem no trajeto —, o que a torna um destino especial para aqueles que buscam se conectar com a natureza.

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Revista its Teens Florianópolis nº 20 2023 | R$ 14,85

ONDA DE CALOR: COMO EXPLICAR O AUMENTO DA TEMPERATURA?


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