Depois de um tempinho longe, a gente está de volta! Esta primeira edição da revista vem antes das férias e está recheada de assuntos que conectam o dia a dia da escola com o mundo lá fora.
Tem dicas para fortalecer o corpo com alimentação e vacinação, geometria em tudo, robôs que já fazem parte da nossa rotina e até planetas com várias luas. A gente também visitou hortas e ranchos de pesca e fez foguete caseiro!
Na capa, falamos sobre a Escola em Tempo Integral e como ela pode ser ainda mais inclusiva. E ainda tem um poema lindo dos alunos sobre representatividade. Bora aproveitar essa volta com conteúdo leve, criativo e cheio de ideias boas! Boa leitura! Renata Bomfim
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL
Estagiária
Assistente de Mídia
/conteúdo
Quiz de Matemática A receita do conhecimento
A viagem de Shaozu
Missão saúde: como fortalecer o sistema imunológico
Mentes brilhantes
Do cinema para sua casa: como os robôs fazem parte do nosso dia a dia?
Além da Terra: quais planetas têm luas próprias?
Aprendizado colaborativo
O que o Ideb tem a ver com a sua escola?
O superpoder do açaí, a frutinha roxa que conquistou o planeta!
Luz ao meu olhar
na massa nosso planeta brasilidades galerias diário escolar conhecimentos gerais
Aprendendo sem parar
Por dentro das formas: como a geometria está em tudo
Foguete não tem ré… principalmente um feito com garrafa PET!
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ANALISE AS QUESTÕES A SEGUIR E MOSTRE QUE VOCÊ
É CRAQUE NOS NÚMEROS E NAS FORMAS!
José tinha R$ 150,00. Ele comprou um presente que custou R$ 48,00 e um livro que custou R$ 24,00. Quanto sobrou para José?
a) R$ 72,00
b) R$ 78,00
c) R$ 80,00
Pedro e João jogaram uma partida de bolinhas de gude. No final, João tinha 20 bolinhas, que correspondiam a 8 bolinhas a mais que Pedro. João e Pedro tinham juntos:
a) 28 bolinhas
b) 32 bolinhas
c) 40 bolinhas
Os ângulos formados pelos ponteiros de um relógio às 8 medem:
a) 60º e 120º
b) 120º e 160º
c) 120º e 240º
Considerando as figuras, 1 2 4 5 3
Em uma loja, um tênis que custava R$ 240,00 está com 15% de desconto. Qual é o valor do desconto?
a) R$ 36,00
b) R$ 40,00
c) R$ 44,00
Observe as figuras abaixo:
retângulo quadrado
a) os ângulos do retângulo e do quadrado são diferentes
b) somente o quadrado é um quadrilátero
c) o retângulo e o quadrado são quadriláteros
A VIAGEM DE
Já imaginou descobrir que a história da sua família guarda um mistério mágico e ainda embarcar numa aventura entre dois mundos tão diferentes como a China e o Brasil? Em “A viagem de Shaozu”, o autor Rogério Andrade Barbosa nos leva a uma jornada incrível ao lado de Shaozu, um garoto chinês curioso e corajoso, que acaba se conectando com o passado de um jeito muito especial. Ele descobre que seu tio-avô viveu no Brasil há muitos anos e que deixou como herança um objeto misterioso guardado num estojo de prata: um muiraquitã, um artefato indígena cheio de significado e... com um toque de magia!
Acompanhado de sonhos e visões inspirados em antigas lendas chinesas, Shaozu viaja no tempo e no espaço, revivendo a chegada de seu ancestral ao Brasil durante a construção da famosa Estrada de Ferro Madeira-Mamoré — conhecida por dificuldades e perigos enfrentados por quem trabalhou nela. Imagina só viver tudo isso?
As ilustrações detalhadas de Eduardo Engel ajudam a mergulhar ainda mais nesse universo cheio de cores, culturas e descobertas. A história mistura fatos históricos com fantasia, apresentando curiosidades sobre a imigração chinesa no Brasil e o contato com a cultura indígena brasileira.
Se você curte aventuras, histórias com toques culturais e aquela pitada de magia, essa leitura vai prendê-lo do começo ao fim. Prepare-se para atravessar oceanos e séculos com Shaozu e descobrir o poder das memórias, das tradições e da coragem de um garoto que queria honrar suas raízes.
Gerente de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação
POR Waleska Regina Becker Coelho de Franceschi
MISSÃO SAUDE:
COMO FORTALECER O SISTEMA IMUNOLÓGICO
POR ANA CAROLINE ARJONAS E REDAÇÃO ITS TEENS
Imagine seu corpo como uma fortaleza cercada de inimigos invisíveis, como vírus e bactérias. Para proteger essa fortaleza, você conta com uma equipe de defesa especializada: o sistema imunológico. Essa rede complexa é composta por células como os linfócitos T e B, que atuam como soldados prontos para atacar os invasores, e os macrófagos, que funcionam como “limpadores”, destruindo as ameaças e mantendo o campo de batalha limpo. Cada um desses componentes trabalha em harmonia para garantir que você permaneça saudável.
QUANDO O
SISTEMA DE DEFESA FALHA
Assim como qualquer exército, seu sistema imunológico pode enfraquecer. Isso ocorre quando há falta de cuidados básicos, como uma boa alimentação, descanso adequado e a prática de exercícios físicos. O estresse, por exemplo, pode ser um grande inimigo. “Se a equipe de defesa estiver cansada, mal alimentada ou estressada, eles podem não conseguir proteger a fortaleza efetivamente”, diz a enfermeira Milenny Valérie Lopes de Paulo. Estresse prolongado eleva os níveis de cortisol no corpo, o que pode suprimir as funções imunológicas, tornando-o mais suscetível a infecções e doenças. Além disso, fatores como alimentação inadequada e sono insuficiente também afetam a capacidade do corpo de se defender. A falta de nutrientes essenciais, como vitaminas e minerais, enfraquece o sistema imunológico, enquanto noites mal dormidas comprometem a recuperação do organismo e a produção de células imunológicas.
“Dormir oito a dez horas de sono é essencial para a recuperação do corpo”, explica Milenny.
COMO PROTEGER
SUA FORTALEZA
Felizmente existem maneiras simples e eficazes de reforçar as defesas do corpo. A alimentação é uma das principais formas de fazer isso. Uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais, proteínas magras e gorduras saudáveis oferece os nutrientes necessários para manter o sistema imunológico forte. Nutrientes como vitamina C (presente em frutas cítricas) e zinco (encontrado em alimentos como nozes e sementes) desempenham papéis importantes na função imunológica.
A enfermeira também enfatiza a importância de hidratação adequada, algo que muitas vezes é desconsiderado. Beber água regularmente ajuda a manter as células funcionando corretamente, além de auxiliar na eliminação de toxinas do corpo. Aliado a isso, o exercício físico regular mantém o corpo em movimento, fortalecendo o sistema imunológico. Atividades físicas moderadas aumentam a circulação sanguínea, o que facilita o transporte de substâncias imunológicas por todo o corpo.
A IMPORTÂNCIA DO AUTOCUIDADO E DE PEDIR AJUDA
Para que o sistema imunológico continue funcionando bem, também é essencial cuidar da mente. O estresse crônico pode enfraquecer a imunidade. Por isso, práticas de relaxamento, como meditação, e conversas sobre as emoções são fundamentais. Se mesmo com todos esses cuidados você notar que está ficando doente com frequência, é hora de pedir ajuda a um médico.
“Se a fortaleza começar a ser invadida com frequência, é importante chamar um general (médico) para avaliar a situação”, reforça Milenny.
O equilíbrio entre corpo e mente
Manter a saúde do corpo e da mente em equilíbrio é fundamental para que o sistema imunológico funcione da melhor forma possível. Pequenas mudanças de hábitos — como comer melhor, dormir o suficiente e praticar atividades que aliviam o estresse — podem fazer uma grande diferença na sua saúde.
CAMPANHA
A vacinação também é uma forma de fortalecer o sistema imunológico e a cautela com a saúde. Pensando no calendário vacinal de crianças e adolescentes, os estudantes puderam colocar a carteirinha em dia nas unidades de educação. Os imunizantes para gripe, influenza, HPV, tétano, febre amarela, tríplice viral e meningite, por exemplo, foram algumas das opções ofertadas no mês de junho.
A ação teve como meta imunizar cerca de 9.800 estudantes. Aqueles com menos de nove anos precisavam estar acompanhados, enquanto os demais apresentaram a autorização dos responsáveis. Até o fim do ano, a Secretaria Municipal de Saúde deve divulgar novas datas da vacinação nas escolas.
DE VACINAÇÃO NAS ESCOLAS
Plana
Estuda figuras, formas e definições sem profundidade, com apenas largura e comprimento, os bidimensionais, também chamados de 2D. Alguns exemplos são triângulos, círculos, quadrados e retângulos. Os principais cálculos são do perímetro (a soma dos lados da figura); da área (o espaço na superfície); e dos ângulos (a abertura entre dois lados que se encontram em um ponto).
PARA NÃO ESQUECER: SE ESTÁ NO PAPEL OU NO CHÃO, É PLANO!
COMO A GEOMETRIA ESTÁ EM TUDO POR DENTRO DAS
Da estrutura das janelas da sua casa às placas de trânsito, da bola usada nas partidas de futebol até a maneira como você corta a fatia da pizza, é possível observar que tudo ao nosso redor possui formas e medidas diferentes. Cada um desses formatos existe para cumprir uma função específica e ajudar a manter o mundo funcionando de forma organizada e eficiente. E assim como tudo que é importante no nosso dia a dia, existe uma ciência que estuda essas formas, tamanhos e espaços: a geometria.
Imagine que você está em uma praça com amigos, precisa voltar para sua casa e tem que escolher qual é o melhor caminho. Para isso, analise se a área do local é circular, quadrada ou retangular, o que ajudará a entender por onde atravessar e a planejar a rota mais rápida e segura. Essa é apenas uma das maneiras que a geometria auxilia no cotidiano. Ao lado do cálculo e da álgebra, essa ciência faz parte das grandes áreas da matemática e é dividida em diferentes ramos. Vamos entender juntos.
Espacial
Foca nos objetos com volumes, os 3D, que possuem espaço tridimensional — quando se pode considerar a profundidade. Além dos conceitos estudados na geometria plana, aqui é possível calcular volumes, como a quantidade de água em uma piscina ou o espaço de uma caixa.
Cubos, esferas, cones e cilindros são algumas das formas espaciais mais conhecidas. Essas figuras podem aparecer em embalagens, brinquedos, construções e até mesmo no corpo humano.
PARA NÃO ESQUECER: SE DÁ PARA GUARDAR ALGO DENTRO, É ESPACIAL!
GEOMETRIA NA PRÁTICA
Os cálculos de ângulos, simetria, área e volume vão muito além do que apenas os conteúdos vistos nos livros em sala de aula. Eles estão presentes em todo lugar e são essenciais para entender, planejar, organizar e facilitar a nossa vida.
Na moda, por exemplo, as medidas fazem toda a diferença na hora de cortar tecidos e confeccionar moldes de roupas. No trânsito, o planejamento de ruas, sinalização e rotatórias são feitos com base em figuras e ângulos.
Na fotografia, a geometria torna únicos a composição e o enquadramento das cenas. Já nas artes visuais, muitos artistas exploram a criatividade por meio das formas, simetrias e proporções, resultando em obras surpreendentes.
Analítica
Aqui, a geometria e a álgebra se encontram, utilizando números, coordenadas e gráficos para representar as formas e entender os espaços. Para isso, é preciso utilizar o plano cartesiano (com dois eixos: x e y) para definir pontos e descobrir onde cada coisa está, como um local no mapa, por exemplo.
Além dos mapas, a geometria analítica também aparece em jogos, em que é usada para definir a posição dos objetos no espaço; na engenharia, ajudando na criação de projetos detalhados; e na robótica, sendo essencial para programar os movimentos com precisão.
PARA NÃO ESQUECER: É A GEOMETRIA QUE GOSTA DE NÚMEROS E GRÁFICOS!
A receita do
Com o cuidado na escolha de cada alimento, as refeições são pensadas para nutrir e educar
Com aquele cheirinho característico e aquela aparência que faz os olhos brilharem, a verdade é que começamos a comer muito antes da primeira garfada — cada detalhe conta para o paladar que vamos sentir. Na Escola Básica Municipal (EBM) João Alfredo Rohr, as cozinheiras sabem que cada processo conta para manter a nutrição e o desenvolvimento das turmas.
O QUE VOCÊ
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conheça os processos que compõem a alimentação escolar.
Tempo de leitura: 7 minutos
Com um total de 363 estudantes, contando com duas turmas do quinto ano no período integral, algumas crianças realizam três refeições na unidade, incluindo o café da manhã, o almoço e o café da tarde — aqueles que ficam apenas um período, fazem a refeição correspondente, e aqueles que ficam um período a mais em alguns dias também almoçam.
Todo o planejamento é feito pelas nutricionistas da Secretaria Municipal de Educação, responsável por pautar as escolhas nos critérios que direcionam a alimentação escolar, como o Programa Nacional de Alimentação Escolar, por exemplo. “Seguimos rigorosamente o que está na legislação, além de documentos como o Guia Alimentar para Crianças Menores de dois anos, do Ministério da Saúde, e as recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria. São considerados o tempo de permanência dos alunos nas unidades educativas, a faixa etária e as necessidades alimentares especiais”, explica a nutricionista responsável técnica Lidiamara Dornelles de Souza.
São servidas três refeições para os alunos que estudam em tempo integral
Para quem fica encarregado por receber os alimentos e planejar as refeições, o capricho com cada produto é essencial para manter o sabor. “Temos todos os cuidados necessários com as boas práticas de manipulação de alimentos, ou seja, levar bem as mãos antes do início do expediente, cuidado para não haver contaminação cruzada, manter a cozinha limpa e organizada durante a produção, higiene dos utensílios e equipamentos durante toda a produção”, diz a cozinheira Marcia Foletto.
No caso dos estudantes que ficam o dia todo na escola, devem ser ofertados, no mínimo, 23 alimentos in natura, além da utilização mínima de 30% do recurso federal para a compra de produtos da agricultura familiar, preferencialmente de produtores locais e mulheres. Os nutricionistas acompanham a alimentação de perto, conferindo a reação e resposta dos alunos — quando os produtos não estão de acordo, a orientação é não receber a mercadoria.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
ACESSO À ALIMENTAÇÃO
Pensando nos estudantes que estão tendo contato com a alimentação saudável, o processo de aprender aquilo que faz bem para o corpo e o organismo, em muitos casos, acaba sendo um aprendizado coletivo na EBM João Alfredo Rohr, que conta com dez alunos com restrições alimentares. “Nossa escola contribui, porque nas reuniões falamos o que é uma alimentação saudável, que é importante até para evitar doenças, problemas futuros”, conta a diretora Daniela Antunes Figueredo Miranda, que enxerga a importância de levar esse conhecimento para os responsáveis.
Cardápios elaborados
Na visão da articuladora de projetos Franciani Becker Roloff, aquilo que é consumido na unidade também contribui com o rendimento que será entregue em sala de aula. “Entendo que é essencial a oferta da alimentação porque um estudante bem alimentado vai ter concentração, desempenho escolar e foco.”
As profissionais também fazem questão de ressaltar o cuidado, carinho e dedicação da equipe da cozinha, que recebe algumas sugestões das famílias e está sempre disponível para pensar em pequenas mudanças que podem ser feitas, seguindo as diretrizes. E o ensinamento, que já foi tema de projetos entre as crianças, ficou memorizado. “As comidas têm que ter bastante cor; comer saudável é comer bastante fruta também”, fala a estudante Alice Araújo Cordova da Roza, do quinto ano.
Para atender às crianças que possuem algum tipo de restrição ou alergia alimentar, existe o Programa de Atendimento aos Estudantes Portadores de Necessidades Alimentares Especiais. Assim que os pais notificam a escola sobre as características e opções daquele estudante, apresentando laudos ou comprovantes médicos, as nutricionistas da rede municipal são responsáveis por pensar em um cardápio adequado, levando em consideração características individuais. Conforme os jovens são incluídos no projeto, as orientações sobre a alimentação, o manejo e preparo dos pratos é repassado para as cozinheiras e a equipe de gestão de cada unidade.
O que pode e o que não pode?
Antes de definir o que será servido em cada refeição, os alimentos são escolhidos de acordo com as diretrizes nacionais e municipais de alimentação. Confira alguns produtos que podem e que não podem fazer parte do cardápio:
PROIBIDOS
• Oferta de gordura trans;
• Alimentos ultraprocessados;
• Adição de açúcar, mel ou adoçante nas preparações culinárias e bebidas para crianças de até três anos.
LIBERADOS
• Oferta de alimentos como frutas, verduras e legumes;
• Alimentação com ferro, como carnes, e inclusão de fontes de vitamina A e C.
Daniela, Alice, Marcia, Franciani e Cauê Sousa Brick
ESTUDANTES CRIAM MAQUETE DE CONDOMÍNIO UNINDO TEORIA E PRÁTICA MATEMÁTICA
O conhecimento matemático não é só visto ao resolver cálculos nas questões da prova ou nas atividades do caderno: é possível colocá-lo em prática e criar algo palpável. Foi essa experiência que os estudantes do quinto ano do período integral da Escola Básica Municipal Antônio Paschoal Apóstolo tiveram.
A turma desenvolveu uma maquete de um condomínio durante as aulas sobre formas e sólidos geométricos, com a ajuda da professora Alessandra Gomes e da professora de educação especial Vera Rosani. Durante o processo, os alunos aprenderam cálculos financeiros, licitação, planejamento e execução de obras, e trabalharam o sistema monetário ao pesquisarem sobre os materiais necessários para a construção de uma estrada.
As questões ambientais também foram abordadas ao entenderem os métodos de preservação da natureza durante a construção, já que é preciso preservar as características do ecossistema e não prejudicar a fauna silvestre da região. Além de compreenderem o conceito de licitação, dos custos e benefícios de uma obra, a turma nomeou os engenheiros e auxiliares — a partir disso, elaboraram desenhos, apresentaram os projetos e iniciaram a estruturação da maquete vencedora, o “Condomínio Turma 52 & Cia”.
CRIANÇAS
VISITAM RANCHO DE PESCA NA PRAIA DO CAMPECHE
Conhecer a região onde mora é um convite para se sentir mais pertencente ao local e valorizar sua história, cultura e pessoas. E para proporcionar um momento de interação e aprendizagem em relação à pesca artesanal e ao meio ambiente, a diretora do Núcleo de Educação Infantil Municipal Campeche, Laís da Costa Inácio, teve a ideia de levar as 30 crianças para visitar o Rancho do Seu Getúlio.
A propriedade, localizada na Praia do Campeche, serve como base para pescadores da região e como centro de iniciativas sociais, culturais e educativas, incluindo aulas de música e atividades com crianças. Na visita, por intermédio do projeto “Compartilhando saberes”, os pequenos aprenderam sobre pesca em pequena escala, as consequências do descarte incorreto do lixo no mar e conheceram as canoas do rancho: Glória, Glorinha e Zé Perri.
TURMAS
DA EDUCAÇÃO INFANTIL
PARTICIPAM DO CUIDADO DE HORTA ESCOLAR
O respeito ao meio ambiente é um aprendizado que deve ser incentivado desde a infância. Pensando nisso, o Núcleo de Educação Infantil Municipal Júlia Maria Rodrigues revitalizou a horta da unidade, em uma ação coletiva com as famílias e as crianças. Em canteiros de hortaliças, legumes e temperos, os pequenos participam do plantio, do cuidado com as plantas e da colheita.
A alimentação saudável também é um ponto importante do projeto, com plantações de salsinha, cebolinha, couve-flor, brócolis, tomate-cereja, beterraba, cenoura e morango. Os produtos coletados são utilizados no preparo das refeições da unidade.
PROJETO UNE LITERATURA E EDUCAÇÃO
NUTRICIONAL
Quem nunca desejou provar aquele prato delicioso que viu em um filme ou leu em um livro? Para as crianças de quatro e cinco anos do Núcleo de Educação Infantil Municipal Morro do Horácio, essa vontade virou realidade. O projeto “Que história é essa?” uniu a literatura infantil com a educação nutricional.
Após a leitura da obra “O caso do bolinho”, de Tatiana Belinky, a professora Thaisa Pickler desenvolveu uma atividade nutricional. Vestindo toucas e aventais personalizados, os pequenos ajudaram a preparar um bolo que foi servido na hora do lanche. A nutricionista da unidade apresentou os ingredientes, os ajudou a contar os ovos enquanto explicava sobre as características do alimento e ensinou sobre o modo de preparo.
Aprendizado
Por meio de atividades coletivas, turmas estão aprendendo sobre empatia e pluralidade, além do respeito às diferenças
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Basta olhar ao redor para entender que cada um de nós é único, com nossas características e limitações. Seja com diferenças físicas ou até de personalidade, a vida não teria graça se todos fôssemos iguais. Para provar que é possível conviver em harmonia, os estudantes da Escola Básica Municipal (EBM) Virgílio dos Reis Várzea estão aprendendo na prática a importância da empatia.
Desenvolvo atividades com foco em experimentações, como manuseio de materiais, dinâmicas em grupo e também recursos tecnológicos.”
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professoras trabalham o respeito e a colaboração por meio de tarefas.
Tempo de leitura: 5 minutos
Com turmas em período integral, as atividades na unidade são pensadas levando em consideração aquilo que também pode ser feito em parceria com o Atendimento Educacional Especializado (AEE), motivando a interação entre todos. “Promovo projetos interdisciplinares que valorizam a colaboração entre os estudantes, respeitando os diferentes ritmos e formas de aprender”, explica a professora regente Rosileni da Silva, que acompanha um dos quintos anos. Nos trabalhos desenvolvidos pela professora Rosilene dos Santos Ávila, que também está à frente de outra turma do quinto ano, pensar nas dificuldades e no perfil de cada aluno é primordial para alcançar os objetivos. “Busco adaptar minhas atividades de forma lúdica, com propostas que envolvam todos os alunos, respeitando seus ritmos e níveis de aprendizagem.
Pensando no comportamento, o respeito também é algo observado pelas profissionais. “Os estudantes passam a desenvolver mais empatia, escuta ativa e cooperação. Eles aprendem a valorizar as contribuições de todos, inclusive daqueles que, em outros contextos, seriam excluídos ou rotulados”, conclui Silva. No caso de Ávila, a observação é de que o ambiente educativo cada vez mais está se transformando em um lugar apropriado para o compartilhamento de emoções e na construção de relações mais empáticas.
Os estudantes reconhecem a importância de respeitar os direitos e singularidades
O
que eles
acham?
Na visão de quem está em sala de aula todos os dias, os exemplos e atividades pensadas pelos professores são o ponto de partida para adquirir e memorizar um ensinamento que será levado para a vida. É o caso de três alunos do quinto ano. Matheus Raber Klein, 10, já tem na ponta da língua o aprendizado principal. “Aprendi a sempre respeitar quem tem alguma deficiência ou algo do tipo, porque na escola e em casa meus pais sempre me ensinaram a respeitar quem tem mais dificuldades.”
Para Samuel Mota, 10, o segredo está em como nos relacionamos com os outros. “Esse ano também aprendemos a respeitar os deficientes, cadeirantes e autistas. Esse tipo de aprendizado é muito bom para acolher as pessoas”, comenta. Um ponto observado e comentado por Allana Gonçalves Compagnoni, 10, é a organização dos profissionais durante o acompanhamento da turma. “Tem monitores que ajudam as pessoas que não sabem. Todo mundo faz direitinho porque cada um se ajuda, e todo mundo faz as matérias certinhas”, finaliza a aluna.
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Escola em Tempo Integral amplia o aprendizado e a socialização.
Tempo de leitura: 10 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Sabe aquele momento em que o sinal toca e temos que parar a brincadeira porque chegou a hora de ir embora?
Ou então aqueles últimos cinco minutos de um jogo na Educação Física? Todos nós sabemos como é a partida para casa, ainda mais quando temos a sensação de que era possível aproveitar mais o tempo na escola. Entretanto, desde fevereiro deste ano, os estudantes da rede municipal de Florianópolis estão diante de uma nova realidade: o ensino em tempo integral.
Com foco em promover o aprendizado e a socialização, os alunos da Escola Básica Municipal (EBM) Costa de Dentro já não se preocupam com o sinal ou com a hora da despedida, já que sabem que agora é possível aproveitar os momentos na escola para vivenciar as atividades e tarefas — cada um no seu tempo. Com a novidade de passar o dia com os colegas e professores, em vivências que incluem aulas de espanhol, dança e música, por exemplo, a gestão da escola entendeu que seria importante saber das crianças aquilo que elas gostariam de fazer durante o período, viabilizando o que faz do espaço um local mais confortável para todos.
Alguns pedidos foram atendidos, como os momentos de leitura e de filme, mas sem deixar de lado aquilo que é ensinado em Língua Portuguesa e Matemática, por exemplo.
“Nosso objetivo sempre é que as crianças saiam lendo e escrevendo bem. Isso é um compromisso da
As aulas de Língua Portuguesa são compartilhadas entre a professora e o profissional de área
Para quem ficou com a responsabilidade de assumir e comandar o único quinto ano da unidade, a professora Fabiana Sarturi, o tempo a mais por lá é a chance de aprender mais com o outro e de ir a fundo no tema proposto. “As crianças que já estão dando conta do conteúdo ampliam ainda mais. E aquelas que precisam de auxílio maior, eu faço esse acompanhamento”, comenta a educadora, falando da relação que mantém com os professores de Matemática e Língua Portuguesa, responsáveis por ampliar as temáticas.
Agora que o período integral já está mais inserido na rotina dos alunos, há um cronograma com atividades que já fazem parte da rotina, como os jogos e brincadeiras típicas na hora do almoço e os momentos de descontração durante as aulas, quando a professora faz batida de ritmo e de palmas, para aliviar a tensão e proporcionar o relaxamento.
“Quando eles chegam de manhã cedo, é sempre um momento de literatura. Eu conto histórias e eles podem desenhar ou
descansar. A gente começa o dia assim, mais suave”, pontua Fabiana.
Além da proximidade com aquilo que está nos livros e com as provas do Avalia Floripa, de que a turma adora participar, a independência dos alunos também é trabalhada, levando em consideração a mudança de escola no próximo ano. “O quinto ano é uma transição. Eu trabalho muito a autonomia deles: como estudar, como organizar o material, como marcar texto. Tudo isso é construído com eles”, diz a professora.
No caso de Amali das Galáxias Pacheco Hernandez, 10, a educação em tempo integral era algo esperado. “Eu sempre quis ficar o dia inteiro na escola para brincar e ficar mais tempo com as minhas amigas. Eu também gosto bastante de ficar estudando, porque eu gosto de Geografia e de Matemática. Gosto muito da escola”, conta a menina, que enxerga a relevância de aprender ainda mais o espanhol, a língua oficial da família que veio da Venezuela, e que adora cantar.
Outro que tem um carinho especial pela música é Álvaro Luis Dávila Ruas, 10, que lembra do ensaio que a turma fez para a apresentação de Boi de Mamão, aprendendo a tocar instrumentos. A quantidade dobrada das aulas foi algo que chamou a atenção de Caio Pires França, 10, que tem preferência pela Matemática. Para June Schurhaus Vasques, 11, o ganho está em passar mais tempo com os colegas.
Fotos: Jr. Somensi
Os aprendizados do tempo integral estão sendo compartilhados entre alunos e profissionais da unidade
Passando mais tempo na unidade, existem aqueles aprendizados e conquistas pequenas, do dia a dia, mas que só foram possíveis por conta da flexibilidade no tempo e a oportunidade de acompanhar o caso de cada um dos 19 estudantes do quinto ano, como lembra a educadora, salientando que esse conhecimento será utilizado durante os outros anos. “Antes, os alunos estudavam em casa com as famílias. Agora, o estudo para a prova acontece na escola. Ensinamos como resumir e como estudar em dupla. Aprendemos a estudar.”
Fotos: Jr. Somensi
Resgate cultural
A presença da turma na unidade também motivou a busca pelas raízes culturais e atividades que eram realizadas, muitas vezes, pelos pais e parentes que também estudaram na EBM Costa de Dentro, como a dança típica envolvendo o personagem mais famoso da cidade. “A nossa escola está tentando resgatar o Boi de Mamão. Já fizemos bichos com as famílias, resgatamos as músicas, fizemos uma orquestra com as crianças e queremos gravar a canção e fazer um documentário”, finaliza Fabiana.
Amali estava ansiosa para as aulas de música e ficar mais tempo com os amigos
BRILHANTES MENTES
Conheçapersonagens criativos do cinema e da TV que já apresentaram ideias valiosas
POR GUSTAVO BRUNING
Quando realmente nasce uma ideia? É preciso estudar a fundo um certo assunto para dominar técnicas a ponto de dar vida a algo original? O mais adequado é esperar o momento ideal para gastar energia e tempo em uma aposta certeira? Ou pura sorte já é o bastante? Há ainda aqueles que seguem a teoria de que nada se cria, tudo simplesmente se transforma.
Independentemente de qual seja o caminho, não há como negar que uma boa criação pode mudar a sua vida. Para que ela se concretize, no entanto, é importante estar com a cabeça aberta para o novo e exercitar o seu lado curioso. As grandes mentes, responsáveis por inovações de verdade, estão sempre olhando para a frente. Confira algumas figuras conhecidas do mundo do cinema e da TV que já provaram ser geniais!
Fora da caixa
Flint Lockwood
Já pensou em transformar água em comida?
Essa é uma das ideias exóticas de Flint Lockwood e, como costuma ocorrer com o protagonista de “Tá chovendo hambúrguer”, traz resultados inesperados. Quando o experimento vira de grande escala, a chuva passa a se converter em alimentos gigantes — o que se torna um problemão para a cidade. Ainda assim, o perfil nada convencional e a inventividade desse herói se destacam, reforçando como é crucial pensar fora da caixa e não dar bola para julgamentos alheios. Mesmo que ninguém aposte na sua ideia, ela ainda pode ter você como principal incentivador.
Tá chovendo hambúrguer (2009)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
Aplicando o conhecimento Lisa Simpson
A necessidade de aprender cada vez mais faz de Lisa Simpson uma das personagens mais inspiradoras dos desenhos. O olhar político, os bons argumentos e as opiniões bem-sustentadas são frutos de uma paixão pelo conhecimento. Tudo isso se reflete, ao longo das 36 temporadas de “Os Simpsons”, em uma personagem versátil criativamente. Ela criou, entre centenas de coisas, o robô Linguo, focado em correção gramatical, e a boneca Lisa Lionheart, uma alternativa para as bonecas genéricas, com mensagens empoderadoras. Mesmo que muitas ideias não funcionem tão bem em Springfield, as frustrações não impedem a garota de investir em novas criações.
Os Simpsons (1989)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
Em dupla é mais legal
Phineas e Ferb
Se tirar criações do papel já é divertido sozinho, pense no quanto essas tarefas podem render se forem executadas em dupla — especialmente se houver uma boa sintonia com o seu colega. É assim com Phineas e Ferb, dois inventivos irmãos que têm como objetivo fazer cada dia das férias render uma invenção. Não faltam ideias: de uma montanha-russa no quintal de casa a uma máquina do tempo, de um portal para Marte a um equipamento para realinhar a órbita da Terra. Mesmo que os projetos sejam mirabolantes e fictícios, há ótimas sacadas envolvendo engenharia e ciência, com referências a conceitos de espaço, biologia, física e meio ambiente.
Phineas e Ferb (2007)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
Da teoria à prática
Shuri
Ela foi introduzida no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel) em 2018, mas foi apenas em “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” que revelou todo o seu potencial. Shuri, a princesa de Wakanda, soube manipular o metal vibranium com maestria para criar tecnologias avançadíssimas. As utilidades não são poucas: de ferramentas para curar ferimentos e acessórios para batalhas a uma versão sintética da planta que dá poderes ao Pantera Negra. Além de elaborar o traje do herói, mostrou que é capaz de assumir esse manto e defender seu povo em qualquer batalha.
Pantera Negra: Wakanda para Sempre (2022)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
AS AVENTURAS DESSE DUO CHEGARAM AO FIM EM 2015, COM O QUE SERIA O EPISÓDIO FINAL, MAS UMA NOVA TEMPORADA DE “PHINEAS E FERB” CHEGOU DE SURPRESA ESTE ANO — E AGORA NÃO HÁ LIMITE PARA O QUE AMBOS VÃO APRONTAR.
Frutos no futuro
Lewis Robinson
Nem todas as ideias se consolidam sem surpresas desastrosas. Parte da jornada de inovação é lidar com as derrapadas e manter a cabeça erguida. Um exemplo é o Lewis Robinson, que ocasionalmente se depara com falhas nas suas criações, mas segue com o olhar visionário e o foco no objetivo, que é ajudar as pessoas. Sem entregar demais sobre o filme, é certo dizer que aprendemos como persistir realmente vale a pena.
A família do futuro (2007)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA:
DISPONÍVEL EM:
Improviso essencial
Inspetor Bugiganga
Assim como o Batman tem um cinto de utilidades, que dispõe de acessórios extremamente úteis nas batalhas, John Brown se torna o Inspetor Bugiganga e passa a contar com uma infinidade de dispositivos em seu corpo biônico. No entanto, não se trata apenas de utilizar as ferramentas, como braços extensíveis, e sim de saber como e quando ativá-las. Esse policial é capaz de encontrar soluções bizarras e improvisar saídas para impasses, características fundamentais de uma mente brilhante.
Inspetor Bugiganga (1999)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
Transformações Bela
Há infinitas formas de expressar ideias — e uma das mais divertidas é por meio da comunicação e expressão. A Bela, apaixonada por livros, encontra maneiras de ampliar a visão e os pensamentos do povo do vilarejo onde mora, questionando normas e inspirando-os a refletir de forma diferente. Essa transformação não ocorre por meio de invenções, mas de forma conceitual. Com inteligência emocional, é possível promover uma verdadeira mudança, especialmente em cenários repletos de restrições.
A Bela e a Fera (1991)
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA: DISPONÍVEL EM:
DO CINEMA PARA SUA ROBÔS FAZEM PARTE
MEDICINA 1
Robôs cirúrgicos: atuam com mais precisão em operações delicadas.
Próteses inteligentes: os dispositivos foram criados para substituir membros e cumprir as funções do corpo humano. Controladas pelo cérebro ou por sensores musculares, imitam os movimentos naturais e se adaptam às necessidades dos usuários.
Desinfecção: utilizando luz ultravioleta e névoa ozonizada, esses robôs auxiliam na limpeza e na eliminação de microrganismos (como vírus e bactérias) de hospitais.
Cuidadores: seja para ajudar idosos ou pessoas com mobilidade reduzida, o equipamento pode contribuir nas atividades dos pacientes.
ASTRONOMIA
Robôs flutuantes: auxiliam astronautas que estão na Estação Espacial Internacional.
Rovers em Marte: analisam o solo e mandam as informações à Terra. Braços robóticos: movimentam cargas e satélites.
MECÂNICA
Braços robóticos: ajudam a aumentar a precisão e acelerar a produção.
Soldadores: são responsáveis por fazerem soldas exatas e repetitivas com mais segurança.
Inspetores: detectam falhas em motores e peças.
Manutenção: operam em locais perigosos.
Já passou o tempo em que robôs eram vistos apenas como as criações de aparência humanoide e voz mecânica, como personagens de filmes e séries futuristas. Na época em que foram lançados, as ideias pareciam ser quase impossíveis de serem concretizadas. Afinal, qual adulto nunca sonhou em ter uma Rosie, a empregada doméstica de “Os Jetsons”, ou um tradutor como o C-3PO de “Star Wars”?
Mas não foram apenas essas invenções “mirabolantes” que chegaram à vida real, mesmo que de forma diferente. Carros com piloto
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Programação: kits de robótica ajudam os estudantes a aprimorar habilidades tecnológicas e de resolução de problemas.
Robôs educacionais: auxiliam crianças no desenvolvimento cognitivo, no pensamento lógico e computacional, e também no lado social.
SUA CASA: COMO OS
DO NOSSO DIA A DIA?
automático, esteiras rolantes, assistentes de voz, chamadas de vídeo e tablets são apenas alguns exemplos de criações que saíram de obras de ficção para fazer parte do cotidiano.
Essas tecnologias não surgiram por acaso, mas foram desenvolvidas com o intuito de facilitar nossa vida, economizar tempo e tornar as tarefas mais seguras. Muitas delas já existem há anos, estão sendo constantemente aprimoradas e não mostram sinais de parar tão cedo. Seja em empresas de tecnologia, salas de hospitais ou até dentro de casa, os robôs estão cada vez mais presentes no nosso dia a dia.
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Inteligência artificial: é fato que a inteligência artificial não vai substituir os educadores, mas ela pode auxiliá-los a criar ideias de atividades dinâmicas, no planejamento de aula, a adaptar os conteúdos para estudantes com diferentes níveis de aprendizagem, elaborar infográficos, estruturar cronogramas e até organizar listas de chamada.
Aspiradores: cumprindo uma das funções da robô Rosie, mas com uma aparência mais minimalista, os dispositivos são projetados para limpar a casa ao coletar as sujeiras pelo piso. Assistentes de voz: seja a Alexa, a Siri ou a Google Assistente, os programas realizam tarefas, respondem perguntas e controlam dispositivos.
Casas inteligentes: ficou com preguiça de abrir a cortina, apagar as luzes ou ligar o ar condicionado? Não se preocupe, algumas residências são equipadas com sistemas conectados à internet que automatizam diversas funções.
Atendimentos robotizados: é comum encontrar em hotéis, restaurantes, shoppings e aeroportos totens que substituem a assistência humana.
Entregadores: algumas cidades já estão testando robôs de delivery autônomos, que fazem entregas em domicílios e hospitais.
Drones: analisam plantações e aplicam fertilizantes.
Tratores: plantam e colhem de forma autônoma.
Sensores: monitoram a umidade e qualidade do solo.
COTIDIANO AGRICULTURA SEGURANÇA
Robôs antibombas: os equipamentos são controlados remotamente e projetados para desarmar explosivos.
Cães-robôs: assim como os de verdade, os cães-robôs podem ter diversas funções, como no patrulhamento ao reconhecer áreas, entrar em áreas perigosas e detectar dispositivos explosivos.
Espiões: usados em missões militares, os robôs espiões coletam informações em ambientes de difícil acesso e são usados para vigilância.
Além da Terra: QUAISTÊMPLANETAS LUAS PRÓPRIAS?
Mercúrio VÊNUS
MARTE
O famoso “planeta vermelho” ganhou os aspectos avermelhados pela presença de óxido de ferro em sua superfície. Ao contrário dos outros astros, possui apenas duas luas, ambas com formatos peculiares.
FOBOS – A lua mais próxima de Marte consegue completar uma volta no planeta em menos de um dia marciano. Alguns cientistas acreditam que daqui a milhões de anos, o satélite pode colidir com o astro, devido à aproximação gradual.
DEIMOS – Com apenas 15 quilômetros de diâmetro, está mais longe de Marte e demora mais tempo para completar uma volta.
JÚPITER
A influência gravitacional do maior planeta do Sistema Solar é capaz de moldar as órbitas dos corpos celestes que estão ao seu redor, devido a sua grandeza. O astro coleciona 95 satélites conhecidos.
IO – Você sabia que é possível encontrar vulcões nas luas? A aparência única deste satélite é resultado do enxofre e do dióxido de enxofre que são expelidos nas atividades vulcânicas.
EUROPA – Diferentemente do exemplo anterior, esta lua é conhecida por sua espessa camada de gelo. Este fator fez com que o satélite fosse um dos pontos mais promissores na busca por oceano líquido e vida extraterrestre na galáxia.
GANIMEDES – Com seu próprio campo magnético, é a maior lua do Sistema Solar.
SATURNO
júpiter
A aparência deste planeta é uma das características que mais chamam atenção, por seus encantadores anéis. No entanto, existe outro fator curioso sobre Saturno: as 274 luas confirmadas até o momento. As duas mais importantes são: TITÃ – A segunda maior lua do Sistema Solar. Tem uma atmosfera densa, composta por nitrogênio, e lagos de metano líquido. Devido a algumas similaridades com a Terra, estudos estão sendo feitos para entender mais sobre esse satélite.
MIMAS – Apesar de ser pequena, há algo neste satélite que chama a atenção: uma cratera gigante, com cerca de 139 quilômetros de diâmetro, que lembra a estação Estrela da Morte da saga Star Wars.
Já imaginou viver em um mundo com noites totalmente escuras, dias mais curtos e uma fraca biodiversidade marinha? Essas seriam apenas algumas das consequências caso a nossa lua não existisse. A ausência do satélite natural afetaria profundamente a vida na Terra, pois a estabilidade e a dinâmica do planeta também dependem dele — os ciclos lunares possuem um grande papel, por exemplo, nas marés, na migração dos animais e até nas mudanças climáticas.
Mas você sabia que a Terra não é o único planeta do Sistema Solar
que possui sua própria lua? Assim como nossa vida é influenciada pelo satélite, os outros astros são igualmente beneficiados por seus corpos celestes. Com características únicas e tamanhos diferentes, múltiplas luas estão presentes na galáxia.
Os planetas com maior número de satélites naturais são os gasosos, como Júpiter e Saturno, graças à intensa força gravitacional, capaz de atrair e capturar uma grande quantidade de outros objetos. Já Mercúrio e Vênus, os dois astros mais próximos do Sol, são os únicos que não possuem luas.
ENGENHEIROS MIRINS
Cientistas de todo o mundo estudam por anos para explorar esses astros e conseguir entender mais sobre a nossa galáxia e outros mundos distantes. Mas o sonho de revelar os segredos do universo começa aqui na Terra, e não é exclusivo de profissionais de renomadas agências espaciais. Em Florianópolis, 23 escolas da rede municipal participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA). As turmas do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental responderam questões sobre astronomia — origem do universo, satélites, Sistema Solar, Lua e Terra foram alguns dos temas abordados.
Um dos maiores objetivos da OBA é incentivar os estudantes a se envolverem nas ciências e promover uma aprendizagem de forma mais lúdica e cooperativa. E um dos momentos favoritos dos estudantes durante esse processo é a construção de foguetes.
Seja com canudos, papel ou garrafa PET, a meta é impulsionar os foguetes o mais distante possível. A turma do quinto ano da Escola Básica Municipal (EBM) Professora Zulma Freitas de Souza foi uma das participantes do lançamento. O professor Diego Nogueira orientou os estudantes, que tinham como base a sustentabilidade, já que utilizaram papéis que seriam descartados.
URANO
Apesar de não ser muito lembrado por isso, o planeta possui um sistema de anéis. No entanto, o número de luas é muito menor do que o de Saturno, contabilizando 28 satélites confirmados. Uma curiosidade é que elas foram nomeadas em homenagem a personagens de obras de Shakespeare e Alexander Pope.
TITÂNIA – Sua superfície com crateras de impacto e cânions indicam que a lua já passou por atividades geológicas complexas.
OBERON – Com uma aparência similar à da nossa lua, o satélite possui algumas das montanhas mais altas do Sistema Solar.
UMBRIEL – Como existe pouca reflexão da luz solar, é a lua mais escura do seu planeta.
NETUNO
Com os ventos mais rápidos do Sistema Solar, o planeta é formado por hidrogênio, hélio e metano. O seu campo magnético é inclinado, parecido com o de Urano, no entanto, possui menos luas — 14 conhecidas até o momento.
TRITÃO – A maior lua de Netuno possui uma órbita retrógrada, o que indica que ela foi capturada pela gravidade do planeta.
PROTEU – Com uma forma irregular, semelhante a um asteroide, o satélite tem uma superfície escura.
Outro destaque vai para os estudantes da EBM Antônio Paschoal Apóstolo, liderados pela professora Natália dos Santos, que construíram peças que atingiram as marcas de 19 e 24 metros.
Professora
Fazer provas já virou rotina do dia a dia na escola. Seja em Ciências, Geografia ou História, é momento de estudar e se preparar — e é normal ficar nervoso nesse processo, principalmente pela espera da nota, afinal, os testes ajudam a mostrar os pontos altos e baixos do aprendizado. Mas você sabia que existe uma avaliação que não vale ponto na média mas é específica para medir o conhecimento dos estudantes de uma escola inteira? Esse é o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica, mais conhecido como Ideb.
- O QUE O -
TEM A VER COM A SUA ESCOLA?
O que é o Ideb,afinal?
Criado em 2007 pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Ideb é uma iniciativa para medir a qualidade do aprendizado em escolas públicas e privadas no Brasil. A cada dois anos, as instituições recebem uma nota de zero a dez para representar o desempenho dos estudantes.
As turmas do quinto e nono anos do Ensino Fundamental, assim como da terceira série do Ensino Médio, participam do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), uma avaliação de múltipla escolha com questões de Matemática e Língua Portuguesa. Raciocínio e resolução, assim como leitura e interpretação, são os assuntos
predominantes. A avaliação é feita na própria escola e os conteúdos são vistos em sala de aula, ou seja, não existe uma preparação especial para o teste. Os assuntos da prova são os mesmos estudados durante o ano.
O resultado do Ideb é acompanhado pela própria unidade escolar e pelo Ministério de Educação, que consegue observar como está o rendimento dos estudantes em cada etapa e o que precisa melhorar naquela escola, para criar planos de ação, investir em projetos, desenvolver novas formações para professores e criar políticas públicas.
As notas de diferentes anos podem ser consultadas de forma online, no site oficial do Ideb, por escola, município e Estado. Além de acompanhar a evolução da unidade, ao conhecer o resultado de outras instituições é possível descobrir experiências e projetos que estão funcionando pelo Brasil afora.
Como
é calculado?
Não é somente com a prova que se obtém o resultado do Ideb. A nota é média da avaliação e da taxa de aprovação, que mostra quantos estudantes passam de ano sem repetir ou abandonar a escola, unindo a qualidade do ensino com o fluxo escolar.
Para isso, é utilizada uma fórmula matemática: a nota do Saeb é multiplicada pela taxa de aprovação (de 0% a 100%). Ou seja, se a escola conseguiu um 8 na prova, mas tem 80% de aprovação, o seu Ideb será de 6,4. 8 x 80% = 8 x 0,8 = 6,4.
Por que participar?
Seja no resultado da prova ou na participação durante o ano letivo, os estudantes são os protagonistas do Ideb, já que a nota é um espelho do que está sendo aprendido em sala de aula, representando o esforço das turmas, dos professores e dos gestores escolares.
Para além de receber uma nota gratificante, é a partir do Ideb que são estabelecidas metas para cada escola, assim como mapear as unidades que precisam melhorar o resultado e progredir o ensino. Como uma espécie de diagnóstico das instituições, com os dados da avaliação, é possível ter novos planejamentos e investimentos, como a aquisição de materiais, desenvolvimento de ações pedagógicas e reformas na infraestrutura.
a frutinha
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Conhecido por ser uma fruta típica da região Norte do país, o açaí é um daqueles ingredientes que cada um costuma consumir de forma diferente, afinal, há quem goste de provar a iguaria em pratos salgados e quem prefira uma opção com frutas. Entretanto, por mais que existam diversas versões, uma coisa é certa: a identificação dos brasileiros com ela.
Isso porque somos o maior produtor e consumidor do alimento, que faz parte da tradição de muitas famílias, além de ser um produto economicamente importante. O ingrediente também é produzido em países como Peru, Colômbia, Venezuela, Guianas e Suriname, que compõem a bacia amazônica.
frutinha roxa
Comercialização e exportação
Para algumas famílias já era comum misturar o açaí ao prato diário, com peixe e farinha, mas na década de 80 outras regiões do país começaram a provar o sabor da fruta. No Sudeste e Sul, por exemplo, o item é servido com frutas e guloseimas. O ingrediente também começou a ser utilizado por aqueles que buscavam um alimento rico em fonte de energia. A internacionalização começou nos anos 2000, quando outros países — e até continentes — decidiram provar a iguaria brasileira. Em locais como os Estados Unidos, o consumo pode ser muito parecido com o Sudeste do país, com smoothies proteicos. Já no Japão, o consumo pode ser feito em sorvetes e sobremesas, como no cheesecake.
ZULMA FREITAS DE SOUZA RATONES
NEIM BARREIRA DO JANGA SACO GRANDE
NEIM HASSIS COSTEIRA
NEIM PROFESSORA ALESSANDRA ABDALLA TAPERA
POR HELENA MORALES PEREIRA ESTUDANTE DO SÉTIMO ANO DA EBM BEATRIZ DE SOUZA BRITO
Linda e preta, Que nem a cor do sol de manhã cedo acordar.
Linda e preta, Meu mundo começa só depois de te encontrar.
Linda e preta, Seu cabelo preto, luz ao meu olhar.
Linda e preta, Linda e preta, Linda e preta.
Jardim do dia a dia, Brincar de alegria, Diz que nem desconfia, Linda e preta.
LUZ AO MEU OLHAR LINDO E PRETO
POR PABLO HENRIQUE FREITAS, BERNARDO AMORIM CONTI E CHRISTIAN DE MORAES GEREMIAS
ESTUDANTES DO OITAVO ANO DA EBM BEATRIZ DE SOUZA BRITO
Lindo e preto seus cachos sem defeito
Lindo e preto, cabelo blackpower
Lindo e preto, sua pele sem defeito
Lindo e preto, seu sorriso lindo e perfeito
Seu cabelo arrasa Balançando em frente ao mar
Hoje eu acordo pra dizer que você Lindo e preto, Lindo e preto, Lindo e preto.
Seu sorriso brilha igual à luz que reflete o mar.
FOGUETE NÃO TEM RÉ…
PRINCIPALMENTE UM FEITO
COM GARRAFA PET!
Você sabia que só neste ano pelo menos 75 foguetes já foram lançados pela SpaceX?
E a previsão é chegar a 180 até fim de dezembro. Isso mostra como os lançamentos espaciais se tornaram quase rotineiros.
A humanidade continua evoluindo, e talvez você seja o próximo a fazer parte dessa história. Que tal começar construindo seu primeiro foguete?
O PROJETO
• 2 garrafas PET de 1,5 ou 2 litros (vazias e limpas);
• Papelão ou cartolina dura (para as abas e ponta);
• Tesoura sem ponta;
• Fita adesiva forte (ex: fita isolante);
• Rolha que encaixe bem no gargalo da garrafa;
• Vinagre;
• Bicarbonato de sódio;
• Papel toalha ou papel higiênico;
• Barbante;
• Um local aberto (de preferência um campo de futebol).
A ENGENHARIA
Antes do lançamento, é necessário construir seu foguete. Acredite: essa fase é de grande importância para a aerodinâmica do projétil.
1. PONTA TRIANGULAR
Enrole a cartolina em forma de cone, tipo um chapéu de festa. Em uma garrafa, com a abertura virada para baixo, fixe o cone com fita.
2. ASAS
Assim como em um avião, os foguetes possuem um tipo de “asa” que garante estabilidade durante o voo. Para isso você precisa cortar três ou quatro triângulos de cartolina ou papelão. Use fita para colar as asas ao redor da abertura da garrafa — que agora é a parte inferior do seu foguete. Deixe-as bem alinhadas e espaçadas para a hora do lançamento ser bem sucedida.
3. BASE
Corte dez centímetros da base da outra garrafa PET. Este será o suporte para seu foguete ficar de pé.
O COMBUSTÍVEL
1. Adicione 1/3 da garrafa de vinagre.
2. Corte um pedaço de papel toalha e adicione de uma a duas colheres de bicarbonato de sódio.
3. Feche o papel como se fosse um pacotinho e amarre com o barbante, para o bicarbonato não cair imediatamente.
O LANÇAMENTO
1. Vá até o espaço aberto.
2. Insira o pacotinho de bicarbonato dentro da garrafa com vinagre, com uma parte do barbante para fora, coloque a rolha — assim o bicarbonato ficará suspenso e não entrará em contato com o líquido imediatamente.
3. Rapidamente, vire a garrafa de cabeça para baixo e coloque na base.
4. Corra! Fique em uma distância segura e aguarde: a reação vai gerar gás e pressão, e o foguete será lançado para cima!
QUÍMICA EXPLICADA
Quando você junta vinagre (um ácido) com bicarbonato de sódio (uma base), eles produzem gás carbônico (CO²) rapidamente, criando pressão dentro da garrafa. Isso faz com que o líquido empurre a rolha e dê impulsionamento para o foguete voar.
