Nesta edição da revista its Teens, convidamos você a explorar temas que atravessam gerações e despertam curiosidade: das mudanças vividas na adolescência às descobertas científicas sobre os oceanos, passando por personagens que moldaram a história, como Leonardo da Vinci.
Também celebramos iniciativas que transformam realidades, como os projetos indígenas nas escolas e a força do FloriParadesporto. Em meio à cultura pop, à tecnologia e às tradições brasileiras, esta revista promove o diálogo, o autoconhecimento e o prazer de aprender. Afinal, conhecimento se constrói em cada detalhe — seja em sala de aula, na prática ou na tela. Aproveite mais esta produção especial!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
ANA
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL
Estagiária
Assistente de Mídia
/conteúdo
De onde é a foto? Pesquisadores das águas
Diário da montanha
Como lidar com as mudanças da adolescência? #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #08 #10 diversão natureza
escolar conhecimentos gerais
Além da Mona Lisa: quem foi Leonardo da Vinci?
Campeões da inclusão Raízes indígenas
Aprendendo com documentários 5 dicas para promover o uso consciente das telas
Conheça as tribos indígenas mais antigas do Brasil
FloriParadesporto é POTÊNCIA
Porque o oceano está ficando mais ácido?
Hora da erupção: crie seu próprio vulcão
Como surgiram as criaturas místicas?
ESCANEIE O QR CODE e faça parte da próxima edição da revista its Teens
Acompanhe a revista its teens nas redes sociais
VOCÊ SABE IDENTIFICAR QUAL MOMENTO HISTÓRICO ESTÁ REPRESENTADO NA IMAGEM? FAÇA O TESTE E DESCUBRA!
a) Primeira foto da Terra tirada pela Nasa (1961)
b) “Nascer da Terra”, tirada pelo astronauta William Anders, durante a missão Apollo 8 (1968)
c) A primeira imagem da Terra totalmente coberta de gelo, feita pela missão Ártico Solar (1974)
a) Bomba atômica atinge Hiroshima, Japão (1945)
b) Teste de bomba nuclear nos Estados Unidos (1978)
a) Navio levando a realeza britânica aos Estados Unidos (1896)
b) Navio que atravessou o Atlântico em tempo recorde (1911)
c) Última foto do Titanic (1912)
c) Explosão experimental de um míssil balístico no Canadá (1947)
c) Almoço no topo do arranha-céu, em Nova York, por Charles C. Ebbets (1932) 1 3 2 4 5
a) Testemunhas da assinatura do Tratado de Versalhes (1919)
b) Julgamento de agentes da Segunda Guerra Mundial (1946)
c) Participantes assistem à cerimônia da queda do Muro de Berlim (1989)
b) Engenheiros almoçando no topo da Torre Eiffel durante sua expansão (1925)
a) Operários chineses fazendo uma pausa para o chá sobre um andaime em Xangai (1929)
Gerente de gestão educacional da Secretaria Municipal de Educação
Imagine um livro que não precisa de ilustrações porque cada verso já pinta imagens na sua mente. Assim é “Diário da montanha”, da premiada escritora Roseana Murray. Escrito durante quase um ano, em uma casinha na serra de Visconde de Mauá (RJ), o livro reúne 57 poemas que falam do cotidiano, da natureza, do silêncio e da beleza escondida nos pequenos gestos.
Com uma linguagem simples, porém cheia de emoção e sensibilidade, Roseana transforma o comum em poesia. Seus versos são livres, leves e profundos, como quando escreve: “Há música nos gestos simples: juntar a lenha, soprar o fogo, limpar a casa”.
A leitura desse diário é uma experiência sensorial — sentimos os cheiros da terra, ouvimos o vento, enxergamos a névoa. Tudo isso sem sair do lugar. A autora convida o leitor a caminhar ao seu lado pelas trilhas da montanha e pelas trilhas da alma.
O livro, publicado pela Editora Manati, tem uma edição caprichada: capa dura, papel confortável de ler e um visual que combina com o clima intimista da obra. Ele foi reconhecido como o Melhor Livro de Poesia pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ) em 2013 — um verdadeiro presente literário para quem se permite sentir.
Roseana Murray escreve para jovens e adultos com a mesma paixão. Já publicou cerca de 100 livros e desenvolve projetos que aproximam a literatura das pessoas, como cafés literários e encontros com leitores em sua casa.
“Diário da montanha” é mais que um livro — é um respiro, um mergulho na calma, um convite para olhar o mundo com olhos mais atentos e coração mais aberto. Se você busca poesia que toca de verdade, esse diário pode ser o começo de uma grande conexão com as palavras.
A grande fábrica de palavras
Agnès de Lestrade, com ilustrações de Valeria Docampo
Espantosa história de Ruffus Valdemir Klamt
POR Waleska Regina Becker Coelho de Franceschi
Amor à natureza em poesia Fritz Müller
Saru, o guerreiro da floresta
Maurício Eduardo Graipel
MUDANÇAS
A altura já não é mais a mesma e agora as calças estão mais curtas. O cabelo muda de textura e é hora de aprender uma nova finalização. Chegando na escola, os amigos ficaram em turmas separadas e o dia dia não será mais como antes. Se existe uma fase da vida em que tudo muda é a adolescência.
Seja na aparência física, no lado emocional ou até mesmo no social, este é um período em que os sentimentos se tornam cada vez mais intensos e todo desafio parece um monstro de sete cabeças. Apesar de ser um momento complexo, basta uma nova perspectiva para enxergar esse ciclo como uma oportunidade para se conhecer e crescer de forma mais leve.
Com tanta novidade, é normal se sentir confuso e sem saber para onde ir. Mas calma! É importante entender que você não está sozinho nessa, e existem maneiras para lidar melhor consigo mesmo e com o mundo ao seu redor.
CONVERSE COM ALGUÉM DE CONFIANÇA
Tente manter o equilíbrio entre as áreas da sua vida: momentos de estudo, de diversão, de desenvolvimento pessoal e de descanso. Organize uma rotina que faça bem para você e estabeleça pequenas metas para se manter motivado. 1 2 3 4 5
Um pensamento comum entre a maioria dos adolescentes é a impressão de que “ninguém me entende”. Apesar de cada pessoa possuir suas características e desafios pessoais, é importante lembrar que, assim como você, seus colegas também estão passando por essa fase, então, a chance de alguém compreendê-lo e compartilhar do mesmo sentimento é muito alta.
Vale ressaltar que todo adulto já passou pela adolescência. E ainda que cada geração tenha comportamentos e obstáculos diferentes, as emoções sempre foram o combustível do ser humano. Por isso, a confusão, a insegurança, a ansiedade, a curiosidade e até mesmo o entusiasmo são sentimentos que fizeram — e fazem, até mesmo na terceira idade — parte da maioria das pessoas.
Falar sobre o que está sentindo ajuda a aliviar o peso do peito e da mente. Pense na pessoa em quem você mais confia e a chame para uma conversa. Caso necessário, peça ajuda de um profissional que poderá indicar as melhores formas de lidar com esse período — lembre-se que se expressar não é um sinal de fraqueza, mas sim de coragem.
CUIDE DA SUA SAÚDE FÍSICA (E MENTAL)
Essa dica já está batida, nós sabemos. Mas se é um conselho tão repetitivo, é porque existe um motivo! Em uma fase em que o corpo cresce e novas responsabilidades surgem, é essencial que essas mudanças sejam vistas com cuidado.
Nada de dormir de madrugada e acordar cedo. O descanso é uma das partes mais importantes do crescimento, por isso é importante ter uma boa higiene do sono, afinal, acordar bem é o primeiro passo para cumprir todo o resto. Uma alimentação equilibrada e a prática de atividade física são igualmente fundamentais para manter o corpo saudável — a combinação das três dicas resulta em uma melhor qualidade de vida, contribuindo também na autoestima e no bem-estar.
Além de ajudar na saúde física, cuidar de si mesmo inclui a parte psicológica. Aprenda a dar nome às suas emoções. Será que é raiva ou tristeza? Ansiedade ou medo? Tente reconhecer o que está sentindo e busque formas de relaxar. Você gosta de música? Então crie playlists com canções que representam o seu ânimo. Quer aliviar a mente? Medite ou faça uma caminhada. Escrever em um diário também é uma boa opção para lidar com o estresse e desabafar.
USE BEM AS REDES SOCIAIS E CULTIVE BOAS AMIZADES
Uma das maneiras mais fáceis de engajar um post nas redes sociais é o famoso rage bait, uma tática para irritar os usuários e assim aumentar as interações nas publicações. Apesar da internet ser um ambiente em que é possível aprender muita coisa e encontrar pessoas que gostam do mesmo assunto que você, também pode ser perigosa — tanto para quem comenta coisas negativas quanto para quem lê. Por isso, não se deixe levar por essas publicações, se afaste de ambientes desrespeitosos e seja gentil com o próximo. Isso vale tanto para o mundo virtual quanto o presencial. Cultive amizade com pessoas que desejam o seu bem e deixam o seu dia mais feliz.
EXPLORE SEUS TALENTOS
Todo mundo tem uma paixão que faz o coração bater um pouco mais forte. Pode ser esporte, música, livros, pintura, moda, edição de vídeos… opção é o que não falta! Durante o tempo livre, experimente explorar temas que despertem sua curiosidade, pois isso ajuda você a se conhecer melhor e fortalece sua identidade. Lembre-se que ninguém nasce sabendo. Para algumas pessoas, certos talentos parecem mais naturais, mas isso não significa que para os outros não vai dar certo, o importante é não desistir. O começo pode ser difícil, mas é com prática e paciência que as habilidades vão se aprimorando — e a confiança cresce junto.
RESPEITE SEU TEMPO
Assim como uma única turma tem estudantes com personalidades completamente diferentes, as mudanças físicas também acontecem de forma única. Cada corpo tem um próprio ritmo e jeito de se desenvolver, por isso evite se comparar com os colegas ou com perfis nas redes sociais.
Pode ser que a pele do seu amigo pareça mais limpa, ou o cabelo mais ajeitado, mas esse é um momento de transformação e seu corpo está passando por muita coisa, então, seja mais gentil consigo mesmo e aprenda a se olhar com mais carinho. Caso seja algo que o incomoda, converse com seus responsáveis e procure um profissional que possa ajudar nesse processo.
Com um sorriso enigmático e um olhar sereno, uma pintura aparentemente simples atrai a visita de milhares de pessoas diariamente, que formam longas filas para ver de perto um dos quadros mais famosos do mundo: a Mona Lisa. Exposta no Museu do Louvre, em Paris, a obra foi pintada entre os anos 1503 e 1506 por Leonardo da Vinci.
A ambiguidade dos sentimentos no rosto da figura retratada foi um dos motivos que tornaram esse quadro tão conhecido e comentado ao longo dos séculos. Mas as técnicas do artista não passam despercebidas — com o método de sombreado, chamado de sfumato, a transição entre a luz e a sombra ajudam a criar um aspecto mais misterioso e intrigante.
O italiano renascentista é conhecido, principalmente, por seu talento artístico. Entre suas criações mais renomadas também estão o quadro “A última ceia”, presente na parede de uma igreja em Milão, e “Homem vitruviano”, um desenho que une arte e ciência ao representar as proporções ideais do corpo humano. Este último não foi apenas um resultado da capacidade técnica e criativa do artista, mas reflete também sua genialidade em outras áreas.
Além de ser um grande pintor, Leonardo da Vinci foi escultor, arquiteto, anatomista, músico, poeta, cientista, engenheiro, inventor, botânico e matemático.
A lista é longa, mas mostra que seu legado não tem base no quadro de uma mulher. Conheça cinco descobertas do italiano que mudaram o mundo.
Entre pinturas e neurônios
Com base nos estudos em cérebros humanos e de animais, o artista foi o primeiro a entender o funcionamento do nervo olfativo. Da Vinci buscava compreender a estrutura e funções do cérebro de forma científica e, embora nem todas as suas teorias estivessem corretas, a abordagem é considerada precursora. O cientista molecular Jonathan Pevsner, pesquisador do Instituto Kennedy Krieger, publicou um artigo em que enfatiza a importância dos trabalhos do pintor italiano — além de identificar o nervo olfativo como parte do crânio, da Vinci determinou formas e tamanhos dos ventrículos cerebrais e buscava entender como aconteciam as mudanças no cérebro em quadros de epilepsia ou como o estado mental de uma grávida poderia afetar o bebê.
Pioneiro solar O mistério da água
Muito antes de painéis solares serem instalados nos telhados das casas ou veículos movidos a energia solar fossem criados, Leonardo da Vinci já havia comentado sobre a preocupação ambiental e projetado um mecanismo em que a luz do Sol era concentrada por meio de espelhos. Utilizando espelhos côncavos, a luz era usada para aquecer um reservatório de água — o inventor acreditava que esse método poderia diminuir o desmatamento.
A água — usada não apenas em estudos sobre a energia solar — era um dos grandes interesses científicos do artista. Ao estudar sobre a mecânica dos fluidos, percebeu um fenômeno que só foi desvendado em 2018: o salto hidráulico, que ocorre quando a água se espalha por um local antes de tomar direção para outros. Hoje em dia pode parecer algo simples, mas entender como esse processo funciona pode ajudar no melhor aproveitamento da água e como economizá-la.
Estudos do coração
O inventor costumava fazer dissecações do corpo humano para estudar sobre o funcionamento do organismo. Com isso, criava desenhos precisos dos órgãos, e um deles foi o coração. Com ilustrações, mostrou ventrículos, válvulas, veias e alguns detalhes que somente com o avanço da medicina foi possível interpretar.
O médico e professor da Universidade de Cambridge Francis C. Wells comparou os desenhos do italiano com dissecações contemporâneas e reconheceu os esboços anatômicos como pioneiros nos estudos sobre a estrutura do coração humano.
Precursores dos robôs
Seja na limpeza de casa, com aspiradores de pó, ou em ferramentas que auxiliam em cirurgias delicadas, os robôs estão cada vez mais presentes no dia a dia. Isso se deve aos avanços consideráveis na área nos últimos anos, que criaram também máquinas humanóides, cada vez mais parecidas com as pessoas de carne e osso. Séculos antes de todas as revoluções, Leonardo da Vinci já explorava esse campo, com invenções movidas a corda. Considerados “precursores dos robôs”, o leão mecânico era capaz de dar passos e abrir o peito, exibindo flores; já o projeto do cavaleiro mecânico, que acabou não sendo construído pelo pintor, possuía uma figura humanóide e continha engrenagens e rodas conectadas a um sistema de polias e cabos. Esse mecanismo foi desenvolvido para que o dispositivo pudesse se movimentar de forma independente.
Projeto
transforma rios e praias em salas de aula e estimula o cuidado com a natureza
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
alunos aprendem sobre a relação de rios e mares com o meio ambiente.
Tempo de leitura: 5 minutos
Conhecer a natureza ao redor e tudo aquilo que faz parte do nosso bairro é mais do que uma atitude de interesse, podendo ser o ponto de partida quando falamos de cidadania. A construção dos espaços e a forma como a comunidade é responsável por aproveitar cada um deles também é algo que precisa ser incentivado desde cedo, seja para aproveitar os momentos de descanso ou até mesmo para compreender que a vigilância dos locais públicos é algo que pode e deve ser feito pelos moradores.
Partindo dessa ideia, você já parou para pensar em todas as áreas de espaço verde e de natureza que cercam a sua rotina, incluindo a praia? Esse pensamento foi o ponto de partida para a equipe da Escola do Mar. O projeto, intitulado “Rios e mar”, tem como foco atender todas as unidades da rede municipal de Florianópolis, apresentando questões ambientais e culturais da própria comunidade.
“No projeto, o bairro e o rio se tornam o tema gerador para integrar o aprendizado escolar, dando sentido aos conteúdos e promovendo mudança de olhares e hábitos”, contam Hellen Martins Rios, assessora pedagógica e coordenadora da Escola do Mar, junto com a professora auxiliar de atividades de ciências e ex-coordenadora do programa, Rosangela Teixeira.
Além das provocações, a iniciativa conta com saídas de campo, análises da água, entrevistas com moradores e produção de mídias, colocando os alunos como agentes do conhecimento, seja durante as análises dos dados ou ao questionar os moradores. “É oportunizar que os estudantes conheçam mais a comunidade onde cada unidade educativa está inserida, os rios que integram a microbacia hidrográfica da região e sua relação com a saúde do ambiente marinho”, explicam as profissionais.
O projeto foi criado em 2022, quando os responsáveis pela Escola do Mar pensaram numa ação que pudesse apresentar opções de iniciação científica, e hoje as escolas da Capital e os próprios moradores observam as conquistas das turmas que participam da atividade. De acordo com as responsáveis, as coletas no rio são feitas uma vez por mês, enquanto o teste no mar é feito duas vezes ao ano — na baixa e na alta temporada.
Pesquisas sobre o Rio do Brás
Prova do empenho dos alunos e daquilo que são capazes de fazer, em Canasvieiras a turma foi responsável por contribuir com a coleta de números para um relatório entregue ao Ministério Público de Santa Catarina. “Os dados coletados pelos estudantes foram utilizados por um instituto, o SOS Rio do Brás, em um dossiê encaminhado ao Ministério Público, que resultou na solicitação à prefeitura para início do processo de desassoreamento do rio”, finalizam as especialistas.
Escolas envolvidas
Confira a lista das unidades que já fizeram parte do projeto e aquelas que estão com as ações em andamento: 2025
• Escola Básica Municipal (EBM) Virgílio dos Reis Várzea;
• EBM José Amaro Cordeiro. 2024
• EBM Virgílio dos Reis Várzea;
• EBM José Amaro Cordeiro;
• EBM Osmar Cunha;
• EBM Osvaldo Machado. 2023 e 2022
• EBM Virgílio dos Reis Várzea;
• EBM Osmar Cunha.
Foto: EBM
Virgílio dos Reis
Várzea/Divulgação
Foto: EBM Osmar Cunha/Divulgação
Foto: EBM
José Amaro Cordeiro/Divulgação
Aluna realiza a coleta de amostra no Rio Papaquara
Alunas avaliam os índices do Rio do Brás
Jovens recolhem detritos na Praia da Armação
ESTUDANTES DA EJA PRODUZEM FILMES AUTORAIS
Participar da produção e da filmagem de um filme pode parecer algo muitas vezes inalcançável. Mas para provar que a arte é um direito de todos, os estudantes da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJA) Norte elaboraram as próprias obras audiovisuais.
A exibição das películas ocorreu no auditório Tito Sena, na sede da Faculdade de Educação da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), no dia 9 de julho.
As produções fizeram parte do Festival do Minuto EJA e incluíram estudantes na fase da alfabetização e os que estão concluindo o Ensino Fundamental. Os alunos participaram da elaboração dos roteiros, filmagem, fotografia, construção de cenários, edição e atuação — durante o processo puderam expressar questões e contextos culturais da sua realidade. No total, foram 50 vídeos exibidos.
O destaque vai para as obras “Educação: a última dose”, sobre a cura da invisibilidade; “Meu nome é Vera”, uma autobiografia de Vera Granemam; “Serei EJA”; e “O palhaço da EJA”.
Os estudantes da rede municipal de Florianópolis contarão com mais uma unidade para ingressar nos estudos. A nova escola está localizada na Rua Padre Roma, no Centro da cidade, e atenderá crianças do primeiro ao quinto ano em tempo integral.
A unidade funcionará a partir do início do ano letivo de 2026, com 300 vagas disponíveis. Além da aprendizagem em sala de aula, o foco também será nas atividades extracurriculares, com atividades dinâmicas e interdisciplinares, momentos de lazer e descanso e um maior acompanhamento dos professores.
FLORIANÓPOLIS É RECONHECIDA
NACIONALMENTE POR AÇÕES ANTIRRACISTAS NA EDUCAÇÃO
Com atividades que promovem a equidade racial, Florianópolis recebeu o Selo Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva para as Relações Étnico-Raciais do governo federal. A certificação é concedida às secretarias municipais e estaduais de educação que se destacam em ações voltadas uma educação antirracista, com valorização da história e cultura africana e afro-brasileira no ambiente educacional.
REDE MUNICIPAL MARCA PRESENÇA NO FESTIVAL PARALÍMPICO
Estudantes de nove unidades participaram do Festival Paralímpico realizado no Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). No total, 150 alunos da rede municipal de ensino estiveram presentes no evento. Crianças e adolescentes com ou sem deficiência vivenciaram algumas modalidades paralímpicas com o objetivo de incentivar a inclusão social por meio do esporte.
O festival é promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, com apoio da Fundação Municipal de Esportes da Capital e do Centro de Referência Paralímpico Brasileiro de Florianópolis, em parceria com o Centro de Desportos da UFSC, Fundação Catarinense de Educação Especial (FCEE) e Associação Catarinense de Esportes Adaptados (Acesa).
As unidades participaram foram as Escolas Básicas Municipais (EBMs) Darcy Ribeiro, Donícia Maria da Costa, José Amaro Cordeiro, Vitor Miguel de Souza, Brigadeiro Eduardo Gomes, Beatriz de Souza Brito, José do Valle Pereira, Dilma Lúcia dos Santos e Mâncio Costa.
RAÍZES Indígenas
Por
meio de conversas
e
visitas de campo, a ancestralidade
indígena é incluída no cotidiano em sala de aula
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR
POR AQUI:
estudantes aprendem sobre a cultura dos povos originários.
Tempo de leitura: 5 minutos
É fato que dificilmente pensamos em tudo aquilo que existe e que foi criado por conta daqueles que vieram antes de nós.
Seja na cultura, na gastronomia ou até mesmo nos costumes, é verdade que temos muitos dos nossos ancestrais — e em um país miscigenado como o Brasil, diversas etnias compõem a construção da nossa identidade.
E como seria se pudesse aprender aquilo que os povos antigos descobriram? E se pudéssemos conhecer aqueles que fizeram parte da história? Essas foram atividades que os estudantes da Escola Básica Municipal Almirante Carvalhal puderam vivenciar de perto. Tudo começou em 2024, com ações contínuas sobre relações étnico-raciais, com foco nas culturas afro-brasileiras e indígenas.
Neste ano, o foco ficou para a cultura dos povos indígenas, com temas e assuntos que foram apresentados em sala de aula. “Os aspectos priorizados foram referentes à diversidade desses povos, à presença de palavras indígenas no nosso vocabulário, o respeito e a valorização dos diferentes modos de vida, os territórios indígenas e as injustiças e conflitos relacionados a estes povos na história e atualmente no Brasil”, conta a professora de Geografia Mariana Maragno Reinheimer.
Na visão da diretora da escola, Magali Schmitz Knoll, é como se o conhecimento indígena estivesse sendo passado de geração em geração, sobrevivendo às barreiras do tempo. “Estamos engajados e comprometidos em disseminar o maior número de conhecimento e informações, contribuindo para expandir nossa cultura, para que mais pessoas conheçam as nossas origens e enxerguem o nosso futuro a partir da nossa ancestralidade”, diz a profissional.
Com aulas interdisciplinares, visitas culturais, rodas de conversa com lideranças indígenas e atividades práticas como artesanato e robótica, a turma compreendeu a importância da pluralidade e da diversidade com a intenção de ampliar cada vez mais. “Pretendemos continuar e expandir este projeto no futuro, aprofundando ainda mais o conhecimento sobre as culturas indígenas e fortalecendo o respeito e a valorização de suas tradições”, reforça o professor de tecnologia educacional Josué de Oliveira, que também participou das atividades.
Os alunos aprendem em atividades que extrapolam a sala de aula
Aprendizado para vida
Pensando naquilo que é aprendido em sala, mas que se torna parte da formação como cidadão, os estudantes levarão os requisitos fundamentais para estimular a construção de uma sociedade que seja capaz de respeitar as culturas anteriores. “Acredito que estas atividades expandem o conhecimento sobre os povos originários desta terra, o povo brasileiro e o próprio Brasil, inibem o preconceito e o racismo e estimulam a empatia, a solidariedade e o respeito pela diversidade humana”, fala Mariana. Além dos aprendizados sobre as formas artísticas existentes na época, como as confecções de objetos com barro ou penas, na visão de Magali existe outro ganho importante. “O contato direto dos estudantes com as vozes autênticas é fundamental para enriquecer o aprendizado e proporcionar uma compreensão mais profunda da diversidade cultural e das questões que envolvem os povos originários”, finaliza a diretora.
Fotos:
A saída de campo é uma possibilidade para expandir os aprendizados em turma
Colocar a mão na massa também é uma forma de trabalhar aquilo que foi ensinado
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
projeto promove atividades esportivas para alunos com deficiência.
Tempo de leitura: 10 minutos
Você já imaginou como seria ser referência em um esporte? Ser aquele que é escolhido para representar a escola e todos os estudantes em uma competição e voltar para a sala de aula com uma medalha? Esse pode ser o sonho de muitos jovens, daqueles que encontram na prática esportiva uma ligação genuína, capaz de ensinar sobre respeito, inclusão e disciplina. Seja pelo interesse em determinada modalidade ou pelo desejo de conhecer algo novo, a verdade é que colocar o corpo em movimento pode ser uma forma de melhorar a comunicação, influenciando a saúde mental e até mesmo a percepção que temos do nosso lugar na sociedade — e os estudantes do FloriParadesporto conhecem essa transformação de perto. Promovido pela Secretaria Municipal de Educação, por meio das Diretorias de Educação Fundamental e Educação Especial, o projeto faz parte de uma iniciativa pautada em promover a inclusão das pessoas com deficiência, priorizando o desenvolvimento do paradesporto em unidades municipais da Capital. O foco é ampliar o acesso daqueles que, muitas vezes, não encontram as mesmas possibilidades.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
O atletismo é uma das modalidades praticadas pelos estudantes
Isaac já acumula algumas medalhas em competições e campeonatos
Competindo por Florianópolis
No âmbito de representação, Florianópolis já conta com grandes nomes, exemplo dos alunos que foram responsáveis por competir no 14º Jogos Escolares
Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc), disputado em julho, na cidade de Timbó. Nessa competição, sete jovens estiveram presentes: Isaac Mattias Cunha Alves, da Escola Básica
Municipal (EBM) Maria Conceição
Nunes; Rhuan Diego de Oliveira Martins, da EBM Donícia Maria da Costa; Rian Anthony Tezzari de Oliveira, da EBM José do Valle Pereira; Vitoria Gabriella Pacheco Carrão, da EBM Mâncio Costa; Thamirys Veiga de Oliveira, da EBM Beatriz de Souza Brito; Dannyel Victor Silva da Silva, da EBM José Jacinto Cardoso; e Ana Vitória
Machado Moreira, da EBM Professora Herondina Medeiros Zeferino.
As modalidades disputadas foram natação, atletismo - nas provas de corrida -, salto em distância, arremesso de peso e lançamento de pelotas. Entre a preparação para o campeonato e a adrenalina da disputa, os profissionais que acompanham os estudantes conseguem ver de perto o valor de mostrar novos caminhos e possibilidades. “Você vê principalmente os alunos com deficiência, que muitas vezes sofrem bullying, não têm um protagonismo e são aquela referência esquecida. Essa prática esportiva
passa a dar protagonismo para eles, essa questão de voltarem para a escola com a medalha e todo mundo aplaudindo”, conta o professor de Educação Física Luís Henrique Soares de Oliveira, que esteve junto com Rian Anthony. No caso do estudante, a turma preparou uma surpresa: todos escreveram cartas de incentivo para o atleta, sem que ele soubesse. Ao chegar na competição, Henrique foi o responsável por entregar as mensagens ao aluno, que ficou emocionado.
O pensamento é compartilhado com o professor de Educação Física Alexsandro Fernandes, que reforça a importância de um acompanhamento individual com os estudantes antes das competições, seja para trabalhar o físico ou para potencializar o emocional. “Já existe a dificuldade de se encontrar, de aceitação, de encontrar algo que seja para eles, mas o projeto vem com esse viés”, pontua o educador.
Fernandes relembra o caso de Vitoria, que antes não praticava nenhum esporte, mas que aos poucos foi se desenvolvendo no atletismo. Além do desempenho nas pistas, as novas relações também são conquistas celebradas. “Acho que o que tem trazido ela para o esporte é justamente as amizades que tem feito, essa socialização com as outras crianças”, diz o professor.
Alguns alunos aproveitam a oportunidade para testar saltos
Perfil vencedor
Estar diante da plateia e ter a responsabilidade de cruzar a linha de chegada em primeiro lugar é uma ação que exige esforço e muito preparo. Na competição em Timbó, por exemplo, alguns experimentaram essa sensação pela primeira vez, como Vitoria, que competiu no atletismo. “Pensei que não conseguia ganhar, mas fiquei em quarto lugar”, fala a jovem.
No caso de quem estava participando do segundo desafio, esse foi o momento para ultrapassar limites. “Foi muito legal, consegui bater os meus recordes. Acho que de todos: corrida de 100 metros, de 200 e de pelota”, menciona Thamirys Veiga
de Oliveira. Também houve aqueles que estavam se preparando para outro esporte, mas descobriram na prática a proximidade com o atletismo, como Rian. “Treinei bastante para o badminton, mas não teve essa modalidade e fui fazer atletismo. E foi legal porque em vez de ganhar, fiz muitas amizades”, reforça o alerta. O mesmo sentimento de alegria em estar com os colegas e a emoção de vivenciar o esporte na prática também foi compartilhado com Isaac. “Eu perdi, mas o importante não é você ganhar medalha, o importante é aprender.”
No caso de Rhuan, o que marcou foi a adrenalina antes de competir.
Alexsandro e Vitoria prontos para a largada
Rian foi destaque no arremesso de peso e lançamento de pelotas
Confira a classificação de cada um no 14º Jogos
Escolares Paradesportivos de Santa Catarina (Parajesc) na modalidade atletismo:
• Vitoria Gabriella Pacheco Carrão: 4º lugar nos 200 metros, 5º lugar no salto em distância e 4º lugar nos 100 metros.
• Thamirys Veiga de Oliveira: 1º lugar no lançamento da pelota, 1º lugar nos 100 metros e 1º lugar nos 200 metros.
• Rian Anthony Tezzari de Oliveira: 1º lugar no arremesso de peso e 2º lugar no lançamento da pelota.
• Isaac Mattias Cunha Alves: 6º lugar nos 200 metros, 9º lugar nos 100 metros e 12º lugar no salto em distância.
• Rhuan Diego de Oliveira Martins: 3º lugar no salto em distância, 3º lugar nos 100 metros e 2º lugar no arremesso de peso. Na natação, estudantes da rede, em parceria com a Associação Florianopolitana de Deficientes Físicos (AFLODEF) e pelo Centro de Referência Paralímpico de Florianópolis (CRPB), obtiveram os seguintes resultados:
• Dannyel Victor Silva da Silva (EBM José Jacinto Cardoso): 1º Lugar 50m costas, 2º Lugar 50 metros livre.
• Ana Vitória Machado Moreira (EBM Professora Herondina Medeiros Zeferino): 1º Lugar 50 metros costas, 1º Lugar 100 metros livre, 1º Lugar 50 metros livre.
Unidades participantes
Para promover a interação e o esporte entre os estudantes, a prática é seguida em algumas escolas da rede. Confira quem está participando da iniciativa:
• EBM Beatriz de Souza Brito;
• EBM Brigadeiro Eduardo Gomes;
• EBM Darcy Ribeiro;
• EBM Dilma Lúcia dos Santos;
• EBM Donícia Maria da Costa;
• EBM Professora Herondina Medeiros Zeferino;
• EBM José do Valle Pereira;
• EBM Vitor Miguel de Souza.
Destaque em outras competições
Além da última competição, 17 estudantes também estiveram presentes no Meeting Paraolímpico Loterias Caixa, evento promovido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, realizado em abril na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistando 28 medalhas. Alguns resultados garantiram vagas para a etapa nacional das Paralimpíadas Escolares, marcada para novembro em São Paulo, no Centro de Treinamento do Comitê Paralímpico Brasileiro.
Os estudantes, anualmente, também marcam presença no Festival Paralímpico, realizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) — a iniciativa reúne crianças e jovens com idades entre sete e 17 anos com e sem deficiência para a vivência em modalidades paralímpicas, de maneira recreativa e lúdica, enquanto propaga o Movimento Paralímpico para todo o território nacional.
2
1
3
Conheça seis produções disponíveis no streaming que promovem reflexões e aprendizado sobre diferentes áreas
Ao mesmo tempo em que é interessante mergulhar em mundos ficcionais fantásticos, desvendar mistérios em filmes de suspense e conhecer a fundo cada novo personagem que dá as caras no Universo Cinematográfico da Marvel (MCU), há um segmento especial do cinema que reserva uma experiência ainda mais completa: os documentários. Ficam de lado as cenas milimetricamente planejadas e os devaneios das histórias de ficção para dar vez a reflexões sobre a realidade, com depoimentos, análises e ambientações embasadas em histórias, experiências e cenários que nos cercam de verdade. Os “docs”, como são apelidados, têm uma infinidade de abordagens, estilos e formatos, podendo ser biográficos, docudramas, investigativos, com imagens de arquivo… o céu é o limite! Que tal, esta semana, trocar o tradicional “filme pipoca” por um documentário divertido, que vai, de bônus, ensinar algo de novo? Confira seis sugestões de produções que tratam de meio ambiente, sustentabilidade, tecnologia e artes!
POR GUSTAVO BRUNING
Emproldasustentabilidade
É sempre bom questionar práticas antigas, talvez defasadas, e atitudes comprovadamente prejudiciais à humanidade. “Solo fértil” traz uma visão atual sobre os impactos da erosão do solo e os benefícios da agricultura regenerativa, que ajuda a reduzir o CO² na atmosfera. O documentário traz entrevistas com cientistas, ativistas, fazendeiros e celebridades e busca conscientizar o espectador sobre as possibilidades da economia sustentável e métodos agrícolas mais saudáveis.
“Solo fértil” (2020)
Armadilhasvirtuais
Ao mesmo tempo em que as redes sociais e a ampliação do acesso à internet, nas últimas décadas, facilitaram a comunicação e o acesso a informações, se tornaram perigosas armadilhas viciantes. Essas ferramentas moldaram as interações humanas e fizeram com que se tornasse necessário questionar mais intensamente a veracidade de fatos e notícias. “O dilema das redes” promove um debate sobre os perigos e desilusões desse ambiente virtual, incluindo impactos na saúde mental. Por meio de entrevistas com especialistas, estimula o espectador a navegar de forma segura, prazerosa e responsável.
“O dilema das redes” (2020)
Ummergulhonoconhecimento 3
Não faltam documentários e séries documentais que exibem e esmiúçam as belezas naturais mais grandiosas do planeta. Mas a quantidade é bem menor quando se trata de produções que nos levam a conhecer tão bem a vida marinha brasileira e entender o quão crucial é preservar as águas e respeitar a existência da infinidade de formas de vida que por lá habitam.
Narrado pela atriz Alice Braga, “Brasil azul” nos apresenta à jornada de uma tartaruga marinha e funciona como um recorte contemporâneo das ligações entre a biodiversidade e os ecossistemas costeiros.
“Brasil azul”
(2020)
Bemalemdolatido 4
Assim como a convivência e as diferentes relações que temos com amigos e familiares são formadas por regras e dinâmicas específicas, o vínculo que compartilhamos com animais de estimação é extremamente complexo. No documentário educativo “Dentro da mente de um cachorro”, aprendemos como os cães atuaram como bons companheiros do ser humano ao longo da história e entendemos os aspectos emocionais e científicos que entrelaçam esse elo. Além de entender o lado psicológico desse tipo de parceria, o doc explica como cães de serviço são treinados para ajudar crianças e adultos em diferentes contextos.
“Dentro da mente de um cachorro” (2024)
6
Umexageroperigoso
Estar bem de saúde vai além de fazer exercícios adequadamente — é preciso se preocupar com o que comemos, mantendo uma dieta responsável e hábitos alimentares saudáveis. As práticas estimuladas nas aulas de educação física e o conhecimento adquirido em ciências e biologia são a combinação perfeita para ter vigor no dia a dia. É possível perceber o quão perigoso é o extremo oposto disso no documentário “Super size me: a dieta do palhaço”. Na produção, Morgan Spurlock se propõe a se alimentar, ao longo de um mês, apenas com refeições de fast food. O resultado é assustador, com ganho de peso expressivo, cansaço frequente e riscos imensuráveis, além de questionar a nossa relação com a comida.
“Super size me: a dieta do palhaço” (2004)
Infinitamenteintrigante
“Uma viagem ao infinito” (2022)
A física pode até nos introduzir a noções complexas e abstratas, mas também lida com elementos e ideias práticas e que nos cercam a todo momento. O infinito, por sua vez, soa difícil de ser compreendido e dimensionado. No doc “Uma viagem ao infinito” podemos destrinchar esse conceito, de maneira ilustrativa e metafórica, com a ajuda de matemáticos, físicos, cosmólogos e filósofos. Que tal entender um pouco mais sobre a passagem do tempo? O quão finito é o universo? Quais as teorias mais concretas, envolvendo desde a gravidade até buracos negros? As dúvidas são muitas, mas o debate está aberto
5 DICAS para promover o uso consciente das telas
Com uma aparência robusta e pesando cerca de um quilo, o primeiro celular revolucionou o mundo ao permitir que uma pessoa fizesse ligações longe de um telefone fixo. Exposto inicialmente em 1973, o Motorola Dynatac 8000X tinha a aparência dos famosos “tijolões”, durava cerca de 40 minutos e demorava quase dez horas para ser carregado.
Meio século mais tarde, os aparelhos se tornaram mais leves, mudaram de interface e ganharam novas funções — agora é possível acessar a internet de qualquer lugar, tirar fotos, participar de aulas e reuniões online, ouvir música, jogar e fazer pagamentos.
Mas o que antes surgiu como uma ferramenta para facilitar o cotidiano, hoje se tornou quase uma extensão do corpo humano e passou a ser visto como um problema quando não é usado de forma equilibrada. Cada vez mais cedo, crianças e adolescentes têm acesso a celulares e outros dispositivos com tela, como os tablets. Embora seja essencial para manter o contato com a família e possa ser utilizado como um recurso para os estudos, o uso excessivo traz prejuízos ao desenvolvimento infantil.
Algumas consequências já podem ser vistas tanto na saúde física quanto na mental. Dores nos olhos, má postura, distúrbio do sono, falta de concentração, ansiedade e isolamento social são apenas alguns dos efeitos mais comuns do uso desregulado das telas. Mas para ajudar você a utilizar o celular e outros aparelhos eletrônicos de forma mais saudável, separamos cinco dicas simples mas que podem fazer diferença no dia a dia:
Dicas para os pais
Segundo a pesquisa “TIC Kids Online”, do Comitê Gestor da Internet no Brasil, 92% das crianças e dos adolescentes de nove a 17 anos já são usuários da internet. Ainda que seja algo comum hoje em dia, é importante estar atento à quantidade de tempo que os jovens passam nos celulares ou computadores.
A Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda que bebês até dois anos não sejam expostos às telas; já aqueles entre dois e cinco anos devem ter um tempo limitado de no máximo uma hora por dia.
A partir dos seis até os dez anos, deve ser de até duas horas, enquanto os de 11 a 18 anos não devem ultrapassar as três horas diárias.
DÊ UMA PAUSA
É tentador abrir as redes sociais e se atualizar das novidades ou ir conferir o que o seu streamer favorito está jogando no momento, mas é importante equilibrar seu tempo livre e não passar horas seguidas em frente a uma tela. Faça pausas e se mexa. Pratique esportes, caminhadas, passeios de bicicleta ou marque de encontrar os amigos — seu corpo e seus olhos vão agradecer.
TENHA HOBBIES
As aulas são essenciais para adquirir conhecimento, estimular a autonomia e desenvolver competências. Mas é também participando de atividades no tempo livre que você pode desenvolver novas habilidades, aprimorar sua personalidade e se descobrir. Seja desenhando, pintando, tocando algum instrumento, lendo livros ou cuidando de animais, o importante é se desligar das telas e estimular o seu cérebro para intensificar sua criatividade e imaginação.
USE PARA APRENDER
Não estamos dizendo que você deve abandonar as telas totalmente, mas aprender a usá-las de maneira equilibrada e no momento certo. Um exemplo de como os aparelhos podem contribuir é no acesso ao conhecimento — aprender uma língua se tornou mais fácil, assim como praticar jogos de lógica ou tentar um experimento novo. Além disso, diversos canais de professores podem ajudar naquele conteúdo em que você tem mais dificuldade e aprimorar sua aprendizagem. É também possível utilizar aplicativos para organizar sua rotina, como lembrete de tarefas e agendas digitais.
FIQUE ATENTO AO QUE ASSISTE
Para aprender de forma correta, é importante entender que nem tudo o que está na internet é confiável. As redes sociais estão lotadas de postagens com informações falsas e desafios perigosos, que podem deixar você confuso ou com medo. Por isso, é importante ficar atento e seguir algumas dicas: desconfie de mensagens sensacionalistas e de vídeos que parecem muito estranhos — ainda mais com o uso das inteligências artificiais —, fique longe de conteúdos violentos ou que promovam o bullying, não engaje comentários de ódio e não compartilhe dados pessoais.
Use o aparelho com responsabilidade, assim você protege sua mente e suas emoções. Caso algo fique desconfortável ou preocupante, fale com um adulto de confiança, como seus responsáveis ou um professor, para ajudar nessa situação.
NADA DE CELULAR ANTES DE DORMIR
Assim como comer alimentos gordurosos ou tomar bebidas energéticas à noite fazem mal, as telas também prejudicam o sono. A luz azul dos aparelhos pode confundir o cérebro, que pensa que ainda é de dia e diminui a produção da melatonina — o hormônio do sono —, o que causa a sensação de que você não descansou o suficiente.
Tente deixar o aparelho longe da cama, evite usá-lo por pelo menos uma hora antes de dormir, ative o modo noturno e priorize atividades mais calmas no fim do dia, como ler um livro ou ouvir músicas relaxantes.
Alterações químicas
Para entender o processo de transformação, é preciso compreender que, quando o carbono entra em contato com a água, o processo gera um elemento chamado de ácido carbônico, responsável por aumentar a acidez da água. Outro ponto é que esse processo diminui a quantidade de carbono, o que ocasiona a demora e problemas na formação de corais, moluscos e ouriços.
Vale ressaltar que os recifes de corais, por exemplo, são responsáveis por abrigar diversos animais que constituem a vida marinha. Quando pensamos nos cardumes, é possível que alguns peixes tenham dificuldade para encontrar alimentos, enquanto outros podem não conseguir fugir dos predadores.
ESTÁ FICANDO MAIS ÁCIDO?
Você já refletiu como nossos hábitos podem impactar a natureza e até mesmo a saúde do oceano? Com as ações humanas, que incluem o consumo desenfreado e o descarte irregular de lixo, as águas são as mais impactadas, já que muito do que consumimos, infelizmente, acaba indo parar no fundo do mar.
POR ANA CAROLINE ARJONAS
QUE O FICANDO ÁCIDO?
Um dos principais responsáveis é o dióxido de carbono (CO²), ocasionado pela queima de combustíveis e até mesmo desmatamento. É importante destacar que o oceano é responsável por captar parte do carbono que é produzido na atmosfera. Esse processo ajuda a regular a temperatura, mas acaba afetando o equilíbrio dos mares.
Consequências ecológicas
Pensando nos efeitos em larga escala, toda a vida marinha é afetada, impulsionando a perda de biodiversidade, já que ecossistemas são afetados e algumas espécies podem até mesmo desaparecer.
Pensando na mudança da vida marinha, é possível que a pesca seja afetada. Esses aspectos podem modificar questões econômicas — já que muitas pessoas dependem dos mares para ter o sustento e alimentação — e até mesmo de turismo, porque alguns pontos do mundo têm como principal atrativo as belezas naturais, que podem ser comprometidas pela mudança climática.
Vale ressaltar que essa modificação foi impulsionada após a revolução industrial, momento em que o surgimento das empresas começou a intensificar o processo de poluição.
Na década de 1950, por exemplo, essa quantidade de carbono começou a ser intensificada pela produção em massa para diversos países, impulsionada pelo consumo.
Em 1990 o termo começa a ser discutido por cientistas, acendendo o alerta sobre o que poderia ser feito para minimizar os impactos nas águas. Atualmente, há o cuidado para que o índice seja medido com regularidade, de forma que seja possível acompanhar os dados e pensar em soluções capazes de diminuir essa taxa ao longo dos anos.
Como mudar o cenário?
Para modificar a situação, o primeiro passo é reduzir a produção de carbono na atmosfera, dando preferência a ações que diminuam a emissão, o que inclui mudanças de hábitos, como a redução do consumo e o reflorestamento. No caso do ecossistema marinho, uma alternativa pode ser a construção de locais protegidos, onde essa biodiversidade teria condições de se desenvolver em segurança.
As pesquisas e a educação sobre o tema também podem contribuir para que as futuras gerações compreendam a importância dos mares e qual é a melhor forma de manter o equilíbrio entre a vida humana, a fauna e a flora.
COMO SURGIRAM AS
Dragões, unicórnios, lobisomens e fadas sempre fizeram parte das histórias que ouvimos e adoramos. Mas você já se perguntou de onde essas criaturas vieram? Como surgiram essas lendas que continuam fascinando tanta gente até hoje? Bom, tudo começou porque, lá no passado, as pessoas não tinham como entender muita coisa sobre o mundo. Então, tudo o que era estranho ou misterioso acabava ganhando explicações mágicas.
Por exemplo, pense em alguém que viajou para uma terra bem distante e encontrou um animal diferente, como um rinoceronte. Quando essa pessoa voltava para casa e contava a história, é bem provável que as outras imaginassem algo muito mais incrível, como um unicórnio. E sabe como as histórias mudam cada vez que são contadas, né? Com o tempo, um animal comum podia virar uma criatura mágica e cheia de detalhes. É como aquele jogo de telefone sem fio, em que a mensagem do começo fica completamente diferente no final!
Outro motivo para o surgimento dessas criaturas foi o medo. Naquela época, as pessoas não tinham luz elétrica ou mapas detalhados, então florestas escuras, mares profundos e cavernas eram lugares assustadores. Para dar uma explicação ao que não entendiam, criavam monstros e seres perigosos que “viviam” nesses lugares. Por exemplo, marinheiros que desapareciam no mar eram “capturados pelas sereias”, que cantavam para atrair os navegantes e afundar seus navios.
Mas nem todas as criaturas míticas nasceram do medo. Algumas surgiram como símbolos de coisas boas, como coragem, bondade ou esperança. Os unicórnios, por exemplo, eram vistos como animais puros e mágicos, quase impossíveis de encontrar. Já as fadas representavam a magia escondida na natureza, como o brilho do orvalho ou o vento suave nas árvores. Era como dizer: “olha como o mundo pode ser mágico, mesmo nas coisas simples!”
Agora, os dragões são uma história à parte. Quase todas as culturas têm dragões, mas cada uma os retrata de um jeito diferente.
Na Europa, eles eram assustadores, gigantes e perigosos, como monstros que os cavaleiros precisavam derrotar. Já na Ásia, os dragões eram vistos como seres sábios e protetores, trazendo sorte e equilíbrio. Isso mostra como em cada cultura as criaturas eram baseadas no que acreditavam ou valorizavam.
Hoje essas criaturas continuam vivas nas histórias que a gente lê, vê nos filmes ou joga nos games. E o mais legal é que elas vão mudando com o tempo. Lobisomens e vampiros, que antes eram só monstros assustadores, agora são vistos como personagens cheios de sentimentos e até românticos. Essa flexibilidade é o que mantém essas criaturas tão presentes no nosso imaginário. Elas se adaptam às épocas e continuam fascinando todo mundo.
DEUSAS DO OLIMPO:
Com a ascensão cultural e artística das cidades-estados da Grécia Antiga, durante a Era Arcaica (800 a.C a 500 a.C) e a Era Clássica (500 a.C a 323 a.C), diversos mitos e histórias foram consolidados, com personagens lembrados até os dias de hoje. Com a identidade nacional marcada pela mitologia, os deuses do Olimpo não influenciaram apenas as crenças, mas também desempenharam um papel importante em outros aspectos da sociedade grega da época.
Seja na construção de templos, na disseminação de ensinamentos morais ou na elaboração de obras de arte, as lendas moldaram a maneira como os cidadãos entendiam o mundo.
AFRODITE
Fonte de inspiração para inúmeras expressões culturais, a figura de Afrodite está presente em diversas obras de arte e literárias ao longo da história. A deusa do amor, da beleza e da fertilidade é muitas vezes representada por símbolos como a pomba, a concha e a rosa. Existem duas teorias que explicam a origem de Afrodite: a primeira afirma que seus pais eram Zeus e Dione, enquanto a segunda versão fala que ela surgiu da espuma no oceano, chegando à costa de Chipre — a ilha é muito associada à deusa, que também pode ser chamada de “Cípria”.
ATENA
Divindade que dá nome à capital da Grécia, Atena é a deusa da guerra justa e da estratégia militar. Simbolizada pela coruja e a oliveira, Atena lida com os conflitos de forma sábia e tática.
Em sua homenagem, os atenienses promoviam o Festival Panatenáico a cada quatro anos, com competições atléticas e culturais. Além de suas habilidades nas batalhas, a deusa é patrona das artes, associada à música, à dança e ao artesanato.
ARTEMIS
Com um templo dedicado para si, considerado uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo, Artemis é a deusa da caça, reconhecida por suas habilidades, agilidade e rapidez. Muitas vezes retratada com arco e flechas, acompanhada por cervos e uma lua crescente, é considerada a protetora das mulheres jovens e das criaturas selvagens.
Conheça as MAIS ANTIGAS DO BRASIL
Imagine que a Terra é uma grande festa cheia de diferentes convidados. Cada indivíduo tem um estilo único, uma roupa diferente e uma música que adora dançar. Na comemoração, tem gente de todo tipo: uns adoram dançar rock, outros preferem samba, tem gente que ama balé e, claro, sempre tem aquele grupo que adora um pagodão!
Nessa festa existem convidados especiais, que são conhecidos como os povos indígenas, e eles foram os primeiros a chegar, porque eles moram na Terra desde muito tempo atrás – mais de dez mil anos! Ou seja, eles estavam lá muito antes de qualquer outro povo chegar para dançar (talvez eles sejam os anfitriões da festa, mas ninguém sabe).
Como chegamos atrasados por aqui, precisamos conhecer um pouco as cinco tribos mais antigas do Brasil.
YANOMAMI
Localizado nas florestas tropicais e montanhas do Amazonas e de Roraima, na região Norte do Brasil, o povo yanomami é um dos grupos indígenas mais antigos e conhecidos do país, com uma presença estimada de mais de dez mil anos na região, que também abrange partes da Venezuela. Este povo é reconhecido por sua organização social complexa, suas crenças espirituais profundamente conectadas à natureza e suas práticas de subsistência, que envolvem caça, pesca e agricultura.
TUPI-GUARANI
A família tupi-guarani é amplamente distribuída no Brasil, com registros de sua presença no território desde a chegada dos europeus no século 16, embora estime-se que seus ancestrais já habitavam o Brasil há mais de cinco mil anos, muito antes do contato com os colonizadores. Esses povos, que formam um dos maiores grupos indígenas do país, estão predominantemente espalhados ao longo do litoral brasileiro, especialmente nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste. Além de serem conhecidos pela sua língua, que desempenha um papel fundamental em sua identidade cultural, os tupi-guarani se destacam também por sua organização social única, que é marcada por uma estrutura complexa de relações e hierarquias. Historicamente, os tupi-guarani eram povos seminômades, cujas práticas de subsistência eram baseadas na agricultura, no cultivo de alimentos como a mandioca e o milho, além da caça e pesca, atividades essenciais para garantir sua sobrevivência e manter o equilíbrio com o meio ambiente ao seu redor.
KAYAPÓ (OU MEBÊNGÔKRE)
Os kayapó possuem uma história que remonta a séculos e têm uma forte presença na região amazônica, especialmente nos estados do Pará, Mato Grosso e na região do Xingu. Estima-se que esse povo já exista desde antes do período colonial, mantendo uma rica tradição de ocupação e resistência.
Os kayapó se destacam por suas impressionantes pinturas corporais, máscaras e adornos, que possuem grande significado cultural e são usados em rituais e cerimônias. Sua relação com a natureza é profunda e espiritual, vendo a terra, os animais e as plantas como elementos essenciais de sua existência. Além disso, são amplamente reconhecidos por sua resistência à invasão de suas terras, lutando ao longo dos anos para preservar seu território e seus modos de vida tradicionais frente a constantes ameaças externas.
GUARANI
Os guarani, localizados no Sul do Brasil, assim como em partes do Paraguai, Argentina e Bolívia, possuem uma história que remonta a milênios, sendo reconhecidos por sua cultura rica e profundamente enraizada na tradição. Sua presença no Brasil é antiga, com influências significativas na formação do país, especialmente na região Sul, onde sua língua, o guarani, ainda é falada por muitas pessoas até os dias de hoje. Tradicionalmente, o povo se dedicava à agricultura, com destaque para o cultivo de alimentos essenciais como milho, mandioca e batata-doce, fundamentais para sua subsistência. Além disso, a religião e cosmologia estão intimamente ligadas à natureza, com uma forte crença nos espíritos que habitam o mundo natural e que desempenham um papel central em suas práticas espirituais e rituais.
1 2 3 4 5
PATAXÓ
Com séculos de existência, os pataxó também são classificados como um dos povos indígenas mais antigos da região Nordeste do Brasil, com uma história que se estende por gerações nos Estados da Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo. Ao longo de sua trajetória, marcada por resistência às diversas tentativas de colonização, os pataxó conseguiram preservar suas tradições e cultura, que continuam vivas até os dias de hoje. Tradicionalmente, eles se dedicam à agricultura, pesca e caça, atividades essenciais para sua subsistência, e são amplamente reconhecidos por suas danças e rituais espirituais, que expressam uma profunda conexão com a natureza e com suas crenças ancestrais.
Confira algumas atividades esportivas que movimentaram a rede municipal.
EBM DARCY RIBEIRO SÃO JOÃO DO RIO VERMELHO
EBM MÂNCIO COSTA RATONES // EBM DILMA LÚCIA DOS SANTOS ARMAÇÃO
é POTÊNCIA
POR LISANDRA INVERNIZZI
PROFESSORA
DE EDUCAÇÃO FÍSICA, ASSESSORA PEDAGÓGICA E COORDENADORA DO FLORIPARADESPORTO/REDE EM MOVIMENTO
A experiência de praticar um esporte e sentir o corpo em movimento é fundamental para o desenvolvimento humano. Para as pessoas com deficiência, esse universo ganha uma dimensão ainda mais profunda e significativa. O paradesporto não é apenas esporte, ele transcende a competição. Trata-se de oportunidade para a autonomia, descoberta de novas capacidades e a construção de uma identidade, na qual o foco se desloca da limitação para a capacidade de superação e realização, ou seja, a potência.
Dizer que o paradesporto foca na potência e não na falta significa mudar a perspectiva tradicional sobre a deficiência. Em vez de enxergar a pessoa pelo que ela não pode fazer (a “falta”), o paradesporto destaca aquilo que ela pode fazer com excelência (a “potência”).
Essa perspectiva se manifesta na valorização das habilidades ao evidenciar as capacidades físicas, mentais e emocionais dos paratletas, mostrando que eles são fortes, resilientes e competitivos, desafiando o capacitismo. Ela impulsiona a superação e a alta performance, pois, em vez de serem definidos por supostas limitações, os paratletas são reconhecidos por sua dedicação, técnica e conquistas esportivas. Promove uma mudança de paradigma, rompendo com o olhar assistencialista e demonstrando que pessoas com deficiência precisam de oportunidades para mostrar seu potencial, não de pena.
Por fim, o paradesporto, em especial o esporte paralímpico, é um espaço de empoderamento, funcionando como um catalisador para a autoestima e a visibilidade, dando oportunidade para que os paratletas sejam protagonistas de suas trajetórias.
Em vez de enxergar limitações, o paradesporto revela capacidades.
Cada atleta paralímpico é exemplo de que a deficiência não define quem ele é e nem o que ele pode conquistar.
No paradesporto há esforço, disciplina, estratégia e superação. Vemos potência física, mental e emocional que se manifestam em cada movimento, em cada vitória. São histórias que inspiram não por causa de uma condição, mas pelo talento, persistência e paixão pelo esporte. É uma afirmação categórica: essas pessoas não precisam de piedade, mas de oportunidade, de espaço e de reconhecimento.
É a partir desse olhar potente do esporte como lugar de inclusão, autoestima e empoderamento que o FloriParadesporto/Rede em Movimento se coloca para os estudantes da rede municipal de ensino de Florianópolis. Para nós, o paradesporto vai além da conquista de medalhas. É uma estratégia para quebrar barreiras, romper paradigmas e combater preconceitos, construindo um futuro com oportunidades acessíveis para todos. É isso que promovemos e desejamos para cada um de nossos estudantes.
HORA DA ERUPÇÃO: CRIE SEU PRÓPRIO VULCÃO
Quem já visitou uma feira de ciências deve ter se deparado com a cena clássica da explosão de espuma em uma maquete de vulcão.
O experimento é figura repetida no evento e encanta por ser uma forma divertida de colocar em prática os assuntos vistos em sala de aula. Que tal colocar a mão na massa e ser cientista por um dia ao criar seu próprio vulcão?
O QUE VOCÊ VAI PRECISAR
• Isopor para a maquete;
• 1 garrafa plástica pequena;
• Argila;
• Corante alimentício (de preferência nas cores amarela e vermelha);
• Vinagre;
• Detergente líquido;
• Tinta guache e pincel;
• Cola;
• Bicarbonato de sódio.
PASSO A PASSO:
1. Cole a garrafinha no centro do isopor e molde o vulcão ao redor dela usando argila.
2. Depois que a argila secar, pinte o vulcão com tinta guache — desenhar detalhes de “crateras” ou de lavas descendo pela estrutura criará um toque especial.
3. Coloque duas colheres de bicarbonato de sódio, algumas gotas de detergente e corante dentro da garrafa.
4. Agora é hora de colocar meio copo de vinagre e esperar a “erupção” acontecer!
QUÍMICA EXPLICADA
A mistura do bicarbonato com o vinagre provoca uma reação química que libera gás carbônico (CO₂).
O gás forma diversas bolhas, que se acumulam rapidamente e sobem, criando a espuma que dá a impressão da lava saindo do vulcão.