Muito além dos livros, a educação se revela nas experiências, nas descobertas e nas conexões que fazemos com o mundo ao nosso redor. Nesta edição da revista its Teens, falamos sobre como reconhecer estratégias de persuasão na publicidade e refletimos sobre o consumo consciente.
Também falamos sobre curiosidades do corpo humano, como a função das células e por que os dentes são mais duros que os ossos. Você vai conhecer espécies influenciadas pela Lua, aprender sobre segurança digital e se encantar com histórias entre humanos e seus animais de estimação.
Valorizamos iniciativas que aproximam ciência e prática, como a criação de abelhas e a observação do clima nas escolas. Entre parlendas, experiências com gelo e cafés da manhã típicos de cada Estado, celebramos o conhecimento em sua forma mais viva: aquela que informa, diverte e transforma. Aproveite mais esta edição que chega até a sua escola. Boa leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
Pontos
Escolas da Rede Municipal de Brusque
ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter
DAIARA CAMILO
Estagiária
LETÍCIA MARTENDAL Assistente de Mídia
/conteúdo
Encontre os insetos escondidos na imagem
Agentes do tempo
A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying
natureza diário escolar
Pequenas abelhas, grande missão
Publicidade: como saber quando estão tentando vender algo?
conhecimentos gerais
Da defesa à locomoção: como as células mantêm o corpo em funcionamento? #06 #12 #32 #18 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #16 #08 #10 diversão meteorologia como funciona? capa spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta
Sinais que contam histórias
Amizades além das palavras Os cuidados essenciais com a segurança digital
brasilidades
A diversidade do café da manhã brasileiro galerias
5 animais que mudam o comportamento por causa da Lua
Canção de Brusque Desafio do gelo grudado
Acompanhe a revista its teens nas redes sociais TEM NOVIDADE NA ÁREA!
Agora você pode ouvir as matérias da its Teens no nosso podcast. Apresente aos colegas com baixa visão ou cegos e leia o QR code para acessar!
Encontre os insetos escondidos na imagem
POR JOSÉ VALDECIR MARQUES DOS SANTOS
Professor da EEF Professor José Vieira Côrte
No começo parecia apenas mais uma interação na internet, algo normal para a maioria dos adolescentes hoje: postagem de fotos, comentários, mensagens, jogos virtuais, avatares etc. Até que recebeu o primeiro ataque pessoal, de forma impiedosa. Será que entendemos o quanto estamos expostos?
Assim se inicia a história de Luciana em “A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying”, uma adolescente como tantas outras, cheia de inseguranças e conflitos internos que, sentindo-se desconfortável com a própria aparência, evitava sair de casa, escondia-se do mundo e tentava se proteger ao se refugiar no universo online. Passava horas trancada em seu quarto, afastada da convivência com outras pessoas, mergulhada num silêncio que, aos poucos, virou rotina.
No ambiente virtual, Luciana sentia-se livre. Lá, ninguém a via de verdade, e isso lhe dava uma sensação de liberdade e segurança. As redes sociais, os jogos online e os chats viraram seu espaço de convivência, onde se sentia mais à vontade para ser ou parecer quem quisesse, podendo se esconder… Até o dia em que encontrou ali, justamente ali, o seu algoz.
A partir desse encontro, o que era antes um refúgio se transforma em um campo de sofrimento. O que começa com comentários maldosos e deboches evolui para uma perseguição cruel, que atravessa a tela e fere profundamente sua autoestima e sua saúde emocional. Como a situação foi resolvida? Qual foi o desfecho da jornada entre vítima e agressor? Essas são perguntas que movem o leitor até a última página.
“A face oculta: uma história de bullying e cyberbullying”, de Maria Tereza Maldonado, é uma leitura que deveria ser conhecida por adolescentes, pais, professores e qualquer pessoa que conviva com o universo digital.
A forma como a autora, que também é psicóloga, trata o bullying e o cyberbullying leva o leitor a refletir e a entender a gravidade dessas situações de forma leve e sem exageros. Ao mesmo tempo, a narrativa aborda conflitos no seio familiar e no ambiente escolar, oferecendo lições de empatia, solidariedade e respeito às diferenças.
Em suma, é um ótimo livro para leitura e discussão em sala de aula, pois prende o leitor pela curiosidade de descobrir os próximos passos do agressor e a reação da vítima, além de tratar de todas as questões citadas anteriormente.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
A sorveteria: histórias para refrescar a alma Tadeu Pereira
Uma vez Morris Gleitzman
Então Morris Gleitzman
PUBLICIDADE: COMO SABER QUANDO ESTÃO TENTANDO VENDER ALGO?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Com propagandas chamativas, personagens divertidos, cenários coloridos e histórias emocionantes, as propagandas chegam na tela da televisão e do celular prontas para resgatar sua atenção e conectar com o produto. Seja na internet, nas ruas ou nos shoppings, os anúncios estão presentes em todo o nosso redor, não importa para onde olhamos.
A publicidade nada mais é do que divulgar produtos, serviços e marcas com o intuito de estimular a compra. Uma das maiores estratégias é utilizar das emoções para conquistar o público, como nas famosas propagandas de margarina com uma família feliz, nas músicas viciantes enquanto roda a imagem de um hambúrguer, nas imagens de esportes radicais para promover um tênis e nas mensagens comoventes de Natal enquanto o Papai Noel entrega os refrigerantes.
Agora, um produto para o qual você nunca deu bola passa a se tornar um
desejo de consumo. Não tem nada de errado em querer comprar algo legal, mas quando a vontade se torna uma necessidade é que vira um problema. Com a chegada das redes sociais, as empresas estão investindo cada vez mais nos anúncios, então, é preciso ter atenção para saber quando você está sendo influenciado — será que aquele criador de conteúdo realmente gostou do item ou apenas está sendo pago para falar bem?
Apesar de ser incômodo quando um anúncio no YouTube atrapalha o ritmo do vídeo, nem toda propaganda é chata, afinal, elas são pensadas para entreter, fazer rir ou até mesmo chorar, tudo para nos fazer desejar o que está sendo vendido. Mas lembre-se que o consumo em excesso pode ser extremamente prejudicial para você e para o mundo, afinal, a quantidade de descarte (do próprio item ou da embalagem) pode impactar o meio ambiente.
SEGREDOS DA PUBLICIDADE
Ainda que possam parecer simples, as grandes empresas têm toda uma equipe para desenvolver anúncios que prendam a atenção do público e despertem o interesse para novas compras. Analisando o comportamento dos consumidores, elas utilizam algumas táticas para concluir o objetivo:
IMAGEM VENDE: as parcerias com personagens amados pelo público ou com artistas famosos ajudam a reforçar a ideia de qualidade do produto. Mas fique atento se ele parece realmente se identificar com o que está sendo anunciado. Já viu vídeos de cantoras internacionais promovendo jogos de celulares e estranhou? Pois é.
REPETIÇÃO: seja com um single enjoativo ou pela quantidade de vezes que a mesma propaganda é veiculada, quanto mais você vir aquele produto, mais ele fica na sua mente.
URGÊNCIA: ao ver o anúncio de um item ou abrir o link para comprá-lo, é normal encontrar frases do tipo “última chance” ou “restam poucos produtos”. Isso nem sempre é verdade, mas apenas maneiras de pressioná-lo para garantir a mercadoria.
RASTRO DIGITAL: basta uma pesquisa na internet e já era, agora aparecem diversos anúncios daquilo. Além das campanhas publicitárias para o público geral, existem propagandas “personalizadas”, ou seja, com os dados das suas buscas. É o algoritmo que está direcionando você para aquilo e não uma coincidência.
FIQUE DE OLHO
Agora que você entendeu as estratégias das marcas para conquistar o público, é importante seguir algumas dicas para não se deixar ser influenciado e cair no consumismo em excesso.
1. Desconfie do que parece ser muito perfeito. Produtos que prometem resultados milagrosos ou fazem uma propaganda exagerada geralmente são ciladas.
2. Olhe a legenda nas postagens para ver se a publicidade está sinalizada corretamente, com o uso de “#ad”.
3. Não entre em postagens suspeitas que oferecem brindes grátis ou sorteios de produtos caros. A maioria só está atrás dos seus dados ou fazer você compartilhar a página.
4. Se entre uma postagem e outra no feed aparecerem imagens com “compre agora”, “saiba mais” e até mesmo “instale grátis”, fique atento porque é propaganda.
5. É importante ressaltar que nem toda publicidade é ruim e elas são essenciais para divulgar itens úteis e que podem fazer a diferença na vida das pessoas. Mas é fundamental saber a diferença entre informação e quando estão tentando convencer você de algo.
Da defesa à locomoção: como as células mantêm
o corpo em funcionamento?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
O corpo humano é como uma grande máquina, onde cada peça desempenha sua função para manter o organismo em funcionamento. A base para toda a operação da vida são as células — desde a formação de órgãos até a respiração, as estruturas microscópicas são responsáveis pela nossa sobrevivência.
Entender como as células funcionam é uma maneira de compreender melhor nosso próprio corpo e como o organismo reage a doenças e medicamentos.
Anatomia celular
Para compreender a estrutura de uma célula é preciso saber que existem duas classificações: as procariontes e as eucariontes. Ambas possuem membrana plasmática e citoplasma, contudo, somente as eucariontes contêm núcleo, local onde o material genético é armazenado.
Outra diferença é que as eucariontes são mais complexas, maiores e apresentam diversas organelas membranosas. Exemplos são as células animais e vegetais. Já nas procariontes, o material genético fica disperso pelo citoplasma.
Manutenção da vida
Para garantir que o organismo funcione, as células desenvolvem diferentes papéis vitais. Conheça alguns deles:
Nutrição: além de capturar os nutrientes do meio externo, elas os transformam em energia para suas atividades ao quebrá-los em moléculas menores.
Transporte: substâncias essenciais, como o oxigênio, são transportadas para diferentes partes do corpo por meio das células.
Transmissão de informações genéticas: o DNA, armazenado no núcleo das células, é duplicado e passado para as células filhas durante a divisão celular, garantindo a continuidade da vida.
Formação de órgãos: as células se unem para realizar atividades mais complexas, como a formação de órgãos. Primeiramente, a junção estrutura os tecidos, que se agrupam e criam os órgãos.
Reparação: caso algum tecido esteja danificado, são elas as responsáveis por repará-los e manter os sistemas funcionando corretamente.
Defesa: ao identificar possíveis patógenos, as células do sistema imunológico se preparam para combatê-los e proteger o organismo de infecções.
Respostas a estímulos: a variação de temperatura, a presença de substâncias químicas e o contato físico são algumas das mudanças no ambiente notadas pelas células, que respondem a esses estímulos com a ação necessária.
Excreção: substâncias tóxicas ou indesejadas, como a uréia, são eliminadas pelas células.
Corpo em perfeita ordem
Para realizar essas diferentes funções, as células são divididas entre diversos tipos com tarefas específicas:
Nervosas: os neurônios são os responsáveis por transmitir os impulsos nervosos e pela comunicação entre as partes do corpo;
Musculares: mantendo o funcionamento do movimento do corpo e da contração, as células musculares formam três tipos de tecido — esquelético, cardíaco e liso;
Sanguíneas: são essas que transportam oxigênio, nutrientes e hormônios e participam da defesa imunológica;
Epiteliais: protegem os órgãos, permitem a absorção dos nutrientes e revestem as superfícies internas e externas do corpo;
Ósseas: participam da formação e da manutenção dos ossos, desempenhando um papel fundamental no suporte e na funcionalidade do sistema esquelético.
AGENTES DO TEMPO
ESTUDANTES TRANSFORMAM DADOS DO CLIMA EM CONHECIMENTO E CONSCIÊNCIA AMBIENTAL
POR REDAÇÃO ITS TEENS
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estações meteorológicas instaladas nas escolas unem tecnologia, sustentabilidade e protagonismo jovem.
Tempo de leitura: 5 minutos
O céu está limpo e o clima parece agradável, mas é só ouvir a clássica frase das mães pedindo para levar o guarda-chuva que bate a incerteza: será que o tempo realmente vai mudar? Em pouco tempo, a temperatura cai, nuvens carregadas podem surgir e a chuva começa sem aviso. Para tentar prever o que está por vir e entender essas mudanças, existem profissionais que estudam os dados locais e os sinais da atmosfera: os meteorologistas.
Para além de saber se vai fazer frio ou calor, a previsão do tempo também possui um papel essencial para salvar vidas e proteger comunidades, pois permite comunicar autoridades e moradores para se prepararem com antecedência em situações de risco, como enchentes, vendavais e outros desastres naturais. Em Brusque, os alunos da Educação Infantil até os anos finais do Ensino Fundamental estão tendo contato com esse universo em um projeto que une tecnologia, sensibilização ambiental, mudanças climáticas e sustentabilidade.
Instaladas em 2022, as estações meteorológicas estão presentes em 40 escolas da rede municipal, atuando como uma ferramenta de ensino para desenvolver habilidades previstas na Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e na Proposta Pedagógica da cidade. O projeto é coordenado pela equipe pedagógica do Laboratório Itinerante de Robótica Educacional (LIRE), que promove formações, orientações e materiais de apoio para que os professores de cada unidade possam desenvolver atividades conforme suas realidades e necessidades.
Durante os encontros, os estudantes coletam dados climáticos e depois partem para a análise, interpretação de gráficos e produção de boletins meteorológicos, aprendendo sobre fenômenos atmosféricos, como temperatura, umidade, velocidade e direção do vento, por exemplo. Além dos estudos sobre o tempo, as
turmas também conseguem compreender de forma lúdica assuntos presentes em Geografia, Matemática e Ciências. “O projeto aproxima as crianças das questões ambientais e climáticas, promovendo a sensibilização desde cedo. Os alunos já são instigados a refletir sobre problemas reais relacionados ao clima e ao meio ambiente, desenvolvendo desde cedo uma postura crítica e participativa”, explica Taiani Vicentini, pedagoga da Equipe LIRE e responsável pelo fomento de projetos com as estações meteorológicas.
Consciência climática
Ao desenvolver ações que unem o conhecimento meteorológico às questões do cotidiano, os alunos são desafiados a pensar em iniciativas que ajudem a comunidade local. Exemplo disso são os projetos “Guardiões das abelhas: monitorando o clima para proteger nossas colmeias”, da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Edith Krieger Zabel, e “Implantação da horta ayurveda para complementação nutricional da merenda escolar”, da EEF Professora Georgina de Carvalho Ramos da Luz, vencedores da EDUtech do ano passado.
Ambos os projetos relacionaram o monitoramento climático com a sustentabilidade, criando estratégias práticas e inovadoras. “Em todas as etapas, os alunos desenvolvem habilidades essenciais, como observação, pensamento crítico, comunicação, trabalho em equipe e consciência ambiental. Além disso, o projeto desperta a curiosidade científica e fortalece a autonomia”, completa Taiani.
Meteorologistas mirins
Outra iniciativa que vem ganhando destaque é o “Clube dos observadores do tempo”, da EEF Paquetá, coordenada pelo professor de Geografia João Leonir Mantovani. Por lá, os encontros acontecem todas as sextas-feiras e os estudantes já produziram réplicas de instrumentos meteorológicos — como anemômetro, pluviômetro e biruta —, estudaram sobre as nuvens, criaram fichas com dados locais, entrevistaram profissionais da área, elaboraram maquetes para representar a dinâmica das massas de ar no Brasil e criaram climogramas para a análise de variáveis de temperatura e precipitação.
“Com esse projeto, buscamos aprofundar a compreensão sobre os fenômenos do tempo e do clima, por entendermos que esse conhecimento é fundamental para que os estudantes interpretem os
processos naturais e suas interações com as ações humanas, especialmente diante do cenário atual, marcado por discussões cada vez mais intensas sobre as mudanças climáticas”, explica o professor.
Os resultados do projeto como um recurso didático já são perceptíveis no conhecimento dos estudantes. “Aprendi a registrar dados do clima, como temperatura, quantidade de chuva, umidade do ar e direção dos ventos. Foi uma experiência prática e muito educativa”, afirma o aluno Gustavo Vinotti Machado. Já Pâmela Olivares de Araújo Ávila conta que as atividades despertaram sua curiosidade e a fizeram olhar o céu de outra forma. “Foi uma experiência muito especial. Aprendi bastante sobre os fenômenos climáticos, como identificar tipos de nuvens e observar mudanças no tempo. Também gostei muito das trocas com os colegas e de perceber como a ciência está presente no dia a dia.”
O projeto une o conhecimento atmosférico com a consciência ambiental
Os estudantes ajudaram a escolher o nome e a identidade visual do clube
Os alunos fazem a coleta de dados para depois analisar as informações meteorológicas
Foto: EEF Paquetá/Divulgação
Foto: Taiani Vicentini/Divulgação
Foto: Taiani Vicentini/Divulgação
Estudante conquista medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Astronomia
Aproximar os estudantes das ciências é um dos maiores objetivos da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA), assim como identificar alunos que mostram talento na área. Em Brusque, uma estudante da Escola de Ensino Fundamental Paquetá se mostrou exemplo disto. Dafny de Araujo Schmitz Mass, do nono ano D, conquistou a medalha de ouro na competição.
O contato com o conteúdo não é novidade — a estudante também é uma das finalistas da Olimpíada Brasileira de Física (OBF) e mostra dedicação e disciplina para continuar avançando nas etapas. “Sempre amei a área das exatas. Além disso, quando fiquei sabendo que existem incentivos externos, como bolsas de estudos, para quem participa e se destaca nas olimpíadas brasileiras, vi que posso conseguir uma boa bolsa de estudos para fazer faculdade e pensar no meu futuro”, declara Dafny.
Crianças desenvolvem habilidades com parlendas
Passadas de geração em geração, as tradições orais mantêm vivas as memórias e a cultura dos povos que vieram antes de nós. Além disso, trazem lições de vida e exploram a criatividade e imaginação dos ouvintes. E é essa experiência que as crianças do Centro de Educação Infantil Alberto Pretti estão tendo. Os pequenos estão explorando as parlendas, versos curtos utilizados em brincadeiras infantis, com as professoras de hora-atividade Almiri Hoepers Mascarenhas e Lilia Almeida da Silva. Crianças de todas as turmas estão aprendendo como o gênero pode ampliar o repertório linguístico e encantar com as diferentes sonoridades.
Unindo linguagem e arte, as atividades são uma maneira de valorizar a infância e aprimorar o processo de alfabetização e letramento — a oralidade, a coordenação motora, a socialização e a escuta também são beneficiadas nas citações dos versos. Alguns dos momentos preferidos dos pequenos foram a leitura das parlendas “A bruxa”, que explora a dramatização e a expressão corporal; “Hoje é domingo”, que contou com palmas e modelagem de argila; e “Cadê o docinho?”, com desafios de atenção e corridas.
Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
Autoconhecimento e escuta ativa ganham espaço nas
salas de aula
O autoconhecimento é um processo constante. Seja durante a infância ou na idade avançada, podemos encontrar novos gostos, mudar de opinião ou descobrir habilidades que nem imaginávamos ter. E promover esse pensamento desde cedo é essencial para que crianças e adolescentes cresçam com autonomia e vivam melhor consigo mesmas — aprendizados que os alunos da Escola de Ensino Fundamental Poço Fundo estão tendo de perto.
As turmas do sexto ao nono ano estão participando de dinâmicas que fortalecem as relações interpessoais e valorizam o autoconhecimento. Durante as atividades, os estudantes são desafiados a refletir sobre suas características pessoais, emoções, valores e comportamentos.
Em uma das dinâmicas, os estudantes precisavam elaborar uma lista com dez características individuais para cada integrante do grupo e encontrar cinco traços comuns entre si. A atividade foi um dos momentos mais marcantes para os alunos, que puderam compreender ainda mais a importância da diversidade e a afinidade entre os colegas, resultando na melhora da escuta ativa, a empatia e o sentimento de pertencimento.
O bullying também foi um dos assuntos abordados. Além de identificarem as práticas prejudiciais, os estudantes compreenderam as causas, consequências e formas de enfrentamento desse tipo de violência.
Alunos entrevistam observador do tempo e aprofundam conhecimentos sobre o clima
Os estudantes participantes do “Clube dos observadores do tempo”, parte das práticas da estação meteorológica da Escola de Educação Fundamental Paquetá, entrevistaram um profissional da área e trocaram experiências e descobertas sobre o clima e os fenômenos naturais. O convidado foi Ciro Groh, renomado observador do tempo e escritor da região.
A entrevista foi conduzida pelos próprios alunos, que durante a dinâmica aprenderam sobre a rotina do profissional, que combina as práticas de observador e de comunicador, e como ele faz as medições e divulga informações confiáveis para a comunidade. O momento resultou em uma maior aproximação dos estudantes com o jornalismo científico e a pesquisa em tempo real.
Crianças se conectam à natureza em projeto que une ciência e respeito pelo meio ambiente
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Elas deixam a colmeia para voar pelos campos em busca de flores, onde coletam o néctar e transferem o pólen entre a vegetação, deixando sua contribuição para a manutenção do meio ambiente e da nossa vida. São responsáveis pela polinização, processo que garante a reprodução das plantas e assim asseguram as frutas, sementes e vegetais. Quem já assistiu ao clássico “Bee movie – A história de uma abelha” deve ter refletido sobre o perigo da extinção desses insetos por causa do uso excessivo de agrotóxicos e das mudanças climáticas — as flores murcham, as plantas não nascem mais e o mundo perde a cor. Apesar de retratar de forma leve, a obra ilustra como a falta das abelhas resultaria em um grave desequilíbrio no ecossistema terrestre. E é exatamente isso que os estudantes da Escola de Ensino Fundamental Edith Krieger Zabel também estão aprendendo.
O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
estudantes aprendem sobre a importância das abelhas sem ferrão.
Tempo de leitura: 5 minutos
O projeto “Guardiões das abelhas monitorando o clima para proteger nossas colmeias” recebeu o prêmio nacional Liga STEAM
Por lá, crianças do berçário ao quinto ano participam da criação de diferentes espécies de abelhas sem ferrão. A ideia surgiu em 2018, quando alguns insetos criaram ninhos no muro da unidade. A curiosidade da gestão escolar, juntamente com a ajuda de um dos pais dos alunos, deu início ao projeto. A proposta começou de forma simples, com iscas feitas com garrafas pets para atrair as abelhas. A partir disso, os profissionais da escola participaram de cursos preparatórios para repassar os conhecimentos às crianças.
O que começou com a captura de duas abelhas jataí, agora já se transformou em algo muito maior, mostrando como o interesse pela preservação pode crescer e dar frutos. “Na escola hoje nós temos 11 espécies de abelhas sem ferrão. São 21 enxames, dentre eles abelha mandaçaia, jataí, mirim, borá, bugia e iraí”, conta a diretora Elaine Petermann.
Em sala de aula, conheceram o processo de polinização e o ciclo de vida das abelhas. De forma interdisciplinar, unindo os conhecimentos de Ciências e Matemática, por lá são feitos velas com cera de abelha, pano ecológico para substituir o papel filme, giz de cera de abelha, bombom de pólen para alimentação dos insetos e verniz ecológico para pintar a madeira das caixas das colmeias.
Os resultados do projeto podem ser vistos nos estudantes e nas famílias. O que antes era um receio, por causa do medo das picadas dos insetos, hoje deu espaço para a conscientização da importância desses seres para a vida na Terra. Exemplo disso é a aluna Cristina Burg, do quarto ano. “Acho legal ter abelhas na escola, porque elas fazem a polinização e são importantes para o planeta.”
Quem compartilha da mesma opinião é sua colega de classe Yasmin Victória Silveira da Silva. “Eu adorei aprender sobre as abelhas sem ferrão, não sabia que existiam. Não tenho mais medo delas. Gosto do mel!”, conta a pequena.
Mas os ensinamentos não ficaram apenas dentro da própria unidade. “A gente teve também a comitiva alemã, da cidade Karlsdorf-Neuthard, que veio para conhecer o projeto, e nós recebemos também professores da Espanha, Portugal e Colômbia que vieram conhecer todos os projetos, mas também o das abelhas, que é a menina dos nossos olhos”, relata Elaine.
Vendo o resultado dos projetos, outras escolas se sensibilizaram e iniciaram também a criação das abelhas — e algumas delas contaram com a assessoria da EEF Edith Krieger Zabel para dar continuidade à conscientização no município.
Fotos: EEF
Edith Krieger
Zabel/Divulgação
As crianças alimentam as abelhas no inverno com xarope artificial, devido a baixa floração
A escola abriga 11 espécies de abelhas sem ferrão
O QUE VOCÊ
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ideias, inspiração e conquistas dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos viram prêmios.
Tempo de leitura: 10 minutos
POR ANA CAROLINE ARJONAS E MARIA ZUCCO
Fotos: Bruno Golembiewski
Em um mundo com mais de oito bilhões de pessoas, fica difícil acreditar que todos somos iguais e compartilhamos das mesmas experiências ou até mesmo limitações. A verdade é que somos únicos, cada um do seu jeito, e todos devem e precisam ser respeitados. Esse olhar para um mundo mais digno e igualitário já foi tema de filmes, como “Extraordinário” e “O milagre de Anne Sullivan”, retratações que ganharam as telas mostrando a rotina de personagens que não tinham vergonha de mostrar que eram diferentes.
Na vida real, em Brusque, as crianças do Centro de Educação Infantil (CEI) Tia Laura estão aprendendo na prática como deve ser a convivência, guiados pela empatia e a educação. Isso porque algumas práticas e projetos na unidade são desenvolvidos pensando na Língua Brasileira de Sinais (Libras). Tudo começou com o objetivo de entender e ampliar a comunicação com Maria Vitória, deficiente auditiva que estudava na unidade, mas que foi transferida para outra escola.
Com a observação dos profissionais que acompanhavam a menina, como as professoras Sabrina Arruda de Vargas e Sandra de Lourdes Siqueira e o monitor Reinaldo Bernardo, o foco foi compreender a comunicação da aluna, buscando uma forma de integrar a turma e fazer do momento de aprendizagem algo único, dando início ao Projeto Farol, destinado aos alunos do pré. “No começo, fiquei meio apreensiva, porque até então eu não tinha trabalhado com crianças com deficiência auditiva”, afirma Sandra.
O projeto ajuda os estudantes a se aproximarem dos colegas com deficiência auditiva
Monitor Reinaldo Bernardo e o estudante Afonso Evandro Benvenutti
A partir da proximidade com a língua, a relação com a estudante foi melhorando, tanto dos profissionais como dos novos amigos, que agora aprendiam com Maria uma nova forma de se comunicar. “Nos momentos de chamada, começamos a incluir os sinais, cada criança pegava a letra do seu nome e fazia o sinal em Libras”, pontua Sandra.
Conhecida por ser quem encabeçou a ideia, Sabrina, do Atendimento Educacional Especializado (AEE), percebeu que a aluna não tinha acesso à linguagem — e o ponto seguinte foi explicar para a mãe a importância daquela que deve ser a principal forma de comunicação no caso de Maria. “A escola é um lugar de equidade. Eles têm direito a aprender da forma que precisam, com os subsídios que precisam. E isso tem que ser respeitado”, menciona a profissional. A observação serviu para que os educadores começassem a trabalhar de forma integrada, apresentando para a criança e para o restante da turma a importância da Libras, compreendendo que de nada adiantava ensinar apenas a Maria,
já que os colegas também precisavam compreender os gestos para possibilitar a comunicação e interação. Para Sabrina, é esse olhar que faz a diferença na educação. “É fugir do rótulo de que deficiência ‘não faz’, ‘não consegue’. Eles podem, eles aprendem. A questão é: qual a forma que eles aprendem?”, diz a professora.
A diretora Liliane Valle, que acompanhou o desenvolvimento do grupo, destaca a aprendizagem mútua durante esse processo. “Foi a primeira vez que recebemos uma criança com deficiência auditiva. A equipe foi orientada pela Sabrina, tudo com naturalidade.
E logo a professora e o monitor já estavam usando gestos, palavras, aprendendo com ela também.” A profissional destaca a relevância de cada um conhecer e fazer o seu papel para manter o acolhimento, compreendendo aquilo que cada aluno precisa. “Todo mundo aqui participa: limpeza, cozinha, coordenação, até quem trabalha no jardim. Todos conhecem nossas crianças. A inclusão passa por todos”, conclui Liliane.
Fotos: Bruno Golembiewski
Os pequenos estão aprendendo os principais sinais e como dialogar por meio da Libras
Amizade renovada
Para quem está tendo os primeiros contatos com a linguagem no CEI Tia Laura, o aprendizado já está sendo colocado em prática, como no caso da pequena Laura Comper, 5 anos, que está aproveitando para se aproximar da nova amiga, Maria Vitória, utilizando a Língua Brasileira de Sinais — a amizade é fruto daquilo que está sendo visto na escola. No caso de Isabelly Rorrato Cardoso, 5 anos, o vínculo de amizade se repete. “Conheci a Maria Vitória quando tinha quatro anos. Ela chegou na escola e falou comigo: ‘Você é minha amiga’. Ela fazia linguagem de sinais e me mostrou meu nome em Libras”, diz a criança.
Novos caminhos pela Libras
Para o monitor Reinaldo Bernardo, a chegada da aluna foi uma oportunidade para ir atrás daquilo que já despertava o interesse: a Língua Brasileira de Sinais. “Quando a Maria Vitória chegou, eu pensei: agora é minha oportunidade”, lembra o profissional, que acompanha de perto a evolução da turma, incluindo os ensinamentos que são levados para a casa e aqueles compartilhados em sala de aula. “É uma coisa que me enche de prazer. Não é só para quem é deficiente auditivo, todos precisam aprender para se comunicar com quem precisa”, destaca Bernardo.
Sabrina é a responsável pelo atendimento educacional especializado
Lavinia Deucher aprende com os colegas a importância da Libras
Metodologia aplicada
A partir da experiência com Maria, a forma de atendimento e acolhimento foi modificada, colocando no centro do processo a atenção e os cuidados com os pequenos. “Quando surge um caso em que a criança apresenta alguma deficiência ou suspeita, eu já chamo a Sabrina. Ela participa da matrícula, faz uma intervenção com a mãe ou o pai, alinha os procedimentos. Já começamos a pensar tudo: atendimento educacional especializado, intérprete, o que será necessário”, finaliza a profissional
Assegurado pela lei
A Libras é um direito, sendo a principal linguagem para pessoas com algum tipo de deficiência auditiva. A Lei nº 10.436, de abril de 2002, reconhece a língua como oficial, garantindo o uso em instituições públicas e privadas, assegurando as diversas formas de comunicação.
Fotos: Bruno Golembiewski
Os professores pensam em atividades para apresentar a nova língua
Adryan Ramon Lima Costa está aprendendo os sinais das letras que compõem o seu nome
Amizades além das palavras
Como a relação entre pessoas e animais pode render boas histórias no cinema
POR GUSTAVO BRUNING
Existem algumas coisas fundamentalmente necessárias na vida: precisamos comer, respirar, dormir e evoluir. Abraçar desafios, conhecer pessoas e aprender novas coisas também são partes essenciais para podermos nos sentir bem. E desfrutar de tudo isso é ainda mais prazeroso quando temos bons amigos ao nosso lado.
Conversar com os colegas e participar de atividades em grupo são ótimas maneiras de socializar, entender diferentes pontos de vista e desfrutar de experiências inéditas. Mas você já parou para pensar que nem todas as amizades precisam envolver um diálogo de verdade?
A ligação que podemos desenvolver com animais de estimação é diferente das conexões que criamos com outras pessoas. É um tipo de elo quase transcendental, que não depende de palavras (a menos que o seu papagaio seja realmente habilidoso!) e se fortalece da forma mais pura: na base do afeto.
Conheça seis filmes que trazem ligações mais do que especiais entre humanos e animais.
À espera de um amigo
Já parou para pensar que as histórias mais lindas envolvendo amizades perduram por gerações? Um dos clássicos contemporâneos, quando pensamos em filmes emocionantes que retratam a profundidade da relação entre humanos e animais, é “Sempre ao seu lado”. O longa mostra o desenrolar da amizade entre o professor Parker Wilson e o cão Hachi, que um dia surge perdido em uma estação de trem e acaba ganhando um lar. Estrelado por Richard Gere, é baseado no caso real de um cão que aguardou o dono por muito tempo em uma estação, adaptado para o cinema em 1987 no filme japonês “A história de Hachiko”.
“Sempre
ao seu lado” (2009)
Ícone multifacetado
O São Bernardo mais popular do cinema pode estar dando um cochilo há anos, sem novos filmes desde 2014, mas já deixou seu legado. “Beethoven: o magnífico”, o primeiro filme da franquia, estreou em 1992 e foi sucesso de bilheteria, rendendo sete continuações e uma série animada de TV. Cada uma dessas comédias explora um território diferente, desde a fuga de um veterinário malvado até os mistérios de um tesouro escondido. O cão protagonista não precisa falar para garantir gargalhadas: em uma aventura está viajando com a família em um trailer; na outra, troca de lugar com o cachorro de uma família abastada.
“Beethoven: o magnífico” (1992)
Coragem para confiar
As amizades verdadeiras são realmente únicas — e a relação mais pura entre uma pessoa e um animal de estimação jamais pode ser replicada. Em “Spirit: o indomável”, uma nova versão da história que chegou às telonas com “Spirit: o corcel indomável” (2002), vemos como o elo com um cavalo pode ser mágico. A garota Lucky Prescott, de 12 anos, aprende com o seu novo amigo lições valiosas sobre confiança e liberdade, ao mesmo tempo em que enfrenta medos e aperfeiçoa sua visão sobre justiça.
“Spirit:
o indomável” (2021)
A um mergulho de distância
Algumas amizades são capazes de sobreviver ao tempo, enquanto outras encontram formas de se reinventar quando há uma grande distância. Em certos casos, não é possível estar próximo o tempo todo — seja na mesma cidade ou, no caso de “Free Willy”, vivendo no mesmo meio. Enquanto um órfão chamado Jesse mora na superfície, seu imenso amigo Willy, uma orca de três toneladas, habita um aquário. A conexão entre os dois deixa ambos ainda mais fortes e mostra como somos capazes de ir longe quando é preciso proteger e lutar pelos nossos amigos.
“Free Willy” (1993)
No mesmo barco
Ficar à deriva em um bote salva-vidas, no meio do oceano, não é o sonho de ninguém — ainda mais se a sua companhia nessa furada for um tigre-de-bengala. É nessa enrascada que um garoto chamado Pi acaba se metendo após um naufrágio, mas o medo não demora a dar lugar a uma amizade nada convencional. O que inicialmente parece apenas uma companhia para sobreviver à crise acaba abrindo espaço para uma parceria autêntica e respeitosa. O garoto e o tigre viajam na mesma embarcação: estão isolados e sem a capacidade de se comunicar, mas não estão sozinhos e, de certa forma, acabam conectados.
“As aventuras de Pi” (2012)
Voando em boa companhia
Quem disse que é preciso de animais de verdade para contar uma boa história envolvendo uma criatura e seu melhor amigo? A animação “Como treinar o seu dragão” é um bom exemplo de como as ligações mais incríveis podem surgir de maneiras inesperadas — e nem sempre logo no primeiro contato. Quando o jovem vicking Soluço captura um dragão Fúria da Noite, percebe que essa fera poderosa está assustada e indefesa. Após soltá-la, o garoto cria um vínculo com o dragão e ambos começam a confiar um no outro. Trabalho em equipe e lições sobre empatia marcam a amizade entre o protagonista e Banguela, o nome dado à criatura voadora. A animação já rendeu duas continuações, três seriados e uma adaptação em live-action
“Como treinar o seu dragão” (2010)
OS CUIDADOS ESSENCIAIS COM A
SEGURANÇA DIGITAL
POR LUCAS INÁCIO
É fato que já estamos indo para a segunda geração dos chamados nativos digitais, ou seja, pessoas que nasceram e cresceram com o recurso da internet disponível, podendo buscar fontes de informação na rede mundial de computadores. Ao longo dos anos 2000, o mundo digital foi fazendo cada vez mais parte do cotidiano. No Brasil, o salto de casas com acesso à internet foi de 13% para 85% em 20 anos. A pesquisa de outubro de 2024, feita pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), revelou que 166 milhões de brasileiros acessam a internet. No mundo, este número é de 67% (5,4 bilhões de pessoas). Dentre vários dados, a pesquisa da Cetic mostra que 52% das pessoas verificam as informações encontradas no meio digital e que apenas 48% adotam medidas de segurança para proteger seus dispositivos e suas contas.
OS PERIGOS DA INTERNET
Por causa da internet, a aplicação de golpes se tornou muito mais fácil — agora é possível cair em armadilhas dentro da própria casa. Este tipo de crime é algo que, infelizmente, também faz parte do mundo digital, pois pessoas que se aproveitam do anonimato criam formas cada vez mais complexas de se aproveitar de quem está do outro lado da tela.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) afirma que, somando os anos de 2023 e 2024, crimes cibernéticos às pessoas e instituições acumularam R$ 18,7 bilhões. Já uma pesquisa da Associação de Defesa de Dados Pessoais e do Consumidor (ADDP) mostra que, em 2024, foram cerca de cinco milhões de fraudes digitais e que um a cada quatro brasileiros sofreu uma tentativa de golpe. Então, vamos às dicas de como se prevenir:
Cuide muito bem do seu dispositivo: seja celular, notebook ou tablet, fique de olho no seu aparelho. Uma vez que você perder (ou ter ele roubado), fica muito mais fácil para os golpistas terem acesso às suas senhas, informações ou redes pessoais.
O que fazer quando perder: peça ajuda de um adulto o mais rápido possível, vá a um computador e troque todas as suas senhas importantes. Se tiver alguma conta bancária ou cartão salvo no celular, bloqueie. Faça um Boletim de Ocorrência (geralmente podem ser feitos online) e busque as orientações de quem entende.
Cuide de suas senhas: além da orientação básica de criar senhas longas que envolvam letras maiúsculas e minúsculas, números e símbolos, é importante ter várias senhas diferentes para redes distintas, afinal, se sofrer uma violação, será apenas de uma plataforma. Não compartilhe senhas. Além disso, ative a verificação em duas etapas assim que possível.
Se proteja: use seus perfis fechados e adicione apenas pessoas que você conhece. Em redes abertas, não fale com estranhos, principalmente por mensagem direta. Mesmo que também pareça alguém da sua idade, não responda se você não conhece.
Menos é mais: não compartilhe nas redes informações preciosas sobre você, como endereço, número de telefone, onde estuda ou seus horários. Tome cuidado ao acessar links estranhos que lhe enviarem, mesmo sendo perfis de amigos — ele pode ter sofrido um golpe.
Desconfie de promoções: cuidado com as ofertas milagrosas e promoções únicas, essas coisas são feitas para chamar sua atenção, fazê-lo clicar e, assim, passar dados pessoais importantes. Quer comprar algo online? Peça ajuda a um adulto e verifique se o site é confiável.
Se vai jogar online, se proteja: uma das diversões dos jogos é estar online e interagir com a comunidade, mas tome muito cuidado nessas horas, pois muita gente usa isso para passar golpes. Use apelidos no nome de usuário para entrar nos jogos; não abra a câmera; não passe informações pessoais suas, de sua família e nem de seus amigos.
Fale sempre com seus pais: conte sempre sua rotina online aos seus pais, mostre os sites que você entrou, converse sobre situações que você passou ou coisas estranhas que viu em alguma rede social. Se desconfiar de algo na internet, avise a um adulto na hora. Conversar é importante para se proteger.
Denuncie: viu que algum perfil tentou lhe aplicar um golpe? Recebeu um link estranho? Uma mensagem suspeita? Viu alguma corrente que parece perigosa? Viu algum comentário ofensivo? Caiu em um golpe? Para todas essas perguntas, a resposta é: denuncie!
5 animais que mudam o comportamento POR CAUSA DA LUA
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Quando se fala em Lua cheia e animais, um deles vem facilmente à mente: o lobo. Conhecido por seu uivo noturno inconfundível, a mitologia do lobisomem reforçou essa associação, tornando-o um símbolo frequentemente ligado ao satélite natural da Terra.
Embora ele seja o primeiro a ser lembrado, outros animais possuem uma conexão ainda mais forte com a Lua. Seja pela luz refletida ou pelas marés, alguns bichos alinham seus comportamentos com as fases lunares. Conheça cinco deles:
1. Coruja
Adeptas da caça noturna, as corujas-das-torres contam com um aliado valioso na procura por alimentos: a Lua. A luz lunar não apenas facilita a detecção das presas, mas também faz com que as ratazanas do campo, uma das principais fontes de alimento, detectem a ave e, assim, paralisam seus movimentos.
No caso das corujas brancas, o efeito é ainda maior, pois o reflexo da luz nas penas das aves pode cegar temporariamente os roedores, tornando o alvo mais fácil de ser capturado.
2. Libélula africana
Presentes no leste da África, as libélulas Povilla adusta utilizam a Lua para sincronizar o acasalamento. Dias após a Lua cheia, os insetos permanecem como larvas aquáticas por cerca de cinco meses, e quando chegam na fase adulta possuem uma vida curta: de uma a duas horas. Por isso, para garantir a reprodução da espécie, seguem o ciclo e a luz lunar para encontrar parceiros, acasalar e botar ovos antes de morrer.
3. Besouro
Responsáveis por coletar esterco dos elefantes e transformá-los em bolas para alimentar seus filhotes, os besouros africanos precisam seguir uma linha reta para evitar outros insetos.
Durante a noite, os besouros precisam da polarização ao redor da Lua para seguir o plano, que se torna ainda mais eficaz durante a fase cheia.
4. Taperuçu
Durante a migração das aves, os taperuçus-escuros permanecem cerca de oito meses no ar. E a altura em que voam está ligada às fases lunares: nos dias em torno da Lua cheia, momento em que não se reproduzem, os pássaros podem chegar até quatro mil metros de altitude após o anoitecer. Já perto da Lua nova, as altitudes se tornam mais baixas.
5. Noitibós
Assim como as corujas, os noitibós preferem o período noturno para ir atrás de seus alimentos. Da noite até o amanhecer, as aves caçam insetos voadores e mudam de comportamento devido às fases lunares. As Luas cheias propiciam o melhor momento para capturar as presas; já após as minguantes, na transição da primavera para o outono, migram da Europa para a África em busca de comida.
A postura dos ovos também é influenciada. É durante a Lua cheia que os ovos eclodem, já que as condições para a oferta de alimento são melhores, garantindo a sobrevivência dos filhotes.
POR
REDAÇÃO ITS TEENS
Ser picado por uma abelha pode parecer uma pequena tragédia do dia, mas é, na verdade, uma reação incrível da natureza, em que a ciência acontece bem diante dos seus olhos – ou melhor, na pele. Quando o inseto te pica, ele está se defendendo. O ferrão da abelha é sua arma, e, ao usá-lo, ela injeta veneno na pele, desencadeando uma série de reações no corpo.
O veneno, cheio de substâncias químicas, carrega melitina, uma proteína que provoca inflamação e é a principal responsável pela dor e coceira que você sente. Assim que o veneno entra na pele, o corpo interpreta como uma invasão e aciona o sistema imunológico, como se estivesse chamando um batalhão de defesa. Os vasos sanguíneos se dilatam para facilitar o envio de células de reparo até o local, mas essa movimentação intensa também causa o inchaço, a vermelhidão e a sensação de calor que acompanham a picada.
Na maioria das vezes, o desconforto é localizado e dura só alguns dias, mas, para quem tem alergia ao veneno da abelha, o corpo pode reagir de maneira muito mais dramática, como se fosse um alarme falso disparado com força total. Em vez de focar apenas no local da picada, o sistema imunológico entra em alerta máximo, causando sintomas como dificuldade para respirar e tontura, o que torna necessário buscar ajuda médica imediatamente.
Embora ninguém goste de ser picado, essa pequena experiência é um lembrete de como os sistemas de defesa na natureza podem ser incrivelmente sofisticados.
Na próxima vez que cruzar com uma abelha, tente lembrar que ela só quer fazer o trabalho dela — e que respeitar o seu espaço é a melhor forma de evitar essa interação dolorosa, mas cientificamente fascinante!
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Pode acreditar: aqueles dentinhos que você escova todo dia são mais duros que os seus ossos! Parece história de desenho animado, mas é pura verdade. Imagine que seu corpo é uma cidade. Os ossos seriam os prédios fortes, que sustentam tudo e deixam a cidade de pé. Agora, os dentes seriam como os cofres de um banco muito seguro, feitos de um material tão resistente que nem supervilão conseguiria arrombar fácil.
O segredo dessa força toda está no esmalte dentário, a camada brilhante que cobre seus dentes. Esse esmalte é a substância mais dura do corpo humano. É como se fosse uma armadura poderosa, capaz de aguentar mordidas, mastigações e até aquele docinho mais durinho (mas sem exagerar, hein?).
Enquanto os ossos são fortes e flexíveis, feitos para suportar pancadas e movimentar seu corpo, os dentes precisam ser firmes e duros, porque enfrentam batalhas diárias contra alimentos de todos os tipos: crocantes, moles, quentes, gelados… um verdadeiro festival!
E agora que você sabe desse segredo, que tal cuidar dos seus dentes como verdadeiros tesouros? Afinal, todo super-herói merece uma boa manutenção. Bora caprichar na escovação e manter esse sorriso invencível!
A diversidade do
CAFÉ DA MANHÃ BRASILEIRO
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Ah, o café da manhã! Essa refeição tão cheia de energia e personalidade é quase uma declaração de amor à cultura de cada canto do Brasil. Em um país tão diverso, é claro que o café da manhã não seria apenas uma refeição — ele é uma experiência, um abraço nos sabores que cada região carrega. Preparado para essa viagem de aromas, texturas e delícias? Então vamos lá!
Começando pelo Nordeste, onde o dia começa com um festival de cores e sabores. O cuscuz, feito com flocos de milho, é o rei da mesa — seja acompanhado de carne de sol desfiada, ovo frito ou apenas manteiga de garrafa, que deixa tudo mais saboroso. A tapioca também reina absoluta, recheada com combinações que vão do simples queijo coalho até combinações mais ousadas, como coco com leite condensado. E se você acha que café com leite é a única opção para beber, pode se surpreender: no sertão, sucos de frutas regionais, como graviola e cajá, também fazem parte da festa. Ah, e na Bahia? O dendê marca presença até no café da manhã, com acarajés e abarás que desafiam qualquer noção de hora para comer.
No Sudeste, a praticidade do dia a dia nas grandes cidades não tira o brilho do café da manhã. Em São Paulo, é quase um ritual passar na padaria e pedir um pão na chapa com manteiga (daquele bem crocante) e um pingado. No Rio de Janeiro, a dupla clássica é o pão francês recheado com queijo e presunto, acompanhado de um suco de laranja fresquinho. Mas se você for para Minas Gerais, prepare-se para um café da manhã que parece um pedacinho do céu: pão de queijo quentinho, broas de milho, bolos caseiros e, claro, aquele café passado no coador de pano, que já dá vontade de repetir antes mesmo de terminar a primeira xícara.
Chegamos ao Sul, terra de temperaturas mais frias e cafés da manhã robustos. No Rio Grande do Sul, o chimarrão é quase obrigatório – e ele combina perfeitamente com cucas, embutidos e queijos coloniais. Santa Catarina e Paraná também não ficam atrás: geleias caseiras, frutas frescas e pães artesanais dividem espaço com preparos tradicionais da colonização europeia, como strudel e pão preto. É uma mesa que aquece o corpo e o coração.
No Centro-Oeste, o café da manhã é uma celebração simples, mas com um toque único. O bolo de arroz, feito de forma artesanal, conquista pela textura e pelo sabor delicado, enquanto o tereré é a estrela das manhãs quentes, trazendo frescor e conexão com a natureza. Já o pão de queijo, mais uma vez, aparece para provar que não tem região onde ele não seja bem-vindo. Por lá, tudo tem um toque de aconchego e tranquilidade, refletindo o ritmo calmo das paisagens da região.
E no Norte, o café da manhã é tão único quanto a própria Amazônia. As frutas são protagonistas: cupuaçu, taperebá, bacaba e, claro, o açaí, que ganha uma versão menos doce, acompanhada de farinha ou tapioca. Pratos regionais — como a maniçoba, o tacacá e o mingau de banana — podem aparecer na mesa, mostrando que por lá o café da manhã é recheado de tradição e sabor. É como saborear a própria floresta em cada mordida e gole.
Viu só? Em cada região, o café da manhã é muito mais do que uma simples refeição – é uma verdadeira declaração de identidade. Seja com pratos ricos e elaborados ou com combinações simples, mas cheias de afeto, o Brasil sabe como ninguém transformar o amanhecer em um momento inesquecível.
Na atividade que envolvia a preparação de uma receita, as crianças da turma infantil
2 A aperfeiçoaram diversas habilidades de forma lúdica e significativa.
CEI CÍRCULO BOM SAMARITANO CENTRO
As crianças do pré 2 se divertiram com os carrinhos movidos a ar. O detalhe especial vai para a letra inicial do nome dos estudantes nos brinquedos, produzida por eles com o auxílio das professoras.
CEI EMÍLIA FLORIANI DE OLIVEIRA II SANTA TEREZINHA
A equipe da unidade promoveu um piquenique de férias para que os estudantes pudessem ter experiências significativas enquanto exploravam a natureza.
EEF PROFESSORA ADELINA ZIERKE SÃO JOÃO
CANÇÃO DE BRUSQUE *
POR AMÁBILY CABRAL E SILVA, EDUARDA GABRIELA DE PAULA E KETLIN IASMIN PEREIRA
Estudantes do nono ano da EEF Professor José Vieira Côrte
Minha terra gera lágrimas de saudades Que nunca deixam de rolar.
E o som de suas fábricas pela cidade Já é o que me faz despertar.
Os rios que cortam a paisagem Têm um verde reluzente. E as pontes que cruzam a viagem Levando sempre muita gente.
Minha terra tem cuca, Tem churrasco e chimarrão. E no jogo do Brusque Bate forte o coração
Não permita Deus que eu saia Dessa terra tão querida, Pois Brusque é o meu encanto, Minha história, minha vida
*Paródia do poema “Canção do exílio”, de Gonçalves Dias
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Você já imaginou conseguir levantar um cubo de gelo usando apenas um fio? Pode parecer mágica, mas é ciência! Existe um jeito simples e curioso de fazer o gelo grudar em um barbante e, de quebra, aprender sobre como o sal e o gelo se comportam juntos. E o melhor: essa experiência pode ser feita em casa, com materiais que todo mundo tem na cozinha.
O que você vai precisar:
Cubos de gelo;
Sal de cozinha;
1 barbante ou fio de lã; 1 prato ou tigela.
Passo a passo
1. Coloque alguns cubos de gelo sobre um prato ou dentro de uma tigela.
2. Posicione um pedacinho de barbante em cima de um cubo de gelo, deixando uma parte dele bem encostada.
3. Polvilhe um pouco de sal sobre o gelo, especialmente na parte onde o barbante está posicionado.
4. Aguarde cerca de dois minutos. Depois, puxe o barbante com cuidado e veja só: o cubo de gelo vai estar grudado nele!
Por que isso acontece?
Quando colocamos sal sobre o gelo, ele faz com que a parte onde o sal caiu derreta mais rápido. Só que, logo em seguida, essa água volta a congelar ao redor do barbante, como se o abraçasse. Assim, o gelo e o fio ficam grudados por um tempinho.