its Teens Joinville - 85

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Revista its Teens Joinville nº 85 2024 | R$ 14,85

Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

Embarcar no mundo da imaginação é um convite que a leitura nos faz e tem o poder de mexer com as emoções, as memórias, aguçar a curiosidade e muito mais: desenvolver a oratória, o trabalho em equipe, o senso de pertencimento ao espaço escolar e a facilidade de interpretação e compreensão textual.

E é somando tudo isso que um projeto muito bacana se destacou nesta edição de maio em nossa capa: na Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer –Extensão, a leitura tem levado os alunos a se tornarem protagonistas no palco e interpretar as histórias com a ajuda do teatro.

Além disso, também destacamos nesta edição um dos assuntos que mais têm repercutido na cidade, nas escolas e no nosso dia a dia: a dengue. Para reforçar a importância da consciência, mais um projeto escolar foi desenvolvido com a temática. Dessa vez os alunos criaram um jogo, por meio do Roblox, focado em eliminar os focos do Aedes aegypti em Joinville.

A conscientização ganhou a pauta do mês nas escolas da rede e na Escola Municipal Doutor Abdon Baptista. Por lá, os estudantes aprenderam a fazer sabão e a produzir papel reciclado com materiais descartáveis. Aproveite para se informar sobre tudo o que acontece na rede em que você estuda e conhecer assuntos que podem somar no seu conhecimento escolar.

/ EMBAIXADORES

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IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

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DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

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DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

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DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

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GABRIEL COSTA HABEYCHE

DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

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DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

A REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA

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TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

/ EXPEDIENTE
/ EDITORIAL
4 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024
Davi Carvalho de Andrade Igor Ludgero Cabral Clara de Souza Medeiros Bogo Anna Júlia Mendes da Silva EM Governador Pedro Ivo Campos EM Doutor Hans Dieter Schmidt EAM Carlos Heins Funke EM Pastor Hans Müller

DIFERENÇAS

VOCÊÉUMBOMOBSERVADOR?

ANALISE A IMAGEM E TENTE ACHAR ASDEZDIFERENÇAS ENTRE ELAS.

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/ DIVERSÃO
ENCONTRE AS

Por que precisamos dormir?

DIÁRIO ESCOLAR

Sob pressão: 5 estratégias para gerenciar o estresse durante os períodos de prova

CONHECIMENTOS

GERAIS

Da energia aos buracos negros: previsões de Einstein que se provaram verdadeiras

SUSTENTABILIDADE

Entre bolhas de sabão

NOTÍCIAS

DAS ESCOLAS

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

Programa incentiva a leitura de alunos da Rede Municipal de Ensino

GAMERS

Gamificando a dengue

Protagonistas em cena

CULTURA POP

Do livro para o cinema: como essas mudanças aconteceram?

WI-FI

Pesquisa na web: 5 sites e perfis confiáveis para aprender na internet

Lua nova, crescente, cheia ou minguante: você sabe identificar cada fase?

SPOILER

Cinderela chinesa

Decolando para a história: o primeiro voo do 14-bis de Santos Dumont

MURAL DOS ESTUDANTES

GALERIAS

VOCÊ SABIA? SAIDEIRA

Construções inimagináveis

Encontre as diferenças

07 18 12 30 08 24 14 32 36 10 28 15 33 42 16 34 43 / CONTEÚDO
FUNCIONA? CAPA
COMO
NOSSO PLANETA
DIVERSÃO
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Sempre que dormimos nos sentimos melhor, mais dispostos e até mais alegres. Tais sentimentos são despertados porque, quando adormecemos, o nosso corpo consegue repor as energias gastas durante o dia, de forma a regular o organismo.

Isso acontece porque o sono reduz a atividade corporal e também promove a desconexão do mundo. Por isso, especialistas recomendam dormir oito horas de sono por dia. Entretanto, o número pode variar de acordo com a idade e as necessidades do corpo de cada indivíduo.

O que acontece se não dormirmos?

A principal consequência de uma noite mal dormida é a falta de energia para realizar atividades. Além desse ponto, quanto mais tempo ficamos sem dormir, menor é a nossa capacidade de concentração e memória.

Por isso, o sono correto é tão essencial — sem ele, a saúde começa a ser afetada, por meio de problemas cardíacos, diabetes e depressão. A maioria dessas complicações ocorre porque os níveis de hormônios do estresse têm um aumento com a privação do sono.

Seja no crescimento dos ossos, na perda dos dentes de leite e nascimento dos permanentes, na mudança da voz ou até mesmo na aparição de fios grisalhos, algumas características são marcantes de cada fase.

Da vida adulta para a terceira idade, algumas mudanças passam a fazer parte da realidade das pessoas, como as transformações no aspecto e textura da pele. Mas por que isso acontece?

A resposta pode ser encontrada na quantidade de substâncias que garantem uma melhor aparência do corpo. Quanto menos colágeno nosso organismo produz, menor se torna a elasticidade e firmeza da pele, causando um visual mais flácido e enrugado. Já a diminuição do ácido hialurônico reduz a hidratação, deixando os contornos faciais mais marcantes. Existem outros fatores que aceleram e agravam esse processo, como genética, alimentação, poluição, exposição solar e concentração de melanina no corpo.

A falta da melanina, inclusive, é a causa de outra característica do envelhecimento: os fios grisalhos.

A substância, presente nos folículos capilares, é a responsável pela cor dos cabelos, e, com o avanço da idade, acontece a perda progressiva da pigmentação natural das madeixas. O estresse, o tabagismo e a genética são algumas causas que prejudicam as células de armazenamento do componente.

/ COMO FUNCIONA?
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5 estratégias para gerenciar o estresse durante os períodos de prova

POR REDAÇÃO ITS TEENS

O cenário da sala de aula, marcado pelo silêncio e olhares vidrados nos papéis sobre as mesas, anuncia a chegada do período de provas. Para além de avaliar o conhecimento adquirido ao longo do semestre, este momento pode ser de muita tensão para alguns estudantes — a pressão pela nota máxima e as comparações se tornam os maiores adversários, minando o foco e a concentração.

O turbilhão de sentimentos gerado durante a preparação do exame pode trazer danos tanto para a aprendizagem quanto para o bem-estar. “O estresse, por definição, é a condição na qual a gente assume situações as quais o nosso corpo não consegue carregar. As principais causas são os níveis de cobrança, níveis de pressão, o acúmulo de um excesso de atividades, o perfeccionismo e a necessidade de aceitação muito grande”, explica a psicóloga Vanessa Silva Cardoso.

Quando a ansiedade toma conta

Embora um pouco de nervosismo possa servir como um combustível para melhorar o desempenho na prova, a ansiedade excessiva vem acompanhada de uma série de prejuízos no rendimento escolar. A procrastinação, a dificuldade de concentração e a redução de raciocínio lógico estão entre eles. É preciso observar os sinais e dar a devida atenção desde o início, já que, caso negligenciados, os sintomas podem acarretar uma piora. “O grande impacto do estresse é que, quando não é feita a pausa necessária, que não é feito um nível de autocompaixão necessário, ele acaba decorrendo em uma depressão. E a ansiedade, por sua vez, tira o sossego, a possibilidade de viver agora, diminui a capacidade de conexão com o outro e de entendimento”, acrescenta a psicóloga. “Também traz danos e prejuízos para a memória, uma vez que quando a gente precisa recuperar a memória que foi feita durante os estudos, ela não consegue ser acessada quando o cérebro está muito ansioso.”

/ DIÁRIO ESCOLAR 8 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024

5 MANEIRAS DE GERENCIAR O ESTRESSE

Organize e planeje

Deixar tudo para a última hora pode causar ainda mais ansiedade, afinal, o prazo está batendo à porta e é preciso revisar o conteúdo visto em sala de aula. O ideal é criar um cronograma de estudos, distribuindo o tempo de maneira equilibrada entre os tópicos abordados em cada componente curricular. Dividir as tarefas em pequenas metas pode simplificar o processo, e nada melhor do que dar um check nos objetivos alcançados, não é mesmo?

Desenvolva técnicas de estudo

Cada estudante possui sua peculiaridade, então, o que funciona para seu colega talvez não dê certo para você. Que tal descobrir qual tipo de aprendizagem se adequa ao seu perfil? Seja no estilo visual, auditivo, de leitura ou cinestésico, faça resumos, crie mapas mentais, pratique exercícios e ouça aulas gravadas. Experimente e veja qual formato é o mais eficaz.

Pratique exercícios de respiração

A mente e o corpo estão interligados, portanto, praticar técnicas simples de relaxamento e exercícios de respiração são dicas úteis para reduzir a tensão e a ansiedade antes das provas. Aqui vai um exemplo: sentado, coloque uma mão no abdômen e outra no peito, respire fundo pelo nariz e expire pela boca. Concentre-se em respirar profundamente, sentindo o abdômen se expandir com o ar.

Identifique o problema

Quando a mente está fixada em pensamentos negativos, é fácil cair em um ciclo de pessimismo contínuo. Embora muitas vezes não seja tão simples, é necessário reconhecer quando essas percepções distorcidas estão dominando e tentar substituí-las por pensamentos mais positivos.

Conte com apoio

Não tente enfrentar esse sentimento sozinho. Converse com seus responsáveis, amigos e professores, compartilhando suas preocupações e dúvidas. Além de aliviar a pressão, eles podem ajudar a reconhecer e fortalecer seus pontos fracos e dar uma mãozinha nos preparativos para a prova.

Lembre-se

Para se desenvolver em sala de aula é preciso muito esforço e dedicação. No entanto, se ainda assim a nota não sair como desejada, lembre-se de que você não é definido apenas por um exame. “A avaliação global não se dá apenas por uma prova, mas de todo um comportamento, de uma vida saudável, com socialização e com uma prática esportiva.

A concentração e o foco devem ser colocados em uma rotina de estudos bem estruturada, com a diminuição de uso de celulares e telas, cuidado com o sono, com a alimentação e com bastante hidratação”, finaliza Vanessa.

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Da energia aos buracos negros:

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Em meio a avanços tecnológicos acelerados, tensões políticas e mudanças sociais, o início do século 20 foi marcado por outro grande acontecimento: a ascensão dos conhecimentos na física desempenhou um papel fundamental na transformação da compreensão do mundo. Deixando um legado que inspira diferentes gerações, Albert Einstein foi um dos cientistas mais influentes da história.

As contribuições na física tiveram um impacto profundo nos estudos da área, como também na cosmologia, astrofísica, tecnologia e até mesmo na filosofia, redefinindo conceitos fundamentais como tempo, espaço e gravidade. Os estudos lhe renderam grandes conquistas, como o Prêmio Nobel, em 1921, e o Prêmio Franklin Institute, em 1935.

A trajetória do físico mudou após a divulgação de duas teorias fundamentais, responsáveis por desencadear diversos experimentos e observações: a da Relatividade Restrita e a da Relatividade Geral.

Mostrando que o tempo pode parecer diferente para quem está em movimento e quem está parado, Einstein desenvolveu a teoria dizendo que aqueles que estão em uma velocidade muito rápida podem ter a percepção de que as coisas estão mais devagar em relação aos observadores que estão em repouso.

Os estudos também provaram que a velocidade máxima para qualquer objeto no vácuo é a velocidade da luz. Foi nessa época que foi criada uma das fórmulas mais conhecidas, a E=m.c², para calcular a relação geral entre massa e energia.

Trazendo uma nova visão sobre a gravidade, nesta teoria o físico a define como o resultado de uma curvatura do tecido espaço-tempo, que foi causada por objetos massivos. Imagine se você coloca uma bola superpesada em uma cama elástica e a malha da cama “afunda”, atraindo outros objetos para lá. Assim, a gravidade não apenas puxa para baixo, mas também faz com que elementos menores

sigam os “buracos” que os maiores causam. Muitas das suas teorias se provaram reais anos mais tarde, como no caso desta curvatura. Durante uma expedição, liderada por Sir Arthur Eddington em 1919, foi possível observar o desvio da luz de estrelas durante um eclipse solar, devido à dobradura no espaço-tempo causada pela massa do Sol. Veja outros exemplos:

10 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024 / CONHECIMENTOS GERAIS

Após 100 anos da publicação da Teoria da Relatividade Geral, uma das teorias, que o próprio Einstein acreditava que seria difícil de encontrar provas, foi confirmada: a existência de ondas gravitacionais. Essas flutuações no espaço-tempo são causadas por eventos massivos acelerados (como a colisão de buracos negros ou supernovas) e possuem uma amplitude extremamente fraca. Com diversas tentativas sem sucesso ao longo das décadas, foi apenas em 2015 que o Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferômetro Laser (Ligo), conseguiu detectá-los pela primeira vez. A partir disso, novas coletas de dados foram realizadas, contando ao menos 90 eventos confirmados.

As primeiras noções de que a luz poderia liberar elétrons de uma superfície metálica vieram por meio da observação do físico Heinrich Hertz em 1887. No entanto, ao propor que a luz pudesse transferir energia e criar a teoria do Efeito Fotoelétrico, Einstein foi responsável por interpretar esse fenômeno.

Posteriormente, em 1914, outros experimentos reforçaram a teoria do físico alemão. Robert Millikan conseguiu verificar que a energia cinética dos elétrons e a frequência da luz incidente estavam diretamente relacionadas, mostrando que quando um está rápido o outro também fica.

Foi a partir das equações da relatividade geral de Einstein que surgiu a ideia da possibilidade da existência dos buracos negros. Consideradas regiões do espaço onde a atração gravitacional é tão intensa que nada consegue escapar de lá, a primeira observação que deu indícios do fenômeno ocorreu em 1964, com a descoberta do Cygnus X-1, um sistema composto por uma estrela massiva e um objeto menor que trabalham juntos.

No entanto, a primeira imagem direta de um buraco negro, confirmando de fato a sua presença, veio em abril de 2019. O projeto Event Horizon Telescope (EHT) foi o responsável por ter capturado o buraco negro no centro da galáxia M87, sendo considerado um dos marcos mais importantes na história da astrofísica.

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O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

com materiais que seriam descartados, alunos aprendem a produzir sabão em barra e papel reciclado.

Tempo de leitura: 5 minutos

Com itens descartáveis, alunos criam produtos e aprendem sobre desenvolvimento sustentável; conheça o projeto que ultrapassou os muros da unidade

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Imaginar como será a vida nos próximos dez anos parece uma tarefa difícil. Entretanto, é fato que as escolhas de hoje impactam no amanhã, fazendo-o melhor ou pior. Porém, na trajetória do futuro, como uma garrafa pet, funil, pedaço de pano, óleo usado, água e soda cáustica podem fazer a diferença?

Os elementos parecem aleatórios e sem muita serventia, mas existe uma turma em Joinville que descobriu um novo fim para os materiais, criando produtos que foram vendidos na unidade. Isso porque o que seria descartado ganhou outro destino, transformado em sabão em barra e papel reciclado.

A iniciativa, que surgiu da preocupação da turma com a quantidade de papel nas salas e o descarte incorreto de óleo em casa, foi realizada na Escola Municipal Doutor Abdon Baptista, em um projeto multidisciplinar contemplado em programas de incentivo. A responsável pela inscrição e escrita foi a professora Ana Paula Amaral, e a verba conquistada foi investida na produção. Outra habilidade trabalhada foi o empreendedorismo, mostrando como os itens podiam ser vendidos.

/ SUSTENTABILIDADE
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Embora a provocação inicial tenha sido motivada pela necessidade de redução de lixo e economia de matéria-prima, aqueles que participaram puderam aprender muito mais que dicas e formas de melhorar a relação com o meio ambiente. Larissa Nürinberg Bona, 14, e Alana Emanuele Januário Morais, 14, ambas do nono ano, por exemplo, tiveram a oportunidade de aprender sobre o processo de produção e de venda, além de desenvolver a logomarca, registro que foi colocado à mostra nas embalagens dos sabões. O item foi fabricado em diversos formatos e vendido à comunidade, assim como o papel.

“Não entendemos como é que se faz um produto, como se faz um sabão, hoje em dia poucas pessoas fazem sabão em casa. Saímos da parte

Para a professora de Ciências Luciane Gastaldi, que compartilhou as atividades com a professora de Artes Lisiane Nardes, um dos diferen ciais foi aproveitar aquilo que já existia na escola. “O sabão é feito a partir do óleo usado, com o produto que compramos e alguns outros materiais simples, de fácil acesso. E o papel também, a escola está cheia de papel. Os alunos colaboraram bastante, eles amaram, foi muito bom”, opina a profissional.

Com o objetivo de promover a conscientização e de deixar um futuro melhor para as próximas gerações, a presença dos grupos foi garantida em todas as etapas, seja na hora de buscar os itens necessários para a produção ou no momento em que aprenderam a precificar os itens — experiências que serão levadas para a vida. “Ficaram bem admirados de olhar e ver aquilo se transformando. A professora deixou eles encostarem na garrafa, sentir a temperatura, ver que nada foi aquecido, foi a própria transformação do produto, a reação. Eles ficaram com os olhinhos brilhando”, conta a auxiliar de direção Saionara Mello dos Santos, mencionando que muitos não sabiam como era o processo de fabricação do sabão.

Um dos focos da iniciativa foi o preceito dos três R’s: reduzir, reutilizar e reciclar. No caso de quem acompanhou todas as etapas, o que fica marcado é a presença dos professores e dos estudantes, que entenderam a dimensão da ação e como a tarefa era algo que extrapolava os muros da unidade, de acordo com a diretora, Patricia da Silva Furbringer.

da escola para só acompanhar aulas e fizemos uma atividade que foi dentro da matéria”, conta Larissa, que fala sobre o descarte de óleo e como não esquecerá da dica. No caso da adolescente, há outro ensino que foi compartilhado: a precificação, informação que ela levou para fora da escola e compartilhou com a família.

E há quem já esteja colocando em prática aquilo que foi apresentado pelas professoras. “Não sabia que podíamos fazer sabão em casa com óleo. Fiquei bem feliz em saber, porque lá em casa usamos muito e vai fora, e agora eu aprendi a fazer e faço lá também”, acrescenta Alana.

Fotos; EM Doutor Abdon Baptista/Divulgação
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Inauguração de novos espaços no CAIC Mariano Costa

A Escola Municipal CAIC Mariano Costa inaugurou três novos espaços para desenvolver projetos e potencializar o aprendizado dos alunos. A unidade criou uma sala para leitura para os estudantes, modernizou a infoteca e ampliou o Espaço Maker. O investimento total nas intervenções foi de R$54,7 mil, sendo R$43 mil do Programa Dinheiro na Escola (PDE), que consiste no repasse de recursos para as unidades escolares por parte da Secretaria de Educação.

Abertura do Jeville

Em abril, a Prefeitura de Joinville realizou a cerimônia de abertura da 25ª edição dos Jogos Estudantis de Joinville (Jeville). O evento reuniu centenas de atletas de 23 escolas municipais, 14 estaduais e 8 particulares no Centreventos Cau Hansen. Durante a abertura, a Escola Municipal Presidente Castello Branco levou o troféu de melhor torcida e largou na frente na pontuação do Jeville. Nesta edição participaram cerca de cinco mil atletas e paratletas, em 18 modalidades esportivas.

Vencedores do Concurso de Desenho

Após votação popular com mais de 95 mil votos, foram divulgados os vencedores do 4º Concurso de Desenho realizado pela NDTV Joinville, em parceria com a Secretaria de Educação. O tema desta edição foi “O que eu mais amo em Joinville?”. Entre os prêmios para os vencedores, estão a participação em programas ao vivo da NDTV, além de um café com o prefeito Adriano Silva e a vice-prefeita Rejane Gambin. O primeiro lugar também terá direito a duas diárias no Hotel Fazenda Casarão do Vale.

1º LUGAR

Arthur E. Izidoro,

2º LUGAR

Isabella Alves de Moura, da Escola Municipal Amador Aguiar, com 15.583 votos.

3º LUGAR

Emanuel Felipe de Oliveira Lofy, da Escola Municipal Carlos Gomes de Oliveira, com 12.201 votos.

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação Foto: Arthur E. Izidoro/Divulgação da Escola Municipal Carlos Gomes de Oliveira, com 62.631 votos.
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PROGRAMA INCENTIVA

Abril literário deu largada ao programa

Uma das primeiras ações do programa Conexão Leitura foi o projeto “Abril Literário”, que envolveu todas as unidades da Rede Municipal de Ensino. Inspiradas pela data de aniversário do “pai” da literatura infantil brasileira, Monteiro Lobato, as escolas e CEIs desenvolveram atividades de leitura

ao longo de todo o mês.

Foram realizadas contações de histórias envolvendo os alunos e os mediadores de leitura, produções textuais e trabalhos com interpretação de textos e histórias de diferentes autores, produção e exposição de cartazes, painéis e maquetes.

O mês encerrou com dois dias

A Secretaria de Educação tem um novo programa para incentivar a leitura entre os alunos de escolas e Centros de Educação Infantil (CEI) municipais de Joinville. Lançado em março, o Conexão Leitura quer inspirar os estudantes a se encantarem pelos livros, além de fazer das infotecas escolares espaços mais inclusivos e multidisciplinares.

O principal objetivo é movimentar as unidades escolares ao longo de todo o ano para desenvolver atividades de leitura com os alunos. O primeiro passo foi realizar um levantamento de todos os projetos desta natureza que já são realizados nas escolas e CEIs, mapeando as ações de toda a Rede Municipal de Ensino.

As unidades que ainda não têm atividades de leitura estruturadas tiveram acesso a um “cardápio” de projetos proposto pela Secretaria de Educação, que possibilita trabalhar oratória, mídias, leituras, contações de histórias, socialização, pluralidade cultural, empatia e oportunidades para proporcionar aos estudantes novas perspectivas por meio da leitura.

Com isso, essas escolas e CEIs terão a opção de escolher entre um dos projetos do “cardápio” ou ainda criar um diferente para colocar em prática, fazendo com que todas as unidades escolares tenham ações de leitura como parte do projeto político-pedagógico.

especiais nas escolas e CEIs. Em um deles houve rodas de conversas com escritores e contadores de histórias. O outro dia foi marcado por um momento de parada de toda a unidade, incluindo alunos e profissionais, para alguns minutos de leitura com o intuito de incentivar o hábito na rotina diária.

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
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O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

alunos desenvolvem jogo para promover a prevenção contra o Aedes aegypti.

Tempo de leitura: 5 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Você já pensou como seria se a cidade que conhecemos fosse replicada em um jogo? Se pudéssemos visitar uma praça ou um parque famoso, mas agora pela tela do celular? A iniciativa pode parecer com o objetivo de alguns games famosos, mas em Joinville a meta é diferente: acabar com a dengue.

A ideia foi de Kauan de Oliveira Custódio, 15, e Cauã Gandolphi Vailati, 15, estudantes do nono ano da Escola Municipal Prefeito Max Colin. A participação foi um convite para que os jovens pudessem trazer a prevenção e o cuidado para o Roblox, criando o “AED School” (nome do jogo). “A ideia veio dos ‘10 minutos contra a dengue’, que foi proposto pela Secretaria Municipal de Educação. Os dois têm domínio da tecnologia, entendem bastante de jogos", comenta a professora integradora de mídias (PIMM), Giovanna Maria Rosa Vieira. Escolhendo pontos centrais da cidade, como a prefeitura municipal e a Vila da Glória, o foco principal foi

replicar no digital aquilo que também deve ser feito no dia a dia, eliminando os focos do mosquito e contribuindo com a limpeza de espaços públicos. “O jogo é uma cidade aberta inspirada em Joinville. Tem como você fazer o serviço de pegar a coleta de lixo, água parada, com o objetivo da dengue, mas também tem como ser policial, médico, bombeiro e ajudar os outros players”, comenta Gandolphi.

E antes de colocar a mão na massa e criar aquilo que agora está sendo usado pelos colegas de turma, o primeiro passo foi pensar na forma correta de replicar o município, incluindo as características e aquilo que fosse interessante para os jogadores.

“Primeiro construímos o mapa, o mundo que as pessoas podem entrar. Depois, algumas modificações para ficar mais acessível, também fizemos a parte da locomoção e os objetivos”, explica Oliveira, salientando que o próximo passo está sendo o aprimoramento dos desafios e dos cenários.

Para Cauã Gandolphi Vailati, existe uma parte do processo que é a mais desafiadora: a animação, seja dos personagens ou dos carros. “Foi a parte que tivemos mais dificuldade. O Roblox Studio é muito fácil de manusear, por isso que já é uma plataforma conhecida mundialmente. Tivemos que nos aperfeiçoar para dar iniciativa ao projeto”, esclarece o estudante, ressaltando a ideia de

/ GAMERS
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colocar outdoors para incentivar o cuidado contra a dengue.

Para quem acompanhou o processo de criação e agora presencia a experiência de jogos das outras turmas, a interação com o jogo é uma forma de trazer a atualidade para uma causa que afeta aqueles que estão dentro e fora da escola. “As crianças estão muito no mundo virtual, elas gostam de jogar, e esse jogo foi pensado justamente por isso, para eles replicarem aquilo que jogam. Vão jogar e vão trazer isso para a realidade, como um incentivo. Vão observar no mundo virtual e trazer isso para a realidade”, finaliza a professora, que enaltece a satisfação de ver o trabalho em grupo.

Quer participar dessa missão para combater a dengue por meio do Roblox?

Acesse o QR Code e jogue com os amigos!

Foto: EM Prefeito Max Colin/Divulgação
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Os jovens Kauan de Oliveira Custódio e Cauã Gandolphi Vailati estão aprimorando o jogo a partir das solicitações dos estudantes
/ CAPA 18 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

estudantes participam de projeto no contraturno e aprendem técnicas de encenação. Tempo de leitura: 9 minutos

Foto: Leve
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Fotogra

É folheando as páginas e conhecendo novos personagens que somos inseridos em histórias. Desde as mais românticas até aquelas que são baseadas em aventuras, é como se cada parágrafo fosse um convite para o desconhecido, rumo ao imaginário e aquilo que, magicamente, cada um de nós é capaz de interpretar e memorizar. E basta falar sobre imaginação e memória para pensar em leitura — a única forma possível de conhecer diversos lugares do mundo no conforto da nossa casa e até mesmo da escola.

Isso porque o hábito da leitura é capaz de trabalhar diversas habilidades durante o desenrolar da trama. Enquanto alguns melhoram a compreensão e a linguagem, outros encontram nos textos uma forma de descobrir do que gostam. Mas como seria se aquela figura que marca a nossa lembrança ganhasse vida e se transformasse em realidade?

A sensação está sendo experimentada pelos alunos da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer – Extensão durante o projeto “Arte na escola”. Em uma parceria com a professora Ise Stapait, responsável pelas artes visuais, os estudantes do contraturno conseguem treinar as competências no teatro e nas demais tarefas que extrapolam a rotina nos palcos, incluindo pinturas.

“Ensino algumas técnicas de respiração, aquilo de não olhar diretamente para a pessoa que está lá, porque se alguém fizer um gesto, acabou”, explica a mediadora de leitura Anna Giórgia de Lima Cardoso Toquetto. A iniciativa surgiu do desejo dos jovens, que ficavam entretidos com as contações de histórias da profissional e decidiram mudar, saindo do papel de quem só escuta para quem também é capaz de criar contos — além das turmas, os demais professores da unidade também estão treinando a presença de palco.

Exemplo disso é a professora de Educação Física Talita Caroline de Oliveira Macieski. A ligação com o teatro já existia, mas a iniciativa está sendo uma chance de criar memórias com os grupos. “É estar interagindo, mudando, entrando no mundo da fantasia junto com as crianças”, conta a educadora.

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A escolha dos personagens foi feita de acordo com a fantasia que cada um tinha em casa

Para aqueles que estão desafiando a timidez e compreendendo que aquilo que está nas páginas pode ser verdade, a dedicação tem sido o diferencial antes de encarar o público. “Faço o lanche, vou no banheiro, encho a garrafinha e venho aqui na biblioteca ensaiar”, fala Maria Helena Maciel da Silva, 10, quinto ano, que repete a mesma rotina durante os intervalos.

A educadora compreendeu que o processo pode ser o ponto de partida para desenvolver habilidades. “Por meio da encenação, percebi que o teatro era um dos veículos promotores e facilitadores da aprendizagem dos alunos”, comenta Anna. Em alguns casos, a escolha dos personagens fica a critério dos participantes, que avisam a profissional, responsável por pensar na fantasia. Entretanto, existem momentos em que mais de uma pessoa opta por fazer o mesmo papel. “Quando alguém quer o mesmo personagem, a professora pega uma fala para cada um e vê qual fica melhor”, esclarece Larissa Fontoura dos Santos, 10, quinto ano, que já interpretou uma barata e uma menina, figuras das últimas peças.

Com formação em História, cursos e pós-graduação em ensino de leitura e produção textual, a professora Anna Giórgia trocou a sala de aula pela biblioteca por conta da proximidade com os livros. Filha de uma professora de Língua Portuguesa, o ato de contar esteve presente desde a infância. “Às vezes faltava luz, então todos iam para varanda e o meu avô contava histórias, até hoje eu me lembro. E a minha avó nasceu na mesma cidade que o Lampião e contava as histórias da mãe dela, [...] desde sempre já fui criada com contação de história”, relata a educadora, que entre as atividades desenvolveu uma que era focada em contos de outros países, iniciativa capaz de movimentar os estudantes e até mesmo outros professores.

A participação dos alunos ocorre na escolha das obras literárias, adaptação, ensaios, montagem de cenários, figurinos, divulgação e apresentações. Expressão corporal, articulação, entonação de voz, vocabulário, criatividade e improviso são algumas das habilidades trabalhadas.

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A leitura é o primeiro passo para garantir uma boa performance no palco

Mas se engana quem acredita que a encenação é a única aproximação com a leitura. Na Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer – Extensão, todo dia é dia de ler — e o recado já fica evidente nas paredes da unidade, com frases de autores conhecidos. Com práticas que incluem a leitura em casa ou na unidade, tem outra interação que chama a atenção da turma: a gincana. “Eles têm várias provas: o livro mais antigo, a capa mais bonita, a planta mascote, o grito de guerra, marca-página, o nome da turma. O mais importante é que eles aprendam a cada ano o nome e a vida daquele autor”, elenca a especialista.

/ CAPA
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A última das peças produzidas pela turma foi uma junção de diversos contos e figuras conhecidas. Com Branca de Neve, Batman, bailarina e Emília, do “Sítio do Picapau Amarelo”, os personagens surgiram das fantasias que cada um tinha em casa — o foco não estava nos nomes, mas em mostrar que é possível criar um enredo com todos. O ponto de partida foi compreender que as histórias só ganham vida quando alguém abre o livro, tema principal da peça encenada por estudantes e professores.

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DO LIVRO PARA O CINEMA:

POR GUSTAVO

Quando um roteirista decide escrever uma história original para o cinema, ele cria, indiretamente, a partir de toda a bagagem que consumiu até então. Isso inclui livros que devorou, filmes a que assistiu e notícias que leu.

Já em certos casos, o filme é baseado diretamente em um material já publicado. É o caso dos roteiros adaptados, que são concebidos a partir de outras obras, sejam livros, videogames ou histórias em quadrinhos.

Que tal conhecer as diferenças entre alguns longas-metragens e os livros que os originaram?

/ CULTURA POP
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Ambientado em um mundo onde as bruxas estão disfarçadas entre nós, esse clássico de 1990 foi baseado no livro “As bruxas”, do britânico Roald Dahl, publicado em 1983. Ele mantém a atmosfera assustadora e o tom imaginativo do autor, mas traz um final totalmente diferente.

Após invadir a reunião das bruxas em um hotel na Inglaterra, o protagonista é transformado em ratinho. Ele consegue impedir o plano das vilãs, mas não consegue voltar à forma humana. Isso só muda quando uma bruxa arrependida, nos momentos finais do longa, surge para reverter o feitiço e transformá-lo em garoto novamente.

Já no livro, o garoto não tem um final tão feliz e fica para sempre como rato. É um destino mais sombrio, que não combina tanto com o tom hollywoodiano de filmes infantis e provavelmente não agradaria parte do público.

O escritor Roald Dahl também assinou outros livros que fizeram sucesso na tela grande, como “Matilda” e “James e o pêssego gigante”. Sua obra mais famosa, porém, foi publicada em 1964 e conta a história de Charlie, um garoto que encontra um bilhete dourado em um chocolate e faz um tour por uma fábrica lendária.

Já tivemos duas adaptações para o cinema, além de uma prequel centrada no chocolateiro Willy Wonka. A primeira versão de “A fantástica fábrica de chocolate”, de 1971, veio em formato de musical e trouxe cenários icônicos. Mesmo assim, o filme desagradou o autor, que impediu uma continuação de ser filmada.

Já a versão de 2005 foi dirigida por Tim Burton e é mais fiel ao livro. Estrelado por Freddie Highmore, o longa traz uma abordagem ocasionalmente macabra e mergulha mais fundo no passado de Wonka.

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SHREK

O ogro mais famoso do mundo revigorou os filmes infantis em 2001, além de garantir o primeiro Oscar da categoria Melhor Animação. Shrek, com sua arrogância e desejo de isolamento, chegou às telonas como um herói às avessas e protagonista incomum, em meio a uma infinidade de animações tradicionais.

A franquia pode ter amolecido o ogro e o tornado mais carinhoso a cada sequência, mas sua forma original é ainda mais distinta. Ela surgiu no livro “Shrek!”, de 1990, escrito e ilustrado por William Steig.

Na obra, o protagonista tem habilidades como cuspir fogo e soprar fumaça pelas orelhas. A história, nesse caso, não se desenrola após criaturas de contos de fadas invadirem seu pântano, como no filme, e sim quando os pais de Shrek o expulsam de casa. O objetivo é fazê-lo cumprir seu papel como ogro, aterrorizando mundo afora.

O livro não é dominado por referência à cultura pop, como a animação, mas traz a mesma essência provocativa de uma paródia das histórias de princesa.

Já personagens como Burro e Fiona têm personalidades e arcos narrativos bem mais desenvolvidos no longa.

DEU ERRADO

Percy Jackson e os Olimpianos

Em 2010, o primeiro volume de “Percy Jackson”, escrito por Rick Riordan, ganhou vida no cinema. Estrelado por Logan Lerman, acabou frustrando muitos fãs da saga.

O protagonista, que tem 12 anos no livro, teve a idade alterada para 16 na adaptação. Detalhes como a caracterização casual dos deuses e a cicatriz marcante do vilão também foram desconsiderados.

Felizmente a Disney transformou a história sobre deuses e mitologia grega no mundo contemporâneo em série, com o envolvimento direto do autor. O resultado, muito mais bem-acabado e fiel ao original, fez sucesso e renderá uma segunda temporada.

/ CULTURA POP
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É comum que muitos livros, ao virar roteiro de cinema, deixem para trás personagens, lugares e até partes relevantes da história.

Pense em “Harry Potter e a ordem da fênix” e suas 702 páginas. Seria impossível reproduzir, em cena, todos os eventos em um filme com duração adequada. No fim das contas, um filme de 15 horas não seria tão agradável.

Também é preciso transformar em cenas os elementos que funcionam apenas nas páginas. Um longo parágrafo na voz do narrador, descrevendo meticulosamente um ambiente, pode ser traduzido de forma completa em poucos segundos de tela.

Por serem mídias com linguagens distintas, o filme e o livro sempre terão diferenças, por mais perfeita que seja a adaptação literária. Confira dois exemplos de histórias que acertaram ou falharam miseravelmente:

DEU CERTO

As crônicas de Nárnia

Uma das sagas mais conhecidas mundialmente, publicada entre 1950 e 1956, estreou no cinema em 2005 sob a tutela da Disney. A primeira aventura, baseada no livro “O leão, a feiticeira e o guarda-roupa”, virou um encantador espetáculo visual, fazendo jus ao rico universo do escritor C. S. Lewis.

Com um elenco jovem afiado e direção de Andrew Adamson, encarregado dos dois primeiros filmes do Shrek, o longa surfou na febre das adaptações de fantasia, como Harry

Potter e O senhor dos anéis.

A continuação, “As crônicas de Nárnia: príncipe Caspian”, veio em 2008, mas arrecadou apenas metade do seu antecessor nas bilheterias. A Disney abandonou a saga, que foi adquirida por outro estúdio e resultou em um terceiro filme, que rendeu ainda menos.

Os sete livros devem ganhar novas adaptações da Netflix, com os dois primeiros escritos e dirigidos por Greta Gerwig, que comandou “Barbie”.

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PESQUISA NA WEB:

5 SITES E PERFIS CONFIÁVEIS PARA APRENDER NA INTERNET

Que a Internet é um local cheio de informações, todos nós já estamos cansados de saber. Desde a popularização nos anos 90 até o crescimento exponencial nos anos 2010, a internet sempre foi fonte de conhecimento. Porém, desde aquela época, há quem viva com desconfiança, afinal de contas, a falta de rigor científico no processo de produção desse conteúdo deixa muita gente com uma pulga atrás da orelha.

Não à toa, de uns anos para cá, a habilidade de saber selecionar boas fontes é tão importante quanto ter conhecimento. Sendo assim, selecionamos cinco sites e perfis confiáveis para aprender na internet.

Antes de começarmos, algo que é necessário nesse processo de separar as fakes das news é buscar sites que são especialistas em checar as informações veiculadas pela internet afora. Desta forma, nossa dica vai para o E-farsas (site mais antigo do tipo na internet); Aos Fatos; Boatos.org e Projeto Comprova.

Outra dica importante é seguir os grandes sites, sejam eles jornalísticos ou até mesmo as grandes empresas. No geral, boas informações requerem revisão de pessoas que também são especialistas em determinado assunto, algo básico em qualquer método científico. Nesse caso, o YouTube Edu é um espaço verificado por especialistas para, justamente, cumprir essa função.

/ WI-FI
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POR LUCAS INÁCIO

MANUAL DO MUNDO

Um queridinho do YouTube com muitos anos de vida e muitas experiências realizadas é o Manual do Mundo, canal criado pelo jornalista Iberê Thenório. A cada experimento feito, o canal explica e mostra efeitos reais da química, física, matemática, mecânica, informática e comunicação, entre várias outras áreas de ensino.

A credibilidade, inclusive, deu acesso ao canal a contatos e visitas a lugares incríveis, como a NASA. Isso mesmo, experiências fascinantes que já envolveram a agência que é a maior referência de conhecimento espacial e físico do planeta.

NERDOLOGIA HISTÓRIA

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Cinema não precisa ser uma aula de História, afinal de contas, mesmo os filmes baseados em fatos tomam a liberdade de mudar algumas coisas em sua montagem para deixar a obra mais envolvente. Porém, se unirmos o mundo fascinante da sétima arte com a revisão de especialistas históricos, podemos aprender muito.

Um site importante nessa pegada e que passa por todos os componentes curriculares, na verdade, é o Nerdologia. Nesse caso, nossa dica é o Nerdologia História, um dos tipos de conteúdo dentro do canal que já tem mais de três milhões de seguidores, com análises, muitas explicações e nos ajudando a entender o que é acontecimento real e o que é liberdade de roteiro.

Já que estamos falando de comunicação, a língua é algo essencial para saber distinguir também boas fontes para pesquisar. Sites bem escritos, com revisão e boa pontuação, geralmente são bons indícios de confiabilidade. Nesse caso, a gente precisa entender bastante de português, e os perfis da Professora Pamba — tanto no YouTube quanto no Instagram — são sucesso. Gramática e escrita explicadas de forma leve e com boa didática pela professora que podem nos ajudar a estar mais atentos na hora de pesquisar algo.

MATEMÁTICA DO ZERO

Dizem que os números não mentem, mas a matemática pode confundir as pessoas que não estão bem antenadas a ela. Por isso, descobrir novas formas de aprender é importante para saber os caminhos de usar o número no nosso dia a dia. Nesse caso, o perfil Matemática do Zero (415 mil pessoas no Instagram) pode ajudar bastante. O professor Raffaías Santos tem um curso on-line próprio, mas sempre passa dicas valiosas em seu perfil com o suporte de vídeos no YouTube também.

BIOLOGIA NO

TIKTOK

A rede mais queridinha da galera também tem muito conhecimento, não só dancinha. Então, nossa dica aqui é o Professor Samuel Cunha, que tem cerca de 200 mil seguidores, falando apenas desse assunto fascinante que é a vida em suas diferentes formas. No TikTok, os conteúdos vêm em forma de curiosidades e conteúdos que instigam a aprender mais. O professor também tem perfis com conteúdos mais detalhados no YouTube e no Instagram.

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você sabe identificar cada fase?

Se você tem o perfil observador e está constantemente olhando para o céu, já observou que existem ciclos lunares marcados pela Lua nova, crescente, cheia e minguante. Mas você sabe explicar a diferença entre os estágios e como cada mudança é justificada?

O foco está na movimentação entre a Lua, o Sol e a Terra, responsáveis por direcionar cada fase e como o astro será visto em cada região do globo. Mais do que memorizar a sequência correta, é preciso compreender o mecanismo para identificar o momento exato de observação.

Relação da lua com a humanidade

Algumas pessoas gostam de conferir as fases da Lua antes de cortar o cabelo ou iniciar uma plantação, por exemplo. Essas são crenças que foram passadas de geração em geração, seguindo aquilo que, um dia, foi o principal norte nas tomadas de decisões nas épocas anteriores.

Isso porque a Lua foi por muito tempo o ponto de partida para indicar o que tinha que ser feito, já que muitos acreditavam no poder e nas alterações causadas pelos ciclos. Entretanto, apenas alguns aspectos são comprovados pela ciência. “Sabemos que as fases da Lua, por exemplo, influenciam na

questão da luminosidade da noite. Quando é Lua cheia, as noites são mais luminosas e isso pode ter reflexos sobre as plantas”, explica o professor do curso de Engenharia Aeroespacial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Alexandre Zabot, que salienta a relevância na vida dos animais noturnos.

/ NOSSO PLANETA
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POR ANA CAROLINE ARJONAS

As fases da lua

Por mais que a Lua cheia seja a mais fácil de identificar, cada variação é reconhecida por um atributo — pode ser a luminosidade ou a visibilidade. É importante mencionar que o período lunar costuma contar com 28 ou 29 dias, dividido entre a Lua nova, crescente, cheia e minguante, totalizando uma média de sete dias em cada fase. “A principal característica é o quanto conseguimos ver da Lua e em que momento do dia. Na Lua cheia conseguimos ver a face inteira à noite, na nova podemos ver de novo a face inteira, mas de dia, e na crescente e minguante não conseguimos ver toda a face da Lua. Essa característica é mais importante, qual a fração da superfície que enxergamos e em que momento do dia fazemos isso”, diz Alexandre.

A expectativa é que, ao longo do ano, existam 12 renovações da Lua, ou seja, 12 fases de cada faceta do astro. Confira algumas características que podem ajudar na identificação:

Os períodos também são identificados em outros casos, como na relação com o mar. “Existe uma época em que o Sol e a Lua estarão exercendo influência na maré, no mesmo sentido; em outra época em sentidos opostos. Isso tem um efeito sobre as marés bem conhecido”, ressalta o educador.

Nesta etapa a Lua não está iluminada, não sendo visível — isso porque o astro está entre a Terra e o Sol. Este é o início do ciclo, e o astro nasce e se põe junto ao Sol;

Uma parte da Lua começa a ser iluminada pelo Sol e a claridade aumenta gradualmente a cada noite. A fase é indicada para observação, já que os contrastes de cores facilitam a identificação;

É a fase mais fácil de ser identificada, momento em que a Lua está toda iluminada. O tempo também é indicado para observação. Os dias são reconhecidos pela maré alta;

Período em que há redução da luminosidade, com redução proporcional a cada noite. Última fase antes da Lua nova.

Quer saber como estava a Lua no dia do seu nascimento? Acesse o aplicativo MOON - Current Moon Phase e confira qual era a fase do astro!

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Adeline veio ao mundo no lugar errado e na hora errada — nascer mulher na China, onde os filhos homens são desejados e as meninas apenas toleradas, ainda por cima durante os anos 40, período em que o país enfrentou duas guerras civis, não foi fácil. Isso é o que podemos ver na autobiografia de Adeline Yen Mah, a “Cinderela chinesa”.

Sua família, também em guerra, quase sempre sem combate: o lado de Adeline acabou derrotado antes mesmo de poder reagir. Esse lado é formado por ela, seus três irmãos e uma irmã mais velha, além do avô e da tia. A mãe de Adeline morreu duas semanas após o nascimento dela, e o pai, um milionário chinês, casou-se de novo.

A madrasta detestava os filhos anteriores. Os irmãos mais velhos culpam Adeline pela morte da mãe e por todos os seus problemas, já os mais novos, filhos da madrasta, nem lhe dirigem a palavra. Se ao menos o pai olhasse para ela, haveria uma esperança, mas para ele é como se ela não existisse .

Nem assim Adeline vai se deixar derrotar. Afinal, se a madrasta dela faz a vilã da fábula Cinderela parecer boazinha, o talento e a imaginação de Adeline também vencem fácil os atributos de Cinderela. Para enfrentar a infindável série de privações, humilhações e maldades aprontadas pela madrasta e ignoradas pelo pai, ela vai se apoiar nos livros e nos próprios sentimentos de amor e compaixão.

Com muita força de vontade e um espetacular desempenho como estudante, ela consegue se livrar do destino que se apresentava terrível para se tornar uma mulher independente e respeitada. Se você tiver a oportunidade de ler esse livro, eu recomendo: leia.

CINDERELA CHINESA

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

Nada pode me ferir David Goggins

Como ser feliz apesar de tudo Hugh Prather

Histórias extraordinárias

Lispector

/ SPOILER 32 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024
Clarice Cinderela Júlio Emílio Braz

Todos os dias, cerca de 200 mil voos acontecem em todo o mundo. Quem vê os aviões percorrendo o céu nem imagina todo o processo que levou para que isso fosse possível. Em 1906, em Paris, um pequeno mineiro marcava a história da aviação e deixava seu legado para toda a humanidade.

Conhecido como o “pai da aviação”, Alberto Santos Dumont, há 118 anos, realizou o primeiro voo em um veículo mais pesado que o ar, sem precisar de um propulsor para decolar — fato que o diferencia da conquista dos irmãos Wright —-, com o famoso 14-bis.

Construído com madeira, bambu e seda japonesa, na primeira tentativa, em 23 de outubro, o aparelho de 250 quilos subiu dois metros de altura e voou por 60 metros de distância por cerca de sete segundos. Já na segunda vez, menos de um mês mais tarde, o êxito foi ainda maior: por 220 metros, o avião se deslocou pelo ar por 22 segundos.

Para quem vê voos com duração de mais de 18 horas atualmente, como o de Nova

York para Singapura, pode pensar que esses curtos segundos parecem pouca coisa. Entretanto, o feito representou uma revolução para a área na época, pavimentando o caminho para invenções futuras e sendo reconhecido pela Comissão Oficial do Aeroclube da França, instituição renomada que registrava descobertas notáveis. Santos Dumont dedicou sua vida ao estudo e à inovação. Antes de alcançar esse sucesso, em apenas dez anos já havia desenvolvido mais de 20 balões e dirigíveis, além de motores a combustão para aviões. Sem medo de tentar, o aeronauta aprendia com seus erros e os usava como estímulo para aprimorar suas construções, ajudando também outros inventores a patentear suas criações e liberar o uso para quem quisesse.

A aptidão pela aviação veio ainda na infância: a criança observadora já mostrava paixão pelo céu ao fazer experiências com balões e pipas. Fã de literatura, obras de Júlio Verne — como “Da Terra à Lua” e “Viagem ao centro da Terra” — estavam entre suas favoritas.

Engana-se quem pensa que o prestígio brasileiro na área foi apenas naquela época. Com avançadas tecnologias e importantes instituições de pesquisas de desenvolvimento, o país possui uma das maiores fabricantes do mundo. A Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) se destaca no ramo, principalmente no segmento de jatos regionais e executivos. Fabricando modelos utilizados em companhias aéreas de diferentes nações, a instituição também desenvolve sistemas de defesa, tecnologias aeroespaciais e aeronaves militares.

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Criando lapbooks e maquetes, os estudantes dos oitavos anos da EM Amador Aguiar estudaram sobre usinas geradoras de energia.

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FORMULÁRIO DA REVISTA ITS TEENS. ATÉ!

Buscando a valorização da cultura afro-brasileira na arte, as crianças do CEI Maria Laura Cardoso Eleotério fizeram parte do projeto “Semeando consciência, conhecendo raízes e colhendo frutos”. Nele foram produzidas estruturas de bonecas africanas a partir da reciclagem de garrafas de vidros, com muita pintura artística e tingimento de tecidos. As obras dos estudantes foram exibidas na exposição “Uma viagem pelas belezas da cultura africana e suas influências no Brasil”, que contou com a participação da comunidade escolar.

/ MURAL DOS ESTUDANTES
Foto: EM Amador Aguiar/Divulgação
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Os estudantes da EM Governador Pedro Ivo Campos participaram de uma série de atividades envolvendo a dengue. Os nonos anos, acompanhados dos professores regentes e da equipe administrativa, organizaram a Marcha Contra a Dengue, com a criação de artes para conscientizar a comunidade. Durante as aulas de Inglês, os alunos do sexto ano C desenvolveram a construção de cartazes chamados de “How to prevent the dengue”, como prevenir a dengue, em português.

As turmas dos anos finais do Ensino Fundamental da EM Senador Carlos Gomes de Oliveira publicaram a segunda edição do jornal escolar “Portal Senador”. A produção é feita pelos próprios estudantes e, após a impressão, o projeto é compartilhado com toda a escola, que também usa a peça para trabalhar a leitura dentro da sala de aula.

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Fotos: CEI Maria Laura Cardoso Eleotério/Divulgação Fotos: EM Governador Pedro Ivo Campos/Divulgação
/ GALERIAS 36 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024

Estudando as propriedades da luz, estudantes

EM Valentim João da Rocha Vila Nova puderam se divertir e aprender ao mesmo tempo Durante as aulas de Ciências Naturais, eles participaram de uma atividade com laser com o intuito de investigar a hipótese de que a luz se propaga em linha reta

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/ GALERIAS 38 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024

A turma do segundo ano B, com o auxílio da EM Senador Carlos Gomes de Oliveira Aventureiro professora Gisele Santana, desenvolveu o projeto “Passaporte da Matemática”, unindo os conhecimentos do componente curricular com a criatividade, transformando a aula em algo lúdico e prazeroso

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/ GALERIAS 40 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024

Estudantes de diferentes turmas tiveram a oportunidade

EM Prefeito Joaquim Félix Moreira centro de participar de dois projetos mais que especiais As atividades voltadas aos ensinamentos sobre a síndrome de Down e o Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram desenvolvidas, trabalhando a empatia e conscientização com a abordagem das temáticas.

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A leitura

A leitura me encanta

Faz-me sorrir Faz-me viajar.

A biblioteca, um mundo mágico

Portas sempre abertas

Mentes criativas e imaginárias

Sonhadores e aventureiros.

Um livro, dois livros, três livros

Quantos livros nos incomodam

Quantos personagens são encontrados

Quantos autores, poetas e leitores.

Ela entrou

Sorriu como alguém

Alguém com brilho no olhar

Cheia de histórias para contar.

Dois passos para frente

Na estante “Harry Potter”

Pensou na magia

Imaginou-se em Hogwarts.

Depois de mais três passos

Encontrou “A casa da madrinha”

Pensou em Alexandre, Vera e o pavão

Nas grandes aventuras vividas.

Queria ser como eles ou já era?

Caminhando, encontrou mais livros

Peter Pan, Alice, América e Fani

Novos personagens e criações.

Correndo contra o tempo

Encontrou a coleção Percy Jackson

Uma voz saiu do livro

Assustada se arrepiou.

Será Percy ou Annabeth?

Ou os deuses do Olimpo

Fechou o livro

UFA! Conseguiu!

Continuou a sua jornada

Clarice e “A hora da estrela”

O que terá acontecido com Macabéa?

Será a heroína despedaçada?

Lembrou-se de sua infância

As meninas na janela

Cecília, poetizando

Sorrindo e nos transformando

Sonhava em abrir aquela janela

Ser Arabela, Carolina ou Maria.

Mas, era apenas Ela

A menina sorridente sonhadora.

Que esperava abrir cada página

Abrir as janelas para a sua viagem

E seus sonhos de aventureira

Em seu mundo a desbravar!

A cada livro lido

Uma história imaginada

Um personagem vivendo em sua mente

Conquistando o seu coração.

Um amor sem explicação

Um refúgio em que somente os amantes dos livros

Encontram-se e se descobrem

Voos altos e caminhadas por tijolos amarelos!

POR Sandra Rosa Giovanella Lopes, professora na EM Professora Lacy Flores
42 ITS TEENS - JOINVILLE / MAIO 2024 / SAIDEIRA
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43 / DIVERSÃO
Revista its Teens Joinville nº 85 2024 | R$ 14,85
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