its Teens Joinville - 84

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Revista its Teens Joinville nº 84 2024 | R$ 14,85

Dos mistérios que nos cercam, certamente aqueles que habitam nosso próprio corpo nos causam inquietações e questionamentos que, como um balão, enchem e estouram na nossa mente: por que espirramos? Quantos fios de cabelos pode haver na cabeça de uma pessoa? São questionamentos como esses que nós fizemos por aqui e respondemos nesta edição de abril que chega até você.

Compreender o universo ao redor do nosso corpo e como tudo funciona em sincronia para promoção da saúde também pode ser entendido com o nosso “relógio biológico”, importante atividade que regula o organismo dos humanos e até dos animais, sabia? Para entender mais sobre isso, você vai aprender o significado e como funciona.

Aproveite também nesta edição de abril, em nosso destaque na capa, para saber que é possível unir os assuntos teóricos de sala de aula com inovação, criatividade e muita diversão: na Escola Municipal Pastor Hans Müller, alunos aprendem a fazer máquinas simples e motorizadas em atividade no Laboratório Maker.

Nas editorias, você vai saber como uma escola colheu uma batata-doce com mais de três quilos, depois de passar pela aula de plantação em um dos componentes curriculares e saber como as unidades têm se mobilizado no combate ao mosquito da dengue com ações que ampliam a conscientização para além do espaço escolar.

Curta mais esta edição que chega até a sua escola com assuntos que movimentaram e fizeram parte da sua rede e aprenda com temas que podem somar no seu conhecimento. Aproveite e compartilhe com a sua turma. Boa leitura!

/ EXPEDIENTE

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI

IN MEMORIAM | FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR. DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA GILBERTO KLEINÜBING DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

GABRIEL COSTA HABEYCHE DIRETOR REGIONAL CRICIÚMA gabriel.habeyche@ndtv.com.br

CRISTIANO MIELCZARSKI

DIRETOR REGIONAL OESTE cristiano.mielczarski@ndtv.com.br

A

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS DESIGNER GRÁFICO

CATIELLE PARIZOTTO GERENTE DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES catielle.parizotto@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

JULIANA POMPEU BARELLA GERENTE COMERCIAL OESTE juliana.barella@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

Os artigos assinados não refletem necessariamente a opinião da revista, sendo de inteira responsabilidade de seus autores. É permitida a reprodução total ou parcial de reportagens e textos, desde que expressamente citada a fonte.

TIRAGEM: 3.235 EXEMPLARES

NÃO VACILA, FALA AÍ (47) 3419-8000

Pontos de distribuição: Escolas da Rede Municipal de Joinville

REVISTA ITS É UMA PUBLICAÇÃO DA EDITORA NOTÍCIAS DO DIA
/ EDITORIAL 4 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024
Renata Bomfim Gerente de projetos especiais

A Língua Portuguesa, além das heranças vindas de Portugal, adotou diversas palavras influenciadas por outras culturas, como a indígena. Mas você sabe o que os termos originários significam? Leia as questões, tente associar a definição com o vocábulo e descubra.

NO TUPI-GUARANI, ESSE TERMO SIGNIFICA “VERMELHO”:

a) Peteca

b) Pitanga

c) Mamangaba

d) Sariguê

A PALAVRA QUE SIGNIFICA “ESMAGAR COM AS MÃOS” OU “ESMIGALHAR” DEU ORIGEM A:

a) Beiju

b) Fubá

c) Paçoca

d) Mandioca

ESTE ANIMAL FOI NOMEADO COMO “O QUE OLHA DE BANDA”:

a) Jacaré

b) Cobra

c) Onça

d) Macaco-aranha

O TERMO TUPI-GUARANI QUE SIGNIFICA “MATO RALO” OU “MATA BRANCA” FOI NOMEADO DE:

a) Caatinga

b) Pantanal

c) Pampa

d) Cerrado

A “FRUTA COM CHEIRO FORTE” É O: O “CAÇADOR DE FORMIGA” É:

a) Abacaxi

b) Açaí

c) Guaraná

d) Jaca

O TERMO QUE SIGNIFICA “TRABALHO EM COMUM” OU “REUNIÃO PARA A COLHEITA OU CONSTRUÇÃO” SE TORNOU A PALAVRA:

a) Coletivo

b) Cooperaçao

c) Mutualismo

d) Mutirao

a) Tatu

b) Iguana

c) Tamanduá

d) Pica-pau

O CERCADO EM QUE OS INDÍGENAS SE ESCONDIAM PARA SURPREENDER UM PREDADOR OU A CAÇA É CONHECIDO COMO:

a) Emboscada

b) Cilada

c) Espreita

d) Tocaia

“FRUTAS EM BOTÃO” SÃO AS:

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a) Uvas

b) Jabuticabas

c) Mirtilos

d) Ameixas

UMA PESSOA “TRISTE, ABATIDA E DESILUDIDA” ESTÁ:

a) Yuru

b) Guaré

c) Jururu

d) Acaua

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/ DIVERSÃO NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 5

Quantos fios de cabelo há na cabeça de uma pessoa?

DIÁRIO ESCOLAR

O que é o relógio biológico?

CONHECIMENTOS GERAIS

Como foi a arte na Pré-História?

Lambe-lambe contra a dengue: turmas criam arte para promover a conscientização fora da escola

CULTURA POP NOTÍCIAS DAS ESCOLAS

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

Educação Infantil de Joinville comemora 50 anos de história

COMO FUNCIONA? CAPA AEDES AEGYPTI

Se chorei ou se sorri…

WI-FI

A consolidação dos eSports

NOSSO PLANETA

Conheça as 7 maravilhas naturais do mundo

SPOILER

Malala, a menina que queria ir para a escola

VOCÊ SABIA?

Renascimento cultural: entenda como foi a Semana de Arte Moderna

MURAL DOS ESTUDANTES

GALERIAS

Da terra à mesa: descubra o processo de plantio da batata-doce, feito a partir de sacos de ração

SAIDEIRA

Cuidando dos bebês dengosos

Mentes criativas

Qual é a origem da palavra?

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PRODUTORES RURAIS
DIVERSÃO
6 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

Quantos fios de cabelo há na cabeça de uma pessoa?

Há pessoas que nascem com mais fios de cabelos do que outras, devido à genética da consistência do fio. Recém-nascidos costumam ter 100 mil a 150 mil folículos no couro cabeludo, números que vão diminuindo conforme a pessoa envelhece.

Os folículos do couro cabeludo ficam localizados na raiz do fio capilar, parte responsável por produzir, nutrir e sustentar o crescimento dos fios. Esse folículo começa a se desenvolver ainda quando estamos sendo gestados, por volta da nona semana de gestação.

Ou seja, o número de folículos que uma pessoa terá já é determinado antes mesmo do nascimento. Talvez nunca tenhamos parado para pensar, mas os cabelos também exercem uma função importante no nosso corpo: são eles os responsáveis por proteger a nossa pele do couro cabeludo contra raios solares e a ajudar a diminuir qualquer atrito que possa machucar a pele.

Mas por que será que os nossos cabelos caem tanto?

A quantidade de fios que cai depende de alguns fatores, como variedade genética, hormonais e até mesmo idade. Em média, uma pessoa possui 100 mil fios de cabelo, e é esperado que cerca de 100 a 200 deles caiam por dia.

Todo o ciclo de crescimento do cabelo dura em torno de dois a sete anos, e ele ocorre por meio de três etapas: crescimento, transição (com a interrupção do crescimento) e repouso (momento em que os fios começam a cair).

Por que espirramos?

Quem nunca se perguntou: por que espirramos? E o que seria um espirro? Essas são duas perguntas curiosas, talvez porque muitas coisas que envolvem o nosso corpo são um mistério. Desvendaremos esse agora!

O espirro nada mais é do que um mecanismo de defesa do próprio organismo, ou seja, uma reação automática das vias respiratórias com o intuito de eliminar substâncias estranhas que possam ter entrado nas narinas.

Como uma defesa do corpo, o espirro ajuda a manter o sistema respiratório limpo e saudável. Com isso, espirrar é um sinal de que o corpo está reagindo a estímulos irritantes, como fumaça, poeira, produtos químicos, entre outros.

Por isso, quando as narinas detectam essas substâncias, o corpo reage por meio do espirro, expulsando as partículas antes que elas possam desencadear um problema de saúde mais grave.

Segurar um espirro pode fazer muito mal, trazendo grande desconforto para o corpo. Isso porque quando tentamos segurar um espirro, o nosso corpo se contrai, gerando uma espécie de pressão, que acaba por forçar a cavidade nasal, pressionando os vasos sanguíneos ao redor da região, incluindo os olhos e ouvidos.

/ COMO FUNCIONA? NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 7

O QUE É O

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Para que nós tenhamos fome, sono e outras vontades, é preciso ter um relógio biológico para nos alertar e suprir todas essas necessidades nas 24 horas do dia. Mas o que seria esse termo?

O relógio biológico está presente em todos nós e até mesmo nos animais. Esse é um mecanismo do próprio corpo, responsável por regular as atividades do organismo — por ele é regulado o horário de dormir, acordar, comer e até a produção de hormônios, como o do crescimento. É esse o recurso interno que mantém o nosso corpo funcionando dentro de um cronograma, dia e noite, onde quer que estejamos.

ONDE FICA O RELÓGIO BIOLÓGICO?

O nosso relógio biológico é regido por um relógio-mestre que fica localizado no nosso cérebro, dentro do hipotálamo — região pequena que atua para o funcionamento do organismo, como na regulação de sede, apetite, temperatura e pressão arterial. É este mecanismo que dita para cada célula do corpo as necessidades da manhã, tarde ou noite.

8 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024 / DIÁRIO ESCOLAR

24 HORAS E 11 MINUTOS

Cientistas afirmam que o dia tem 24 horas, porém, nosso relógio interno não tem essas horas exatas. Um estudo da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, mostrou que o ritmo do organismo considera que o dia tenha 24 horas e 11 minutos. O resultado foi obtido por meio do monitoramento diário dos hormônios e da temperatura corporal dos participantes.

Por isso é necessário termos uma rotina, de forma a sincronizar o nosso relógio biológico com as horas exatas das nossas necessidades cotidianas, de modo que ele considere que o dia tenha 24 horas.

POR

QUE

O RELÓGIO

BIOLÓGICO É IMPORTANTE?

QUEM DESCOBRIU O RELÓGIO BIOLÓGICO?

O responsável pela descoberta de que o ser humano tem um relógio interno que regula as suas atividades foi o francês e astrônomo Jean Jacques d’Ortous, em meados do século 18.

Ele fez isso a partir da observação de uma planta, popularmente conhecida como dormideira. As folhas dessa espécie se fecham mediante o toque ou assim que anoitece, e voltam a abrir quando o dia amanhece. Foi então que o astrônomo iniciou o experimento: posicionou a dormideira dentro de um armário fechado e totalmente escuro. A surpresa foi que as folhas continuaram a reproduzir o mesmo mecanismo por vários dias.

Ter um relógio biológico permite que o organismo antecipe os eventos que estão nas rotinas, como o ciclo do sono e o da refeição, de modo a preparar nosso corpo. Por exemplo, quando anoitece, o corpo se organiza para descansar e começa a produzir melatonina, o hormônio do sono. Ao amanhecer, o nosso organismo libera cortisol para que a gente desperte. Esse cronograma é graças ao relógio biológico, que respeita o ritmo natural das nossas necessidades. Pesquisas mostram que viver fora de sincronia com o nosso corpo pode nos deixar mais propensos a ter problemas de saúde, como infecções, doenças cardíacas e diabetes.

Ou seja, não era só a luz que influenciava a abertura e o fechamento — havia algo dentro dela para tal circunstância.

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A ARTE NA PRÉ-HISTÓRIA

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Muito antes de inteligências artificiais criarem imagens com apenas um comando ou museus serem preenchidos por obras de artistas do mundo inteiro, havia um importante elemento que permanece presente até hoje: a arte como uma das principais formas da expressão humana.

Já no período pré-histórico, era por meio de desenhos e esculturas que o homem se comunicava e deixava seus ensinamentos. As gravuras preservam histórias, podem ser encontradas atualmente em cavernas e rochas espalhadas pelos seis continentes e representam registros da cultura e sociedade da época.

/ CONHECIMENTOS GERAIS
10 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

Ao longo dos anos, a arte é um reflexo de como o ser humano se relaciona com o mundo ao seu redor, evoluindo de acordo com as mudanças culturais, sociais e tecnológicas na fase em que está inserida — com novos traços, a expressão da identidade do povo também ganhava uma nova característica.

IDADE DOS METAIS

A arte na Idade dos Metais caracteriza-se, principalmente, pela produção de utensílios, armas de guerra, enfeites e objetos de uso cotidiano, como espadas, lanças, máscaras e facas, entre outros. Esse período foi de tantas transformações que precisou ter uma subdivisão para caracterizar a evolução, olha só:

Idade do Cobre (3.300 a.C - 2.200 a.C): com ferramentas feitas de cobre, a arte era expressada por meio da cerâmica decorada, pinturas em cavernas e pequenas esculturas, representando as vidas cotidianas.

Idade do Bronze (2.200 a.C - 800 a.C): a descoberta da liga de bronze (uma mistura de cobre e estanho) permitiu que as ferramentas fossem mais duráveis. Essa metalurgia mais avançada proporcionou a produção de estátuas e utensílios de rituais. A arte era associada a práticas religiosas.

Idade do Ferro (800 a.C - 1 d.C): o ferro marcou o final da Idade dos Metais. Iniciou-se a produção em massa do material, possibilitando ferramentas mais acessíveis para práticas agrícolas e industriais. A arte continuou se desenvolvendo, com a produção de objetos decorativos e cerimoniais.

O maior destaque dessa época foram as pinturas rupestres — as gravuras desenhadas nas paredes das cavernas. Especialistas acreditam que essas pinturas surgiram em grupos de humanos que já tinham o controle do fogo e também acesso a ferramentas que eram produzidas por meio de pedras.

A maioria das artes apresentava o homem no meio de animais, representando a caça. Historiadores acreditam que para realizar a arte rupestre eram utilizados materiais como terra, carvão, sangue, flores, entre outros.

Atualmente é possível encontrar algumas dessas artes na Caverna de Chauvet e Lascaux, na França, mas também estão presentes em outros locais, como Espanha, Austrália, Argentina e até mesmo Brasil. Em terras brasileiras, é possível observar de perto a arte rupestre na Serra de Capivara, no Piauí.

PERÍODO PALEOLÍTICO ARTE NO PERÍODO NEOLÍTICO

Com os avanços começando a acontecer por meio do domínio das técnicas agrícolas e também domesticação dos animais, nesse cenário os homens perceberam a necessidade de desenvolver novas ferramentas.

Um dos grandes avanços do Período Neolítico foi o da construção, uma vez que o homem foi aos poucos desenvolvendo habilidades arquitetônicas, refletindo na construção de monumentos feitos por grandes rochas.

Exemplo disso é a estrutura conhecida como Stonehenge, encontrada na Inglaterra, em Portugal há também um monumento semelhante, o Cromeleque dos Almendres.

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A ilustração e as orientações contra a dengue direcionaram o trabalho dentro e fora da escola

O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR POR AQUI:

turmas do quinto ano criam material de prevenção da dengue em aula de Artes.

Tempo de leitura: 6 minutos

LAMBE-LAMBE

Com lápis de cor e papel, a atividade modificou a rotina dos familiares, compartilhando técnicas para combater o mosquito

POR ANA CAROLINE ARJONAS

/ AEDES AEGYPTI
12 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

A sensação de uma picada, a coceira no corpo, a febre e a dor de cabeça podem ser sintomas de diversas doenças. Entretanto, em Joinville, a descrição acende o sinal de alerta, já que o primeiro inimigo em mente é o Aedes aegypti. Por mais que o contato com o mosquito seja rápido, a proliferação é intensa, deixando evidente a importância do cuidado com o ambiente e aquilo que está ao redor.

Na Escola Municipal CAIC Professor Mariano Costa e na Escola Municipal Prefeito Max Colin, os estudantes do quinto ano estão combatendo a dengue por meio da informação. Com materiais do cotidiano, que incluem papel e lápis de cor, os grupos criaram o lambe-lambe, item que foi colocado na rua de casa ou no bairro da escola. “Contei a história, fiz um pequeno folder para as famílias, eles recortaram e colaram no poste com o desenho deles”, explica a professora Fabiana Castegnaro, que orientou o passo a passo, mas deixou a criatividade aflorar, já que cada um teve a liberdade de criar a sua ilustração.

Mais do que compreender a relevância do assunto, é na junção entre a sala de aula e os desafios na sociedade que os estudantes compreendem que aquilo que começa na escola também pode mudar a rotina com a família. “Quando levam isso para casa cobram muito mais o adulto, porque o adulto diz ‘vou fazer depois’. Na semana seguinte perguntei quem limpou o quintal e a grande maioria disse que foi lá e limpou. É isso que eu quero: tocar a família”, salienta a educadora.

Compreender o problema e a relação do Aedes aegypti com a prevenção também é um ponto de partida, fator essencial para trabalhar habilidades que serão levadas para a vida. “Eles estão trabalhando a percepção, a criatividade, a busca de uma integração com o meio ambiente, com o cuidado ao redor. Se na escola fizermos um trabalho completamente isolado e a família não estiver junto, nós não conseguimos trabalhar”, opina Fabiana.

E quem colocou a mão na massa foi capaz de identificar os equívo cos que são cometidos no próprio lar, como a aluna Sarah Tomazotti Oliveira, 10. “Um dia estava na casa da minha avó e tinha um balde com muita água da chuva, só que não estava tampado. Fui falar para minha avó que tinha água e podia ter o mosquito. Ela viu e tinha um mosquito. Viramos e deixamos em um lugar que não pegava água”, comenta a jovem.

Valéria da Silva Gonçalves, 10, passou por uma situação parecida. “Minha mãe tinha um negócio de planta e estava cheio de água, porque eram dias chuvosos. Eu virei e falei para ela”, esclarece a menina. No caso de Fabiana, além da percepção de estar contribuindo com a queda no número de casos na cidade, o componente curricular está sendo utilizado para expandir as possibilidades. “Entendo que não é só o fazer artístico, e não estou aqui para formar artistas, mas, sim, cidadãos que vão conseguir passar o que eles têm na sala de aula para o conteúdo”, finaliza a professora.

Cada criança teve a oportunidade de criar o próprio desenho, levando em consideração os exemplos apresentados pela professora

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Fotos: Fabiana Castegnaro /Divulgação

Desfile de aniversário de Joinville reúne 20 mil pessoas na Avenida Beira Rio

Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

No aniversário de 173 anos da cidade, cerca de 20 mil pessoas prestigiaram o desfile comemorativo na Avenida Beira Rio. Neste ano, o destaque ficou para o número de instituições inscritas, totalizando 100 unidades.

Para celebrar os 50 anos da Educação Infantil, seis Centros de Educação Infantil (CEIs) desfilaram, dando início à festa. Em seguida, outros nove pelotões formados pelas escolas municipais deram continuidade ao evento. Grupos que preservam a cultura da região também estiveram presentes, marcando o desenvolvimento de Joinville.

Foto: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação

Pré-adolescentes estão incluídos em faixa etária da campanha de vacinação contra a dengue

Pré-adolescentes de 10 a 14 anos estão na classificação indicada para a campanha de vacinação da dengue, de acordo com o Ministério da Saúde. A imunização deve ser feita com aplicação dupla, mantendo três meses de intervalo entre as doses.

Podem receber o imunizante jovens que não tenham tido a doença nos últimos seis meses e que não estejam com suspeita, incluindo febre e sintomas gripais. A vacina continua disponível de segunda a sexta-feira em todas as Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) de Joinville, exceto na Unidade Jativoca e nas Unidades Básicas do Comasa e João Costa. Além dos préadolescentes, o público em geral também pode solicitar o imunizante nos locais indicados.

Unidades educativas da Rede Municipal são condecoradas no Prêmio Akademos

Foto: Hassan Faria/Divulgação

O 4º Prêmio Akademos de Educação da Associação Empresarial de Joinville (ACIJ) revelou os projetos ganhadores. Foram premiados os professores que desenvolveram projetos inovadores no ano passado. Ao todo foram seis categorias, e em três delas foram destacados trabalhos realizados em escolas e Centros de Educação Infantil (CEIs) da Rede Municipal.

Os três primeiros colocados de cada categoria receberam um troféu e certificado de reconhecimento. Também receberam um voucher para participar de imersão no ecossistema de inovação do Ágora Tech Park.

EDUCAÇÃO INFANTIL

1º Renata Alves de Almeida - CEI Odorico Fortunato

2º Janete Schlickmann - CEI Professora

Zelândia Thomazi Bratti

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS INICIAIS

1º Laura Meireles Gomes Moura - Escola

Municipal Professora Senhorinha Soares

2º Gilmara dos Santos - Escola Municipal Padre Valente Simioni

3º Fernando Geremias Batista - Escola

Municipal Presidente Arthur da Costa e Silva

ENSINO FUNDAMENTAL - ANOS FINAIS

1º Gilmara dos Santos - Escola Municipal Padre Valente Simioni

/ NOTÍCIAS DAS ESCOLAS
14 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

50 ANOS DE HISTÓRIA

A Secretaria de Educação também organizou o seminário de 50 anos da Educação Infantil, reunindo nomes importantes para recordar os diferentes momentos que construíram essa história ao longo das últimas décadas. Em uma mesa redonda, profissionais relembraram e destacaram marcos importantes na constituição da Educação Infantil desde a década de 1970, quando foram construídos os primeiros CEIs públicos da cidade, na época

A Educação Infantil de Joinville comemora 50 anos de história em 2024 e preparou uma série de atividades especiais para celebrar ao longo do ano. As primeiras atrações ocorreram em março, com um seminário, uma exposição especial de maquetes em todos os Centros de Educação Infantil (CEIs) da cidade e com uma atração diferenciada no desfile comemorativo de 173 anos de Joinville.

Durante uma semana, os CEIs da Rede Municipal de Ensino prepararam uma exposição aberta para visitação da comunidade com maquetes construídas para homenagear a história de cada unidade.

Em alguns casos, houve miniaturas que mostraram o “antes e depois” do CEI ou ainda réplicas que revelavam a evolução ao longo das décadas. As maquetes foram montadas pelas crianças e familiares, em parceria com as equipes das unidades.

No CEI Ivan Rodrigues, o mais antigo de Joinville, a equipe decidiu confeccionar seis miniaturas que contaram a história por décadas, desde os anos 1970. Segundo a diretora Andréa Bussmann, a construção começou em novembro do ano passado e foi concluída após dois encontros com as famílias e crianças. As estruturas foram inspiradas nas fotos antigas da unidade e confeccionadas com materiais recicláveis.

“Houve toda uma introdução pedagógica das professoras com as crianças em sala de aula sobre a história do CEI para depois construirmos as maquetes. Foi algo muito significativo para essas famílias porque criou o envolvimento da comunidade e um sentimento de pertencimento”, conta a gestora.

Ao longo da semana, a unidade ainda realizou reuniões com as famílias para apresentar o processo pedagógico previsto para o ano. Os encontros eram finalizados com uma celebração em que os participantes cantavam “parabéns” para o CEI, com direito a vela, balões e partilha de frutas.

ainda denominados como Centros de Educação e Recreação Infantil (CERIs).

A programação comemorativa aos 50 anos da Educação Infantil em Joinville começou em 9 de março de 2024, com o desfile de aniversário da cidade, em que um pelotão formado por crianças de diferentes CEIs municipais fez uma homenagem às décadas de história. Ao longo do ano, ainda estão previstas outras atividades comemorativas.

/ EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA
Foto: CEI Ivan Rodrigues/Divulgação
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O QUE VOCÊ

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turmas aprendem a plantar com item reciclável.

Tempo de leitura: 5 minutos

DA TERRA À MESA:

descubra o processo de plantio da batata-doce, feito a partir de sacos de ração

Com folhas secas, sacos recicláveis, compostos orgânicos e ramos, estudantes estão produzindo batata-doce, alimento utilizado em receitas na própria unidade

POR ANA CAROLINE ARJONAS

O cuidado com a terra faz parte do processo de plantio

Sabe aquele saco de ração sem serventia e que, quase sempre, vai parar no lixo? Já imaginou que ele pode ser utilizado de outra forma, sendo o pontapé inicial para produzir um dos alimentos mais comuns? Se você nunca pensou que a junção pudesse ser possível, saiba que a combinação é ideal para facilitar a plantação e o cultivo da batata-doce, raiz comestível que surgiu na América do Sul e foi se popularizando de acordo com os anos e transformações dos povos.

Na Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke, o conhecimento está sendo compartilhado nas aulas de Geografia, junto com a professora Silvana Maria Krein. Com o projeto, que foi nomeado como “Batata-doce produzida em sacos de ráfia”, os estudantes compreenderam que existem diversas formas de plantação, até mesmo aquelas que podem ser introduzidas na rotina de quem vive em áreas urbanas, como apartamentos.

“Alguns produtos agrícolas estão sendo cultivados de diversas maneiras em espaços menores, sendo plantados diretamente no solo ou em sacos reciclados de ração, método utilizado no projeto. Pode ser plantada a partir de ramas destacadas de plantas adultas, a partir da própria batata-doce brotada ou de sementes”, ressalta a educadora, que auxiliou os jovens na colheita de uma batata-doce com mais de três quilos.

/ PRODUTORES RURAIS 16 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

Seja para consumo próprio ou para compartilhar com os amigos aquilo que foi feito na cozinha, a nova forma de enxergar aquilo que, frequentemente, está à mesa é um mecanismo para aproximar a turma daquilo que pode contribuir com a saúde, além de incentivar novos tipos de produção. “O projeto visa mostrar ao aluno que essa prática do plantio em saco é um recurso para habitantes de área urbana, que vivem em pequenos espaços. Também destaca a importância de seus nutrientes para a saúde e as formas de preparar receitas”, diz a professora.

Para quem não sabe os detalhes do plantio, é possível enterrar a batata-doce a cerca de cinco centímetros de profundidade ou optar pela forma de imersão, em um recipiente coberto de água — aqui o item brota antes do plantio. “É uma planta resistente, de crescimento vigoroso e não exige tratos culturais específicos. A colheita pode ocorrer de 100 a mais de 180 dias após o plantio, dependendo do cultivar utilizado, da forma de plantio e das condições de cultivo”, explica Silvana.

Aqueles que fizeram parte do projeto compartilharam com os familiares os conhecimentos que foram adquiridos. “É rica em nutrientes e esse tubérculo é muito bom para a saúde. Logo depois que plantamos, cultivamos e colhemos, fizemos um prato típico. O que sobrou dividimos e levamos para casa”, ressalta Gabriel Gustavo Debatim, 13, oitavo ano. Para Vitória Larissa Silva, 13, também do oitavo ano, o diferencial está em participar de todo o processo. “Achei uma experiência muito diferente, mesmo já cultivando e mexendo na área da agricultura. É muito gratificante plantar alguma coisa e depois falar ‘foi eu que plantei’ ou ‘esse doce que fiz foi com o que eu plantei e cuidei todo aquele tempo’”, descreveu a aluna.

Além de colocar a mão na massa para produzir, a turma utilizou o tempo de aula para fazer pesquisas sobre a trajetória da batata-doce, produziu cartazes sobre o assunto, além de receitas que foram compartilhadas na unidade. Na produção, os grupos utilizaram 60% de folhas secas em decomposição, 40% de composto orgânico e a rama do alimento, colocadas dentro do saco de ração.

Fotos: Escola Agrícola Municipal Carlos Heins Funke/Divulgação
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O processo de análise da batata doce em laboratório é uma das tarefas planejadas pela professora
/ CAPA 18 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

turmas do sétimo ano produzem máquinas simples e motorizadas em atividade no Laboratório Maker.

Tempo de leitura: 10 minutos

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:
NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 19
Foto: Leve Fotogra fi a

POR ANA CAROLINE ARJONAS

onstruída com pedaços de madeira e molas, a catapulta foi um instrumento decisivo para aqueles que participaram da Primeira Guerra Mundial, entre 1914 e 1918. Para evitar que os soldados estivessem à frente da linha de combate, a ferramenta era colocada na primeira fileira, dando início a uma nova forma de ataque. Por mais que o experimento tenha sido usado há pouco mais de cem anos, a data de criação é mais antiga e a inspiração foi a partir de outros objetos que marcaram disputas anteriores, ainda na época dos castelos e reinos.

Mas se engana quem pensa que o artigo utilizado naquele tempo caiu no esquecimento. Por mais que o uso atual seja mais restrito, há quem esteja conhecendo o mecanismo e as formas de criação em sala de aula, como as turmas do sétimo ano da Escola Municipal Pastor Hans Müller. Com orientação do professor de Ciências da Natureza, Jackson Vicente João, os testes para a criação das catapultas estão sendo feitos no Laboratório Maker, junto com a professora integradora de mídias e metodologias (PIMM), Cátia Corrêa Michalovicz.

Com kits de robótica, as turmas estão aprendendo que a montagem requer prática e precisão, afinal, uma peça diferente pode ser capaz de modificar o resultado, comprometendo o uso. O estudo está alinhado com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) — a produção foi divi-

As duplas aproveitam o tempo no Laboratório Maker para testar as peças. O objetivo é encontrar o encaixe perfeito

dida entre máquinas simples e compostas. “Fizemos com papéis e materiais recicláveis. Fizemos algumas máquinas simples com palito de picolé, de churrasco e tampinhas de garrafa pet. Fomos aprimorando”, explica o professor.

Com o auxílio do livro e o direcionamento dos especialistas, os grupos têm como base o livro de robótica — mas também é possível usar a imaginação. As classes foram organizadas em duplas, e o processo, dividido entre programação e construção: alguns estavam focados em encontrar a peça ideal, enquanto outros tinham a missão de incluir a programação. “Os que são alunos de robótica, do sétimo ano, fizeram as catapultas motorizadas. Eles colocaram motor, fizeram a programação e assim que estiver pronto vão apresentar para a turma”, fala Cátia.

Mais do que compreender uma parte da história e a ligação entre as peças, há quem tenha se desafiado em uma nova

atividade, caso de Olivia Knüpfer Maia, 12, que vive a primeira experiência com a robótica. “Foi algo bem complicado no começo, mas depois eu fui pegando o jeito. Tive que refazer algumas vezes, porque eu peguei uma pecinha diferente, tive que ir trocando, mas depois eu consegui”, conta a aluna, que está construindo uma catapulta e um guindaste.

E a evolução também parte do incentivo de quem é especialista no assunto, responsável por compartilhar o conhecimento. “Alguns apresentaram dificuldade em saber qual peça utilizar. É nessa hora que fazemos aquela intervenção, estimulando que ele utilize todos os conhecimentos. Observar o tamanho da peça, contar quantos furinhos têm, verificar com uma peça menor ou maior”, expõe a professora PIMM, que salienta que algumas escolhas podem mudar o tamanho do protótipo, mas outras podem comprometer o funcionamento.

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Pensando nas habilidades desen volvidas, é possível compreender que a evolução foi além dos componentes curriculares. “Passaram a observar que se trocarem uma peça, por exemplo, conseguem melhorar o projeto. [...] Trabalharam habilidades de liderança, em equipe, porque um precisa liderar e o outro precisa saber escutar e fazer a sua parte”, salienta a educadora, que observou o desenvolvimento de todos, inclusive daqueles que apresentaram mais dificuldades.

Na visão de Jackson Vicente João, a melhora foi na cognição, agilidade e interpretação. “A relação com a turma e a habilidade para trabalhar em grupo foi ótima. A escola tinha 20 kits, cada dupla trabalhou com um e eles conseguiram montar as máquinas simples”, completa o profissional.

Para quem já participa das atividades tecnológicas, o desafio é pensar fora da caixa. “Você tem que ter um pouco de criatividade e pensar como vai fazer aquilo funcionar. Como sou boa mas não sou tão experiente, a professora vai auxiliando, mas você tem que pensar, ela deixa algumas dúvidas para você refletir”, diz Lorena Pillon Spadine Cardozo, 12, que prefere os momentos de orientação, mas também se sente confortável para pensar em novas soluções.

E os participantes já sabem que o processo de testar faz parte da rotina. “A programação nem sempre está certa, daí temos que ir achando os pontinhos errados e consertando”, conta Miguel Michalovicz, 12, que pensa na construção de uma escavadeira e em como o item poderia ser utilizado ou embutido em um guindaste.

Além da catapulta, a gangorra, o elevador, o poço e o gira-gira são outras criações das turmas do sétimo ano. “Amaram aprender na teoria e na prática, eles adoram isso de colocar a mão na massa. Os próximos passos são dar continuidade. Como fizemos os experimentos da máquina simples, dar continuidade no próximo conteúdo para máquinas térmicas. É algo mais complexo, que necessita de calor. É um futuro assunto e vamos tentar adaptar os conhecimentos que já adquirimos com máquinas simples”, finaliza o professor.

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Miguel, Lorena e Olivia participam das atividades, incluindo o manuseio das peças e os desafios da programação

/ CAPA 22 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

Aprendizagem e robótica: conheça 3 benefícios

Se você desconhece a programação e pensa em se aventurar no Laboratório Maker, confira algumas habilidades que podem ser

desenvolvidas durante o encontro:

Raciocínio lógico

Compreender o passo a passo das etapas e entender como a ligação entre os itens é capaz de criar soluções é algo que pode ser um diferencial ao longo dos anos, indo além do período escolar. Isso porque o raciocínio lógico é trabalhado a cada momento, aprimorando pensamentos e ideias. Conforme os encontros e as interações, os comandos começam a surgir e a programação passa a ser uma aliada na agilidade, assim como na criatividade.

Escrita e interpretação

Se você pensa em aprimorar os processos com o texto, que incluem o entendimento e até mesmo a produção textual, a programação é uma forma de construir a própria interpretação. É por meio dos comandos e das alterações que aprendemos a lidar com situações diferenciadas — caso parecido com aquilo que aprendemos a identificar e conduzir fora da escola.

Desenvolvimento pessoal

Para aqueles que ainda sentem dificuldade para interagir com outras pessoas ou para liderar uma equipe, os encontros são alternativas para se conhecer e aprender a identificar a forma como cada colega trabalha. Isso porque é preciso compreender que a atuação no coletivo é o caminho para a inovação.

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Alunos dos sétimo ano conciliam os momentos em sala de aula e as tarefas no Laboratório Maker
ENTENDA A IMPORTÂNCIA DA TRILHA SONORA PARA OS FILMES E COMO ELA DÁ IDENTIDADE A CENAS, PERSONAGENS E LUGARES

Lembra daquelas notas que tocam sempre que o título de um dos filmes da saga Harry Potter aparece na tela? Ou do imponente tema musical do Darth Vader? Há algo em comum entre esses dois exemplos: ambos são músicas criadas pelo compositor John Williams para as respectivas trilhas sonoras.

“Hedwig’s theme” e “The imperial march” desempenham um papel fundamental nas produções. Muito mais do que apenas complementar uma cena, a trilha sonora é responsável por garantir que tudo que vemos na tela nos impacte da maneira adequada.

Se a cena é de ação, a intenção é deixar o nosso coração acelerado com um ritmo intenso. Em filmes de terror, a trilha tem liberdade para causar aflição e desconforto. Já num momento emocionante de um drama, seja de forma sutil e tocante, o som tem a missão de nos comover.

/ CULTURA POP
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Som no cinema

Tanto a escolha de músicas para integrar a trilha sonora de um filme quanto a arte de compor faixas originais dependem de vários fatores. Entre eles estão o estilo e gênero da obra, bem como a época e o local onde ela se passa.

Esses elementos são referências para os compositores na hora de decidir, por exemplo, quais instrumentos serão usados e que tipo de som combina com cada cenário e situação. Imagine que estranho seria ouvir um heavy metal tocando em uma história bíblica ou uma música da Ariana Grande inserida em uma produção sobre a Segunda Guerra Mundial.

Quando o cinema dava seus primeiros passos, os filmes ainda eram mudos.

Em 1900 começaram os primeiros testes para incorporar o áudio aos filmes, mas essa prática só se estabeleceu décadas depois, por volta de 1927. Imagine a surpresa quando o público se deparou com diálogos, música e efeitos sonoros na telona!

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Em português usamos quase sempre o termo “trilha sonora”, mas em inglês há expressões específicas para cada caso. Existe a soundtrack, apelidada de OST (original soundtrack), que costuma contemplar tanto músicas originais criadas para o filme, geralmente com vocais, quanto faixas já existentes, escolhidas por combinar com a obra. Já a score, na maioria das vezes, é produzida especialmente para o filme. Ela é trabalho do compositor, que se baseia na história em questão para dar vida a um material sonoro inédito que vai acompanhar as cenas.

Silêncio?

Mesmo sendo um componente precioso para os filmes, a trilha não precisa estar em 100% das cenas. Momentos sem música dão espaço para que os sons do ambiente se destaquem. Isso pode proporcionar contraste e realismo extra, intensificando as sensações do espectador quando a música for retomada.

A composição da score busca garantir o tom certo de cada momento e acentuar as emoções da história, dos diálogos e dos aspectos visuais. Por isso, é uma das últimas etapas da pós-produção, quando o filme está praticamente pronto. Ela reúne dezenas de músicos, nos mais variados instrumentos.

Os responsáveis por este material são como técnicos de um time de futebol, encarregados tanto de fazer surgir algo inesperado e criativo quanto de comandar uma equipe inteira.

/ CULTURA POP
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Diferentes sabores musicais

Conheça cinco exemplos de trilhas de cinema marcantes e escaneie os QR Codes para ouvir alguns destaques!

John Williams foi o responsável pela trilha de “Jurassic Park - O parque dos dinossauros”, de 1993. A aventura traz temas majestosos, que fazem jus à grandiosidade das criaturas extintas. Além de realçar o aspecto deslumbrante da trama, apresenta a dose certa de ritmo frenético, bem apropriado para as cenas de perseguição.

O compositor também assinou as trilhas da franquia Indiana Jones e dos clássicos “Superman - O filme”, “Tubarão”, “Esqueceram de mim” e “E.T. - O extraterrestre”.

A leveza e o entrosamento da trilha de “Divertida Mente”, lançado pela Disney e Pixar em 2015, têm um encanto único. As faixas associadas às personagens Alegria e Tristeza, criadas por Michael Giacchino, são apresentadas de formas variadas ao longo do filme. Em alguns momentos, há apenas as harmonias, sem a melodia. Em outros, o tema é ouvido em notas distintas, evocando diferentes condições de cada sentimento. Segundo o compositor, há “tons de emoções” e, no fim, todos os temas se relacionam à protagonista.

O clima assustador da nova versão de “Mansão mal-assombrada”, de 2023, ganha força com a trilha de Kris Bowers, que também trabalhou na série “Invasão secreta”, da Marvel. A orquestra conjura um som horripilante e provocativo, mas sem abrir mão de um toque cômico.

Enquanto os sons fantasmagóricos do órgão reforçam o luto e o oculto, o saxofone e a influência do jazz vêm da ambientação em Nova Orleans, o berço desse gênero musical. Há ainda homenagens às canções originais compostas para a atração da Disneyland, inaugurada em 1969, que inspirou o longa-metragem.

A trilha do recém-lançado musical “Wonka” faz referências ao clássico original “A fantástica fábrica de chocolate”, de 1971, mas tem identidade própria e esbanja otimismo. Primeiro foram criadas as faixas cantadas por Timothée Chalamet, de autoria de Neil Hannon, que renderam extravagantes números musicais.

Depois, o compositor Joby Talbot assumiu a tarefa de conceber a score, de forma a conduzir o público de uma canção para outra, incorporando as melodias de Hannon. Para ele, o papel da música aqui é transportar o espectador para dentro desse mundo colorido, variado e único.

Depois de receber o pedido pessoal de Danny Elfman para colaborar com ele em “Liga da justiça”, a compositora Pinar Toprak conquistou o comando da trilha de “Capitã Marvel”, de 2019. O resultado intercala momentos poderosos de batalhas na Terra e segmentos ambientados no espaço.

Para Toprak, a chave foi entender a essência da heroína. A intenção era criar um tema principal forte, mas que ressaltasse a vulnerabilidade e fosse reconhecível pelas duas primeiras notas. A ideia surgiu quando a compositora estava cantarolando durante uma caminhada — e logo pegou o celular para gravar o conceito.

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POR LUCAS INÁCIO

Os esportes eletrônicos, ou eSports, são realidade há bastante tempo. Com o crescimento do mercado de videogames ao longo das últimas cinco décadas, era natural a criação de competições do tipo. A primeira, aliás, vem de 1972, de um jogo chamado “Spacewar”, que lotou alguns salões americanos já na primeira geração dos jogos eletrônicos.

De lá para cá, com o desenvolvimento da tecnologia, os videogames estão entre os itens que mais se solidificaram e entraram de vez na sociedade. A cada avanço tecnológico, um novo console era desenvolvido: Atari, Sega, Nintendo, Sony e Microsoft. O mundo foi se expandindo até que computadores e, posteriormente, celulares também entraram na disputa dos hardwares

Já os softwares (os jogos em si) popularizaram-se bastante e milhões de empresas pelo mundo desenvolvem jogos. Aliás, alunos em escolas desenvolvem jogos graças às maravilhas da programação e ao acesso à informação. Com todo esse cenário competitivo na criação dos jogos, era claro que os jogadores também passariam encarar a atividade não mais como mero entretenimento — e assim surgiram os eSports.

/ WI-FI
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O conceito de eSports apenas organizou o que já acontecia aos montes: as competições de videogame. Cada vez mais levadas a sério e com a troca entre players do mundo todo, o que era brincadeira virou profissão. As desenvolvedoras de jogo perceberam a tendência e resolveram profissionalizar o negócio. A estimativa é de que o mercado de games movimente mais de 240 milhões de dólares neste ano, e muito desse mercado é movido pelos eSports

Jogadores viraram astros e atletas profissionais. Times profissionais se formaram com comissões completas e interdisciplinares dando suporte para os competidores com fisioterapia, preparação física e psicológica, técnicos e desenvolvedores de estratégia. Grandes marcas mundiais do esporte tradicional entraram no jogo, incluindo times e federações.

Aqui segue a parte mais controversa de todo o seguimento: os eSports são ou não são esportes? Quem questiona usa argumentos da falta de atividade física e movimentação corporal. Porém, isso acaba englobando os jogos de mesa, como o xadrez, por exemplo, ou até mesmo esportes de mira, como modalidades de tiros. Há também quem questione as questões de acesso: pode uma empresa ser dona de um esporte? E se um jogo simplesmente for descontinuado, o que acontece com a modalidade?

Nos esportes tradicionais, as federações e confederações são legalmente constituídas para gerir localmente a atividade, como regulamentos, arbitragem, definir padrões que vão reger o esporte em todo e qualquer lugar que este for praticado dentro da jurisdição. Sendo assim, os eSports também se movimentam neste sentido e já existem diversas ações para unir as duas coisas.

O Comitê Olímpico Internacional já considera fortemente criar a Olimpíada dos Jogos Eletrônicos, enquanto as empresas clamam por isso justamente para ter uma chancela do órgão maior do esporte mundial, o que geraria credibilidade e mais dinheiro para ambos.

Por se tratar de uma competição e estar cada vez mais próximo do esporte, o caminho é praticamente o mesmo de um atleta: dedicação, disciplina, treinamento estratégico, foco e, claro, ter o equipamento.

Como há vários jogos, é importante ser especialista, ou seja, não dá para conhecer todos a fundo. Uma boa dica é se testar em vários para ver em qual você sai melhor, mas voltar seu foco para um deles e entrar de cabeça. Pesquisar, aprender as nuances e estratégias, saber como resolver problemas de forma rápida dentro dessa plataforma.

É importante também estar em contato com a comunidade, ser visto, fazer os registros necessários nas entidades do seu jogo (geralmente é gratuito) e participar ativamente do seu game. A repercussão do próprio grupo muitas vezes pode garantir mais oportunidades do que simplesmente ser bom, então use o marketing ao seu favor.

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maravilhas naturais Conheça as

do mundo

Amazônia (América do Sul)

Em primeiro lugar está a Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, localizada na América do Sul, com extrema importância para a biodiversidade do planeta.

A floresta passa por nove países — Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela — o que engloba um total de 5,5 milhões de quilômetros quadrados de extensão.

Um fenômeno natural visto em muitos rios da Amazônia é o encontro das águas, com destaque para os rios Negro e Solimões. Essa manifestação da natureza pode ocorrer por diversos fatores, como questões geológicas, climáticas, termais, entre outras.

A imensidão de verde também abriga o Rio Amazonas, sendo esse o maior rio em vazão de água do mundo, estendendo-se por quase sete mil quilômetros.

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POR REDAÇÃO ITS TEENS

Com paisagens impressionantes, que vão desde praias cristalinas até montanhas grandiosas, poder apreciar as belezas naturais com nossos próprios olhos é um dos maiores privilégios dos seres humanos. Tal regalia nos permite desbravar e conhecer de perto estes encantos — e entre tantos locais que se destacam, sete são conhecidos como as maravilhas naturais do mundo.

Cataratas do Iguaçu (Argentina e Brasil)

As Cataratas do Iguaçu são grandes quedas d’água do Rio Iguaçu — de origem tupi-guarani, o nome significa “água grande”. O lugar fica na fronteira da província argentina de Misiones e do Estado brasileiro do Paraná, formando o maior sistema de cachoeiras do mundo.

A maioria das quedas estão do lado argentino, mas atravessam o Brasil na maior parte do seu curso.

/ NOSSO PLANETA
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Parque Nacional do Rio Subterrâneo de Puerto Princesa (Filipinas)

O Parque Nacional do Rio Subterrâneo de Puerto Princesa é uma área protegida das Filipinas, sendo administrado pelo governo local desde 1992. O rio tem um segundo andar, onde existem pequenas cachoeiras dentro da caverna — descoberta feita por um grupo de ambientalistas em 2010.

Além disso, eles também identificaram uma cúpula de caverna de 300 metros acima do rio subterrâneo, onde existem formações rochosas, grandes morcegos, um poço de água profunda, criaturas marinhas e muito mais.

Essa lista foi criada com o objetivo de ajudar a conhecer melhor esses ambientes, que revelam ancestralidade, história, cultura e revelação de cada nação com a particularidade daquele território. A importância da preservação desses espaços também é o foco, pois para continuarmos apreciando tamanha beleza é crucial o cuidado com o meio ambiente.

Baía de Ha Long (Vietnã)

Montanha da Mesa (África do Sul)

A montanha, localizada na África do Sul, possui o topo plano de três quilômetros de um lado a outro, sendo essa a sua principal característica. O ponto mais alto da montanha fica a mil metros de altitude acima do nível do mar, no extremo leste do planalto, com o Maclears’ Beacon, um marco de pedra construído em 1865 por Sir Thomas Maclear. Na montanha existem muitas espécies que só vivem por ali: são cerca de duas mil espécies de plantas e 1.470 florais.

Komodo (Indonésia)

Na Indonésia existem cerca de 17 mil ilhas, e Komodo é uma delas. Localizada no Parque Nacional de Komodo, possui uma área de 390 quilômetros quadrados e cerca de dois mil habitantes.

O local é conhecido por ser o habitat de répteis que só existem por lá, como o dragão-de-komodo, a maior espécie de lagarto da Terra, podendo atingir 40 centímetros de altura e dois metros de comprimento, pesando até 166 quilos.

A Baía de Ha Long é localizada na Província de Quang Ninh, no Vietnã. Este país da Ásia é conhecido por suas belezas naturais e por suas histórias.

A baía possui águas verde-esmeralda e numerosas ilhas de calcário. Entre elas, as que se destacam é a Cho Da (cachorro de pedra) e Am Tich (chaleira), com elevação de 100 metros de altura, as quais são cobertas por florestas tropicais.

Com extensão de 1.533 quilômetros quadrados, ela abriga um ecossistema rico e diversificado, sendo o lar de 14 espécies florais endêmicas, ou seja, só podem ser encontradas nessa região geográfica e não conseguem se desenvolver fora dela.

Existem pesquisas históricas que mostram a presença de seres humanos pré-históricos nessa área há dezenas de milhares de anos. Além disso, para o calcário se formar, foram necessários 500 milhões de anos, em diferentes condições e ambientes.

Ilha de Jeju (Coreia do Sul)

Essa é uma ilha vulcânica, sendo a maior da Coreia do Sul, com uma área de 1.846 quilômetros quadrados. Criada a partir de erupções vulcânicas há dois milhões de anos, tem como clima predominante o subtropical úmido, sendo mais quente que o resto do país. Uma curiosidade do local é o som do mar, chamado de Sumbisori — o ruído se assemelha a um assobio e acontece quando as pessoas aparecem no mar antes de iniciarem o mergulho.

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A menina que queria ir para a escola

POR Analie do Rocio dos Santos, auxiliar escolar da EM Presidente Castello Branco - Extensão

Essa é a história contada pela jornalista Adriana Carranca no primeiro livro-reportagem escrito para crianças. O livro “Malala, a menina que queria ir para a escola” apresenta às crianças a história real dessa menina que, além de ser a mais jovem ganhadora do prêmio Nobel da Paz, é um grande exemplo de como uma pessoa e um sonho podem mudar o mundo.

Malala Yousafzai nasceu na pequena cidade de Mingora, no Paquistão, país do Sul da Ásia, no dia 12 de julho de 1997. Filha de um professor, desde cedo aprendeu a importância da liberdade e de reconhecer seus direitos. No entanto, o fato de ter nascido em um país controlado por um grupo extremista chamado Talibã quase a fez perder a vida.

Aos 15 anos, a jovem foi baleada por integrantes do grupo rebelde, que acredita que as mulheres, desde cedo, devem aprender a ser exímias donas de casa. Impondo muitas regras, o grupo proibia a música e a dança, não queria as mulheres nas ruas e determinou que somente os meninos poderiam estudar. Não aceitando esse destino e decidindo estudar muito, ela desafiou o sistema de seu país e, por meio da internet, usou um pseudônimo e espalhou suas palavras de esperança pelo mundo.

Este livro nos mostra que desde muito pequena, assim como Malala, devemos defender aquilo em que acreditamos. A linguagem acessível, a partir de oito anos, nos remete ao Paquistão, nos revelando a diversidade da vida e a cultura de um povo, muito pouco conhecido pelo povo do Ocidente.

A autora, a repórter Adriana Carranca, é especialista em cobertura internacional e viveu por um tempo na região onde nasceu Malala para nos ajudar a conhecer uma menina que, além de ser a mais jovem ganhadora do Prêmio Nobel da Paz, ensina-nos com sua vida o valor de lutar pelo que acreditamos.

“Uma criança, um professor, um livro e uma caneta podem mudar o mundo. Educação é solução”, afirmou a menina. A Organização das Nações Unidas (ONU) declarou o dia 12 de julho, seu aniversário, como “Dia de Malala”.

Conhecer a trajetória de Malala nos inspira a olhar além do nosso mundo e nos tornar mais próximos de pessoas que vivem outras realidades. Livro lindo, com ilustrações e fotos da história real, dos lugares onde se passa a história. Malala é forte, persistente, luta pelos direitos das meninas estudarem e ensina o quanto a escola é um bom lugar e a valorizar esse espaço.

Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?

Destrua este diário

Keri Smith

O menino do dedo verde

Maurice Druon

O menino do pijama listrado

John Boyne

O pequeno príncipe

Antoine de Saint-Exupéry

Eu sou Malala

Malala Yousafzai e Christina Lamb

32 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024 / SPOILER

RENASCIMENTO CULTURAL: ENTENDA COMO FOI A

POR REDAÇÃO ITS TEENS

Entre os dias 13 e 17 de fevereiro de 1922, o Theatro Municipal de São Paulo se tornou cenário de uma mudança cultural que revolucionou a produção artística nacional. Um grupo de destemidos intelectuais desafiou as tradições estéticas e abriu um novo capítulo na cena brasileira.

Inovações artísticas

A Semana de Arte Moderna promoveu apresentações de música, dança, exposições de pinturas e esculturas, recital de poesias e palestras. Com uma nova visão artística, as obras possuíam um caráter inovador, indo contra o tradicionalismo e o formalismo da época.

Embora a influência das vanguardas europeias — como o surrealismo, expressionismo e dadaísmo — fosse muito presente, um dos objetivos do evento era promover uma arte genuinamente brasileira, valorizando a identidade nacional e introduzindo temáticas cotidianas nas obras.

Grandes nomes da cena participaram da Semana de Arte Moderna. Nas artes plásticas, Anita Malfatti, autora da obra “O homem amarelo”, e Emiliano Di Cavalcanti, criador de “Cinco moças de Guaratinguetá”, se destacaram com suas pinturas; já Victor Brecheret deixou seu legado com as esculturas, com destaque ao “Monumento às bandeiras”.

Reação do público

Defendendo o “abrasileiramento” da Língua Portuguesa, Mário de Andrade apresentou o texto que futuramente se tornou a publicação “A escrava que não é Isaura”. Já Paulo Menotti del Picchia declamou poemas que representavam a quebra com as formas literárias tradicionais

No evento de encerramento, Heitor Villa-Lobos inovou o cenário musical ao ser o primeiro compositor a misturar a música erudita com ritmos africanos.

A defesa de uma criação livre, com experimentações estéticas e utilização de linguagens coloquiais não teve recepção positiva de uma parcela do público. O choque causado pela ruptura com os valores estabelecidos na época levou à resistência de críticos e integrantes conservadores da elite, resultando em vaias durante as apresentações. Em contrapartida, o apoio de outros artistas e intelectuais também esteve presente, pois o movimento representava uma oportunidade de renovar a cena cultural brasileira, consolidando a arte moderna no Brasil.

O evento se tornou um marco na história, influenciando novas gerações e moldando a identidade artística do país.

/ VOCÊ SABIA?
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Para celebrar o Dia da Mulher, os estudantes da Escola Municipal Amador Aguiar realizaram um painel sobre mulheres na ciência. Durante a atividade, coordenada pela professora Katia Metzler Longo Claudino, os alunos foram divididos em duplas, que ficaram responsáveis por escolher uma cientista. Com isso, deu-se início à montagem de um painel na escola para conscientizar a comunidade sobre a importância da mulher na sociedade.

O aniversário passou, mas as celebrações continuam por aqui: para homenagear os 173 anos de Joinville, alunos do nono ano A da EM Professor Avelino Marcante produziram uma carta ao leitor descrevendo seus conhecimentos e sentimentos sobre a cidade. O resultado foi compartilhado com a comunidade escolar. QUER

/ MURAL DOS ESTUDANTES
Fotos: EM Professor Avelino Marcante/Divulgação
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BASTA

Mostrando que os ensinamentos contra a dengue vistos em sala de aula vão além dos muros das escolas, os estudantes dos segundos anos A e D da EM Presidente Castello Branco - Extensão compartilham registros do comprometimento com o combate ao mosquito, levando conhecimento às famílias e alcançando os objetivos da campanha.

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A turma do sexto ano da escola EM Doutor Ruben Roberto Schmidlin e a do sétimo ano da EM Vereador Arinor Vogelsanger compartilham registros dos estudantes. Fotos: EM Amador Aguiar/Divulgação Fotos: EM Presidente Castello BrancoExtensão/Divulgação
/ GALERIAS 36 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

Para celebrar o início dos atendimentos na biblioteca

EM PREFEITO BALTASAR BUSCHLE Parque Guarani escolar, os alunos foram recepcionados de forma diferente para aguçar o incentivo à leitura Os encontros incluíram atividades com música, a apresentação da dinâmica “Dom Frederico” e contação da história “Abu Ali conta seus burros”.

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/ GALERIAS 38 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

EM JOÃO COSTA

Com o objetivo de repassar as regras e combinados do Regimento

João Costa Escolar, a equipe da gestão escolar e a comunidade organizaram um documento que estrutura e normatiza as ações das instituições de ensino da unidade Foi feita uma live para apresentar aos estudantes os itens do arquivo.

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/ GALERIAS 40 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

EM PREFEITO

WITTICH FREITAG

Dentro das temáticas de Língua Portuguesa,

Aventureiro os estudantes dos anos iniciais da professora Gisele Santana Walter Schmitz fizeram exercícios envolvendo fonema e grafema Confira os registros!

NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 41

Willian entrou na sala perguntando: “Cadê o mosquito que picou os nenéns?”.

As crianças foram convocadas para uma missão especial: proteger os bebês afetados pela dengue.

Willian, com sua coragem, assumiu a responsabilidade de cuidar do bebê doente.

Com determinação, ele pegou alguns instrumentos — como seringa, estetoscópio e termômetro — e exclamou: “Eu peguei isso para colocar no braço.”

Dirigindo-se à cozinha, Willian trouxe um copo e anunciou: “Fiz café para o bebê.”

Com criatividade, ele colocou café na seringa e declarou: “Vou colocar café para o bebê tomar.”

A imaginação e o cuidado das crianças transformaram a sala em um lugar cheio de ternura e esforços para superar os desafios imaginários contra o mosquito da dengue.

E assim a sala ganhou vida com a doce atenção das crianças cuidando dos bebês dengosos em uma aventura cheia de afeto.

Para registrar as atividades de conscientização contra o Aedes aegypti com a turma do Maternal 2 A, a professora Maiara construiu uma mini-história com o objetivo de relatar a criatividade e imaginação das crianças diante do assunto.

POR Maiara Daniele Ardino, professora no CEI Maria Laura Cardoso Eleoterio
/ SAIDEIRA 42 ITS TEENS - JOINVILLE / ABRIL 2024

NO TUPI-GUARANI, ESSE TERMO SIGNIFICA “VERMELHO”:

a) Peteca

b) Pitanga

c) Mamangaba

d) Sariguê

A PALAVRA QUE SIGNIFICA “ESMAGAR COM AS MÃOS” OU “ESMIGALHAR” DEU ORIGEM A:

a) Beiju

b) Fubá

c) Paçoca

d) Mandioca

ESTE ANIMAL FOI NOMEADO COMO “O QUE OLHA DE BANDA”:

a) Jacaré

b) Cobra

c) Onça

d) Macaco-aranha

O TERMO TUPI-GUARANI QUE SIGNIFICA “MATO RALO” OU “MATA BRANCA” FOI NOMEADO DE:

a) Caatinga

b) Pantanal

c) Pampa

d) Cerrado

A “FRUTA COM CHEIRO FORTE” É O: O “CAÇADOR DE FORMIGA” É:

a) Abacaxi

b) Açaí

c) Guaraná

d) Jaca

O TERMO QUE SIGNIFICA “TRABALHO EM COMUM” OU “REUNIÃO PARA A COLHEITA OU CONSTRUÇÃO” SE

TORNOU A PALAVRA:

a) Coletivo

b) Cooperaçao

c) Mutualismo

d) Mutirao

“FRUTAS EM BOTÃO” SÃO AS:

a) Uvas

b) Jabuticabas

c) Mirtilos

d) Ameixas

a) Tatu

b) Iguana

c) Tamanduá

d) Pica-pau

O CERCADO EM QUE OS INDÍGENAS SE ESCONDIAM PARA SURPREENDER UM PREDADOR OU A CAÇA É CONHECIDO COMO:

a) Emboscada

b) Cilada

c) Espreita

d) Tocaia

UMA PESSOA “TRISTE, ABATIDA E DESILUDIDA” ESTÁ:

a) Yuru

b) Guaré

c) Jururu

d) Acaua

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/ DIVERSÃO NDMAIS.COM.BR/REVISTA-ITS-TEENS 43
Revista its Teens Joinville nº 84 2024 | R$ 14,85
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