its Teens Joinville - 97

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Renata Bomfim

Gerente de projetos especiais

A escola é o lugar onde ideias ganham forma, vozes ganham coragem e pequenas descobertas se transformam em grandes aprendizados. É ali que se constrói, dia após dia, o senso de pertencimento, de cidadania e de mundo.

Quando olhamos para os projetos que nascem em sala de aula, percebemos o quanto crianças e adolescentes são capazes de criar, refletir, argumentar, imaginar. Cada atividade desenvolvida — seja uma roda de conversa, um mural coletivo ou um experimento científico — revela o poder transformador da educação.

O protagonismo dos estudantes, o olhar atento dos educadores e a participação das famílias fazem da escola um espaço vivo, pulsante e necessário. Mais do que transmitir conteúdos, educar é abrir caminhos.

E é por isso que cada iniciativa compartilhada aqui merece ser celebrada: porque educar também é inspirar.

MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC

MARCELLO CORRÊA PETRELLI

PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br

ALBERTINO ZAMARCO JR.

DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br

DERLY MASSAUD DE ANUNCIAÇÃO

DIRETOR DE PLANEJAMENTO E ESTRATÉGIA

GILBERTO KLEINÜBING

DIRETOR DE MERCADO gilberto.k@ndtv.com.br

LUÍS MENEGHIM

DIRETOR DE CONTEÚDO meneghim@ndmais.com.br

ROBERTO BERTOLIN

DIRETOR REGIONAL FLORIANÓPOLIS bertolin@ndtv.com.br

SILVANO SILVA

DIRETOR REGIONAL JOINVILLE silvano@ndtv.com.br

CRISTIAN VIECELI

DIRETOR REGIONAL ITAJAÍ E BLUMENAU cristian@ndtv.com.br

FABIANA POSSATO

DIRETORA REGIONAL OESTE fabiana.possato@ndtv.com.br

JEAN FELIPE DE OLIVEIRA

DIRETOR DIGITAL E INOVAÇÃO jean.oliveira@ndtv.com.br

RENATA BOMFIM

GERENTE DE PROJETOS ESPECIAIS renata.bomfim@portalits.com.br

ANA CAROLINE ARJONAS REPÓRTER ana.arjonas@portalits.com.br

LETÍCIA MARTENDAL

ASSISTENTE DE MÍDIA leticia.martendal@portalits.com.br

DAIARA CAMILO ESTAGIÁRIA contato@portalits.com.br

LEONARDO MESSIAS DE JESUS

DESIGNER GRÁFICO

MARIA FERNANDA AMARAL

SUPERVISORA DE ASSINATURAS E OPERAÇÕES maria.amaral@ndmais.com.br

ANDRESSA DA ROSA LUZ

GERENTE COMERCIAL FLORIANÓPOLIS andressa.luz@ndtv.com.br

CYBELLY REGINA DA SILVA MEIRA

GERENTE COMERCIAL BLUMENAU cybelly.meira@ndtv.com.br

FELIPE MUCHENSKI GERENTE COMERCIAL ITAJAÍ felipe.m@ndtv.com.br

TIRAGEM: 3.240

CRISTIAN TADEU GERENTE COMERCIAL OESTE cristian.santos@ndtv.com.br

LUIS FERNANDO LENZ GERENTE COMERCIAL JOINVILLE luis.lenz@ndtv.com.br

ISMAEL CARDOSO GERENTE COMERCIAL CRICIÚMA ismael.cardoso@ndtv.com.br

NORBERTO MORETTI JÚNIOR

GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br

CAROLINE FERNANDES

GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br

de Joinville
ANA CAROLINE ARJONAS
DAIARA CAMILO
LETÍCIA MARTENDAL Repórter
Estagiária
Assistente de Mídia

/conteúdo /embaixadores

Era uma vez… um guarda-chuva quebrado que ganhou vida nova!

Desafio matemático Elas também jogam

Fahrenheit 451

Muito mais que traços e cores Seu corpo não é um smartphone: cuide dele no manual

Secretaria de Educação inaugura polo para alunos com altas habilidades e superdotação

Profissões do futuro: o que a tecnologia está criando?

Zenaide Receita de bolinha saltitante para impressionar

Césio 137: como aconteceu o maior acidente radiológico da história?

Por que as obras de arte famosas custam tão caro? #06 #12 #18 #32 #16 #07 #14 #24 #27 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #15 #08 #10 diversão atletas capa como funciona? jogos spoiler notícias das escolas cultura pop desconecta wi-fi saideira mão na massa nosso planeta mural dos estudantes galerias educação transformaque diário escolar conhecimentos gerais

De geração em geração

Mudando de continente: como acontece a migração entre os animais?

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Agora você pode ouvir as matérias da its Teens no nosso podcast. Apresente aos colegas com baixa visão ou cegos e leia o QR code para acessar!

Davi Junkes do Nascimento
Sarah Tomazotti Oliveira
Igor Ludgero Cabral
Wallacy Eduardo Batista de Medeiros

Desafio

MATEMÁTICO

Pegue um papel e o lápis e teste seus conhecimentos

João pensou em um número, multiplicou por 3, depois somou 12 e o resultado foi 51. Qual era o número que João pensou?

Em uma festa, foram servidas 4 pizzas cortadas em 8 pedaços cada. Se os alunos comeram 22 pedaços, qual fração do total foi consumida?

Um tênis que custava R$ 240,00 entrou em promoção com 25% de desconto. Qual é o valor do desconto? E quanto o cliente pagará no final?

Cinco alunos tiraram as seguintes notas em matemática: 6,0; 8,5; 7,0; 9,0; e 7,5. Qual foi a média da turma?

Três ônibus levaram alunos para um passeio. O primeiro levou 42 alunos, o segundo levou o dobro do primeiro, e o terceiro levou 15 alunos a menos que o segundo. Quantos alunos foram no total?

POR André Paupitz

Mediador de leitura da EM Amador Aguiar

Esse clássico da ficção científica dos anos 50, “Fahrenheit 451”, de Ray Bradbury, é parte da tríade das distopias (futuros fictícios em que as coisas dão muito errado) imaginada no início do século 20, junto de “1984” e “Admirável mundo novo”. Mas, ao contrário de “1984”, por exemplo, o alvo aqui não é apenas o totalitarismo.

O protagonista é Guy Montag, um bombeiro. Mas ser um bombeiro nesse mundo é algo bem diferente. Eles não apagam fogos das casas, mas queimam livros para preservar o “bem-estar social”. Ler pode incomodar e não oferece o prazer imediato distribuído pelo governo por meio de drogas sintéticas e televisões interativas (smartphones?).

Mas, quando Montag sente aquela irresistível curiosidade de saber por que pessoas estão dispostas a morrer pelos livros, ele começa a perceber que tem que escolher um lado e que vai ter que arriscar a vida por isso.

O que torna esse livro tão incomodamente familiar é que a onda de censura não começou com o regime, mas pela própria vontade popular, alimentada pelo ódio aos “sabichões”, o politicamente correto e a falta de um lugar onde se possa apenas sentar e ler, e pensar em um mundo mais frenético.

Que tal continuar a leitura no mês

Chico Buarque e procurar por estes títulos?

James e o pêssego gigante Roald Dahl

A maravilhosa terra de Oz L. Frank Baum

Listas fabulosas

Eva Furnari

Chapeuzinho amarelo

ARTE FAMOSAS

Como uma forma de expressar emoções — seja alegria, amor ou tristeza — ou até mesmo registrar um momento único, a arte, embora profundamente pessoal, reflete a cultura e o contexto histórico em que foi produzida.

Capazes de provocar sensações únicas em cada observador, as peças contam histórias, despertam reflexões e questionam valores sociais, atravessando gerações.

Por mais que aconteça essa conexão sensível entre o artista e a audiência, outro fator acompanha a arte por milhares de anos e gera questionamentos até hoje: o dinheiro. Algumas obras se destacam pelo preço exorbitante, podendo superar o valor de mansões e carros de luxo.

comentários nas redes sociais. O italiano simplesmente colou uma banana na parede com fita adesiva em uma das feiras de arte mais prestigiadas, a Art Basel, em Miami. A manifestação foi vendida por 120 mil dólares. Mas como isso é possível?

A venda milionária de peças artísticas atrai olhares em todo o mundo, especialmente quando a obra em questão não parece fazer sentido ou é esteticamente desagradável para o público geral. A venda de “Comedian”, do artista Maurizio Cattelan, por exemplo, gerou uma onda de

É importante lembrar que a maioria das obras comuns que encontramos no dia a dia não se comparam aos valores das peças que mais se destacam no mercado da arte. Diversos fatores, que vão além da qualidade do material ou das habilidades do artista, contribuem para que algumas obras atinjam preços milionários. Mas, antes de explicar os motivos, conheça algumas das obras mais caras do mundo atualmente:

Por que tão caro? 3

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Autenticidade: é comum que peças de autores renomados sejam replicadas, por isso, a comprovação de especialistas quanto à autenticidade da obra aumenta sua credibilidade e, consequentemente, seu valor no mercado.

Histórico e relevância: para além da beleza estética de uma pintura, o contexto histórico da obra possui um papel fundamental. Peças que quebraram padrões e iniciaram movimentos possuem um valor adicional. Caso tenham feito parte do acervo de prestigiados colecionadores ou sido exibidas em importantes museus, o preço pode elevar consideravelmente.

Reputação do artista: o reconhecimento do artista vale muito! Pintores consagrados, que se destacaram em vida ou após a morte, frequentemente possuem peças que podem alcançar grandes preços devido à demanda e ao interesse por sua trajetória e legado.

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Oferta e procura: o movimento do mercado da arte é uma das razões que mais influenciam o valor das peças. Fatores como a popularidade dos artistas, a raridade da pintura, o desejo dos colecionadores e até a revenda das obras por um valor mais alto — assim como os custos de comercialização e as taxas de leilão — contribuem para o aumento da quantia final.

SALVATOR MUNDI (Leonardo Da

Vinci)

Encomendada pelo rei francês Luís XII, em 1605, a pintura do retrato de Jesus Cristo segurando um orbe de cristal é considerada a mais cara do mundo, ultrapassando o valor de 450 milhões de dólares, o que equivale a cerca de R$ 2,3 bilhões na cotação atual.

INTERCHANGE

(Willem de Kooning)

Fugindo do realismo, a obra abstrata do artista holandês é um marco na história da arte. O pintor era conhecido por se recusar a se enquadrar nos movimentos artísticos e por produzir as peças com técnicas drásticas e intensas. A primeira venda do quadro foi feita em 1955, pelo valor de quatro mil dólares. No entanto, em 2015, foi leiloada por 300 milhões de dólares.

SUCESSO

Vincent Van Gogh

Apesar de possuir algumas das obras mais famosas do mundo, como “A noite estrelada”, acredita-se que o artista vendeu apenas três pinturas enquanto era vivo. Seu acervo conta com mais de 800 pinturas, 500 desenhos e 800 cartas, que foram expostos pela cunhada do holandês após a morte.

Paul Gauguin

OS JOGADORES DE CARTAS

(Paul Cézanne)

Produzida entre 1892 e 1893, a pintura foi um dos últimos trabalhos do artista pós-impressionista. A obra faz parte de uma série que o francês elaborou com o objetivo de colocar agricultores da fazenda de sua família como protagonistas. Apesar de parecer uma cena comum do cotidiano, o quadro vale em torno de 250 milhões de dólares, ultrapassando mais de R$ 1 bilhão.

O pintor francês chegou a organizar exposições de suas obras enquanto estava vivo, mas o reconhecimento e o sucesso internacional vieram somente após a morte. A teoria é que o negociante de arte Ambroise Vollard tenha sido o responsável pela popularização das pinturas de Gauguin, que serviram como inspiração para outros grandes artistas, como Pablo Picasso.

Johannes Vermeer

O autor do renomado quadro “Moça com o brinco de pérola” não foi completamente anônimo durante sua vida. Por muitos anos, porém, sua situação financeira era instável. Suas obras foram esquecidas por muito tempo após sua morte, e somente nos séculos 18 e 19 suas pinturas foram redescobertas, o que levou o artista a ser um dos maiores nomes da arte.

CÉSIO 137

COMO ACONTECEU O MAIOR ACIDENTE

DA HISTÓRIA?

O que parecia um inocente objeto brilhante que chamou a atenção de dois catadores de recicláveis desencadeou em um dos episódios mais tristes da história brasileira. Era setembro de 1987, em Goiânia, quando os homens encontraram um aparelho de radioterapia abandonado, no local onde funcionava o Instituto Goiano de Radioterapia. A partir desse momento, os eventos levaram ao maior acidente radiológico do mundo. Após desmontar o equipamento e encontrar uma cápsula de um pó azul cintilante (a substância radioativa Césio 137), a dupla vendeu o dispositivo para um depósito de ferro-velho. Partes do material foram repassados para outros dois depósitos. Além disso, fragmentos da pedra foram distribuídos entre parentes do dono do local.

Já nos primeiros dias, aqueles que tiveram contato com a substância — seja por contaminação externa, inalação, ingestão ou irradiação — apresentaram sintomas de mal-estar, incluindo náuseas, tonturas e lesões na pele. Estranhando essa “coincidência”, a esposa do dono do ferro-velho levou o material para a Divisão de Vigilância Sanitária da Secretaria Estadual de Saúde. No total, constatou-se que 249 pessoas foram contaminadas pelo Césio 137.

COMO O CÉSIO 137 FOI CONTROLADO?

O intervalo entre a descoberta da peça abandonada e o direcionamento para o órgão responsável foi de aproximadamente duas semanas. Com a análise concluída, o resultado era certo: se tratava de um material radioativo. A partir disso, a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) foi comunicada e logo notificou a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Com a ajuda de outras instituições de controle, como a Defesa Civil, teve início um plano de emergência para evitar consequências maiores.

Contando com uma meia-vida física de mais de três décadas, a contaminação da substância pode causar diversos prejuízos. “No ambiente, passados os 33 anos, metade da amostra ainda vai estar presente, mais 33 anos, um quarto (da amostra) ainda vai estar presente, e assim por diante. Já no corpo humano, são 70 dias, como é um elemento altamente radioativo, se não for eliminado, o estrago dessa radiação no corpo humano é gigantesco. Então o que se faz? A pessoa precisa ingerir determinados elementos químicos que reajam a ele. Em pequenas doses o elemento químico consegue reagir, captura o césio radioativo do intestino, impede que ele seja absorvido pelo organismo e acaba sendo eliminado pelo corpo humano”, explica Débora Peres Menezes, professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e ex-presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF).

Além do tratamento da população, foram feitas a identificação, monitoramento e descontaminação das áreas afetadas, locais que foram isolados e depois tiveram os principais focos de contaminação removidos e enterrados em caixas de concreto. Atualmente, o nível de radiação na cidade já está controlado após análises positivas de solo, vegetação, água e ar.

O QUE É O CÉSIO 137?

Apesar do termo “radiação” estar ligado com acidentes e tragédias, não é apenas em usinas nucleares ou em edifícios das áreas química e hospitalar que objetos radioativos estão presentes, podendo ser encontrados também no nosso cotidiano.

“Existe um envenenamento radioativo por radiação e que gera vários efeitos colaterais, dependendo da dose radioativa absorvida pelo corpo humano. Todos estamos sujeitos à radiação o tempo todo. Quando voamos, por exemplo, estamos sujeito à radiação cósmica; quando a gente come uma banana, a gente está sujeito à radiação do potássio; a castanha-do-pará também tem alguns elementos radioativos que se decompõem no nosso organismo, então nós temos uma tolerância à radiação”, esclarece Débora.

É quando acontece o excesso de contaminação que o perigo começa, como no caso do Césio 137. Este material emite raios gama, uma radiação ionizante capaz de penetrar profundamente no corpo e retirar átomos de organismos vivos, o que causa danos nas células e no DNA.

Esse episódio levantou a conscientização sobre a importância do descarte adequado de equipamentos radioativos desativados, tal qual a adoção de regulamentações e protocolos de segurança mais rígidos. Para que haja a prevenção de acidentes similares envolvendo materiais radioativos, é preciso que mais pessoas entendam sobre os riscos da exposição a esses objetos e como agir nessa circunstância. “No caso de haver desconfiança de um objeto suspeito, do qual tenha sido feito o uso hospitalar, por exemplo, ou perto de algum reator, o que se deve fazer é chamar a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN).

Se a pessoa não souber como fazer isso, deve chamar a polícia ou os bombeiros, pois eles vão saber como acionar os órgãos competentes para lidar com objetos desse tipo”, complementa a cientista.

ELAS TAMBÉM

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O QUE VOCÊ

VAI ENCONTRAR

POR AQUI:

Além da técnica, as meninas do futsal estão aprendendo sobre amizade e respeito

Na escola e na quadra, elas mostram que o jogo também é delas, trabalhando a confiança e habilidade técnica

“Bola na trave não altera o placar, bola na área sem ninguém pra cabecear, bola na rede pra fazer o gol, quem não sonhou em ser um jogador de futebol?”. O trecho da música é conhecido, e a canção narra a emoção de presenciar uma partida. Com o desafio de fazer o maior número de gols, a adrenalina que é sentida pelos jogadores acaba contagiando aqueles que estão na arquibancada. Quem pratica o esporte ou é torcedor já sentiu na pele tudo o que é descrito na canção, sensação que também faz parte da rotina das meninas da equipe de futsal da Escola Municipal Professora Thereza Mazzolli Hreisemnou. Junto com o professor de Educação Física Marcos Alexandre Martins Ribeiro, as estudantes treinam os fundamentos do esporte, além das habilidades em campo e do psicológico — tudo o que é preciso para saber o que fazer e como agir em quadra.

A iniciativa, que começou no ano passado e contava com um treino misto, foi modificada neste ano para que as alunas tivessem mais espaço e tempo para a prática. Em 2024, na disputa da primeira competição, 13 meninas estavam no grupo. Neste ano, 27 aceitaram o desafio de aprender o futsal. “Pensamos em ter esse horário específico justamente para termos um ambiente que pudesse acolher essas atletas, para que realmente se sentissem parte”, comenta o professor. Os encontros ocorrem no final da tarde, com participação de tanto de quem estuda no período matutino quanto dos que estão no vespertino, como se fosse uma atividade de contraturno, e os efeitos da união entre elas já estão sendo percebidos pelo profissional. “Nesse horário

POR ANA CAROLINE ARJONAS
escola conta com time feminino de futsal.
Tempo de leitura: 6 minutos

Incentivo para elas

É comum ver os meninos se dedicando ao esporte, seja em momentos de lazer ou nas aulas de Educação Física. Porém, nem sempre esse foi um espaço ocupado por mulheres.

As primeiras que se arriscaram no esporte começaram a praticar nas décadas de 1950 e 1960, mas vale lembrar que, até 1979, existia uma lei que proibia a participação feminina na modalidade — seja de quadra ou de campo. De lá para cá, muitos conceitos foram modificados para que as meninas pudessem mostrar que esse também é um espaço feminino, e muitas vezes o que distancia as

jovens pode ser a falta de estímulo. “O esporte feminino, no meu ponto de vista, precisa ser incentivado. Não só oportunizado, mas incentivado, principalmente em algumas modalidades que, até então, são dominadas pelos homens”, diz o profissional.

E a situação na própria unidade pode ser levada em consideração. No ano passado, quando a iniciativa começou, o professor ia de sala em sala convidando as alunas. Neste ano, a turma está com capacidade máxima, prova de que elas também querem estar nas quadras.

A equipe está se preparando para as competições deste ano

separado, percebemos um ganho muito grande, porque, no primeiro momento de integração, elas podem conversar. É uma equipe que está se formando, uma união muito grande.”

Com dois treinos na semana, as meninas compõem os times sub-13 e sub-16 da unidade. Com os encontros seguidos, a intimidade com o esporte está sendo trabalhada — fator que coloca o time na linha de frente para participar das competições do ano. Porém, para Alexandre, o ganho vai muito além de aprender um esporte. “O outro benefício é a autoestima, entender que todo mundo pode jogar todos os esportes, que não há necessidade de se excluir. O esporte é para

todos, independentemente da idade. Todos podem usufruir dos benefícios que ele promove”, pontua o professor.

Para quem entrou na equipe no ano passado, após chegar na escola, os treinos são momentos de leveza e edificação, compreendendo o que pode ser alterado e como todas podem trabalhar em conjunto para alcançar bons resultados — dentro e fora da quadra. “O que mais percebi que mudou é que tenho mais confiança de jogar, de não ter medo de errar. Tem dias que eu não vou estar bem, que não vou ir bem, mas tenho essa confiança em mim. Estou até contando os gols, já tenho 12”, conta Wendy Alice da Costa Vieira, 13, do oitavo ano.

Fotos: EM
Professora
Thereza
Mazzolli
Hreisemnou/Divulgação

CRIANÇAS APRENDEM SOBRE O CICLO DE VIDA DAS FLORES

Como demonstração de carinho pelas professoras, as crianças do Maternal 2 do Centro de Educação Infantil (CEI) Fátima costumam presenteá-las com flores do jardim da unidade. A prática fez com que uma dúvida surgisse entre os pequenos: o que acontece com a planta depois que é arrancada da terra?

A partir desta questão, a professora Maiara Daniele Ardino — junto com as auxiliares Carla Cristina Carvalho Pereira, Letícia Ardino de Oliveira e Maria Vitória Jaschke da Silva — propôs uma iniciativa para sanar a dúvida. Primeiramente, as crianças usaram lupas para observar as flores de perto e explorar as cores, formas e detalhes do jardim. Em seguida, colheram uma das plantas para acompanhar diariamente o processo da mudança. Conforme os dias passavam, a turma percebeu que, sem estar na terra, a flor perdia a cor, o viço e acabava murchando. Ainda no projeto, as crianças descobriram outra surpresa: como uma nova muda pode surgir em um pedaço de batata-doce.

ESTUDANTES CRIAM FÁBULAS EM OUTRO IDIOMA

Em preparação para a Feira do Livro de Joinville, a professora Silvana Heinzen, da Escola Municipal Doutor José Antônio Navarro Lins, desenvolveu uma atividade diferente para os estudantes do oitavo ano: a criação de uma fábula em inglês. Após estudarem sobre diferentes gêneros literários, as turmas escolheram seus estilos preferidos e destacaram algumas capas de livros. Então, se aprofundaram nas fábulas, momento em que conheceram as definições e características do gênero.

A partir disso, os estudantes leram uma obra em inglês e fizeram seus próprios livros na língua estrangeira — alguns deles baseados em histórias já existentes, e outros, feitos do zero. Com as histórias prontas, o passo seguinte foi compartilhá-las com os colegas em uma roda de contação das fábulas.

Fotos: CEI
Fátima/Divulgação

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO

E SUPERDOTAÇÃO INAUGURA POLO PARA ALUNOS

COM ALTAS HABILIDADES

Ensinamentos para a vida

Uma das alunas que frequentam as atividades no Polo Ativamente é Nicoly Coimbra Borges, de 14 anos. Ela apresenta indicadores de altas habilidades e participa das oficinas. Segundo ela, a experiência tem sido muito boa porque tem a possibilidade de encontrar outros estudantes semelhantes.

“Às vezes, a gente não se encaixa muito bem em sala de aula e, aqui no polo, mesmo com crianças mais novas, conseguimos nos encontrar e nos comunicar muito bem, além de descobrir afinidades em comum”, comenta.

Mesmo estando há pouco tempo no polo, Nicoly conta que já conseguiu descobrir mais sobre si mesma.

“Saber que está tudo bem, por exemplo, não ser boa em uma área e boa em outras áreas, conhecer a si mesmo e que está tudo bem em ser você mesma, são coisas muito boas para a gente levar para a vida”, finaliza.

A Secretaria de Educação de Joinville inaugurou o Polo Ativamente, um espaço voltado para atividades no contraturno escolar para alunos da Rede Municipal de Ensino com indicadores de altas habilidades e superdotação. O objetivo é oferecer um ambiente adequado para que esses estudantes possam ampliar os conhecimentos, interagir com pares e explorar o potencial.

O secretário de educação, Diego Calegari, ressalta que a Educação Especial compreende não apenas os alunos com alguma deficiência, mas também aqueles com superdotação e altas habilidades em alguma área e que precisam de um serviço especializado para apoiá-los.

“O Polo Ativamente é esse serviço especializado para dar aos alunos a oportunidade de fazer essas altas habilidades se traduzirem em competências e fazerem disso um diferencial para suas vidas pessoais e profissionais”, afirma.

Atualmente, são 261 alunos identificados com indicadores de altas habilidades e superdotação na Rede Municipal de Ensino. Eles são identificados pelas unidades escolares ou familiares e encaminhados ao novo espaço.

No local, os estudantes são recebidos e atendidos por uma equipe preparada para trabalhar com os alunos. Eles são organizados em agrupamentos, participando de oficinas temáticas que envolvem áreas como lógica, linguagem, criatividade, expressão artística, tecnologia e outras habilidades específicas.

A unidade tem capacidade para atender até 160 alunos do primeiro ao nono ano do Ensino Fundamental. O polo está localizado na rua Júlia Teixeira Delmonego, 120, no bairro João Costa, na zona Sul de Joinville.

EM DE GERAÇÃO

GERAÇÃO

Projeto transformou a nostalgia em aprendizado e diversão, mostrando que longe das telas também tem entretenimento

O QUE VOCÊ VAI ENCONTRAR POR AQUI:

alunos brincam e criam jogo de cartas a partir da interpretação de obra de arte. Tempo de leitura: 5 minutos

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Estar com os amigos e aproveitar os momentos para recriar brincadeiras ou relembrar atividades da infância é uma forma de colocar o corpo em dia e ainda se divertir com a galera. Mas você sabia que o ato de brincar é algo antigo? A estimativa dos estudiosos é que as primeiras interações surgiram na Pré-História, antes mesmo da escrita — fator associado ao desenvolvimento físico e cognitivo. E mesmo com tantos anos entre os primeiros humanos que brincaram e as práticas que ainda são seguidas por muitos, é fato que os movimentos e os objetivos das brincadeiras foram sendo alterados de acordo com cada época. Isso motivou o estudo do quarto ano da Escola Municipal Professor Avelino Marcante, na proposta apresentada pelo professor de Educação Física Rafael Scheunemann.

A partir da análise do quadro “Jogos infantis”, de Pieter Bruegel, feito em 1560, a turma avaliou quais eram as brincadeiras que estavam na ilustração, levando para a aula prática aquilo que estava na pintura. “É um tema que a gente precisa trabalhar, e também está dentro do nosso mapa de progressão de aprendizagem. Além disso, eu sempre busco resgatar com os alunos menores as brincadeiras

tradicionais”, comenta o professor. Para que todos pudessem participar, o profissional pensou em um esquema de rodízio, permitindo que os grupos pudessem vivenciar cada uma das 16 brincadeiras — naquelas que necessitavam de um tempo ou espaço maior, os alunos tiveram uma aula completa para se divertir. “A cada aula, eles experimentavam duas ou três brincadeiras, passando por estações. Foi muito divertido, eles iam rodando entre as atividades e aprendendo na prática.”

O passo seguinte foi levar a atividade para casa, já que os estudantes tiveram que perguntar aos familiares quais eram as brincadeiras tradicionais em cada época. Durante a experiência, além de descobrir novas formas de aproveitar o tempo, o grupo reviveu a sensação de aproveitar sem estar conectado ao celular — basta ter espaço e companhia. “Entenderam como as brincadeiras atravessam gerações, se adaptam, mudam o nome, mas continuam fazendo parte da infância”, pontua o profissional. No caso de Ruan Werner, 9, do quarto ano, a atividade foi uma oportunidade para novas possibilidades. “Foi muito legal fazer as brincadeiras tradicionais. Gostei do ‘unzinho’, mas todas foram muito legais”, explica a criança.

Jogo de cartas

Para instigar habilidades como a pesquisa e a criatividade, as atividades práticas foram transformadas em um jogo de cartas. Seguindo o mesmo modelo do Super Trunfo, os alunos foram responsáveis pelo passo a passo que transformou as brincadeiras em fichas. “Cada dupla ficou responsável por uma brincadeira. Eles pesquisaram as regras, quantidade de participantes, espaço necessário e duração, além de criarem uma ilustração.”

Depois da pesquisa e da definição das 16 cartas, a turma aproveitou para jogar e se divertir, vendo que aquilo que foi praticado em quadra também pode servir durante as aulas ou nos momentos de descontração.

A bola de gude também foi testada pelos alunos, que se divertiram brincando em grupo

A atividade uniu diversão e aprendizado com 16 brincadeiras

PARA TODOS OS GOSTOS

Confira os jogos e brincadeiras que fizeram parte do projeto:

• Bafo;

• Cabra-cega;

• Pega-pega;

• Cinco marias;

• Pula corda;

• Queimada;

• Taco;

• Pião;

• Elástico;

• Alerta;

• Chuta-lata;

• Bolinha de gude;

• Esconde-esconde;

• Unzinho;

• Amarelinha;

• Mãe da rua.

Fotos: EM Professor Avelino Marcante/Divulgação

O QUE VOCÊ

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reforma escolar virou oportunidade para promover a leitura, a reciclagem e a solidariedade.

Tempo de leitura: 7 minutos

Francyele Souza Leite, Fernanda Dutra Loffer e Ana Paula de Oliveira Fernandes foram algumas das mães que confeccionaram as sacolas

A gente sabe que uma obra sempre causa alguns transtornos, não é? Tem quebra-quebra, barulho e poeira para todo lado. Mas em Joinville, a Escola Municipal Professor Aluizius Sehnem descobriu uma forma de driblar esses desafios e fazer de uma obra uma oportunidade para incentivar o gosto pela leitura e estimular a sustentabilidade.

Tudo começou em 2024, quando a escola de 89 anos estava passando por uma grande reforma. Por causa da obra, a biblioteca foi fechada, deixando os alunos sem um espaço preparado para emprestar livros e se dedicar à leitura. “Senti falta da biblioteca porque eu pegava livros que eu amava”, conta a pequena Ana Beatriz Oliveira, 8 anos. Sem um ambiente próprio para os livros, a escola poderia deixá-los encaixotados até o fim da obra ou encontrar uma maneira para fazer com que eles chegassem até os alunos durante esse período. E foi a segunda opção que a equipe escolheu, dando início a um projeto que uniu sustentabilidade e incentivo à leitura!

Henrique se sente orgulhoso do trabalho da mãe (Ana Paula), que contribui na produção dos itens

De guarda-chuva a guarda-livros

Quem mora em Joinville sabe que é bom ter sempre um guarda-chuva na bolsa porque chove muito por aqui.

E toda essa chuva já havia sido tema de outro projeto da escola após a pandemia, quando a equipe criou um “guarda-chuvário” para cada sala. Assim, sempre que chovia, os alunos podiam pegar emprestado os objetos para não se molharem.

Mas quem mora no município também sabe que os guarda-chuvas são frágeis, não é? É até provável que você tenha um deles quebrado aí na sua casa!

E foi pensando justamente nisso que o supervisor escolar

Reginaldo Rodrigues da Silva teve a ideia de reutilizar esses objetos danificados para criar sacolas literárias para os estudantes.

A princípio, pode parecer impossível transformá-los em uma sacola, mas a ideia não só dá certo como já havia sido testada pela escola em outro projeto um ano antes. Assim, a equipe tinha

a “faca e o queijo na mão”, ou melhor, a ideia testada e aprovada para colocar a mão na massa e dar início à nova experiência.

“Vimos que os guarda-chuvas do projeto já estavam estragados e, então, nasceu a ideia de fazer uma biblioteca itinerante com guarda-chuvas reaproveitados para as sacolas literárias sustentáveis”, diz o supervisor. Durante esse processo, a ajuda da comunidade foi essencial tanto para arrecadar mais guarda-chuvas quanto para transformá-los em sacolas.

A Associação de Pais e Professores (APP) comprou uma máquina de costura, enquanto a comunidade doou outras duas para que a confecção pudesse começar. Aliás, foram quatro mães de estudantes da escola as responsáveis por produzir mais de 500 sacolas para todos os alunos — e até para uma ação durante as enchentes no Rio Grande do Sul*.

“A gente vê que os guarda-chuvas iriam para o lixo e agora são transformados em sacolas e levados para casa com livrinhos. É bom saber que a gente faz parte de algo sustentável, bom para o bairro e para o planeta”, fala Ana Paula de Oliveira Fernandes, mãe de Sofia e Henrique e uma das costureiras do projeto.

Fotos: Leve Fotogra

Comunidade unida por um propósito

Para arrecadar tantos guarda-chuvas para o projeto, a ajuda da comunidade escolar foi fundamental. E um dos principais exemplos disso vem da família do Derik da Costa Cândido, 9 anos. O pai dele trabalha como caminhoneiro em uma empresa de reciclagem e mobilizou os colegas de trabalho para arrecadar guarda-chuvas para a escola.

“Como aqui é Joinville e chove bastante, as pessoas quebram bastante guarda-chuva. A sacola fica bonita e ajuda o mundo. Imagina quantos animais poderiam comer essa sacola e agora ela vira isso, guardando livros”, conta o aluno, orgulhoso. Ele acredita que o pai e os colegas tenham arrecadado mais de 300 guarda-chuvas para o projeto.

Já para Henrique, 8 anos, e Sofia Fernandes, de 9, a mãe Ana Paula, uma das costureiras, é motivo de orgulho. Além de ficarem felizes em tê-la mais perto durante os dias de costura na escola, eles também elogiam o trabalho da mãe. “Quando chove, ainda dá para levar o livro porque é tecido de guarda-chuva e não molha”, diz Henrique.

Além de trabalhar a sustentabilidade e garantir livros aos alunos durante a obra,

as sacolas sustentáveis também serviram para trabalhar a produção escrita e oral. “Cada turma da escola adotou um autor regional ou nacional para ler e não ficar apenas na questão de uma sacola, mas algo ainda mais significativo para professores e alunos”, diz Reginaldo. Assim, as crianças fizeram rodízio dos livros, trocando as sacolinhas. “A gente percebe que eles amaram conhecer os livros. Houve um processo bem significativo de incentivo à leitura. Queríamos apenas manter o empréstimo de livros, mas conseguimos isso e uma nova metodologia para enriquecer ainda mais o que tínhamos pensado”, completa.

O aluno Arthur Lima Felizari, 8, conta que amou o livro “Marcelo, marmelo, martelo”, da escritora Ruth Rocha, uma das autoras estudadas no projeto. “Eu já gostava de ler, mas as sacolas me incentivaram a ler ainda mais e o projeto mudou minha vida”, destaca. Entre os estudantes, não faltam relatos de quem leu livros com 200, 300, 400 páginas e ainda quer ler muito mais — agora com biblioteca nova para aproveitar, mas sem descartar as sacolinhas!

Diretora Marilei Schackow, supervisor Reginaldo, Fernanda, Francyele e Ana Paula com os estudantes do terceiro e quarto ano

Os estudantes trocaram as sacolinhas com os colegas para conhecer novos livros

Após as enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul em maio de 2024, a escola costurou 100 sacolas, arrecadou livros com a comunidade e fez uma doação para a cidade de Guaíba, que teve cerca de 50% do território atingido pela enchente.

Ana Beatriz foi uma das alunas que mais gostaram do projeto

Quer ver os bastidores de uma animação e entender como um filme do Studio Ghibli ganha vida? Assista ao documentário “Hayao Miyazaki e a garça”, lançado em 2024, que mostra a relação entre a vida pessoal do cineasta, os personagens e a história do longa “O menino e a garça”. Essa produção, assim como todo o catálogo próprio do estúdio, está disponível na Netflix.

MUITO MAIS QUE

TRAÇOS E CORES

Conheça o Studio Ghibli e as inesquecíveis histórias desse estúdio de animação japonês

POR GUSTAVO BRUNING

Em um cenário dominado, por décadas, pelos desenhos da Disney e, mais tarde, por animações computadorizadas da Dreamworks, um estúdio se manteve fiel à essência desde os anos 1980. Com personagens marcantes, técnicas encantadoras e histórias memoráveis, o Studio Ghibli nasceu no Japão e se estabeleceu como referência mundial.

O primeiro filme da companhia, tecnicamente, foi “O castelo no céu”, de 1986. No entanto, a origem do estúdio foi a partir do longa “Nausicaä do Vale do Vento”, lançado dois anos antes. O grande boom no ocidente ocorreu com o premiado “A viagem de Chihiro”, de 2001, que chegou aos Estados Unidos em 2002, com distribuição da Disney, e só em 2003 estreou no Brasil.

Saiba o que torna o Studio Ghibli tão especial e por que já conquistou tantos fãs ao longo dos anos!

O Studio Ghibli foi fundado em 1985 pelos animadores e diretores Hayao Miyazaki e Isao Takahata, com o produtor Toshio Suzuki. Além de coproduções, já foram lançados 24 longas-metragens, com Miyazaki encabeçando a direção de 11 deles. Foi ele, justamente, que se tornou a figura mais associada ao estúdio, participando da concepção de roteiros, estimulando processos de produção peculiares e estabelecendo referências para as demais produções. Mesmo dizendo que vai se aposentar sempre que lança um novo filme, segue envolvido em novos projetos. O talento de Miyazaki foi passado para o filho, Gorō Miyazaki, que dirigiu animações como “Contos de Terramar” e “Da Colina Kokuriko”.

TRAÇOS

E O VAI PARA… OSCAR

UM CUIDADO ESPECIAL

Se há algo marcante nas produções do Studio Ghibli é o estilo de animação. A identidade visual dos filmes — com personagens desenhados à mão, fundos bem trabalhados e detalhes minuciosos — torna cada história ainda mais especial. Isso faz com que as produções levem bastante tempo para serem feitas — alguns anos, inclusive — e ganhem uma aparência mais original. As expressões faciais e a anatomia dos personagens, mesmo quando incrementadas com tecnologias da animação digital, contam com um charme sem igual, ainda mais em comparação com as automatizações adotadas por tantas animações ocidentais.

Apesar de não ser tão reconhecido com prêmios no Ocidente quanto deveria, o Studio Ghibli soma seis indicações ao Oscar, todas na categoria Melhor Animação. A primeira ocorreu em 2003, com “A viagem de Chihiro”, que desbancou blockbusters como “Lilo & Stitch” e “A Era do Gelo” e levou a estatueta. Outros indicados foram “O castelo animado” (2004), “Vidas ao vento” (2013), “O conto da princesa Kaguya” (2013), “As memórias de Marnie” (2014) e a coprodução “A tartaruga vermelha” (2016). O mais recente, “O menino e a garça”, também saiu vitorioso em 2024.

Lembra da recente trend de transformar fotos reais em desenhos inspirados no Studio Ghibli, com inteligência artificial? Mesmo tendo se popularizado, essa ideia vai contra o princípio do estúdio e do icônico diretor Hayao Miyazaki, que considera esse tipo de criação artificial um “insulto à vida”.

O castelo animado
A viagem de Chihiro
O menino e a garça

PROTAGONISMO TUDO A SEU TEMPO

Uma história não é nada sem um bom protagonista — e as animações do Studio Ghibli não deixam a desejar nesse quesito. É comum nos depararmos com histórias centradas em meninas ou garotas adolescentes, muitas vezes com traços de timidez e lidando com inseguranças. É por meio dessas figuras que somos apresentados a arcos de redenção ou aceitação, necessários para superar empecilhos e alcançar objetivos. O resultado? Heroínas mais fortes, curiosas e conscientes em relação ao mundo que as cerca. Já os antagonistas também surpreendem: o destaque não fica por conta de vilões maquiavélicos e estereotipados, que desejam o mal, e sim personagens com dores e motivos fundamentados.

O serviço de entregas da Kiki

LIÇÕES DE SOBRA

Não são simples aventuras ou embates superficiais. A densidade das histórias fortaleceu o prestígio do Studio Ghibli ao longo das décadas, sempre abrindo espaço para reflexões. Enquanto “O serviço de entregas da Kiki” traz lições de independência e responsabilidade, “O conto da princesa Kaguya” reforça a importância da liberdade — e a busca por ela. “Meu amigo Totoro” nos lembra do valor da confiança e da amizade, enquanto “O castelo animado” é uma ode à autorreflexão e nos lembra que precisamos nos valorizar. Em “Princesa Mononoke” vemos uma brilhante conexão entre a protagonista e os seres animais e espirituais da floresta, o que estimula a proteção da natureza e do ecossistema em prol de um futuro melhor. Já “O menino e a garça” explora o sentimento de luto e as sensações diante de perdas importantes.

Quem disse que todas as histórias precisam ser um grande frenesi? Às vezes é fundamental dar tempo às coisas, calibrar o ritmo certo e diminuir a intensidade. Nas animações do Studio Ghibli, isso é bem representado por meio do conceito japonês Ma ( ). Ele corresponde a intervalos e a um “vazio”, que aqui não atua como uma ausência, mas como momentos poéticos de respiro. É aquele olhar contemplativo de um personagem, um cenário imersivo e confortante, a quietude da natureza…

Princesa Mononoke
O conto da princesa Kaguya

SEU CORPO NÃO É UM

CUIDE DELE NO MANUAL SMARTPHONE:

Imagine um mundo distópico, onde as pessoas possuem um aplicativo capaz de modificar o próprio corpo com apenas um clique. Quer deixar o pescoço mais firme? Atualiza. Cansado dos olhos secos? Baixa um pacote de hidratação ocular instantânea. Dor nas costas? Versão nova da coluna em segundos.

Seria incrível, não é? Mas, infelizmente, no mundo real não existe essa tecnologia milagrosa. E é justamente por isso que precisamos conversar sobre os efeitos que o uso excessivo dos celulares pode causar no nosso corpo.

O temido “pescoço de texto”

Sabe aquele hábito de olhar para a tela com a cabeça inclinada para frente? Pois é, essa postura sobrecarrega os músculos da região cervical e pode causar dores persistentes. No mundo do aplicativo imaginário, bastaria ajustar o ângulo em 90 graus e pronto. Na vida real, o jeito é lembrar de manter o celular na altura dos olhos e fazer pausas frequentes.

Olhos em modo offline

Encarar a tela por horas a fio provoca fadiga ocular digital — um nome chique para olhos cansados, secos e, às vezes, embaçados. No mundo da ficção, um simples botão de “renovar visão” resolveria tudo, mas, por aqui, eles precisam aguentar firme enquanto você desliza a timeline ou maratona aquela série.

E o resultado? Piscadas mais espaçadas, sensação de areia nos olhos e aquela visão embaçada que insiste em aparecer depois de tanto tempo olhando a tela.

Polegares sobrecarregados

E o que dizer das mãos e dos polegares? Esses verdadeiros heróis da digitação rápida acabam sendo os mais afetados nessa maratona digital. Depois de tanto rolar o feed, responder mensagens e disparar figurinhas, podem surgir pequenas dores, incômodos e até inflamações, conhecidas como tendinites tecnológicas. Os dedos passam horas em movimento, muitas vezes sem descanso, reclamando e você nem percebe.

Atualização disponível

Por fim, não esqueça que, ao passar muito tempo conectado, você deixa de lado atividades físicas e momentos importantes com quem está por perto. E isso nem o aplicativo mais futurista consegue substituir.

Portanto, se no mundo real não existe um aplicativo que atualize seu corpo instantaneamente, que tal cuidar melhor dele no modo manual mesmo? Afinal, é o único modelo que você tem — e merece ser bem tratado.

PROFISSÕES DO FUTURO

Independentemente da sua área de atuação, quanto mais você aprender a utilizar as inteligências artificiais, mais recursos você terá em mãos para se manter relevante. Elas são ferramentas, e saber organizá-las para criar soluções é algo essencial. Operadores de IA são a bola da vez agora e no futuro próximo, tal qual áreas de robótica e automação, ou seja, gente que transforma a capacidade de processamento em mudanças mecânicas. Desenvolvedores e designers de realidade virtual continuam na expectativa de que o boom das IAs também acelere a área. A realidade presencial também será impactada com isso, sobretudo na projeção de cidades inteligentes e produtos que formam estas cidades por meio do conceito da Internet das Coisas (IoT). De geladeiras a carros, de lixeiras a câmeras de

segurança das cidades, a ideia é conectar tudo — e urbanistas com esta especialidade serão artigos de luxo.

Analistas de dados e todas as áreas afins ganham ainda mais importância neste mercado. Afinal de contas, dados são o que alimentam as IAs, e fazer o gerenciamento deles é essencial para aprimorar a tecnologia.

A partir desta grande mudança, tornam-se importantes também os profissionais na geração de energia e controle ambiental Os modelos atuais de IA gastam muita energia e geram impactos ambientais como gastos com resfriamento e a montagem de grandes estruturas para seus servidores. Por isso, pessoas que encontrem tecnologias mais baratas, eficientes e limpas são essenciais. Especialistas em energia renovável, preparem-se.

PROFISSÕES DO

O FIM É O MELHOR PRA QUEM?

Algumas profissões estão cada vez mais em baixa, especialmente nos serviços manuais. Tal qual em todas as grandes revoluções tecnológicas, quem trabalha na ponta será quem mais vai sofrer. Grandes empregadores buscam o lucro acima de tudo e, se puder substituir pessoas por máquinas, irão fazer. Não à toa, atendentes de telemarketing estão sendo substituídos por atendentes virtuais; grandes redes de supermercados e lojas investem em caixas de autoatendimento como opção aos caixas tradicionais; softwares de transcrição de áudio e imagens estão cada vez mais sofisticados e substituindo digitadores; e o exemplo mais clássico são os trabalhadores de fábricas, que, a cada geração, sempre sofrem com a chegada de máquinas. A questão a que temos de ficar atentos não é

necessariamente sobre o fim de profissões pelo desenvolvimento de tecnologia. Que bom que a humanidade desenvolveu máquinas que podem substituir o trabalho humano com mais segurança, eficiência e capacidade, em especial aqueles que ninguém quer fazer. A questão é: para quem ficará o benefício desse avanço? O tempo e os valores poupados serão repartidos entre toda a humanidade ou acumulados entre alguns? Questões que nos dão o caminho, inclusive, de quais avanços buscaremos como uma sociedade baseada no trabalho.

VALORIZADAS NOVAMENTE

Algumas profissões nunca saem de moda, outras ficam entre altos e baixos, mas seja pela valorização financeira ou pela importância social do ofício, algumas voltam a estar benquistas com essas mudanças citadas anteriormente. Seguindo a tendência da última década, áreas de inclusão e diversidade continuam valorizadas, sobretudo com base nos debates globais sobre qualidade de vida. Neste ponto, profissionais de RH e profissionais de assistência social que foquem nestas questões se mantêm em alta.

Com as mudanças climáticas, a agricultura, para muitos a invenção mais importante da humanidade, ganha ainda mais importância — e seu impacto social também. É importante destacar que existem correntes dentro da área, mas encontrar uma forma mais sustentável de produzir alimentos é essencial para evitar a escassez e preservar o planeta. Una a isso biólogos e ambientalistas.

Dentre os que nunca saem de moda, educadores continuam sendo necessários para formar pessoas e profissionais nas áreas citadas. Com as novas legislações, advogados também serão muito importantes, em especial sobre crimes virtuais e leis de direito autoral. E na área da saúde, psicólogos e especialistas em saúde mental continuam em alta.

O QUE A TECNOLOGIA ESTÁ CRIANDO?

POR LUCAS INÁCIO

Desde pequeno a gente ouve a pergunta: “o que você quer ser quando crescer?”. Faz parte da nossa sociedade, que é organizada com foco na venda do nosso trabalho, por isso a profissão é algo que nos norteia desde crianças e desperta muito interesse. Então, dentro deste contexto, imagine a sensação de exercer um ofício que deixou, ou deixará, de existir por conta de alguma nova tecnologia.

Provavelmente, os adolescentes de hoje nunca pensaram em ser dono de locadora de filmes e jogos de videogame, entregador de leite, acendedor de poste, cortador de gelo, telefonista, linotipista – essa é difícil até de falar –, leitor de cartas, entre tantas outras

profissões já extintas ou perto disso. Talvez vocês não saibam nem o que significam alguns destes exemplos, mas vale a pena pesquisar, e atualmente nem precisa comprar uma enciclopédia de um vendedor para isso.

Algumas destas profissões pararam de existir com o início da revolução industrial; outras, com a descoberta da energia elétrica; várias delas, com a invenção de eletrodomésticos; e muitas com o computador e a internet. Toda geração já passou por isso, porém os riscos de profissões sumirem são ainda maiores devido ao avanço tecnológico mais rápido, sobretudo com as inteligências artificiais (IA). Elas estão criando novas possibilidades e, certamente, mudando a forma como quase tudo é feito, das engenharias às artes, da saúde às ciências sociais.

ENTRE OS ANIMAIS?

POR ANA CAROLINE ARJONAS

Talvez você nunca tenha reparado na migração dos animais e como cada espécie é responsável por encontrar o melhor lugar para estar em cada estação do ano. Assim como nós, que escolhemos os melhores locais de acordo com determinadas preferências, os animais escolhem um ponto no globo para estar, avaliando o que pode ser melhor para o grupo e como as características do espaço podem facilitar a rotina.

Essa seleção acontece em todas as espécies, com a diferença de que algumas podem se mudar uma vez no ano e outras podem optar por mais locomoções. Vale ressaltar que diversas razões vão diferenciar essa mudança, incluindo fatores genéticos, instinto, memória, aprendizado social e a capacidade de se orientar.

GUIADOS PELA

NATUREZA

Por uma questão de genética, muitas espécies utilizam o instinto para definir a rota migratória e qual será o local de moradia pelos próximos meses. Um exemplo são as borboletas monarcas, que conseguem seguir o mesmo caminho feito pelos ancestrais. Outro fator que pode orientar a mudança de várias raças é a alteração no período do dia ou até mesmo da temperatura. Isso porque alguns animais costumam se orientar de acordo com a posição do Sol e da Lua, como os pássaros.

INFLUÊNCIA DO CAMPO MAGNÉTICO

Outro ponto que pode contribuir com a escolha certa é o campo magnético da Terra, já que alguns bichos são capazes de detectar e seguir a trajetória de acordo com o campo, como as baleias e as tartarugas — a justificativa está em partículas magnéticas que podem estar no cérebro ou nos tecidos sensoriais dos animais.

Seres terrestres, como zebras e gnus, caminham por montanhas e rios, indo de acordo com o curso da natureza. Outros podem utilizar o olfato para trilhar um caminho, seja para encontrar um novo local para morar, seja para encontrar a caça.

LIDERANÇA E CLIMA

Vale destacar que a questão do clima é primordial para orientar a moradia de diversos animais. Sendo assim, quando a temperatura começa a mudar de forma drástica, muitos precisam buscar novos espaços, alterando a cadeia alimentar daquele local e até mesmo o estilo de vida de um grupo — a disponibilidade de comida e água é um fator predominante para a permanência.

A experiência também é levada em consideração, já que animais como elefantes e lobos costumam ter como líderes os mais velhos, responsáveis por guiar a manada ou matilha, mostrando o caminho para as gerações mais novas. É importante ter em mente que algumas espécies podem ter como referência mais de um parâmetro na hora de escolher o destino no processo de migração. Andorinhas, elefantes, baleias, leões-marinhos, tartarugas, crocodilos, pássaros e borboletas são alguns dos animais conhecidos pela rota migratória.

Por que olhamos para cima quando estamos tentando lembrar de algo?

Seja ao tentar lembrar uma fórmula de matemática durante a prova ou ao conversar com os colegas e recordar as melhores memórias, é normal olhar para cima quando estamos pensando em algo. Mas por que isso acontece? Apesar de não haver comprovação científica conclusiva, alguns profissionais associam esse movimento a um “ato reflexo”, no qual desviamos o foco de estímulos visuais próximos, permitindo que o cérebro procure as informações armazenadas com mais facilidade. Outras teorias sugerem que esse movimento ocular está relacionado aos hemisférios cerebrais, já que cada lado da mente exerce funções diferentes — quando olhamos para cima e para a direita, o processo de criação de imagens mentais pode ser simplificado; já a esquerda estaria associada à recuperação de memórias.

Escrever no papel ajuda a memória?

Sabe aquele momento em que surge aquela ideia do nada? Ou aquela hora em precisa salvar um endereço? E até mesmo antes de ir ao mercado, quando não quer esquecer de nada? Por muito tempo, era comum escrever essas informações em bloquinhos de papéis, mas hoje, com a praticidade do celular, esta prática foi substituída pelas anotações digitais.

Embora os lembretes em aplicativos sejam mais práticos e rápidos, escrever à mão ainda traz muitos benefícios, como a melhora na memorização, por exemplo. Ao registrar algo com lápis ou caneta, diferentes regiões do cérebro são estimuladas. Além de ajudar a lembrar as informações, a grafia das palavras também é aperfeiçoada, já que, com o uso constante do corretor automático, é comum esquecer a forma correta da escrita.

Outra habilidade desenvolvida é a coordenação motora fina, que contribui para os movimentos dos músculos menores do corpo, assim como a melhora na concentração.

Conhecer sobre diferentes profissões pode ser um passo interessante na preparação para o futuro. E para celebrar o Dia do Trabalhador, comemorado no mês de maio, a professora Vânia Daniela de Oliveira Mendonça, da Escola Municipal Presidente Castello Branco, preparou uma atividade com as turmas do sexto ano. Após manusearem dicionários, enciclopédias e glossários e aprenderem sobre a estrutura dos verbetes, os estudantes criaram peças sobre as profissões do seu interesse. Em uma folha A4, ilustraram a ocupação e produziram o verbete. Para compartilhar com a escola, as obras foram colocadas em molduras e expostas no pátio da unidade.

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Os conhecimentos de Ciências ganham vida quando os estudantes colocam em prática o que aprendem na teoria. Foi isso que as turmas do quarto ano da Escola Municipal Amador Aguiar vivenciaram durante as aulas das professoras Lidiana Ribeiro e Elizandra Maria Rauber da Silva. Para aprender sobre os conceitos de mistura homogênea e heterogênea, os alunos prepararam uma salada de frutas e, em seguida, bateram os alimentos no liquidificador, criando uma vitamina.

Fotos: EM Amador
Aguiar/Divulgação
Fotos: EM Presidente Castello Branco/Divulgação

Durante as aulas sobre gêneros textuais da professora Larice Silva Cledimilda Delmondes, as turmas do quinto ano da Escola Municipal Valentim João da Rocha aprenderam sobre piadas e anedotas.

Após leituras, pesquisas e práticas junto com os familiares, foi realizado o concurso “O melhor comediante de cada quinto ano”, momento em que os estudantes interpretaram as piadas que retiravam de uma caixa.

João da Rocha/Divulgação

Fotos: EM Valentim

Para introduzir a riqueza da cultura amazônica para os bebês, a professora Marcia de Souza Santos, juntamente com as auxiliares Dylaine de Oliveira Reck e Jeniffer de Souza, do Centro de Educação Infantil Professora Juliana de Carvalho Vieira, desenvolveu o projeto “Encantos da Amazônia”. Os pequenos conheceram as tradições dos povos indígenas, como a culinária, os ritmos, os costumes e também os animais que fazem parte da região Norte do país.

“As pessoas estão cada vez mais querendo aprovação dos outros e estão deixando de fazer o que mais gostam para agradar o próximo. Mas, mesmo que você faça tudo para o agrado alheio, as críticas nunca param. Faça o que você realmente ama, isso que importa.”

- Yohana Lais da Rosa, estudante do oitavo ano B da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer.

Fotos: CEI
Professora Juliana de Carvalho Vieira/Divulgação

Para iniciar o contato das crianças com o mundo dos livros, as professoras do Maternal I fizeram um cantinho de leitura dentro da sala de aula, pensado para ser um espaço acolhedor e confortável para os pequenos. Na data da inauguração, as educadoras se fantasiaram de personagens da literatura infantil, como Chapeuzinho Vermelho, Branca de Neve e Abelhinha.

CEI MARIA LAURA CARDOSO ELEOTÉRIO ULYSSES GUIMARÃES

Durante as aulas de História e Geografia, a professora Leidi Anne Dias Marcílio desenvolveu com as turmas do quinto ano projetos para estudar o Egito Antigo. Além da teoria, os estudantes aprenderam sobre a cultura e o modo de vida do povo ao confeccionaram maquetes reproduzindo as esfinges e pirâmides do país.

EM PROFESSOR

BERNARDINO

JOÃO
DA SILVEIRA JUNIOR JOÃO COSTA

Para trabalhar a temática da arte indígena com o quarto ano, a professora Adriana Rech desenvolveu um trabalho diferente: os alunos criaram uma coleção de moda inspirada nos grafismos dos povos originários.

Zenaide

“Zenaide não tinha sossego na nova atividade no convento. Com a saúde debilitada, Madre Paulina precisa de muita, mas muita atenção. Com o tempo foi tendo afeto por Zenaide e cada vez mais exigia a sua presença por perto.” O trecho faz parte do livro, “Zenaide, a menina que cuidou da Santa”, segundo livro do professor Reginaldo Jorge, jornalista, poeta e integrante da Academia Joinvilense de Letras. A obra conta a história de uma menina órfã natural de Brusque, que entra no Convento das Irmãzinhas da Imaculada Conceição, no bairro Ipiranga, em São Paulo. Lá teve a oportunidade de cuidar da Santa Paulina nos seus três últimos anos de vida.

E EM NELSON DE MIRANDA COUTINHO
Foto: Reginaldo Jorge/Divulgação

RECEITA DE BOLINHA SALTITANTE PARA IMPRESSIONAR

Quer aprender a fazer uma bolinha pula-pula e se sentir um verdadeiro cientista maluco?

Então prepare os ingredientes, chame a família, os amigos e venha com a gente! Nesta experiência super divertida, vamos transformar cola branca e alguns itens de cozinha em uma bolinha saltitante.

SEPARE OS INGREDIENTES:

1. 1 colher de sopa de cola branca; 2. ½ colher de sopa de amido de milho;

3. ½ colher de sopa de vinagre ou suco de limão;

4. 1 colher de sopa de água morna; 5. Corante alimentício (opcional).

PREPARANDO A MASSA:

1. Em um potinho, misture a água morna com o vinagre (ou suco de limão);

2. Acrescente a cola e o corante (se quiser deixar colorido);

3. Misture bem;

4. Adicione o amido de milho aos poucos, mexendo até ficar mais espesso;

5. Quando pegar na mão sem grudar muito (bem parecido com um slime, só que mais consistente), modele em formato de bolinha;

6. Deixe secar um pouquinho (cerca de dez minutos);

7. E está pronto o bolinho, ou melhor, a bolinha! Jogue na mesa ou no chão e veja o que acontece.

COMO ISSO ACONTECE?

Quando você mistura cola branca (que é feita basicamente de um polímero chamado PVA — acetato de polivinila) com o vinagre ou suco de limão — que são ácidos — e o amido de milho, rola uma pequena reação química que faz a cola mudar de estado (sólido, líquido ou gasoso). O vinagre (ácido acético) quebra algumas ligações na cola, fazendo com que o PVA comece a se juntar de forma diferente. Quando adicionamos o amido de milho, ele age como um espessante, ajudando a deixar a mistura mais sólida e moldável. Aos poucos, esses polímeros da cola se unem e formam uma rede mais densa e elástica — é isso que faz a bolinha ficar firme e quicar!

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