Nesta edição trazemos um olhar curioso e criativo sobre temas que conectam a escola ao mundo. Você vai descobrir o que é mito e o que é verdade quando o assunto são tempestades, entender como o calor deve avançar nos próximos anos e por que ficamos mais doentes no frio. Tem projeto contra o bullying, visitas a museus, arte digital e intercâmbios culturais que mostram a riqueza das experiências escolares.
No universo da ciência, uma borracha feita com cola e amido de milho, e no da natureza, como a abelha-rainha é escolhida na colmeia.
Na editoria do Cultura Pop, relembramos animações da Disney a que talvez você nunca tenha assistido. E atenção: também explicamos por que certos desafios da internet devem ser evitados. Prepare-se para navegar entre conhecimento, cultura e diversão! Aproveite esta edição. Boa leitura!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI
IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
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ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter DAIARA CAMILO
Estagiária
LETÍCIA MARTENDAL
Assistente de Mídia
/conteúdo
Que frase é essa? Diário de um adolescente
A bolsa amarela
Clássicos subestimados
Os perigos por trás dos desafios de internet
brasilidades
Do Norte ao Sul: como é a festa junina em cada região do Brasil? galerias
Tempestade à vista: o que é mito e o que é verdade?
memória diário escolar conhecimentos gerais
Um dia no museu
Previsão do tempo para o mundo em 2060 #06 #12 #32 #18 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #16 #08 #10 diversão crescimento como funciona? capa spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta
Dia a dia na Augusta Knorring
Abelha-rainha: como é definida a responsável pela colmeia?
Hora do Saeb!
Crie sua borracha personalizada
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QUE FRASE É ESSA?
Decifre os símbolos e descubra a mensagem secreta!
Ah, tem coisa que a gente sente, mas não sabe como explicar, né? Raiva que não cabe no peito, tristeza que ninguém percebe, vontade de ser outra pessoa por um tempo... No livro “A bolsa amarela”, da escritora Lygia Bojunga, tudo isso vira história e é narrado por uma menina que podia ser qualquer um de nós. Nossa pequena Raquel tem apenas 11 anos, mas já sente na pele o peso de não ser ouvida. Todos mandam nela, dizem o que pode ou não pode sentir, o que deve ou não deve querer. E é aí que ela decide guardar seus três grandes segredos dentro de uma bolsa velha e amarela: o desejo de crescer logo, o desejo de ser menino e o desejo de ser escritora.
A bolsa vira seu esconderijo secreto e, ao mesmo tempo, seu grito de liberdade. Dentro dela, Raquel coloca não só seus sonhos, mas também os personagens que ela mesma inventa: bichos falantes, cartas misteriosas, conversas com objetos... Mas esse não é só um livro infantil e de fantasia, meus caros. É, principalmente, um livro sobre crescer, se conhecer, enfrentar as regras do mundo e fazer perguntas que ninguém quer responder. Raquel é teimosa, sensível, engraçada e cheia de perguntas, como qualquer adolescente tentando entender o que sente e o que esperam dele. Quando li “A bolsa amarela”, descobri que não existe sonho pequeno demais, nem vontade boba demais. Entendi que falar o que a gente sente pode ser difícil, mas esconder tudo dentro da gente pesa muito mais.
Esse livro é para quem, assim como eu, já se sentiu diferente. Para quem já quis ser ouvido. Para quem ainda carrega uma bolsa invisível cheia de vontades que o mundo tenta esconder. E, principalmente, para quem está descobrindo que escrever, sonhar e dizer o que sente pode ser um ato de coragem e de transformação.
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
O menino no espelho Fernando Sabino Olhos d’água Conceição Evaristo
Fala sério, mãe! Thalita Rebouças
A biblioteca mágica de Bibbi Bokken
Jostein Gaarder e Klaus Hagerup
POR JACQUELINE GOMES SANTA BRIGIDA
Professora da EEF Professora Isaura Gouvêa Gevaerd Cívico Militar
Tempestade à vista: o
que é mito e o que é verdade?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Imagine que você está no meio da aula e de repente o céu escurece. Logo em seguida, barulhos altos de trovões estrondam lá fora — é sinal de que uma tempestade se iniciou. O cenário pode ser assustador para muitas pessoas, afinal, os raios, que são capazes de possuir quase mil vezes mais potência que um chuveiro elétrico, podem causar quedas de energia e acidentes mais graves. Com mais de 70 milhões de descargas elétricas registradas anualmente, o Brasil é o país com maior incidência de raios. Apesar desse fato, muitas pessoas ainda acreditam em mitos que circulam por aí sobre o que fazer para se proteger em uma tempestade. Já ouviu que deve se esconder debaixo da cama? Ou que é preciso tirar acessórios de metal? Para evitar que você caia em mais fake news, vamos esclarecer o que realmente é seguro e o que é mentira!
Atenção: a melhor maneira de ficar em segurança durante uma tempestade é buscar abrigo, evitar lugares abertos, ficar com as janelas fechadas e estar atento aos avisos meteorológicos.
Verdades
1. Tomar banho é perigoso
Existe um alto risco de sobrecarga elétrica durante as tempestades, por isso, os chuveiros elétricos ou ligados a um sistema de encanamento metálico são extremamente perigosos. Os raios podem atingir a rede elétrica e os canos de água, que irão conduzir as correntes elétricas para dentro de casa e causar choques.
2.Desligar aparelhos ajuda
Não é só o chuveiro que corre perigo, outros aparelhos eletrônicos conectados na tomada podem sofrer danos e até pegar fogo. Por isso, desconecte o cabo de energia de eletrodomésticos, computadores e carregadores de celular.
3. Afastar-se de objetos metálicos
O metal é um condutor de eletricidade, por isso, se um raio atingir um lugar próximo de um objeto feito desse material a descarga pode ser transmitida através dele. Caso você esteja em casa, fique longe de canos, portas e janelas de alumínio. Caso esteja do lado de fora, evite barras de ferro, grades, bicicletas e guarda-chuvas com hastes de metal.
No entanto, objetos pequenos, como joias de metal, não apresentam muito perigo, pois a probabilidade de atrair um raio é muito baixa.
4. Animais também correm risco
Não são só os seres humanos que estão em perigo durante as tempestades; animais domésticos e de criação também podem ser atingidos ou sofrerem com o barulho. Gatos e cachorros, por exemplo, podem se assustar e tentar fugir para lugares perigosos — se estiverem presos a correntes metálicas o risco é ainda maior. Já animais de fazenda podem ser atingidos por raios quando estão em campo aberto, principalmente quando estão em áreas altas e com árvores solitárias.
5. Sair da água
A água é um grande condutor de eletricidade, e quando um raio atinge mares, rios e até mesmo piscinas, a descarga se espalha rapidamente e alcança quem estiver por perto. Por isso é preciso sair imediatamente e afastar-se de áreas molhadas.
Mitos
1. Celular atrai raio
A não ser que o celular esteja carregando na tomada, os aparelhos não apresentam perigo para os usuários, já que não emitem sinal forte o suficiente para atrair um raio.
2. Ficar
embaixo de árvore é seguro
Quando a chuva e os raios começam, muitas pessoas correm em busca de abrigo. No entanto, existem alguns locais que podem causar mais perigo do que proteção, como as árvores. Como são altas e cheias de seiva, essas plantas são alguns dos primeiros alvos do raio durante as tempestades, e quem estiver por perto pode ser atingido pela descarga elétrica.
3. Raio não cai duas vezes no mesmo lugar
Apesar de ser uma expressão popular, é uma mentira. Então, não caia na história de que um lugar se tornou seguro quando um raio já o atingiu. Locais altos e metálicos são frequentemente afetados, a Estátua da Liberdade, em Nova York (EUA), por exemplo, é atingida cerca de 600 vezes por ano.
4. Estabilizador protege contra raio
Existem aparelhos que são capazes de proteger contra raios, como os para-raios e o Dispositivo de Proteção contra Surtos (DPS), mas o estabilizador não é um deles — a função do aparelho é proteger os objetos eletrônicos de variações de tensões elétricas da rede, e não de tempestades.
5. Espelho atrai raio
Muitas pessoas acreditam que é preciso cobrir ou evitar espelhos durante uma tempestade. Essa crença popular existe há muitos anos e tem uma explicação: antigamente, os objetos tinham partes metálicas na moldura ou no verso, por isso, acreditavam que poderiam atrair raios. Mas não se preocupe, os espelhos em si não são condutores de eletricidade e não apresentam perigo.
PREVISÃO DO TEMPO PARA O MUNDO EM 2 6
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Você já imaginou como será o clima da sua cidade daqui a alguns anos? Será que os verões vão ficar ainda mais quentes, com temperaturas que parecem dignas de um deserto? Graças à ciência e à tecnologia, agora é possível ter uma ideia de como o calor pode se comportar nas próximas décadas. Pesquisadores criaram mapas interativos que permitem prever mudanças climáticas específicas para cada Estado e cidade. É como dar uma espiada no futuro para entender o impacto do aquecimento global no lugar onde você vive. Esses mapas são baseados em dados climáticos e projeções científicas. Eles analisam informações como as emissões de gases do efeito estufa, o crescimento das cidades e o desmatamento, fatores que influenciam diretamente o aumento das temperaturas. Ao acessar um desses mapas, você consegue ver previsões sobre como os dias quentes, aqueles acima de 30 ou 35 graus, podem se tornar mais comuns, e como isso pode afetar nosso dia a dia.
CONCLUSÕES PREOCUPANTES
Os resultados revelam que, se não mudarmos o que estamos fazendo com o planeta, muitas regiões enfrentarão ondas de calor mais intensas e frequentes. Por exemplo, Estados do Nordeste podem sofrer com um aumento significativo de dias extremamente quentes, enquanto no Sudeste e Centro-Oeste os verões poderão ficar ainda mais longos.
O principal responsável por isso é o excesso de gases do efeito estufa, como dióxido de carbono (CO2) e metano, liberados por atividades humanas. Queima de combustíveis fósseis, desmatamento e agricultura intensiva são os grandes vilões que jogam esses gases na atmosfera, formando um “cobertor” que retém o calor e eleva as temperaturas. É como se a Terra estivesse usando um casaco grosso no meio do verão, sem conseguir se livrar dele.
Essas ondas de calor podem causar problemas graves, como prejuízos à agricultura, aumento do consumo de energia para ar-condicionado e ventiladores, e até impactos na saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias. Além disso, o calor extremo pode agravar crises de água, já que a evaporação aumenta com as temperaturas altas, diminuindo a disponibilidade de recursos hídricos.
HÁ ESPERANÇA
Os mapas climáticos mostram cenários baseados no que pode acontecer, mas temos a chance de agir agora para mudar esse quadro. Pequenas atitudes no dia a dia podem ajudar a frear o aquecimento global, como economizar energia, reduzir o uso de plásticos, plantar árvores e consumir de forma mais consciente.
Esses mapas interativos não são apenas ferramentas científicas impressionantes, mas também um alerta para todos nós. Eles mostram o que pode acontecer se continuarmos no mesmo caminho, mas também reforçam que ainda há tempo para evitar os piores cenários.
Pensar no futuro do planeta pode ser assustador, mas também é uma oportunidade de refletir sobre como nossas escolhas afetam o mundo. Os mapas que calculam o calor nos próximos anos são uma forma de entender os desafios que temos pela frente e nos motivar a agir. A ciência já nos deu o diagnóstico, e agora cabe a cada um de nós ajudar a construir um futuro mais fresco e sustentável para todos.
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Diário de um ADOLESCENTE
ESCOLA TRANSFORMA A ROTINA DOS ESTUDANTES COM EMPATIA E ACOLHIMENTO
Tempo de leitura: 7 minutos POR REDAÇÃO ITS TEENS
Os estudantes desenvolvem habilidades de inteligência emocional para lidar com a fase da adolescência
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ação escolar busca combater o bullying e dar apoio emocional aos alunos por meio de parcerias estratégicas.
Um dia, Greg acorda e percebe que precisa mudar seu estilo de vida. Ele cansou de ser um completo anônimo nos corredores da escola e, ao analisar suas chances de ser famoso, percebe que há muitos obstáculos: a infantilidade e a total inexperiência de seu melhor amigo, e os riscos de ser contaminado por alguém que encostou em um queijo mofado na quadra de basquete.
Logo no primeiro livro da série “Diário de um banana”, o protagonista já enfrenta diversos dilemas. O cotidiano descrito nesta obra de ficção pode ser a realidade de alguém — e talvez a vida real seja até mais tensa e difícil de lidar durante essa fase, se não houver uma rede de apoio. Por isso, na Escola de Ensino Fundamental Doutor Carlos Moritz, os estudantes dos anos finais têm acompanhamento emocional ao apresentarem algum tipo de agressividade ou mudanças bruscas de comportamento para aprenderem a se desenvolver de maneira saudável e leve.
“Na adolescência, eles vivem aquela relação de amor e ódio ao mesmo tempo, não sabem interpretar os sentimentos. Ao mesmo tempo que estão juntos, acabam brigando ou se xingando, muitas vezes por meio de apelidos, o chamado bullying”, explica a coordenadora pedagógica Josiane Amaral Gois Reis.
Ao receberem diferentes perguntas durante as ações, os alunos aprendem a ouvir e a serem ouvidos
As rodas de conversas são realizadas em um ambiente privado para que os estudantes possam se sentir confortáveis em compartilhar experiências
PARCERIAS DE BEM-ESTAR
Diante das demandas socioemocionais apresentadas pelos estudantes, a escola buscou estabelecer parcerias estratégicas para fortalecer o trabalho de prevenção e combate à violência verbal e física. Entre as iniciativas, destaca-se a parceria com a Unidade Básica de Saúde (UBS), por meio do Programa de Saúde Escolar. A iniciativa contempla ações como higiene bucal, aferição de altura e peso, cálculo do índice de massa corporal (IMC), verificação da situação vacinal dos alunos e atividades de conscientização sobre o bullying
Como parte dessa parceria, acadêmicas de medicina do Centro Universitário da Fundação Educacional de Brusque (UNIFEBE) desenvolveram um projeto direcionado a uma turma específica, promovendo rodas de conversa sobre bullying, respeito e questões socioemocionais.
A iniciativa foi complementada com a participação da equipe do Núcleo de Apoio Multiprofissional à Educação Inclusiva (Namei), da Secretaria de Educação. Composto por assistente social e psicólogo, o time promoveu encontros em datas distintas, abordando temas relacionados às emoções e às relações interpessoais.
Paralelamente, o Atendimento Educacional Especializado (AEE) oferece suporte contínuo aos estudantes, com atenção especial às questões emocionais que afetam o convívio escolar.
ACOLHIMENTO
Com a crença de que o estudante não apenas aprende conteúdos, mas também se forma como cidadão, a unidade desenvolve, desde 2022, ações cotidianas voltadas ao combate às agressões e à construção de um ambiente escolar mais leve, seguro e acolhedor, marcado por memórias positivas.
Com um olhar atento às necessidades de cada aluno, a equipe escolar identifica quando um adolescente apresenta comportamentos que fogem ao habitual. Nesses casos, os profissionais da UBS são acionados para estabelecer contato com a família, promovendo o diálogo e, se necessário, encaminhando para acompanhamento especializado.
O diretor Thiago Spiess reforça a importância de um ambiente escolar seguro em todas as dimensões. “O bullying não é um ‘probleminha de escola’. Ele machuca, afasta e pode causar danos que a gente nem sempre vê de imediato. Por isso, esse projeto é essencial para formar cidadãos mais empáticos, conscientes e solidários.”
Durante o ano letivo, as rodas de conversa foram organizadas no período regular de aulas, com a colaboração dos professores dos diversos componentes curriculares. Em algumas situações, os encontros foram articulados durante as aulas de Ciências, possibilitando a integração do tema com os conteúdos curriculares. Em anos anteriores, o grêmio estudantil também participou ativamente, promovendo campanhas de conscientização e estimulando o protagonismo juvenil no enfrentamento do bullying
Para Josiane, o trabalho é de “formiguinha” e deve ser feito todos os dias para estar próximo dos alunos. “Eu percebo que essas práticas estão diretamente relacionadas com as questões emocionais. E a gente vai fazer relação do que está acontecendo fora do ambiente escolar com o que reflete aqui”, esclarece.
O TRABALHO DE FORMIGUINHA
Desde que as ações do projeto foram implantadas, o diretor afirma que o ambiente escolar mudou e os alunos estão mais conscientes. Ele observa que os estudantes passaram a se escutar mais, a respeitar os limites uns dos outros e a procurar ajuda sempre que percebem situações desconfortáveis ou agressivas.
Para Spiess, os momentos de conversa e acolhimento, organizados com o apoio das equipes, foram essenciais para criar mais conexão entre os alunos e fortalecer o sentimento de pertencimento na escola. Ele reforça que o bullying ainda é um desafio presente, mas o ambiente está diferente. “Não dá para dizer que acabou, porque é um trabalho contínuo, mas posso afirmar que hoje os nossos estudantes estão mais conscientes do seu papel na construção de uma escola mais humana”, conclui.
Estudantes criam arte digital
Com a evolução da tecnologia, a criação de desenhos deixou de ser limitada a ferramentas manuais, como papel e lápis. Com o auxílio de equipamentos digitais, é possível explorar diferentes recursos gráficos, e disso os estudantes do quarto ano C, da Escola de Ensino Fundamental Professora Isaura Gouvêa Gevaerd Cívico Militar, entendem bem.
Em uma atividade durante as aulas de Arte, da professora Silvana Pruner, os alunos criaram obras autorais com o uso de Chromebooks. O objetivo foi estimular a expressão artística da turma e aproximá-la das linguagens visuais contemporâneas enquanto desenvolvem competências com o uso consciente da tecnologia.
Nesse processo, o pensamento crítico e a autonomia dos estudantes também foram aprimorados, já que a atividade proporcionou um espaço para imaginação, planejamento e valorização da diversidade de ideias. Com estilos, cores e composições diferentes, cada aluno criou uma obra digital única.
CEIs promovem intercâmbio com foco na educação ambiental
O cuidado com a natureza é um hábito que deve ser incentivado desde cedo. Com crianças conscientes sobre a importância do meio ambiente, a expectativa é que existam mais jovens e adultos comprometidos com ações sustentáveis e a preservação dos recursos naturais. Foi pensando nisso que as professoras de hora-atividade da Educação Infantil desenvolveram um projeto de proteção do planeta.
Elite Reck Cugik, do Centro de Educação Infantil (CEI) Max Rodolfo Steffen, Michele Cristiane Esqurki Dallagnoli e Mirian Severo Panissa, do CEI Adelina Zen, participaram da criação do “Projeto Intercâmbio Cultural e Educação Ambiental”, que tem como objetivo promover a conservação da natureza enquanto as famílias se envolvem nas vivências das crianças.
Implantada em fevereiro deste ano, a iniciativa já promoveu diversas ações práticas e educativas — a participação das crianças no plantio e cuidado da horta escolar e a troca de mudas entre os dois CEIs são exemplos de como o projeto está em andamento. Enquanto no CEI Max Rodolfo Steffen os temperos cultivados foram utilizados na alimentação e os chás foram levados para casa, no CEI Adelina Zen os pequenos colheram e venderam limões. Já a arrecadação dos fundos foi destinada à compra de novas mudas.
As famílias de ambas as unidades foram convidadas para um primeiro encontro entre os CEIs, que ocorreu no dia 7 de junho. A proposta foi fortalecer os laços das comunidades escolares ao mesmo tempo em que a preservação ambiental é incentivada.
Fotos: Secretaria Municipal de Educação/Divulgação
Profissionais da educação
participam de formações pedagógicas
Professores dos anos iniciais do Ensino Fundamental e coordenadores pedagógicos participaram de um ciclo de formação promovido pela Secretaria Municipal de Educação.
Enquanto os coordenadores pedagógicos aprenderam sobre a identidade da profissão e o acompanhamento sistematizado dos educadores, os professores do primeiro e segundo anos exploraram os níveis de escrita baseados na teoria de Emília Ferreiro. Já as formações para os profissionais do terceiro, quarto e quinto anos foram voltadas para a análise linguística para o trabalho com a produção textual com diversos gêneros.
Esses momentos são pensados para garantir uma melhor qualidade de ensino na rede municipal e, assim, aprimorar os índices das avaliações externas.
Museu Casa de Brusque promove palestra sobre montagem de exposições
Com o objetivo de proporcionar aos educadores e profissionais da cultura uma compreensão aprofundada dos processos envolvidos na criação de exibições, o Museu Casa de Brusque promoveu a palestra “Por trás das vitrines: os bastidores da montagem de uma exposição”. Diversos educadores da região que participaram do evento puderam aprimorar suas práticas pedagógicas e expandir as perspectivas sobre o uso de espaços museológicos como ferramenta educativa.
Na palestra, foram abordados temas como concepção curatorial, seleção e organização de objetos, design de espaços expositivos e a importância de uma iluminação adequada para a preservação do acervo.
As ministrantes Luciana Pasa Tomasi, Julie Francine Ricardo e Poliana Santana foram as encarregadas de compartilhar experiências e conhecimentos sobre a montagem de exposições.
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estudantes visitam museu para conhecer mais sobre a história e a cultura da cidade.
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Caminhar pela cidade e se deparar com um prédio antigo é como receber um convite para viajar no tempo e conhecer a história do município onde você vive. Quem eram as pessoas que passaram por ali? Quais eram seus costumes? Como era a cultura? Em uma época em que as carroças cruzavam as estradas de chão e os edifícios eram simples e baixos, os imigrantes e primeiros moradores foram construindo e moldando a jornada e as tradições daquela região.
Aprofundar-se nas lembranças que cada construção carrega é mais do que apenas entender a trajetória na nossa cidade. É uma maneira de valorizar o local, preservar a cultura e nos sentirmos pertencentes à comunidade. Além de conversar com moradores antigos e pesquisar em livros, existe um lugar onde objetos, fotos, documentos e exposições que ilustram como era a vida antigamente estão guardados: o museu.
Com a ideia de aproximar os estudantes da história do município, a Secretaria Municipal de Educação promove, anualmente, visitas ao Museu Casa de Brusque para as escolas da rede. A equipe da instituição — formada por Mariane dos Santos (pedagoga e responsável pelo setor educativo), Luciana Pasa Tomasi (historiadora e coordenadora), Julie Francine Ricardo (historiadora e pesquisadora) e Artur Enrique Staloch (auxiliar administrativo) — desenvolve visitas guiadas, oficinas culturais e ações educativas planejadas em parceria com as unidades escolares.
Na atividade, os estudantes precisavam preencher o terno com retalhos de tecido
O momento da explicação das exposições e das atividades é pensado para atender cada público, adaptando a linguagem e criando experiências significativas para cada faixa etária, tornando o conhecimento mais lúdico e palpável para as crianças. “Os museus oferecem uma forma de aprendizado vivo, em que os conteúdos ganham sentido por meio da experiência. O contato vai além da visita: promove o diálogo, incentiva a participação e relaciona o acervo com o cotidiano dos alunos”, explica Mariane, que acredita que essa experiência ajuda a formar cidadãos mais conscientes e engajados com a história do município.
Algumas das exposições que já passaram pelo local abordam temas como a imigração italiana em Santa Catarina, as primeiras indústrias têxteis da cidade, a história dos alfaiates brusquenses, a identificação de fotografias para a preservação do passado do município e o bicentenário do Conselheiro Brusque. O destaque vai para o Jogo Educacional Povos Indígenas no Vale do Itajaí-Mirim, que, em 2023, conquistou o Prêmio Darcy Ribeiro de Educação Patrimonial. “Tudo isso é pensado para transformar a visita em um momento de descoberta, conexão e encantamento, aproximando o conteúdo do museu do universo dos estudantes e incentivando uma relação mais próxima com a cultura”, conclui a pedagoga.
As turmas conheceram a exposição sobre os alfaiates brusquenses
DESCOBRINDO BRUSQUE
A visitação ao acervo do museu está aberta ao público desde a década de 1970, mas a parceria entre a Secretaria Municipal de Educação e a Sociedade Amigos de Brusque — responsável pelo local — teve início em 2009. Assim, o órgão público organiza o calendário das excursões e disponibiliza o transporte para as escolas.
Uma das unidades contempladas foi a Escola de Ensino Fundamental Cedro Alto. Quando receberam a notícia que iriam ao museu, os estudantes dos terceiros anos A e B ficaram animados para aprender mais sobre a história de Brusque de um jeito diferente, já que o assunto estava sendo abordado durante as aulas da professora Letícia Tomasi. Após verem imagens e vídeos em sala, foi a vez de conhecer pessoalmente os objetos e documentos históricos. “Os alunos vibraram de alegria, pois incorporar novas práticas à rotina é sempre algo positivo. Eles adoraram a ideia de visitar o Museu Casa de Brusque, especialmente porque alguns deles nunca tinham entrado em um museu antes”, conta a diretora Amanda Marques Cavichioli.
Para a gestora, a oportunidade foi uma maneira de melhorar o engajamento dos estudantes e tornar o aprendizado mais significativo — além dos conhecimentos de História, os pequenos puderam explorar assuntos de Geografia e Língua Portuguesa. “Essa vivência fora da sala de aula ajuda a conectar teoria e prática, estimulando a participação ativa e o entusiasmo pelos conteúdos estudados”, finaliza Amanda.
A visita à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Chácara Edith, à Transitolândia da Polícia Militar e à Feira do Livro também fizeram parte da programação.
E a reação dos estudantes comprova isso. Para Raul Fritzen, 8, do terceiro ano A, a visita foi uma oportunidade de aprender mais sobre um dos setores mais fortes da cidade: a produção têxtil. “Vimos no museu roupas de antigamente, tesouras, ferro de passar, ternos, jalecos, livros de costura. O museu guarda coisas antigas e valiosas.”
Quem compartilha da mesma empolgação é sua colega de sala Brenda Heloisa Andrietti Horr, 8. “Eu gostei da professora que estava explicando, ela é muito inteligente e foi muito interessante. Eu nunca vou esquecer desse dia e o que eu vi lá”, declara a estudante.
Alguns estudantes visitaram um museu pela primeira vez
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estudantes se preparam para fazer a prova do Sistema de Avaliação de Educação Básica no segundo semestre deste ano.
Tempo de leitura: 10 minutos
POR MARIA ZUCCO
Fotos: Bruno Golembiewski
Material organizado, conteúdo revisado e macetes decorados. Por mais que a gente esteja preparado, o frio na barriga sempre bate quando chega a hora de uma avaliação importante. A gente senta na cadeira concentrado para não deixar a matéria escapar, tenta não se distrair com o que está acontecendo ao redor e segue em frente para dar o melhor e vencer mais uma etapa do ano letivo. Agora, já parou para pensar se essa prova valesse uma nota para a escola toda? É o que mais de cinco milhões de alunos do nosso país vivenciarão este ano no Sistema de Avaliação de Educação Básica (Saeb).
O conjunto de provas aplicadas pelo Saeb busca fazer um diagnóstico sobre a qualidade da educação no Brasil, principalmente focado nos componentes curriculares de Língua Portuguesa e Matemática, e a compor o resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Esse teste é aplicado a cada dois anos em alunos do quinto e nono anos do Ensino Fundamental e na terceira série do Ensino Médio, que também serão avaliados nos conteúdos de Ciências Humanas e Ciências da Natureza, por amostragem.
A última vez em que as escolas passaram pelas provas foi em 2023, ano que mostrou tendência de crescimento das notas após resultados estremecidos pela pandemia em 2021. O desafio dos gestores e professores agora é manter a melhora do desempenho nos exames, que serão aplicados no segundo semestre deste ano.
A preparação da turma é pautada em diversos componentes curriculares
Nível de Aprendizado Brasil - Percentual de estudantes da rede pública com nível de aprendizado considerado adequado para seu ano
Destaque da cidade
A Escola de Ensino Fundamental (EEF) Professor José Vieira Côrte, no bairro Santa Luzia, viu sua nota subir mais de um ponto entre 2021 e 2023, alcançando a média 8 nos anos finais do Ensino Fundamental. Este foi o melhor resultado da rede pública do município de Brusque, que atingiu 5,1 no mesmo ano, quatro décimos a mais do que a média nacional de 4,7.
Nicolas de Oliveira Witkowsky, 12, foi um dos alunos que fez a última prova e conta que a turma comemorou bastante o resultado. “No quinto ano, a professora preparou muito a gente, tinha prova quase toda semana e explicava que aquilo era uma preparação para o que a gente ia fazer”, conta o garoto, que também relata que o nervosismo bateu forte quando a prova foi entregue para ele e os amigos, mas respirou fundo, contou até dez e encarou o desafio.
É por meio das atividades que a turma compreende a importância da avaliação
Melhores notas no Ideb dos anos iniciais das escolas municipais
Unidade
Próximos passos
As turmas acompanham o desempenho por meio de quadros fixados na parede
Arthur Cardoso dos Santos, de 11 anos, está se preparando para a prova por meio das atividades escolares
Em 2025, as alunas Valentyna Veber, 10, e Valentina Nicoletti, 10, serão as representantes da escola ao lado de seus colegas de classe. Ao longo do ano, elas farão dez simulados com os conteúdos de Língua Portuguesa e Matemática que caíram nas últimas edições do Saeb.
Dentro de sala de aula, foram organizadas duplas que se complementam. “Se eu sou boa em Matemática, eu vou sentar com quem não é tão bom”, explicam as estudantes. A escola incentiva novidades para estimular as crianças a engajarem nos estudos. Os alunos da manhã e da tarde passaram a visualizar o seu desempenho nas paredes por meio de gráficos. “A ideia é aumentar a nota. A nossa turma é competitiva, então a gente vai conseguir melhorar”, afirma Valentyna Veber, empolgada.
A professora do quinto ano Dienifer Daiana do Nascimento Lourenço é a principal responsável pelas estratégias de formação das turmas que farão o teste. “A gente não procura o primeiro lugar, mas sim a aprendizagem das crianças”, explica a educadora, que destaca o vocabulário nas provas do Saeb como o grande desafio a ser superado, pois o conteúdo exige bastante interpretação de texto.
A aplicação dos simulados ajuda a entender
Rede de apoio
A preparação para esse momento tão importante não começa apenas no ano do teste. A diretora Andreia Sgrott trabalha na EEF Professor José Vieira Côrte há mais de 20 anos e garante que o trabalho desenvolvido pelos professores desde o primeiro ano ajuda a estabelecer as bases para um Saeb bem sucedido. “Temos o compromisso de não baixar essa média, mas cada ano é diferente.”
A profissional credita a participação e o envolvimento da família como elementos decisivos para o bom desempenho nas notas, além do próprio perfil de cada turma. Há sete anos na direção, ela implementou o “Projeto Saeb”, uma série de ações voltadas para desenvolver as competências testadas na avaliação. No contraturno, os alunos contam com o reforço de professoras das áreas de Língua Portuguesa e Matemática, que trazem outra abordagem, apresentando novos conteúdos e adaptando os alunos para lidar com provas mais longas e o formato de respostas via gabarito.
Os profissionais pensam em diversas atividades para tranquilizar quem vai fazer a prova
Fique ligado no que pode melhorar o seu desempenho!
Voz da experiência
A internet foi uma grande aliada quando Nicolas de Oliveira Witkowsky estava se preparando para o Saeb, em 2023. Ele conta que montava seus próprios simulados em casa e buscava vídeos no YouTube com as explicações sobre os assuntos em que mais tinha dúvidas. Ele não trocava de tema até garantir que tinha dominado o conteúdo com confiança. “Se prepare, estude bastante e memorize, porque, se você não tiver estudado ou estiver com dúvida na hora, vai ficar nervoso.”
Foco na revisão
Valentyna Veber procura manter uma rotina de revisão do conteúdo passado pela professora todos os dias. Folheia o caderno para relembrar e, sempre que tem algum tempo livre, repassa a matéria mentalmente para garantir que o aprendizado assentou mesmo. “Dá mais frio na barriga fazer uma prova importante, tem que se preparar bem”, relata a menina, que também conta que, com uma hora por dia focando nos estudos, se sente mais segura quando acontecem os simulados.
Respiração e inspiração
Para controlar o nervosismo, o segredo é se concentrar na respiração. Valentina Nicoletti ensina a técnica dos cinco dedinhos: abrir a mão com os dedos esticados e com o outro indicador ir deslizando, subindo e descendo, inspirando e respirando conforme o contorno. “No começo você pode fazer pelo nariz e pela boca, mas pra funcionar bem, é melhor fazer tudo só com o nariz.”
Clássicos subestimados
É hora de conhecer seis filmes da Disney pouco populares, mas que não deixam a desejar em criatividade e diversão
É difícil encontrar um cinéfilo que nunca tenha assistido a “Branca de Neve e os sete anões”, o primeiro longa-metragem produzido por Walt Disney, em 1937. Também é incomum se deparar com um fã de animações que não tenha visto desenhos icônicos como “101 dálmatas” (1961), “O rei leão” (1994) e “Frozen: uma aventura congelante” (2013).
O que há em comum entre esses filmes e tantos outros, como “Peter Pan” (1953), “A pequena sereia” (1989) e “Moana: um mar de aventuras” (2016)? Todos fazem parte da prestigiada e seleta lista de clássicos animados da Disney. Atualmente essa relação inclui 63 produções, tanto de animação tradicional quanto computadorizada, produzidas pela Walt Disney Animation Studios e consideradas as mais valiosas do estúdio.
Enquanto uns venceram o Oscar, tal qual “A Bela e a Fera” (1991) e “Encanto” (2021), há os longas que fizeram história com canções ou personagens inesquecíveis, como “Aladdin” (1992) e “Lilo & Stitch” (2002). No entanto, em meio a dezenas de filmes ao longo das décadas, há aqueles que vivem nas sombras, constantemente deixados de lado e pouco populares. Conheça seis clássicos da Disney subestimados!
POR GUSTAVO BRUNING
1. Um espetáculo visual
“Fantasia” não é um clássico tradicional, com uma história que se desenrola ou um protagonista amadurecendo ao longo de sua jornada. A produção é uma experiência visual completa, cujo objetivo é combinar música clássica e cenas de animação extravagantes, ricas em detalhes e ousadas. Lançado em 1940, é um espetáculo de cor e movimento, que serviu como a estreia do Mickey Mouse em um longa-metragem de animação, vestindo o memorável traje de Aprendiz de Feiticeiro. A obra ganhou uma continuação no mesmo estilo, intitulada “Fantasia 2000”, em 1999.
“Fantasia” (1940)
2. Um grande mistério de pequeno porte
A Disney não foi muito bem-sucedida na década de 1980 — pelo contrário, o período entre 1970 e 1988 é apelidado de “A era sombria” das animações do estúdio. A época trouxe longas que falharam em conquistar o grande público, com menos originalidade e encanto. No entanto, esse momento trouxe algumas obras singelas, porém graciosas. Uma delas é “As peripécias do ratinho detetive”, estrelada pelo curioso e destemido Basil, um pequeno roedor que não se acanha diante dos perigos espalhados pelos cantos mais profundos da cidade de Londres. Ambientada em 1897, a trama traz um ratinho inspirado em Sherlock Holmes e é repleta de mistério e uma atmosfera de suspense.
“As peripécias do ratinho detetive” (1986)
“As peripécias do ratinho detetive” (1986)
3. Sozinho, mas descolado
Se há algo marcante em “Oliver e sua turma” é o estilo de animação, que se distancia do que predominava na Disney até então e retrata a caótica Nova York de maneira realista, com traços detalhados e bastante profundidade. A trilha sonora também tem seu mérito, com uma boa pegada de pop rock e blues, além de artistas como Paulo Ricardo e Adriana Calcanhotto dando voz às canções em português. A aventura mostra o que acontece quando um gatinho de rua, sozinho em uma cidade grande, faz amizade com um grupo de cachorros e acaba adotado por uma garotinha.
“Oliver e sua turma” (1988)
4. Enxergando com outros olhos
O começo da década de 2000 dava sinais das transformações que os filmes de animação eventualmente sofreriam, integrando cada vez mais elementos criados no computador aos desenhos feitos à mão. Ao mesmo tempo, a Disney vivia entre acertos e erros. E é justamente cercado por produções apáticas que está uma das pérolas do estúdio: “Irmão urso”. São inúmeras as virtudes desse clássico quase sempre esquecido, a começar pela reflexão sobre a ligação entre o ser humano e a natureza, incluindo a relação com os animais. Destaque para como o filme ilustra a conexão com os bichos mesmo sem podermos compreender o que eles dizem. Além de ser grandioso, com cenários carregados de vida, o longa nos introduz a personagens verdadeiros e bem construídos, com objetivos e dores muito reais.
“Irmão urso” (2003)
5. Muuuuuitas risadas
Há espaço para histórias dramáticas e de redenção, mas também é válido manter o espaço para as gargalhadas. É essa a essência de outro clássico da Disney pouco lembrado: “Nem que a vaca tussa”. Com personagens bem-humorados e um ritmo frenético, tem um tom bastante diferente dos filmes mais tradicionais do estúdio. A ambientação em uma fazenda e a união entre os animais são apenas o pontapé inicial da aventura, que, mesmo não se levando tão a sério, traz valiosas mensagens sobre a importância do pertencimento e do trabalho em equipe. A dublagem brasileira é a cereja do bolo, com as atrizes Cláudia Rodrigues, Fernanda Montenegro e Isabela Garcia dando personalidade às três vacas protagonistas.
“Nem que a vaca tussa” (2004)
6. Uma jornada de imersão
Não foi só “Raya e o último dragão” (2021) que ficou de escanteio entre os clássicos favoritos do público nos últimos anos. Ao contrário de “Wish: o poder dos desejos” (2023), que desapontou em tantos quesitos, a baixa popularidade de “Mundo estranho”, de 2022, é quase inexplicável. A campanha de marketing tímida é, sem dúvida, um dos motivos de o filme até hoje não ser conhecido por muitos. Essa ficção científica nos apresenta a uma família de exploradores que parte em uma expedição para descobrir o que está matando as plantas que geram energia para a cidade. Além de contar com mensagens importantes sobre o meio ambiente, a aceitação e o diálogo entre pais e filhos, traz uma reviravolta genial.
“Mundo estranho” (2022)
Os perigos por trás dos DESAFIOS DE INTERNET
POR LUCAS INÁCIO
A coragem é um tipo de qualidade que admiramos desde muito cedo. Todo mundo ama aquela pessoa que pratica esportes radicais, que faz altas manobras de skate e surfe, vários malabarismos na ginástica artística, que viaja de mochilão, vai para trilhas e acampamentos, que se arrisca e faz coisas que poucos fazem.
Ser corajoso é algo que impressiona e isso está em vários lugares para além da nossa família e amigos. Por isso somos fascinados por super-heróis, animes e personagens aventureiros, tanto que nos filmes, desenhos, novelas, videogames e livros, sempre tem alguém que enfrenta seus temores. Por outro lado, o medo é visto como o extremo oposto. Quem tem medo é tido como alguém que se esconde, são os personagens mais fracos, sem graça — e ninguém quer ser o medroso da vez.
Então vamos atrás da nossa dose de coragem e, muitas vezes, nos colocamos em riscos totalmente desnecessários para mostrar que não somos como aqueles personagens. Assim surgem os desafios e, por sermos jovens, muitas vezes não vemos os perigos que escondem, mas que causam muitos problemas no mundo todo.
Perigos virais
Em março e abril, duas meninas — uma de oito e outra de 11 anos — perderam a vida ao respirar desodorante, por causa de um desafio. Os dois casos deixaram um sinal de alerta em toda a comunidade brasileira, que, de acordo com o Instituto DimiCuida, já perdeu 56 vidas em dez anos por causa de desafios como esses que viralizam na internet, além dos mais de 20 casos de lesões graves.
O instituto foi criado por Demétrio Jereissati, pai de uma criança que morreu em 2014. O trabalho é feito com dados de casos noticiados na imprensa, mas os números tendem a ser muito maiores.
A Polícia Civil já fez diversas operações para desarticular quadrilhas que espalham esse tipo de jogo pela internet apenas por maldade, para despertar o caos, aproveitando a insegurança de crianças e adolescentes.
Não é de hoje que isso acontece, de tempos em tempos surge a notícia de algum desafio que coloca em risco a vida de crianças. Antes mesmo da internet, já havia casos de violência (contra si e contra os outros) por conta de desafios. Porém, é inegável que as redes sociais deixaram o problema muito maior. Todo mundo está conectado o tempo todo, o que torna muito mais fácil uma brincadeira perigosa se espalhar e muito mais difícil dos pais e professores monitorarem.
O que fazer?
Para acabar com esses problemas, todos precisam ter muita atenção: alunos, pais e responsáveis, professores e coordenadores. É algo que está no ambiente escolar, mas transcende o espaço:
Observe comportamentos estranhos das crianças/ adolescentes, como: falta de apetite; aparição de algum tipo de machucado, dores ou lesão no corpo; se está mais quieto, irritado ou se escondendo.
Aos pais e responsáveis: aproxime-se de seus filhos e saiba sobre sua rotina, instrua, troque ideia e seja amigável nas conversas difíceis; observe e esteja atento ao que seu filho acessa nos celulares e computadores; em caso de comportamento estranho, compartilhe informações com outros pais, com a escola e verifique se é necessário levar a um psicólogo; se encontrar algum criminoso virtual suspeito, denuncie às autoridades.
Aos professores e coordenadores: dê atenção às interações entre os adolescentes nas aulas e nos corredores; monitore computadores de uso comum dos alunos, como históricos de navegação e downloads; promova palestras e conversas preventivas; abra espaços seguros para os alunos falarem e pedirem ajuda; esteja em comunicação constante com os pais e responsáveis.
Aos alunos: se virem alguém falando ou fazendo desafios perigosos, conte para algum adulto; seja contra brigas ou bullying entre seus amigos, e se continuar, fale com alguém mais velho; não interaja com perfis estranhos na internet, em especial se forem homens — segundo o Ministério Público de Santa Catarina, a maioria dos casos de compartilhamento de materiais ilícitos são de homens entre 30 e 45 anos, solteiros e que moram sozinhos; fique menos tempo na internet e passe mais tempo pessoalmente com seus amigos; se alguma brincadeira ou jogo parecer perigoso, fale com algum adulto.
O medo é uma ferramenta
Diferentemente do que a gente popularmente pensa, não existem sentimentos e emoções bons ou ruins. Eles são ferramentas que os seres humanos desenvolveram ao longo de sua existência para lidar com os estímulos externos do mundo. É o nosso corpo se comunicando com a gente, dando alertas e avisos, mas acabamos criando alguns estigmas.
É esse tipo de coisa que nos faz pensar que a coragem é boa e o medo é ruim e passamos isso às pessoas. Pensamos que o “corajoso” é uma pessoa legal e o “medroso” é uma pessoa sem graça, chata, mas não tem nada a ver. A todo momento nós lidamos com a coragem e o medo, que é um alerta que nos avisa dos perigos, como uma proteção ao desconhecido. Então nesse momento a gente para, pensa e raciocina quais os riscos daquela situação e se vale a pena usar nossa coragem para vencer aquele medo.
Nem toda coragem é boa e nem todo medo é ruim, cada caso é um caso. Porém, as pessoas que estimulam esses desafios na internet usam o nosso medo de não sermos aceitos para nos fazerem mal. Fazer uma brincadeira perigosa não é ser corajoso, na verdade, corajoso mesmo é quem sabe dizer não.
Por que ficamos MAIS DOENTES no inverno?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Quando o frio do inverno chega, é o momento de tirar os casacos pesados do guarda-roupa, preparar as comidas quentinhas e hidratar melhor a pele. Mas ainda há outra preocupação: o aumento das doenças respiratórias.
Durante esse período, é comum ouvir as pessoas dizerem para não passar muito tempo no frio, caso contrário, a chance de pegar um resfriado ou gripe é quase certa. Será que apenas a mudança na temperatura é capaz de causar tudo isso?
A contaminação da gripe só acontece quando estamos expostos aos vírus, no entanto, o clima gelado gera uma junção de fatores que facilita a entrada dos invasores no corpo. Estudos realizados por médicos americanos e publicados no The Journal of Allergy and Clinical Immunology apontam que a resposta imune do nariz cai grandemente quando a temperatura dentro do órgão reduz em até 5º C.
Quando ocorre esse primeiro contato com o vírus, as células nasais liberam pequenas vesículas extracelulares para atacar os corpos estranhos e expulsá-los. Quando a temperatura do corpo está menor, tanto o número quanto a qualidade desses defensores diminui drasticamente, o que facilita a infecção.
Ainda há outros fatores que podem nos deixar mais suscetíveis a essas doenças: a baixa umidade do ar pode irritar as vias respiratórias e facilitar a entrada dos invasores; a tendência de passar mais tempo em ambientes fechados facilita a transmissão dos vírus; já a menor exposição ao sol diminui a produção de vitamina D, nutriente importante para o sistema imunológico.
Mas nem tudo está perdido! Existem maneiras simples de se proteger e deixar a saúde em dia. Lavar as mãos frequentemente, evitar aglomerações, manter os ambientes ventilados, ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas são algumas das dicas.
Como é a mudança DE ESTAÇÃO pelo mundo?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Os dias longos e o calor. As flores desabrochadas. A geada cobrindo os campos. As folhas caindo das árvores. O verão, a primavera, o inverno e o outono possuem características marcantes e que as diferenciam das demais. As mudanças das estações ocorrem devido à inclinação da Terra em relação ao Sol, mas você já parou para pensar como é a diferença deste processo ao redor do mundo?
O planeta é dividido em dois hemisférios principais: o Norte (que abrange países da América do Norte, Europa, parte da Ásia e da África) e o Sul (nações sul-americanas, africanas, da Oceania e da Antártida fazem parte). Embora ambos passem pelo mesmo processo, as estações ocorrem de forma invertida — quando chega o verão no Brasil, por exemplo, o inverno começa no Canadá.
As estações seguem este calendário:
Inverno: no Hemisfério Norte o início é em 22 de dezembro e o término, em 20 de março, enquanto no Sul se estende de 21 de junho a 22 de setembro;
Primavera: 20 de março a 21 de junho no Hemisfério Norte e 22/23 de setembro a 20 de dezembro no Sul;
Verão: nos países do Hemisfério Norte, a estação perdura de 21 de junho a 23 de setembro, já nos do Sul é de 21/22 de dezembro a 20 de março;
Outono: a estação da queda das folhas se inicia em 22/23 de setembro e termina em 22 de dezembro no Norte, e vai de 20 de março a 20 de junho no Sul.
Ainda existem outras diferenças: com ecossistemas e uma biodiversidade distinta em cada país, algumas regiões possuem estações bem definidas, como é o caso da Europa, América do Norte e parte da Ásia, que estão nas chamadas zonas temperadas. Nas localidades tropicais, como o Brasil, Indonésia e partes da África, os ciclos são divididos em períodos de chuva e seca.
Nas regiões polares existem duas estações predominantes: o verão curto, momento em que o Sol permanece quase 24 horas por dia; e um inverno longo e escuro. Já nas zonas desérticas, as maiores variações de temperaturas acontecem durante um único dia, com manhãs e tardes escaldantes e noites geladas.
Do Norte ao Sul: como é a festa junina em
cada região do Brasil?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Já reparou como uma mesma festividade pode ser celebrada de maneiras tão distintas ao redor do mundo? O Ano Novo, por exemplo, é comemorado meses depois na China, seguindo o calendário lunar. Essa variação não se limita a diferentes nações — até mesmo dentro de um único país, como o Brasil, os eventos podem se diversificar graças à riqueza cultural da nossa população.
A festa junina é um grande exemplo disso. Uma das celebrações mais aguardadas pelos brasileiros, seja para curtir as danças ou saborear os pratos típicos, manifesta-se de formas diferentes por todo o país. Cada região planeja a festividade com suas próprias características e tradições, transformando-a em um símbolo importante da cultura local.
Norte
No Norte do Brasil, a festa junina ganha um toque especial ao combinar tradições clássicas, como as bandeiras, balões e quadrilhas, com elementos únicos da cultura local. Entre os diferenciais estão as comidas típicas, incluindo tacacá e vatapá, e a presença de um dos maiores símbolos da região: o Bumba-meu-boi.
Nordeste
A região é o lar do maior São João do Brasil, realizado em Campina Grande, na Paraíba. A festa é comemorada com muita música, fogueiras, quadrilhas e uma mesa farta — canjica, bolo de milho, pé-de-moleque, cocada e o baião de dois são apenas algumas das iguarias indispensáveis. Tudo acontece em grande estilo, repleto de autenticidade: forró animado, coreografias elaboradas, figurinos coloridos e até fogos de artifício iluminando a noite. Procissões de fé, casamento matuto e divertidas brincadeiras, como o pau-de-sebo, fazem parte de atividades tradicionais da festa junina nordestina.
Centro-Oeste
Apesar de seguir a estrutura básica das festas juninas, como quadrilhas e músicas tradicionais, a região incorpora elementos da cultura rural e indígena. É comum encontrar pratos como arroz com pequi, pamonha e carne de sol nas comemorações, assim como apresentações de duplas sertanejas.
Celebrando a vida no campo, o figurino típico inclui camisas xadrez, botas, chapéus de palha e vestidos coloridos, refletindo o estilo simples e acolhedor e criando uma forte conexão com as tradições rurais.
Sudeste
Popularmente chamada de quermesse, a festa junina se concentra predominantemente em Minas Gerais e São Paulo. Barraquinhas com brincadeiras, comidas e bebidas típicas não podem faltar nas festividades.
Com toques modernos, algumas coreografias podem incorporar outros estilos musicais nas quadrilhas, como o funk. Já a culinária segue a linha tradicional, com canjica, milho cozido e arroz doce. Brincadeiras como pescaria e corrida de sacos são elementos populares nas comemorações.
Sul
Na região mais fria do Brasil, os pratos típicos refletem a cultura local e são feitos para aquecer os festeiros nas noites geladas — pinhão, quentão e cuca de banana complementam a culinária junina. No Rio Grande do Sul, os trajes juninos incluem as vestimentas tradicionais do Estado, como a bombacha e o vestido de prenda, enquanto o vanerão é um dos ritmos que mais animam as pessoas.
Em Santa Catarina, as celebrações são marcadas por barraquinhas de doces, como maçã do amor e paçoca, grupos folclóricos locais e as características tradicionais, como bandeirinhas, fogueira, vestimenta típica e arraiais animados.
A escola promoveu duas atividades especiais: uma visita à Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) Chácara Edith e uma experiência de exploração, ao observar, tocar, sentir e experimentar a farinha.
EEF EDITH KRIEGER ZABEL
EEF EDITH KRIEGER ZABEL
Durante a Semana do Meio Ambiente, no início de junho, os estudantes da unidade participaram de uma ação de sustentabilidade: a coleta de lixo pelas ruas no entorno da escola.
EEF PROFESSORA ADELINA ZIERKE
Dia a dia na Augusta Knorring
Começo a minha tarde Com muita felicidade, Pois na escola faço amizade E estimulo minha criatividade.
Na Augusta Knorring tem muito carinho, Chegando lá, nunca fico sozinho. Assim fica fácil de aprender, Letras, números... nunca é demais saber!
No recreio vou aproveitar Para comer e também brincar! Aqui a comida é deliciosa. As merendeiras são muito caprichosas!
Quando a aula está acabando, Meu coração já vai apertando…
Quando vou para casa sinto saudade, Pois nossa escola é um lugar de felicidade!
POR RUBIA DA SILVA
Estudante do quinto ano B da EEF Professora Augusta Knorring
Crie sua borracha personalizada
Uma das melhores partes de estar na escola é montar nosso kit de materiais de papelaria. Canetas com brilho e com cheirinho de fruta, cadernos de personagens, apontadores divertidos… opção é o que não falta para todos os gostos. E melhor ainda seria se pudéssemos montar o próprio item personalizado, não é mesmo? Pois é, isso é possível! Vamos lhe mostrar como fazer uma borracha com a sua cara — a cor e o formato ficam por sua conta. Vamos nessa?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Hora da transformação
1. Em uma vasilha, misture com as mãos a cola branca e o amido até ficar bem homogêneo; 2. Acrescente o bicarbonato e continue mexendo, depois, introduza a água aos poucos;
3. Atenção: se você quiser deixar sua borracha colorida, esse é o momento para adicionar o corante da cor desejada; 4. Pingue o limão ou o vinagre lentamente, assim, a reação química vai começar; 5. Verifique se a massinha está firme e elástica, caso estiver, é o momento de retirar do pote e moldá-la da forma que quiser: pode ser redonda, retangular, em formato de coração e até mesmo de estrela — se achar melhor, utilize um molde nessa etapa; 6. Coloque a borracha em um prato com papel toalha e leve à geladeira por duas a três horas para que ela fique firme. E pronto!
OBS: lembre-se que essa experiência é uma forma divertida de criar sua própria borracha de maneira personalizada. Ela funciona para apagar lápis em papel comum, mas não possui a mesma eficiência que os itens feitos em fábrica.
Do que eu preciso?
2 colheres de sopa de cola branca; 1 colher de sopa de amido de milho; ½ colher de chá de bicarbonato de sódio; 1 colher de chá de água; 1 colher de chá de vinagre ou limão; Opcional: corante alimentício; Vasilha; Papel toalha.
Química explicada
Quando a cola branca se mistura com o amido de milho, a massinha ganha uma forma mais firme. Já o bicarbonato de sódio, ao entrar em contato com o ácido, provoca uma reação efervescente — quando o gás carbônico é liberado nessa etapa, a cola endurece e fica menos grudenta, deixando-a com uma textura mais “borrachuda”.