É com grande entusiasmo que apresentamos a mais recente edição da revista its Teens, que traz um panorama enriquecedor sobre a educação e os projetos inovadores desenvolvidos nas escolas municipais de Joinville.
Nesta edição, você encontrará relatos emocionantes de alunos e educadores, além de uma seleção de projetos pedagógicos que estão fazendo a diferença na vida de toda a comunidade escolar.
Vamos explorar iniciativas que refletem a criatividade, a dedicação e o espírito de transformação da nossa educação. Desde murais estudantis cheios de expressão até propostas culturais e científicas que estão ampliando horizontes, a diversidade é a grande protagonista dessa edição.
Convidamos você a se envolver com as histórias e experiências que marcam esse momento tão especial para o ensino em nossa cidade. Prepare-se para se inspirar, aprender e, quem sabe, até descobrir novas formas de contribuir para o fortalecimento do nosso sistema educacional. Boa leitura!
/Falha nossa
Na editoria “Mural dos Estudantes” da edição nº 95 (abril), na nota sobre o projeto realizado na Escola Municipal Amador Aguiar, o componente curricular estava errado. A atividade foi feita durante as aulas de Ciências, não de Língua Portuguesa.
ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter
DAIARA CAMILO
Estagiária
LETÍCIA MARTENDAL
Assistente de Mídia /expediente
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
O livro “Brincar de verdade”, de Marta Martins, é um convite para brincar, sonhar, criar e lembrar que a infância é um tempo mágico que merece ser celebrado. Esta obra é um verdadeiro tesouro, apreciado por pessoas de todas as idades.
Com uma linguagem poética e envolvente, a autora nos conduz em uma jornada pelas brincadeiras mais queridas da nossa infância.
Composto por 11 poemas, o livro retrata 11 brincadeiras infantis: roda-pião, jogar bola, soltar pipa, pular corda, brincar de roda, esconde-esconde, passa-anel, berlinda, labirinto, balanço e adivinhação. É uma maneira maravilhosa de manter viva essa herança cultural.
A obra oferece uma oportunidade única de reviver momentos de alegria e simplicidade, além de inspirar novas gerações a se divertirem com atividades que estimulam a criatividade e a imaginação. É uma linda forma de conectar passado e presente, celebrando a magia das brincadeiras que nos moldaram.
A poesia tem o poder de capturar emoções e momentos. Um livro que une esses elementos pode realmente tocar o coração dos leitores. Qual é a sua brincadeira favorita? Que tal criar um poema e compartilhá-lo com sua turma?
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
Luna Clara e Apolo Onze
Adriana Falcão
Píppi Meialonga
Astrid Lindgren
Os colegas
Lygia Bojunga
Marcelo, marmelo, martelo
Ruth Rocha
como é quando compartilhamos
memórias Efeito Mandela:
que nunca existiram?
Quando se fala em filmes, uma das frases mais clássicas do cinema é “Luke, eu sou pai”, proferida pelo icônico Darth Vader, em “Star Wars: o império contra-ataca”, de 1980. Mas se eu contar que a fala do vilão não foi exatamente assim? E, sim: “Eu sou seu pai”, sem mencionar o nome do filho?
A revelação na época chocou milhares de fãs da franquia, e até hoje produções recentes fazem referência à cena. Apesar disso, a confusão em torno da frase é bastante comum e faz parte de um fenômeno relacionado a erros coletivos de memória: o Efeito Mandela.
No Brasil, um exemplo disso é a falsa lembrança da suposta cena de “Dragon Ball Z” que estava passando em um programa de TV e foi interrompida por um plantão sobre a queda das Torres Gêmeas em Nova York, na manhã de 11 de setembro de 2001. No entanto, o desenho costumava ser exibido em outro horário e, naquele dia, não foi exibido devido às notícias do atentado.
A ilusão da memória
O Efeito Mandela é um fenômeno psicológico que retrata o cenário em que um grande número de pessoas compartilha uma memória distorcida de um evento histórico, um detalhe cultural, logotipos e até citações famosas, como no caso de Star Wars. Apesar dessas lembranças estarem vívidas na mente, os acontecimentos nunca ocorreram ou aconteceram de maneira diferente do que foi lembrado, mostrando que fatores externos podem influenciar nossas recordações.
O mistério de Mandela
Nelson Mandela foi um revolucionário que liderou a luta contra o apartheid na África do Sul. Sua batalha contra o preconceito em meio ao cenário de segregação racial fez com que ele fosse condenado a passar quase três décadas na prisão, até que, nos anos 1980, o ativista faleceu no presídio, certo? Errado! Apesar de muitas pessoas terem a impressão de que Nelson Mandela morreu durante essa época, foi
somente em 2013, aos 95 anos, que o militante faleceu devido a uma infecção pulmonar. Durante esse intervalo de tempo, ele saiu da cadeia, se tornou presidente do seu país natal, recebeu o Prêmio Nobel da Paz e deixou um legado para o mundo.
Ao notar a falsa memória compartilhada por um grande grupo de pessoas, a pesquisadora Fiona Broome criou o termo que leva o nome do visionário. Apesar do fenômeno ter se popularizado, o porquê de ele acontecer ainda segue um mistério — as hipóteses vão desde falhas na memória, desinformação até a possibilidade da existência de uma realidade alternativa e teorias de conspiração.
Distorções compartilhadas
Ainda no universo da cultura pop, outra figura icônica sofreu com esse efeito: o Pikachu. Ao longo de mais de 20 anos da animação, milhares de ilustrações feitas da criatura eletrizante já foram recriadas, e muitos dos fãs lembram de ver linhas pretas na ponta da cauda, porém, essa característica pertence às orelhas do personagem, enquanto a cauda é totalmente amarela. E o mundo fonográfico não segue intacto. A canção “We are the champions”, da banda Queen, se tornou uma das mais tocadas no mundo. A repetição da música combinada com a melodia marcante fez com que muitos ouvintes tivessem a falsa impressão de que as estrofes terminam em “‘Cause we are the champions of the world”, mas, as três últimas palavras não são ditas no final da gravação.
Efeito Mandela ou Déjà vu?
Outro fenômeno que envolve a memória e a percepção da realidade é o déjà vu. Enquanto o Efeito Mandela se trata de uma falha nas lembranças de diversas pessoas ao mesmo tempo, o déjà vu se difere por ser uma experiência pessoal, que causa a impressão de que o indivíduo já viveu aquela situação. Além dessas características, o fenômeno tem uma duração breve e gera uma sensação de estranheza e familiaridade. Mas assim como o Efeito Mandela, não há uma causa definitiva para explicar o motivo de ele acontecer — o processamento de informações duplicado, um pequeno atraso na formação de memórias, estresse e ansiedade são apontados como possíveis causadores.
Movimentos literários:
escritores que marcaram épocas
Ao virar as páginas de um livro, é possível conhecer muito mais do que apenas histórias. As palavras têm o poder de despertar emoções, explorar o desconhecido, desafiar a lógica e nos transportar para novos mundos mesmo sem sairmos do lugar. Foi por meio da literatura que muitos autores puderam expressar suas alegrias, medos e desejos, criando uma conexão com os leitores que perdura anos após o lançamento das obras.
Além das experiências pessoais, os temas abordados nos livros refletem a sociedade da época em que foram escritos, captando ideias e comportamentos valorizados durante esse período. Críticas sociais, reflexões sobre os problemas vividos e busca por novas perspectivas também são fáceis de encontrar na literatura. Obras como “Memórias póstumas de Brás Cubas” (1881), de Machado de Assis, e “Vidas secas” (1938), de Graciliano Ramos, apresentam o contexto histórico e as questões sociais da época, permanecendo relevantes até os dias atuais — algo que conecta os livros mesmo tendo sido lançados em fases distintas.
É ao estudar cada movimento literário que nos deparamos com um conjunto de obras que compartilham características semelhantes às de um determinado período histórico, seja nas ideias, na forma de expressão ou no estilo de linguagem. Conheça os grandes autores de cada fase:
Romantismo (século 19)
Marcada pela valorização dos sentimentos, do nacionalismo e da natureza, nessa fase foram explorados temas como a pátria, a morte, a individualidade e o amor.
José de Alencar: um dos pioneiros da ficção brasileira, entrou para a história ao lançar “O guarani” e “Iracema”.
Gonçalves Dias: exaltando a natureza e os indígenas, o autor foi considerado o “poeta nacional”, com obras como “Canção do exílio” e “I-Juca Pirama”.
Domingos Gonçalves de Magalhães: conhecido por suas poesias melancólicas e nostálgicas, escreveu “Suspiros poéticos e saudades”.
Pós-modernismo (segunda metade do século 20 em diante)
O movimento foi marcado pela ruptura com normas antigas e a diversidade de estilos.
Clarice Lispector: uma das escritoras mais lembradas, é a autora de “A hora da estrela”.
Lygia Fagundes Telles: explorando a psicologia feminina e as relações humanas em seus contos e romances, é responsável pelo atemporal “Antes do baile verde”.
Guimarães Rosa: com romances de linguagem rica, uma das obras brasileiras mais significativas, “Grande Sertão: veredas” é de sua autoria.
Modernismo (início do século 20)
Rompendo com as tradições, o movimento buscou trazer inovação na linguagem e na criatividade.
• Mário de Andrade: abordando temas como a cultura popular e identidade nacional, escreveu “Paulicéia desvairada” e “Contos novos”.
• Manuel Bandeira: com uma linguagem simples e direta, o poeta falava sobre a saudade e a vida cotidiana. Em seu repertório estão inclusos “Estrela da manhã” e “Lira dos cinquent’anos”.
• Graciliano Ramos: em suas obras, retrata a vida no sertão e a luta pela sobrevivência. Lançou “Histórias de Alexandre”, “Infância” e “A terra dos meninos pelados”.
Naturalismo (final do século 19)
Radicalizando o Realismo, as obras enfatizavam os aspectos sociais e biológicos do comportamento humano.
• Aluísio Azevedo: o maior representante do movimento, lançou obras como “Casa de pensão”.
Realismo (segunda metade do século 19)
Críticas aos costumes da sociedade e retratação da realidade sem idealizações foram as maiores características do movimento.
• Machado de Assis: um dos maiores escritores brasileiros; “Dom Casmurro”, “Quincas Borba” e “O alienista” estão entre suas maiores obras.
• Raul Pompeia: além de escritor, era jornalista e cronista, e costumava abordar questões sociais e políticas em seus livros — entre eles, “O Ateneu”.
Adolfo Caminha: com um olhar cru e realista sobre a
O QUE VOCÊ
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alunos escrevem livro sobre a história da unidade.
Tempo de leitura: 6 minutos
Autores de histórias
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Estudantes transformam a própria rua e escola em livro cheio de descobertas e contos
Os alunos fizeram entrevistas com a comunidade para entender como era a vida no passado
Na agitação do dia a dia e de todas as atividades que devem ser feitas, é comum passear e caminhar pelos locais sem se questionar sobre a origem ou história de cada ponto da cidade. Com tantas opções para conhecer, às vezes pensamos que as grandes histórias estão longe, mas, na verdade, a surpresa pode estar mais perto do que imaginamos — e isso inclui a rua da própria escola.
Na Escola Municipal Sete de Setembro, 26 estudantes dos seis aos 11 anos vivenciaram uma experiência que ficará na mente, já que foram autores de um livro que conta a evolução da unidade e as transformações da via, conhecida como Estrada Bonita, no distrito de Pirabeiraba. Ao todo, foram dez meses para que o material impresso ficasse pronto, e o ponto de partida foi o desejo de manter viva a história da região, já que não existiam tantos arquivos sobre as épocas passadas.
O processo foi compartilhado entre professores, alunos, pais e o escritor Marinaldo Silva e Silva, responsável por receber o relato escrito dos estudantes sobre cada uma das entrevistas feitas com moradores da área.
“As crianças sempre foram ativas e bastante protagonistas. Elas gostam de escrever, de participar, e foi aí que surgiu a ideia, junto com a professora, de desenvolver um trabalho mais específico em contato com o escritor”, conta o diretor Ademar Schlögl.
Além de trabalhar o protagonismo e eternizar o nome da turma na trajetória da escola, a ação foi fundamental para manter a memória daqueles que já estudaram no local e que, em muitos casos, são pais e avós das crianças. “Procuramos na biblioteca, na internet, e só achamos alguns flashes de memória. Quisemos fazer para a história não se perder e trazer à tona as características da comunidade”, diz o diretor.
No processo de ir em busca daqueles que fazem parte da memória da rua, os alunos aprenderam a identificar as fontes que poderiam contribuir com o conteúdo, e cada um foi o responsável por pensar nas perguntas, conduzir a entrevista e fazer os relatos dos participantes. “Fomos entrando em contato com as pessoas, e elas vinham até a escola. Quando chegavam, eram as crianças que faziam a entrevista, perguntavam como era naquela época, como a escola funcionava”, explica a professora Gizele da Silva.
O componente curricular de Língua Portuguesa também foi trabalhado com a equipe, que precisou estruturar as entrevistas e o material que foi encaminhado para o escritor. A docente aproveitou o momento para apresentar a autobiografia para a classe.
que participou
Os autores escreveram sobre o passado de uma das estradas mais conhecidas da cidade
O processo de criação foi compartilhado entre os estudantes
Protagonistas participativos
Para aqueles que participaram do projeto e se surpreenderam com o resultado, cada uma das etapas, desde a conversa até a edição, teve uma importância única. No caso de Evellyn Beatriz Rodrigues Gisler, do quinto ano, existe uma ligação sentimental com o conteúdo. “Escrever o livro foi muito legal porque eu pude contar a minha história e o que eu acho da minha escola.”
E os familiares, que participaram com histórias e memórias, elogiaram o trabalho final. “Minha mãe achou muito legal o livro que estávamos fazendo, e ela falou que estava orgulhosa porque eu fiz um livro que vai ficar marcado na minha história”, conta Heloisa de Moraes Coutinho, também do quinto ano.
Para Miguel Francisco Borges Moreira, do segundo ano, além do significado histórico, a iniciativa foi uma prova de que é possível realizar tarefas que, no início, parecem desafiadoras.
“Achava que minha parte estava mal feita, mas, quando aprendi a ler, vi que estava bem feita, então percebi que tudo mudou”, confessa. E o diretor da unidade sabe que o protagonismo é uma marca dos estudantes. “Nós percebemos que as crianças se sentem mais pertencentes no processo educacional, que ficaram felizes por poder registrar algo, porque, fazendo isso, marcam a história”, finaliza o profissional.
Fotos: EM
Sete de Setembro/Divulgação
Turma
do projeto focado na história da escola e da Estrada Bonita
ESTUDANTES RECRIAM PINTURAS RENASCENTISTAS
Estudar o passado é também uma forma de aprender sobre o presente. Para além de documentos e relatos, a arte é uma das maiores fontes para entender as transformações da Antiguidade até os dias atuais. Por isso, os estudantes da Escola Municipal Professora Virgínia Soares refletiram sobre a modernidade durante as aulas da professora Amanda Carina Leal e Silva — a temática examinada foi o Renascimento.
Os alunos do sétimo ano se aprofundaram no movimento, analisaram croquis de Leonardo da Vinci e, para finalizar o projeto, escolheram uma obra para reproduzir. Após a seleção, os jovens tiraram fotos e as editaram no Canva. Algumas das pinturas escolhidas foram “Mona Lisa” e “Dama com Arminho”, de Leonardo da Vinci; “A criação de Adão”, de Michelangelo; e “A partida de xadrez”, de Sofonisba Anguissola.
Fotos: CEI Maria Laura Cardoso Eleotério/Divulgação
CRIANÇAS APRENDEM COM A NATUREZA
E DESENVOLVEM MÚLTIPLAS HABILIDADES
Unir os aprendizados da sala de aula com a exploração da natureza é uma ação que contribui significativamente para o desenvolvimento das crianças, tanto nas competências cognitivas quanto no respeito pelo meio ambiente. É esse conhecimento que o Centro de Educação Infantil (CEI) Maria Laura Cardoso Eleotério está passando para os pequenos de todas as turmas da unidade. Com brincadeiras ao ar livre e o contato com a natureza, as crianças trabalham as três perspectivas essenciais: sensorial, física e espacial, além de aprimorarem a imaginação e criatividade. De forma interdisciplinar, os pequenos aprendem conteúdos de Matemática, Artes, Ciências e Língua Portuguesa. Outro destaque da unidade é o meliponário, onde cultivam cinco caixas de abelhas sem ferrão. A partir do estudo desses insetos é possível explorar não apenas a questão ambiental e assuntos vistos em diferentes componentes curriculares, mas também a valorização da individualidade e o respeito ao próximo.
Fotos: EM
Professora Virgínia Soares/Divulgação
REDE MUNICIPAL DE ENSINO UTILIZA
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL
EM AULAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
Os professores de Língua Portuguesa da Rede Municipal de Ensino de Joinville têm mais uma ferramenta para apoiá-los no desenvolvimento da aprendizagem dos alunos no ano letivo de 2025. O projeto “ConTexto” consiste no uso de uma plataforma de inteligência artificial para melhorar a escrita dos estudantes.
A ferramenta disponibiliza uma série de conteúdos sobre gêneros textuais, incluindo a possibilidade de escrita de textos diretamente na plataforma com a correção instantânea da inteligência artificial, que analisa a construção textual e sua estrutura, como gramática, seleção de vocabulário, coesão e coerência.
A partir disso, o professor pode identificar e analisar quais as principais dificuldades na construção textual dos alunos, promovendo atividades em sala de aula para recompor a aprendizagem e melhorar o desempenho dos estudantes. A inteligência artificial começou a ser usada durante as aulas de Língua Portuguesa em março, com supervisão dos professores.
Na Escola Municipal Prefeito Luiz Gomes, o professor Victor Renato Raulino utilizou a plataforma para que os alunos criassem uma crônica literária a partir da leitura de um texto. Ele está empolgado com o projeto e acredita que o uso da tecnologia em sala de aula pode ter vários potenciais.
“Creio que vai adiantar bastante o nosso trabalho de correção e também possibilitar que a gente aprimore muito o trabalho com a escrita dos alunos, o que é fundamental. A ideia central da plataforma é excelente e os estudantes também gostaram”, comenta.
Uma das alunas que gostou da plataforma foi Sophia de Almeida Furtado, 13. Segundo ela, a proposta foi interessante e a utilização da inteligência artificial foi muito mais fácil do que imaginava.
“Nunca tinha pensado em juntar a escrita com a inteligência artificial. Foi uma experiência bem legal, principalmente pela ajuda que nos dá porque foi tudo corrigido na hora e apontando onde tinha erro e o que precisava melhorar”, conta.
Investimento para desenvolver leitores e escritores
Inicialmente, o projeto “ConTexto” está sendo desenvolvido com os alunos de oitavo e nono ano do Ensino Fundamental, podendo ser estendido para os estudantes de sexto e sétimo ano. A plataforma foi desenvolvida pela Letrus e contratada pela Secretaria de Educação, em um investimento que pode chegar a dois milhões de reais.
Segundo o secretário de Educação, Diego Calegari, a ferramenta auxilia os professores em sala de aula e também é um investimento na qualificação de alunos para serem mais leitores e escritores.
“Joinville tem hoje uma das redes de ensino
mais tecnológicas do Brasil e isso ocorre pelos investimentos que temos feito nas nossas escolas, para atualizá-las às tendências do mundo. Tenho certeza que o projeto ‘ConTexto’ será um grande ganho para os nossos alunos”, comenta.
A ferramenta já é usada em outras redes de ensino brasileiras, como em Goiás e Espírito Santo, mas Joinville é a única rede municipal do país a fazer uso da plataforma, que também teve destaque internacional após vencer o prêmio “Unesco Rei Hamad Bin Isa-Al Khalifa” pelo uso de Tecnologias da Informação e Comunicação na Educação.
Fotos: Prefeitura Municipal de Joinville/Divulgação
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alunos exploram memórias familiares em atividade na aula de Ensino Religioso. Tempo de leitura: 7 minutos
deRetalhosmemória
Estudantes resgatam histórias familiares e aprendem sobre identidade com uma colcha feita
de lembranças e afeto
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Para entender e colocar em prática o famoso autoconhecimento, um dos primeiros passos é ir em busca daquilo que ficou marcado para as gerações que vieram antes. Por mais que seja comum a conversa com nossos pais e avós, quase sempre nos esquecemos de perguntar como era a vida em outros tempos, como eram as brincadeiras e o que impactou cada um ao longo dos anos.
Cada retalho é parte da lembrança de um estudante
Isso porque a tradição familiar é daquele tipo de ritual que não é preciso “criar”. Simplesmente surge, às vezes como o gosto por um time e o hábito de sempre acompanhar as partidas com os familiares ou quando aprendemos algo que nossos avós sabiam e que foi sendo compartilhado de geração em geração — e acredite, são esses costumes que nos ajudam a entender de onde viemos e para onde queremos ir.
No caso dos estudantes da Escola Municipal Amador Aguiar, o poder das memórias e das lembranças foi colocado à prova. A atividade foi desenvolvida nas aulas de Ensino Religioso, da professora Marcele Cristina de Santiago Vieira, com apoio da educadora Michele Schroeder. Ambas trabalharam as tradições orais, com a apresentação dos Griôs, que são contadores de histórias que compartilham memórias. A partir do questionamento sobre o que cada um lembrava e de como eram os momentos em família, a docente trouxe para a turma o livro “A colcha de retalhos”, de Nye Ribeiro e Conceil Corrêa da Silva. O passo seguinte foi começar a se questionar sobre as próprias experiências, momento em que tiveram o primeiro ensinamento, na visão de Marcele. “As crianças se encantaram com essas figuras e começaram a entender o valor de ouvir, contar e preservar as histórias da família.”
Conversando sobre temas como saudade, foi a partir do livro que o grupo demonstrou o desejo de sentir, e a proposta seguinte foi levar para casa esse mesmo sentimento, em busca de compreender como cada responsável percebia sua infância e a ligação com os familiares. “Escolhemos o livro porque percebemos o quanto estamos deixando as memórias para trás. O costume de sentar para ouvir histórias, de passar experiências entre gerações, tem se perdido. Buscamos resgatar esse vínculo”, explica a professora, que ao final da tarefa percebeu que alguns nunca tinham passado por essa vivência com os pais, seja ao cozinhar juntos ou ao ouvir contos.
Eternizando lembranças
Depois das conversas, dos encontros e do reforço nos laços familiares, a turma embarcou no desafio de criar algo que pudesse ser o reflexo de tudo aquilo que foi aprendido em sala de aula. Foi daí que surgiu a ideia de confeccionar uma colcha de retalho. “Cada criança recebeu um pedaço de tecido, muitos trouxeram tecidos com significado, da própria casa, e desenharam nele memórias importantes. Costuramos tudo e formamos uma grande colcha, unindo histórias, afetos e identidade”, conta a professora.
Para Walentina Ramos Siqueira, 10, do quinto ano, a atividade foi uma forma de relembrar momentos vividos em família. “Foi muito legal participar desse projeto, pois me trouxe lembranças da minha avó. Eu escolhi trazer uma receita que fazíamos juntas, e foi muito bom sentir o aroma das bolachinhas novamente e as lembranças que vieram à tona.”
Aquilo que foi compartilhado entre a professora e os estudantes acabou impactando as demais turmas, já que os experimentos foram expostos na feira das tradições, quando os demais escutaram sobre o processo de produção e o que foi aprendido durante as interações. “Ver as crianças descobrindo quem são por meio das histórias dos seus, se conectando com suas origens, sentindo saudade, compartilhando emoção. Isso marcou profundamente, porque cada história contada é mesmo um pedaço de nós”, finaliza a educadora.
A turma produziu uma colcha a partir dos retalhos e das memórias
A turma aproveitou para relembrar atividades que eram realizadas por pais e avós
Presente nos componentes curriculares
Além de todo o valor histórico, a atividade também agregou em outras frentes, como em Matemática, momento em que os alunos aproveitaram a colcha para entender sobre medidas e retas numéricas. Em Geografia, o conteúdo foi base para buscar pela história das famílias, censo demográfico e patrimônio material e imaterial. Na Língua Portuguesa, o foco foram os gêneros textuais.
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estudantes assumem o papel de professores e ensinam artes marciais, como karatê, muay thai e capoeira, aos colegas. Tempo de leitura: 7 minutos
CHUTES, SOCOS E GOLPES NA ESCOLA:
se você acha que estamos falando de uma briga que acabou com todo mundo na sala da diretoria se engana, viu?
Na verdade, estamos falando de um projeto da Escola Municipal Vereador Arinor Vogelsanger, que mostrou como a prática de lutas vai além do esporte e é capaz de proporcionar valores que ultrapassam os limites do tatame.
O projeto é do professor de Educação Física Marlon Rumpf, que apostou no protagonismo dos próprios alunos para o ensino de diferentes modalidades de lutas. Primeiro, as turmas de diferentes anos aprenderam em sala de aula sobre a origem, a filosofia e os conceitos de cada tipo de luta. E depois chegou a hora de ir para o tatame!
Nesse momento, o professor deu lugar aos estudantes que já praticavam alguma luta, como karatê, muay thai e capoeira, para que eles demonstrassem cada modalidade, ensinando os demais. “Os alunos que já faziam foram os protagonistas da minha aula, eu só direcionei. Eles ensinavam os exercícios e depois a gente executava o movimento”, conta Marlon.
O projeto contou com a participação de alunos do quinto ao nono ano e, no começo, causou um friozinho na barriga. “Os alunos chegaram para mim com medo, achando que iam se machucar”, lembra o professor. Mas a experiência provou ser divertida, tanto que já tem gente pensando em fazer aulas de luta fora da escola. “Eles adoraram”, destaca.
As aulas de Educação Física, do professor Marlon Rumpf, se transformaram em uma oportunidade para explorar diferentes artes marciais
Quem ensina também aprende
No projeto do professor Marlon, os alunos que já praticavam algum tipo de luta se tornaram os protagonistas, ensinando os demais sobre os movimentos de cada modalidade. Essa é uma prática que valoriza a autonomia e a criatividade dos estudantes, estimula o pensamento crítico e o trabalho em equipe, além de tornar a aula mais divertida. Mas é claro que ser protagonista também causa nervosismo. Para Pietra Carara Silva, 13, ensinar o que ela sabe sobre o karatê, modalidade na qual acumula medalhas de diferentes campeonatos, foi uma experiência diferente. “Eu fiquei nervosa porque teria que me apresentar para pessoas que não conheciam a luta e poderiam achar estranho”, revela. Mas, apesar do medo, deu tudo certo e, além de conhecer novas modalidades, ela ainda descobriu outros colegas de luta, como a Ana Clara dos Reis, que tem a mesma idade e também pratica karatê. “Foi muito legal porque conhecemos gente nova e a cada dia tinha uma luta diferente. Vi eles ensinando e também ensinei o que sabia”, destaca Ana.
Fotos: Leve
Fotogra fi a
Com apenas 13 anos, Pietra já acumulou diversas medalhas em campeonatos de karatê
Durante as aulas, os estudantes que já praticavam o esporte ajudaram os colegas a aprender técnicas de luta
Valores
que vão além do tatame
Não há dúvidas de que praticar uma modalidade de luta, como taekwondo, judô e jiu-jítsu, é capaz de promover diferentes benefícios para a saúde. O aluno Erick Schuhmacher Lunelli, 14, pratica capoeira, por exemplo, e vê várias vantagens na modalidade. “É muito bom porque pratica o equilíbrio, você fica forte, ganha saúde e, para mim, também é desestressante”, fala.
Mas, além dos ganhos para a saúde física e mental, as lutas proporcionam o aprendizado de valores que atravessam os limites do tatame. “As artes marciais trazem muito a parte do respeito, da disciplina, autoconfiança, controle emocional. Não trabalham só a parte física, mas também a filosofia e os valores éticos e morais”, destaca o professor Marlon.
A estudante Natália Sehnem, 14, pratica muay thai desde os 11 anos e reconhece os benefícios da prática
para além da saúde física. “Comecei para defesa pessoal, mas depois achei outros motivos para continuar.
O muay thai me trouxe uma outra visão, melhorei as notas na escola, concentração e reflexo”, conta.
A Ana Clara, que pratica karatê desde criança, também percebe os diferenciais do esporte. “Ele me trouxe muita disciplina porque comecei bem cedinho, com cinco anos. Me ajudou muito nos estudos porque aprendi a ter mais concentração, escutar muito bem o professor”, fala.
É justamente essa soma de benefícios que torna as diferentes lutas importantes aliadas no desenvolvimento de crianças e adolescentes. “Falamos sobre valores, respeito com as meninas, com as diferenças. A ideia é que, quando eles saírem do tatame, usem todas essas qualidades para a vida lá fora”, destaca Marlon. Afinal, quem luta, não briga.
Por dentro dos tatames
Quer saber mais sobre o universo das lutas? Dê só uma olhada em algumas curiosidades:
• O muay thai é conhecido como a “luta das oito armas”, pois usa oito partes do corpo nos golpes: dois pés, dois joelhos, dois punhos e dois cotovelos;
• A capoeira era disfarçada de dança no período da escravidão para que os senhores de engenho não descobrissem a luta dos escravizados. Por isso, é um importante símbolo de cultura e resistência da população negra;
Por meio da capoeira, Eric conseguiu desenvolver o equilíbrio e melhorar a saúde mental e física
• No karatê, a cor das faixas usadas por cada praticante indica o seu nível de técnica e habilidade. Os iniciantes começam com a faixa branca, enquanto os karatecas com o nível mais avançado utilizam a faixa preta;
• Embora o jiu-jítsu tenha nascido no Japão, a modalidade ganhou várias ramificações, entre elas, o jiu-jítsu brasileiro. A prática ganhou notoriedade com a família Gracie, que expandiu as técnicas brasileiras no país e no mundo;
• O judô foi a primeira arte marcial a fazer parte das Olimpíadas, estreando nos jogos em 1964. Aliás, é a modalidade em que o Brasil mais acumula medalhas: já são 28;
• Os atletas do taekwondo utilizam sensores presos aos uniformes durante os Jogos Olímpicos, sabia? Eles ajudam a contabilizar os golpes de maneira mais justa e precisa.
Tony Stark se foi, a Viúva Negra teve uma despedida emocionante e Steve Rogers ganhou um final feliz. Muito aconteceu no MCU (Marvel Cinematic Universe, o Universo Cinematográfico da Marvel) desde os seus primórdios, em 2008, e os 35 longas-metragens da saga nos distanciaram daquela época em que os filmes de heróis eram mais simples e não tão conectados entre si.
Ao mesmo tempo em que muitos abandonaram o barco e cansaram de acompanhar infinitos detalhes para conseguir entender cada novo capítulo, há quem siga investindo nessa grande trama. Apesar de os lançamentos dos últimos anos terem desapontado a maior parte do público, ainda podemos dar uma chance para as novidades que estão por vir neste ano. Conheça os lançamentos da Marvel Studios previstos para 2025!
Uma viagem ao passado
Quarteto Fantástico: primeiros passos
Estreia 24 de julho
A família superpoderosa com histórico mais conturbado do cinema está de volta. Após ter um filme gravado nos anos 1990 que nunca foi lançado oficialmente, o Quarteto Fantástico estreou na telona em 2005, com direito a uma continuação dois anos depois. Em 2015, uma nova versão deixou o público horrorizado com tamanha falta de qualidade. Mais uma década se passou e, dessa vez sob a tutela da Marvel Studios, a esperança é de uma boa repaginada.
A ideia do longa-metragem é realmente começar do zero, apresentando novas versões de Reed Richards, Ben Grimm e Sue e Johnny Storm — sem contar a inédita Surfista Prateada. Ambientado em um mundo retrofuturista dos anos 1960, promete trazer um tom divertido e não tão sombrio quanto as produções anteriores. Além disso, servirá para introduzir os heróis antes do importante filme que vem a seguir: “Avengers: doomsday” (sem título confirmado no Brasil).
Missão aceita
Capitão América: admirável mundo novo Em breve no Disney+
Parte do processo de renovação após o fim da Saga do Infinito foi o adeus a Steve Rogers, com Sam Wilson assumindo o escudo que recebeu em “Vingadores: ultimato”. Após a série “Falcão e o Soldado Invernal”, de 2021, o herói finalmente ganhou destaque solo, em seu próprio filme, se tornando o novo Capitão América. O longa entrou em cartaz em fevereiro e não foi muito bem recebido pela crítica e pelos fãs, mas trouxe boas surpresas, como o Hulk Vermelho.
Um
esquadrão não conhecido
Thunderbolts*
Estreia 1º de maio
Você se lembra da Yelena, irmã da Viúva Negra, que apareceu na série “Gavião Arqueiro”, há quatro anos? E da vilã Fantasma, que deu as caras em “Homem-Formiga e a Vespa”, em 2018? Provavelmente não, e está tudo bem. Ambas, junto com outros poderosos que já tiveram participação em outras produções, se juntarão em “Thunderbolts*” para formar a mais nova equipe do MCU.
Esse grupo de anti-heróis é recrutado por Valentina Allegra de Fontaine, a diretora da CIA, revelada em “Pantera Negra: Wakanda para sempre”. Com os Vingadores fora de cena, esse time precisará confrontar segredos do passado e se unir para combater uma ameaça.
A inteligentíssima Riri Williams apareceu pela primeira vez em “Pantera Negra: Wakanda para sempre”, lutando ao lado do povo de Wakanda e exibindo uma armadura que ela própria criou, inspirada no Homem de Ferro. Sedenta por dar vida a novas criações, a garota toma o centro da trama, que mistura tecnologia e magia. Com seis episódios, marca o fim da Fase Cinco do MCU.
Esta série animada de quatro episódios traz as aventuras dos mais corajosos guerreiros de Wakanda ao longo da história, incluindo missões para recuperar artefatos de vibranium. Pouco se sabe até agora, mas está confirmado que as aventuras se passam na linha do tempo principal do MCU.
Wonder Man
Marvel Zombies
O sucesso de um dos episódios de “What If…?”, que nos mostrou o que aconteceria se os Vingadores fossem contaminados por uma praga zumbi, foi tão grande que uma série derivada entrou nos planos da Marvel. Daí nasceu “Marvel Zombies”, que expande o universo caótico já introduzido e traz heróis como Shang-Chi, Ms. Marvel, Yelena Belova e Kate Bishop.
Entre as surpresas de fim de ano está essa série, protagonizada por um rosto inédito no MCU: Magnum, que nos quadrinhos é um ator, dublê e inventor. Inicialmente um vilão, ele tem superforça e acaba indo para o lado do bem. Com detalhes guardados sob sete chaves, esse sitcom deve parodiar o estilo de vida hollywoodiano.
Estreia em junho
Estreia em agosto
Estreia em outubro
Estreia em dezembro
FORA DAS TELAS
Imagine que seu celular resolveu tirar férias. Nada de notificações, vídeos e memes por um tempo. E agora?
O que fazer com esse tempo livre sem entrar em modo zumbi? Relaxa, a gente ajuda com dicas para você não cair no tédio.
Depois que você terminar a leitura da revista, volte para a página seis e, após testar seus conhecimentos de Geografia, folheie até a página 43, na editoria Mão na Massa, para se divertir com a reação química explosiva no passo a passo da construção de um vulcão. 1 2 4 5
Última dica (a mais legal de todas)
Crie seu
próprio jogo de tabuleiro
Um jogo com regras 100% autorais: “quem cair na casa cinco tem que dançar um passinho”, ou “se rir, volte três espaços”. Use cartolina, canetas, dados (ou faça um de papel mesmo). Dá pra jogar com a família ou amigos e rir horrores.
Faça uma peça de teatro autoral
Escreva um roteiro maluco: invasão alienígena no quarto, novela dramática sobre o último biscoito ou um julgamento de alguém que nunca existiu. Está sozinho? Você pode fazer todos os papéis, com troca de voz e figurino! Com amigos? Improviso total!
Mas para isso precisa ter cenário e figurino. Junte os lençóis, prepare a cortina, utilize os objetos comuns e imagine que são os itens necessários para a cena. Desta forma: um sapato pode ser um celular de última geração, ou talvez você precise de uma espada, mas só tem canetas… use e abuse da imaginação e entre no personagem!
Monte um mistério estilo detetive particular
Invente um “caso”: quem sumiu com o último chocolate da casa? Escreva pistas, espalhe bilhetinhos e monte o cenário do “crime”. Pode ser sozinho (você cria e resolve) ou em grupo (que fica mais divertido). Dica: coloque óculos escuros e um casaco sobretudo — o verdadeiro estilo detetive.
Pinte com objetos esquisitos
Falando em usar a imaginação, que tal ser Picasso por um dia? “Ah, mas eu não tenho pincel.” E quem disse que precisa de pincel? Teste pintar um belíssimo quadro com apenas um cotonete ou, então, um garfo, uma folha de árvore ou até a sua escova de dente — recomendamos que seja descartada após a finalização da obra. Crie um monstro de outro planeta ou tente uma caricatura. Fica tudo estranho? É assim que nascem famosas obras de arte e artistas.
POR LUCAS INÁCIO
A internet é algo que permeia todo o cenário atual, e é impossível imaginar o funcionamento do planeta sem essa tecnologia ativa. Em 1995, menos de 1% da população mundial tinha acesso ao serviço, que era limitadíssimo. Hoje, o número chega a quase 70%, e muito do funcionamento do mundo deve-se a ela. Exemplo disso foi em julho de 2024, quando um rápido travamento na atualização em um componente de segurança do sistema Windows foi o suficiente para afetar o transporte aéreo e ferroviário, hospitais e também a comunicação em muitos países da Europa e América do Norte. É inegável — e, de certa forma, motivo de atenção — a nossa dependência desta tecnologia. Não à toa, existe uma corrida para alcançar todos os lugares do mundo. Esse é o objetivo da Starlink, o serviço de internet global mais badalado dos últimos tempos. A empresa anunciou uma novidade para o Brasil prevista para o segundo semestre de 2025: a possibilidade de se conectar à internet de graça para todo o país.
INTERNET DE GRAÇA
Os serviços da Starlink já estão em nossas terras desde 2022, e agora fazem este anúncio bombástico tradicional da empresa. Porém, como diz o ditado: “Quando a esmola é demais, o santo desconfia”. Logo, não é algo tão simples assim. Você não vai poder simplesmente se conectar e começar a jogar Minecraft, pois há uma série de limitações.
O primeiro ponto é que este tipo de serviço vai ser limitado a quando você estiver sem área nenhuma, ou seja, o uso na rede emergencial, como já é feito nos Estados Unidos. Com isso, a segunda limitação é a do uso dessa internet, que será apenas para mensagem de texto e compartilhar localização, entre outras funções de emergência.
Por fim, a terceira limitação é o modelo do seu celular, pois ele precisa ser de uma linha recente para conseguir fazer essa conexão. Os modelos são:
• iPhone 14 e seus sucessores;
• Série Samsung Galaxy S21 e seus sucessores;
• Samsung Galaxy A14, A15, A16, A35, A53 e A54;
• Dispositivos Motorola a partir de 2024;
• Google Pixel 9.
STARLINK
ANUNCIA ACESSO GRATUITO À INTERNET: VEJA AS CONDIÇÕES
STARLINK
STARLINK: VANTAGENS E
DESVANTAGENS
A internet via satélite ainda não tem a mesma capacidade de segurança e estabilidade quanto as telefonias tradicionais que oferecem a fibra óptica. A vantagem está no alcance a lugares remotos e difíceis de se conectar, como casas de campo, trilhas e escaladas, acampamentos ou até lugares mais extremos, como o deserto, o meio do oceano ou em casos de desastres naturais. Ou seja, a mobilidade é o principal e isso tem um custo.
O preço é relativamente acessível, tanto que possui mais de um milhão de usuários no planeta, porém não é para todo mundo que consegue. No Brasil, o plano mais básico da internet residencial da Starlink custa R$ 236 mensais, enquanto a móvel custa R$ 576, fora o preço dos equipamentos que, hoje, custam R$ 2.400.
Um custo que pouco se fala, mas que já se demonstra alto, é o da área de estudos astronômicos, mas antes de explicar isso, temos que falar como funciona a tecnologia.
A DONA DO CÉU?!
Por usar a tecnologia via satélites de baixa órbita, que ficam a pouco mais de 500 quilômetros de altura, é necessário um número muito alto desses componentes. Na verdade, para alcançar toda a área do planeta, a projeção é que sejam necessários mais de 40 mil satélites da Starlink (atualmente, mais de 6.700 estão em órbita).
Já os satélites tradicionais de internet, daqueles que garantem o serviço atual, ficam a mais de 35 mil quilômetros de distância da superfície da Terra, ou seja, 70 vezes mais alto. Isso é bom porque garante mais área de cobertura no planeta e precisa de menos satélites para fazer o serviço. Porém, seu custo de manutenção é alto, necessitando manutenções mais difíceis e gerando muito lixo espacial quando estiver fora de uso, diferentemente dos minissatélites da Starlink, que são de um material que se deteriora ao entrar na atmosfera terrestre.
Mas o que está preocupando a comunidade astronômica são os satélites que estão interferindo diretamente na observação do universo e seus estudos. Se algo não for feito, a estimativa no futuro é de que uma a cada 14 estrelas observáveis seja, na verdade, um Starlink. Hoje, mais da metade dos satélites em órbita da Terra são da empresa, que diz buscar resolver esses problemas, mas ainda não de forma satisfatória — a intenção de universalizar a internet pelo mundo afora é ótima, porém as consequências desta forma escolhida já podem ser vistas nos telescópios.
Imagine um deserto vermelho, cheio de mistérios, paisagens surreais e possibilidades infinitas. Esse é Marte, nosso vizinho cósmico, que há séculos desperta a curiosidade e o fascínio da humanidade. Mas por que, afinal, o homem quer tanto ir até lá?
Desde os tempos das grandes navegações, explorar o desconhecido tem sido uma característica essencial dos seres humanos. É como abrir um livro cheio de páginas em branco e querer preenchê-las com histórias incríveis. O planeta vermelho é um desses livros. Será que ele já teve rios como os nossos? Um dia foi lar de alguma forma de
vida? Descobrir essas respostas nos ajudará não só a entender o passado dele, mas também o futuro da nossa própria espécie. Além disso, estudar Marte é como observar o passado da Terra através de um espelho. Ele pode nos ensinar muito sobre a formação dos planetas, os processos climáticos e até como proteger o nosso lar de grandes mudanças. Imagine, por exemplo, encontrar pistas sobre como manter a Terra habitável diante das mudanças climáticas? Ir para lá também é, de certa forma, um ato de preservação e aprendizado sobre nós mesmos.
Mas não é só isso: uma jornada até outro mundo é um teste para os nossos limites. Enviar seres humanos para viver em um ambiente tão hostil — frio, seco e com pouca atmosfera — exige inovação, trabalho em equipe e avanços tecnológicos gigantescos. Essa missão pode abrir caminho para outras explorações ainda mais ousadas, como as luas de Júpiter, Saturno ou até planetas em outros sistemas solares. Marte é, assim, o primeiro grande passo em direção às estrelas.
Outra aplicação importante é a possibilidade de criar um “plano B” para a humanidade. Não que estejamos ansiosos por abandonar a Terra, mas a história mostra que a sobrevivência da
vida depende da sua capacidade de se adaptar e expandir. Criar colônias em outros planetas pode ser uma chave para garantir a longevidade da nossa espécie, além de ser uma oportunidade de começar de novo, aprendendo com nossos erros. Marte é mais do que um destino, é um convite. Um desafio que nos faz sonhar, planejar e nos unir em busca de algo maior. É sobre encontrar respostas para perguntas antigas e, ao mesmo tempo, criar novas perguntas que nos impulsionem para ainda mais longe. E você, o que acha que encontraremos por lá? Vida, segredos ou, talvez, um novo começo? A aventura está apenas começando.
Por que o céu fica mais Fenômenos do céu:
azul no inverno?
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Um dia azul e frio são características suficientes para identificar uma estação do ano: o inverno. Com temperaturas baixas, além da mudança do clima, há outro ponto que chama a atenção: o tom sempre claro que toma conta do céu. Mas qual é a explicação para a alteração na tonalidade?
A modificação está atrelada ao fato de que, nesta época do ano, o ar está mais limpo e sem tanta poluição, poeira ou fumaça, aspectos que acabam dificultando a identificação do céu. Outra explicação está nas partículas que são atingidas quando os raios do sol ultrapassam a atmosfera — por ser a cor com maior facilidade de compartilhamento, é o azul que toma conta do espaço.
Outro diferencial é que nessa época do ano o ar está mais seco, com menos água, o que contribui para aquele aspecto brilhoso que é possível identificar nesses dias. A ação pode ser comparada com aqueles dias em que estamos observando as pessoas e os movimento em uma janela limpa, com o máximo de visibilidade.
nuvem que não se move
Observando o céu ao longo do dia, é possível notar o movimento constante das nuvens e como as tonalidades do horizonte mudam em climas nublados. Mas e se contarmos que existe uma nuvem inusitada que é vista sempre no mesmo lugar?
Na região de Otago, na Nova Zelândia, uma nuvem
de aparência peculiar se forma no local há mais de 100 anos — por lembrar um disco voador, muitas vezes já foi confundida com OVNIs. Para os moradores, o fenômeno ganhou um status de “mascote”, e até recebeu um nome: Taieri Pet. Os meteorologistas explicam que essa é
uma nuvem lenticular altocumulus (ASLC), popularmente chamada de “pilha de panquecas”, e ocorre quando as ondas de ar encontram uma barreira natural, como uma cadeia de montanhas. Assim, o vapor de água se condensa em camadas verticais.
O que acontece quando uma pessoa é
atingida por um raio?
Ser atingido por um raio é como estar no meio de uma cena de ação, com explosões e efeitos especiais — só que, nesse caso, você é o protagonista, e o raio, o vilão. A eletricidade de um raio pode chegar a impressionantes um bilhão de joules, o suficiente para acender uma cidade por alguns segundos, e tudo isso é descarregado em um corpo humano em frações de segundo. Parece coisa de filme de super-herói, mas, diferentemente do que acontece com o Thor ou o Shazam, a história aqui é bem mais séria (e menos glamourosa).
Quando o raio atinge uma pessoa, ele libera uma descarga elétrica que percorre o corpo em alta velocidade, e o resultado é quase sempre caótico.
A eletricidade é tão intensa que pode causar queimaduras graves, como se você tivesse sido atingido por um sabre de luz de Star Wars. E essas queimaduras não são apenas na pele, a corrente elétrica pode atravessar os órgãos internos, causando danos que não dá para ver, mas que podem ser muito perigosos.
Outro efeito comum é o “choque” que o coração leva, e aqui, infelizmente, não é nada parecido com a emoção de assistir ao final de “Vingadores: ultimato”. O raio pode causar uma arritmia ou até parar o coração temporariamente, como se você tivesse sido desconectado do mundo por um segundo. O sistema nervoso também entra na dança, já que a eletricidade pode interromper os sinais que controlam os movimentos e até a respiração, deixando a pessoa inconsciente ou paralisada.
E tem mais: quando o raio passa pela superfície do corpo, ele pode criar marcas que parecem que saíram diretamente de Harry Potter. Essas marcas, chamadas de figuras de Lichtenberg, têm formas
ramificadas e são causadas pelo calor e pela descarga elétrica espalhando-se pela pele. É um efeito visual impressionante, mas que, ao contrário de uma cicatriz mágica, não vem com poderes especiais.
Embora a ideia de ser atingido por um raio pareça algo digno de Hollywood, na vida real é melhor evitar qualquer cena dessa natureza. Fique longe de árvores, evite áreas abertas durante tempestades e, acima de tudo, mantenha-se seguro, porque nem todo mundo pode contar com um martelo mágico para sair ileso de uma descarga elétrica!
Confira alguns dos desenhos feitos pela estudante Ketlyn do Prado Corrêa, do nono ano A da Escola Municipal Doutor Abdon Baptista.
Foto: Ketlyn do Prado Correâ/Divulgação
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Correâ/Divulgação
Foto: Ketlyn do Prado
Aprofundar-se na cultura de um povo é também um convite para valorizar diferentes formas de artes — experiência que a turma do quarto ano da Escola Municipal Professora Rosângela Martinowsky Baptista conheceu de perto. A professora Sabrina Amabilli Rodrigues Luchesi apresentou aos estudantes uma reflexão sobre a cultura indígena, momento em que conheceram o grafismo e costumes das tribos, que costumavam viver em união e em agradecimento. Para representar os conhecimentos adquiridos, os alunos confeccionaram pulseiras, com cores que representassem sentimentos e significados, para presentear os profissionais da unidade.
Fotos: EM Professora Rosângela Martinowsky Baptista/Divulgação
Foto: EM Doutor
Abdon Baptista/Divulgação
Os estudantes do quinto ano da Escola Municipal CAIC Professor Mariano Costa aprenderam sobre linguagem de uma maneira diferente durante as aulas da professora Nicolle Bueno: estudando as escritas das primeiras civilizações. As características, aspectos, códigos e até as práticas culturais dos povos foram analisados e, para finalizar a atividade, os alunos recriaram os símbolos em argila.
Fotos: EM CAIC Professor Mariano Costa/Divulgação
A estudante Maria Clara Vargas, da Escola Municipal Senador Carlos Gomes de Oliveira, foi a vencedora do concurso de desenhos da NDTV Joinville. Parabéns!
Foto: EM Senador Carlos Gomes de Oliveira/Divulgação
Por meio da contação da história do livro “O mundo é nosso”, de Nilzane Fornari, as crianças do primeiro ano da Escola Municipal Professora Karin Barkemeyer –Extensão refletiram sobre diversidade cultural e religiosa. A partir disso, o professor Laionel River Silva Santos apresentou aos pequenos as histórias dos estudantes da unidade que vieram de outros Estados e países, como Venezuela, Haiti e Síria. Eles também aprenderam mais sobre Joinville, desde a história até o hino da cidade. Para finalizar, foi proposto um desfile de príncipes e princesas, em referência a um dos “apelidos” do município.
Fotos: EM Professora Karin Barkemeyer Extensão/Divulgação
Durante as aulas de Educação Física da professora Myllena May, os estudantes do oitavo e nono anos se aprofundaram nas práticas corporais de aventura na natureza. Durante os encontros, os alunos foram divididos em grupos, momento em que cada equipe representou uma modalidade, como escalada, surfe e corrida. A ideia era estudar o esporte e apresentá-los para os colegas.
Neste ano, os estudantes da unidade se dividiram em equipes e receberam um desafio especial durante as aulas da professora Carolina Sanches: a criação de mascotes que representassem cada grupo. O destaque ficou por conta do aluno Vitor Hugo Heggdorne, do nono ano C, que ilustrou um personagem para cada componente curricular. Os desenhos se tornaram capas de bloquinhos de anotações, que foram entregues aos educadores de cada área.
Os estudantes do terceiro ano do Ensino Fundamental, durante as aulas de Ciências da Natureza com a professora Bruna Vanessa de Oliveira, fizeram experimentos para compreender melhor como a luz se propaga e como ela atravessa diferentes objetos.
EM DOUTOR SADALLA AMIN GHANEM PARQUE GUARANI
FORMOSA, INCULTA E BELA
Oh! Língua Portuguesa!
Como dizia o poeta “...Inculta e bela, És, a um tempo, esplendor e sepultura”.
O poeta, certo estava, Do latim, a última a surgir, A última flor de Lácio, Nascida para as multidões. Palavras, palavras, criações, variações.
No mundo são oito países
Falantes oficiais do idioma, Além de outros...
Todos falam iguais É o mesmo português?
Portugal trouxe o idioma, Brasil, o país com maior número de falantes. Angola, Moçambique, Cabo Verde, Timor Leste, São Tomé e Príncipe, Guiné Bissau… Países populosos ou não, Grandes no idioma.
No Brasil, automóvel. Em Portugal, viatura. Em Moçambique, machimbombo. Em Angola, mata-bicho.
Em todos os outros países
As palavras se transformam, A língua é dinâmica, As ações são dinâmicas.
Vamos terminando
Agradecendo o leitor
Por sua compreensão e interesse. Obrigada, em português no Brasil e em Portugal, Obrigaduu, Timor Leste, Cabo Verde, Saquidela, em Angola.
Todos falam, Os sentimentos são diferentes. Obrigada ou Obrigado, A todos os escritores que transformam a Língua Portuguesa
E relatam as histórias de nosso idioma!
POR SANDRA ROSA GIOVANELLA LOPES PROFESSORA NA EM PROFESSORA LACY LUIZA DA CRUZ FLORES
UM VULCÃO PARA CHAMAR DE SEU
Quem nunca precisou fazer uma maquete ou um experimento científico para apresentar na escola? E quem nunca pensou em um imponente vulcão? OK, talvez nem todo mundo. Mas agora que mencionamos, acendeu uma luzinha aí, não é? Então, sem perda de tempo, vamos direto ao ponto!
ITENS NECESSÁRIOS:
• 1 copo de plástico ou garrafa pequena (lembre-se que a altura e o tamanho do recipiente vai influenciar na estrutura do vulcão);
• 2 colheres de bicarbonato de sódio;
• 1/2 xícara de vinagre;
• Algumas gotas de corante alimentício ou tinta guache (vermelho e laranja ficam show);
• Algumas colheres de detergente;
• Argila, papel machê ou massinha.
QUÍMICA EXPLICADA
PASSO A PASSO:
1. Caracterize seu vulcão: Cole o recipiente em uma base lisa e resistente para não se desmanchar no contato com os líquidos. Depois modele a montanha ao redor do copo com a argila, massinha ou papel machê. Dica: não se preocupe em deixar tudo lisinho — pense na irregularidade do relevo da montanha.
2. Prepare a “lava”: Coloque no copo o bicarbonato de sódio, algumas gotas de corante alimentício e um pouco de detergente.
3. Atenção… é hora da erupção! Com tudo pronto, despeje o vinagre dentro do copo e prepare-se para a erupção! A espuma colorida vai sair borbulhando igual lava!
Agora vamos entender a química para seu vulcão entrar em erupção. Quando você junta vinagre (que é um ácido) com bicarbonato de sódio (uma base), ocorre uma reação poderosa: eles brigam, se misturam e liberam gás carbônico (CO²), o mesmo gás que faz seu refrigerante borbulhar. Mas fique tranquilo: na bebida não é adicionado detergente.