Chegou a primeira edição da revista its Teens da Rede Municipal de Brusque — uma novidade que marca o início de uma jornada de aprendizado criativa, conectada e cheia de descobertas.
Esta edição estreia valorizando as boas práticas que já florescem nas escolas: projetos literários nos pontos de ônibus, ações de inclusão, empreendedorismo infantil e talentos que brilham até nas receitas da merenda.
Trazemos também reflexões sobre saúde, como os efeitos de reduzir o açúcar, o uso equilibrado das telas e a importância da água doce. Quadrinhos, séries e experiências práticas completam o conteúdo pensado especialmente para alunos, professores e famílias.
Este é o nosso convite para viver a educação de forma inspiradora, criativa e transformadora. Bem-vindos a essa nova fase!
MÁRIO J. GONZAGA PETRELLI IN MEMORIAM
FUNDADOR E PRESIDENTE EMÉRITO GRUPO ND E GRUPO RIC
MARCELLO CORRÊA PETRELLI
PRESIDENTE GRUPO ND mpetrelli@ndtv.com.br
ALBERTINO ZAMARCO JR.
DIRETOR ADMINISTRATIVO E FINANCEIRO albertino@ndtv.com.br
NORBERTO MORETTI JÚNIOR GERENTE DE PERFORMANCE norberto@ndtv.com.br
CAROLINE FERNANDES
GERENTE DE MERCADO NACIONAL caroline.fernandes@ndtv.com.br
ANA CAROLINE ARJONAS
Repórter
DAIARA CAMILO
Estagiária
LETÍCIA MARTENDAL
Assistente de Mídia
ou falso
Tempo de voo
diário escolar
O que acontece com nosso corpo quando paramos de comer açúcar?
conhecimentos gerais
alimentação
Sabor de cuidado
Adolescência em cena
Telas demais, atenção de menos
brasilidades 10 pratos característicos do Brasil galerias
Senhora do trabalho
Planeta água: como a escassez hídrica se tornou um problema global?
Moeda verde
O mistério da tinta invisível (e como revelar tudo)
#06 #12 #32 #18 #07 #14 #24 #28 #42 #43 #30 #34 #36 #16 #08 #10 diversão escritores como funciona? capa spoiler notícias das escolas cultura pop wi-fi saideira mão na massa nosso planeta
Quadrinhos e tirinhas
a revista its teens nas redes sociais
Verdadeiro
Parada poética
VERDADEIRO OU FALSO
Leia cada questão e diga se a afirmação é verdadeira ou falsa
1. O chocolate vem de uma fruta.
2. O ser humano usa apenas 10% do cérebro.
3. Um polvo tem três corações.
4. O som viaja mais rápido na água do que no ar.
a) Verdadeiro
b) Falso
5. A maior parte do oxigênio do planeta vem das florestas.
a) Verdadeiro
b) Falso
6. O Monte Everest é a montanha mais alta do planeta.
a) Verdadeiro
b) Falso
7. Todo o planeta Marte é vermelho.
a) Verdadeiro
b) Falso
8. O ser humano tem mais de 600 músculos. a) Verdadeiro
b) Falso
9. Existem animais que brilham no escuro. a) Verdadeiro
b) Falso
10. Os pinguins vivem no Polo Norte.
a) Verdadeiro
b) Falso
Respostas: V; F; V; V; F; V; F; V; V; F
Que tal continuar a leitura no mês e procurar por estes títulos?
O reizinho mandão
Ruth Rocha
Ou isto ou aquilo
Cecília Meireles
“Só existe um tempo: o tempo vivo.”
Assim começa “Tempo de voo”, obra de Bartolomeu Campos de Queirós, que nos convida a uma travessia rara na literatura infantil: a travessia para dentro, para si. Não é uma narrativa convencional, com começo, meio e fim definidos. É antes uma rede de reflexões e lembranças que flutuam como quem voa sem ter pressa de chegar. O protagonista, um menino sensível e atento, nos guia por suas memórias e descobertas. Ele observa o mundo com um olhar que mistura silêncio e poesia. É nessa trajetória do não dito, do delicado, que o livro se instala. E é ali também que ele toca profundamente leitores de todas as idades.
Para as crianças, o texto se oferece como um espelho sensível e poético, capaz de acolher sentimentos que nem sempre encontram palavras. Ao ler, elas percebem que não estão sozinhas em suas dúvidas, saudades, lembranças ou medos de crescer. E encontram beleza até naquilo que parece ausência.
Para nós, professores, “Tempo de voo” é mais do que uma leitura, é um exercício de escuta. Ao propor um tempo desacelerado e atento, Bartolomeu nos lembra que educar é também acolher silêncios, dar espaço às perguntas, permitir que as reflexões se façam em voo e não em queda.
É um livro para ler com os ouvidos da alma. E com o tempo que as coisas mais profundas pedem, pois “[...] o tempo é um saboroso presente”.
Mais do que um livro para interpretar, é um livro para viver e guardar no coração. E, como nos diz o autor: “A memória protege tanto o vivido como o sonhado”.
POR ANA CAROLINA DA CONCEIÇÃO
Professora da EEB João Hassmann
O que acontece com nosso corpo
quando paramos de comer açúcar?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Seja quando bate aquela vontade de comer um chocolate depois do almoço ou de saborear o bolo macio da avó, é normal que um docinho alegre o dia. Apesar de trazer prazer imediato, é importante estar atento à quantidade de açúcar consumido diariamente, afinal, por trás desse produto há um grande perigo.
Quando adquirido em ingredientes naturais, o açúcar desempenha papéis fundamentais no nosso organismo, como aumentar a energia, regular o metabolismo, melhorar a função cognitiva e manter o sistema imunológico mais eficiente. Esses benefícios são obtidos em alimentos integrais, como frutas, leguminosas e cereais — quando são ingeridos, o açúcar se transforma em glicose, que é absorvida e enviada para as células.
O verdadeiro vilão está nos açúcares artificiais, encontrados em produtos ultraprocessados, como refrigerantes e biscoitos recheados. Além do ganho de peso em excesso e problemas dentários, o consumo desenfreado pode causar doenças graves. Por isso, cada vez mais se fala da importância de diminuir a ingestão destes alimentos.
O corpo pode passar por algumas mudanças após o corte do consumo de açúcares. No entanto, é importante lembrar que cada organismo reage de uma forma — a frequência da ingestão dos alimentos e o estilo de vida podem ser alguns fatores que impactam nos efeitos.
ENERGIA: o açúcar é uma fonte rápida de energia, por isso, é normal sentir impacto nos primeiros dias, afinal, os picos de disposição serão menores. A boa notícia é que a fadiga logo é deixada de lado, já que a energia se torna mais equilibrada e constante.
HUMOR: assim como no caso anterior, o humor pode ser abalado no início. A dopamina é liberada quando consumimos açúcar, por isso é normal sentir irritabilidade de imediato. No entanto, a longo prazo o efeito contrário surge e há uma melhora no humor.
PESO: com uma dieta equilibrada e a prática de exercícios físicos, é possível notar a perda de peso, principalmente de gordura prejudicial à saúde.
PELE E DENTE: em alguns casos, o surgimento de acne e outros problemas de pele está atrelado ao consumo do açúcar, por isso, ao tirá-lo do cardápio, é possível notar uma melhora. Assim como no caso dos dentes, já que os doces são os principais responsáveis pelas cáries.
SAÚDE: diminuição de inflamações, melhora no fígado e menor risco de desenvolver doenças crônicas são alguns dos benefícios de cortar o consumo do açúcar.
Como reduzir o consumo
Adquirir um novo hábito pode ser difícil, afinal, o fácil acesso aos alimentos repletos de açúcares artificiais pode atrapalhar quem está na busca de uma vida mais saudável. Por isso, siga três dicas para entrar nessa jornada:
LEIA OS RÓTULOS: antes de comprar um doce, leia com atenção as informações na embalagem. Lá estarão a quantidade de ingredientes adicionados, como o açúcar e a gordura.
SUBSTITUA ALIMENTOS: ao invés de ingerir refrigerantes ou sucos industrializados, prefira o uso da água e de sucos naturais.
COMECE DEVAGAR: como citamos anteriormente, essa mudança pode causar efeitos que parecem negativos no começo, por isso dê passos pequenos até este costume virar rotina. Tente diminuir gradativamente a quantidade de açúcar ingerido até que seu paladar se acostume.
Não se esqueça do carboidrato
Quando se fala em dieta, é comum encontrarmos, principalmente nas redes sociais, falsos profissionais que prometem receitas e meios milagrosos de emagrecimento e de melhorar a saúde. Por isso é preciso estar atento e se informar apenas com especialistas de confiança. Uma das dietas mais faladas é a do “sem carboidratos”. Porém, eliminá-los pode ser um grande perigo para a saúde do corpo, afinal, eles desempenham funções essenciais no nosso organismo. Alimentos como arroz, batata e milho são uma das principais fontes de energia e são fundamentais para o funcionamento dos órgãos vitais.
Sem os carboidratos, o corpo busca por outras maneiras de fornecer energia, como as gorduras, o que pode interferir na função cerebral, na preservação muscular e até mesmo no equilíbrio hormonal.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
De jornada de grandiosos super-heróis a aventuras de uma turma de amigos, as histórias em quadrinhos, ou HQs, são portais para um mundo repleto de ação e risadas. Com desenhos chamativos e tramas cativantes, as páginas têm um jeito único de contar histórias e de prender a atenção de leitores de todas as idades. Seja com o estilo clássico americano, dos mangás japoneses ou até as tirinhas sul-americanas, as HQs deixam qualquer narrativa mais emocionante e surpreendente.
A primeira história em quadrinhos, nas características conhecidas até os dias atuais, foi publicada em 1896 na revista Truth, nos Estados Unidos, de autoria de Richard Outcault. “The yellow kid” (“O menino amarelo”, em português) contava as travessuras de uma criança que sempre se vestia com uma grande camiseta amarela e vivia na periferia de Nova York. Falando em gírias e numa linguagem descontraída, o enredo trazia reflexões sobre consumismo e questões raciais.
Características
das HQs
Uma HQ nada mais é do que uma forma de narrativa que une texto e imagens, numa jornada dividida em quadros em sequência que guiam o leitor pela trama. Alguns elementos-chave podem ser utilizados para caracterizar a história, como balões de fala, onomatopeias e linguagem corporal. Os gêneros são variados, podendo ir desde ficção científica e romance até terror. Com temas universais, como amizade, superação, justiça e a busca por identidade, grande parte dos protagonistas possuem qualidades e defeitos que aproximam o leitor do personagem, criando uma identificação.
História das HQs no Brasil
Apesar da criação da “Turma da Mônica” ter impulsionado a popularidade das HQs no país, a jornada das histórias em quadrinhos no Brasil havia se iniciado há muito tempo. Considerado o “pai das HQs brasileiras”, Ângelo Agostini publicou “Nhô Quim ou impressões de uma viagem à corte”, em 1869, na revista Vida Fluminense. A trama retrata pessoas do interior que haviam recentemente chegado à cidade. Anos mais tarde, em 1905, a revista “O TicoTico” popularizou as HQs no país. A Era de Ouro começou na década de 1930, com a publicação de revistas como “O suplemento juvenil” e o “O globo juvenil”. Já a famosa “Turma da Mônica” chegou nos anos 1960 e revolucionou o mercado. Mauricio de Sousa conquistou o grande público com um grupo de personagens infantis que posteriormente se tornaram um dos símbolos da cultura brasileira.
A partir disso, as histórias em quadrinhos passaram a explorar uma maior variedade de gêneros e plataformas. Ziraldo (“Menino maluquinho”), Laerte (“Piratas do Tietê”), Fábio Moon e Gabriel Bá (“Daytripper”) e Mike Deodato (participou de obras de DC Comics e Marvel Comics) são grandes nomes da área.
Para conhecer
Apesar de “The yellow kid” ser considerado um pioneiro, outras obras fizeram história e foram um marco para as HQs. Criado por George Herriman, “Krazy Kat” retratava um gato apaixonado por um rato que o maltratava, e continua uma linguagem visual inovadora e um forte senso de humor.
Inaugurando a era dos super-heróis, “Superman”, de Jerry Siegel e Joe Shuster, foi o primeiro herói moderno e se tornou um dos personagens mais icônicos da cultura pop. Criado pelo autor belga Hergé, “Tintim” estreou em 1929 e conta a história de um jovem repórter que viaja o mundo, acompanhado pelo seu cachorro Milú, em busca de novas aventuras.
Um dos ícones das histórias em quadrinhos sul-americanas, “Mafalda” foi produzida pelo argentino Quino em 1964. A personagem, curiosa e inteligente, questiona os problemas da sociedade e temas do mundo adulto, de uma forma irônica e humorada.
Parada poética
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
turma escreve poemas e coloca criações à disposição da comunidade no projeto “Poesia no ponto”.
Tempo de leitura:
7 minutos
COM PAPEL E CRIATIVIDADE, ALUNOS LEVAM POESIA PARA ALÉM DOS MUROS DA ESCOLA
POR ANA CAROLINE ARJONAS
A iniciativa tem como foco compartilhar o conhecimento
O professor também participa da ação no ponto de ônibus
Ler é um hábito que criamos ao longo de anos, conhecendo novos autores e descobrindo gêneros que combinam com nossas preferências e imaginação. Das notícias aos contos, cada formato possui um objetivo, seja informar ou entreter. No caso da poesia, por exemplo, os versos e estrofes são feitos para homenagear alguém que amamos ou até mesmo para falar sobre lugares e pensamentos — uma forma de expressão utilizada por escritores conhecidos, como Carlos Drummond de Andrade.
Entretanto, você já imaginou como seria se essas poesias que, muitas vezes, são criadas e ficam apenas no papel, ganhassem vida e fossem lidas pela comunidade?
Os estudantes da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Professora Augusta Dutra de Souza conhecem bem essa realidade, já que por lá as produções estão sendo expostas nos pontos de ônibus próximos à unidade durante as ações do projeto “Poesia no ponto”. O passo a passo é simples: os jovens produzem o material e distribuem as poesias em cada um dos locais.
Tudo começou quando o diretor Janio Johanson Junior e o professor de Língua Portuguesa, Alcino Muller, enxergaram no Clube da Leitura — projeto de apoio criado no ano passado — uma chance de colocar a turma como protagonista no processo, transformando todos em autores. “São dez ou 12 pontos de ônibus e eles penduram, fazem o varal e colocam os poemas. As pessoas vão no ponto, tiram esse poema e levam. Já colocamos 180 poemas”, conta o educador.
Além do trabalho que está sendo realizado com os poemas, que agora estão disponíveis para a comunidade que utiliza o espaço público, a turma também decidiu embarcar nessa ação — e aqui o embarque foi literal, já que foram de ônibus até o Centro da cidade, fazendo do trajeto um momento de arte e leitura. “Colocamos música ao vivo, temos um professor que toca saxofone. Convidamos os alunos para entregar poemas. Compramos até o traje do Pequeno Príncipe”, explica o professor, reforçando mais uma ação feita a partir do projeto.
Na visão de Junior, a iniciativa, que conta com a participação de todos os alunos e que traz para o papel expressões e temas de interesse público, o foco é dar visibilidade àquilo que é feito na educação. “Essa questão da poesia, da produção, é única, é algo dele, algo que ele está fazendo e ninguém vai conseguir copiar. Depois, pode ser que alguém se inspire, mas aquilo que partiu do pensamento, do estado dele naquele momento, acaba sendo espalhado”, pontua o diretor.
Com a desenvoltura e a confiança em escrever, o convívio com a turma tem sido a oportunidade para descobrir novas habilidades, como a própria oralidade — e as aptidões não param por aí. “Temos alunos muito bons em escrever poesia, em fazer desenho, tocar instrumentos e, muitas vezes, ficam reclusos. Tentamos, com esse tipo de trabalho, expor essas habilidades e mostrar que eles também podem”, fala o diretor.
Júri por um dia
O gosto pela leitura está ganhando cada vez mais adeptos na unidade, a ponto de promover entre os alunos do professor Alcino Muller uma atividade diferenciada: no próximo mês serão parte de um júri responsável por julgar Vilela, um dos personagens do livro “A Cartomante”, de Machado de Assis. Em parceria com o Centro Universitário da Fundação Educacional de Brusque (Unifebe), a sala de aula será transformada em um ambiente jurídico, com a participação dos alunos e a vivência de como é um tribunal na vida real. O evento terá transmissão pelas redes sociais da unidade.
Vamos nos desconectar?
Visando à aproximação com os livros e atividades que demandam interação e conexão pessoal, outra iniciativa da escola será uma palestra para falar sobre a nomofobia, ou seja, o medo de ficar distante do celular. O encontro será com um profissional da área, responsável por conscientizar a turma.
Além da conversa, os alunos também estão produzindo minilivros com poemas, e o material será exposto dentro da capinha de 30 celulares, fazendo uma alusão ao que pode ser encontrado dentro dos livros. “O celular tem muito a oferecer, então precisamos achar alguma coisa, ocupar a cabeça desse jovem que vai fazer com que ele se sinta importante”, finaliza Junior.
Os alunos são responsáveis pela criação e distribuição dos poemas
Fotos: EEF Professora Augusta Dutra de Souza/Divulgação
Visitas entre escolas promovem integração e boas práticas
A troca de experiências e o trabalho coletivo não é limitado a uma única comunidade escolar. A comunicação entre diferentes unidades é uma ótima maneira de contribuir no compartilhamento de boas práticas pedagógicas visando à construção de uma educação mais colaborativa e eficiente, fazendo com que todos cresçam juntos ao dividir estratégias e soluções. Foi isso que algumas escolas da Rede Municipal de Ensino vivenciaram neste ano.
A equipe do Centro Educacional Infantil (CEI) Hilda Anna Eccel I fez visitas pedagógicas ao Centro Municipal de Educação Infantil (CMEI) Clara Maria Furtado, CEI Raio de Sol III e CEI Bisa Olga Fischer — e este último foi ao CMEI Vó Rosa Dallago com o intuito de promover a integração entre as unidades.
Os profissionais foram divididos em grupos representando os segmentos da Educação Infantil e conheceram tanto a estrutura física quanto a documentação pedagógica das instituições visitadas.
Mês de abril reúne educação, inovação e reconhecimento em Brusque
O mês de abril foi marcado por grandes eventos da educação em Brusque. Com educadores, gestores e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, foram promovidos o 13º Fórum Internacional de Inovação e Criatividade (INCREA); o 5º Congresso Internacional de Educação e Saúde (CIEDUS); e o 1º Congresso Internacional de Educação (EDUQUE). Os encontros foram o resultado de uma parceria entre o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) e a Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe (Uniarp), de Caçador.
O tema deste ano foi “Criatividade e inclusão da educação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS)”, com o intuito de promover discussões sobre a formação integral e práticas pedagógicas inovadoras e inclusivas na Educação Básica e no Ensino Superior.
Durante quatro dias, foram realizadas diversas atividades, como a divulgação de 11 artigos científicos produzidos por educadores das escolas municipais; apresentação de um projeto de robótica desenvolvido com os estudantes; mostras formativas de empreendedorismo infantil; e mesas de debates. Para emocionar o público, o coral Canta Brasília, formado pelos estudantes da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Nova Brasília, se apresentou durante o evento.
Três unidades da Rede Municipal receberam o selo de “Escola Criativa”, pela Rede Internacional de Estudos Criativos (RIEC): o Centro Educacional Infantil Tia Laura, o Centro Municipal de Educação Infantil Elsa Bodenmuller de Marchi II e a EEF Lions Clube Companheiro Oscar Maluche.
Concurso de receitas reconhece talento das
merendeiras
da Rede Municipal
O momento da alimentação não é apenas proveitoso durante a hora das refeições, mas também no preparo, quando é feito com cuidado e amor — experiências que as merendeiras escolares da Rede Municipal entendem bem. E para destacar o talento e a dedicação das profissionais, foi promovido o Concurso de Melhores Receitas, um evento que reuniu mais de 40 preparações criativas e nutritivas de diversas unidades escolares do município. Para escolher as melhores receitas, uma banca de jurados convidados consideraram critérios como sabor, apresentação, originalidade e aproveitamento dos ingredientes. Foram premiadas quatro categorias e, para reconhecer o trabalho desenvolvido, as escolas vencedoras receberam fornos, liquidificadores e batedeiras como prêmio.
Outro objetivo do concurso foi incentivar a alimentação saudável e os produtos disponíveis nas escolas, fortalecendo o vínculo entre a refeição escolar e o processo educativo.
Ação em escola destaca respeito e inclusão de pessoas no espectro autista
Além de ensinar sobre os conteúdos dos componentes curriculares, o ambiente escolar também é um espaço para promover o respeito às diferenças e acolher a todos. E para celebrar o Dia Mundial de Conscientização do Autismo, a Escola de Ensino Fundamental Doutor Carlos Moritz realizou uma ação para passar a mensagem de que cada pessoa no espectro autista tem seu próprio jeito de ver o mundo. Os estudantes estavam vestidos de camisetas coloridas ou utilizando o laço com o símbolo do quebra-cabeça, com o objetivo de demonstrar respeito e apoio à causa, desenvolvendo a sensação de acolhimento e pertencimento e reforçando o compromisso da escola com a educação inclusiva.
Sabor de cuidado
COM INGREDIENTES SIMPLES E DEDICAÇÃO, MERENDEIRAS
CONQUISTAM PRÊMIOS EM CONCURSO DE RECEITAS
POR REDAÇÃO ITS TEENS
O QUE VOCÊ
VAI ENCONTRAR POR AQUI:
merendeiras são reconhecidas por pratos criativos, saborosos e preparados com carinho.
Tempo de leitura: 4 minutos
A dedicação no preparo dos pratos já faz parte da rotina da unidade
Elas conhecem os gostos e peculiaridades dos estudantes e sabem dizer quem está comendo pouco. Para além de garantir os nutrientes necessários, cada refeição preparada pelas merendeiras é pensada e servida com cuidado e afeto — transformando o momento da alimentação em algo mais significativo e acolhedor.
Olhar ao redor e reconhecer novas maneiras de adaptar receitas, com mantimentos disponíveis na unidade, é um dos passos principais para oferecer (e ensinar) hábitos saudáveis e conquistar o paladar dos alunos. Quem conhece bem esse processo são as merendeiras da Escola de Ensino Fundamental (EEF) Professora Isaura Gouvêa Gevaerd, que conquistaram o segundo lugar em duas categorias no Concurso de Melhores Receitas da Rede Municipal de Educação de Brusque.
A escolha de bons ingredientes e o preparo com carinho não foram apenas para a competição — essa é uma realidade na unidade, que mostra que a alimentação escolar pode ser saborosa e nutritiva. “As merendeiras são muito criativas, principalmente da nossa escola, e com isso queríamos mostrar para a população a qualidade de nossas merendas”, relata a diretora da unidade, Ana Vani Giraldi.
Esta foi a segunda participação no concurso, e desta vez o objetivo foi apresentar receitas diferentes, com a intenção de aumentar as chances de destaque entre as dezenas de escolas inscritas. Para isso, as profissionais Josenilce Ferreira Machado Luz, Rosa Cristina Marinho da Gama Gomes, Sueli Stocco e Lucineia Aparecida Moraes prepararam um patê de abacate e um pudim de cenoura.
A estratégia deu certo e, representando as merendeiras, Josenilce levou os prêmios das categorias “Pães e patês” e “Bolos e pudins” para a unidade. “Fiquei muito feliz em saber da constatação de competência das merendeiras e, para as famílias e comunidade, uma satisfação saber que seus filhos estão em boas mãos quando falamos em alimentação escolar”, declara a diretora.
Os pratos foram apresentados para uma banca de jurados convidados, que analisaram as receitas e consideraram critérios como apresentação, aproveitamento dos ingredientes, originalidade e sabor. Como premiação, as escolas vencedores receberam fornos, liquidificadores e batedeiras. “Esses eletrodomésticos vão ajudar e muito na preparação e agilidade das merendas, dando uma maior qualidade nos processamentos dos alimentos”, completa a gestora.
O prêmio mais valioso
O reconhecimento às profissionais foi além da premiação. Para celebrar o Dia das Serventes e Merendeiras, em 3 de abril, e agradecer a elas pela dedicação e trabalho, foi preparado um mural com recados carinhosos.
As colaboradoras também foram convidadas ao ginásio da escola, onde receberam o carinho da comunidade em um momento especial, que contou com mensagens no telão e textos lidos pelos estudantes. “Todas trabalham com muito amor e zelo no manuseio dos ingredientes. Elas ficam satisfeitas e felizes quando os alunos comem muito bem, repetindo algumas vezes”, finaliza Ana.
O pudim de cenoura foi um dos pratos vencedores da competição
Josenilce foi a responsável por representar a escola no dia do concurso
A turma aprende sobre conscientização e sustentabilidade durante o projeto
Plástico, papel, óleo de cozinha, lacre de latinha e lâmpada: você sabe o que todos esses itens, que fazem parte do cotidiano, têm em comum? A resposta é fácil: todos podem ser reciclados, dando origem a novos produtos e objetos. Por mais que cada material tenha um processo diferente na hora da reciclagem, é fato que ainda jogamos no lixo muitas matérias que poderiam ser reaproveitadas pela indústria, movimentando a economia e melhorando o meio ambiente.
E os números comprovam que o cuidado com a natureza e as novas formas de produção estão na lista de urgências, já que, de acordo com um estudo da organização International Solid Waste Association (ISWA), em 2022, apenas 4% dos resíduos sólidos produzidos no país tinham como destino a reciclagem, comprovando que ainda há muito que recuperar naquilo que chamamos de “lixo”.
Porém, e se aqueles itens que seriam descartados da forma incorreta pudessem ser revertidos em dinheiro? E se fosse possível aprender uma nova forma de renda? No Centro de Educação Infantil (CEI) Tia Trude, as mais de 300 crianças já entenderam que nem tudo o que descartamos deve ser jogado fora. Com o projeto “Do lixo ao livro”, a unidade tem feito uma força-tarefa para unir pilares importantes da educação, como a sustentabilidade, o empreendedorismo e a leitura. O processo acontece de forma simples: aquilo que é produzido na unidade passa por uma separação, assim como os itens que as famílias descartam. O passo seguinte é a venda do material, arrecadando o dinheiro necessário para investir na biblioteca, como explica a professora Beatriz Aparecida Amorim. “Recebemos esses resíduos. As crianças vão até a fábrica parceira, aqui do bairro, vendem, fazem toda a pesagem. Vão com uma pranchetinha, anotam, vão para o escritório e a responsável faz o pagamento. O valor levamos para o Sicredi (banco).”
A ideia de conectar o empreendedorismo e a educação financeira nasceu com o objetivo de explicar, desde cedo, que a responsabilidade com o dinheiro é fundamental desde agora, assim como a possibilidade de pensar em outras formas de renda — nesse caso, tirando do lixo a verba destinada para a leitura, valor que chegou a R$ 1.800 em abril. “Agarrar o empreendedorismo no sentido de que, além de muitas coisas que posso fazer, também posso monetizar. Como já tem o lixo na escola, então pudemos fazer com que se tornasse algo a mais”, explica a educadora. Entretanto, a relação com o dinheiro não parou por aí. Durante as aulas com as turmas do pré, Beatriz decidiu trazer o tema de forma lúdica. Na brincadeira, cada criança era responsável por vender algo que a docente comprava, mostrando que o controle com os gastos é essencial para não comprometer as contas. “Conversamos bastante em relação ao dinheiro, o cartão, que hoje é muito visado. Dificilmente temos dinheiro em papel, mas usamos muito cartão e precisamos trabalhar essa consciência do valor”, menciona a professora.
Até o momento, a turma, em parceria com a comunidade, já conseguiu dar o fim adequado para 650 quilos de plástico e 540 quilos de latinha. Para incentivar a participação, produziram um panfleto com informações do projeto, material que foi entregue para comerciantes do bairro. Em sala de aula, atividades como o “Bingo do lixo” trouxeram diversão e conscientização, assim como a leitura do livro “As cores da reciclagem”, apresentado pela professora para que os pequenos compreendessem a importância das cores na hora da reciclagem.
Fotos:
Bruno
Golembiewski
O manuseio dos itens sempre é feito com o uso de luvas
Passo a passo da reciclagem
Com o objetivo de incentivar a participação da família na arrecadação, foi criada uma gincana, desafiando as turmas para saber qual será a sala campeã no final do ano, responsável por arrecadar o maior número de itens. Na hora em que os pequenos colocam a mão na massa, todo o processo é feito com luvas, mas a separação dos descartes fica sob responsabilidade dos profissionais da unidade.
A participação das crianças é assegurada na hora da venda, pesagem e compra dos livros, processo que é liderado pelos 50 alunos do pré 2 — as demais salas, desde o berçário, podem contribuir com a arrecadação do material.
Para além da escola
As primeiras ações do projeto ganharam vida em 2018, quando a reciclagem começou a ser um tema recorrente na unidade, como lembra a diretora Suzamara Mafra, mas foi neste ano que a proposta passou a ter outras frentes, como a compra dos livros e o empreendedorismo, novidades que também estão sendo acompanhadas pelas coordenadoras Emiliana Fachini Horta e Patrícia Aparecida Silva. Com as atividades que foram incluídas, agora outras pessoas passam a interagir com os pequenos, como no caso de Beto Molleri e Catarina Molleri, donos da Plasmaegi, local onde que levam os itens recolhidos para a venda.
No local, o grupo que acompanha os profissionais da educação é responsável por conferir a pesagem das sacolas, além de validar o valor recebido — a saída ainda inclui a ida até o banco. Para aqueles que fazem parte do projeto, o que foi aprendido na escola já faz parte do dia a dia, com ensinamentos que são compartilhados com a família. “Eu gostei mais da reciclagem, que o projeto é especializado na natureza — do lixo ao livro. Conhecer a fábrica, juntar o lixo. Achei tudo legal”, diz Augusto César Cadorin, 5, do pré.
Além daquilo que os responsáveis estão arrecadando, o CEI também é um ponto de coleta, e outras unidades ou moradores podem procurar o espaço para fazer o descarte adequado de itens como óleo de cozinha, metal, plástico, pilha, lâmpada e papel.
A turma aprende a forma correta de realizar o descarte dos itens
Fotos: Bruno Golembiewski
Profissionais e alunos realizam a venda dos itens na cooperativa do bairro
Os profissionais compartilham os ensinamentos com os pequenos
Ela chega repentinamente e transforma tudo ao seu redor. Alguns problemas resolvíveis parecem ser o fim do mundo; algumas emoções são sentidas com uma intensidade imensurável, e aquela época de brincar no recreio soa como uma memória distante. A adolescência é diferente para cada um e traz um turbilhão de sensações, mas você não precisa desbravá-la sozinho. Além de conversar com os seus pais e professores, é possível encontrar maneiras de percorrer essa etapa de forma prazerosa e saudável. Que tal ouvir quem já viveu essa fase ou pesquisar sobre o que você está sentindo nesse momento? Ou, quem sabe, assistir a boas séries que retratam esses anos mágicos e memoráveis? Conheça seis produções protagonizadas por adolescentes e repletas de lições!
POR GUSTAVO BRUNING
A BUSCA POR RESPOSTAS
Você deve conhecer o detetive Sherlock Holmes, personagem icônico da literatura britânica, mas já ouviu falar na irmã mais jovem dele? Em “Enola Holmes”, a protagonista quebra a quarta parede e leva o espectador para segui-la atrás das pistas e descobrir o paradeiro de sua mãe, que desapareceu. E muitas vezes a adolescência é assim: uma jornada por um trajeto nebuloso e ocasionalmente inóspito, mas que, segurando a mão das pessoas certas, nos leva a um destino esclarecedor. E como o próprio filme revela, podemos escolher entre dois caminhos: o nosso ou o que os outros escolhem para nós.
“Enola Holmes” (2020)
DICAS DE SOBRA
Se tem um lugar que faz parte da adolescência é a escola, onde passamos uma boa parte do dia e enfrentamos constantes desafios. Nem todo dia é tranquilo — há semanas intensas de provas, amizades conturbadas e aquela sutil pressão para pensar no futuro. A série “Manual de sobrevivência escolar do Ned” pode muito bem servir como um divertido guia para lidar com as desventuras desse ambiente. Ao lado de seus dois melhores amigos, Moze e Cookie, o protagonista mostra que há sempre uma maneira leve de resolver os problemas e driblar o que não agrega nada.
“Manual de sobrevivência escolar do Ned” (2004)
BONS MOMENTOS ENTRE AMIGOS
Seja jogando videogame, gravando um filme ou praticando esportes, há inúmeras formas de se divertir em grupo. Explorar novos hobbies, ainda mais se for com amigos, pode abrir a porta para experiências inéditas na sua vida — e a galera do bairro do Limoeiro, de “Turma da Mônica jovem”, sabe bem disso. Inspirada nos quadrinhos de mesmo nome, essa série de animação brasileira reúne as aventuras de Mônica, Cebola, Cascão e Magali alguns anos após darem adeus à infância. Eles agora encaram o caminhão de inseguranças e emoções que surge na adolescência, refletindo sobre crushes, responsabilidades e conquistas.
“Turma da Mônica jovem” (2019)
DIFERENTES REFERÊNCIAS
Uma das oportunidades mais legais da adolescência é a chance de conhecer colegas de turma com gostos e talentos variados, o que pode render belas e longas amizades. Essas trocas, que são ainda maiores quando convivemos com pessoas com referências e interesses diferentes dos nossos, ajudam a ampliar a nossa visão de futuro. O dorama “Responde 1988”, por exemplo, traz cinco amigos que vivem no mesmo bairro, na década de 1980. Mesmo com personalidades distintas, nos fazem perceber como é crucial ter empatia, amar o próximo e agir certo sem esperar nada em troca.
“Responde 1988” (2015)
CRIATIVIDADE EM AÇÃO
Enquanto alguns se encontram nas leituras e exercícios que a aula de Língua Portuguesa promove, outros preferem os problemas matemáticos, as peculiaridades da Biologia ou as noções de Física. No entanto, há uma área que nem sempre ganha tanto destaque, mas tem seu mérito: as artes. Com o título de “High School Musical: a série: o musical”, o derivado da famosa franquia da Disney tem quatro temporadas e reforça o poder da música na hora de aprender a se expressar e respeitar as diferenças. Cantar, dançar, compor, além de se dedicar a duetos e números musicais poderosos, fazem parte dessa trama.
“High School Musical: a série: o musical” (2019)
COMPROMISSO COM O QUE É CERTO
Se a adolescência já é, naturalmente, desafiadora, imagine como seria lidar com todas essas turbulências e, de quebra, descobrir que possui superpoderes. É assim que Kamala Khan entra para o MCU (Marvel Cinematic Universe, o Universo Cinematográfico da Marvel), em uma série que mostra como a garota, fã de carteirinha da Capitã Marvel, aprende a controlar suas habilidades e manter o máximo de harmonia possível em casa. As relações familiares, nos lembrando da importância de ouvir a voz da experiência dos nossos pais, também são a alma de “Ms. Marvel”.
“Ms. Marvel” (2022)
Telas demais, atenção de menos
POR LUCAS INÁCIO
Não faz muito tempo, na época em que seus pais tinham a sua idade, existia o debate sobre como a exposição excessiva à televisão poderia prejudicar as crianças. Além da TV aberta, novas tecnologias de entretenimento estavam chegando para o público infantojuvenil: videogames se popularizaram; videocassetes fizeram da nossa casa um cinema particular; e TVs a cabo traziam canais temáticos que nos permitiam ver desenho o dia todo. Tudo isso entre as décadas de 1990 e 2000. O fato é que aquilo que era visto como problema parece fichinha perto do que vivemos atualmente. Antes as crianças deixavam de brincar fora de casa para ficar na frente da tela; hoje carregam as telas no bolso. Antes se programavam o dia inteiro em função do desenho que ia passar na televisão; hoje é só colocar no streaming do próprio quarto. Antes tinha dia marcado com a galera pra jogar videogame com os amigos; hoje você está online com gente do mundo todo.
Dicas para usar melhor
seu tempo
Mudar um hábito é difícil, mas se a gente pensar que está criando novos costumes, a coisa já fica mais legal. Para se prevenir desse uso excessivo, é preciso um esforço individual e coletivo, afinal, ninguém vai conseguir parar de usar o celular se todo mundo em volta estiver usando. A dica principal é trocar as conexões virtuais pelas pessoais.
Conhecer seus hábitos: os aplicativos nativos Tempo de Uso (iOS) e Bem-Estar Digital (Android) ajudam a diagnosticar quanto e como você usa por dia do seu celular;
Definir limite de tempo: aplicativos como Forest e o Google Family ajudam a limitar esse uso;
Desligar notificações: se a vibração do celular, a luz piscando, o barulho ou qualquer notificação faz parar tudo o que você está fazendo para atender, talvez valha a pena desligar as notificações em momentos que não são urgentes;
Combinar com as amizades: uma dica é juntar a galera pra fazer música, praticar esporte, brincar na rua, ler um livro, jogar cartas e tabuleiro. Tirar um tempo em conjunto para fazerem algo fora das telas.
Combinar com a família: o uso excessivo de celular também é problema dos adultos, então combine com a sua família tempos em que ninguém pode usar o celular, seja nas refeições, ao sair para passear e conhecer um lugar novo, uma sessão de leituras ou até de cinema;
Dormir bem: o tempo ideal de sono para cada pessoa é de oito horas por dia, mas se a gente passa mais de nove horas no celular, a conta não fecha direito. Então priorize seu sono, pois ele é essencial para a saúde, reduz o estresse e a ansiedade, ajuda no crescimento e no descanso do corpo, nos dá mais disposição em geral. Por isso, deixe o celular bem longe quando for dormir;
Tempo consigo mesmo: a dica para conseguir ficar de boa consigo mesmo seria meditar, inclusive usando a tecnologia para isso, com algum dos vários vídeos no YouTube. Mas também é possível se exercitar sozinho, pensando no mundo e tendo as próprias reflexões. Vale até escrever o que está em sua mente em um diário ou caderno para ter esse tempo mais calmo;
Criar uma rotina: muitas vezes, ter aquele calendário bem ajustado nos ajuda a manter os planos. Todo começo de semana vale tirar um tempo para pensar na nossa rotina e o que temos de fazer ao longo dos dias, anotar tudo e tentar cumprir os afazeres e também os descansos;
Uso consciente do celular: se você é daquelas pessoas que pegam o celular só por costume, sem saber o objetivo daquela ação, talvez valha repensar essa atitude e criar a consciência de usar somente com objetivo.
PLANETA AGUA: ´
Í como a escassez h drica se tornou um problema global?
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Escovar os dentes, tomar banho, preparar os alimentos, arrumar a casa, regar plantas… Já parou para pensar em quantas vezes ao longo do dia você faz uso da água? Desde as primeiras horas da manhã até o fim da noite, esse recurso é essencial para manter a vida e está presente em quase todas as atividades do cotidiano.
Apesar da Terra ser conhecida o “planeta água”, grande parte é imprópria para o consumo humano, já que há apenas uma pequena quantidade de água doce no mundo. A distribuição não uniforme, assim como o consumo desenfreado desse recurso, faz com que algumas regiões sofram com a escassez hídrica — um dos maiores desafios atuais da humanidade.
Seja para atender a população ou as indústrias, a escassez ocorre quando a oferta disponível em uma determinada região ou período não é o suficiente para suprir as demandas. Segundo o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento da Água, cerca de 2,2 bilhões de pessoas vivem sem acesso à água potável, e o número chega a ser muito maior quando se trata dos serviços de saneamento seguro, atingindo a marca de 3,5 bilhões.
Apenas no Brasil, país que abriga 13% de toda a água doce do planeta, aproximadamente 33 milhões de habitantes não têm acesso a água tratada, segundo informações do Instituto Trata Brasil. Os números mais altos ficam na região Norte, onde uma grande porcentagem de pessoas nos Estados de Rondônia, Pará, Acre e Amapá não têm abastecimento de água.
Os problemas hídricos podem atingir as cinco regiões do país, seja pelos momentos de seca, o aumento das queimadas, enchentes ou a má qualidade da água.
Causas da escassez
Diversos fatores levaram à escassez de água em diversas regiões do planeta, se tornando um problema complexo causado pela combinação de ações humanas e condições ambientais:
Fenômenos naturais: transformações causadas pelo El Niño e La Niña podem desequilibrar as condições climáticas, fazendo com que em algumas regiões chova em excesso, enquanto outras sofrem com a escassez.
Mudanças climáticas: períodos de seca, alterações nos padrões de chuva e inundações podem impactar na disponibilidade da água.
Crescimento populacional: com o aumento da população mundial, a demanda pela água também passa a ser maior.
Industrialização e agricultura: seja na irrigação excessiva ou nos grandes volumes de água em áreas com alta concentração industrial, os recursos hídricos se esgotam.
Poluição: o descarte inadequado de resíduos e a falta de tratamento tornam a água imprópria para consumo.
Desmatamento: o ciclo hidrológico, que regula o clima e as chuvas, é afetado pelo desmatamento das florestas e, assim, a capacidade de retenção da água no solo é reduzida.
Gerenciamento inadequado: a falta de planejamento, o baixo investimento em infraestrutura de abastecimento de água e os problemas no tratamento de esgoto contribuem para a má qualidade e a escassez da água.
5 curiosidades sobre agua
97,5% da água do planeta é salgada;
A maior parte dos 2,5% de água doce está congelada em geleiras e calotas polares; Menos de 1% da água potável está acessível para o consumo humano;
A água doce está distribuída em aquíferos, rios e lagos; Devido às secas entre 2002 e 2021, 1,4 bilhão de pessoas foram afetadas pela falta de água;
Uso da agua
Além da necessidade da água potável para o consumo humano, para hidratar-se, cozinhar, fazer a higiene pessoal e as tarefas domésticas, o recurso é necessário nas áreas da indústria — como na produção de alimentos, solventes químicos, matéria-prima e geração de energia — e da agricultura, sendo utilizada na irrigação e na criação de animais.
O que posso fazer para ajudar?
Reduza o tempo do banho; Enxágue a louça e escove os dentes com a torneira fechada, abrindo somente na hora necessária; Prefira utilizar a máquina de lavar roupas na capacidade máxima; Verifique regularmente se há vazamentos em registros ou válvulas, para evitar o desperdício; Reutilize a água da chuva para regar plantas.
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Imagine viver em um mundo onde para acessar a internet você precisasse de um cabo para cada dispositivo. Quer assistir a vídeos no celular? Cabo. Jogar no tablet? Outro cabo. Felizmente, essa realidade ficou no passado, graças ao Wi-Fi. Ele é como uma rede invisível que conecta tudo, sem amarrar ninguém. Mas como isso funciona? É pura ciência.
Antes do Wi-Fi, conectar-se à internet significava estar preso a cabos. A chegada dessa tecnologia revolucionou a forma como usamos a rede, tornando possível navegar na internet de qualquer lugar da casa, assistir a vídeos no sofá ou participar de reuniões online.
O PONTO DE PARTIDA:
O ROTEADOR
Tudo começa com o roteador, aquele aparelho que parece até um pequeno robô com antenas. Ele é responsável por transformar a conexão de internet que chega à sua casa por um cabo em sinais de rádio. Esses sinais são invisíveis, mas viajam pelo ar até alcançar seus dispositivos, como celulares, tablets e notebooks.
O PAPEL DAS ONDAS DE RÁDIO
O Wi-Fi funciona por meio de ondas de rádio, semelhantes às usadas em transmissões de rádio ou televisão. Mas, no caso do Wi-Fi, essas ondas têm uma missão específica: transportar dados, que são os que você acessa na internet, como páginas de sites, mensagens, vídeos ou arquivos. Para que isso aconteça, o roteador utiliza frequências específicas, geralmente 2,4 GHz ou 5 GHz. Cada uma tem suas vantagens. A frequência de 2,4 GHz alcança distâncias maiores, enquanto a de 5 GHz oferece maior velocidade, mas com um alcance um pouco menor.
COMUNICAÇÃO ENTRE DISPOSITIVOS
Quando você acessa um site ou assiste a um vídeo, seu dispositivo envia uma solicitação ao roteador, que, por sua vez, encaminha essa solicitação para a internet, como um mensageiro. Em seguida, ele recebe a resposta e a envia de volta ao seu dispositivo, permitindo que você veja a página ou o vídeo solicitado. Tudo isso acontece em questão de milissegundos, tão rápido que você nem percebe o processo.
Segundo o site Worldometers, atualmente existem 8,2 bilhões de pessoas no mundo, e cerca de 5,5 bilhões têm pelo menos um dispositivo móvel, o que representa aproximadamente 69% da população global. Essa informação nos traz diferentes observações. Uma delas é que ainda há uma grande quantidade de pessoas que não possuem acesso ao celular — e como em 44 anos essa tecnologia se tornou mundialmente reconhecida. É notável como, em um período relativamente curto, os smartphones se integraram à vida de bilhões de pessoas, transformando a forma como nos comunicamos, trabalhamos e nos divertimos. A Coreia do Sul se destaca como um dos países mais conectados do mundo, onde os smartphones são utilizados para uma variedade de tarefas, desde comunicação até pagamentos. Esse fato pode ser atribuído a diversos fatores, como a alta taxa de alfabetização digital, o grande investimento em educação tecnológica e a qualidade da conectividade.
MEDALHISTAS ANTENADOS
Se existisse uma olimpíada na qual os países tivessem que competir para ver qual população passa mais tempo no celular, a África do Sul levaria a medalha de ouro, já que os sul-africanos passam em média nove horas e 24 minutos por dia em atividades digitais nos smartphones. Mas fiquem tranquilos: o Brasil leva a prata por uma diferença de 11 minutos, com nove horas e 13 minutos diários – tendo um alto engajamento nas redes sociais, serviços de streaming e outras plataformas digitais. Será que devemos nos orgulhar dessa medalha?
10 pratos
caracter sticos do Brasil Í
Composto por cinco regiões, 26 Estados e mais o Distrito Federal, nosso país é repleto de curiosidades e de diversidade. Com opções gastronômicas e alimentos referenciados em cada canto, não faltam pratos, já que há alternativas para todos os gostos. Confira os sabores regionais que separamos de acordo com as preferências de cada local:
Norte
Com cardápio composto por peixes de rio, como o pirarucu e o tambaqui, e com a presença da mandioca, as produções carregam uma proximidade com a culinária indigena. A maniçoba e o tacacá são marcas registradas desse lugar. Enquanto o primeiro, que é conhecido como “feijoada paraense”, conta com folha de mandioca, carnes salgadas e defumadas e farinha de mandioca, o segundo é feito à base de tucupi, goma de tapioca, jambu e camarão.
Mesmo que alguns nomes sejam novidades, esses são elementos conhecidos em locais como o Amazonas e Pará, responsáveis por agregar à refeição sabor e aromas
POR ANA CAROLINE ARJONAS
Nordeste
Assim como o Norte, o Nordeste também é conhecido por ter uma culinária marcante e com o uso de diversas especiarias típicas da região, como no caso do vatapá, que conta com camarão, amendoim, castanhas, leite de coco, pimenta, gengibre e azeite de dendê.
A buchada de bode, que pode parecer um nome diferente para aqueles que nunca viram o prato, conta com uma preparação peculiar, mas marcante para aqueles que mantêm a tradição viva, de geração em geração. Tem como ingrediente principal as vísceras do bode ou cabrito, que são temperadas e cozidas no estômago do animal. Os temperos são a gosto, mas os mais conhecidos são: pimenta, cominho, cebolinha, coentro, pimentão e farinha de mandioca.
centro-Oeste
Até mesmo um simples arroz pode ganhar uma nova forma de produção ou de acompanhamento dependendo do local de produção. Exemplo disso é o arroz com pequi, muito comum na região do Centro-Oeste, especialmente em Goiás. Tendo como ingrediente principal uma fruta típica da região do cerrado, o gosto pode ser marcante — aqui o segredo está no item utilizado, já que o processo de preparo é parecido com aquele que conhecemos.
O segundo prato, por mais que tenha um nome sugestivo, é uma iguaria que passa longe daquilo que imaginamos. A sopa paraguaia, muito comum no país vizinho e também nesta região do Brasil, na verdade é um bolo de milho salgado. Com queijo ralado e flocos de milho na composição, a opção também conta com ovo, leite e temperos a gosto.
Sudeste
Você já pensou que seria possível criar um prato com carne de porco frita e banana? Esses são alguns dos itens que compõem o virado à paulista, alternativa comum em São Paulo e que conta com arroz, feijão, ovo frito e couve, além dos elementos acima — é importante mencionar que a escolha da carne pode variar de acordo com os preparos, já que alguns incluem torresmo, bacon ou linguiça.
A segunda iguaria da região é o tropeiro mineiro, prato que traz no nome uma menção aos tropeiros, viajantes que, por muito tempo, transportavam mercadorias por todo o país. A composição conta com feijão, farinha de mandioca e carne de porco, além de outros temperos, como cheiro verde, pimenta, couve e torresmo.
Sul
No Sul, a forte ligação com os descendentes dos imigrantes da região e com temperos característicos também pode ser sentida nos pratos mais conhecidos, como no caso do arroz carreteiro Por mais que cada um tenha uma receita ou algo que pode ser acrescentado, é importante mencionar que a “receita original” conta com a carne seca como atrativo principal. Isso porque a combinação, assim como o tropeiro mineiro, era o alimento de viajantes que circulavam pelo Brasil e precisavam de um mantimento duradouro, que fosse comestível por todo o caminho.
Feito com carne, o barreado é um sabor comum no litoral do Paraná e o segredo está na forma como o item é preparado, já que os alimentos são misturados em uma panela e cozidos lentamente, para que os sabores sejam misturados. O prato também conta com farinha e pode ser servido com banana.
Espia só as atividades que movimentaram as unidades da Rede Municipal neste primeiro bimestre do ano escolar. Reconheceu alguém?
O mistério da tinta invisível (e como revelar tudo)
POR REDAÇÃO ITS TEENS
Anos atrás, quando os celulares ainda não eram acessíveis para todos, era quase uma missão impossível passar um recadinho para o amigo da mesa ao lado, pois se corria o risco de ser pego em flagrante e o conteúdo do bilhete ser lido em voz alta para toda a sala, transformando um simples “Oi, vamos no lanche juntos?” em um dos maiores vexames do dia. Atualmente essa situação não é tão comum, mas e se um dia alguém bater na sua porta, entregar um envelope escrito com a frase: “Aqui está tudo o que você precisa saber”, e quando você abrir… a carta estiver em branco? Como decifrar esse enigma? Bom, nós temos a resposta e mais: temos a fórmula secreta da tinta invisível – que deixamos aqui registrado com tinta comum, para facilitar a leitura.
Itens básicos:
Bicarbonato de sódio; Água; Açafrão; Álcool etílico; Pincel ou cotonete; Papel.
Misturinha:
1. Coloque em um recipiente duas colheres de sopa de bicarbonato de sódio e acrescente 200 ml de água – ou a medida de um copo de plástico;
2. Misture bem o bicarbonato e sua tinta estará pronta;
3. No papel, escreva a mensagem secreta, utilizando um pincel ou cotonete e deixe secar. OBS: não coloque no sol, pois pode enrugar o papel;
4. Enquanto o segredo seca, prepare a solução revelação;
5. Em um copo, coloque duas colheres de açafrão e, com muito cuidado, adicione o álcool etílico suficiente para deixar a mistura mais líquida possível;
6. Quando o papel estiver seco, utilize um pincel ou cotonete para pintar a folha e enfim descubra “tudo o que precisa saber”.
Explicando as reações
O açafrão funciona como um indicador de pH, ou seja, ele mostra se algo é ácido ou básico. Em ambiente neutro, continua amarelo, e em contato com elemento básico (como o bicarbonato), ele muda de cor! Então, a escrita aparece como mágica porque o açafrão “detecta” o bicarbonato e reage com ele.