OPINIÃO
N DR. CARLOS SPARTA Presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul
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O orgulho de ser médico nos conduz a buscar sempre o melhor resultado, a ir mais fundo. É ele que nos faz lembrar que são pessoas que constroem a história, e que sempre podemos buscar no passado a inspiração para entender o presente e planejar o futuro
A BOA MEDICINA
o dia 6 de maio, o Cremers completou 70 anos. Desde 1952 até aqui, é uma longa jornada. Essa história começou com médicos que entenderam a necessidade de lutar pelo melhor atendimento para a população e por condições dignas de trabalho para os médicos e, consequentemente, a necessidade de regulamentar e fiscalizar a atividade médica sob o viés da ética. É uma história de muito trabalho, responsabilidade e comprometimento que atravessa gerações, sempre em favor da boa Medicina. Mas o que é a boa Medicina? Essa resposta pode ter muitos aspectos, mas uma única verdade: a boa Medicina é aquela que nos dá orgulho.
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EM EVIDÊNCIA | Desde 2009 - No 84 - 2022
Diversos fatores entram nessa conta. Pode ser a herança familiar – quantos de nós não têm pais ou avós médicos? –, os anos de esforço até a conquista do diploma ou de uma especialização, o investimento em conhecimento, pesquisas e tecnologias que revolucionam os resultados de nosso trabalho. A simples consciência tranquila após um dia de trabalho bem feito ou a responsabilidade de conduzir um Conselho de Medicina.
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O orgulho de ser médico nos conduz a buscar sempre o melhor resultado, a ir mais fundo. É ele que nos faz lembrar que são pessoas que constroem a história, e que sempre podemos buscar no passado a inspiração para entender o presente e planejar o futuro.
Nessas sete décadas, o Cremers se viu cada vez mais inserido na sociedade, adaptando-se conforme a realidade se apresentava. Deixou de ser uma entidade fechada, cartorial, para ser referência nos debates sobre as mais diversas questões da área da saúde
A boa Medicina, aquela que juramos praticar no momento em que nos formamos, passa por oferecer o melhor aos nossos pacientes, seja o exame mais moderno que a ciência oferece ou apenas uma mão estendida onde eles possam se apoiar em um momento de fragilidade. Também passa pela luta pela nossa própria comuni-
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dade, por condições de trabalho que nos permitam exercer nossa bela profissão com dignidade.
Nessas sete décadas, o Cremers se viu cada vez mais inserido na sociedade, adaptando-se conforme a realidade se apresentava. Deixou de ser uma entidade fechada, cartorial, para ser referência nos debates sobre as mais diversas questões da área da saúde. Mas, mesmo com todas essas mudanças, sua essência se manteve firme: a defesa da ética e da boa Medicina. Setenta anos é muito tempo na vida de um ser humano, mas para a milenar história da Medicina, é apenas um sopro. E a missão de elevar o orgulho que sentimos em carregar o título de médicos não tem fim. Vida longa ao Cremers.