OPINIÃO
O PAPEL DAS ASSOCIAÇÕES MUNICIPALISTAS NO PALCO DA DEMOCRACIA
RODRIGO JACOBY Presidente da Amasbi e prefeito de Mormaço
“A
democracia é o pior dos regimes, exceto todos os outros”, essa frase de Winston Churchill entrou para história por servir como um ponto final em qualquer discussão que aborde qual caminho devemos percorrer, na sinuosa trajetória de governar em prol de um bem maior e para o maior número de pessoas possível. Ainda na sentença, o primeiro ministro inglês, deixa claro que por mais que não seja a ideal, visto que tal modelo simplesmente não existe, a democracia é a fiel avaliadora de um estado democrático de direito, em que possamos coexistir com nossas diferenças, construindo juntos, um futuro digno e próspero aos nossos descendentes e evoluindo continuamente como nação. Nosso país é um típico representante do modelo ocidental do regime herdado dos gregos. E, apesar de pequenos contratempos, nos tornamos conhecidos por nosso perfil pacífico, pela promoção plena dos direitos democráticos e pela a realização de eleições inclusi-
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vas e em todas as esferas do poder. Neste contexto, em que os municípios formam a base dessa pirâmide bem sucedida, há algumas décadas, surgiram outros personagens, no teatro da política nacional. Embora, muitas vezes, despercebidas, as associações municipalistas têm aumentado gradativamente seu papel na cena da evolução da democracia e bem como do exercício da cidadania, em todas as regiões do Brasil. Sem as associações municipalistas e sua forma coletiva de agir, seria quase impossível pequenos municípios se fazerem ouvir nos altos e distantes escalões do centro do país. Cada vez mais, se tornam uma ferramenta imprescindível na agenda de qualquer prefeito. Atualmente, nenhuma discussão regional inicia sem passar pelo crivo do debate de uma mesa em uma associação municipalista. Da ampliação da BR 386, onde a Amasbi desenvolveu um protagonismo histórico, ao debate do transporte coletivo metropolitano, que atualmente pontua
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as prioridades da Granpal, as associações filiadas a Famurs, possuem um papel decisivo e impactante na vida de milhões de gaúchos. Na melhor tradição do jargão “um por todos e todos por um", prefeitos vão se aglutinando de forma proativa e independente, tomando para si, as decisões mais importantes, também em nível estadual. Paulatinamente, vão desfazendo as amarras das dependências do estado e a da união, e exponenciando de forma evidente seu poder político. Acredito que estamos muito perto de um cenário em que as conquistas municipalistas sejam cada vez maiores e irreversíveis. Posso sentir isso, nesta segunda passagem pela presidência da Amasbi e ,igualmente, na diretoria da Famurs. Fico feliz e grato por tais conquistas, feitas de forma coletivamente e suprapartidária. O amadurecimento do municipalismo, é o amadurecimento de nossa democracia e também de nosso país. Quem ganha com isso são todos os cidadãos, quem ganha com isso, somos todos nós.
