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Dr. Gustavo Botelho Neto

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Dr. Kid Moreira

Dr. Kid Moreira

OS TROTES E GALOPES DE GUSTAVO BOTELHO

“O respeito aos colegas como permanece até hoje, sempre foi uma constante dentro da Polícia Civil.”

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Odiamantinense Gustavo Botelho Neto, de 55 anos, sempre sonhou ser engenheiro mecânico. Chegou a cursar dois anos na faculdade, mas o contato com o pai advogado talvez tenha interferido na descoberta da investigação e da análise jurídica criminal para que Gustavo Botelho desse uma guinada profissional e se tornasse Delegado de Polícia. Sua entrada na Polícia Civil se deu, por concurso público, em 1986. “Fiz o curso de direito em Sete Lagoas e comecei a advogar em Diamantina. Meu pai tinha grande clientela na área criminal e por esse motivo eu passei a frequentar muito as delegacias, especialmente a de Diamantina. Acho que foi daí que surgiu a ideia de fazer um concurso para Delegado e passei logo na primeira tentativa.” Sua primeira designação foi para Paracatu e, depois, os destinos foram Serro, Gouvêa e Pedro Leopoldo. Já em Belo Horizonte, Gustavo Botelho atuou na Coordenação da Superintendência da Região Metropolitana da Polícia Civil, Coordenação da Superintendência Geral da PC, foi Superintendente Geral (Marco Antônio Monteiro) e Chefe de Gabinete (Jairo Lellis), quando se aposentou em 2011, aos 51 anos. Fazendo uma análise do período de quando estava na ativa, Gustavo Botelho lembra da amplitude funcional do Delegado de Polícia antes da Constituição de 1988 e que o trabalho era intenso apesar “de a estrutura funcional e os equipamentos serem, naquela época, muito inferiores aos disponíveis atualmente”. Continua ele: “o respeito aos colegas, como permanece até hoje, sempre foi uma constante dentro da Polícia Civil. Além disso, tive bons orientadores que me incentivaram e me ajudaram muito na carreira como os delegados José Rezende, Otto Teixeira, Francisco Carvalho, João Lopes, Marco Antônio Monteiro e Jairo Lellis, entre tantos outros que ficaria impossível nomeá-los”. Em relação à aposentadoria, Gustavo Botelho disse que se enganou, pois esperava ter mais tempo livre. Na prática, diz ele, “nessa fase da vida, a gente acaba compensando um pouco a distância que sempre tivemos, por força do trabalho policial, dos projetos e das pessoas, cuidando melhor de quem a gente ama e das ideias que ficaram paralisadas no tempo”. Hoje ele dedica-se integralmente à esposa, Denise, às duas filhas, Celina e Laura, aos amigos, a um pequeno sítio e a um lazer, que era comum dos tempos de infância: a cavalgada. Isso mesmo. Pelo menos por quatro vezes ao ano, Gustavo Botelho realiza cavalgadas com amigos com duração que variam de 4 a 8 dias. A última consistiu numa travessia de quase 600 quilômetros, entre as cidades de Santana do Pirapama e Bonfinópolis e que durou duas semanas de trotes e galopes. E é nessa travessia, recheada de aventuras, que o Delegado Gustavo Botelho pretende seguir seu caminho, sob o conforto do sol e a paz da chuva, aproveitando sempre o que tem de melhor na paisagem da vida.

A entrevista com o Dr. Gustavo Botelho Neto foi publicada na edição número 12 da Revista dos Delegados, em 2015.

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